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DEBATE DEBATE
Men and health as targets of the Public Health
Abstract It shows the thematic “men and health” Resumo Apresenta-se a temática “homens e saú-
as a contemporary matter of the Public Health de” como questão contemporânea da Saúde Cole-
and interface product among human sciences and tiva e produto da interface entre as ciências hu-
health: the social view of illness; the gender per- manas e a saúde: o caráter social do adoecimento;
spective as a particular form of the relation a perspectiva de gênero como forma particular da
health-society and the health promotion while relação saúde-sociedade; e a promoção da saúde
positive means of health. It elaborates the themat- como conceituação positiva Elabora-se a temática
ic around three approach axises, conformed in the em torno de três eixos de aproximação, sob a pers-
relation between men and health from the per- pectiva dos exercícios das masculinidades: saúde
spective of exercises of the masculinity: sexual and sexual e reprodutiva; violência e gênero e morbi-
reproductive health; violence and gender, and mortalidade em homens. São apontadas as con-
morbid-mortality in men. The contributions that tribuições que estes eixos produzem como esforço
these axises produce are mentioned as empiric ef- empírico para realizar a categoria gênero, ao tem-
fort to accomplish the category gender, the time in po em que revelam novas problemáticas para a
which they reveal health new problems to the área de saúde: a paternidade, o exercício interati-
health’s area: the paternity, the interactive exer- vo da sexualidade, a violência interpessoal no
cise of the sexuality, the interpersonal violence in âmbito da vida privada, a hiper-masculinidade
life closet scope, the hipper-masculinity in the vi- na violência entre homens, o cuidado de si e o cui-
olence among men, the care of their self and the dar em saúde para os homens. Estas contribuições
caring of health for the men. These contributions permitirão não apenas inserir as masculinidades
will allow not only to insert the masculinities as como questão de saúde, mas renovar as formas de
health matter, but also to renew the treatment tratamento de homens e mulheres no campo da
forms for men and women in the health field. saúde.
1 Departamento de Key words Men and health, Masculinities, Gen- Palavras-chave Homens e saúde, Masculinida-
Medicina Preventiva, der and health des, Gênero e saúde
Faculdade de Medicina, USP.
Av. Dr. Arnaldo,
455/2o andar, 01246-903,
São Paulo SP.
liliabli@usp.br;
marthet@usp.br.
2 Instituto Fernandes
Figueira, Fiocruz.
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Schraiber, L. B. et al.
Como Laurenti (1998) já demonstrou exis- taxas de mortalidade. Nos últimos anos, entre-
tem quatro grupos de doenças que oscilam en- tanto, e com a incorporação crescente do hábito
tre os países das Américas, mas sempre estão de fumar pelas mulheres, tem-se observado um
presentes como principais causas de morte de incremento nas taxas de câncer de pulmão na
indivíduos do sexo masculino. Constituem um população feminina, demonstrando que os as-
dos aspectos da vulnerabilidade dos homens pectos comportamentais ditados pela cultura
diante de agravos: 1) neoplasias malignas (cân- têm peso decisivo nos processos de morbi-mor-
ceres de estômago, pulmão e próstata); 2) as do- talidade.
enças isquêmicas do coração; 3) as doenças ce- Quanto ao câncer de próstata, como comen-
rebrovasculares e 4) as causas externas (desta- ta Laurenti (1998), não parece mobilizar as au-
cando-se os acidentes de carro e os homicídios). toridades sanitárias para o desenvolvimento de
Ao considerar este terceiro eixo temático, mes- trabalho educativo voltado ao fenômeno e, além
mo que de forma sumária, pretende-se ressaltar disso, os homens não se mostram sensíveis a tal
de que modo a perspectiva de gênero também o trabalho educativo. Comparando a população
perpassa e traz contribuições importantes para masculina com a feminina, especificamente no
sua compreensão. Traz ressignificações para as que toca à adesão a programas e resposta às
mortes, os adoecimentos e seus riscos, e ao mes- campanhas de câncer de colo de útero e mama,
mo tempo, uma realocação de temas. Nesta rea- Laurenti destaca que o enfoque de gênero quan-
locação, certos agravos são mais bem compreen- to ao câncer de próstata representaria uma con-
didos como produto do comportamento mas- tribuição importante no entendimento das bar-
culino no ambiente social; outros, na relação reiras culturais dos homens, ao mesmo tempo
trabalho-adoecimento, como produto do modo em que subsidiaria a formulação de programas
como se dá o exercício das masculinidades; e e campanhas melhores.
outros, ainda, como é o caso dos homicídios, Segundo Korin (2001), em sociedades que
em contraste e compondo com a violência do- equiparam poder, sucesso e força como caracte-
méstica, têm uma face de sua compreensão da- rísticas masculinas, os homens buscam, no pro-
da como comportamento violento de gênero. cesso de socialização (pela mídia, entre pares,
na família), o distanciamento de características
relacionadas ao feminino: sensibilidade, cuida-
A temática da morbi-mortalidade do, dependência, fragilidade. Estas atribuições
em homens simbólicas diferenciadas entre homens e mu-
lheres resultam, muitas vezes, para os homens,
Na temática da morbi-mortalidade dos indiví- em comportamentos que os predispõem a doen-
duos de sexo masculino, quando se considera o ças, lesões e mortes. O mais comum é que ho-
câncer de pulmão e o de próstata, ressaltam-se mens casados dependam de suas mulheres no
dois comportamentos culturalmente marcados cuidado à saúde, resultando que, para eles, o ca-
pelas distinções de gênero: o hábito de fumar, samento é fator de proteção em uma variedade
fator de risco bem estabelecido para o câncer de de doenças, o que não acontece para as mulheres.
pulmão e o padrão de uso dos serviços de saúde Se considerarmos agravos as doenças is-
no caso do câncer de próstata, denotando a forma quêmicas do coração, pode-se ponderar com
de relacionar-se com ações preventivas para o cui- Helman (1987), que investigou aspectos da per-
dado de si. Este último comportamento contrasta sonalidade em busca de correlação com riscos
com o adotado pelas mulheres na prevenção do para cardiopatias, que o padrão de risco encon-
câncer de colo de útero, lembrando-se que esses trado centra-se na figura do homem ambicioso,
dois agravos sofrem alto impacto pela prevenção, hostil, obcecado com o tempo, competitivo e
quando bem executada. E ainda que estes com- individualista. Helman designa tais característi-
portamentos não se caracterizem como de ime- cas como “síndrome vinculada à cultura” espe-
diato vinculáveis à dimensão diretamente rela- cialmente no grupo de homens de classe média
cional entre homens e mulheres, não resta dú- e de meia idade. Destaque-se que todas estas ca-
vida que fumar ou não, realizar exames preven- racterísticas estão associadas ao padrão hege-
tivos ou não, faz parte do imaginário e do sim- mônico de masculinidade.
bólico que perpassam as concretas e particula- Por fim, a influência da socialização de gê-
res relações entre homens e mulheres nero nos processos de morbidade relativos ao
O hábito de fumar é mais prevalente entre ambiente de trabalho evidencia como o traba-
homens podendo explicar o diferencial entre as lho, tão importante na constituição da identi-
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a práticas sexuais de risco. Esta maior vulnera- temas mais problemáticos e, ao mesmo tempo,
bilidade dar-se-ia devido ao número de parcei- promissores, pois, muitas vezes, se constitui no
ras, à identificação de uma pseudo autoprote- principal objetivo dessa participação. Além dis-
ção e à idéia de masculinidade associada à viri- so, há que se considerar, nas diversas modalida-
lidade, entre outras (Olavarría, 1999; Villela, des de ser pai, dimensões pouco exploradas, tais
1998; Kalckmann, 1998). como a vivência que os homens têm no exercí-
A entrada da sexualidade como questão ter- cio da paternidade, contribuindo para que se
mina por introduzir problemáticas adicionais reconheça formas mais presentes e eqüitativas
na própria saúde reprodutiva. Surgem avalia- relativamente à participação das mulheres, ou o
ções sobre a sexualidade e saúde reprodutiva impacto atual das mudanças no tradicional pa-
masculina que focalizam o referente heterosse- pel de provedor, com a intensa participação da
xual. Nelas é privilegiada a crítica à “heterosse- mulher no mercado de trabalho. Esta última si-
xualidade compulsiva”, que se expressa pela ne- tuação, por exemplo, pode conduzir para ou-
cessidade de ter muitas parceiras e práticas se- tros tipos de provisão: o de cuidador e o de guia
xuais, pelo reforço da objetificação sexual da cognitivo, em que novas emoções e experiências
mulher e da referência ao ato sexual como con- podem ser vivenciadas pelos pais.
quista do outro na afirmação da identidade. Es- Ainda em relação à paternidade, pensada
ses estudos abordam também a crítica cultural como pertença do masculino, a discussão deve
à noção de “necessidade de conquista” pelo ho- ser ampliada à luz das atribuições tradicional-
mem. Esta, assim como a ereção, a penetração e mente demarcadas e de seus re-arranjos no ce-
as proezas sexuais, tomadas como símbolos de nário contemporâneo. Desse modo não há co-
auto-afirmação e virilidade, passam a ser objeto mo pensar na existência de um modelo único
de problematização. A masculinidade exigiria de paternidade. Com base na premissa de que o
comportamentos de riscos, com conseqüente debate do exercício da paternidade deve cami-
menor preocupação com o cuidado de si e de nhar junto com a discussão das relações de gê-
suas parceiras. nero, Gomes (1998) faz um convite para a con-
Este comportamento masculino, como de- tinuidade dessa reflexão por meio dos seguintes
monstra Figueroa-Perea (1998), está associado questionamentos: Como exercer a paternidade
à busca de auto-afirmação e gera, na maioria em situações em que a mulher é cabeça do casal?
dos casos, uma banalização quanto ao risco de Como se define a figura paterna num casal ho-
contrair IST, bem como indiferença quanto a mossexual que por ventura venha adotar uma
atitudes preventivas para si e protetoras em re- criança? O que é ser pai quando não há figura da
lação às parceiras. Cabe, então, apontar a ques- mãe? São temas não explorados que aguçam os
tão do planejamento familiar, a vivência das re- investigadores.
lações afetivo-sexuais e das IST como aspectos
da saúde reprodutiva e da saúde em geral, sob o
prisma da sexualidade como assuntos relevan- A temática das violências e gênero
tes para a saúde do homem.
Em estudos mais recentes, Ford, Vieira e As conexões entre violência e saúde são estuda-
Villela (2003) já buscaram apreender o envolvi- das, como destacam Minayo & Souza (1999),
mento masculino na saúde reprodutiva e nas desde os anos 70. Pitanguy (2003) reitera análi-
práticas de sexo seguro também nas relações ses que mostram que a violência varia por gê-
conjugais e estáveis. Isso é importante na medi- nero na bipolaridade público/privado e quanto
da em que, primeiro, o enfoque em tais aborda- ao tipo de agressão sofrida: os homens adultos
gens extrapola a questão da participação mas- sofrem, sobretudo, violência física enquanto que
culina nas decisões reprodutivas das mulheres e as mulheres adultas, física e sexual. A referida
centra-se no comportamento reprodutivo mas- bipolaridade faz com que os homens se envol-
culino como parte do relacionamento com as vam mais na violência relacionada ao trabalho
mulheres. Em segundo lugar, é importante pela e ao crime, e as mulheres em conflitos domésti-
ênfase dada à esfera doméstica, na qual as re- cos. Nesse cenário, levando em conta os agres-
presentações e decisões sobre a vida reproduti- sores, a autora observa que os homens adultos
va adquirem sentido e significado. são raramente agredidos por membros de sua
Ainda por referência à essa participação dos família, enquanto que as mulheres são agredi-
homens em questões de saúde reprodutiva, das por estranhos, em menor proporção, e por
Keijzer (2003) considera a paternidade um dos conhecidos e parentes, em maior proporção.
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sideram que a violência contra a mulher tem tos e crescentes índices de violência e morte en-
como um dos principais suportes simbólicos o tre adolescentes (Mello Jorge, 1998; Bercovich
machismo, característico do sistema de gênero et al., 1998). Como aponta Laurenti (1998), em
onde também se destaca: 1) compreensão de fe- várias regiões da América Latina e Caribe, essa
minino e masculino como opostos; 2) organi- mortalidade tem sido crescente e atinge sobre-
zação social expressa em uma divisão moral na maneira homens jovens. Schraiber et al. (2004)
qual a força e a honra dos homens e a vergonha também observam a alta magnitude da violên-
das mulheres são qualidades morais importan- cia perpetrada e sofrida por homens na esfera
tes; 3) defesa da dupla moral sexual e a impor- pública: cerca de um a cada dois homens (56,3%)
tância conferida ao controle da sexualidade fe- já experimentou alguma situação de agressão fí-
minina em oposição à ênfase na virilidade, for- sica traduzida nos seguintes atos: tapas, empur-
ça e desinteresse com respeito a assuntos do- rões, socos, chutes. Nota-se que são os amigos
mésticos pelos homens. (37,5%) e estranhos (34,8%) as categorias mais
Em termos das relações concretas e particu- referidas em termos dos agressores, embora
lares entre homens e mulheres, a ênfase tem si- mereça destaque a categoria dos policiais (5%).
do posta em dois conjuntos de fatores: 1) os po- Assim, nos estudos sobre violências experi-
deres e privilégios sociais dos homens nas so- mentadas por homens, a perspectiva de gênero
ciedades e a conseqüente permissividade social é fundamental para que se possa compreender
para a violência dos homens contra as mulheres que os nexos entre masculinidade e violência,
(Heise & Garcia-Moreno, 2002); e 2) as expe- reforçados no processo de socialização e de afir-
riências contraditórias de poder vividas pelos mação da masculinidade, representam desvan-
homens, especialmente na infância, que se trans- tagens em termos de saúde, dado que os expõe
formam, na vida adulta, em terreno fértil para a a situações constantes de risco, especialmente
utilização do recurso à violência na esfera pri- nos espaços públicos.
vada (Kaufman, 1997). Diferentes estudos destacam que os homens
Seja no campo das relações ou dos referen- sofrem mais pressões sociais para endossar as
ciais simbólicos, para a maior parte destes auto- prescrições de gênero da sociedade. Seguindo-
res, o recurso à violência (de caráter psicológi- se tal argumento, os homens seriam mais vul-
co, físico ou sexual) não é simplesmente um neráveis ao envolvimento em situações de vio-
elemento constitutivo da relação afetiva/conju- lência na esfera pública. Embora a validade de
gal. Antes, sua emergência responde à necessi- tal argumento seja reconhecida, faz-se necessá-
dade masculina de re-colocar elementos asso- rio reforçar o caráter plural e dinâmico das
ciados à honra, autoridade e poder na relação masculinidades concretas diante do modelo he-
quando esta é questionada ou está em crise. gemônico de masculinidade.
Sem dúvida, com a ampliação dos estudos Por último, vale destacar que o cerne da
que visam à inclusão dos homens na perspecti- questão não se refere ao quanto os homens so-
va de gênero, criaram-se possibilidades de pro- frem maiores pressões – do que, por exemplo,
mover o trânsito entre uma visão da relação en- as mulheres – para reconhecer como legítimo e
tre masculinidade-violência com base numa utilizar o recurso à violência, mas como estes
idéia genérica de patriarcado para uma idéia têm mais dificuldades em aceitar “imposições”
que privilegia a violência como expressão de in- sociais sobre direitos de igualdade com os “ou-
segurança masculina ou como a não-atualiza- tros” menos valorizados na escala social. O im-
ção de um padrão hegemônico de masculinida- portante é não se resumir a questão do poder à
de. Tal mudança parece importante na medida masculinidade, lembrando da alternativa de
que é discutido de que modo a experiência de aproximação da noção de poder tal como for-
poder ou da falta dele está relacionada, para os mulada por Arendt (2000), em que o conceito
homens, a outros referenciais identitários, tais expressa mais a face positiva que negativa do
como classe, geração/idade, raça/etnia, entre exercício deste, correspondendo ao compromis-
outros. Isso aponta para a possibilidade de fugir so ético e socialmente responsável implicado
de categorizações abstratas de papéis sexuais nas escolhas de sujeito.
constitutivos de uma visão monolítica de ho-
mem e mulher.
No campo da violência cometida por ho-
mens contra homens no espaço público, as pes-
quisas têm início a partir da visibilidade dos al-
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Colaboradores
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