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Branca de neve e os sete anões.

ERA UMA VEZ um rei que vivia num reino distante, com a sua filha pequena, que se chamava
Branca de Neve. O rei, como se sentia só, voltou a casar, achando que também seria bom para a
sua filha ter uma nova mãe. A nova rainha era uma mulher muito bela mas também muito má, e
não gostava de Branca de Neve que, quanto mais crescia, mais bela se tornava.

A rainha malvada tinha um espelho mágico, ao qual perguntava, todos os dias:

- Espelho meu, espelho meu, haverá mulher mais bela do que eu?

E o espelho respondia:

- Não minha rainha, és tu a mulher mais bela!

Mas uma manhã, a rainha voltou a perguntar o mesmo ao espelho, e este respondeu:

- Tu és muito bonita minha rainha, mas Branca de Neve é agora a mais bela!

Enraivecida, a rainha ordenou a um dos seus servos que levasse Branca de Neve até à floresta e
a matasse, trazendo-lhe de volta o seu coração, como prova.

Mas o servo teve pena da Branca de Neve e disse-lhe para fugir em direção à floresta e nunca
mais voltar ao reino.

Já na floresta, Branca de Neve conheceu alguns animais, os quais se tornaram seus amigos.
Também encontrou uma pequenina casa e bateu a sua porta. Como ninguém respondeu e a porta
não estava fechada à chave, entrou. Era uma casa muito pequena, que tinha sete caminhas,
todas muito pequeninas, assim como as cadeiras, a mesa e tudo o mais que se encontrava na
casa. Também estava muito suja e desarrumada, e Branca de Neve decidiu arrumá-la. No fim,
como estava muito cansada, deitou-se nas pequenas camas, que colocou todas juntas, e
adormeceu.

A casa era dos sete anões que viviam na floresta e, durante o dia, trabalhavam numa mina.

Ao anoitecer, os sete anões regressavam à sua casinha, quando deram com Branca de Neve,
adormecida nas suas caminhas. Que surpresa! Com tanta excitação, Branca de Neve acordou,
espantada e rapidamente se apresentou:

- Eu sou a Branca de Neve.

E os sete anões, todos contentes, também se apresentaram:

- Eu sou o Feliz!

- Eu sou o Atchim e este é o Miudinho.

- Eu sou o Sabichão, e estes são o Dorminhoco e o Envergonhado.

- E eu sou o Rezingão!

- Prazer em conhecê-los. Respondeu Branca de Neve, e logo contou a sua triste história. Os
anões convidaram Branca de Neve a viver com eles e ela aceitou, prometendo-lhes que tomaria
conta da casa deles.

Mas a rainha má, através do seu espelho mágico, descobriu que Branca de Neve estava viva e
que vivia na floresta com os anões.

Então, furiosa, vestiu-se de senhora muito velha e feia e foi ter com Branca de Neve. Com ela
levou um cesto de maças, no qual tinha colocado uma maça vermelha que estava envenenada!

Quando viu Branca de Neve, cumprimentou-a gentilmente, e ofereceu-lhe a maça que tinha
veneno.

Ao trincá-la, Branca de Neve caiu, como se estivesse morta. A malvada rainha fugiu e, avisados
pelos animais do bosque, os sete anões regressam apressadamente a casa, encontrando Branca
de Neve caída no chão.

Muito chorosos, os anões colocam Branca de Neve numa caixa de vidro, rodeada por flores.

Estavam todos em volta de Branca de Neve, quando surgiu, no meio do bosque, um príncipe no
seu cavalo branco. Ao ver Branca de Neve, o príncipe de imediato se apaixonou por ela e, num
impulso, beijo-a. Branca de Neve acordou: Afinal estava viva!

Os anões saltaram de alegria e Branca de Neve ficou maravilhada com o príncipe!

O príncipe levou Branca de Neve para o seu castelo, onde casaram e viveram muito felizes para
sempre.
Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau

MÚSICA PARA CORTINAS. (Abrir as cortinas)

MUSICA PARA COMEÇAR

Era uma vez uma doce menininha que todos chamavam de Chapeuzinho Vermelho (aparece
Chapelzinho). Isto era porque ela sempre usava uma capa vermelha com um gorro que a sua avó havia lhe
dado de presente.

TIRAR O SOM.

(aparece a mãe)

Um dia, a mãe de Chapeuzinho Vermelho a chamou e disse:

– Minha filha, você pode pegar esta cesta e levar para a sua vovó? Aí dentro tem pão, manteiga, bolo e
algumas frutas. Ela está se sentindo doente e isto pode ajudá-la a se sentir melhor. Mas não saia do
caminho e vá direto para a casa de sua avó, sem parar para falar com nenhum estranho, certo?

(some a mãe e a chapelzinho)

A avó de Chapeuzinho Vermelho morava há meia hora de distância por dentro da floresta, (aparece a
floresta) do lado de fora da aldeia onde moravam. (aparece chapelzinho)Assim que ela entrou na floresta,
MÚSICA DE SUSPENSE (aparece o lobo) logo apareceu um lobo atrás de uma árvore. Ela nem se
assustou porque ela não sabia que lobos podem ser perigosos.

TIRAR O SOM

– Bom dia, Chapeuzinho Vermelho! – o lobo cumprimentou.

– Bom dia, Senhor Lobo – ela respondeu.

– Para onde você vai?

– Estou indo visitar minha vovó, porque ela não está se sentindo bem.

– O que você tem aí dentro da cesta? – perguntou o lobo.

– Eu tenho pão, manteiga, bolo e algumas frutas para levar para minha vovó!

– Excelente! E onde sua vovozinha mora?- perguntou o lobo, e Chapeuzinho Vermelho acabou explicando
exatamente o local da casa da sua avó!

Eles seguiram andando juntos por algum tempo. Aí, o lobo falou:

– Olha que lindas flores que temos aqui! Por que você não pega algumas delas para sua vovó?
Ela olhou em volta e viu todas aquelas flores lindas. Chapeuzinho Vermelho achou que sua vovó ficaria
muito feliz em ganhar flores e, mesmo com o conselho de sua mãe para seguir direto pelo caminho, ela se
desviou para colher algumas flores.

Aproveitando que Chapeuzinho Vermelho tinha se enfiado na floresta mais densa,(sumir o lobo,
chapelzinho e floresta)) o lobo foi direto para a casa da vovó. (aparece a casa, lobo)Assim que ele chegou,
bateu na porta e escutou uma voz lá de dentro da casa (casa some):

(aparece vovó)

– Quem é? – perguntou a vovó.

– Sou eu, Chapeuzinho Vermelho. Eu trouxe pão, manteiga, bolo e frutas! – disse o lobo, tentando disfarçar
a voz.

– Ah, que gentileza! Empurre bem a porta para entrar. Eu não tenho forças para ir aí abrir. (some vovó)

O lobo entrou na casa,(aparece vovó na cama) foi até a cama da vovozinha e a prendeu no armário para
poder comer mais tarde! (some vovó na cama) (aparece a cama vazia e lobo de roupa e logo some o
lobo)Aí, ele vestiu as roupas dela para se disfarçar e deitou na cama.(some a cama vazia e aparece a
cama com o lobo). (some o lobo com a cama)

(aparece a chapeuzinho e a casa) Quando Chapeuzinho Vermelho chegou na casa de sua avó, percebeu
que a porta estava aberta. (sumir a casa) Então ela entrou e foi até o quarto para encontrá-la.

Normalmente ela sentia-se muito feliz na casa de sua vovó, mas naquele dia havia algo de estranho…
MUSICA DE SUSPENSE BREVEMENTE

(aparece o lobo com a cama)

– Bom dia, vovó! – disse Chapeuzinho Vermelho, mas ninguém respondeu.

A vovó estava com uma aparência bem esquisita…

– Nossa vovó, que orelhas grandes você tem! – exclamou Chapeuzinho Vermelho.

– É para poder te escutar melhor! – o lobo respondeu, disfarçando a voz.

– Puxa, Vovó, que olhos grandes você tem!

– Pois é minha netinha, é para te ver melhor!

– Vovó, que mãos enormes você tem!

– É para poder te sentir melhor! – o lobo disse.

– Caramba vovó! E que boca enorme você tem! – exclamou Chapeuzinho Vermelho.

(MÚSICA DE SUSPENSE)– É para te comer melhor!!! – gritou o lobo num salto para fora da cama. (sair
lobo com cama)
A Chapeuzinho Vermelho conseguiu se esquivar e o lobo caiu no chão, dando tempo dela fugir pela porta
que estava aberta.(aparece o lobo sem roupa). SOM DE CORRER. (aparece a floresta).O lobo então saiu
correndo e começou a perseguir a Chapeuzinho Vermelho pela floresta!

(aparece a floresta) Um caçador que estava passando por perto, escutou a gritaria e foi em direção ao
barulho, ele achou que alguém precisava de ajuda. E assim que viu que era o lobo ele pensou:

– Finalmente encontrei!

O caçador estava atrás desse lobo há muito tempo!

Como o lobo estava distraído na perseguição, o caçador conseguiu alcançá-lo sem que ningúem
percebesse e com seu machado (aparece o machado), capturou e amarrou o lobo, salvando a
Chapeuzinho que disse:

– Muito obrigada! Ainda bem que você estava por perto! Mas precisamos agora descobrir onde está minha
avozinha! Estou com medo do que possa ter acontecido!

O caçador então obrigou o lobo a contar o que tinha acontecido e onde ele tinha escondido a vovó. (some o
lobo) Depois disso a aldeia toda resolveu prender o lobo em um lugar onde nunca mais pudesse perseguir
nem comer ninguém. (some todos)

MUSICA DO INICIO

(aparece chapelzinho, vovó, mãe,caçador)

E com tudo isso que aconteceu, a Chapeuzinho Vermelho decidiu nunca mais sair do caminho e escutar
com mais atenção tudo o que a sua mãe falar pra ela!
Alladin e a Lâmpada Mágica

Alladin era filho de um pobre alfaiate que vivia numa cidade da China.

Quando seu pai morreu ele era ainda muito jovem, e sua mãe teve que trabalhar de diarista e costurar dia e
noite para sustentá-lo. Um dia, quando tinha mais ou menos quinze anos, estava brincando na rua, com
alguns companheiros.

Um homem estranho que passava parou para olhá-lo. Era um mágico africano que necessitava da ajuda
de um jovem. Percebeu logo que Alladin era exatamente quem ele procurava.

Primeiro, o mágico indagou das pessoas que estavam ali, quem era o menino. Depois, dirigiu-se a ele e
perguntou:

– Meu garoto, você não é filho de Shang Ling, o alfaiate?

– Sim, senhor, mas meu pai morreu há muito tempo, respondeu o menino.

Ao ouvir estas palavras, o mágico, com os olhos cheios de lágrimas, abraçou Alladin,e disse:

– Você é meu sobrinho, pois seu pai era meu irmão. Eu o conheci à primeira vista, porque você é muito
parecido com ele.

O homem deu duas moedas de ouro a Alladin, dizendo:

– Vá para casa e diga à sua mãe para preparar o jantar; esta noite irei jantar com vocês.

Encantado com o dinheiro e com aquele tio, Alladin correu para casa.

– Mamãe, eu tenho algum tio? perguntou ele.

– Que eu saiba, não, meu filho. Seu pai não tinha irmãos e eu também não os tenho, respondeu a senhora.

– Acabei de encontrar um senhor que me disse ser irmão de papai. Deu-me este dinheiro e mandou dizer-
lhe que jantaria aqui hoje.

A senhora ficou muito admirada e encucada, pegou as moedas e saiu para fazer compras e passou o dia
preparando o jantar. Exatamente quando tudo estava pronto, o mágico bateu à porta. Entrou trazendo
embrulhos de frutas e doces e perfumes para presentear a mulher. Cumprimentou a mãe de Alladin e, com
lágrimas nos olhos, pediu-lhe que indicasse o lugar onde o irmão costumava sentar-se. Durante o jantar,
pôs-se a narrar e descrever suas viagens.

– Minha boa cunhada, começou ele. Não me admiro de que você nunca me tivesse visto. Estive quarenta
anos fora deste país. Viajei por muitos lugares. Estou realmente triste por saber da morte de meu irmão,
mas é um conforto saber que ele deixou um filho tão encantador ! Virando-se para Alladin, perguntou-lhe:

– Que faz você, meu garoto ? Trabalha no comércio?


Alladin abaixou a cabeça, envergonhado, sem ter o que dizer, pois passava o dia todo batendo pernas na
rua e não ia à escola. Sua mãe, então, explicou:

– Infelizmente ele nada faz. Passa os dias desperdiçando o tempo a brincar na rua. Estudar que é bom,
nem pensar.

– Isto não é bom, meu sobrinho, disse o mágico. É preciso pensar num meio de ganhar a vida e pensar no
seu futuro. Eu gostaria de ajudá-lo. Se você quiser, montarei uma loja para você.

Alladin ficou muito contente com a idéia.

– Bem, resolveu o homem, amanhã sairemos e compraremos roupas elegantes. Depois, então,
pensaremos na loja.

No dia seguinte, ele voltou, como havia prometido, e levou Alladin a uma loja que vendia roupas lindas.

O menino escolheu as que mais lhe agradaram. Depois deram um passeio pela cidade. À noite, foram a
uma festa. Quando a mãe de Alladin o viu voltar tão elegante e o ouviu contar tudo que haviam feito, ficou
muito contente.

– Bondoso cunhado, disse ao mágico, não sei como agradecer-lhe tanta bondade.

– Alladin é um bom menino, disse ele, e bem merece que se faça tudo por ele. Algum dia nos
orgulharemos dele. Amanhã virei buscá-lo, para dar um passeio no campo. Depois de amanhã, então,
montaremos uma loja de brinquedos.

No dia seguinte Alladin levantou-se muito cedo, lavou o rosto, tomou o café da manhã, escovou os dentes,
despediu-se da mãe com um beijo e foi ao encontro do tio.

Andaram muito, muito mesmo, até chegarem à uma fonte de água clara. O mágico abriu um embrulho de
frutas e bolos. Quando acabaram de comer, continuaram a andar um pouco mais até que chegaram a um
vale estreito, cercado de montanhas. Era este o lugar que o homem esperava encontrar. Ele havia levado
Alladin ali por um motivo secreto.

– Não iremos adiante, comunicou ao rapaz. Mostrarei a você algumas coisas jamais vistas por alguém.
Enquanto risco um fósforo, cate todos os gravetos que encontrar para acender o fogo.

Alladin num instante arranjou um pilha de gravetos secos, aos quais o mágico ateou fogo. Quando as
chamas cresceram, atirou-lhes um pouco de incenso e pronunciou umas palavras mágicas que Alladin não
entendeu bem. Imediatamente a terra se abriu a seus pés e apareceu uma grande pedra, em cuja parte
superior havia uma argola de ferro. Alladin estava tão assustado que teria fugido se o mágico não o
detivesse.

– Se você me obedecer, não se arrependerá. Debaixo desta pedra está escondido um tesouro que o fará
mais rico do que todos os reis do mundo. Você deverá, entretanto, fazer exatamente o que eu digo, para
consegui-lo.

O medo de Alladin desapareceu e ele declarou ao tio:

– Que tenho a fazer? Estou pronto!

– Segure a argola e levante a pedra, disse o homem.


Alladin Suspendeu a pedra e deixou-a de lado. Debaixo da pedra, apareceu uma escada subterrânea que
conduzia a uma porta.

– Desça estes degraus e abra aquela porta, ordenou o mágico. Você entrará num palácio onde há três
enormes salões. Em cada um deles verá quatro vasos cheios de ouro e diamantes. Não mexa em nenhum
deles. Passe através dos três salões sem parar. Tenha cuidado para não se encostar nas paredes. Se o
fizer, morrerá instantâneamente. No fim do terceiro salão, há uma porta que dá para um pomar, onde as
árvores estão carregadas de lindas frutas. Atravessando o pomar, você chegará a um muro no qual
encontrará um nicho. Nesse nicho, há uma lâmpada acesa. Pegue a lâmpada, jogue fora o pavio e o
azeite, e traga-a o mais depressa que puder.

Dizendo estas palavras, o mágico tirou do dedo um anel que ofereceu a Alladin, explicando:

– Se você me obedecer, isto o protegerá contra todos os males. Vá, meu sobrinho. Faça tudo o que eu
disse e ambos seremos felizes para o resto da vida.

Alladin desceu os degraus e abriu a porta. Encontrou três salões. Atravessou-os cuidadosamente e chegou
ao pomar. Foi até o muro, pegou a lâmpada do nicho, jogou fora o pavio e o azeite, conforme o mágico
havia falado.

Finalmente, amarrou a lâmpada ao cinturão. Já estava decidido a voltar, mas, olhando para as árvores,
ficou encantado com as frutas. Eram de cores diferentes: brancas, vermelhas, verdes, azuis, roxas, todas
cintilantes. Na verdade, não eram frutas, mas pedras preciosas: pérolas, diamantes, rubis, esmeraldas,
safiras e ametistas. Alladin, não sabendo seu valor, pensou que eram simples pedaços de vidro. Ficou,
entretanto, encantado com as cores e apanhou algumas de cada cor. Encheu os bolsos e também a bolsa
de couro que trazia presa ao cinturão. Assim carregado de tesouros, correu pelos salões e logo chegou à
boca da caverna.

Viu o tio que o esperava no alto da escada e pediu-lhe:

– Dê-me a mão, meu tio, e ajude-me a sair daqui.

– Primeiro, entregue-me a lâmpada, exigiu o mágico.

– Na verdade, não posso fazê-lo agora, pois trago outras coisas que me dificultam a subida, mas assim que
estiver aí em cima, eu entrego, explicou Alladin.

O mágico, que estava aflito para possuir a lâmpada, irritou-se com o atrevimento do garoto e atirou um
pouco de incenso ao fogo, pronunciando algumas palavras mágicas. Imediatamente a pedra voltou ao seu
lugar, tapando a saída da estranha caverna.

Quando Alladin se viu na escuridão, tentou atingir novamente a porta que conduzia aos salões para ver se
conseguia chegar ao pomar. A porta, porém, estava fechada. Durante três dias, Alladin permaneceu na
escuridão, sem comer, nem beber. Por fim, juntou as mãos em uma prece, ao fazê-lo, esfregou o anel que
o mágico tinha posto em seu dedo. No mesmo instante, um gênio, enorme e assustador, surgiu da terra,
dizendo:

– Que deseja? Sou o empregado do anel e cumprirei suas ordens.

Alladin replicou:

– Tire-me daqui.
Logo a terra se abriu e ele se encontrou lá fora. Muito artordoado foi andando para casa e, ao chegar, caiu
desfalecido junto à porta. Quando voltou a si, contou à mãe o que lhe havia acontecido.

Entregou-lhe a lâmpada e as frutas que tinha trazido. Pediu-lhe, depois, alguma coisa para comer, ao que
ela respondeu:

– Meu filho, nada tenho em casa, mas costurei algumas roupas e irei vendê-las, então poderei comprar
algo.

– Em vez das roupas, mamãe, venda a lâmpada, propôs o menino.

Ela apanhou a lâmpada e começou a esfregá-la para limpá-la, porque estava muito suja de terra. Nesse
momento, surgiu um gênio que gritou bem forte:

– Sou o gênio da lâmpada e obedecerei à pessoa que a estiver segurando.

A senhora estava assustada demais para poder falar, mas o menino agarrou-a ousadamente e disse:

– Arranje-me alguma coisa para comer!

O gênio desapareceu e minutos depois voltou equilibrando na cabeça uma bandeja de prata na qual havia
doze pratos, também de prata, cheios das melhores comidas. Havia ainda dois pratos e dois copos vazios.
Colocou a bandeja na mesa e dasapareceu outra vez.

Alladin e sua mãe sentaram-se e comeram com grande prazer. Nunca haviam provado comida tão
gostosa. Depois de comerem tudo, venderam os pratos, conseguindo, assim, dinheiro que deu para
viverem por algum tempo com bastante conforto.

Um dia, quando passeava pela cidade, Alladin ouviu uma ordem do sultão mandando que fechassem as
lojas e saíssem todos das ruas, pois sua filha, a princesa, ia ao banho de mar e não podia ser vista por
ninguém. O rapaz escondeu-se atrás de uma porta, de onde podia ver a princesa quando passasse.

Não decorreu muito tempo e ela passou, acompanhada de uma porção de empregadas. Quando passou
perto da porta onde Alladin estava escondido, tirou o véu que lhe cobria a cabeça e Alladin pôde ver-lhe o
rosto. A moça era tão bonita que Alladin ficou enamorado e desejou casar-se com ela. Chegando a casa
contou à mãe seu amor pela princesa. A senhora riu-se e respondeu:

– Meu filho, você deve estar louco para pensar numa coisa destas!

– Não estou louco, mamãe, e pretendo pedir a mão da princesa ao sultão. Você deve procurá-lo para fazer
o pedido, disse ele.

– Eu??? Dirigir-me ao sultão??? Você sabe muito bem que ninguém pode falar-lhe sem levar um rico
presente, informou a senhora.

– Bem, vou contar-lhe um segredo. Aquelas frutas que trouxe da caverna não são simples pedaços de
vidro. São jóias de grande valor. Tenho olhado pedras preciosas nas joalherias e nenhuma é tão grande,
nem tem o brilho das minhas. A oferta delas, estou certo, comprará o favor do sultão.

Alladin tirou as pedras do armário e as trouxe à sua mãe colocando-as num prato de porcelana. A beleza
de suas cores assombrou a senhora, que ficou certa de que o presente não poderia deixar de agradar ao
sultão. Ela cobriu o prato e as jóias com um bonito pano de linho e saiu para o palácio.
A multidão daqueles que tinham negócios na corte era grande. As portas estavam abertas e ela foi
entrando. Colocou-se em frente ao sultão. Ele, entretanto, não tomou conhecimento de sua presença. Nem
ligou pra ela.

Durante uma semana, ela foi lá diariamente, ocupando sempre o mesmo lugar. Afinal, ele viu-a e perguntou
o que desejava. Tremendo, a boa mulher falou-lhe sobre a pretensão do filho. O sultão ouviu-a
amavelmente e perguntou-lhe o que trazia na mão. Ela tirou o guardanapo de cima do prato e mostrou-lhe
as jóias cintilantes.

Que surpresa teve ele ao ver tais maravilhas! Durante um bom tempo, contemplou-as sem dizer nada.
Depois exclamou:

– Que riqueza! Que encanto!

Ele já havia determinado que a filha se casaria com um de seus oficiais, mas disse à mãe de Alladin:

– Diga a seu filho que ele desposará a princesa se me enviar quarenta vasos cheios de jóias como estas.
Eles deverão ser entregues por quarenta empregados, todos ricamente vestidos.

A mãe de Alladin curvou-se até o chão e voltou para casa pensando que tudo estivesse perdido. Deu o
recado ao filho esperando que, com isso, ele desistisse. Alladin sorriu, e quando a mãe se afastou,
apanhou a lâmpada e esfregou-a. O gênio apareceu no mesmo instante e ele pediu-lhe que arranjasse
tudo que o sultão havia pedido. O gênio desapareceu e voltou trazendo quarenta empregados, cada um
carregando na cabeça uma vaso cheio de pérolas, rubis, diamantes, esmeraldas, safiras e ametistas.
Alladin ordenou-lhes que se dirigissem ao palácio, dois a dois, e pediu à sua mãe que entregasse o
presente ao sultão. Os empregados estavam tão ricamente vestidos que todos, nas ruas, paravam para vê-
los. Entraram no palácio e ajoelharam-se em frente ao sultão, formando um semi-círculo. Os empregados
colocaram os vasos sobre o tapete.

O espanto do sultão, à vista daquelas riquezas, foi indescritível. Depois de muito contemplá-las, levantou-se
e disse à mãe de Alladin:

– Diga a seu filho que o espero de braços abertos.

A senhora, feliz com a notícia, não perdeu tempo. Saiu correndo e deu o recado ao filho. Alladin, entretanto,
não teve pressa. Primeiro chamou o gênio e pediu-lhe:

– Desejo um banho perfumado, uma roupa luxuosa, um cavalo tão bonito quanto o do sultão, vinte
empregados e, além disso, vinte mil moedas de ouro distribuídas em vinte bolsas. Tudo isso apareceu
imediatamente à sua frente. Alladin, elegantemente vestido e montado num lindo cavalo, passou pelas
ruas, causando admiração a todos. Os empregados marchavam a seu lado, cada um carregando uma
bolsa cheia de moedas de ouro, para distribuir pelo povo. Quando o sultão viu aquele belo rapaz, saiu do
trono para recebê-lo. À noite ofereceu-lhe uma grande festa. Ele desejava que Alladin se casasse logo com
a filha, mas este lhe disse:

– Primeiro, construirei um palácio para ela.

Assim que regressou à casa, chamou o gênio e disse:

– Dê-me um palácio do mais fino mármore, incrustado de pedras preciosas.

– Nele quero encontrar estábulos, cocheiras, lacaios, empregados. A mais fina decoração, com os móveis
mais luxuosos do mundo.
O casamento de Alladin com a princesa realizou-se no meio de grande riqueza. O rapaz já havia
conquistado o coração do povo, por sua generosidade. Durante muito tempo eles foram imensamente
felizes.

Nesta ocasião, o mágico que estava na África descobriu que Alladin era muito rico e querido de todos.
Cheio de raiva foi atrás de Alladin. Lá chegando, ouviu algúem falar do palácio maravilhoso que tinha sido
levantado pelo gênio da lâmpada. Resolveu, então, obter a lâmpada, custasse o que custasse. Os
mercadores contaram-lhe que Alladin tinha ido caçar e que estaria ausente por alguns dias. Ele comprou
uma dúzia de lâmpadas de cobre, iguais à lâmpada maravilhosa, e foi ao palácio gritando:

– Trocam-se lâmpadas novas por lâmpadas velhas!

Quando chegou à janela da princesa, os empregados chamaram-no, dizendo:

– Venha cá. Temos uma lâmpada feia e velha que queremos trocar.

Era a lâmpada maravilhosa que Alladin havia deixado em cima de um móvel. A princesa não sabia seu
valor; por isso, pediu a um empregado que a trocasse por uma nova. O mágico, muito contente, deu-lhe a
melhor lâmpada que tinha, e saiu correndo para a floresta. Quando anoiteceu, chamou o gênio da lâmpada
e ordenou que o palácio, a princesa e ele próprio fossem carregados para a África.

O pesar do sultão foi terrível quando descobriu que a filha e o palácio tinham desaparecido. Enviou
soldados à procura de Alladin, que foi trazido à sua presença.

– Vou deixar você em liberdade por quarenta dias e quarenta noites, lhe informou o sultão. Se durante este
tempo minha filha não aparecer, vou prender você no calabouço.

Alladin vagou por toda a cidade, perguntando às pessoas que encontrava o que havia acontecido ao seu
palácio. Ninguém sabia dar-lhe informação . Depois de muito andar, parou num riacho para matar a sede.
Abaixou-se e juntou as mãos para apanhar um pouco de água. Ao fazê-lo, esfregou o anel mágico que
trazia no dedo. O gênio do anel apareceu e perguntou-lhe o que queria.

– Ó gênio poderoso, devolve-me minha esposa e meu palácio! Implorou ele.

– Isto não está em meu poder, disse o gênio. Peça-o ao gênio da lâmpada. Sou apenas o gênio do anel.

– Então, pediu Alladin, leva-me até onde estiver o palácio.

Imediatamnete, o rapaz sentiu-se carregado pelos ares. Finalmente chegou a um país estranho, onde logo
avistou o palácio. A princesa estava chorando em seu quarto. Quando viu Alladin, ficou muito contente.
Correu ao seu encontro e contou-lhe tudo o que havia acontecido. Alladin, ao ouvir falar na troca das
lâmpadas, percebeu logo que o mágico era o causador de toda aquela aflição.

– Diga-me uma coisa, perguntou à esposa, onde está a lâmpada velha agora?

– O velho carrega-a no cinturão e não se separa dela noite e dia.

Depois de muito conversarem, fizeram um plano para conseguir a lâmpada de volta.

Alladin foi à cidade e comprou um pó que fazia a pessoa dormir instantaneamente. A princesa convidou o
mágico para jantar em sua companhia. Enquanto comiam os primeiros pratos, ela pediu a um criado que
lhe trouxesse dois copos de vinho, que ela havia preparado. O mágico, encantado com tanta gentileza,
bebeu o vinho no qual ela havia derramado certa quantidade do pó. Suas idéias foram ficando meio
confusas e ele acabou pegando no sono.

Alladin, que estava escondido atrás de uma cortina, veio depressa e apanhou a lâmpada do cinturão do
velho mágico. Depois mandou que os empregados o carregassem para fora do palácio e o deixassem bem
longe dali. A seguir, esfregou a lâmpada e, quando o gênio apareceu, pediu-lhe que levasse o palácio de
volta. Algumas horas mais tarde, o sultão olhando pela janela, viu o palácio de Alladin brilhando ao sol.

Mandou, então, dar uma festa que durou uma semana.

O mágico, quando acordou no dia seguinte e se viu no meio da rua sem a lâmpada, ficou desesperado,
fugiu para bem longe e nunca mais voltou.

Alladin e a esposa viveram felizes pelo resto da vida.


Cinderela (música)

ABRIR AS CORTINAS
(entra a cinderela) ERA UMA VEZ uma bela jovem chamada Cinderela que vivia com o seu pai, um
comerciante viúvo e muito rico. (tirar a música)

Cinderela perdeu a mãe ainda criança e o seu pai, pensando que Cinderela precisava de uma nova
mãe, decidiu casar-se novamente.

(entra a madrasta) A madrasta da Cinderela, também era viúva e tinha (entra 2 filhas) duas filhas
muito feias e muito más, do seu primeiro casamento.

Como o pai de Cinderela viajava muito, (saí cinderela simples e entra cinderela com vassoura) a
madrasta malvada e as suas novas irmãs obrigavam a Cinderela, na ausência do pai, a fazer todos
os trabalhos domésticos, fazendo ela de empregada sempre que podiam, e fingindo-se muito
amigas na presença do pai.

(saí todos)

Quando o pai de Cinderela morreu, (entra madrasta e cinderela) por ordem da madrasta, Cinderela
passou a dormir no sótão e a vestir-se de farrapos. Cinderela nada mais tinha que o seu pobre
quarto e os seus (rato) amigos animais que habitavam na floresta.

(saí todos)

(aparece o castelo) Um certo dia foi anunciado naquele reino que o Rei iria dar um baile no castelo,
(aparece o príncipe) para que o seu filho, um jovem e belo príncipe, pudesse escolher entre todas
as jovens do reino, aquela que seria sua esposa.

(saí todos)

(aparece a cinderela) Temendo que Cinderela fosse escolhida pois ela era realmente muito bela,
(entra a madrasta) a madrasta proibiu Cinderela de ir ao baile, argumentando não ter roupas
adequadas para a vestir, (entra as 2 irmãs) enquanto suas irmãs experimentavam vestidos
luxuosos para a festa. (saí madrasta e 2 irmãs)

Cinderela como era muito habilidosa, decidiu fazer o seu próprio vestido, (entra o rato) com ajuda
dos seus amiguinhos da floresta. No final estava satisfeita pois tinha conseguido fazer um bonito
vestido.

Mas, na noite do baile, (entra a madrasta e 2 irmãs) a madrasta e as suas filhas descobriram o
vestido e (música triste) rasgaram-no em mil pedaços!

(sair madrasta, 2 irmãs e rato)

Desolada, Cinderela foi para o seu quarto a chorar. Sentada à janela, lamentava-se:

- Como sou infeliz! Não tenho nem tecido nem tempo para fazer um novo vestido…

(Música de fada)

(entra fada madrinha) Nesse mesmo momento, apareceu a sua fada madrinha que lhe disse:

-Não chores mais Cinderela, pois com a minha varinha mágica transformarei esta (entra abóbora e
sai) abóbora num (entra carruagem e cavalo) coche puxado por quatro lindos cavalos brancos e
destes panos velhos farei o mais formoso dos vestidos!

E então, (saí cinderela com roupa velha entra cinderela de azul) Cinderela apareceu vestida com
um sumptuoso (entra sapatinho de cristal e logo sai) vestido azul e uns delicados sapatinhos de
cristal; ao seu lado encontrava-se uma luxuosa carruagem dourada e um cocheiro muito bem
vestido que gentilmente, lhe abria a porta.

Cinderela feliz da vida, entrou na carruagem, mas não sem antes ouvir as recomendações (entra a
fada madrinha) da fada madrinha:

- O encantamento terminará à meia-noite por isso terás de voltar a casa antes da última badalada,
pois tudo voltará a ser o que era.

A jovem menina acenou que sim à fada com a cabeça, e partiu em direção (entra o castelo) ao
castelo.

(sair todos)

(entra a cinderela) Quando entrou no salão, Cinderela estava tão bela que (entra madrasta e 2
irmãs) a madrasta e as suas irmãs, apesar de acharem aquele rosto familiar, não conseguiram
reconhecê-la.

(entra o príncipe) O príncipe, que não tinha demonstrado até então qualquer interesse pelas
meninas que se encontravam na festa, mal viu Cinderela, apaixonou-se perdidamente por ela.

(Música de valsa) Cinderela e o príncipe dançaram a noite inteira até que o (entra o relógio e logo
saí) relógio do castelo começou a tocar as doze badaladas. (saí príncipe, madrasta e 2 filhas)
Cinderela ao ouvir o relógio, fugiu correndo pela(entra escada) escadaria que levava até aos
jardins, mas no caminho, deixou ficar um dos(entra sapato de cristal) seus sapatos de cristal.

(sair todos)

(Entrar o príncipe) O príncipe desolado, apanhou o sapato e, no dia seguinte ordenou aos criados
do palácio que procurassem por todo o reino a dona daquele pequeno e delicado (entrar sapato
com almofada) sapato de cristal.

Os criados foram percorrendo todas as casas e experimentando o sapato em cada uma das
jovens. Quando chegaram a casa da Cinderela,(entrar madrasta) a madrasta só chamou as
suas(entrar as duas filhas) duas filhas e ordenou ao criado que lhes colocasse o sapato. Por muito
que se esforçassem o sapato não serviu a nenhuma das irmãs.

(entrar cinderela de roupas velhas)Foi então que Cinderela surgiu na sala, e o criado insistiu em
calçar-lhe o sapato. Este entrou sem dificuldade alguma. A madrasta e as suas duas filhas nem
queriam acreditar!

(sair todos)

(música)

(entra o príncipe e cinderela, castelo) O príncipe, sabendo do sucedido, veio imediatamente buscar
a Cinderela, montado no seu cavalo branco e levou-a para o castelo, onde a apresentou ao rei e à
rainha. Poucos dias depois, casaram-se numa linda festa, e foram felizes para sempre.

Rapunzel (MUSICA)
ABRIR AS CORTINAS
(Entrar homem e mulher) ERA UMA VEZ um casal que vivia junto à casa de uma (entrar bruxa) bruxa
má. A mulher estava grávida e, como a bruxa tinha um lindo quintal cheio de (entrar rapôncios)
rapôncios grandes e verdes, despertou nela a vontade de os comer. O marido bem lhe dizia que não
podia ir lá buscar os rapôncios pois pertenciam à bruxa malvada. (sair mulher e bruxa) Mas um dia, a
sua mulher estava com tantos desejos de comer uma sopa de rapôncios que o marido não resistiu e
foi, às escondidas, até à horta da bruxa.

Com muito cuidado e sem fazer barulho, apanhou um rapôncio e levou-o à sua (entra mulher) mulher
para que esta pudesse fazer a sopa. Esta ficou tão satisfeita com a sopa que no dia seguinte pediu
mais. O marido um pouco assustado, (MÚSICA DE SUSPENSE) foi novamente ao quintal da bruxa
mas quando estava quase a passar o muro com um grande rapôncio nas mãos, (entrar bruxa) a bruxa
cruel apareceu e gritou, furiosa:

“Como te atreves a entrar na minha horta e a roubar-me os meus rapôncios?!

“Peço mil desculpas”, disso o homem, tremendo “mas a minha mulher está grávida e tem muitos
desejos de comer sopa de rapôncios… e os seus são tão verdes e deliciosos que ela não consegue
resistir…”.

A bruxa esboçou um sorriso e disse: “A tua mulher gosta assim tanto dos meus rapôncios?

“Sim, minha senhora” respondeu o marido.

“Pois muito bem, deixo-te levar todos os que quiseres, mas em troca quando o bebê nascer terás de
mo dar!”

O homem, como morria de medo da bruxa, concordou com ela e assim que pode, (sair bruxa) correu
para casa para junto da sua mulher (entrar mulher).

Sair rapôncio.

Uns meses mais tarde, a mulher dá à luz (entrar bebê) uma linda menina. Assim que a (entra a bruxa)
bruxa soube, foi logo a casa do casal para levar a bebê com ela. O casal tristemente entregou a sua
filha à bruxa com a esperança de poder vê-la todos os dias, pois viviam ao lado da casa da bruxa.

A bruxa, ao ter a menina no seu colo sorriu e disse:

“Chamar-te-ei Rapunzel!” e saiu rapidamente levando a menina para sua casa.

Sair todos.

MÚSICA

(entra a bruxa e Rapunzel) Durante doze anos Rapunzel e bruxa viveram juntas, numa vida tranquila
e sem problemas. Um dia a bruxa olhou bem para a Rapunzel e falou baixinho:

“Estás a ficar uma mocinha muito bonita, com os teus longos cabelos dourados. Terei de te esconder
do mundo, pois não tarda nada aparecerá alguém para te levar de mim!”. E assim foi. Rapunzel foi
levada pela bruxa para o meio de uma (entra a floresta) floresta distante e (entra a torre vazia)
colocou-a numa torre muito alta, sem portas nem escadas, onde só se via no topo da torre uma
pequena janela. (Sai a bruxa e a torre vazia)
Entra torre com Rapunzel

A partir daí, Rapunzel passava a maior parte dos seus dias sozinha e muito triste, e não compreendia
porque é que a bruxa a tinha deixado naquela torre isolada. Os únicos amigos da menina eram os
passarinhos que habitavam naquela floresta que, (MÚSICA COM VOZ DE MENINA CANTANDO)
atraídos pela bela voz da Rapunzel, pousavam no parapeito da sua janela para a ouvir cantar. (TIRAR
A MÚSICA)

Os anos passaram e Rapunzel transformou-se numa linda e jovem mulher cujos cabelos eram tão
compridos que chegavam até ao chão que rodeava a torre. Aliás era pelos cabelos loiros e compridos
da Rapunzel, penteados em tranças, (entra a bruxa) que a bruxa subia todos os dias à torre para a
visitar. (sai a bruxa)

(MÚSICA COM VOZ DE MENINA CANTANDO)Uma linda manhã de primavera, Rapunzel estava à
janela a cantar uma bela melodia quando (entra o príncipe) um príncipe que passava por ali perto a
ouviu. Admirado com tão bela voz, o jovem príncipe ficou curioso e seguiu a voz, até encontrar uma
torre muito alta no meio da floresta. TIRAR A MUSICA

“Que estranho… nunca tinha visto esta torre aqui, no meio da floresta. Tenho quase a certeza que
ouvi alguém a cantar aqui dentro. Mas como é que posso entrar? Não vejo nem porta nem escada por
onde subir!”.

Como já estava a ficar muito tarde, o príncipe decidiu regressar a casa. Mas como continuava muito
curioso e encantado com aquela voz, decidiu voltar no dia seguinte.

(aparece bruxa) Quando se aproximou da torre, viu uma estranha figura junto à torre que gritava
“Rapunzel, Rapunzel, deixa cair as tuas tranças para eu poder subir!”. E logo a seguir, uma bela
donzela de cabelos dourados apareceu à janela e lançou as suas tranças compridas pelas quais a
bruxa subiu.

O belo príncipe, ainda espantado com o que via, pensou:

“Então é assim que se consegue subir à torre… Amanhã voltarei e tentarei a minha sorte!”. (sai
príncipe, bruxa)

(entra príncipe e o cavalo) E assim foi. De manhã muito cedo, o príncipe cavalgou até à torre e,
imitando a voz da bruxa, disse: “Rapunzel, Rapunzel, deixa cair as tuas tranças para eu poder subir!”.
(sair torre e entrar torre com príncipe subindo) Rapunzel ao ouvir está frase lançou imediatamente as
suas compridas tranças e o príncipe rapidamente por elas subiu.(sair torre e cavalo)

(entrar príncipe e Rapunzel) Quando Rapunzel viu o belo jovem, ficou um pouco assustada mas este
sossegou-a, dizendo-lhe quem era e que tinha sido atraído pela sua bela voz. O príncipe ficou tão
encantado com a Rapunzel que a partir daí, passou a visitá-la todos os dias.

(entrar a bruxa) Só que um dia, a bruxa apareceu mais cedo do que era costume, e viu o príncipe
subir até à torre. Furiosa, jurou que se vingaria dos dois.

Assim que o príncipe foi embora, (sai príncipe) a bruxa chamou pela Rapunzel e subiu pelas suas
tranças.( entra Rapunzel, bruxa e tesoura) Quando chegou lá acima, pegou numa tesoura e cortou as
suas lindas e longas tranças( sai Rapunzel e entra Rapunzel de cabelos longos e as tranças
separadas), tirando Rapunzel da torre e abandonando-a no deserto.

“Aqui ficarás!” gritou a bruxa “onde ninguém te possa encontrar nem mesmo o teu príncipe amado!”. E
continuou: (sai tesoura e Rapunzel)
“Agora regressarei à torre para me vingar do teu querido príncipe”.

Rapunzel ficou desolada, e chorou amargamente a sua sorte e a do seu príncipe.

A bruxa regressou à torre e esperou pacientemente pelo rapaz. Quando este chamou por Rapunzel, a
bruxa lançou as tranças que tinha cortado à menina e o príncipe, sem desconfiar de nada, subiu
alegremente.

(entra príncipe) Qual não foi a sua surpresa quando em vez da Rapunzel, deu de caras com a bruxa.
Esta, ao vê-lo, amaldiçoou-o e, empurrou-o torre abaixo. (entra espinho) O príncipe caiu em cima de
uns espinhos que, apesar de lhe terem salvo a vida, tiraram-lhe a visão. (sai espinho)

A bruxa regressou a sua casa, muito satisfeita.(sai a bruxa)

O príncipe cego, andou anos pela floresta perdido até que um dia, dando-se conta que se encontrava
já fora da floresta,(entra rapunzel) ouviu uma linda voz que imediatamente reconheceu!

Correndo em direção à voz, o mais rápido que pode, pois como estava cego, tropeçava em todas as
pedras que se encontravam no caminho.

MUSICA

Rapunzel, ao vê-lo, correu na sua direção, chorando. Ao abraçá-lo, as lágrimas da Rapunzel


inundaram-lhe o rosto e molharam os seus olhos cegos, que imediatamente se curaram. Finalmente
estavam juntos e podiam ser felizes para sempre!

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