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Primeiro dia do ano


E ra o primeiro diu do ano, e Pongo e Perdita
tinham saído para dar um passeio com seus
donos, Roger e Anita. A neblina da manhã já co-
— Pongo! — Perdita exclamou apavorada com o
que pudesse ter acontecido. - Onde estão os
filhotes? Pongo subiu a escadaria correndo e
meçava a se dispersar, e o ar estava limpo e frio. começou a procurar em cada um dos quartos.
— Oh, Pongo - Perdita suspirou alegremente. - O Perdita seguiu pata a cozinha, Roger e Anita se
ano que passou foi maravilhoso para nós! Só temos entreolharam preocupados, mas tentaram manter a
a agradecer pelos quinze calma.
filhoti- nhos que ganhamos. Pongo voltou correndo à sala de
— Sim, querida, e pense em estar para se juntar a Perdita, que
tudo que teremos pela frente estava muito assustada.
neste ano - disse Pongo. — Oh, Pongo! — ela exclamou. —
— Você acredita que todos Para onde eles...
os filhotes ficaram acordados — Calma, querida — disse Pongo
até meia-noite só para esperar de orelhas em pé. Os dois cachorros
a entrada do ano- -novo? - ficaram em silêncio. Então
Perdita contou a Pongo. — E caminharam na direção do sofá Lá,
todos ainda aninhados entre as almofadas, todos
estavam acordados quando os filhotes dormiam sossegados!
saímos! Espero que eles não cansem a pobre — Encontrei a Nanny! — Roger anunciou. - Ela
Nanny. está dormindo na cadeira de balanço! Enquanto
— E, a festa de ontem à noite no apartamento isso Perdita estava ocupada contando os filhotes.
estava muito divertida - Pongo concordou. - E — ...doze, treze, catorze...
Pingo teria passado a noite toda assistindo Oh, Pongo! Está faltando um dos filhotes!
televisão se tivéssemos permitido. Mas Pongo já estava na outra sala.
— Talvez fosse melhor voltarmos para casa agora — Aqui estáeie, querida! — disse Pongo. —
- disse Perdita. - Estou morrendo de medo que É o Pingo, claro. Ele está assistindo à comemo-
Cruela De Vil possa aparecer enquanto estamos ração de ano-novo pela televisão.
fora. Não gosto do modo como ela olha para os
nossos filhotes.
— Acho que deveríamos voltar mesmo — disse
Pongo. - Mas tenho certeza de que Nanny está
cuidando bem deles. - Pongo e Perdita gentil-
mente puxaram as coleiras para avisar a Roger e
Anita que eles queriam voltar para casa. Os
quatro pegaram o caminho de volta assim que as
primeiras gotinhas de chuva começaram a cair.
— Nanny! Filhotes! Chegamos! - Roger anunciou
enquanto ele e Anita tiravam as botas sujas de
lama e Pongo e Perdita esfregavam as patinhas
sobre o capacho da porta de entrada.
Mas não houve nenhuma
resposta.
ÍÊWÍ)1l&iEjé
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Três desejos multo loucos»


H á muitos e muitos anos, antes de
Aladdin, Jasmine e até mesmo o Sultão
terem nascido, a lâmpada mágica seguia seu
todos os lados! Elas lotaram a pequena loja, e se
amontoavam entre as tendas do mercado.
—- Minha nossa! - Hassan exclamou. — Acho que
caminho rumo à Caverna dos Tesouros, onde eu deveria ter desejado a maior loja de queijo do
um dia Aladdin viria encon- trá- ta. u mundo, Puf! De repente, a loja de Hassan começou
Um mercador viajante tinha comprado a a crescer e crescer! E a sua loja de queijo ficou
lâmpada. Sem saber o seu verdadeiro valor, ele muito mais alta que as dunas de
a trocou por um pedaço de queijo. areia,
Hassan, o vendedor de queijo, — Isso é horrível! -
olhou desconfiado para a Hassan berrou,
lâmpada, Ele suspirou e a lustrou, — Não posso morar e
e de repente o Gênio saiu de trabalhar nesta loja tão
dentro dela em meio a uma grande. Eu queria apenas
fumacinha. poder fabricar o melhor
-— Olá! Eu sou o Gênio da queijo de Agrabah.
lâmpada mágica! - anunciou. Hassan olhou para o Gênio.
— O que foi que você disse? - — Desejo nunca ter lhe
tou. conhecido! - ele disse. Puf!
— Prazer em conhecê-lo - disse o Num piscar de olhos, o Gênio
Gênio. - Mas o que você faz aqui tinha desaparecido. A loja de
em Agrabah? ■ Hassan pergun- Hassan voltou a ser o que era, e não havia mais
— Meu nome é Hassan, e eu nenhuma cabra solta pelo mercado.
sou um... Hassan saiu procurando a lâmpada de um lado para
— Espere! - o Gênio interrompeu. — Deixe-me o outro, mas ela já estava dentro do bolso de um
adivinhar! As pessoas costumam dizer que sou garotinho. Onde a lâmpada iria parar em seguida?
bom nisso! — Acho que tudo não passou de um sonho
O Gênio colocou uma mão sobre a testa en- maluco - disse Hassan.
quanto dava uma olhada ao redor da loja. Mas daquele dia em diante, todos começaram a
— Você vende... queijo! Acertei? dizer que o queijo de Hassan era o melhor de
— Sim, você acertou — disse Hassan. - Mas essa Agrabah!
foi fácil de adivinhar. Não me surpreendeu.
— Você é muito astuto, Hassan - disse o Gênio.
— Por isso vou lhe conceder três desejos,
— Três desejos, é mesmo? - Hassan pensou
durante alguns minutos. Então disse: - E difícil
conseguir leite o bastante para fabricar os meus
queijos. Eu gostaria de ter muitas cabras para
que nunca me faltasse leite.
Puf! Num piscar de olhos, milhares de cabras
encheram as ruas de Agrabah. Havia cabras por

*er
DUMBO
A canção de ninar elefante
um belo elefante! Gostaria que eu cantasse uma
sra. Jumbo estava muito triste, pois tudo Lqúe mais canção de ninar, querido?
queria neste mundo era ter um filhotinho. Vários Enquanto Dumbo acenava concordando, a sra.
animais do circo tinham tido filhotes, e enquanto Jumbo ouviu os outros elefantes falando baixinho
observava as mães com seus bebês, mais triste no cercado ao lado.
ficava. — Sinceramente! - um deles estava dizendo. - Do
Até que um dia finalmente a jeito que ela o mima dá até
cegonha trouxe um bebê para a para pensar que ele é o último
sra. Jumbo! O elefantinho era a elefante na face da Terra! Ela
criatura mais bonitinha que ela já está estragando o filho, isso
tinha visto, e isso fez da sra. sim!
Jumbo o animal mais feliz do Mas a sra. Jumbo ignorou e
circo. começou a cantar.
Mas então algo aconteceu; o seu Dorme, dorme, meu
bebê espirrou, abrindo as orelhas. filhinho, não precisa chorar.
As oreihas do eiefantinho eram Pois a mamãe está aqui
enormes, e os outros começaram para cantar.
a rir do bebê de um modo nada E se um dia alguém rir
simpático. das suas orelhas,
— Em vez de colocar o nome dele de Jumbo Mamãe estará aqui para as suas lágrimas
Júnior - sugeriu um dos elefantes você deveria secar.
chamá-lo de Dumbo! — Os outros elefantes riram E se as lágrimas não secarem, não se importe,
da sugestão. pois para mim as suas oreihas são as mais belas
A sra. Jumbo ignorou as provocações e envolveu o do mundo.
seu amado filhotinho com a tromba. Conforme os
Então ela continuou cantando baixinho até que os
dias iam passando, mais e mais amava seu bebê.
olhinhos de Dumbo foram se fechando e ele acabou
Brincava de esconde-esconde com ele, fingindo
adormecendo.
surpresa quando o filhote se escondia atrás de suas
A sra. Jumbo ainda cantou mais um pouquinho,
pernas, e também brincava de fazer cócegas nele.
então parou. Mas espere, por que tudo estava tão
Todas as noites ela cantava canções de ninar, e
quieto?
dançavam juntos quando Dumbo acordava.
Enquanto a sra. Jumbo cantava para seu fi-
Numa noite a sra. Jumbo percebeu que o seu
Lhotinho, os outros elefantes escutavam a doce
precioso bebê estava muito tristonho. Ela adivi-
melodia e acabaram dormindo também!
nhou que os outros elefantes tinham-no provocado
e ficou indignada,
Mas ela o acomodou com todo carinho na cama, e
o envolveu com as suas orelhas enormes para que
ele ficasse quentinho e protegido.
— Não dê importância ao que eles dizem - ela
disse carinhosamente. - Você vai crescer e se tornar

V
■ PIXAR
PROCURANDO

NEM9
A história do Marlin
Marlin suspirou.

-P. Sherman, rua Waliaby, 42,


Sydney... •P. Sherman, rua
— Eu já estava quase chegando! — ele disse.
— Continuando, quando estávamos
Waliaby, 42, Sydney. - Dory continuava repetindo voltando para casa, adivinhe o que aconteceu?
o endereço, Ela e Martin estavam à procura do — O quê? - Dory indagou.
filho desaparecido dele, Nemo. Eles tinham — Uma água-viva enorme estava bloqueando a
acabado de escapar de um peixe, passagem entre dois arbustos.
e procuravam alguém que — Sei! - Dory exclamou.
pudesse lhes ensinar o caminho Ela parecia tentar se lembrar
para a cidade de Sydney. Pois era de algo.
!á que Nemo estava. — P. Sherman... - ela
— P. Sherman, rua Waliaby, 42, murmurou baixinho,
Sydney... - Dory continuou — Por um momento pensei
repetindo. que estávamos acabados —
Marlin já tinha decorado o Marlin prosseguiu sem dar
endereço e achou que iria importância. - Mas então...
enlouquecer se tivesse de ouvir uma tartaruga marinha
mais uma vez. enorme surgiu e engoliu a
— Dory! - ele disse, soltando um água-viva de uma só vez!
longo suspiro. - Sei que você só está tentando — Você agradeceu à tartaruga marinha? - Pelo
ajudar, mas você realmente precisa continuar visto, Dory parecia finalmente estar acompa-
falando? nhando a história
— Adoro falar — Dory respondeu. — Sou muito — Bem, não - Marlin respondeu. - Fiquei com
boa nisso. Humm... sobre o que eu estava falando medo que ela quisesse nos comer também, por
mesmo? isso Nemo e eu saímos correndo. Desde então
— Só quero encontrar o Nemo - Martin disse. fiquei fascinado pelas tartarugas marinhas. Mas
— Isso mesmo, o Nemo - disse Dory. espero nunca mais me encontrar com outra água-
— Um dia Nemo e eu... - Marlin iniciou. viva!
— Isso, continue - Dory o interrompeu. - A — Tenho uma história para lhe contar também!
história é boa? — Dory disse muito empolgada. - Na P.
— Sim, é muito boa — disse Marlin, aliviado por Sherman, rua Waliaby, 42, Sydney, um peixe
ter conseguido fazer com que Dory parasse de chamado... está morando lá e bem.
repetir o endereço. - Bem — Marlin prosseguiu Marlin suspirou e continuou nadando.
— ,um dia levei Nemo ao outro lado do
coral, para visitar um parente meu que era
conhecido como o peixe-palhaço mais rápido. Mas
quando o visitamos ele já estava bem velhinho.
Dory bocéjou.
— Quando começa a parte boa?
REI LEÃO
Gatinhos assustados
N ala! - Simba sussurrou. — Você
está acordada?
— Sim - Nala sussurrou de volta, saindo do
— Eu também não! - Simba tratou logo de con-
sertar.
Zazu os encarou.
cantinho escuro onde ela dormia ao lado da mãe. - — Então os dois não se assustaram, é mesmo? -
O que você está fazendo aqui? Você vai nos meter ele perguntou. - Isso com cer-^ teza explica a
em encrenca, outra vez. tremedeira.
No dia anterior, Simba e Nala — Você pegou a gente de
tinham ido explorar o cemitério surpresa, só isso - Nala
dos elefantes, onde acabaram resmungou.
caindo em uma cilada armada Zazu agitou as penas.
pelas hienas. — Escutem uma coisa, os dois — ele disse. -
O pai de Simba, Mufasa, foi Não é nenhuma vergonha
quem os salvou. admitir ter medo. Nem
— Vamos lá — Simba insistiu. mesmo o rei Mufasa seria
— Venha comigo. capaz de negar que ficou
Logo os dois filhotes estavam muito assustado quando
vagando pela savana escura aos soube que você tinha
pés da Pedra do Rei. desaparecido, Simba. E se
— O que você está procurando? - até o rei pode confessar que
Nala perguntou. ficou assustado, então vocês dois também
— Eu só queria saber se você ainda está assustada podem, certo?
- Simba respondeu. — Acho que sim - Simba disse enquanto Nala
Nala olhou zangada para ele. encolheu os ombros.
— Assustada? - ela exclamou. - Você não está — Todos nós sentimos medo — Zazu prosseguiu.
insinuando que fiquei assustada, está? Pois é claro — O modo. como você reage ao medo é que
que não fiquei assustada só por causa de algumas importa. E nesse momento que a verdadeira
hienas bobas. Eu não teria ficado com medo nem coragem aparece, entenderam?
se tivesse sido obrigada a enfrentar dez hienas e um — Entendi - Simba e Nala disseram em coro.
búfalo feroz - Nala afirmou. — Ôtimo. - Zazu marchou na direção da Pedra do
— Ah, é? — Simba exclamou. - Bem, eu não teria Rei. O sol começava a despontar no horizonte e já
ficado com medo nem se tivesse sido obrigado a estava na hora do café da manhã.
enfrentar trinta hienas, um búfalo feroz e um... — Agora vamos voltar para casa rapidinho
— CALAU FURIOSO? - uma voz surgiu na ou vou dar um motivo para que os dois realmente
escuridão. fiquem com medo!
—i Ahhhhhh! - Simba e Nala gritaram, pulando
assustados.
Nesse momento um pássaro muito colorido apa-
receu. Era Zazu, o fiel conselheiro de Muíasa.
— Zazu! - Simba gritou. - Você nos assustou!
— Eu não me assustei - Nala afirmou.
Confusão tripla
Eu... eu não consigo - Berlioz confessou com voz

T oulouse e Berlioz fugiram pela porta dos


fundos da casa de madame Adelaide. Atrás
deles, vinha Marie em seu caminhar feminino, com
trêmula. — Estou preso. Berlioz começou a miar
desesperado. Logo o seu irmão e a irmã também
estavam miando.
sua longa cauda branca balançando de um lado Minutos depois, madame Adelaide abriu uma
para o outro. Mas nem mesmo ela pôde deixar de das janelas do andar de cima da casa. Ela e
pular assustada com o ataque Duquesa colocaram a cabeça
surpresa de seu irmão, Toulouse, para fora para ver que
quando ele se virou de repente. barulheira toda era aquela.
— Lá vou eu! — gritou seu outro — Minha nossa! — Duquesa
irmão, Berlioz, ao se jogar sobre exclamou quando viu onde
seus irmãos. Marie conseguiu Berlioz estava. - O que você
escapar, mas Beríioz e Toulouse está fazendo aí em cima?
saíram rolando pelo gramado. — M-i-a-uuu! — o gatinho
— Surpreendi vocês dois! respondeu.
— Berlioz exclamou todo — Não se preocupe, já
orgulhoso. - Sou o melhor vamos ajudá-lo — madame
saltador. Adelaide garantiu. Logo em
— Ah, é? — disse Toulouse. — seguida, ela e Duquesa
Se você é tão bom, vamos ver se consegue subir no apareceram no quintal, acompanhadas por Edgar,
alto daquele carvalho. - Ele ergueu o queixo, que muito carrancudo trazia uma escada.
apontando para o topo da árvore que se erguia — Por favor, Edgar, suba na escada para apanhá-
frondosa sobre as suas cabeças. lo, sim? - madame Adelaide pediu ao mordomo.
— Será um prazer — Berlioz respondeu, e saltou Edgar franziu a testa e resmungou algo sobre o
com agilidade sobre um galho mais baixo e co- gatinho ser bobo. Mas ele encostou a escada no
meçou subir, subir, e subir até o alto da imensa tronco da árvore e começou a subir. Logo, Berlioz
árvore. já estava são e salvo em terra firme. Madame
— Tome cuidado! - Marie gritou lá de baixo. Adelaide sorriu para Duquesa.
Berlioz estava subindo muito alto. Não demorou — Edgar é tão dedicado aos seus preciosos gati-
muito e ele já estava se equilibrando no galho mais nhos - ela disse. - Dá até gosto de ver.
alto.
— Não se preocupem comigo - Berlioz gritou.
Ele já estava tão alto que era difícil escutar a sua
voz.
Toulouse lambeu a patinha.
— Muito bem, você é muito bom - ele berrou para
o irmão. - Agora pode descer.
Mas Berlioz não se moveu.
— Eu disse, pode descer - Toulouse repetiu.

Um novo amiguinho
parou e ergueu os olhinhos

J á fazia quase uma semana desde que a


madrasta de Cinderela a obrigara a se
mudar do seu quarto para o velho sótão.
como se
perguntando algo.
— Pode pegar — ela disse
estivesse

Mas Cinderela ainda não tinha se acostumado com gentilmente. - São presentes para
seu novo aposento. Pois o sótão era um quarto frio, você.
quase sem móveis e muito solitário. O único O ratinho pareceu ter entendido,
companheiro de Cinderela era um ratinho que ela pois ele se aproximou mais um
vira entrando e saindo de um buraquinho num canto pouquinho, apanhou as roupas e o
do quarto. queijo e voltou correndo para a sua
Cinderela sempre gostou muito de toca.
animais, e os ratos não eram Cinderela riu,
exceção. Mas como ela poderia então esperou pacientemente durante
mostrar ao seu novo amigo que ele alguns minutos, ajoelhada diante do
não precisava ter medo? buraquinho.
Bem, Cinderela pensou, ele deve — E então? - ela disse depois de
estar com frio e com fome. um tempinho -, posso ver como as roupas
Um dia, na hora do jantar, Cinderela escon- ficaram em você? Muito sem jeito, o
deu um pedacinho de queijo no bolso do seu ratinho saiu, vestindo as suas roupas
avental. novas. Cinderela bateu palmas.
Naquela noite, depois de ter terminado todas as — Perfeito! — ela disse. -
suas obrigações, Cinderela correu para o seu Você gostou?
quarto e pegou a sua caixinha de costura. Ela usou O ratinho assentiu. Então ele deu um pulo, como se
alguns retalhos para fazer uma roupinha para o tivesse acabado de ter uma ideia, e correu de volta
ratinho: uma camisa vermelha e um boné, um para a toca. Cinderela franziu a testa, desconfiada.
paletozinho alaranjado e um par de sapatinhos Será que ele tinha ficado com medo?
marrons. Mas logo o ratinho reapareceu, acompanhado de
— Uma roupinha para o meu amiguinho — ela outros ratos que vinham muito tímidos logo atrás.
disse. — Mais amiguinhos! - Cinderela disse, surpresa.
Cinderela colocou as roupinhas em frente ao Ela correu para pegar a sua caixinha de costura,
buraquinho na parede e se ajoelhou. Em seguida encantada por ter encontrado o calor da amizade na
tirou o pedaço de queijo do bolso e o colocou ao frieza do sótão.
lado das roupas, com a palma da sua mão. Então ela
estendeu a mão aberta até a portinha do buraquinho
e chamou:
— Olá, tem alguém aí?
Muito desconfiado, o ratinho colocou a curu para
fora do buraquinho e
cheirou o ar. Mas quando
viu o queijo, ele saiu do
buraco e se aproximou da
mão de Cinderela. Ele
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MONSTROS S.A.

0 pior pesadelo de Mike


aaííií- ahhhhh! — gritou Mike e LSulley se sentou — Ela também costumava cantar uma canção de

- Al assustado na cama. Sulley saiu


correndo do seu quarto e abriu a
ninar - disse Mike.
Em sua voz grave e rouca, Sulley começou a
porta de Mike. cantar: Boa noite, Mikeyzinho,
— Oi — disse Mike, — Acho que tive um Com garras afiadas e pelos verdes!
pesadelo. - Ele se sentou na cama e soltou um Boa noite, zolhudinho, Tenha um sonho
sorriso sem jeito para Sulley. — tranquilo!
Eu não tinha um pesadelo desde — Zóiudinho - Mike
que era pequeno. corrigiu o amigo, aconche-
Sulley balançou a cabeça. gando-se sob a coberta. - A
— Muito bem, agora boü noite, minha mãe costumava dar
Mike. uma olhadinha dentro do
— Uh, Sulley, você não gostaria armário também.
de ouvir sobre o meu pesadelo? - Cõm outro suspiro paciente,
Mike perguntou com um sorriso Sulley abriu a porta do
esperançoso. armorio de Mike e deu uma
Sulley sé aproximou e sentou à olhada lá dentro.
beirada da cama do amigo. — Não tem nada aqui! -
— Pode contar - ele disse. ele anunciou.
— Sonhei... — Mike iniciou. - Isso vai parecer Mas, de repente, houve um ruído e uma coisa caiu
muito, muito maluco mesmo, eu sei, mas... sonhei de dentro do armário. Era um esfregão amarelo.
que havia uma criança, uma criança humana, dentro — Ahhhh! - Mike gritou, colocando a cara para
do meu guarda-roupa! - fora da coberta. Então ele relaxou. - Oh, sinto
Ele apontou para a direção do armário e soltou uma muito, amigo. No escurinho, pensei que o
risada nervosa. esfregão fosse, você sabe, uma criança humana!
— Acalme-se - disse Sulley. - Deve ter sido por — Ele encolheu os ombros e lançou outro
causa do filme que você assistiu antes de dormir. sorriso sem jeito para Sulley.
— Crianzila? - Mike zombou. - Não. Já vi aque le Sulley acabou achando a situução engraçada.
filme mais de dez vezes. — Não seja bobo, Mike — ele disse. - Nenhuma
— Bem, por que você não tenta dormir novamente? criança jamais ficará vagando perdida em
— Sulley sugeriu após um bocejo. Monstrópolis, isso seria um desastre!
Mike limpou a garganta meio sem jeito. — Você tem razão - Mike concordou sonolento. -
— Eu me lembro de quando eu era criança: a Boa noite, Sulley.
minha mãe costumava me trazer um picolé de — Boa noite, Mike.
lama quando eu tinha um pesadelo - ele disse.
Sulley suspirou pacientemente, então saiu e
voltou da cozinha com um picolé de lama para
Mike.

10
0 Livro de regras do Kuzco
- O'1 »láááá, vocês aí, seres inferiores. família moravam havia mais de seis gerações.
Era só o que faltava!
Sgv \J r Meu nome é Kuzco. Imperador
Regra 3: Sempre coloque as suas necessidades em
Kuzco para vocês. Gostaria de lhes apresentar o
primeiro lugar. Quando estiver com fome, bata
Livro de regras do Kuzco, conhecido também como
palmas e os seus criados trarão a sua comida.
Guia de sobrevivência, se vocês
Quando estiver cansado, estale
fossem eu! Se eu fosse vocês
os dedos e eles trarão a cama.
tentaria seguir estas regras em
E quando estiver entediado,
casa. Sabe, sou um imperador, o
levante um dedinho e lhe
que significa que, além de ser
trarão um circo para diverti-lo.
rico, poderoso e muito
Se bem que, um dias desses,
carismático, todos no meu reino
pedi para os meus criados
fazem exatamente tudo o que eu
trazerem a minha comida e
quero que eles façam. Você, por
antes de comer dei um pouco
outro lado, provavelmente não
para o meu cachorro e ele se
tem toda essa força aí na sua
transformou em um
casa. Digo, neste exato momento,
rinoceronte.
a sua mãe ou pai ou tia ou tio ou
E enquanto eu dormia na
babá oli... seja lá quem for, está lhe
minha cama real, tive certeza de que ouvi alguém
dizendo que só vão ler esta historinha e que já é
cerrando um buraco no piso ao meu redor. E no dia
hora de você ir para a cama e apagar a luz. Viu, se
em que o circo veio para me entreter,
você fosse eu, você poderia expulsá-los da corte só
‘'acidentalmente" deixaram a cobra encantada cair
por terem dito isso! Você poderia obrigá-los a ler
no meu colo! Talvez eu só esteja imaginando
todas as 365 historinhas de uma só vez se quisesse!
coisas.
Portanto, aqui estão as minhas regras.
Ei, você não está achando que tem gente querendo
Leia tudo, chore e morra de vontade de ser um
se livrar de mim, está/ Não.
imperador rico e poderoso como eu!
Que ideia mais maluca, não é mesmo? Seja lá
Regra 1: Não permita que ninguém ou nada se
quem esteja lendo esta historinha para vocês está
intrometa na sua onda. “Onda” significa o ritmo
prestes a lhe dizer que já é hora de ir dormir. Boa
que você leva a sua vida. Por exemplo, quando
noite!
sinto vontade de sair dançando pela sala do meu
trono, é isso que eu faço. Mas uma coisa estranha
aconteceu quando eu estava dançando hoje. Várias
estátuas de pedra enormes caíram e quase me
esmagaram. Provavelmente tudo não passou de um
acidente assustador.
Regra 2; Nunca leve em consideração os
sentimentos de ninguém além dos seus.
Um dias desses, um camponês enorme apareceu
aqui no meu palácio e tentou me convencer a
mudar de ideia e não construir mais o meu palácio
de verão no alto da montanha onde ele e a sua
peterí^n
A história da Terra do Nunca
E ra uma fria noite de inverno, e João e Miguel
não conseguiam dormir. Eles pularam para a
cama da irmã mais velha deles, Wendy.
— “Que venha!”, Peter riu. “Estaremos preparados
para ele!”
Peter encontrou um relógio igualzinho ao que o
— Por favor, conte unia história para nós! — crocodilo tinha engolido. Ele assoviou na direção
disse Migue!. de umas drvores e um bando de macacos amigos
— Sim, por favor. Uma história apareceu.
do Peter Pan! - João implorou. — “Tenho um brinque-
— Claro que sim - disse Wendy. dinho novo para vocês!",
- Já contei a vocês sobre o dia em Peter gritou e jogou o relógio
que Peter Pan passou a perna no para eles. “Agora, fiquem
malvado Capitão Gancho? escondidos!”, Peter disse aos
— Sim! - Miguel respondeu macacos, e então ele e os
empolgado. - Mas queremos Garotos Perdidos voltaram
ouvir outra vez! correndo para ò esconderijo.
Wendy riu e começou. — Quando Gancho apa-
— Numa noite o Capitão Gancho receu na clareira, no meio da
tinha ancorado seu floresta, a primeira coisa
navio em um abrigo secreto que ele ouviu foi o tique-
próximo àilha da Terra do Nunca. Ele e seus taque do relógio. O som
homens permaneceram quietinhos, pois parecia vir de todos os lados! Os macacos
pretendiam descobrir onde ficava o esconderijo estavam se divertindo muito, jogando o relógio
secreto de Peter e dos Garotos Perdidos. Capitão de um lado para o outro, sem que Gancho
Gancho odiava Peter Pan porque o menino tinha percebesse. Apavorado, Gancho e seus homens
cortado a sua mão em um duelo e jogado-a para correram para o navio e saíram remando.
um crocodilo enorme comer. Agora o crocodilo Nesse momento, os pais das crianças Darling
queria comer o resto do corpo do Capitão. Para entraram para dar uma olhadinha nelas.
sorte do Capitão Gancho, o t.al crocodilo tinha — Você não está contando mais histórias ima-
engolido junto com a mão o seu relógio, assim o ginárias sobre Peter Pan, está, Wendy? -
pirata sempre era alertado sobre a presença do o pai deles perguntou.
crocodilo pelo som do tique-taque do relógio. — Mas Peter Pan existe de verdade, papai! - as
— Mas, felizmente para Peter Pan — Wendy crianças gritaram. - Temos certeza!
continuou Tinker Bell acabou descobrindo o Enquanto os pais davam beijinhos de boa-noite nas
pLano do malvado Capitão Gancho. Então, ela suas crianças, nenhum deles viu que o garoto
voou até Peter e avisou que o pirata estava se vestido de verde estava agachado do lado de fora
aproximando. da janela do quarto. Ele tinha escutado toda a
história, e logo estaria de volta — muito em breve.

15
17
ÍCW^ÍCÍJC^
As aventuras de

Bernardo «Bianca
0 emprego novo
19
Bernardo era um simples ratinho. Ele seguiu direto para o trabalho. E uma vez que
Ele gostava do seu trabalho calmo como rato Bernardo tinha mais experiência do que todos os
assistente, gostava de comer queijo no jantar e candidatos, ele foi contratado!
gostava de adormecer todas as noites lendo um — Parabéns! — disse o delegado francês. —
bom Livro. Mas ele. não gostava do número treze, Bonne chance!
de gatos pretos (qualquer tipo de Naquela noite, os amigos de
gato, na verdade!), ou da cor Bernardo o levaram para
verde. Outra coisa de que comemorar o novo emprego.
Bernardo não gostava era de — A Sociedade
perigo. Ele gostava de se sentir Internacional de Resgate
seguro. Nada de aventuras - disse um de seus
ousadas para ele. Bernardo amigos. - Nossa! Deve
costumava se manter longe de ser emocionante, não
todos os animais que fossem acha?
maiores do que ele, de qualquer — Oh, não - respondeu
queijo que não pudesse comprar Bernardo. - Vou trabalhar
e de tudo que pudesse lembrar como ajudante geral apenas.
uma ratoeira. Nada de perigo. Intrigas. Vou
Por isso, quando anunciaram no escritório onde ele limpar o chão e consertar vazamentos. Não haverá
trabalhava que eles iriam se mudar do porão da rua nenhum tipo de aventura, pode acreditar.
Hudson, 1515, para o número 1313 da mesma rua, Seu amigo ergueu a taça para um brinde.
ele soube que era hora de procurar por um novo — Ao seu novo emprego - ele disse.
emprego. Um “13” no endereço já era mim o — Ao meu novo emprego - Bernardo brindou.
bastante, mas dois, bem, já era demais! — Que seja calmo, seguro e sem aventuras.
Na tarde daquele mesmo dia, Bernardo comprou Do jeito que eu gosto!
um exemplar do jornal de classificados de emprego
e, enquanto mastigava o seu sanduíche, ele leu a
seção de “Procuram-se Assistentes”,
— Precisa-se de rato dublè - ele sentiu um tremor
ao ler. — Oh. não, isso é muito perigoso. -
Continuou lendo. - Comissário de bordo da Ae-
rolinhas Albatroz! - Ele suspirou. Esse era pior
ainda. - Degustador de queijo. - Esse parecia
promissor! Mas então ele olhou mais de perto e viu
as palavras “experimental” e “perigoso”. Bernardo
balançou a cabeça, achando que nunca iria
conseguir arrumar um novo emprego!
Ele estava colocando o jornal de lado, quando um
anúncio chamou a sua atenção. PRECISA-SE DE-
SESPERADAMENTE DE UM RATO
ASSISTENTE, NÃO É NECESSÁRIO
EXPERIÊNCIA. COMPAREÇA AO PRÉDIO
DAS NAÇÕES UNIDAS, 2S SUBSOLO.
SOCIEDADE INTERNACIONAL DE RESGATE.
— E esse! — ele berrou.
ÚlW^ÍÍSfiE^
/^A*# PEQUENA

Str^tiA
0 grande dia de Sebastião

21
E ra o grande dia de Sebastião, como com'
positor da corte do rei Tritão. Ele tinha
trabalhado duro em sua nova sinfonia, e naquela
culos, um para cada tambor. Onde vou encontrar
mãos suficientes para substituí-lo?
Nesse momento, Ariel e as suas seis irmãs apa-
noite iria reger a orquestra real que peia primeira receram nos bastidores para desejar sorte a
vez tocaria a sua nova composição para todos Sebastião.
ouvirem. E Sebastião achava que — Ariel! - Sebastião
finalmente a sua genialidade festejou. - Estou tão feliz em
seria apreciada! vê-la! - Eie explicou o seu
Durante toda a tarde daquele dia, problema a Ariel e suas
Sebastião cuidou de todos os irmãs. - Será que vocês não
detalhes para poderiam tocar os tambores?
o concerto. Ele alinhou as - ele perguntou.
cadeiras dos músicos no palco, — E claro que sim! - as
preparou copias extras das irmãs sereias responderam.
partituras, caso algum músico se ;0 \M;0 Sebastião respirou aliviado.
esquecesse de trazer a sua. Ele — Muito bem, temos
até mandou lavar e passar a sua sete tocadores de tambor.
gravata- -borboleta. Agora só precisamos de mais
Então, um pouco antes de as cortinas se abrirem, um!
os músicos começaram chegar aos bastidores. E a Todos os músicos olharam para Sebastião.
música encheu o ar quando o.peixe- trombeta e os — Eu? - ele indagou. - Mas eu sou o compositor
moluscos tocadores de conchas começaram a tocar e maestro! Este é o dia em que a minha
seus instrumentos. verdadeira genialidade finalmente será apreciada.
Benny, o polvo, correu até o maestro. Não posso me esconder atrás dos tambores.
— Eu... eu não posso tocar esta noite! Preciso estar à frente e no centro!
Chocado, Sebastião encarou Benny. Mas você nem imagina o que aconteceu: quando
— Como assim? Você tem de tocar! as cortinas se abriram minutos depois, lá estava
— O senhor não entendeu - Benny respondeu. - Sebastião escondido atrás dos tambores. Seu dia
Eu não posso. Tirei um cochilo depois do almoço e de destaque ficou para outra ocasião. Mas
dormi sobre os meus tentáculos, agora eles estão enquanto ele tocava, estava feliz e sorridente.
adormecidos! Não consigo segurar as minhas — Bem, vocês sabem o que dizem - ele sussur-
baquetas! rou para Ariel, que estava tocando ao seu lado.
A gravidade da situação atingiu Sebastião em — O show precisa continuar? — Ariel adivi-
cheio. nhou.
— O que vou fazer? - ele exclamou, olhando para — Não - Sebastião respondeu. - Um verdadeiro
os músicos ao redor. — A minha sinfonia gênio nunca é verdadeiramente reconhecido em
precisa de oito tambores. Benny tem oito tentá- vida.

23
*

16
25
($Aq42)?Sti£f>
am
ÍDLTOMF^
PoiiRo. o cão leal

26
1 27
- N; [ão sei o que vamos fazer - Roger
I Radcliff disse a sua esposa
Chegando lá, Pongo enfiou as folhas debaixo da
porta e voltou para casa correndo.
Anita. - Temos todos estes filhotes para alimentar No dia seguinte, o telefone
e não tenho uma nova música para vender! tocou logo cedo.
— Mão se preocupe — Anita acalmou o marido. E Roger atendeu.
- Tenho certeza de que logo você fica- — Você o quê? - Roger disse ao
rá inspirado. telefone. - Você fez...? Mas como
— Espero que você tenha razão! - você fez...? Ah, entendi... bem,
disse Roger. - Pois tudo que tenho é obrigado. Muito obrigado!
um monte de papel rabiscado. - Ele Anita veio correndo para saber
apontou para o cesto de lixo que qual era o motivo de tanta alegria.
transbordava. — Quem era?
— Não desista - Anita o encorajou. - — O gerente da gravadora - disse
Sei que você vai conseguir. Roger, - Ele vai comprar dez
Depois que Anita saiu, músicas minhas.
Pongo ficou observando seu dono — Dez músicas! - Anita
dedilhando ao piano. comemorou. - Mas pensei que
— Pongo, velho amigo, devo ter você não tivesse nem uma para
escrito umas dez músicas nos últimos dez dias. vender.
Mas elas ficaram péssimas — disse Roger, Roger coçou a cabeça, confuso.
apontando para o cesto de lixo. - O que vou fazer? — Foi o que pensei também,
Pongo queria ajudar seu dono, mas não sabia Perdita olhou para Pongo e latiu orgulhosa. Seu
como. marido era capaz de dar conta de música tam-
Naquela noite, Pongo falou com Perdita sobre o bém — levando-a até a gravadora de Roger!
dilema de Roger. Eles estavam sentados no meio
da sala de estar, rodeados dos seus filhotes.
— Roger já escreveu dez músicas — explicou
Pongo. — Só que ele não acha que elas estão
boas o bastante. Mas eu sei que estão, ouvi
ele tocando, e quando se tem um dono compositor
você acaba aguçando os ouvidos. As partituras
estão lá em cima, jogadas no cesto de lixo. Perdita
adivinhou o que Pongo estava pensando.
— Você sabe onde fica a gravadora de música?
— ela perguntou.
Pongo assentiu.
— Já fui com Roger na gravadora mais de dez
vezes.
— Acho que você deveria tentar, então — disse
Perdita.
Depois que Roger e Anita foram dormir, Pongo
subiu até o estúdio de música e tirou do cesto de
lixo as partituras. Então ele saiu às escondidas
de casa para levar as partituras até a gravadora.

1 28
ÚÍW=&™M|S
f>OCAHOMTfl$
Ouça com o coração

1
1 30
E ra um dia cíaro e fresco, Pocahontas resolveu
subir até o topo de uma montanha muito alta
com os seus amigos Miko, o guaxinim, e Flit, o
E de repente ela ouviu.
Os espíritos falaram com ela. Eles disseram que
ela deveria subir, pois no alto havia um abrigo.
beija-flor. — Vamos, Miko! Vamos, Flit! — ela chamou sob
Ela não subia naquela montanha desde que era os ventos e a chuva. — Existe um abrigo perto
criança. daqui!
Eles se depararam com uma Um pouco mais adiante eles
bifurcação no caminho. encontraram uma abeTtura nas
— Que direção devemos seguir, pedras. Era uma caverna quente
Miko? - perguntou Pocahontas. e seca. Os três entraram e se
O guaxinim apontou para o sentaram ouvindo a chuva e os
caminho mais suave e plano, o ventos lá fora.
que fez Pocahontas rir. Logo a tempestade passou, e o
— Vamos tentar este outro! - ela sol surgiu.
disse, apontando para a rota — Vamos embora! —
mais íngreme. Pocahontas chamou Miko e Flit.
Eles subiram e subiram, e o - Vamos ver como é lá em
caminho foi se tomando mais e cima! Eles correram pelo
mais estreito e difícil. Miko resmungava nervoso e restante do caminho até chegarem ao alto de um
até mesmo Flit parecia ansioso. Quando Pocahontas rochedo enorme e plano. Lá embaixo se estendia a
se sentou sobre um enorme tronco de árvore caído floresta e além, o oceano cintilante.
para recuperar o fôlego, os ventos começaram a — Está vendo, Miko? Viu, Flit? - disse
soprar de repente. Então as nuvens se aproximaram Pocahontas. - Estamos olhando para o mundo a
e a chuva despencou sobre eles. partir de uma nova perspectiva. Não é lindo? E
— Oh, não! - Pocahontas exclamou, levantando-se. pensem — ele indagou, dessa vez mais para si
- Não podemos fícar aqui, e o caminho está muito mesma do que para os dois se não tivéssemos
escorregadio para tentarmos descer de volta. escolhido aquele caminho, eu nunca teria ouvido os
Precisamos seguir em frente! Pocahontas seguiu espíritos falando comigo!
firme ao lado de Miko
e Flit, mas, quando as águas começaram a descer
pelo caminho pedregoso, ela foi ficando assustada.
A terra estava cada vez mais escorregadia e ela
estava ficando com frio. Então Pocahontas se
lembrou de algo que a sua avó Willow tinha lhe
dito.
— Preciso ouvir - Pocahontas falou consigo
mesma. - Preciso ouvir os espíritos ao nosso redor e
eles nos protegerão. - Ela tentou ouvir, mas estava
muito difícil de conseguir ouvir
qualquer coisa sob a chuva forte e os ventos que
sopravam. Miko grunhiu nervoso e cutucou
Pocahontas.
— Preciso ouvir com o meu coração! - ela disse.
1 31
W/nnietf,e?ooh

Conto de inverno
N um belo dia ensolarado de janeiro, Pooh
caminhava pelo Bosque dos Cem Acres em
direção da casa do seu amigo Leitão, que estava de
Isso lembrou Pooh de algo.
— Trouxe um presente para você. Leitão! -
ele anunciou, tirando o chapéu. Mas não havia nada
cama por causa de um resfriado. Du rante a noite lá. Confuso, Pooh correu até o seu casaco que tinha
tinha nevado muito, e a floresta estava coberta de sido pendurado em um gancho perto da porta.
neve branca e fofinha. Dentro dos bolsos também não tinha mais nenhuma
— Coitado do Leitão - Pooh disse, suspirando. - bola de neve! Mas no chão, embaixo do casaco,
Que pena que ele não pode sair para havia uma poça de água enorme.
brincar na neve. - As suas botinhas — Não entendi o que aconteceu! -
afundaram mais alguns passos, então o JL Pooh apontou, coçando a
urso, que não era muito esperto, teve uma cabeça, — Trouxe algumas bolas de
ótima ideia. neve pura você, mas elas desaparece-
— já sei! - ele exclamou. ram.
— Posso levar um pouco de neve — Oh, minha nossa! - Leitão
até o Leitão! exclamou com um longo suspiro. -
Ele apanhou um punhado de neve e fez Obrigado, por ter se lembrado de bim.
uma bola. Guardou dentro do bolso, e então fez Eu gostaria muito de poder sair para brincar. Você
outra, e depois outra. Logo ele tinha três bolas boderia abrir as cortinas para que eu veja a neve?
de neve em cada bolso e outra embaixo do Pooh fez o que seu amigo pediu, e os dois olharam
chapéu. Pooh correu para a casa do Leitão, admirados para fora.
Quando estava quase chegando, ele passou por Lá, logo abaixo da janela, Tigrão, Coelho,
Tigrão, Coelho, Guru e Ió. Guru e Ió tinham feito um belo boneco de neve,
— Olá, Pooh! - Guru o cumprimentou. - Venha só para o Leitão!
construir um boneco de neve com a gente! — Oh, é muito bom ter amigos! - Leitão disse
— Sinto muito, mas não posso - Pooh respondeu muito feliz. - Atchímmm!
com pesar. - Estou levando algumas bolas de neve
para Leitão, que está de cama por causa de um
resfriado. - Ele acenou para os amigos e seguiu seu
caminho apressado.
Leitão ainda não estava muito bem, mas ficou
muito contente ao ver o amigo.
— Olá, Booh - ele disse com a voz fanhosa e o
nariz entupido. — Estou peliz que pocé tenha
vindo. Atchinnn!
— Pobre Leitão - disse Pooh. - Vou preparar um
chá.
Ele estava colocando a chaleira no fogo
quando uma gota enorme de gelo derretido escorreu
pela sua testa, indo parar diretamente no seu nariz.

32
ei-
OUroMa&feve
e osQeter^fnões

Uma história antes


tekr^>S
de dormir
—■ Bem - Branca de Neve prosseguiu ela desejou

J á cra hora de dormir na pequena cabana no


meio da floresta. Branca de Neve deu um
beijinho de boa-noite em cada um dos sete anões e
que um príncipe encantado a encontrasse e a
levasse embora. E então, um dia, o príncipe a
encontrou!
se deitou em sua cama. — É mesmo? - os anões exclamaram em coro.
— Espere! Espere! — Feliz — Sim! - Branca de Neve
chamou antes que ela soprasse a disse. - Ele se aproximou do
vela. - Conte uma história para castelo e até escalou uma
nós, por favor! parede para se encontrar com
— Muito bem - disse Branca de ela. E ele era tão lindo! Mas
Neve, sorrindo. Ela ficou em pé então veio a parte triste: no dia
entre as caminhas e começou... seguinte, o caçador da Rainha
— Era uma vez uma prin- levou a princesa para a
cesinha feliz, ou melhor, a floresta e disse a ela para fugir
princesinha mais feliz do mundo, e nunca mais voltar.
não fosse a existência de uma — E ela fez isso? - Soneca
pessoa: a sua madrasta, a perguntou.
Rainha. — Sim - Branca de Neve
— Bah! - Zangado bufou. respondeu. - Ela correu até
Branca de Neve suspirou. não aguentar mais. Só então ela percebeu que
— E não importava o que a princesinha fizesse, estava perdida e sozinha, sem nenhum amigo no
não importava o quanto ela caprichasse no seu mundo e sem um lugar para ficar.
trabalho, a Rainha sempre fazia tudo que podia — Pobre princesa — Dengoso sussurrou.
para fazê-la infeliz. — Foi o que a princesa pensou, também - Branca
— Pobre princesa — Dengoso murmurou. de Neve falou. - Mas foi por um momento apenas.
— Oh, mas não se preocupe — Branca de Neve Em seguida ela descobriu que não estava tão só. Ela
acalmou-o. - Mesmo assim a princesa era feliz na descobriu que a floresta estava cheia de criaturas
maior parte do tempo! Ela achava que, se dispostas a ajudá-la: esquilos e castores, gamos e
assoviasse e cantasse enquanto trabalhava, coelhos, passarinhos.... Eles a levaram até a cabana
a sua melodia poderia voar pelos ares e o seu mais bonita do mundo, até os amiguinhos mais
humor ficaria ensolarado. E para completar, ela encantadores que a princesa poderia encontrar.
sempre tinha belos sonhos, pois realmente acre- — E o que aconteceu depois? - Zangado res-
ditava que, se desejasse algo de verdade, um dia o mungou.
sonho acabaria se tornando realidade. — Bem, eles viveram felizes para sempre, é claro!
— O que... ela... atchim! ... desejou? - perguntou - Branca de Neve respondeu. - O que vocês acham?
Atchim.

33
tekr^>S

35
Banflbl
A corrida
tekr^>S

37
b:
f om dia, principezinho — Tambor sau tronco caído que bloqueava o caminho. Tambor
Mou Bambi em um dia ensolarado. conseguiu passar por baixo do tronco. E seguiu na
— liderança.
~Bom dia, Tambor - Bambi respondeu. Bambi aumentou o ritmo das passadas e passou a
— Tenho uma ótima ideia, Bambi. Vamos apostar correr mais e mais rápido. Logo ele ultrapassou
uma corrida - Tambor sugeriu. - Começamos Tambor. Mas na sua pressa de chegar na frente, ele
deste ponto. - Ele riscou a linha de partida no acabou trombando com um arbusto. Quando Bambi
chão. conseguiu se livrar do arbusto, Tambor já tinha
— b quem chegar primeiro assumido a liderança novamente.
naquele pinheiro alto é o Eles já estavam se
vencedor. aproximando do grande
— Mas seria uma tolice pinheiro. Bambi estava
apostarmos uma corrida - Bambi correndo o mais rápido que
disse ao amigo. conseguia, saltando sobre
— Por quê? - Tambor perguntou. galhos e arbustos. Tambor
confuso. também saltava o mais rápido
— Porque eu vencerei - Bambi respondeu. que conseguia com as suas perninhas de coelho,
— O que o faz ter tanta cer- abaixando-se ou saltando diante de todos os
teza? -Tambor desafiou, com o obstáculos que surgiam no caminho. E quando
peito estufado. eles cruzaram a linha de chegada estavam cabeça
— Porque sou maior e mais rápido do que você a cabeça.
— Bambi explicou. — Viu! - Tambor disse, ofegante. - Sujeitos
— Se tem tanta certeza de que vai vencer, então pequenos também podem ser rápidos!
por que está com medo de correr? — Você tem toda razão! - Bambi concordou,
Bambi parou e pensou a respeito. Ele não queria também ofegante.
ferir os sentimentos do coelhinho. E os dois amigos, ambos vencedores, se senta-
— Está bem - ele finalmente aceitou o desafio. Tam juntos para recuperar o fôlego.
— Vamos correr então!
— Ótimo! - Tambor exclamou. - Está pronto?
— Pronto! — disse Bambi.
— Muito bem - Tambor anunciou, agachado.
Bambi se preparou também. - Preparar. Apontar.
Já! - Tambor gritou. E os dois dispararam o mais
rápido que podiam.
Bambi, com as suas pernas compridas e suas
passadas largas, logo assumiu a liderança. Mas os
saltinhos de Tambor o ajudaram a passar entre
alguns arbustos e a se desviar dos troncos das
árvores. Quando Bambi olhou para trás, ele viu
que Tambor estava no seu rastro. Tambor
aproveitou a oportunidade para ultrapassar
Bambi. Bambi parou para saltar sobre um
audações, Porquinho — disse Buz2. brinquedo ou gibis - Woody
— Olá, Buzz - respondeu Porquinho, o falou, - Outro dia, Andy me

Dinheiro é importante
cofrinho. — Já se acostumou com a vida no quarto levou à loja de doces. Ele deu

-S £ do Andy?
— Morar neste planeta é muito
ao vendedor alguns discos
prateados e o vendedor deu a
interessante - Buzz respondeu. - Não vejo a hora de ele um doce. É um tipo de
retornar a minha base para apresentar um relatório troca. - Buzz pensou por um
completo ao meu comandante. momento.
Porquinho revirou os olhos. “Talvez eu precise procurar uma
O brinquedo novo de Andy tinha fonte de poder dessa... quer
ideias muito malucas. dizer, dinheiro, para mim” —
Buzz não tinha a menor noção de ele pensou.
que não era um patrulheiro de Os outros brinquedos começaram a conversar
verdade. Isso poderia ser animados. Eles nunca tinham pensado sobre o
engraçado se não fosse tão... irritante. que poderiam fazer se tivessem algum dinheiro!
— Então, porco - Buzz continuou. — Hoje vi — Eu compraria um novo bastão — disse
Andy enfiando vários discos de prata na Bete. - Este já teve dias melhores.
abertura das suas costas.
— Sim - Porquinho iniciou -, é porque... m Woody começou a sonhar acordado sobre o
que iria comprar.
— E agora os discos de prata moram dentro do ;Ai! — Acho que eu poderia me acostumar com
seu estômago? — Buzz o interrompeu. ÏÂÆ: um novo chapéu e um par de botas — ele disse.
— Bem, sim - Porquinho iniciou, batendo na sua Mas então ele olhou ao redor e soltou uma garga-
barriguinha cheia. - Mas... lhada. -Nós somos brinquedos! Brinquedos não
— Ahá! - Buzz exclamou. - Acabei de descobrir vão a lojas para comprar coisas!
qual é a sua fonte de poder! Que forma — Fale por você, caubói — disse Buzz. - Talvez
interessante de vida! Isso vai constar no meu você tenha esquecido, mas eu não sou um
relatório! brinquedo!
Porquinho balançou a cabeça quando Woody e os Porquinho balançou a cabeça diante do patrulheiro
outros brinquedos vieram se juntar a eles. do espaço maluco.
— O que está acontecendo? - Woody perguntou. — Eu desisto! - ele disse.
— Saudações, caubói — disse Buzz. — Eu estava
discutindo sobre a fonte de poder do porco.
— Ele está falando sobre as moedas dentro da
minha barriga - Porquinho esclareceu.
— Não, Buzz - Bete explicou. - Aquilo não é fonte
de poder. Aquilo é dinheiro.
— O que é dinheiro? - Buzz quis saber.
— E o que as pessoas costumam usar para com
prar as coisas de que elas
precisam, como comida,

39
40
O CãoCl\aposa

Lar é onde o seu coração está


42
D odó, um bebê raposa órfão, ainda estava se
habituando à casa da Viúva Tita. Pois uma
vez que Dodó era tão pequeninho, ele ainda estava
permitir que ele saísse de casa, Dodó pensou. Ele
pulou sobre a mesa e viu um pequeno objeto
quadrado e com alguns botões na frente. Ele
se acostumando a ser uma raposa! Imagine o esbarrou em um dos botões. E a botão girou um
quanto era confuso pura ele se ver na casa de pouquinho. Intrigado, Dodó girou o botão outra
MMH m um humano, onde tudo vez, e um som muito alto
que via era estranho e desconfie- invadiu a sala. Assustado,
eido. Nu cozinha, uma caixa Dodó se escondeu embaixo
enorme e com uma porta que a do sofá.
viúva não puravu de ubrir e A Viúva Tita correu até o
fechar chamou a atenção dele. objeto e girou o botão de
Cada vez que ela abria a porta, volta. O barulho parou. Então
Dodó dava uma olhadinha no com todo jeitinho ela tirou
interior iluminado da caixa e Dodó de debaixo do sofá
sentia o cheiro das delícias que — Calma, não se assuste,
ficavam guardadas ali dentro! Dodó — ela disse,
Mas quando Dodó pulou dentro embalando-o e fazendo
da caixa, enquanto a Viúva Tita carinho na cabeça dele. -
não estava olhando e sem querer fechou a porta, Aquilo era apenas o rádio. Você está tendo
ele teve uma surpresa. Lá dentro era muito frio! E dificuldade para se acostumar a esse lugar
assim que a porta se fechou, Dodó se viu sentado estranho, não é mesmo? Vamos tomar um
na completa escuridão. lanchinho.
Sorte que a Viúva Tita ouviu os sussurros de Dodó Tinha sido uma manhã difícil para um bebê
e abriu a porta da geladeira. raposa. Mas nos braços da Viúva Tita, Dodó
— Como você foi parar aí dentro, Dodó? - ela finalmente encontrou um conforto familiar. Era
perguntou. uma sensação de ser aquecido e cuidado.
Dodó pulou para fora e saiu correndo direto Mais que de repente, o novo lar de Dodó não
para a sala e se acomodou no parapeito da pareceu tão estranho afinal.
janela. Do lado de fora, Dodó pôde ver seus
amigos, Big Mamãe Coruja e Dico, o pardal,
conversando em um galho da árvore. Dodó
inclinou o corpo para pular para fora e se
juntar aos dois. Mas ele bateu em algo! Dodó
ficou confuso, pois não sabia o que estava
bloqueando o seu caminho.
Ele se inclinou para a frente outra vez, e seu
focinho trombou em algo Liso, finne e sólido,
mas a parede era transparente, pois podia-se
ver através daquilo^
A Viúva Tita riu ao entrar na sala.
- Acabou de descobrir o vidro, Dodó? - ela
indagou com um sorriso gentil.
Fosse lá o que fosse o vidro, a coisa não iria
44
Moeu
OMENMOIOBO

Caça à manga

t
H á muitos e muitos anos, muito antes de
Mogli ter vindo para a floresta, Baguera, a
pantera, se encontrou com Balu, o urso, pela
enquanto eu o seguro caso a ponta do galho se
quebre.
Ütí' Então podemos dividir a manga!
primeira vez. — Acho que não é uma boa ideia - Baguera disse
E foi assim que tudo aconteceu. Baguera impaciente. - Duvido que o galho possa suportar
ainda era jovem, mas já era nós dois, muito menos...
muito sério. Na verdade ele era Crac! O urso tinha ignorado
sério até demais. Quando Baguera, é claro, e já estava
Baguera caçava, ele se movia no galho. O galho, é claro,
silenciosamente, com graça e tinha envergado com o peso
velocidade. Nun' ca tropeçou e dos dois. E agora uma
certamente nunca caiu. Quando pantera muito molhada e
ele dormia estava sempre com infeliz estava no meio do rio
um olho aberto. Quando falava, ao lado de um urso muito
molhado e surpreso.
escolhia as palavras com muito
— Ah, ah, uh, uh! - Balu
cuidado. E ele nunca, nunca ria.
gritou (pois este era o Balu, é
Um dia, Baguera estava
claro). - Que aventura! Oh,
caminhando sobre um galho de
deixa disso — ele disse, ao
uma mangueira que se estendia sobre o rio. Na
ver como Baguera estava bravo —, não foi uma
ponta do galho havia uma manga muito bonita e
perda total, sabe. — Balu segurou no galho
madura, e Baguera adorava manga. O único
quebrado, onde a manga perfeita ainda estava
problema era que o galho era fino e, quando
dependurada.
Baguera se moveu em direção à ponta, ele
— Vou lhe dizer uma coisa - disse o urso -,
começou a estalar e envergar. A última coisa que
vamos subir naquela pedra para nos secarmos ao
Baguera queria era que o galho quebrasse e ele
sol enquanto comemos a manga. Meu nome é
caísse para um mergulho no rio que não estava em
Balu. Como você se chama?
seus planos. A sua dignidade nunca iria suportar
— Baguera - respondeu a pantera, enquanto eles
tal humilhação.
subiam na pedra. E então, meio contrariado ainda,
Por isso Baguera se agachou no meio do galho, e Baguera sorriu. E Balu riu com novo amigo.
estava pensando em um plano muito esperto
quando ouviu o som de alguém limpando a gar-
ganta. Ele olhou para baixo e viu um enorme urso
pardo.
— Pelo visto você está precisando de uma mão-
zinha - disse o urso.
— Não, obrigado - Baguera agradeceu com toda
educação. — Prefiro trabalhar sozinho.
Mas o urso não lhe deu ouvidos e começou a
subir na árvore.
— Vou lhe dizer uma coisa
— o urso ofegou. - Vou me sentar na base
do galho e seguraT a sua cauda. Assim você
poderá seguir em frente e apanhar a manga,

47
HJO^STÏÎCH

A aula de balé
Eu o encontrei no canil.
Jor favor? - Lilo implorou. — Ele é muito feio! - disse Myrtle.
......F
— De jeito nenhum, Lilo! - Nani — Não fale assim, Myrtle - a professora a re
respondeu. preendeu.
— Prometo que cie vai se comportar! - Lilo Ele sabe apanhar as coisas? - Myrtle
insistiu. perguntou e jogou uma bexiga cheia de água na
— Oh, está certo! - Nani disse direção de Stitch! Stitch
contrariada. apanhou a bexiga e jogou de
Lilo tinha importunado a sua volta para Myrtle.
irmã mais velha a manhã toda, — Não! - Lilo gritou, e se
implorando para que Nani lhe jogou na frente de Myrtle, e
desse permissão para levar o seu derrubou a menina sem que-
bichinho de estimação, Stitch, à rer. A bexiga cheia de água
aula de dança. Nani estava com estourou e molhou ao redor!
receio de que o bichinho — Oh, Lilo - a professora
causasse confusão. As garotas da lamentou. - Acho que está na
sua idade não eram muito gentia hora de você levar o seu
com Lilo, que já tivera vários bichinho para casa.
problemas para se adaptar à Lilo apanhou Stitch e saiu
turma. Como resultado, Lilo correndo.
Lilo se sentou no meio-fio e Stitch também.
esbarrava sem querer nas outras meninas e por isso
— Você nos meteu em confusão - Lilo disse. - Por
acabava se metendo em confusão. E o problema
que você jogou a bexiga de água em Myrtle?
era que Stitch costumava fazer o mesmo. Nani
Stitch rosnou.
estava convencida de que a estranha criatura que
— Ah, é claro, você não sabe brincar de apanhar
elas tinham encontrado no canil nem era um
as coisas. Como eu pude me esquecer?
cachorro de verdade. Como Lilo, Stitch parecia não
— Ela ficou pensativa. - Que tal brincarmos
se encaixar muito bem em nenhum lugar. Os outros
de jogar? É quase a mesma coisa, mas tem. uma
cachorros o evitavam.
diferença importante. Apanhar é algo que você
Quando elas chegaram paru a aula de dança, Nani
brinca com o seu bichinho de estimação e jogar é
deu um abraço na irmãzinhu.
algo que você brinca com os seus amigos. Acho
— Comportem-se! - ela disse.
que você c mais meu amigo do que meu bichinho
— Você irá se comportar - Lilo disse para Stitch. -
de estimação, Stitch.
Sei que irá.
Stitch balançou a cabeça animado e pegou Lima
Algumas das meninas se afastaram quando Lilo e bola. Lilo sorriu, e então os dois amigos passaram
Stitch entraram e se sentaram. uma tarde muito divertida, brincando de jogar bola
— Muito bem - a professora de dança anunciou. - um ao outro.
O que você trouxe hoje, Lilo?
Lilo se levantou.
— Este é o meu cachorro. O nome dele é Stitch.
49
Vtpi riò<

)Bir?
rooD
Arcos e
flechas

51
- o: »brigado, sr. Robin! - Tapiti saltava
de um lado para o outro, segurando
— Bem, comigo não. Eu nunca erro! — Robin
alardeou enquanto colocava outra flecha no arco.
Mas enquanto ele o fazia, a carruagem
o arco e flecha que Robin tinha acabado de lhe dar.
de dama Martan passou por eles. Robin virou a
- Este foi o melhor presente de aniversário!
cabeça, e a sua mão escorregou um pouquinho do
— Você gostaria que eu íhe
arco. A flecha caiu no chão
ensinasse a usar? - Robin
aiguns passos adiante. Tapiti
perguntou.
riu.
— Sim! - Tapiti gritou eufórico.
— O que aconteceu de
— Você coloca isto aqui
tão engraçado? - Robin
— Robin encaixou a
perguntou rabugento.
flecha no arco. - Então puxa e
— Nada! - Tapiti respon-
depois solta. — A flecha saiu
deu, segurando a risada.
zunindo pelo ar e aterrissou no
— Está bem. Como
meio do tronco de uma árvore
você pôde ver até os
distunte.
arqueiros mais experientes
— Uau! - Tapiti exclamou
podem se
admirado.
desconcentrar - Robin
— Isso não foi nada! - Robin
assumiu. - Mas ajuda se você tiver um alvo, e se
disse. - Aqui - ele falou, colocando uma maçã na
mantivê-lo em mente enquanto estiver puxando o
mão de Tapiti. - Coloque isso sobre a cabeça
cordão do arco e quando o soltar. Descobri que
daquele espantalho.
pensar que estou ateando fogo na calça do xerife
— É pra já, Robin! — Tapiti saiu correndo. Assim
costuma me ajudar quando atiro.
que a maçã estava no lugar, Robin soltou a flecha.
— E mesmo! - disse Tapiti pensativo. — Vou
Ela cortou o ar e acertou a maçã, que se partiu em
pensar que um dia o príncipe João vai parar de
dois pedaços.
cobrar impostos tão altos e minhu família e eu
— Uau! - Tapiti exclamou admirado novamente.
teremos comida para jantarmos todas as noites,
Robin pegou uma das metades e deu uma mordida.
Tapiti puxou a corda do arco para trás e para trás
— Não foi nada demais - ele se gabou.
e soltou de uma só vez. A flecha saiu voando pelo
— Posso tentar? - Tapiti pediu.
ar e partiu a maçã em duas.
— Claro - Robin respondeu, colocando uma maçã
— Meu caro coelhinho - disse Robin com
inteira sobre a cabeça do espantalho. Tapiti esticou
arqueiros como você do nosso lado, o príncipe
o arco. Mas quando ele soltou, a flecha caiu alguns
João não terá nenhuma chance. Logo a sua
passos adiante.
família terá comida o bastante para jantar...
— Não desanime - Robin disse. — Isso acontece
E quem sabe eu consiga colocar fogo na calça do
até com os melhores!
xerife também!
— Até mesmo com você? - Tapiti perguntou.

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tf

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MICKE
Y
MOOSE
Brincando de corrupio

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. vielade
inseto

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|ey acordou e olhou através da janela. Mickey estava se divertindo muito. Agora,
iTinha nevado na noite passada! sozinho, ele IP" começou a girar e girar e
— O dia está perfeito para patinar no gelo! - ele TW girar. Quando parou, a sua
exclamou. - Vou convidar meus amigos. cabeça levou um tempo ainda para parar de girar.
No caminho, Mickey passou na casa do Pateta, — Não foi divertido, pessoal? - ele perguntou. -
do Donald, da Margarida, da Querem brincar outra vez?
Minnie e de Huguinho, Pessoal? Onde estão todos?
Zezinho e Luisinho. Quando eles Mickey olhou ao redor. Para
chegaram ao lago congelado, onde todos tinham ido? Então
calçaram os patins e deslizaram e!e os viu. Sete pares de
sobre o gelo, que estava liso patins nas extremidades de
como vidro. Os amigos sete pares de pernas estavam
começaram a patinar em círculos. atolados em sete montinhos
— Ei, tenho uma ideia! - gritou de neve, chutando o ar.
Mickey. — Vamos brincar de — Minha nossa! -
corrupio! Mickey exclamou. Ele saiu
Ninguém conhecia a brincadeira, correndo do lago e, um a um,
por isso Mickey precisou :
wßaif foi desenterrando seus amigos
explicar como era. da neve.
— Eu saio como líder - e!e disse. - Todos dão as — Sinto muito por isso - Mickey se desculpou.
mãos e formamos uma roda. Depois saímos pati- Pateta balançou a cabeça, espalhando neve para
nando em círculos. E rodamos até que o último da todos os lados.
fila solta as mãos! — Foi muito engraçado! - ele disse alegremente. -
— isso parece divertido! - Pateta comentou. Mas acho que agora eu gostaria de uma xícara
— Legal - Huguinho, Zezinho e Luisinho gritaram de...
juntos. — Olá, pessoal! - veio uma saudação animada.
A turma toda deu as mãos e começaram a patinar Era a vovó Donalda, que estava à beira do lago.
em círculos. E eles giraram, e giraram, e giraram. Para alegria de todos, ela trazia uma garrafa
Donald era o último da fila, térmica cheia de chocolate quente!
— Muito bem, Donald, pode soltar! - Mickey — Viva! - os amigos gritaram juntos.
anunciou.
Donald soltou e saiu deslizando.
E o restante do grupo continuou girando,
— Agora é a sua vez de soltar, Margarida! -
Mickey avisou.
Ela soltou e escorregou pelo gelo lisinho.
O próximo foi Huguinho, depois Zezinho e
finalmente o Luisinho. Pateta foi logo atrás.
Agora só faltavam Mickey e Minnie que tinham
ficado por último. E os dois continuaram girando.
Mickey gritou:
— Solte as mãos, Minnie! Minnie soltou e saiu
rodopiando.

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. vielade
inseto
A mania do palíndromo!

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. vielade
inseto
tta,
A você sabia que o seu nome é um
Lpalíndromo? - Flik indagou.
— Nada mal - Atta disse com uma piscadela
— para alguém mirim como você! - Atta riu,
Atta

‘ olhou com estranhamento para ele.
O que é um palíndromo? - ela
satisfeita por ter conseguido encaixar outro
palíndromo na oração.
±\r
perguntou. — Ah, é? - Dot respondeu com um sorriso maroto.
— E uma palavra que pode ser - Você não viu nada ainda,
lida do mesmo jeito de trás paru a Atta!
frente - Flik respondeu. - Dot e Atta continuaram
Soletrando seu nome da esquerda desafiando uma a outra em
pura a direita fica A-T-T-A. uma disputa alternada para
Soletrando da direita para a pensarem em mais e mais
esquerda também fica A-T-T-A. palavras palíndromos. Atta
Viu? citou osso, radar, saias.
— Oh - Atta exclamou.— — E isso aí - Flik interpôs
Isso c muito interessante. — ,radar é uma das boas!
Eu nunca tinha ouvido falar sobre E difícil pensar em palín-
palíndromos. dromos que têm mais do que
— E mesmo? - Flik ficou quatro letras. Acreditem, eu
admirado. - Eu adoro isso. passei horas tentando encontrar alguma. Mas
Existem outros nomes que também são então acabei me lembrando de anilina, que
palíndromos, como Bob. é um tipo de corante. E Hannah, o nome de uma tia
— Ou Lil? - Atta arriscou. minha... — Flik prosseguiu com uma íonga lista de
— Isso mesmo! - disse Flik. - E Otto. palíndromos para quase todas as letras do alfabeto,
— E Ana! - Atta adicionou. - Isso é divertido! a maioria de nomes científicos que Atta e Dot não
— O que é divertido? - Dot, que estava acabando tinham ouvido falar antes. Enquanto ele falava e
de chegar, indagou. falava e falava, Dot e Atta trocaram olhares e
— Descobrir palíndromos - Atta respondeu. reviraram os olhinhos. E então as duas estavam
— O quê? - indagou Dot. pensando na mesma palavra, e nem era um
— Isso mesmo! - disse Flik. - Arara é um palín- palíndromo: C-H-A-T-O.
dromo! - Flik e Atta derum juntos um exemplo de Quando Flik finalmente terminou a sua lista, ele
palíndromo a Dot. olhou para Dot e Atta com um sorriso satisfeito.
— Oh! - disse Dot, - Espere! Deixe-me ver se Cada uma das duas tinha um palíndromo na ponta
consigo pensar em um. — Dot olhou ao redor, na da língua.
esperança de ver algo que pudesse lhe dar uma — Uau! - Atta exclamou sem muito entusiasmo,
ideia. Ela viu então um ninho de passarinhos, no soando mais entediada do que impressionada.
alto de uma árvore. — Zzzz - Dot ressonou, quando estava passeando
— Ovo! - Dot gritou. - Está certo, não está? entre o V e o W.

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inseto
#

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.vieiade
inseto
Mesograrna

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O que você está fazendo, Dot? - Flik
perguntou.
Dot estava sentada no chão cercada de castanhas,
àobra. Horas depois, eles estavam cercados de
pilhas de mesogramas, suficientes para enviar
para toda a colônia.
folhas, flores secas, pedras, cascalhos, seiva e — Flik, está ficando tarde - Dot disse. - É melhor
potinhos com suco de amora. começarmos a entregar os cartões.
— Não me diga que hoje é o Neste momento, duas formigas
aniversário da princesa Atta, e eu me operárias dobraram a esquina e
esqueci! — Flik indagou. trombaram uma com a outra. As
— Não - Dot respondeu. duas caÍTam, num emaranhado de
— Estou fazendo cartões de pernas e antenas.
mesograrna para todos! — Ei, olhe por onde anda - elas
— Oh, que legal! — Flik exclamou. - gritaram uma para a outra.
Cartão meso- grama, claro! - Então seu — Vamos dar a elas um
sorriso desapareceu. - Dot, o que é um mesograrna - Dot sussurrou.
mesograrna? Assim, Dot e Flik ajudaram as
— Você nunca fez um meso- grama? - formigas a desenrascarem as
Dot perguntou. pernas e antenas e a se levantarem,
— Pelo jeito não. - Flik estava e então deram um mesograrna para
começando a se sentir culpado. cada uma delas.
— Não se preocupe - Dot disse a ele. - Estamos — Feliz dia Ia de março! - Flik e Dot festejaram.
com sorte! Hoje é o primeiro dia do mês, e o dia As formigas sorriram e se abraçaram. Em seguida
exato de enviar o mesograrna. abraçaram Dot e Flik. E depois saíram andando
— É mesmo? - Fiik disse. juntas,
— Sim — Dot confirmou. - Pegue alguns itens e — Viu? - Dot disse a Flik. - Funcionou!
coloque maos à obra. - Ela entregou um punhado Flik e Dot seguiram para fazer o restante da
de folhas, um potinho de tinta de amora e uma entrega. Eles deram um mesograrna para cada
pena de escrever para Flik. formiga que encontravam no caminho, espa-
— O que eu faço? - Flik perguntou nervoso. lhando alegria e felicidade por toda a Ilha da
— Apenas segure a folha. - Dot demonstrou. - Formiga.
Decore-a e escreva algo nela.
— Para quem você vai enviar um mesograrna?
— Flik quis saber.
— Para todo mundo! - Dot exclamou. - A Tropa
do Barulho costuma enviar para todos os
familiares e amigos todos os meses como uma
demonstração de afeto.
— Gostei da ideia! - Flik falou. — Vou fazer um
cartão para a rainha e para Atta e um para você, é
claro...
Flik e Dot colocaram mãos

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ÈSW$)BMtf

ÜB
Super-herói por um dia

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P ingo estava diante da televisão, assistindo
ao seriado /4s aventuras de Trovão. Trovão
sempre sabia o que fazer para salvar o dia. Ele
telhado da casinha de cachorro para
praticar mais um salto. Se praticasse
do lado de fora ele não iria quebrar
era um cachorro super-herói. mais nenhum abajur! Embaixo dele,
— Quando eu crescer serei igual ao Trovão - Pingo Patinha tinha voltado para pegar o
anunciou assim que o programa seu osso. Mas ela descobriu que
terminou. Bruno, o vizinho encrenqueiro, tinha
Alegria riu do irmão e disse: roubado o osso.
— Trovão é capaz de cruzar um rio Pingo observou do alto da casinha quando
com apenas um salto. Enquanto você o buldogue latiu, mostrando os dentes.
mal consegue subir um degrau da Patinha se escondeu à sombra da casinha
escada! de cachorro, desesperada e sem saber o
— Espere e verá! - Pingo disse ao que fazer.
irmão em tom de desafio. — Ahhhhh! - Pingo gritou, mas
Enquanto os outros filhotes saíram para acabou perdendo o equilíbrio e caiu do
brincar lá fora, alto do telhado.
Pingo ficou praticando seus saltos. Ele — Ahhhh! — Bruno gritou quando
pulou do braço do sofá para uma pol- Pingo aterrissou de costas. Assustado, o
trona. Pulou de um banquinho para o sofá Então buldogue largou o osso e saiu correndo. Neste
pulou da poltrona ... diretamente para o abajur. momento os. outros filhotes saíram correndo de
Crach! Nanny veio ver o que tinha acontecido. dentro de casa.
— Pingo! - ela deu uma bronca. - Vá brincar lá — O que aconteceu? - Bolinho perguntou.
fora enquanto eu limpo isso! — Pingo me salvou! - Patinha contou. — Vocês
Quando Pingo saiu para o quintal, !á encontrou precisavam ter visto! Ele voou pelo ar e espantou
Bolinho com a cabeça presa entre os arbustos. Bruno, igualzinho ao Trovão!
— Não se preocupe que vou salvá-lo! - Pingo Pingo estufou o peito de orgulho.
gritou. Ele correu até Bolinho, agarrou-o pelas — Uau! - Alegria exclamou. — Você poderia me
patas e puxou. Os dois filhotes caíram para trás um dar um autógrafo?
sobre o outro.
— Por que você fez isso? - Bolinho berrou, caindo
por cima do irmão.
-— Você estava preso no arbusto! - Pingo res-
pondeu. - Eu salvei você.
— Mas eu não estava precisando ser salvo! -
Bolinho reclamou. - Nós estávamos brincando
de esconde-esconde!
Os irmãos e as irmãs de Pingo se aproximaram
para ver o motivo da confusão.
— Parem com isso - disse Alegria. - Vamos

ft
JM# entrar antes que o Trovão Júnior tente
salvar mais alguém!
Pingo ficou para trás. Ele iria mostrar
para Alegria que ele podia ser um cão
super-herói se tentasse. Ele subiu no

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— Você precisa aproveitar a vida, não rosnar

N em sempre era fácil ser a filha de um sultão.


As vezes Jasmine se achava a menina mais
para ela! Olhe para mim, eu passo todo o meu
tempo conversando com os príncipes desmiolados e

Rajah, o resmungão
solitária de toda a Agrabah, não fosse por Rajah, o chatos que o meu pai me apresenta. Mas mesmo
seu tigre e melhor amigo. assim tento me divertir quando posso! Rajah se
Mas, aparentemente, nem sempre era fácil ser um deitou e colocou as patas sobre as orelhas.
tigre, também. Rajah estava tendo um dia péssimo. — Ah, já entendi. - Jasmine continuou. - Você está
— Grrrr - Rajah grunhiu. com ciúme de todos aqueles príncipes!
— O que deu em você? - Jasmine perguntou a eíe. Rajah olhou para cima. Jasmine tinha razão.
Rajah olhou para ela com um Ele estava cansado e enjoado
olhar do tipo “não é da sua conta” de todos aqueles príncipes.
e grunhiu outra vez. Jasmine acariciou a orelha de
— Humm - Jasmine suspirou, Rajah,
pensativa. Ela estava decidida a — Ciúme não é algo bom
alegrar o tigre. — ela provocou-o - nem
Pois em primeiro lugar, ele era mesmo vindo dos tigres. Sei
seu único amigo, e a vida que não tenho passado muito
fica um tanto sem graça quando o tempo com você ultimamente,
seu único amigo está de mau Rajah, Mas não tenho escolha.
humor. Em segundo, sendo uma A lei diz que devo encontrar
princesa, jasmine não tinha um príncipe para me casar.
permissão para fazer quase nada, “Príncipes”, Rajah pensou.
por isso ela se empolgava quando se via diante “Eca!”
de um novo projeto. Neste exato momento, seu — Mas sabe de uma coisa - Jasmine prosseguiu,
projeto era fazer Rajah ronronar. abraçando seu tigre ao redor do pescoço peludo -,
— Sabe do que você está precisando? - disse gosto mais de você do que de qualquer outro
Jasmine. príncipe.
Rajah andava de um lado para o outro, impaciente. Rajah começou a ronronar. Jasmine sorriu.
— Você precisa relaxar! - ela disse a ele. — Príncipes! - Jasmine exclamou. - Eca!
Rajah olhou para ela com uma sobrancelha
erguida.
— Sabe — Jasmine explicou se soltar um pouco,
se divertir.
Rajah começou a soltar um leve rugido novamente.
— Está bem! - Jasmine se rendeu. - Eu paro.
Mas ela simplesmente não conseguia. Pois Jasmine
realmente queria ver Rajah feliz!
— Rajah, não áque bravo. - Jasmine deu um
tapinha nas costas dele. - Eu não estaria
dizendo estas coisas se não gostasse de você.
Rajah se afastou para tirar um cochilo, mas
Jasmine continuou falando.

70
MOGU
OXEünUfOLOBO

0 Covil do Juízo Final


)ara onde estamos indo, Balu? - Mogli enorme e iluminada pela luz do sol em frente a
P
-
perguntou. Ele e Balu já escavam via- uma caverna gigante. Balu colocou Mogli no
I P jando havia um bom tempo pela chão. O menino olhou ao redor, surpreso.
floresta. Mogli esperava ver centenas de ursos ferozes e
— Você já ouviu falar do Covil do Juízo Final, famintos. Mas em vez disso, ele viu centenas de
filhote de homem? - Balu disse em um tom de voz ursos felizes e relaxados se divertindo muito. Havia
rouca. ursos nadando em um pequeno
Mogli hesitou. lago, batendo as patas na água
— Covil do Juízo Final? e rindo. Ursos tirando uma
Dizem que o Covil do Juízo soneca na sombra fresca da
Final é uma caverna imensa caverna. Ursos brincando de
cheia de ursos que comem de pega-pega pela clareira e outros
tudo, ou qualquer um! chupando pilhas de frutas
E dizem que aqueles ursos maduras e deliciosas.
podem ouvir a quilômetros de Resumindo, era uma festa de
distância e conseguem enxergaT ursos. - Não estou entendendo -
no escuro! Dizem que até mesmo Mogli disse a Balu. - Este é o
Shere Khan tem medo deles! — Covil do Juízo Final?
o menino exclamou. — Sim — Balu falou
— Hum - Balu concordou. - É isso mesmo. E alegremente, abaixando a folha de palmeira e se
costumam dizer também que todos os ursos do abanando com ela. - Este lugar costumava ser
Covil do Juízo Final têm mais de dois metros e chamado de Covil da Alegria, mas tivemos que
meio de altura, e que os dentes deles são verdes e mudar o nome. Todos na floresta sabiam que o
afiados como lâminas, e que o grito de guerra Covil da Alegria era o lugar mais divertido da
deles é mais alto e mais assustador do que região. Nós, ursos, nunca expulsamos ninguém das
o canto das baleias. Dizem tudo isso, e muito, muito nossas festas. Mas então elas começaram a ficar tão
mais. cheias que já não eram mais divertidas. Por isso
— E estamos indo para lá? - Mogli perguntou. espalhamos alguns boatos, mudamos o nome e
— Não podemos! Balu, aqueles ursos não são pronto, o local passou a se chamar Covil do Juízo
como você! Eles são perigosos! Final! Agora ninguém nos incomoda mais.
— Tarde demais, filhote de homem - Balu disse — E quanto a mim? - Mogli perguntou ansioso.
com um sorriso. — Pois já chegamos! - Ergueu — Eu não sou um urso.
Mogli, cujos joelhos tremiam tanto que ele mal — Você é um urso honorário, Mogli — Bala
conseguia parar em pé, e caminhou rumo respondeu com um sorriso. - Pode ter certeza de
à escuridão. O urso se escondeu atrás de uma que irá se divertir muito sendo um!
folhagem de palmeira e surgiu em uma clareira
t

37
$
Uma lição de confiança
-0

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77
h minha nossa! — Olívia, uma ratinha — Bem, acho que isso não irá ajudar muito -
^muito preocupada, se sentou diante da lareira na Olívia relutou.
casa de Basil da rua Baker. — Você pode pensar de um modo lógico do
— Qual o problema? - dr. Dawson perguntou. porquê estar tão preocupada? - Dawson perguntou.
— Qual o problema? — — ... Acho que não - Olívia respondeu.
Olívia repetiu indignada. - Meu — Você pode trabalhar
pai foi raptado por um morcego lado a lado com Basil da rua
com perna de pau! Baker, o grande rato detetive,
O senhor já se esqueceu? para salvar o seu
— Não, querida - Dawson amado pai mesmo estando
assegurou-lhe. - E claro que não. preocupada? - Dawson indagou.
Imagino que você deva estar um — Não! - Olívia fez uma
pouco aflita. pausa quando se deu conta disso. -
— Um pouco aflita! - Olívia Não, eu não posso. Preciso buscar
gritou agitada. - Eu não poderia o equilíbrio pelo bem do meu pai.
estar mais aborrecida! Não posso ficar triste e com medo,
— Mas você está na casa de neste exato momento preciso agir
Basil agora, e ele é o melhor. como um detetive, como Basil! -
Você mesma disse isso - Dawson afirmou, ela finalizou triunfante.
— Mas e se ele não quiser me ajudar? - — Isso é a coisa mais inteligente que você poderia
Olívia perguntou. ter dito, minha menina. E se você conseguir se
— Por que ele não iria querer ajudá-la? controlar, o seu pai será encontrado a tempo —
— O senhor ouviu o que ele disse - Olívia res- Dawson sorriu para Olívia.
pondeu. - “Não tenho tempo a perder com pais Neste momento, Basil entrou na sala.
desaparecidos” - ela disse, citando a fala exata do — É claro que ele será. Nunca perco uma pista.
detetive. Considere seu pai encontrado, pois eu sou muito
— Eíe não quis dizer isso — Dawson falou com bom!
confiança. - Ele apenas estava no meio de um caso. Olívia sorriu discretamente. Ela sabia que também
Talvez tenhamos vindo em um momento ruim. era muito boa.
Mas, sejam quais forem as circunstâncias, minha
querida, você não precisa se preocupar.
— Sei que o senhor está tentando me ajudar, dr.
Dawson — Olívia disse, o mais educadamente que
pôde. - Mas é quase impossível não me preocupar.
Meu pai está em algum lugar lá fora, e preciso
encontrá-lo!
— Você tem razão! - Dawson respondeu. - Você
precisa encontrá-lo. Precisa ajudar Basil a rastrear
o seu pai, e para isso, você vai precisar de uma
mente tranquila. Agora, você poderia
me contar do que exatamente está com medo?
______o_____
REI LEÁO
Tal qual ao pai
quebrando!

~P )ai, quando eu crescer, quero ser Mas Simba não podia ouvi-la por causa do forte
L v como você - Simba disse a seu pai. barulho da correnteza. Nata saiu em busca de
Mufasa acariciou a cabeça do filho ajuda. Simba sentiu que o galho estava
com o focinho e falou: começando a ceder.
— Tudo a seu tempo, filho. — Oh, não - ele disse para si mesmo.
Neste momento, a amiga de De repente o galho se
Simba, Nala, saltou diante deles, partiu e Simba caiu na
— Olá, Simba! - ela exclamou. - água. A correnteza estava
Vamos brincar no rio! muito forte e ele tentou
Quando estavam a caminho, nadar até a margem. Mas
Simba parou de repente. as suas forças estavam se
— Ouça isso - ele disse, virou a esgotando,
cabeça e rugiu o mais alto que ■ quando percebeu que não ia
pôde. Então olhou ansioso para a - conseguir.
amiga. - Rugi igual ao meu pai? Simba sentiu que estava
Nala tentou sem sucesso conter sendo retirado da água e atirado à
uma risada. beira do rio. Ensopado e tossindo,
— Não muito - ela disse. ele olhou diretamente para os
Não demorou muito e eles já tinham chegado ao olhos furiosos de seu pai.
rio. O nível da água estava muito alto, por causa — Simba! - Mufasa ecoou como um trovão. —
das chuvas recentes. Simba achou uma poça Existe uma grande diferença entre ser corajoso e
próxima à margem e olhou para o seu próprio agir como um tolo! Quanto mais cedo você
reflexo na água tranquila. aprender isso, melhores serão suas chances de
— Você acha que a minha Juba já está começando sobreviver!
a crescer? - ele perguntou a Nala. Simba ficou cabisbaixo. De canto de olhos, ele
Naia suspirou e respondeu: viu Nala fingindo que não estava ouvindo nada.
— Um pouquinho, talvez. Por que tanta pressa, — Sinto... muito, papai - ele disse baixinho. - Eu só
Simba? Vamos nos divertir enquanto somos queria ser corajoso como o senhor.
jovens! O olhar de seu pai suavizou.
Simba estava olhando para um gaího de árvore que «=- Bem — ele disse -, já que você está todo mo-
se estendia sobre o rio caudaioso. lhado, o que acha de irmos para uma parte mais
— Posso não ser tão grande quanto meu pai, mas calma do rio para nadarmos um pouco? - Ele
ao menos sou tão corajoso quanto! — olhou para o local onde Nala estava sentada. -
Simba anunciou e subiu correndo na árvore. Em Venha também, Nala! Venha nadar conosco!
seguida ele começou a caminhar ao longo de um — Oba! - os filhotes gritaram e seguiram juntos.
galho que se entendia sobre o rio.
Nala correu para ver quando ouviu um estalo.
— Simba! - ela gritou. - Volte aqui! O galho está

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Trabalho duro
nem vi que já era hora de preparar o jantar.

C inderela ficou admirando a bolha de sabão


rosa-azulada flutuando sobre o seu balde.
— Não é lindo? — ela comentou enquanto via a
Cinderela correu para a cozinha onde cortou,
picou, fritou e mexeu.
— O dia passou voando
bolha subir cada vez mais alto até explodir. - ela comentou enquanto adicionava os
Jaq, Tatá e todos os outros ratinhos amigos de ingredientes à sopa favorita das suas irmãs
Cinderela concordaram. / "i I adotivas. - Não consegui
— Aposto que seria muito / [ wjfcsj X terminar nada! —
divertido flutuar por aí o dia todo Neste
em uma bolha de sabão! Eu i } JWÊ L\ exato
poderia ver todas as cidades, lá momento, as irmãs de S Ilrti
do alto, saltar nas nuvens e voar íTn Cinderela, Anastácia e
com os pássaros — Cinderela ff w ! f í • ’ Drizela,
disse sonhadora. entraram na cozi
Seus amigos passarinhos nha, fazendo muito barulho.
gorjearam alegremente, pois — A minha roupa suja já foi lavada? — ■
gostaram da ideia de poderem Anastácia reclamou.
compartilhar os céus com ela. ■— Está pronta - Cinderela respondeu.
— O que estou fazendo? - — E as minhas roupas já foram passadas? - Drv
Cinderela disse subitamente. - Eu deveria me zela completou.
concentrar nas minhas obrigações. - Ela terminou — Tudo pronto — Cinderela respondeu nova-
de limpar as janelas e se preparou paTa esfregar o mente.
chão. »— Você esfregou o chão?
Cinderela afundou o esfregão em um balde com — Lavou as janelas?
água ensaboada e o arrastou pelo chão. A pobre — Preparou o jantar?
Cinderela já estava exausta quando algo lhe — Já fiz tudo! - Cinderela disse alegremente.
ocorreu, enquanto o esfregão deslizava pelo chão. As irmãs saíram marchando da cozinha, resmum
— Isto é como dançar! E eu adoro dançar! gando contrariadas.
Jaq e Tatá acompanharam Cinderela enquanto ela Lá Cinderela ficou, sozinha na cozinha.
rodopiava pela sala com o esfregão como se Enquanto mexia a sopa, ela pensou. “Pensando
estivesse valsando. melhor, acho que fiz muitas coisas hoje!” Ela
— Que divertido! - ela exclamou alegremente. saiu girando pela cozinha comemorando, Jaq e
— Oh, minha nossa. - Cinderela se conteve. - Tatá e os outros ratinhos amigos se juntaram a
Será que falei muito alto? - “Talvez seja melhor eu ela.
me afastar de todas estas bolhas de sabão”, ela
pensou. “Passar roupa resolveria o problema!”
Ela estava passando e cantarolando alegremente
quando notou o quanto o céu estava escurecei
do.
— Veja que horas já são! - Cinderela exclamou.
— Passei o dia todo sonhando acordada e
ítWÍfeep • PIXAR

MONSTROS S.A.

Fama e dinheiro
ganharmos dinheiro com estas coisas. A menos que

E nquanto Mike e Sulley caminhavam pelo


saguão da Monstros S.A., rumo ao andar
dos Sustos, eles passaram pelas várias fotos de
nós..., já sei! - Suiley deu um salto e quase derrubou
Mike. - Vamos doar o dinheiro!
— Quem falou em doações?
Suiley como monstro mais assustador do mês — Mike perguntou.
dependuradas na parede. — Mas é uma ótima ideia!
Mike se virou subitamente para — Suiley disse,
seu imenso amigo azul. ignorando Mike.
— Suiley - ele disse já lhe — Como vamos usufruir
ocorreu que talvez merecês- do sucesso se doarmos todo
semos algo mais? o dinheiro? - Mike
— Mais? - Suiley indagou. perguntou.
— Você sabe — Mike con- — Bem, mas iremos, de
tinuou. - Você é o monstro mais alguma forma - Suiley
assustador mês após mês. E tudo explicou. - Podemos fazer
que ganha é uma foto no as doações para o fundo de
corredor, eu não ganho nada. caridade Monstros S.A.
Deveríamos ficar famosos por — Nâo estou certo disso -
isso! Mike respondeu.
— O que você tem em mente? - — E uma ideia
Suiley perguntou. maravilhosa! - Suiley insistiu. - O sr. Waternoose
— Uma campanha publicitária - Mike revelou ficará orgulhoso de nós quando ajudarmos a
muito animado. empresa a fazer doações!
— Como poderíamos fazer isso? Mike estava começando a gostar da ideia.
— Para começar, vamos tirar novas fotos suas, não — E vamos ter muita publicidade por conta disso!
serão fotos quaisquer, mas autografadas. E não - ele adicionou.
vamos parar por aí. — Mike estava muito — Claro, por que não? - Suiley disse, encolhendo
empolgado. - Vamos mandar fazer canecas, os ombros.
pôsteres e camisetas com as suas melhores poses. - — É uma ótima ideia! — Mike vibrou.
Mike mostrou para Suiley algumas poses — Concordo! - Suiley disse.
assustadoras, incluindo a preferida de Suiley: o — Estou feliz que eu tenha pensado nisso!
salto e rosnado Watemoose. - Podemos abrir uma — Mike lançou um sorriso imenso para o
loja de suvenires no saguão do prédio: “Suiley, o seu melhor amigo.
Superassustador”. — Você sempre tem boas ide.ias — Suiley con-
— Por que iríamos nos dar a todo esse trabalho? cordou com um sorrisinho.
— Suiley ponderou. — E como eu sempre digo - Mike completou. -
— Por dinheiro! - Mike exclamou, revirando o Assustar é importante, mas o cérebro atrás do
olho. monstro é o que mais importa!
— Nâo sei não - Suiley disse. - Mas não parece justo

81
A Bela ea Fera
0 novo visual de Fera
N uma tarde, Fera estava seguindo paru a sala
de jantar quando de repente Lumière entrou
em seu caminho.
sobre a mesa e de lá pulou para a estante de livros,
que balançou de modo perigoso sob o
imenso peso.
— O senhor não pode jantar deste jeito! — — Que tal um coque? — Horloge arriscou.
Lumière disse. Um rugido foi crescendo do fundo da garganta de
— Por que não? - Fera interpelou. - Estou usando Fera. Neste momento, Bela entrou correndo na sala,
a minha melhor roupa! interrompendo a cena absurda, e isso foi o que ela
— As roupas não são tudo - viu: o candelabro e o relógio
Horloge entrou na conversa. agitando escova de cabelo e
— O senhor precisa causar fitas para Fera que rugia
uma boa impressão. acuado no alto da estante de
— Mas você sempre me disse livros. Bela caiu na risada e
que as aparências não importam perguntou:
- Fera rosnou. — O que está acontecendo
— Existe uma diferença entre aqui, afinal?
aparência e estilo - Lumière — Estamos tentando dar
colocou, um jeito no cabelo dele -
— E o senhor pode não ter Lumière respondeu. - Está um
controle quanto a sua aparência horror!
— Horloge adicionou —, mas com certeza pode — Na verdade, gosto do cabelo dele do jeito que
fazer algo com relação ao seu estilo! está - Bela disse. - Fera, você vai ficar at em
— O que está errado com meu estilo? - Fera cima a noite toda?
indagou, parecendo um pouco ofendido. Logo em seguida, Fera pulou da estante e cami'
— Vamos começar pelo seu cabelo - Horloge nhou na direção de Bela.
iniciou. — Você realmente gosta do meu cabelo? - ele
— O que tem de errado como meu cabelo? - Fera perguntou.
vociferou, desta vez realmente ofendido. — Está ótimo deste jeito - Bela assegurou. —
— As mulheres gostam de cabelos compridos, Agora, você gostaria de jantar?
mas não bagunçados - Horloge se explicou — Será uma honra - Fera respondeu.
melhor. - Quando foi a última vez que o senhor Horloge e Lumière se entreolharam perplexos
escovou os cabelos? enquanto o casal seguia para a sala de jantar.
— Eu... — Fera ia dizendo. — Essas crianças de hoje em dia - Horloge
— Os dois estão enganados - Lumière inter- comentou.
rompeu. - As mulheres gostam de cabelos curtos e Lumière apenas balançou a cabeça.
bem aparados. - Ele mostrou uma tesoura.
— Não quero cortar os cabelos! - Fera disse.
— Quem sabe se fizéssemos alguns cachinhos -
Horloge sugeriu.
— Ou uma trança — Lumière lembrou. Fera subiu

82
kZLsamatv
VAGABUN
DO

Não mexa com Joca


raio, os gatos se espremeram pela pequena

F azia pouco tempo que Tia Sarah tinha chegado


para tomar conta do bebê enquanto Jim
Querido e Querida estavam fora, mas seus gatos
abertura, saindo do alcance de Joca. Como o
buraco era muito pequeno para Joca, ele teve de se
contentar em enfiar a cabeça apenas e latir para os
siameses, Si e Ao, já tinham aprontado muita gatos enquanto eles subiam sem pressa os degraus
confusão. Quando a dupla fez a maior bagunça na de volta para a casa de Dama, passando pela
sala de estar, Dama acabou levando a culpa, e Tia portinha de cachorro. Em seguida, os dois caíram na
Sara resolveu levar Dama para colocar a focinheira! gargalhada no chão da cozinha.
Enquanto isso, soltos peias casa, — Cachorros são muito
Si e Ào tinham descoberto a lentos. - Si riu.
portinha de cachorro que dava Eles esperaram um pouco,
para o quintal, então saíram pela portinha de
— O que funciona para cães, cachorro novamente, loucos
funciona para gatos também para repetir a façanha.
— Si disse. Espiando através da abertura
Foi assim que a dupla saiu às escondidas para o na cerca, eles viram Joca, de olhos fechados, deitado
quintal, em frente a sua casinha de cachorro. A dupla passou
Lá, reviraram o canteiro de rosas, assustaram os espremida pelo buraco novamente.
passarinhos na gaiola e perseguiram um esquilo até Mas, desta vez, Joca estava preparado. Quando os
o alto de uma árvore. gatos estavam a apenas cinco passos dele, o enorme
Então os dois encontraram um buraquinho na cerca Terrier escocês deu um pulo e rosnou. Os gatos
do quintal, Eles enfiaram a cabeça na abertura e levaram um susto tremendo, deram meia-volta, e
viram Joca dormindo sossegado na sua casinha de saíram correndo na direção da cerca, só que desta
cachorro. vez o amigo de Joca, o perdigueiro Caco, estava
— Hora de acordar? - Âo sugeriu. parado, rosnando, entre os gatos e o buraco na
Si sorriu, concordando. Eles se espremeram pelo cerca.
buraco e caminharam silenciosamente pelo Joca e Caco perseguiram Si e Ao por todo o quintal
gramado, e cada um ficou de um lado do de Joca até ele ter certeza de que já tinha ensinado
dorminhoco Joca. Então, ao mesmo tempo, eles uma lição à duplinha. Só então eles permitiram que
soltaram um miado agudo e ensurdecedor, os gatos passassem de volta pelo buraco da cerca.
Joca acordou assustado. Quando conseguiu iden- Desta vez, os dois só pararam de correr depois que
tificar os culpados, Si e Ao já estavam na metade do já tinham passado pela portinha de cachorro e já
caminho, seguindo de volta para a cerca. estavam seguros dentro de casa.
Joca disparou atrás deles, latindo. Mas como um E lá dentro foi onde eles ficaram.
84
45
86
peter
Pozinho Mágico
Y'ique você me diz, Tinker Bell? Entendeu , Mágico perdeu o efeito e as patas de Naná tocaram
'V_/tudo direitinho? - Peter Pan perguntou. Peter o chão novamente. Com um latido raivoso, a
e Tinker Bell estavam flutuando no céu de cadela saiu perseguindo Peter Pan!
Londres, do íado de fora de uma enorme janela ‘—i Ops! - Peter exclamou e saiu voando pela
aberta. Do lado de dentro, três crianças dor' janela com Tinker Bell no seu rastro.
miam sossegadas. -— Está na hora de voltar para
Tinker Bell soltou um som a Terra do Nunca, Tinker Bell!
tilintante em resposta. - Peter Pan anunciou. -
— Muito bem. Então vá em Voltamos amanhã à noite para
frente! - disse Peter. buscar a minha sombra.
Tinker voou como uma flecha Deixando um rastro de luz
em direção à janela. Deixando cintilante, Peter Pan e Tinker
para trás um rastro de Pozinho Bell cortaram o céu e
Mágico, ela sobrevoou o quarto desapareceram. De volta ao
das crianças em busca da sombra quarto das crianças, Wendy
perdida de Peter Pan. tinha acordado.
Da última vez que Peter visitara — O que é isso! - ela
aquela casa, a baba exclamou, tocando na janela.
das crianças, Naná, tinha visto Peter do lado de A sua mão brilhou com o
fora. Ela tentou agarrá-lo, mas tudo que conseguiu Pozinho Mágico.
segurar foi a sua sombra. Nesta noite, Peter tinha — Peter Pan deve ter voltado para buscar a sua
voltado para recuperá-la. Ele sabia que não ia ser sombra. Que pena que não o vi - Wendy disse
fácil, pois Naná era uma enorme cadela São desapontada para Naná.
Bernardo. Peter sabia também que aquele cão era — Au! Au! - Naná respondeu.
muito dócil com as crianças, mas que não se — Sim, eu sei - Wendy concordou. - E hora de
deixava enganar com facilidade. voltar para a cama.
Por isso, para este trabalho, ele iria precisar da Enquanto Naná lambia a bochecha de Wendy, a
ajuda de uma fada. menina prometeu que da próxima vez que Peter
Peter observou Tinker Bell voando pelo quarto. Pan voltasse para uma visita ela iria estar pronta
Primeiro, ela sobrevoou a filha mais velha, Wendy, para conhecer o famoso aventureiro!
e depois os irmãos mais novos, João e Miguel. Os
três dormiam tranquilamente. Quando Tinker Bell
sobrevoou Naná, a cachorra acordou com um
espirro! O Pozinho Mágico tinha feito cócegas no
nariz de Naná.
— Au! Au! - Naná latiu, tentando agarrar a
fadinha. Mas o pobre cadela não conseguia tocar
as patas no chão. A mágica do Pozinho Mágico
tinha erguido-a no ar. Naná flutuava peto
47
quarto!
Quando Peter ouviu os latidos de Naná, entrou
correndo no quarto. Ele a viu flutuando e
começou a rir. Mas, subitamente, o Pozinho

88
A# PEQUE NA

SEREIA
0 presente errado
Quando Ariel contou a Sebastião, ele ficou
*lhe, Linguado, estão todos aqui! -
-o:
boquiaberto.
éx- clamou Ariel. Seres marinhos
— Você está louca! - ele exclamou.
tinham vindo de todos os mares para
ArieL arregalou os olhos. Sebastião estava certo!
comemorar o aniversário da irmã de Ariel,
O rei Tritão odiava os humanos, E Ariel não de-
Aquata.
veria ter nenhum objeto do mundo dos humanos.
Mas, Ariel ainda não tinha
Era exatamente por isso que ela guardava segredo
escolhido um presente para
sobre sua caverna!
ela. Por isso, ela e Linguado
Neste momento a voz profunda do rei Tritão
tinham dado uma escapadi-
ecoou:
nha da festa e nadaram até a
— Ariel, você é a
grata secreta.
próxima! Ariel escondeu o
Juntos eles procuraram entre a
presente atrãs das costas.
vasta coíeção de sinos, relógios,
— Que presente você
joias e outras quinquilharias do
trouxe para a sua irmã mais
mundo dos humanos que Ariel
velha? - o rei perguntou.
tinha apanhado dos navios
— Hum... hum... —
naufragados.
Ariel hesitou.
— Que tal este? - Linguado
— Uma música! -
sugeriu, nadando ao redor de um
Sebastião anunciou.
leme de um barco.
Ariel buscou na memória por uma música para
— Muito grande — disse Ariel.
cantar, então se lembrou de uma! Ela abriu a boca
— E este? - Linguado apontou para um único
e cantou a melodia da caixinha de música. Quando
brinco de ouro.
terminou, Linguado nadou atrás dela e trocou o
— Muito pequeno — disse Ariel.
presente que ela segurava por uma bela estrela-do-
Foi então que Ariel avistou uma caixinha de
mar para Aquata colocar no cabelo.
música.
— E linda! - disse Aquata. - Assim como a sua
— E este! — ela anunciou. - Este é o presente
música!
perfeito! Já ouvi a música que sai de dentro desta
O rei Tritão sorriu satisfeito, Ariel suspirou ali-
caixinha, é linda.
viada. Como ela desejava que seu pai mudasse de
Ariel nadou de volta para a festa. Aquata estava
opinião sobre os humanos!
sentada em uma concha de marisco, ao lado do rei
— Eu seria capaz de abrir mão de quase tudo só
Tritão, e um a um cada convidado vinha lhe dar
para ver como é o mundo dos humanos — Ariel
um presente de aniversário.
confessou a Linguado. — Você acha que meu pai
Enquanto Ariel esperava pela sua vez na fila,
irá entender um dia?
Sebastião, o siri, se aproximou dela.
— Talvez quando ele perceber que isso significa
— Olá, Ariel - ele disse. - O que você vai dar de
muito para você - disse Linguado. - Um dia ele irá
presente para Aquata?
perceber.
90

vil

48

t
Moan
OMENlNDtOBO

Vida de urso

92
M: [ogli rodopiava, cantarolando alegremente graciosamente pulou
árvore e pousou no chão.
da

consigo mesmo. — Exatamente - Mogli concordou. - Então por que


— O que você está fazendo, Mogli? - Baguera
você não tenta?
perguntou, acomodado em um galho alto de uma
— Você só pode estar brincando comigo!
árvore próxima.
— Sabe qual é o seu problema, Baguera?
— Estou treinando para ser
— Estou com medo de perguntar - Baguera
um urso - Mogli contou a
respondeu.
ele. — Você deveria tentar.
— Voc
— Eu? - Baguera indagou,
ê é como uma abelha - Mogli
espantado. — Eu nunca con-
disse a ele. - Trabalha muito.
seguiria fazer tal coisa.
— Ele fitou Baguera. -
— Por que não? - Mogli quis
Vamos lá, venha dançar
saber.
comigo! - gritou, puxando
— Bem, sou uma pantera e por
Baguera, saltitando ao redor da
acaso gosto de ser uma
pantera. Não demorou muito e
— Baguera respondeu. -
Baguera começou a dançar
Por que eu iria querer ser um urso?
também, movendo as patas e balançando a cauda.
— Você só pode estar
— E isso aí! — Mogli ficou ainda mais animado.
brincando! - Mogli exclamou. - Os ursos é que
— Sabe de uma coisa? - Baguera admitiu. - Isto
sabem viver a vida! Eles vagam o dia todo, e eles
não é tão ruim afinal.
comem formigas!
— Agora você está pegando o jeito da coisa! -
— Comem formigas! — Baguera exclamou. — E
Mogli exclamou. — Está começando a entender
isso por acaso é algo bom?
por que é tão divertido ser um urso! - O filhote de
— Claro que sim! - Mogli disse. — Bem, para
homem parou de dançar e se jogou sobre um
dizer a verdade, costuma fazer um pouco de có-
punhado de musgo macio. - Não é tão ruim, não é
cegas na garganta. Mas você se acostuma logo.
mesmo?
— Você se acostumou?
— Na verdade — Baguera disse, coçando as costas
— Ainda não - Mogli confessou. — Mas vou me
em uma pedra —, é muito divertido!
acostumar!
— Mais uma vez! — Mogli convidou, e eles
— Faça o que achar melhor, Mogli — Baguera
começaram a dançar novamente.
falou.
Mogli pensou por um momento.
— Se você fosse um urso, poderia comer frutas e
tomar água de coco, e poderia relaxar como todos
nós!
— Se quer saber - Baguera iniciou. - Não vejo
nada de errado em ser uma pantera. Na verdade,
gosto muito de ser uma.
— Acho que você está com medo - Mogli disse ao
amigo.
— Claro que não! - Baguera protestou. - Do
que eu iria ter medo? - Ele se
levantou, alongou o corpo e

t 93
(zkcf&TstiEfp
MICKEY
MOUSE
Dia de São Patrício às avessas

irmãos, Luizinho?
| TYtiçjiKnho, Zezinho e Luizinho estavam se ■— Não, o senhor não disse, tio - Zezinho res-
ilvestindo numa manhã quando Luizinho pondeu, - E eu não sou o Luizinho.
teve"uma ideia. Donald olhou novamente
— Vocês dois estão vestidos de verde para o e examinou com mais
Dia de São Patrício? - ele atenção o rosto do
perguntou aos irmãos. sobrinho.
— É claro - Zezinho responde u. — Ah - ele exclamou. -
— Então — Luizinho apontou Sinto muito, Zezinho.
para a camiseta e o bone- zinho Você
verde que ele usava todos os dias - n "íj poderia chamar os seus
acho que poderíamos confundir o irmãos, por favor?
tio Donald de verdade! — Claro -
Huguinho e Zezinho riram Zezinho respondeu.
ao mesmo tempo ao se Minutos depois,
darem conta da ideia en- Huguinho entrou na
graçada. cozinha e se sentou à
— Ele está tão acostumado a me ver mesa. Donald olhou por cima do jomal.
vestido de vermelho... - disse Huguinho. — Bem, onde estão eles? - ele perguntou a
— E eu de azul... - Zezinho falou. Huguinho.
— Se ele não olhar para nós bem de perto - disse — Quem? - Huguinho indagou.
Luizinho — não saberá quem é quem! — Os seus irmãos - Donald respondeu, - Pedi
O trio seguiu rindo para a cozinha. Enquanto para você chamá-los.
Huguinho e Zezinho se esconderam no corredor, — Não, o senhor não pediu - Huguinho res-
Luizinho seguiu em frente e se sentou ao íado do pondeu.
tio Donald, que estava lendo o jornal à mesa de ■— Eu... - Donald olhou por cima do jornal e
café da manhã. encarou Huguinho. - Oh... é você, Huguinho
— Bom dia, tio Donald - disse Luizinho. — ele disse ao se dar conta do engano, -
— Bom dia, Luizinho - ele respondeu. - Você pode Pensei que você fosse... ei! — Donald olhou
chamar os seus irmãos? O café está pronto. desconfia' do. - Vocês estão tentando me
— Está certo - Luizinho respondeu, saindo da confundir? Por isso estão vestidos iguais?
cozinha. Huguinho olhou com ar inocente para o tio.
Em seguida, Zezinho chegou e se sentou. — O que o senhor está dizendo, tio Donald?
— Bom dia, tio Donald - ele disse. — Hoje é Dia de São Patrício - disse Luizinho,
Donald olhou de relance por cima do jornal. vindo do corredor.
■— Eu não disse para você chamar os seus — Isso mesmo — Zezinho reforçou, entrando

94
atrás do irmão. - E por isso que estamos todos
de verde. Feliz Dia de São Patrício, tio Donald!

t 95
O h, minha nossa — Pooh exclamou enquanto o — Solte um pouco mais de linha, Pooh! - Tigrão

W;nniet,,e?ooh

Dia de empinar pipa


vento soprava forte ao seu redor. — Está ventando sugeriu. - Vamos ver o quâo alto ela consegue voar!
muito. Tem certeza de que esta é uma boa ideia, Então Pooh soltou um pouco mais de linha.
Tigrão? — Ele e Tigrão estavam levando a pipa de A pipa planou no ar e deu giros e cambalhotas
Pooh para uma clareira bem no meio do Bosque dos violentas, dificultando cada vez mais para Pooh
Cem Acres. segurar a linha.
— Não seja bobo, Pooh - Tigrão respondeu. - O — Deixe voar mais alto, Pooh! - Tigrão exclamou.
dia está perfeito para empinar pipa. Afinal, para Assim Pooh soltou mais um pouco de linha até que
que mais serve o vento? não havia mais nada para soltar. Ele
— Isso mesmo - Pooh respondeu. - segurou firme na ponta da linha
Acho que você tem razão. - Ele se enquanto a pipa subia, e subia tanto
curvou para evitar que uma rajada de que parecia que ia chegar às nuvens.
vento o levasse pelos ares enquanto Então, subitamente, uma forte
eles seguiam. rajada de vento varreu a clareira.
O inverno estava indo embora e a Pooh sentiu seus pés saindo do
primavera estava a caminho, e chão enquanto o vento envolvia a
parecia que o vento soprava só para pipa e a carregava violentamente
preencher o espaço entre as estações, pelo ar.
pois era a ventania mais forte que — Minha nossa! - Pooh exclamou,
Pooh já tinha visto. ao perceber que estava sendo
Depois de muito lutarem contra o suspenso no ar. Então, antes que
vento, Pooh e Tigrão finalmente conseguiram chegar pudesse ser levado para muito alto, ele soltou a linha
ao centro da clareira e se prepararam para lançar a da pipa e rolou pelo chão.
pipa. Pooh desenrolou o fio enquanto Tigrão Mas a pipa continuou voando, para o alto e além,
segurava a pipa. dançando na brisa pelo que pareceu uma eternidade,
— Muito bem, Pooh — Tigrão deu o sinal, — até acabar se enroscando nos galhos de uma árvore
Prepare-se! Você segura o fio e eu solto a pipa ao muito alta no outro lado da clareira. Pooh se
vento. Um... dois... TRÊS! perguntou como iria conseguir tirar a pipa de lá.
Dito isso, Tigrão lançou a pipa que subiu no mesmo — Bem — disse Tigrão, dando um tapinha solidário
instante, carregada às: alturas onde ela dançou e nas costas do amigo. - Acho que você deixou a pipa
girou de um lado para o outro. Enquanto isso, Pooh voar um pouco alto demais, Pooh,
lutava para segurar firme o carretel de linha da pipa.
97
C&> (mel
)
99
OjKraMa&ffleve

Lar doce lar

101
Q uando o sol se ergueu sobre a cabana dos Sete
Anões, Branca de Neve já estava pensando
de um galho de uma árvore próxima.
— Que lindo ninho! - Branca de Neve disse
sobre o que iria fazer para o jantar daquela noite, admirada. Os passarinhos ficaram satisfeitos.
Ela tinha chegado à cabana no dia anterior, depois Os cervos foram os próximos. Puxando Branca de
que a sua malvada madrasta, a Rainha, tinha Neve pela barra da saia, eles a levaram até uma
expulsado Branca de Neve do clareira ensolarada no meio da
palácio e o caçador da Rainha a floresta.
deixara sozinha na floresta. Por — Que aconchegante! -
sorte, um grupo de animais da Branca de Neve exclamou. Os
floresta acabou fazendo amizade cervos abanaram os rabos
com Branca de Neve e a levou alegremente. Em seguida,
até a cabaninha dos Sete Anões. foram os quatis e os esquilos
Agora, pela primeira vez em que mostraram a ela a toca no
muito tempo, ela se sentia tronco de uma velha árvore
segura e feliz. onde eles moravam. Então os
Branca de Neve ficou tão coelhos orgulhosamente
agradecida aos anões por terem mostraram a ela a entrada do
acolhido-a na aconchegante buraco deles.
cabana, que ela queria oferecer a eles um — Vocês todos têm casas muito bonitas - Branca
tratamento especial. de Neve disse, no caminho de volta pura a cabana
— Acho que vou fazer Lorta de amora para depois dos anões. - Obrigada por me mostrarem. Todos
do jantar! - ela disse aos amigos da floresta depois nós temos sorte de morar onde moramos, não é
que os anões saíram para trabalhar. Os mesmo? - ela completou com um sorriso.
animaizinhos concordaram. Juntos eles deixaram a Dito isso, ela correu de volta à cabana, ansiosa
cabana e saíram pela floresta para apanhar amoras. para começar a preparar a torta. Pois ela mal podia
Com a ajuda de todos os seus amigos, Branca de esperar até que os anões voltassem para casa!
Neve rapidamente encheu uma cesta de amoras.
Então ela se sentou próxima a um perfumado
canteiro de flores e suspirou.
— Como a minha vida mudou - ela disse aos
amigos. - Não estou sentindo saudades do castelo.
Estou adorando morar naquela belu cabaninha.
Uma casa não precisa ser grande para ser alegre!
Lembrem-se disso!
Os animaizinhos se entreolharam. E então
começaram a puxar a barra da saia de Branca de
Neve.
— O que foi, meus queridos? - ela perguntou a
eles. - Oh! Vocês querem me mostrar onde
cada um de vocês mora?
Eu adoraria ver! - ela disse encantada.
Um casal de passarinhos foi o primeiro.
Cantando alegremente, eles voaram em torno do
ninho deles, que tinha sido feito num cantinho

102
ítkrS&iEjí ■ PIXAR

237

0 escolhido

103
104
O s brinquedos alienígenas de três olhos
olharam para cima ao ver algo se movendo
alto, murmurando e exclamando. Será que era a
— A Garra! A Garra! — to-
dos os outros murmuraram.
— A Garra decide quem fica ou quem vai
Garra? A Garra era o líder deles. embora — alguém disse.
Ela descia do céu e decidia Todos aguardaram, olhando para cima esperanço-
quem iria partir ou ficar. sos enquanto a Garra se aproximava mais e mais.
Cada aíien esperava an- Até que finalmente os tentáculos de aço se
siosamente pelo dia que a fecharam sobre uma cabeça verde redonda.
Garra o escolhesse. — A Garra escolheu! - eles exclamaram.
Mas desta vez não era a Garra, e sim uma portinha — Legal! — a voz de uma criança soon de algum
lateral ao lado da casa deles que lugar do lado de fora. - Peguei o
se abriu. Dúzias de alienígenas de melhor! Os alienígenas
três olhos iguaizi- nhos a eles observaram atentos a Garra
foram jogados lá dentro, ftaj subindo com o Escolhido. E
Bem-vindos - um dos alienígenas todos sussurraram quando
antigos saudou os recém- reconheceram o estranho de dots
chegados. - Bem olhos recém-chegado.
- vindos à Terra da Escolha. — O diferente foi escolhido! - um dos alienígenas
Outro alienígena exclamou: de três olhos exclamou. - A garra o escolheu apesar
— Olhem! Um dos novatos não é como nós. Ele do seu defeito de fabricação!
é... diferente! Todos assentiram solenemente,
Todos olharam. Então gritaram surpresos e con- — Vamos aprender com a Garra - disse um
fusos. Um dos novos alienígenas tinha somente deles,
dois olhos na sua cabeça verde e redonda! — Sim — outro terminou. - De agora em diante,
— O que aconteceu com o seu rosto, estranho? vamos receber bem os recém-chegados, não
— Um dos alienígenas de três olhos importa que eles sejam diferentes. Pois a Garra nos
perguntou preocupado. - Você não se parece mostrou o caminho.
conosco.
— Eu... eu não sei — o dois olhos disse hesitante.
— Sempre fui assim. Uma voz do alto uma
vez disse que... que...
A voz dele vacilou de vergonha, e um dos novatos
de três olhos falou por ele.
— Eu ouvi a voz — ele disse solenemente. - Ela
disse que foi... um defeito de fabricação.
Os brinquedos alienígenas de três olhos murmu
raram surpresos e um pouco desconfiados. Pois
nunca tinham ouvido falar sobre tal coisa no
mundo deles antes!
De repente ouviram um zumbido acima.
— A Garra! — alguém gritou
em reverência. —
A Garra... éstáse movendo!
Ela vai descer!

105
sidente contou a ela. — Mas a

As aventuras de
ftemardo • Bianca
O resgate da srta. Bianca
A sede da Sociedade de Proteção e Ajuda
estava muito movimentada. Ratos de todas as
partes do mundo tinham chegado para uma reunião
situação está sob controle.
A glamorosa ratinha tirou as
luvas e marchou em direção ao cão. Ela chutou o
de emergência. O Presidente da Sociedade teve que fundo da lata três vezes. Então girou levemente
gritar para que pudesse ser ouvido sobre o para a esquerda, e a lata saiu!
murmurinho. — Viva! - todos os ratos comemoraram.
— Atenção, delegados! - ele gritou. - Convoquei A ratinha sorriu.
esta reunião porque um canino está precisando da — E assim que abro os vidros de picles em casa
nossa ajuda com urgência. - Ele bateu palmas. — — ela explicou. - Bem, acho melhor eu ir
Ratos patrulheiros, tragam o cão andando.
aflito! — Ah, sr. Presidente? -
Dois ratos trabalhadores uma voz chamou do fundo da
entraram correndo na sala, sala. Era o delegado da
trazendo um cachorrinho de Zâmbia.
corpo comprido e perni- nhas — Pois não? - disse o
curtas. A cabeça dele estava Presidente.
presa dentro de uma lata de — Eu gostaria de indicar
comida para cachorro. a senhorita,., uh, senhorita... -
— Mama mia! - exclamou um O delegado olhou para a bela
rato italiano, ratinha.
— Auuuu! - o cãozinho uivou. — Srta. Bianca - ela disse a ele.
O rato do Yemen sugeriu puxar a lata da cabeça do — Eu gostaria de indicar a srta. Bianca para se
cachorro, Quatro ratos musculosos puseram mãos ã tornar membro da Sociedade de Proteção e Ajuda
obra, puxando e tentando arrancar. Mas a lata - ele disse.
continuou presa. O Presidente se voltou para os outros ratos
Os ratos decidiram então que a lata poderia ser delegados.
removida com a ajuda de um instrumento mecânico. — Estão todos a favor, hein!
O delegado da Zâmbia sugeriu um abridor de latas. — Sim! - todos os ratos gritaram juntos.
De repente a porta da sala de reunião se abriu e uma — Au-au! - o cachorro latiu alegremente.
ratinha muito bonitinhu surgiu. Ela usava um A srta. Bianca sorriu.
casaco elegante e um perfume caro. — Bem - ela disse —, suponho que a Micey pode
— Desculpem - ela disse. - Acho que entrei no esperar por mais um dia.
lugar errado, Estou à procura da Loja de Depar-
tamento Micey.
— Minha nossa — ela disse ao ver o delegado
com o abridor de latas -, o que o senhor pretende
fazer com aquele pobre cãozinho?
— O cão está com uma lata emperrada - o Pre

106
* aBela
/idopmccida

Dia de colher amoras


indo parar em sua boca!

E ra uma vez uma bela princesa que morava em


uma floresta distante e que não sabia que era
uma princesa. Ela morava com três fadinhas do bem
Já Rosa estava com a mente e o coração a
quilômetros de distância da sua cesta de
amoras... dançando nos braços de um belo rapaz
que fingiam ser humanas. (É claro que você sabe desconhecido.
exatamente a quem estou me referindo... portanto — Muito bem, queridas - Flora chamou quando
vamos passar logo à história da o sol começou a se pôr. —
Bela Adormecida e as suas três Já é hora de pegarmos o
“tias”.) caminho de volta para a
Numa manhã, Flora reuniu todo cabana. Vamos ver quanto
o grupo e convidou-as para conseguimos colher.
coíher amoras na floresta. — Bem, hum.... -
— Que boa ideia - disse Rosa Primavera hesitou. - Não
Silvestre. consegui encher muito a minha
— Sim, é mesmo - Primavera cesta.
concordou. - Se conseguirmos Flora revirou os olhos e se
colher o bastante poderemos aproximou de Fauna.
fazer uma torta de amora. — Deixe-me adivinhar.... -
— Se colhermos muitas mesmo, ela disse ao olhar da cesta
poderemos fazer geíeia para o vazia de Fauna para a sua boca
ano todo - declarou Fauna. roxa.
— Bem, nunca vamos conseguir colher tantas — Sabe, é que.... - Fauna disse, lambendo culpada
amoras se não começarmos agora mesmo - disse os lábios. - As amoras são deliciosas!
Flora. E assim elas pegaram suas cestas de colher Flora suspirou.
amoras e se foram. — E você, Rosa? - ela perguntou esperançosa, Mas
As quatro seguiram por uma trilha na floresta Rosa baixou os olhos sem jeito para a cesta vazia
coberta de sombra até chegarem a um bosque que tinha nas mãos.
com árvores carregadas de amoras. Sem mais — Sinto muito, tia Flora - ela disse. - Acho que
demora, as quatro catadoras de amoras iniciaram acabei me distraindo um pouco.
a colheita. Mas, como você poderá notar, só — Bem — Flora exclamou, balançando a cabeça
porque elas começaram o trabalho, isso não acho que nesta semana não teremos torta de
significa que conseguiram encher todas as cestas. amora. - Então ela encolheu os ombros. - Mas
Primavera, por exemplo, teve muitos problemas podemos fazer uma torta de chocolate em vez de
para conseguir manter a cesta em pé. Toda vez que amora!
ela se abaixava para colher uma amora, a sua cesta
virava e acabava derrubando duas ou três amoras.
Fauna, por outro lado, teve um problema
totalmente diferente para manter as amoras dentro
da cesta, de algum modo as frutinhas acabavam

107
brancas enquanto Pocahontas se divertia muito.

í>OCAtíOMTO$
A grande aventura de Miko
Q ue dia perfeito para descer uma corredeira de
canoa - Pocahontas disse a seu amigo Miko, o
Mas o pobre Miko subiu no alto da cabeça dela,
tentando ficar o mais distante possível da água.
guaxinim, que descansava na proa da canoa Então, ao avistar uma pequena cachoeira à frente,
enquanto Pocahontas remava rio abaixo. Flit, o Miko fechou os olhos e segurou firme na cabeça
beija-flor, estava voando ao lado deles. de Pocahontas.
Era uma bela e agradável manhã de primavera. — Ei! - Pocahontas exclamou com uma risada.
Os pedaços de gelo no rio tinham derretido, e - Assim não consigo ver nada!
restaram apenas sinais de neve aqui e ali ao longo Mesmo assim, ela continuou remando a canoa sem
da margem. dificuldades, deslizando
Na verdade, todo o gelo derretido cachoeira abaixo e caindo em
e a neve tinham aumentado o uma piscina de águas calmas
nível da água. do outro lado,
O rio estava mais alto e a Miko ainda estava agarrado
correnteza mais forte, mas à cabeça de Po- .cahontas
Pocahontas remava a sua canoa com os olhos bem
sem medo. fechados, quando ela parou
Logo, eles se depararam com uma a canoa à margem do rio.
bifurcação no rio. À esquerda, o — Muito bem, Miko, o
rio fluía suavemente, a perder de corajoso - ela disse,
vista. Mas ao olhar para o braço provocando-o. — Você está
direito do rio, Pocahontas viu a água espumando seguro agora.
branca e agitada. AQ abrir os olhos e ver a terra firme, Miko desceu
— Oh, corredeira! - ela exclamou. E girou a e saiu correndo pela lateral da canoa em direção à
canoa para a direita e seguiu em frente, louca margem do rio. Mas, na sua pressa, ele escorregou
para encarar o desafio. e acabou caindo na água. Pocahontas não
Mas Miko, que estivera tranquilamente recostado, conseguiu conter o riso.
se sentou assustado ao perceber que estavam — Baixou a guarda muito cedo, não é mesmo?
seguindo para o passeio emocionante! Ele se — ela disse,
encolheu atrás de Pocahontas, então se agarrou a ela Miko fez uma careta e decidiu manter as patas em
quando a canoa afundou um pouco e precípitou-se terra firme por uns tempos.
pela corredeira.
— Relaxe, Miko - Pocahontas disse com uma
gargalhada. - Estamos em uma corredeira bebê.
Uma onda pequena espirrou um pouco de áyua no
rosto de Miko. Ele se chacoalhou todo, subiu no
ombro de Pocahontas e escondeu o rosto atrás do
pescoço dela.
A canoa agitava sobre a superfície das águas

108
companheiros surgiram no solo acima,
O Cão Opposa estavam na porta dos fundos
da casa de Dodó, onde

Festa para três Tweed esperava por eles.

A
— Entrem, rápido! — ela
Viúva Tita cantarolava alegremente apressou os dois para dentro
enquanto decorava a sua cabana. Dodó, a da cabana.
raposinha que ela tinha adotado havia um ano, Enquanto Samuel Guerra vagava pela floresta,
observava animada. Este era o seu primeiro tentando encontrar Dodó e Prego, a festa de
aniversário no novo lar! aniversário na casa da Viúva Tita estava apenas
— Quem vamos convidar começando. Os três brincaram de esconde-esconde,
para a sua. festa, Dodó? — de colocar o rabo no burro e cabra-cega.
a viúva perguntou. Dodó venceu todos os jogos. Finalmente, chegou a
Dodó pulou no parapeito da janela e olhou para a hora de cortar o bolo. Depois que todos tinham
fazenda de Samuel Guerra. comido dois pedaços, a viúva viu Samuel Guerra
A Viúva Tita sabia o que aquilo saindo da floresta. Ela levou Prego
significava: Dodó queria até a porta, onde ele ficou latindo
convidar Prego, o cachorro feroz, do lado. de fora da cabunu.
perdigueiro, para vir a sua festa. — Bom trabalho, Prego!
— Sei que Prego é seu amigo, — Samuel Guerra exclamou. —
mas e se Samuel Guerra o Você perseguiu aquela raposa ma-
apanhar aqui? — a viúva landra pela floresta? - Prego olhou
indagou. - Nunca se sabe o que para o dono e abanou o rabo. —
aquele velhaco é capaz de fazer! Prego, o que é isso na sua cara? -
Dodó pulou no colo da senhora gentil e a fitou com Samuel Guerra perguntou.
um olhar tristonho, O perdigueiro virou o rosto e lambeu as migalhas
— Oh, Dodó! Não olhe assim para mim. Está bem! de bolo do seu focinho.
Você pode convidar Prego, mas só desta vez! — Acho que éstou vendo coisas. Vamos voltar para
— Não tenho permissão para sair do quintal - casa — disse Samuel Guerra.
Prego explicou quando Dodó o convidou. - Se sair Dentro da aconchegante cabana, Dodó sorriu. A
terei problemas com o meu dono. sua festa de aniversário tinha sido maravilhosa, e
— Não se preocupe — Dodó falou. - Sei como dar a presença do seu melhor amigo fora o melhor
um jeito nisso. - Ele levantou uma das orelhas presente!
enormes do perdigueiro e sussurrou seu plano. Logo
em seguida Dodó apareceu no galinheiro de Samuel
Guerra. Ele correu entre as aves, fazendo com que
elas se debatessem assustadas de um lado para o
outro. Esse era o sinal para Prego começar a latir o
mais alto que pudesse. Samuel Guerra saiu correndo
da sua cabana a tempo de ver Prego perseguindo
Dodó floresta adentro.
— Siga-me! - Dodó gritou para Prego. Ele con-
duziu o amigo em meio u uma série de troncos ocos
por um longo túnel subterrâneo. Quando os dois

109
ÀÜCE
ííllCf^&rt^o
no pais das
MARAVILHAS

Silêncio forçado

110
ííllCf^&rt^o

111 *
A
ííllCf^&rt^o
Rainha de Copas adorava dar ordens aos — Basta de croque por hoje
berros para seus súditos. Eia gritava tanto - o Rei murmurou para acalmar as coisas. - Você
que ninguém se surpreendia quando ela tinha não deve se cansar, querida. Ele levou a esposa
uma crise de laringite. para se sentar em um banco à sombra. A Rainha
— Calma, querida - disse o marido dela, o sentou, apontou para os criados
complacente Rei de Copas. - que estavam trabalhando por
Descanse a sua voz e deixe que perto e gesticulou como se
eu governe por você. estivesse bebendo chd O Rei se
A Rainha raramente permitia levantou e anunciou:
que o Rei opinasse em algum — Estão todos
assunto, por isso ele estava convidados para um chá com a
ansioso para ficar no comando. Rainha! - E claro que não era
Enquanto eles passeavam pelos nada disso que a Rainha tinha
jardins reais, a Rainha notou em mente.
que a cerca estava pintada de Foi posta uma mesa com chá,
rosa em vez de vermelho como bolos e sanduíches. Todos
ela tinha mandado. comeram, riram e se divertiram
— Cortem! Cortem! - a Rainha muito. A Rainha, ignorada por
falou com a voz rouca. Ela queria que o Rei todos, ficou morrendo de raiva.
punisse os jardineiros reais com a sua sentença Ela pegou um dos flamingos tacos e bateu sobre a
preferida: - Cortem suas cabeças! mesa. Para seu azar, ela não viu que a bola de
Em vez disso, o Rei disse: croque estava no caminho e acabou tropeçando.
— A Rainha decretou que vocês tirem o dia de Nisso o bico da flamingo entrou no chão, fazendo
folga! - Os jardineiros saíram dando vivas enquanto com que a Rainha executasse um salto com vara
a Rainha soltava fumaça pelos ouvidos, sobre a mesa e os convidados, indo parar direto na
— Você precisa relaxar, minha querida, ou janela aberta do seu quarto.
não vai melhorar nunca - o Rei a alertou. — Ótima ideia, minha querida! - exclamou o Rei.
Em seguida o casal parou para jogar croque. A - Uma soneca vai lhe fazer bem!
Rainha acertou a bola de ouriço com o taco de
flamingo, e o ouriço saiu rolando pelo gramado.
Os soldados que faziam papel de arco da jogo sa-
biam como permitir que a Rainha marcasse um
ponto. Eles saíram pulando pelo gramado para
garantir que a bola passasse por baixo deles.
— Sou invencível! - A Rainha anunciou triunfante,
apesar da rouquidão.
— O que você disse, querida? - perguntou o Rei.
Ele não tinha conseguido entender o que a sua
esposa tinha dito. - A Rainha disse que ela
trapaceou! - ele anunciou.
Todo o séquito da Rainha caiu na risada. Aqueles
que estavam mais próximos se abaixaram quando a
Rainha acertou a cabeça do Rei com um flamingo.

112 *
MOGU
O.MESOPíOLOBO

0 concurso de dança!
N as profundezas da floresta nas ruínas do
templo, os macacos é o chefe deles, ó rei
Lui, só pensavam em dançar.
Assim rei Lui começou chacoalhar os seus quadris
de um lado para o outro. Ele ergueu os braços no
ar, e fechou os olhos para que pudesse sentir a
— Vamos fazer um concurso de dança! - rei Lui batida.
sugeriu aos macacos certa noite. — E isso aí, dance no ritmo! ~ um dos macacos
— Hurra! - os macacos festejaram. gritou. Rei Lui dançou e se balançou como nunca.
— Mas o que é um concurso de Então, quando a música
dança? - um dos macacos terminou, o rei parou de
perguntou. dançar e voltou para o seu
— E uma competição - rei Lui trono.
respondeu. - Será uma — Agora é hora de
oportunidade para todos escolher o vencedor! - ele
mostrarem o que sabem fazer de anunciou.
melhor! E aquele que mostrar o — Mas rei Lui... - um
melhor passo de dança será o dos macacos começou a
vencedor! protestar.
— Viva! — os macacos Todos os outros macacos
vibraram. estavam pensando a mesma
Rei Lui esfregou o queixo. coisa: não era preciso mais de
.—r Primeiro vamos precisar de um dançarino para uma
música - ele disse, apontando para os macacos competição de dança?
músicos. -■ Ponham pra quebrar, — Oh, que bobagem a minha - disse o rei com
companheiros! uma risadinha. Os macacos se entreolharam e
Os músicos começaram com um som de jazz sorriram, esperando que o rei tivesse reconhecido
animado, soprando através das mãos como se elas o erro. Mas rei Lui disse:
fossem trompetes, batendo cocos ritmados e — E claro, precisamos de um juiz! Quem será o
batucando em um tronco oco. Logo, todos os juiz?
macacos estavam reunidos ao redor dos músicos, Todos ergueram as mãos. Rei Lui olhou ao redor,
sapateando e balançando os rabos. então disse:
— Quem será o primeiro a se apresentar? - rei Lui — Escolho... eu!
anunciou. — Viva! - os macacos aplaudiram.
Todos os macacos ergueram as mãos. O rei — E como juiz, agora escolherei o vencedor do
olhou ao redor. concurso de dança — o rei prosseguiu. Ele olhou
— Vamos ver - ele coçou a cabeça. - Escolho... ao redor entre os macacos. - Vamos ver. Esco-
eu! lho... eu! Vamos dar vivas ao vencedor!
— Hurra! - os macacos deram vivas. Eles ficaram — Viva, viva! - os macacos saudaram, pois,
desapontados por não terem sido escolhidos, afinal de contas, o rei Lui era o rei deles, e ele era
Mas, afinal de contas, o rei Lui era o rei deles. um ótimo dançarino também!
ff

6
1 *
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