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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS
SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE

PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE COLETA SELETIVA


DA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS-
PRSCS-RMM

139-002-T-REL-019-03
PRSCS-RMM APROVADO

ETAPA VI– TAREFA II


PRODUTO III

SETEMBRO/2017
GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS

David Antônio Abisai Pereira de Almeida


Governador

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE – SEMA-AM

Antonio Ademir Stroski


Secretário

SECRETARIA EXECUTIVA

Thierry Andre Raoul Acanthe


Economista

SECRETARIA ADJUNTA DE GESTÃO AMBIENTAL

Antônio Luiz Menezes de Andrade


Engenheiro Florestal - CREA-AM nº. 714-D
Secretário Adjunto

Assessoria Técnica

Marcele de Freitas Lopes


Engenheira Florestal - CREA-AM nº. 18537
Assessora
COMITÊ CONSULTIVO ESTADUAL DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
(CEGRS)
Associação Amazonense dos Municípios (AAM)
Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM/ULBRA)
Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais/Serviço Geológico do Brasil
(CPRM/SGB)
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM)
Conselho Regional de Química (CRQ)
Federação Comercial do Estado do Amazonas (FECOMÉRCIO)
Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM)
Fórum Lixo e Cidadania/ Ministério Público do Trabalho (MPT)
Fórum Permanente das Secretarias Municipais de Meio Ambiente do
Amazonas (FOPES)
Fundação de Vigilância em Saúde (FVS)
Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM)
Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (SEMA-AM)
Secretaria de Estado do Trabalho (SETRAB)
Secretaria Executiva do Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Região
Metropolitana de Manaus (SRMM)
Secretaria Municipal de Limpeza Pública (SEMULSP)
Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade de Manaus
(SEMMAS)
Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA)
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

LAGHI ENGENHARIA LTDA.

Responsável Técnico
José Vidal Laghi - Engenheiro Civil - CREA - SP nº 5060044.179-D
Sarah Kelly Dias - Engenheira Civil - CREA - AM nº 4614-D

Coordenadora Geral
Elionara Nascimento - Engenheira Agrônoma - CREA -RR nº 0553-D
Equipe Técnica
Içá Costa - Engenheiro Ambiental - CREA-AM nº 12542-D
Ivone Maria Amorim Bezerra – Arqueóloga – IBAMA nº 1728805
Jorge Victor Araujo Gonçales - Engenheiro Químico - CRQ nº 14302385
Lidiane da Silva - Cientista Social
Nayara Oliveira - Engenheira Civil - CREA - AM nº 13208-D
Raphael do Nascimento Pinheiro - Técnico em Meio Ambiente – CRQ-AM nº
14402524/AM
Raphael Laghi - Antropólogo
Ruben Abitbol Neto - Tecnólogo em Saneamento Ambiental - CREA-AM nº
19397-D
Thiago Ferreira da Costa - Engenheiro Civil - CREA-AM nº 15686/AM

Consultores
Alcemir Ramos de Oliveira Filho - Estatístico - 7887- A - CONRE
José Olavo Nogueira Braga – Engenheiro Ambiental e Civil, Mestre em
Ciências Florestais e Ambientais – CREA-AM nº 9637-D
Thilo Schmidt – Engenheiro Mecânico, International Waste Solid Manager –
ISWA

CATALOGAÇÃO DA FONTE

AMAZONAS, Governo do Estado.

PRSCS-RMM Aprovado: SEMA / Laghi Engenharia


Ltda./ Governo do Estado do Amazonas - 2016.

731 f.

1.Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva / 2.


Região Metropolitana de Manaus / 3.Gestão de Resíduos
Sólidos / 4.Gerenciamento de Resíduos Sólidos / 5. Coleta
Seletiva/ I.Título
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Habitantes rurais e urbanos da RMM ................................................................. 43


Quadro 2 - Etapas, tarefas e produtos do PRSCS-RMM ..................................................... 46
Quadro 3 - Núcleos do FOPES por calha de rio................................................................... 70
Quadro 4 - Rotas para levantamento de campo................................................................... 77
Quadro 5 - População de Iranduba dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010.................. 80
Quadro 6 - Dados socioeconômicos do município de Iranduba ........................................... 85
Quadro 7 - Categorização das variáveis .............................................................................. 89
Quadro 8 - Amostra escolhida de municípios ....................................................................... 89
Quadro 9 - Classes de municípios do Amazonas por faixas populacional, de renda e
distância a Manaus .............................................................................................................. 90
Quadro 10 - Classes de municípios do Amazonas por faixas populacional, de renda e
distância a Manaus .............................................................................................................. 91
Quadro 11 – Objetivos e metas do Plano de Comunicação Social do PRSCS-RMM ........... 99
Quadro 12 – Detalhamento das atividades do PRSCS-RMM............................................. 102
Quadro 13 – Monitoramento das atividades do PRSCS-RMM ........................................... 103
Quadro 14 – Cronograma das atividades do PRSCS-RMM ............................................... 104
Quadro 15 – Objetivos e metas do PRSCS-RMM .............................................................. 106
Quadro 16 – Escopo das atividades do Plano de Mobilização Social do PRSCS-RMM ..... 107
Quadro 17 – Cronograma das atividades previstas no Plano de Mobilização Social do
PRSCS-RMM..................................................................................................................... 108
Quadro 18 - Acervo solicitado para consulta...................................................................... 110
Quadro 19 - Estimativas da população urbana dos municípios da RMM............................ 118
Quadro 20 - Participação populacional relativa por zona geográfica .................................. 125
Quadro 21 - Parâmetros adotado para obtenção de dados de massa de resíduos
gerados.............................................................................................................................. 134
Quadro 22 - Prognóstico de crescimento da coleta de resíduos na RMM .......................... 137
Quadro 23 - Coleta de resíduos domiciliares nos 13 municípios da RMM.......................... 140
Quadro 24 - Modalidades de coleta recebidas no Aterro Municipal de Manaus com a
massa e participação porcentual ....................................................................................... 142
Quadro 25 - Custos com as operações de limpeza pública dos municípios da RMM ......... 145
Quadro 26 - Composição gravimétrica dos municípios do Amazonas realizados pelo
PRSCS-RMM, SIGMA e Picanço (1) ................................................................................. 146
Quadro 27 - Estudos gravimétricos realizados na RMM .................................................... 147
Quadro 28 - Composição gravimétrica da Região Metropolitana de Manaus ..................... 147
Quadro 29 - Material coletado em 2014 nas Unidades de Conservação ............................ 149
Quadro 30 - Material coletado em 2014 na sede da FAS ................................................... 149

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Quadro 31 - Empresas autorizadas para o descarte de resíduos de construção civil no
aterro de Manaus (2014) ................................................................................................... 150
Quadro 32 - Resíduos industriais não perigosos do PIM ................................................... 153
Quadro 33 - Resíduos industriais perigosos do PIM .......................................................... 154
Quadro 34 - Quantidade de resíduos gerados no Aeroporto Eduardo Gomes de 2009
até 2014............................................................................................................................. 156
Quadro 35 - Coleta mensal nos principais portos da cidade de Manaus ............................ 157
Quadro 36 - Resíduos Classe II descartados em Manaus pela Transpetro em 2014 ......... 157
Quadro 37 - Número de estabelecimentos de saúde dos municípios da RMM por tipo
(2014) ................................................................................................................................ 160
Quadro 38 - RSS gerado nos municípios da RMM ............................................................ 160
Quadro 39 - Quantidades de resíduos de Urucu tratados em Manaus ............................... 163
Quadro 40 - Tratamentos de resíduos de Urucu realizados em Manaus............................ 163
Quadro 41 - Revendedores de agrotóxicos cadastrados na RMM ..................................... 167
Quadro 42 - Quantitativo por materiais de embalagens de agrotóxicos de 2007 até início
de 2015.............................................................................................................................. 169
Quadro 43 - Tipos de resíduos de embalagens de agrotóxicos recebidos pela ARAM ...... 170
Quadro 44 - Caracterização das áreas degradadas por resíduos sólidos no RMM ............ 175
Quadro 45 - Informações sobre catadores ......................................................................... 220
Quadro 46 - Resultados do perfil dos municípios brasileiros - Gestão Pública 2011 .......... 222
Quadro 47 - Quantidade de catadores de materiais recicláveis nos municípios da RMM .. 223
Quadro 48 - Apresenta dados sobre catadores de todos os municípios que aderiram ao
PLAMSAN ......................................................................................................................... 224
Quadro 49 - Informações sobre catadores e associações levantados pelo TCE-AM ......... 225
Quadro 50 - Dados sobre catadores da Região Metropolitana de Manaus segundo o
IPAAM ............................................................................................................................... 225
Quadro 51 - Resumo das associações, cooperativas e grupos de catadores de Manaus .. 228
Quadro 52 - Levantamento de catadores da Região Metropolitana de Manaus ................. 231
Quadro 53 - Associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis identificadas na Região Metropolitana de Manaus ......................................... 232
Quadro 54 - Informações institucionais sobre catadores nos municípios da Região
Metropolitana de Manaus .................................................................................................. 235
Quadro 55 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1 ................................................ 243
Quadro 56 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2 ................................................ 244
Quadro 57 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 3 ................................................ 244
Quadro 58 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 4 ................................................ 244
Quadro 59 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1 ................................................ 245
Quadro 60 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1 ................................................ 246

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Quadro 61 - Recursos movimentados pelo grupo de catadores de materiais recicláveis ... 246
Quadro 62 - Valor de venda dos materiais pela ASCALITA ............................................... 247
Quadro 63 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1 ................................................ 248
Quadro 64 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2 ................................................ 248
Quadro 65 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1 ................................................ 249
Quadro 66 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2 ................................................ 249
Quadro 67 - Recursos movimentados pela COOTEPLA .................................................... 250
Quadro 68 - Recursos de compra movimentados pelo Entrevistado 1 ............................... 251
Quadro 69 - Recursos movimentados pelo Entrevistado ................................................... 251
Quadro 70 - Informações das entidades entrevistadas ...................................................... 252
Quadro 71 - Recursos movimentados pelo Entrevistado ................................................... 254
Quadro 72 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1 ................................................ 255
Quadro 73 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2 ................................................ 255
Quadro 74 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1 ................................................ 256
Quadro 75 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2 ................................................ 256
Quadro 76 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1 ................................................ 257
Quadro 77 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2 ................................................ 257
Quadro 78 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 3 ................................................ 258
Quadro 79 - Custo com eventos da cidade ........................................................................ 268
Quadro 80 - Número de entrevistas devolvidas por município ........................................... 270
Quadro 81 - Porcentual da avaliação quanto a área de atuação dos serviços de coleta,
em ordem decrescente do nível de insatisfação ................................................................ 271
Quadro 82 - Porcentual da avaliação quanto a frequência dos serviços de coleta, em
ordem decrescente do nível de insatisfação ...................................................................... 272
Quadro 83 - Porcentual da avaliação quanto aos intervalos de coleta, em ordem
decrescente do nível de insatisfação ................................................................................. 273
Quadro 84 - Porcentual da avaliação quanto horário de realização da coleta, em ordem
decrescente do nível de insatisfação ................................................................................. 274
Quadro 85 - Porcentual da avaliação quanto aos serviços de varrição, em ordem
decrescente do nível de insatisfação ................................................................................. 275
Quadro 86 - Porcentual da avaliação quanto aos serviços de capina em área pública,
em ordem decrescente do nível de insatisfação ................................................................ 276
Quadro 87 - Porcentual da avaliação quanto aos serviços de compostagem, em ordem
decrescente do nível de insatisfação ................................................................................. 277
Quadro 88 - Porcentual da avaliação quanto aos serviços de reciclagem, em ordem
decrescente do nível de insatisfação ................................................................................. 278
Quadro 89 - Porcentual da avaliação quanto a localização do aterro, em ordem
decrescente do nível de insatisfação ................................................................................. 279

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Quadro 90 - Porcentual da avaliação quanto ao acesso ao aterro, em ordem
decrescente do nível de insatisfação ................................................................................. 280
Quadro 91 - Porcentual da avaliação dos serviços de gerenciamento de resíduos do
município, em ordem decrescente do nível de insatisfação ............................................... 281
Quadro 92 - Matriz de problemas, causas e efeitos da gestão de resíduos sólidos. .......... 285
Quadro 93 - Parâmetros para estimativa da área média dos aterros do interior................. 301
Quadro 94 – Modelos de arranjos municipais para a constituição de consórcios de aterro
sanitário ............................................................................................................................. 302
Quadro 95 – Propostas de aterros consorciados ............................................................... 304
Quadro 96 - Tipo de transporte fluvial utilizado para gerenciamento de resíduos em
municípios do Amazonas ................................................................................................... 306
Quadro 97 - Resumo dos Cenários do PRSCS-RMM ........................................................ 315
Quadro 98 - Hierarquização e codificação dos níveis das proposições .............................. 320
Quadro 99 - Metodologia de construção da Matriz 1 das proposições: Diretrizes,
Estratégias, Programas, Projetos e Ações. ........................................................................ 320
Quadro 100 - Determinação da abrangência temporal dos prazos .................................... 321
Quadro 101 – Matriz das metas e indicadores – Temática 1.............................................. 386
Quadro 102 - Matriz das metas e indicadores – Temática 2 .............................................. 387
Quadro 103 - Matriz das metas e indicadores – Temática 3 .............................................. 388
Quadro 104 - Procedimentos para ações de emergência e contingência........................... 395
Quadro 105 - Quadro resumo do levantamento de catadores............................................ 460
Quadro 106 - Levantamento de catadores no estado do Amazonas .................................. 461
Quadro 107 - Associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis identificadas na RMM ..................................................................................... 464
Quadro 108 - Famílias e pessoas cadastradas dos municípios da RMM no Cadastro
Único do MDS.................................................................................................................... 467
Quadro 109 - Sistema de indicadores de desempenho de sustentabilidade de sistemas
de gestão de resíduos sólidos ........................................................................................... 498
Quadro 110 - Índice de classificação da Avaliação ............................................................ 500
Quadro 111 - Intervalos e enquadramentos do IQR ........................................................... 512
Quadro 112 - Conjunto de informações por nível de responsabilidade .............................. 520
Quadro 113 - Indicadores de Monitoramento ..................................................................... 522
Quadro 114 - Modalidades de coleta seletiva .................................................................... 533
Quadro 115 - Propostas de Consórcios da PRSCS-RMM e suas justificativas .................. 537
Quadro 116 - Alternativas de veículos para coleta seletiva ................................................ 539
Quadro 117 - Relação entre População aproximada x Instalações de Apoio do PRSCS-
RMM .................................................................................................................................. 543
Quadro 118 - Valores das instalações de suporte do sistema de GRS .............................. 546
Quadro 119 - Atualização dos valores das instalações de PEVs e ATT ............................. 547

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Quadro 120 - Coeficientes K para cálculo do custo de manutenção .................................. 548
Quadro 121 - valores dos equipamentos com manutenção ............................................... 548
Quadro 122 - Equipamentos secundários para serviços de coleta seletiva ........................ 548
Quadro 123 - Custos de mão-de-obra para serviços de coleta seletiva e coeficiente de
mão-de-obra para o galpão................................................................................................ 549
Quadro 124 - Custos de equipamentos de proteção individual .......................................... 550
Quadro 125 - Dados de referência do PSAU ..................................................................... 551
Quadro 126 - Estimativa dos benefícios econômicos associados à redução do consumo
de insumos ........................................................................................................................ 551
Quadro 127 - Estimativa dos benefícios ambientais associados à redução do consumo
de energia.......................................................................................................................... 552
Quadro 128 - Valores de referência para cálculo das Emissões de CO2 a partir da
produção de insumos......................................................................................................... 552
Quadro 129 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Manaus.................. 553
Quadro 130 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 554
Quadro 131 - Quantidade de equipamentos necessários para implantação do plano ........ 555
Quadro 132 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manaus........ 556
Quadro 133 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Manaus .............................................................................................................................. 557
Quadro 134 -Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manaus
– Cenário 1 ........................................................................................................................ 557
Quadro 135 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Manaus .............................................................................................................................. 558
Quadro 136 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manaus ................................ 559
Quadro 137 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Manaus ........................................................................................................... 559
Quadro 138 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Manaus .............................................................................................. 559
Quadro 139 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Manaus ........................................................................................................... 560
Quadro 140 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Manaus .............................................................................................. 560
Quadro 141 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manaus........ 561
Quadro 142 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Manaus .............................................................................................................................. 561
Quadro 143 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Manaus .............................................................................................................................. 562
Quadro 144 - Reserva de Frota de Equipamentos para execução da coleta seletiva de
Manaus .............................................................................................................................. 562

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Quadro 145 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manaus ................................ 563
Quadro 146 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Manaus ........................................................................................................... 564
Quadro 147 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Manaus .............................................................................................. 564
Quadro 148 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Manaus ........................................................................................................... 564
Quadro 149 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Manaus .............................................................................................. 565
Quadro 150 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manaus........ 566
Quadro 151 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Manaus .............................................................................................................................. 566
Quadro 152 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Manaus .............................................................................................................................. 567
Quadro 153 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Manaus .............................................................................................................................. 567
Quadro 154 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manaus ................................ 568
Quadro 155 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Manaus ........................................................................................................... 568
Quadro 156 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Manaus .............................................................................................. 569
Quadro 157 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Manaus ........................................................................................................... 569
Quadro 158 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Manaus .............................................................................................. 569
Quadro 159 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Manaus .......... 570
Quadro 160 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado ........................................................................................ 571
Quadro 161 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado ............................................................................................................... 572
Quadro 162 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado ............................................................................................................... 572
Quadro 163 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2)................................................................................ 573
Quadro 164 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Autazes (Geral
Municípios) ........................................................................................................................ 575
Quadro 165 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 576
Quadro 166 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Autazes ....... 577

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Quadro 167 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Autazes.............................................................................................................................. 578
Quadro 168 - Coeficientes K para cálculo do custo de manutenção .................................. 579
Quadro 169 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Autazes.............................................................................................................................. 579
Quadro 170 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Autazes.............................................................................................................................. 579
Quadro 171 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Autazes ................................ 580
Quadro 172 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Autazes ........................................................................................................... 581
Quadro 173 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Autazes.............................................................................................. 581
Quadro 174 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Autazes ........................................................................................................... 581
Quadro 175 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Autazes.............................................................................................. 582
Quadro 176 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Autazes .......... 583
Quadro 177 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado ........................................................................................ 584
Quadro 178 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado ............................................................................................................... 584
Quadro 179 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado ............................................................................................................... 585
Quadro 180 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2)................................................................................ 586
Quadro 181 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Careiro (Geral
Municípios) ........................................................................................................................ 587
Quadro 182 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 588
Quadro 183 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Careiro......... 589
Quadro 184 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Careiro ............................................................................................................................... 590
Quadro 185 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Careiro 590
Quadro 186 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Careiro ............................................................................................................................... 591
Quadro 187 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Careiro ................................. 592
Quadro 188 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Careiro ............................................................................................................ 592
Quadro 189 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Careiro ............................................................................................... 592

xi
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Quadro 190 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Careiro ............................................................................................................ 593
Quadro 191 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Careiro ............................................................................................... 593
Quadro 192 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de careiro ............ 594
Quadro 193 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Careiro ................................................................... 595
Quadro 194 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Careiro........................................................................................... 595
Quadro 195 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Careiro........................................................................................... 596
Quadro 196 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2)................................................................................ 597
Quadro 197 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Careiro da Várzea
(Geral Municípios) ............................................................................................................. 598
Quadro 198 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 599
Quadro 199 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Careiro da
Várzea ............................................................................................................................... 600
Quadro 200 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Careiro da Várzea .............................................................................................................. 601
Quadro 201 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Careiro
da Várzea .......................................................................................................................... 601
Quadro 202 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Careiro da Várzea .............................................................................................................. 602
Quadro 203 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Careiro da Várzea ................ 603
Quadro 204 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Careiro da Várzea ........................................................................................... 603
Quadro 205 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Careiro da
Várzea ............................................................................................................................... 604
Quadro 206 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Careiro da Várzea .................................................. 605
Quadro 207 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Careiro da Várzea.......................................................................... 605
Quadro 208 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Careiro da Várzea.......................................................................... 606
Quadro 209 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Careiro da Várzea ............................................ 607
Quadro 210 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Iranduba ................ 608
Quadro 211 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 609

xii
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Quadro 212 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Iranduba ...... 611
Quadro 213 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Iranduba ............................................................................................................................ 611
Quadro 214 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Iranduba ............................................................................................................................ 612
Quadro 215 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Iranduba ............................................................................................................................ 612
Quadro 216 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Iranduba ............................... 613
Quadro 217 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Iranduba .......................................................................................................... 613
Quadro 218 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Iranduba ............................................................................................ 614
Quadro 219 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Iranduba .......................................................................................................... 614
Quadro 220 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Iranduba ............................................................................................ 614
Quadro 221 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Iranduba ......... 615
Quadro 222 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Iranduba ................................................................. 616
Quadro 223 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Iranduba ........................................................................................ 617
Quadro 224 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Iranduba ........................................................................................ 617
Quadro 225 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Iranduba ........................................................... 618
Quadro 226 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Itacoatiara .............. 619
Quadro 227 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 620
Quadro 228 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Itacoatiara.... 622
Quadro 229 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Itacoatiara .......................................................................................................................... 622
Quadro 230 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Itacoatiara .......................................................................................................................... 623
Quadro 231 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Itacoatiara .......................................................................................................................... 623
Quadro 232 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Itacoatiara ............................ 624
Quadro 233 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Itacoatiara ....................................................................................................... 625
Quadro 234 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Itacoatiara .......................................................................................... 625

xiii
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Quadro 235 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Itacoatiara ....................................................................................................... 625
Quadro 236 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Itacoatiara .......................................................................................... 625
Quadro 237 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Itacoatiara ...... 626
Quadro 238 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Itacoatiara .............................................................. 627
Quadro 239 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Itacoatiara ...................................................................................... 628
Quadro 240 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Itacoatiara ...................................................................................... 628
Quadro 241 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Itacoatiara ........................................................ 629
Quadro 242 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Itapiranga (Geral
Municípios) ........................................................................................................................ 630
Quadro 243 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 631
Quadro 244 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Itapiranga .... 633
Quadro 245 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Itapiranga........................................................................................................................... 633
Quadro 246 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Itapiranga........................................................................................................................... 634
Quadro 247 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Itapiranga........................................................................................................................... 634
Quadro 248 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Itapiranga ............................. 635
Quadro 249 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Itapiranga ........................................................................................................ 635
Quadro 250 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Itapiranga........................................................................................... 636
Quadro 251 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Itapiranga ........................................................................................................ 636
Quadro 252 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Itapiranga........................................................................................... 636
Quadro 253 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Itapiranga ....... 637
Quadro 254 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Itapiranga ............................................................... 638
Quadro 255 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Itapiranga ...................................................................................... 639
Quadro 256 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Itapiranga ...................................................................................... 639

xiv
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Quadro 257 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Itapiranga ......................................................... 640
Quadro 258 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Manacapuru........... 641
Quadro 259 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 642
Quadro 260 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manacapuru 644
Quadro 261 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Manacapuru ....................................................................................................................... 644
Quadro 262 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Manacapuru ....................................................................................................................... 645
Quadro 263 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Manacapuru ....................................................................................................................... 645
Quadro 264 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manacapuru ......................... 646
Quadro 265 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Manacapuru .................................................................................................... 646
Quadro 266 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Manacapuru ....................................................................................... 647
Quadro 267 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Manacapuru .................................................................................................... 647
Quadro 268 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Manacapuru ....................................................................................... 647
Quadro 269 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Manacapuru ... 648
Quadro 270 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Manacapuru ........................................................... 649
Quadro 271 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Manacapuru................................................................................... 650
Quadro 272 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Manacapuru................................................................................... 650
Quadro 273 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Manacapuru ..................................................... 651
Quadro 274 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Manaquiri (Geral
Municípios) ........................................................................................................................ 653
Quadro 275 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 653
Quadro 276 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manaquiri..... 655
Quadro 277 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Manaquiri ........................................................................................................................... 655
Quadro 278 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Manaquiri ........................................................................................................................... 656
Quadro 279 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Manaquiri ........................................................................................................................... 656

xv
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Quadro 280 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manaquiri ............................. 657
Quadro 281 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Manaquiri ........................................................................................................ 658
Quadro 282 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Manaquiri ........................................................................................... 658
Quadro 283 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Manaquiri ........................................................................................................ 658
Quadro 284 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Manaquiri ........................................................................................... 659
Quadro 285 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Manaquiri ....... 660
Quadro 286 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Manaquiri ............................................................... 661
Quadro 287 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Manaquiri ....................................................................................... 661
Quadro 288 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Manaquiri ....................................................................................... 662
Quadro 289 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Manaquiri ......................................................... 662
Quadro 290 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Novo Airão ............. 664
Quadro 291 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 665
Quadro 292 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Novo Airão ... 666
Quadro 293 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Novo Airão ......................................................................................................................... 666
Quadro 294 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Novo
Airão .................................................................................................................................. 667
Quadro 295 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Novo Airão ......................................................................................................................... 667
Quadro 296 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Novo Airão ........................... 668
Quadro 297 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Novo Airão ...................................................................................................... 669
Quadro 298 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Novo Airão ......................................................................................... 669
Quadro 299 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Novo Airão ...................................................................................................... 669
Quadro 300 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Novo Airão ......................................................................................... 670
Quadro 301 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Novo Airão ..... 670
Quadro 302 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Novo Airão ............................................................. 671

xvi
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Quadro 303 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Novo Airão ..................................................................................... 672
Quadro 304 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Novo Airão ..................................................................................... 672
Quadro 305: Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Novo Airão ....................................................... 673
Quadro 306 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Presidente
Figueiredo.......................................................................................................................... 675
Quadro 307 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 676
Quadro 308 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Presidente
Figueiredo.......................................................................................................................... 677
Quadro 309 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Presidente Figueiredo ........................................................................................................ 678
Quadro 310 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Presidente Figueiredo ........................................................................................................ 678
Quadro 311 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Presidente Figueiredo ........................................................................................................ 679
Quadro 312 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Presidente Figueiredo .......... 680
Quadro 313 - Custos da coleta seletiva considerando Triciclos adaptados como meio de
coleta para Presidente Figueiredo ..................................................................................... 680
Quadro 314 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Presidente Figueiredo ........................................................................ 680
Quadro 315 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Presidente Figueiredo ..................................................................................... 681
Quadro 316 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Presidente Figueiredo ........................................................................ 681
Quadro 317 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Presidente
Figueiredo.......................................................................................................................... 682
Quadro 318 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Presidente Figueiredo ............................................ 683
Quadro 319 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Presidente Figueiredo .................................................................... 683
Quadro 320 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima Original e o
produto reciclado para Presidente Figueiredo .................................................................... 684
Quadro 321 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Presidente Figueiredo ...................................... 685
Quadro 322 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Rio Preto da Eva ... 686
Quadro 323 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 687
Quadro 324 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Rio Preto da
Eva .................................................................................................................................... 688
xvii
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Quadro 325 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Rio Preto da Eva................................................................................................................ 689
Quadro 326 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Rio
Preto da Eva ...................................................................................................................... 689
Quadro 327 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Rio Preto da Eva................................................................................................................ 690
Quadro 328 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Rio Preto da Eva .................. 691
Quadro 329 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Rio Preto da Eva ............................................................................................. 691
Quadro 330 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Rio Preto da Eva ................................................................................ 691
Quadro 331 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Rio Preto da Eva ............................................................................................. 692
Quadro 332 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Rio Preto da Eva ................................................................................ 692
Quadro 333 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Rio Preto da
Eva .................................................................................................................................... 693
Quadro 334 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Rio Preto da Eva .................................................... 694
Quadro 335 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Rio Preto da Eva............................................................................ 694
Quadro 336 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Rio Preto da Eva............................................................................ 695
Quadro 337 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Rio Preto da Eva .............................................. 696
Quadro 338 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Silves ..................... 697
Quadro 339 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do
Plano ................................................................................................................................. 698
Quadro 340 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Silves ........... 699
Quadro 341 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de
Silves ................................................................................................................................. 700
Quadro 342 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Silves .. 700
Quadro 343 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de
Silves ................................................................................................................................. 701
Quadro 344 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para
operação no horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Silves ................................... 702
Quadro 345 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de
coleta para Silves .............................................................................................................. 702
Quadro 346 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como
meio de coleta para Silves ................................................................................................. 702

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Quadro 347 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de
coleta para Silves .............................................................................................................. 703
Quadro 348 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como
meio de coleta para Silves ................................................................................................. 703
Quadro 349 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Silves ............. 704
Quadro 350 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima
original para o produto reciclado para Silves ..................................................................... 705
Quadro 351 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o
produto reciclado para Silves ............................................................................................. 705
Quadro 352 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o
produto reciclado para Silves ............................................................................................. 706
Quadro 353 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da
emissão de dióxido de carbono (CO2) em Silves ............................................................... 707
Quadro 354 - Resumo dos custos referentes ao PRSCS – RMM - Investimentos ............. 709
Quadro 355 - Resumo dos custos referentes ao PRSCS – RMM – Retorno Financeiro .... 710
Quadro 356 - Consolidação da sustentabilidade financeira do PRSCS-RMM .................... 711

xix
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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Organização da Equipe Técnica para cada etapa/tarefa de elaboração do


PRSCS-RMM....................................................................................................................... 68
Figura 2 - Influências Profissionais nos PRSCS-RMM ......................................................... 69
Figura 3 - Rede de assistência do PLAMSAN ...................................................................... 72
Figura 4 - Rede de assistência para elaboração do PRSCS-RMM ...................................... 73
Figura 5 - Mapa de localização do município de Iranduba ................................................... 79
Figura 6 - Mapa de localização da Região Metropolitana de Manaus .................................. 80
Figura 7 - Etapas envolvidas na análise da composição gravimétrica .................................. 88
Figura 8 - Fluxo dos procedimentos para realização do estudo gravimétrico ..................... 123
Figura 9 - Distribuição espacial proporcional da coleta total do Amazonas ........................ 139
Figura 10 - Distribuição espacial proporcional da coleta domiciliar e urbana ..................... 140
Figura 11 - Localização do futuro Polo Naval de Manaus na região do Puraquequara ...... 155
Figura 12 - Rede de portos, aeroportos e a malha rodoviária do Estado............................ 159
Figura 13 - Incinerador da empresa Norte Ambiental em Iranduba .................................... 162
Figura 14 - Distribuição das ocorrências minerais na RMM ............................................... 165
Figura 15 - Projeto piloto 2015 - Presidente Figueiredo-AM ............................................... 168
Figura 16 - Evolução das destinações de embalagens de agrotóxico ................................ 170
Figura 17 - Balsa descarregando tambores de resíduos oleosos provenientes das
Usinas Termelétricas do interior do estado do Amazonas ................................................. 172
Figura 18 - Caminhão a vácuo de coleta de resíduos de óleo lubrificante
usado/contaminado ........................................................................................................... 173
Figura 19 - Área de incineração dos Resíduos Sólidos Perigosos na sede da Eternal....... 173
Figura 20 - Estação de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI) na sede da Eternal .... 174
Figura 21 – Estrada de acesso à área do lixão do município de Autazes........................... 177
Figura 22 – Lixão de Autazes e a ausência de drenagem das águas pluviais .................... 177
Figura 23 – Despejo dos resíduos sólidos urbanos coletados no município de Autazes .... 177
Figura 24 – Área do lixão do município Careiro ................................................................. 179
Figura 25 – Registro da queima dos resíduos no lixão do município de Careiro e
resíduos depositados de forma desordenada .................................................................... 179
Figura 26 – Área do lixão do município de Iranduba .......................................................... 181
Figura 27 – Área do lixão do município de Iranduba .......................................................... 181
Figura 28 – Acúmulo de águas pluviais por ausência de sistema de drenagem................. 181
Figura 29 – Área do lixão do município de Itacoatiara........................................................ 183
Figura 30 – Área do lixão do município de Itacoatiara........................................................ 183
Figura 31 – Área do lixão do município de Itacoatiara e a presença de catadores no local 183

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Figura 32 – Entrada do lixão do município de Itapiranga ................................................... 185
Figura 33 – Área do lixão do município de Itapiranga ........................................................ 185
Figura 34 – Presença de catadores de materiais recicláveis na área do lixão ................... 185
Figura 35 – Estrada de acesso à área do lixão do município de Manacapuru .................... 187
Figura 36 – Área do lixão do município de Manacapuru .................................................... 187
Figura 37 – Presença de catadores de materiais recicláveis e o acondicionamento de
materiais recicláveis no lixão do município de Manacapuru ............................................... 187
Figura 38 – Registro da queima dos resíduos provenientes de poda e capina na área do
lixão ................................................................................................................................... 187
Figura 39 – Estrada de acesso à área do lixão do município de Manaquiri ........................ 189
Figura 40 – Área do lixão do município de Manaquiri......................................................... 189
Figura 41 – Registro da queima dos resíduos no lixão do município de Manaquiri ............ 189
Figura 42 – Mapa de localização do aterro de Manaus ...................................................... 190
Figura 43 – Aterro de Manaus no ano de 2005 .................................................................. 191
Figura 44 – Balança do aterro de Manaus ......................................................................... 192
Figura 45 – Vista aérea da manta impermeabilizante do aterro de Manaus ....................... 193
Figura 46 – Lagoas de tratamento de efluentes do aterro de Manaus ............................... 193
Figura 47 – Unidade de captação e queima de gases do aterro de Manaus ...................... 194
Figura 48 – Triturador de galhos utilizado no aterro de Manaus ........................................ 195
Figura 49 – Serviço de compostagem no aterro de Manaus .............................................. 195
Figura 50 – Acesso à área do lixão do município de Novo Airão ....................................... 200
Figura 51 – Área do lixão do município de Novo Airão....................................................... 200
Figura 52 – Materiais recicláveis segregados na área do lixão por catadores de
materiais reicláveis ............................................................................................................ 200
Figura 53 – Estrada de acesso e a área do lixão do município de Presidente Figueiredo .. 202
Figura 54 – Área do lixão do município de Presidente Figueiredo...................................... 202
Figura 55 – Área do lixão de Silves.................................................................................... 204
Figura 56 – Resíduos depositados próximo ao talude da área do lixão ............................. 204
Figura 57 – Vestígios de resíduos lixiviados no talude e registro de resíduos no Igarapé
do Curuçá .......................................................................................................................... 204
Figura 58 - Mesorregiões do Amazonas ............................................................................ 290
Figura 59 - Previsão de investimentos privados no Amazonas (2014/2020) ...................... 291
Figura 60 - Esquema da estrutura da Coalizão .................................................................. 308
Figura 61 - Fluxo de remuneração ..................................................................................... 493
Figura 62 - Temáticas e ferramenta adotadas no SMS ...................................................... 496
Figura 63 - Principais elementos da gestão sustentável de RSU a serem avaliados pelo
SMS................................................................................................................................... 497

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Figura 64 - Evolução do IQR nas áreas de disposição final dos municípios de São Paulo
no período de 2011 à 2013 ................................................................................................ 513
Figura 65 - Formulário de levantamento do IQR ................................................................ 514
Figura 66 - Fluxograma de dados do Sistema de Informações .......................................... 519
Figura 67 - Eixos do Desenvolvimento Sustentável ........................................................... 531
Figura 68 - Layout de galpão de triagem e estocagem ...................................................... 541
Figura 69 - Esquema de Ponto de Entrega Voluntária (PEV) ............................................. 544
Figura 70 - Esquema de Ponto de Entrega Voluntária Central Simplificado (PEV
Simplificado) ...................................................................................................................... 544
Figura 71 - Esquema de Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central) .................... 545
Figura 72 - Esquema de Área de Triagem e Transbordo (ATT) ......................................... 546

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Porcentual de satisfação na área de atuação dos serviços de coleta dos


municípios da RMM ........................................................................................................... 271
Gráfico 2 - Porcentual de satisfação da frequência dos serviços de coleta da RMM .......... 272
Gráfico 3 - Porcentual de satisfação quanto ao intervalo entre as coletas dos municípios
da RMM ............................................................................................................................. 273
Gráfico 4 - Porcentual de satisfação quanto ao horário de realização da coleta dos
municípios da RMM ........................................................................................................... 274
Gráfico 5 - Porcentual de satisfação quanto aos serviços de varrição nos municípios da
RMM .................................................................................................................................. 275
Gráfico 6 - Percentual de satisfação quanto aos serviços de capina nos municípios da
RMM .................................................................................................................................. 276
Gráfico 7 - Porcentual de satisfação quanto aos serviços de compostagem nos
municípios da RMM ........................................................................................................... 277
Gráfico 8 - Porcentual de satisfação quanto aos serviços de reciclagem nos municípios
da RMM ............................................................................................................................. 278
Gráfico 9 - Porcentual de satisfação quanto a localização do aterro nos municípios da
RMM .................................................................................................................................. 279
Gráfico 10 - Porcentual de satisfação quanto ao acesso dos aterros nos municípios da
RMM .................................................................................................................................. 280
Gráfico 11 - Porcentual de satisfação quanto aos serviços de gerenciamento de
resíduos nos municípios da RMM ..................................................................................... 281

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Cálculo da Taxa de recuperação de Materiais Recicláveis - 2014 .................... 143


Tabela 2 - Projeção da coleta de resíduos na RMM no período de 2016 a 2036 ............... 288
Tabela 3 - Evolução dos custos de recuperação dos passivos ambientais dos lixões........ 296
Tabela 4 - Dados operacionais da Central de Triagem do Irajá (RJ) .................................. 298
Tabela 5 - Dados operacionais da Central de Triagem do Irajá (RJ), janeiro de 2015........ 298
Tabela 6 - Preços estimados para aterros sanitários ......................................................... 300

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LISTA DE SIGLAS

AAM Associação Amazonense dos Municípios


ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
ABRELP
Especiais
AC Acre
ADAF Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas
ADS Agência de Desenvolvimento Sustentável
ALEAM Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas
ANAC Agência Nacional de Aviação Civil
ANAMA Associação Nacional das Organizações Municipais de Meio Ambiente
ANP Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
APA Área de Proteção Ambiental
ARAM Associação dos Revendedores de Agrotóxico do Amazonas
Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do
ARSAM
Amazonas
ASA Área de Segurança Aeroportuária
ASPP Aterro Sanitário de Pequeno Porte
ASR Aterro Sanitário Regional
ATT Área de Transbordo e Triagem
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento
BVRIO Bolsa Verde Rio de Janeiro
CADUNICO Cadastro Único
CBO Código Brasileiro de Ocupações
CECLIMA Centro Estadual de Mudanças Climáticas
CEGRS Comitê Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos
CEMAAM Conselho Estadual do Meio Ambiente
CENIPA Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
CETAM Centro de Educação Tecnológica do Amazonas
CEUC Centro Estadual de Unidades de Conservação
CFES Centros de Formação e Apoio a Assessoria Técnica em Economia Solidária
CNEN Comissão nacional de Energia Nuclear
COMLURB Companhia Municipal de Limpeza Urbana
CONAB Companhia Nacional de Abastecimento
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
Cooperativa de Assessoria e Serviços Técnicos Educacionais e Projetos
COOASTEPS
Sociais da Amazônia
COSAMA Companhia de Saneamento do Amazonas
CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

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DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
ETA Estação de Tratamento de Afluentes
ETEI Estação de Tratamento de Esgoto Industrial
FAS Fundação Amazonas Sustentável
FAPEAM Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
FGV Fundação Getúlio Vargas
FIEAM Federação das Indústrias do Estado do Amazonas
Fórum Permanente das Secretarias Municipais de Meio Ambiente do
FOPES
Amazonas
FUNAI Fundação Nacional do Índio
FUNASA Fundação Nacional da Saúde
GRSU Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos
GTA Grupo Técnico de Assessoramento
GTT Grupo de Trabalho Temático
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMBIO Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IFAM Instituto Federam de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
IPAAM Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
JICA Japan International Cooperation Agency
LACEN Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas
LAS Licenciamento Ambiental Simplificado
LEV Local de Entrega Voluntária
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
MF Ministério da Fazenda
MMA Ministério do Meio Ambiente
MNCR Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis
MPT Ministério Público do Trabalho
MRS Materiais Recicláveis Secos
MS Ministério da Saúde
MT Ministério dos Transportes
NBR Norma Brasileira
ONG Organização não sustentável
ONU Organização das Nações Unidas
PA Pará

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PEAD Polietileno de Alta Densidade
PEBD Polietileno de Baixa Densidade
PET Politereftalato de Etileno
PEV Ponto de Entrega Voluntária
PGE Procuradoria Geral do Estado
PGIRSU Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos
PGRCC Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil
PGRS Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
PGRSI Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais
PIB Produto Interno Bruto
PIM Polo Industrial de Manaus
Programa de Apoio à Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento e
PLAMSAN Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios do Estado do
Amazonas
PMGIRS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos
PNSB Política Nacional de Saneamento Básico
PP Polipropileno
PROAMA Programa Águas para Manaus
PROSAMIM Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus
Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região Metropolitana de
PRSCS-RMM
Manaus
PSAU Pagamento por Serviço Ambiental Urbano
RCC Resíduos da Construção Civil
RDS Reserva de Desenvolvimento Sustentável
RINP Resíduo Industrial Perigoso
RMM Região Metropolitana de Manaus
RO Rondônia
RR Roraima
RSB Resíduos de Saneamento Básico
RSD Resíduos Sólidos Domiciliares
RSI Resíduos Sólidos Industriais
RSM Resíduos de Mineração
RSS Resíduos de Serviços de Saúde
RST/F Resíduos de Transporte / Fronteira
RSU Resíduos Sólidos Urbanos
SADT-
Unidade De Apoio Diagnose E Terapia
ISOLADO
SDS Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
SEACA Secretaria Executivo Adjunto de Compensações e Serviços Ambientais
Secretaria de Estado de Articulação de Políticas Públicas aos Movimentos
SEARP
Sociais e Populares
SEAS Secretaria Estadual de Assistência Social

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SEIND Secretaria de Estado para os Povos Indígenas
SEINFRA Secretaria de Estado de Infraestrutura
SEIRES Sistema Estadual de Informações sobre Resíduos Sólidos
SEMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas
SEMGRH Secretaria de Estado da Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos
SEMSA Secretaria Municipal de Saúde
SEMULSP Secretaria Municipal de Limpeza Urbana e Serviços Públicos
SENAES Secretaria Nacional de Economia Solidária
SEPROR Secretaria de Estado de Produção Rural
SESC Serviço Social do Comércio
SETRAB Secretaria de Estado do Trabalho
SIG Sistema de Informação Geográfica
SINAP Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
SINCONV Sistema de Convênios
SINIR Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos
SNIS Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento
Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região Metropolitana de
SRMM
Manaus
SUFRAMA Superintendência da Zona Franca de Manaus
SUHAB Superintendência Estadual de Habitação
SUSAM Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas
TAC Termo de Ajuste de Conduta
TCE Tribunal de Contas do Estado
TCU Tribunal de Contas da União
TI Terra Indígena
UC Unidade de Conservação
UEA Universidade Estadual do Amazonas
UFAM Universidade Federal do Amazonas
VEMAQA Vara Especializada do Meio Ambiente e de Questões Agrárias

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RESUMO
O Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de
Manaus (PRSCS-RMM) apresenta um quadro abrangente da situação atual do
gerenciamento e manejo dos resíduos sólidos nesta Região Metropolitana, bem
como informações relevantes para um programa de coleta seletiva universalizada,
perspectivas de desenvolvimento futuro, e as metas a serem alcançadas e os
recursos necessários para o pleno atingimento das metas em cada etapa do período
de implementação do Plano.
O diagnóstico mostrou a existência de grandes avanços na construção de um
sistema de gestão de resíduos sólidos, como nos seguintes casos:
 A construção do PLAMSAN, permitindo que o Amazonas seja o estado
brasileiro com a maior taxa de atendimento da determinação de elaboração
dos Planos Municipais de Saneamento Básico e de Resíduos Sólidos, o que
se reflete também nos municípios da RMM;
 A colocação do tema “resíduos sólidos” na pauta da agenda estadual de
investimentos e com um ambiente institucional muito favorável para a
implementação dos ajustes necessários;
 A clara percepção da sociedade e dos gestores sobre as deficiências
existentes e sobre a necessidade de correções no ordenamento do manejo
dos resíduos sólidos.
Dentre as muitas carências detectadas pelo diagnóstico, tem-se as seguintes
situações a serem enfrentadas:
 Persistência do descarte em lixeiras e vazadouros, com exceção do município
de Manaus, que dispõe de um aterro licenciado;
 Baixa taxa de cobertura dos serviços;
 Baixas taxas de reuso e reciclagem, com ausência ou baixa taxa de cobertura
de serviços de coleta seletiva;
 Pouco apoio aos grupos organizados de catadores de materiais recicláveis;
 Pequeno número de profissionais capacitados e integrados aos sistemas
municipais de limpeza urbana e manejo de resíduos;
 Déficits crônicos no custeio das operações;
 Falta de consolidação sistemática das informações sobre a atividade;
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 Falta de consolidação do marco legal e regulatório.
A partir do diagnóstico e das expectativas de desenvolvimento futuro, o PRSCS-
RMM desenvolveu prognósticos da evolução da situação dos resíduos na RMM. As
proposições e os respectivos custos associados aos prognósticos foram utilizados
na definição das necessidades futuras do sistema e das metas a serem alcançadas
durante a implementação do PRSCS-RMM.
Em um momento seguinte, o PRSCS-RMM deverá ser inserido nas discussões
sobre os Planos Plurianuais e os respectivos orçamentos anuais que viabilizarão a
efetiva implementação do Plano, promovendo a inserção da sociedade e das forças
políticas e administrativas no processo de efetivação do Plano na realidade
amazonense.
No caso esperado de insuficiência de recursos orçamentários, o PRSCS-RMM
servirá de base para a implantação de taxas e tarifas, no sentido da sustentabilidade
econômica e financeira das operações propostas pela Lei Federal n.o 11.445, de 05
de Janeiro de 2007 – Política Nacional de Saneamento Básico, bem como para a
captação de recursos de empréstimos ou de recursos não reembolsáveis junto a
organismos nacionais e internacionais de fomento, para o suprimento dos fundos
necessários.
Os quantitativos levantados e propostos pelo PRSCS-RMM definem as
necessidades de capacitação e formação de recursos humanos locais para o efetivo
enfrentamento da questão nos municípios da RMM, criando uma rede de
oportunidades para contingentes de profissionais lotados no interior da RMM e
criando uma cadeia virtuosa de formação, capacitação, emprego, renda, bem estar e
prosperidade ligadas à atividades que promovem a recuperação e a proteção
ambiental, os cuidados com a saúde, a geração de riquezas e a qualidade de vida
da população.
Para que os objetivos sejam plenamente alcançados, é necessário que a elaboração
do Plano Operacional do PRSCS-RMM seja feita em um processo participativo que
integre todas as forças da sociedade. Essa ação deverá resultar no Projeto de
Implementação do PRSCS-RMM, ferramenta de condução do processo de
ordenamento da gestão dos resíduos sólidos na Região Metropolitana de Manaus
pelos próximos 20 anos.

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 35
1.1. Breve caracterização do Estado do Amazonas e da Regiâo Metropolitana de
Manaus ............................................................................................................................ 40

2. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 46


2.1. Conceitos Aplicados ............................................................................................. 46
2.2. Processo de Elaboração ...................................................................................... 47
2.2.1. Plano operacional para elaboração do PRSCS-RMM .......................................... 47
2.2.2. Planos de comunicação social e mobilização social ............................................ 52
2.2.3. Diagnóstico de Resíduos Sólidos do PRSCS-RMM ............................................. 53
2.2.4. Análise e Caracterização das Causas e Efeitos dos Problemas Detectados na
Gestão de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva na RMM. ..................................... 54
2.2.5. Prognóstico e cenários para a gestão de resíduos sólidos e coleta seletiva na
RMM .................................................................................................................... 54
2.2.6. Medidas do plano para os distintos tipos de resíduos e de coleta seletiva ........... 56
2.2.7. Metas e Condicionantes....................................................................................... 57
2.2.8. Programas, Projetos e Ações Estruturantes do PRSCS-RMM ............................. 57
2.2.9. Ações de Emergência e Contingências do PRSCS-RMM .................................... 59
2.2.10. Ações de Educação e Capacitação Ambiental para a Gestão de Resíduos
Sólidos e Coleta Seletiva do PRSCS-RMM.......................................................... 60
2.2.11. Medidas para Reutilização e Reciclagem de Resíduos Sólidos do PRSCS-
RMM .................................................................................................................... 61
2.2.12. Incentivo e Apoio a Formação e Capacitação de Associação de Catadores de
Resíduos Sólidos do PRSCS-RMM ..................................................................... 62
2.2.13. Mecanismos e Procedimentos para Avaliação Sistemática da Eficiência do
PRSCS-RMM. ...................................................................................................... 63
2.2.14. Sistema de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos e de Coleta
Seletiva da RMM.................................................................................................. 64
2.2.15. Sustentabilidade Financeira do Plano de Resíduos Sólidos ................................. 64
2.2.16. Publicação e oficialização do Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva ........ 65
2.2.17. Versão final do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva aprovado na
Consulta Pública .................................................................................................. 65
2.2.18. Minuta de Lei Oficializando o Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva
– Lei Estadual Sancionada .................................................................................. 66
2.2.19. Planejamento das oficinas participativas populares ............................................. 66
2.2.20. Plano de Pesquisa e Desenvolvimento do PRSCS-RMM .................................... 67
2.2.21. Proposta de estudo de caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos
domiciliares .......................................................................................................... 82
2.2.22. Programas de Coleta Seletiva.............................................................................. 91
2.2.23. Prognóstico .......................................................................................................... 95
2.3. Metodologia Participativa ..................................................................................... 97
2.3.1. Plano de comunicação social do PRSCS-RMM ................................................... 99
2.3.2. Escopo do Planejamento ..................................................................................... 99

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3. DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE
MANAUS ........................................................................................................................... 109
3.1. Material e Métodos ............................................................................................. 109
3.1.1. Tipo de Pesquisa ............................................................................................... 109
3.1.2. Dados secundários ............................................................................................ 109
3.1.3. Dados primários ................................................................................................. 111
3.1.4. Sistematização das informações encontradas em campo .................................. 116
3.1.5. Pesquisa de Satisfação do Cliente – Zona Urbana ............................................ 119
3.1.6. Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos - Zona Rural ............................. 120
3.1.7. Estudo gravimétrico para RMM .......................................................................... 121
3.1.8. Levantamento de Resíduos de Saúde ............................................................... 127
3.1.9. Levantamento de Resíduos Sólidos Urbanos da Região Metropolitana de
Manaus .............................................................................................................. 129
3.1.10. Levantamento das Atividades Geradoras de Resíduos ...................................... 132
3.1.11. Mapas ................................................................................................................ 134
3.2. Diagnóstico de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região
Metropolitana de Manaus: Resultados e Discussão ....................................................... 135
3.2.1. Coleta e geração de resíduos sólidos na Região Metropolitana de Manaus ...... 136
3.2.2. Áreas degradadas por disposição final de resíduos sólidos na RMM ................. 174
3.2.3. Caracterização das áreas degradadas por resíduos sólidos na RMM ................ 205
3.2.4. Levantamento da presença e atuação de catadores de materiais recicláveis
na região metropolitana de Manaus ................................................................... 208
3.2.5. Detalhamento do Ciclo de Vida dos Materiais Recicláveis e Reutilizáveis
manuseados pelos catadores ............................................................................ 259
3.2.6. Iniciativas de Coleta Seletiva ............................................................................. 265
3.2.7. Pesquisa de satisfação do cliente para a RMM .................................................. 269
3.3. Conclusões do diagnóstico ................................................................................. 282

4. ANÁLISE E CARACTERIZAÇÃO DAS CAUSAS E EFEITOS DOS PROBLEMAS


DETECTADOS NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................. 284

5. CENÁRIOS MACRO-ECONÔMICOS E INSTITUCIONAIS DA REGIÃO


METROPOLITANA DE MANAUS ..................................................................................... 286
5.1. Avaliação dos Cenários ...................................................................................... 295
5.1.1. Cenário 1: Não implementação da PNRS e manutenção do status atual da
gestão de resíduos sólidos ................................................................................ 295
5.1.2. Cenário 2: Implementação de soluções individualizadas em cada município
para a disposição final de resíduos sólidos ........................................................ 299
5.1.3. Cenário 3: Implementação de soluções consorciadas para a disposição final
de resíduos sólidos ............................................................................................ 302
5.1.4. Cenário 4: Implementação dos acordos setoriais e integração produtiva dos
catadores de recicláveis..................................................................................... 307
5.1.5. Cenário 5: Implementação integral das determinações da PNRS na RMM ........ 314
5.2. Resumo dos Cenários ........................................................................................ 314

6. DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES .................... 317

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6.1. Estrutura das Diretrizes, Estratégias, Programas, Projetos e Ações ................... 317
6.2. Matriz das Diretrizes, Estratégias, Programas, Projetos e Ações do PRSCS-
RMM 363

7. METAS E CONDICIONANTES DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DA


COLETA SELETIVA.......................................................................................................... 385
7.1. Estrutura das Metas e Indicadores da Gestão de Resíduos ............................... 385
7.2. Matriz das Metas e Indicadores da Gestão de Resíduos Sólidos na RMM ......... 386
7.3. Condicionantes da Gestão de Resíduos............................................................. 388

8. AÇÕES DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS .................................................... 390


8.1. Escopo para os Programas Municipais de Ações de Emergências e
Contingências para o Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos ......................................... 394

9. PROGRAMAS ESPECÍFICOS ................................................................................... 397


9.1. Programa de Educação e Capacitação Ambiental para a Gestão de Resíduos
Sólidos e realização da Coleta Seletiva do PRSCS-RMM .............................................. 397
9.1.1. Aspectos Legais ................................................................................................ 399
9.1.2. Ações do Plano Educação e Capacitação Ambiental do PRSCS-RMM ............. 409
9.2. Programa para Reutilização e Reciclagem de Resíduos .................................... 418
9.2.1. Conclusão do Programa para Reutilização e Reciclagem de Resíduos ............. 454
9.3. Programa Especial de Formação, Capacitação e Fomento de Associação de
Catadores de Resíduos Sólidos do PRSCS-RMM ......................................................... 454
9.3.1. Síntese do levantamento da presença dos catadores de materiais recicláveis
e reutilizáveis no estado do Amazonas .............................................................. 459
9.3.2. Marco de emancipação dos grupos de catadores de materiais recicláveis ........ 468
9.3.3. Relação dos catadores com programas e projetos do PRSCS-RMM ................. 470
9.3.4. Mecanismos, metodologias e fontes de financiamento ...................................... 475
9.3.5. Pagamento de Serviços Ambientais Urbanos .................................................... 487
9.3.6. Conclusão .......................................................................................................... 493

10. SISTEMA DE MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E DE INFORMAÇÃO ................... 495


10.1. Sistema de Monitoramento, Avaliação e de Indicadores .................................... 496
10.1.1. Sistema de Avaliação de Gestão Sustentável de RSU ...................................... 496
10.1.2. Avaliação da Qualidade da disposição final de RSU .......................................... 512
10.1.3. Avaliação da Gestão de Resíduos Especiais ..................................................... 514
10.2. Sistema de Informação....................................................................................... 515
10.2.1. Mecanismos de Coleta, Inserção e Monitoramento............................................ 517
10.2.2. Informações sobre Resíduos Domiciliares e Urbanos ........................................ 523
10.2.3. Informações sobre Resíduos de Grandes Geradores ........................................ 524
10.2.4. Matriz de Coleta e Inserção de Informações ...................................................... 525
10.2.5. Mecanismos de Geração de Relatórios ............................................................. 525
10.2.6. Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos (Sigor) do Estado de
São Paulo .......................................................................................................... 526
10.2.7. Gerenciamento e Operação do Sistema Estadual de Informação de Resíduos
Sólidos (SEIRES)............................................................................................... 526

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11. SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DO PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E
COLETA SELETIVA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS............................... 528
11.1. Situação Atual dos Resíduos Sólidos na Região Metropolitana .......................... 528
11.1.1. Participação dos grandes geradores de resíduos .............................................. 530
11.1.2. Potencial financeiro da coleta seletiva e sistema de logística reversa ................ 531
11.2. Sustentabilidade Financeira no PRSCS – RMM e Metodologia de Cálculo ........ 535
11.2.1. Cenários da Sustentabilidade Financeira no PRSCS – RMM ............................ 535
11.2.2. Metodologia de cálculo e especificações das instalações usadas na coleta
seletiva da Região Metropolitana de Manaus..................................................... 539
11.3. Custos dos Serviços de Coleta Seletiva por Município da Região
Metropolitana ................................................................................................................. 553
11.3.1. Manaus .............................................................................................................. 553
11.3.2. Autazes .............................................................................................................. 574
11.3.3. Careiro ............................................................................................................... 587
11.3.4. Careiro da Várzea .............................................................................................. 598
11.3.5. Iranduba ............................................................................................................ 608
11.3.6. Itacoatiara .......................................................................................................... 619
11.3.7. Itapiranga ........................................................................................................... 630
11.3.8. Manacapuru ....................................................................................................... 641
11.3.9. Manaquiri ........................................................................................................... 652
11.3.10. Novo Airão .................................................................................................... 663
11.3.11. Presidente Figueiredo ................................................................................... 674
11.3.12. Rio Preto da Eva ........................................................................................... 686
11.3.13. Silves ............................................................................................................ 697
11.4. Considerações sobre Viabilidade Financeira ...................................................... 708

12. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 713

13. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 715

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1. APRESENTAÇÃO

O PRSCS-RMM foi elaborado com recursos do Edital de Chamada Pública da


Secretaria de Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos (SHRU) do Ministério do
Meio Ambiente (MMA), n.o 001/2011, que resultou no Convênio n.o 765037/2011,
celebrado entre o MMA e o Governo do Estado do Amazonas. O Convênio viabilizou
a formalização do Contrato n.o 010/2014 com a Laghi Engenharia Ltda., para a
realização dos trabalhos.

Para que os trabalhos fossem acompanhados e enriquecidos por um amplo espectro


de pessoas e instituições familiarizadas com o tema e com a região, a Portaria SDS
n.o 076/2014 criou o Comitê Consultivo Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos
(CEGRS), órgão colegiado, com representantes titulares e suplentes de órgãos
públicos federais, estaduais e municipais, além de representantes da sociedade civil.

A elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região


Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM) representa mais um passo em uma
jornada que busca o ordenamento do manejo de resíduos e a implementação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Estado. Este processo contempla
as peculiaridades geográficas, demográficas, sociais, culturais e econômicas desta
região, que nem sempre correspondem àquelas encontradas nas demais regiões do
País, e que, portanto, exigem reflexões e abordagens próprias para o
equacionamento dessa questão global.

A Região Metropolitana de Manaus (RMM) foi criada pela Lei Complementar


Estadual n.o 52, de 30 de maio de 2007. Inicialmente, foi formada pela união de sete
municípios: Manaus, Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo
Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva, sendo logo ampliada para oito, com
a inclusão de Manacapuru pela Lei Complementar n.o 59, de 27 de dezembro de
2007. Em 2009, a iniciativa legislativa a ampliou para 13 municípios, incluindo
Manaquiri, Autazes, Careiro Castanho, Silves e Itapiranga, por meio da Lei
Complementar Promulgada n.o 64, de 30 de abril de 2009.

A coleta nos 13 municípios da RMM apresenta escalas e padrões operacionais


muito distintos. A região apresenta núcleos urbanos que variam de 1.143 habitantes
(em Careiro da Várzea), até a capital Manaus com 2.010.062 habitantes urbanos.
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Este quadro resulta em sistemas bem diferenciados quanto aos resultados e
recursos empregados.

A coleta domiciliar per capita média para os municípios da RMM (sem Manaus), é
estimada em 0,90 kg/hab.dia. A massa total estimada para a coleta municipal em 12
municípios da RMM (sem Manaus) é de 259 toneladas por dia, estando incluídos
neste número, os resíduos de geradores urbanos não domiciliares, resíduos de
serviços de saúde, podas, capinas e entulhos. Nos municípios da RMM supracitados
apenas Manaus e Rio Preto da Eva possuem iniciativas de coleta seletiva.

O Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus


- PRSCS-RMM é uma ferramenta importante para a melhoria da prática de manejo
dos variados tipos de resíduos sólidos gerados na região. As bases, conforme a
PNRS, da gestão de resíduos são a não geração, a minimização, reutilização,
reciclagem, tratamento, disposição dos rejeitos ambientalmente adequada e
recuperação de áreas por eles degradadas e, ainda, o aproveitamento energético.

O PRSCS-RMM está inserido em um processo que objetiva proporcionar uma


gradual mudança de atitudes e hábitos junto à sociedade, seguindo a hierarquia de
tratamento estabelecida na PNRS que vai desde a geração até a destinação final
adequada dos resíduos.

Com isso, o PRSCS-RMM não será apenas mais um documento formalizado, pois
corresponde a todo um processo que parte da elaboração, execução,
acompanhamento e, por fim, revisão, que deverá ocorrer a cada quatro anos com
um horizonte final de 20 anos.

Dessa forma, o Plano deve estar em concordância e agregado às demais políticas,


planos e disciplinamentos do estado relacionados à gestão do território, visando:

 A proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;


 A não geração, a redução, reutilização, reciclagem e tratamento de
resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos;
 O estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de
bens e serviços;

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 O incentivo à indústria da reciclagem;
 A gestão integrada de resíduos sólidos;
 A capacitação técnica continuada em gestão de resíduos sólidos;
 A integração de catadores de materiais recicláveis nas ações que
envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos, conforme artigo 7º da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

As atividades previstas no Plano permitem que a região metropolitana programe e


execute serviços, com poder de modificar a situação atual da gestão dos resíduos
sólidos.

A correta gestão dos resíduos sólidos, principal função do Plano, pressupõe a


Educação Ambiental, a coleta seletiva, o incentivo à comercialização de materiais
recicláveis, a compostagem, a inclusão de catadores e a adoção de sistema
ambientalmente adequado para a disposição final de rejeitos.

O processo de industrialização e expansão urbana, acoplados a um modelo de


crescimento econômico que desvincula a produção de produtos com os resíduos
gerados, provoca um aumento significativo na geração de resíduos sólidos. Esta
situação impõe aos órgãos públicos uma gestão eficiente para a destinação
ambientalmente correta, e esse é um caso peculiar da Região Metropolitana de
Manaus que abriga o Pólo Industrial de Manaus (PIM).

A Lei Federal n.o 12.305, de 02 de agosto de 2010 – Política Nacional de Resíduos


Sólidos, regulamentada pelo Decreto Federal n.o 7.404, de 23 de dezembro de
2010, dispõe sobre gerenciamento dos resíduos sólidos, onde se destacam a
responsabilidade compartilhada, os acordos setoriais, a logística reversa de resíduos
e a inclusão dos catadores.

Conforme disposto no Art. 11 da referida Lei, a atuação do Estado deve apoiar e


priorizar as iniciativas municipais de soluções consorciadas ou compartilhadas entre
dois ou mais Municípios. O Art. 17, no parágrafo 1º, determina que, além do plano
estadual de resíduos sólidos, os Estados poderão elaborar planos microrregionais
de resíduos sólidos, bem como planos específicos direcionados às regiões
metropolitanas ou às aglomerações urbanas.

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A Política Nacional de Resíduos Sólidos também expõe sobre a importância da
participação e envolvimento de diferentes esferas sociais para que possam opinar e
influenciar no processo de tomada de decisão durante as etapas de elaboração do
PRSCS-RMM.

Um dos grandes desafios da atualidade é o gerenciamento dos resíduos sólidos que


são descartados incorretamente, comprometendo os recursos naturais. Segundo
dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2008), o método mais
convencional para descarte dos resíduos no Amazonas corresponde ao lixão a céu
aberto, comprometendo a qualidade dos recursos naturais.

Diante disso, o Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado


do Meio Ambiente do Amazonas – SEMA/AM, em cumprimento a Política Nacional
de Resíduos Sólidos e buscando eliminar os lixões nos municípios, firmou parcerias
com instituições em busca de soluções para esse problema (SEMA-AM, 2013).

Uma dessas parcerias foi com a Associação Amazonense de Municípios – AAM, por
meio do convênio 001/2011, que instituiu o Programa de Apoio a Elaboração do
Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e de Saneamento
Básico - PLAMSAN, para elaboração de 59 Planos Municipais de Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos. Este programa foi um dos resultados do “Seminário sobre
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Amazonas”, realizado em 2011. Foram
entregues em 2012; contudo, até janeiro de 2015, apenas 45 planos municipais de
resíduos foram aprovados. Outros convênios foram firmados em 2011, desta vez em
relação a Região Metropolitana de Manaus – RMM, entre a SEMA-AM e a Secretaria
de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente –
SRHU/MMA, para elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da
Região Metropolitana de Manaus e do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do
Amazonas.

Estes planos constam de diagnósticos das áreas, elaboração de proposições,


medidas para coleta seletiva e logística reversa, estudos de regionalização,
mecanismos de sustentabilidade econômica e financeira, monitoramento, consultas
públicas e validação popular. Com o objetivo de estruturar a gestão de resíduos
sólidos nos municípios amazonenses com a aquisição de equipamentos, a SEMA-

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AM e o Ministério da Defesa celebraram convênios para aquisição de caminhões
coletores compactadores de resíduos sólidos, de 12 m³, sendo um para cada
município (AMAZONAS, 2013). Foram entregues 41 caminhões coletores
compactadores, sendo oito em 2013 e 33 em 2014. Os municípios beneficiados da
RMM foram: Novo Airão, Manacapuru, Rio Preto da Eva e Silves.

A elaboração do PRSCS-RMM, não somente é justificável, como também, trata-se


de uma obrigação legal a ser implementada pelo poder público estadual e
municipais.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a RMM


possuía no ano do Censo 2010, 2.016.476 habitantes, ou seja, 58% da população
do Estado do Amazonas. A projeção da população para o ano 2016 resulta na
estimativa de uma população de aproximadamente 2.384.000 habitantes na RMM.

Neste contexto se insere o processo de coleta, armazenamento e destino final de


resíduos sólidos. Na RMM, dos 13 municípios, 10 dispõem seus resíduos em lixões
a céu aberto. Outras práticas comuns são o descarte em lixeiras viciadas e a queima
dos resíduos em quintais. Manaus dispõe de um aterro licenciado, que recebe
também os resíduos sólidos de Rio Preto da Eva e de Careiro da Várzea.

O descarte em lixões ou em lixeiras viciadas ocorre sem medidas de proteção ao


meio ambiente é à saúde pública, propiciando a proliferação de vetores de doenças,
geração de odores desagradáveis, poluição do solo, contaminação de recursos
hídricos e atração de animais, criando ambientes sem qualquer controle, para onde
são enviados os resíduos, de forma indistinta e desordenada.

Neste contexto, o Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Meio


Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), posteriormente sucedida pela
Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA-AM), visando erradicar o problema
dos lixões a céu aberto e ordenar o manejo de resíduos nos municípios do Estado,
tem contribuído para a implementação a PNRS. Como ponto de partida, realizou nos
dias 16 e 17 de março de 2011, no Auditório Belarmino Lins, da Assembleia
Legislativa do Amazonas (ALEAM), o primeiro evento em nível nacional sobre o
tema, denominado “Seminário sobre Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no
Amazonas”, com o objetivo de orientar tecnicamente as Prefeituras na formulação e

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desenvolvimento do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e na
Concepção do Projeto Executivo de Aterro para municípios de Pequeno Porte.

Cabe salientar que a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos vai


além dos limites urbanos (sedes municipais), sendo pensada para todo o território. A
dispersão de resíduos sólidos nas comunidades rurais dos municípios
amazonenses, contemplados ou não por Unidades de Conservação (UC) é ampla, e
essas comunidades, geralmente, ainda não possuem sistemas adequados de coleta
e destinação final de resíduos. Planos de gestão de resíduos sólidos, assim como,
planos de manejo e gestão das UC possuem objetivos comuns voltados à proteção,
recuperação e ordenamento ambiental. Dessa maneira, o PRSCS-RMM integra
todas as tipologias de áreas da RMM e seus respectivos instrumentos de gestão.

Por conseguinte, as ações empreendidas e planejadas pelo Governo do Estado do


Amazonas para implementação da PNRS, são consolidadas no PRSCS-RMM, que
por meio de suas diretrizes, normas e programas, direcionando políticas e medidas
de gestão adequadas para a questão dos resíduos sólidos em áreas urbanas, rurais
e setores empresariais da Região Metropolitana. O PRSCS-RMM contribui
sobremaneira para a sustentabilidade ambiental e econômica, além de propiciar a
conservação da biodiversidade no Estado mais preservado da Amazônia Brasileira.

1.1. Breve caracterização do Estado do Amazonas e da Regiâo Metropolitana


de Manaus

Em 1852 o Amazonas teve o seu território separado do Pará e tornou-se estado em


1889. Ainda assim é o maior Estado brasileiro em extensão territorial, totalizando
18,45% do território; possui uma área de mais de 155 milhões de hectares, que
representa 40,77% da Região Norte e 31,27% da Floresta Amazônica brasileira.
Dividido em 62 municípios o Estado do Amazonas possuía uma população estimada
em 1.802.014 habitantes no ano de 2010, segundo o IBGE, onde pouco mais de
20% destes residia nas zonas rurais.

A Região Norte é a única região do País onde cresce a população que vive em
cidades com menos de 100 mil habitantes, sendo expressivo o crescimento de
cidades pequenas entre 20 e 50 mil habitantes. Apesar da sua taxa de urbanização

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elevada, continua sendo a região do Brasil onde se encontra a maior percentagem
de população rural, bem como a única região onde esta população está em
crescimento absoluto.

O Amazonas está dividido em quatro Mesorregiões administrativas (Norte


Amazonense, Sudoeste Amazonense, Centro Amazonense e Sul Amazonense),
subdivididas em 13 Microrregiões (Alto Solimões, Boca do Acre, Coari, Itacoatiara,
Japurá, Juruá, Madeira, Manaus, Parintins, Purus, Rio Negro, Rio Preto da Eva e
Tefé).

Para fortalecer o Corpo Técnico dos organismos municipais de meio ambiente foi
criado o Fórum Permanente das Secretarias Municipais de Meio Ambiente do
Estado do Amazonas (FOPES/AM), resultado de encontros realizados desde 2009.
O Fórum tem como objetivos estabelecer uma interlocução com o órgão estadual,
visando mobilizar os secretários e servidores municipais de meio ambiente, para
produzir conhecimentos sobre a realidade ambiental dos municípios; desenvolver
ainda estratégias para uma gestão ambiental compartilhada e possibilitar, como
pessoa jurídica, assento no Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amazonas
(CEMAAM), no Fórum Estadual de Mudanças Climáticas (FAMC) e na Associação
Nacional das Organizações Municipais de Meio Ambiente (ANAMA).

O FOPES surgiu da necessidade do Governo do Amazonas em reunir os secretários


municipais de meio ambiente para compartilhar, discutir e encontrar as soluções
para os desafios da gestão ambiental do Estado, promovendo, dessa forma, uma
gestão participativa e corresponsável.

Segundo o IBGE (2016), atualmente 51,8% de toda a população do Estado estão


concentradas na capital Manaus que durante o período de 1970 a 1985 cresceu de
300 mil para 800 mil habitantes, principalmente por conta da Zona Franca de
Manaus. Segundo Zapata (2007) em 1967 a implantação da Zona Franca de
Manaus, atraiu moradores do interior do Amazonas e Estados vizinhos das Regiões
Norte e Nordeste, deslocando a base da economia extrativista para a produção de
produtos eletrônicos, componentes, bicicletas, etc.

O Estado possui 29,8% do seu território em regime especial de proteção. Sendo 41


Unidade de Conservação Federal (62,44%), 54 Estaduais (37,48%) e 3 Municipais

41
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(0,07%). Em 28,54% do território abrigam o maior número de indígenas no país
divididos em 65 etnias que ocupam 175 Terras Indígenas (TIs).

O Amazonas faz fronteira ao norte com a Venezuela e o Estado de Roraima (RR); a


noroeste com a Colômbia; a leste com o Estado do Pará (PA); a sudeste com o
Estado do Mato Grosso; ao sul com o Estado de Rondônia (RO) e a sudoeste com o
Peru e o Estado do Acre (AC). Entretanto, nenhum município da RMM apresenta
uma fronteira interestadual ou internacional.

O clima é equatorial úmido, com temperatura média de 26,7º. A umidade relativa do


ar fica em torno de 70% e o Estado possui apenas duas estações bem definidas:
chuvosa (inverno) e seca ou menos chuvosa (verão).

O relevo do Estado do Amazonas apresenta três patamares de altitude - igapós,


várzeas e baixos platôs ou terras firmes - definido pelo volume de água dos rios, em
função das chuvas. Os igapós são áreas permanentemente inundadas, com
vegetação adaptada a permanecer com as raízes sempre debaixo d’água. As
várzeas encontram-se em terreno mais elevado e são inundadas apenas na época
das cheias dos rios. Os baixos platôs ou terras firmes estão localizados nas partes
mais elevadas e fora do alcance das cheias dos rios. O território amazonense
reserva 16% de toda a água doce do planeta alimentada pelos 10 rios existentes no
Estado que totalizam mais de 2.896.476 km2 em 20 mil km de vias fluviais
navegáveis, ligando comunidades distantes na região.

A importância dos rios está relacionada aos aspectos sociais, econômicos e


ambientais da região, além de abrigar inúmeras espécies da fauna e flora
necessárias ao equilíbrio e manutenção dos ecossistemas. Dele se tira a água para
as tarefas diárias, o peixe para alimentação e comércio, e, em alguns lugares,
minérios considerados estratégicos para o desenvolvimento do país. Além de ser um
importante meio de transporte na região, possui potencial hidroelétrico e turístico.

Diante deste cenário complexo, a representatividade da sociedade se dá por meio


de organizações sociais. De acordo com a Secretaria de Estado de Articulação
Política – SEARP, mais de 600 entidades pertencem aos registros da instituição.

A elaboração do PRSCS-RMM pretende estabelecer uma rede de apoio na


disseminação das informações durante o processo de elaboração do Plano através
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dos espaços de participação social já constituídos e da mobilização de segmentos
estratégicos a serem identificados.

A Região Metropolitana de Manaus (RMM)

Criada através da Lei Complementar Estadual n.o 52, de 30 de maio de 2007, a


Região Metropolitana de Manaus (RMM) é composta por 13 municípios: Manaus,
Itacoatiara, Manacapuru, Iranduba, Careiro da Várzea, Autazes, Presidente
Figueiredo, Rio Preto da Eva, Careiro, Manaquiri, Novo Airão, Silves e Itapiranga
que juntos totalizam uma área de 127.145,987 km². Segundo o IBGE (2010) estes
municípios possuem uma população de 2.199.201 habitantes com aproximadamente
8,81% destes residindo nas zonas rurais de acordo com o detalhamento
apresentado no quadro abaixo.

Quadro 1 - Habitantes rurais e urbanos da RMM


HABITANTES HABITANTES HABITANTES
MUNICÍPIO RMM
ÁREA URBANA (2010) ÁREA RURAL (2010) TOTAL (2010)
Manaus 1.792.881 9.133 1.802.014
Itacoatiara 58.157 28.682 86.839
Manacapuru 60.174 24.967 73.695
Iranduba 28.979 11.802 40.781
Careiro 9.437 23.297 32.734
Autazes 13.893 18.242 32.135
Presidente Figueiredo 13.001 14.174 27.175
Rio Preto da Eva 12.205 13.514 25.719
Careiro da Várzea 1.000 22.930 23.930
Manaquiri 7.062 15.739 22.801
Novo Airão 9.499 5.224 14.723
Silves 4.029 4.415 8.444
Itapiranga 6.451 1.760 8.211
Total 2.016.768 193.879 2.199.201
Fonte: IBGE, 2010

A Região Norte é a única região do País onde a população que vive em cidades com
menos de 100 mil habitantes cresce a cada ano, sendo expressivo o crescimento de
cidades pequenas entre 20 e 50 mil habitantes. Apesar da sua taxa de urbanização
elevada, continua sendo a região do Brasil onde se encontra a maior porcentagem
de população rural, bem como a única região onde esta população esteja em
crescimento absoluto.

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A RMM concentra 85% da riqueza produzida pelo Estado, medida através do
Produto Interno Bruto, sendo Manaus responsável por 81% do montante. Estes
municípios também possuem os mais altos Índices de Desenvolvimento Humano do
Estado, ocupando classificação entre os 1º e 30º colocados.

A distância entre os municípios da RMM e a capital Manaus varia entre 15 e 177 km


em linha reta. Diferentemente dos demais municípios do Estado onde o acesso é
feito exclusivamente por via fluvial ou aérea, estes municípios contam com acesso
por via terrestre (BR-174 - Manaus ↔ Presidente Figueiredo ↔ Venezuela; BR-319 -
Manaus ↔ Careiro da Várzea ↔ Porto Velho; AM-010 - Manaus ↔ Rio Preto da Eva
↔ Itacoatiara; AM-070 - Manaus ↔ Iranduba ↔ Manacapuru e AM-352 -
Manacapuru ↔ Novo Airão), com exceção do município de Careiro da Várzea que,
apesar de mais próximo da capital, parte do acesso é feito por via fluvial.

Semelhante aos demais municípios do Estado, o clima desta área é equatorial


quente e úmido, com temperatura média de 26,3° em duas estações bem definidas:
chuvosa entre os meses de novembro a maio (inverno) e seca ou menos chuvosa
entre os meses de junho a outubro (verão).

De acordo com os dados levantados junto aos municípios do Estado do Amazonas


durante a elaboração dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos (PMGIRS), verificou-se que a geração de resíduos sólidos per capita nos
municípios inseridos na RMM é 10% superior, quando comparada aos demais
municípios do Estado, da ordem de 1,00 kg/hab.dia, com exceção da capital que
produz quantidades ainda maiores, cerca de 1,34 kg/hab.dia.

A RMM ocupa o 14º lugar no ranking que avalia o bem estar desfrutado
coletivamente no ambiente de 15 cidades brasileiras. Dentre as dimensões
avaliadas pelo Índice de Bem-estar Urbano estão: mobilidade urbana; condições
ambientais urbanas; condições habitacionais urbanas; atendimento de serviços
coletivos urbanos e infraestrutura urbana. Os aspectos relacionados ao lixo
acumulado nos logradouros e coleta de lixo estiveram entre os piores resultados.

Os municípios da RMM abrigam 50 áreas em regime especial de proteção. Sendo


27 Unidades de Conservação (UCs) Federal e Estaduais e outras 21 UCs
Municipais, além de duas Terras Indígenas (TIs).

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Diante deste cenário a representatividade da sociedade se dá por meio de
organizações sociais. De acordo com a Secretaria de Estado de Articulação Política
– SEARP mais de 600 entidades pertencem aos registros da instituição.

A elaboração do PRSCS-RMM pretende estabelecer uma rede de apoio na


disseminação das informações durante o processo de elaboração do Plano através
dos espaços de participação social já constituídos e da mobilização de segmentos
estratégicos a serem identificados.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Conceitos Aplicados
A elaboração do PRSCS-RMM foi estruturada e definida no documento “Projeto
Básico para Contratação de Pessoa Jurídica para Elaboração do Plano de Resíduos
Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM)”,
que determinou todas as etapas, tarefas e produtos desenvolvidos pela consultoria
da Laghi Engenharia Ltda. e que são apresentadas no Quadro 2.

Quadro 2 - Etapas, tarefas e produtos do PRSCS-RMM


Continua
ETAPA/TAREFA/
DESCRIÇÃO
PRODUTO
Etapa I Coordenação da Elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva
Plano de Operacionalização das Ações; Plano de Pesquisa e Desenvolvimento
Tarefa I do PRSCS-RMM; Plano de Comunicação Social do PRSCS-RMM; Plano de
Mobilização Social do PRSCS-RMM
Plano de Operacionalização das Etapas/Tarefas do PRSCS-RMM
Plano de Pesquisa e Desenvolvimento do PRSCS-RMM
Produtos
Plano de Comunicação Social do PRSCS-RMM
Plano de Mobilização Social do PRSCS-RMM
Tarefa II Plano de Comunicação Social e Plano de Mobilização Social do PRSCS-RMM
Plano de Comunicação Social do PRSCS-RMM
Produtos
Plano de Mobilização Social do PRSCS-RMM
Etapa II Diagnóstico da Situação da Gestão de Resíduos e de Coleta Seletiva
Diagnóstico da situação da gestão de resíduos sólidos e de coleta seletiva:
urbanos, áreas rurais, construção civil, industriais, transporte aéreo, aquaviário
Tarefa I
e rodoviário, portos, aeroportos, de serviços de saúde, mineração,
agrossilvipastoris (orgânicos e inorgânicos) e passagens de fronteiras
Produtos Diagnóstico de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva do PRSCS-RMM
Análise e caracterização das causas e efeitos dos Problemas detectados na
Tarefa II
gestão de resíduos sólidos e coleta seletiva
Relatório de Análise e Caracterização das Causas e Efeitos dos Problemas
Produtos
detectados na gestão de resíduos sólidos e de coleta seletiva na RMM
Prognósticos e Cenários para a Gestão de Resíduos Sólidos e de Coleta
Etapa III
Seletiva
Desenvolvimento dos Cenários Macroeconômicos e Institucionais para gestão
Tarefa I
de resíduos sólidos e de coleta seletiva
Produtos Relatório dos Cenários Macroeconômicos e Institucionais do PRSCS-RMM
Medidas para o Plano quanto aos distintos tipos de Resíduos e de coleta
Etapa IV
seletiva
Tarefa I Elaboração de diretrizes e estratégias
Produtos Relatório das Diretrizes e Estratégias do PRSCS-RMM
Tarefa II Desenvolvimento das Metas e Condicionantes
Produtos Relatório das Metas e Condicionantes do PRSCS-RMM
Programas, projetos e ações estruturantes para a gestão de resíduos sólidos e
Tarefa III
de coleta seletiva
Produtos Relatório dos Programas, Projetos e Ações Estruturantes do PRSCS-RMM
Tarefa IV Ações e Emergências e Contingências

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Quadro 2 - Etapas, tarefas e produtos do PRSCS-RMM
Conclusão Quadro 2
ETAPA/TAREFA/
DESCRIÇÃO
PRODUTO
Produtos Relatório de Ações e Emergências e Contingências do PRSCS-RMM
Ações de Educação Ambiental e Capacitação para a gestão de resíduos
Tarefa V
sólidos e realização de coleta seletiva
Plano Educação e Capacitação Ambiental para a gestão de resíduos sólidos e
Produtos
realização de coleta seletiva do PRSCS-RMM
Tarefa VI Medidas para a reutilização e reciclagem de resíduos sólidos
Plano Especial para Reutilização e Reciclagem de Resíduos Sólidos do
Produtos
PRSCS-RMM
Tarefa VII Incentivos e apoio a formação e capacitação de Associações de Catadores
Programa Especial de Formação, Capacitação e Fomento de Associações de
Produtos
Catadores de Resíduos Sólidos do PRSCS-RMM
Monitoramento e Gerenciamento do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta
Etapa V
Seletiva
Tarefa I Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência
Sistemas de Indicadores para Monitoramento e Avaliação sistemática da
Produtos
eficiência do PRSCS-RMM
Sistema para coleta e monitoramento de informações sobre a Gestão de
Tarefa II
Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva
Sistema Coleta e Monitoramento de Informações sobre a Gestão de Resíduos
Produtos
Sólidos e de Coleta Seletiva da RMM
Sustentabilidade Financeira do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta
Tarefa III
Seletiva
Produtos Plano Especial de Sustentabilidade Financeira do PRSCS-RMM
Publicação e oficialização do plano estadual de resíduos sólidos e de coleta
Etapa VI
seletiva
Versão do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva para Consulta
Tarefa I
Pública – Versão preliminar
Produtos Versão 1.0 do PRSCS-RMM
Versão Final do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva aprovada na
Tarefa II
Consulta Pública
Produtos PRSCS-RMM aprovado
Tarefa III Minuta de Lei oficializando o Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva
Minuta de Lei Estadual da Política de Gestão de Resíduos Sólidos e de Coleta
Produtos
Seletiva na Região Metropolitana de Manaus
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

2.2. Processo de Elaboração


2.2.1. Plano operacional para elaboração do PRSCS-RMM

A etapa de Elaboração do Plano de Operacionalização das Etapas/Tarefas do


PRSCS-RMM; Plano de Pesquisa e Desenvolvimento; Plano de Comunicação Social
e do Plano de Mobilização Social foi realizada concentrando esforços na definição
da equipe para execução do contrato em questão, contratação de consultores
especialistas, planejamento das ações, formação de acervo, definição dos
documentos e procedimentos de pesquisa, além do estabelecimento do cronograma
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das ações de campo para elaboração dos diagnósticos e da formulação dos
prognósticos.

O detalhamento da metodologia a ser adotada está exposto no Plano de


Desenvolvimento e Pesquisa, componente do Produto I, como determina o termo de
referência.

 Formação da Equipe

A equipe foi formada por profissionais da Laghi Engenharia Ltda., nos termos do
Edital e ampliada por consultores externos de áreas específicas e sobre resíduos
sólidos.

Inicialmente, passado o processo de montagem da equipe, foram realizadas


reuniões de nivelamento com o objetivo de alinhar os processos de construção dos
Planos. Nestas ocasiões, os componentes da equipe ficaram disponíveis para inserir
nesse processo toda a experiência adquirida ao longo da vivência com a temática
“Resíduos Sólidos”.

 Formação do Acervo do Projeto

O PRSCS-RMM constitui-se de passos de uma caminhada para o ordenamento do


manejo dos resíduos sólidos no Amazonas. Desta forma, grande parte de suas
ações foram construídas a partir de ações anteriores, desenvolvidas por diferentes
atores e esferas de administração. A reunião, organização, análise e consolidação
do material produzido anteriormente foram fundamentais para o resgate e
aprimoramento de todos os esforços já desenvolvidos sobre esta temática e o seu
aproveitamento no desenvolvimento do projeto.

Neste acervo foram buscadas informações diretas ou indiretas sobre o potencial de


geração de resíduos e de desenvolvimento de atividades que possuam alguma
interface com os Planos em elaboração.

O acervo do projeto ficará disponível a todos os interessados na página do projeto


na Internet, juntamente com os documentos de trabalho e os resultados aprovados.

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Como ações de planejamento, foram enviadas cartas para solicitar o acervo
existente, para consulta durante a elaboração do Plano de Resíduos Sólidos. As
instituições consultadas e os acervos solicitados foram os seguintes:

 Contatos dos pontos focais nos municípios (SEMA-AM);


 Macrozoneamento Ecológico Econômico do Estado do Amazonas (SEMA-
AM);
 Zoneamento Ecológico Econômico da Sub-região do Purus (SEMA-AM);
 Mapa de divisão do FOPES e os critérios para a divisão (SEMA-AM);
 Unidades de Conservação Estaduais, Municipais e Federais existentes no
Amazonas – formato shapefile (SEMA-AM);
 Planos de resíduos de outros estados (SEMA-AM e MMA);
 Dados sobre a geração e manejo de resíduos (SNIS, IBGE, IPEA, IPAAM e
ABRELP)
 Levantamentos sobre solos e hidrologia (CPRM);
 Atividades dos catadores de materiais recicláveis (Fórum Lixo e Cidadania,
MNCR, SETRAB, SEAS, SEARP e MPT);
 Terras e reivindicações indígenas (SEIND, FUNAI);
 Planos de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (FUNAI e
SEIND);
 Dados municipais e Atlas da SEMA-AM (IBGE e SEMA-AM);
 Acordos setoriais para a logística reversa (MMA);
 Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Planos
Municipais de Saneamento Básicos elaborados e atualizados pelo PLAMSAN
(SEMA-AM e AAM);
 Matriz de acompanhamento de aprovação dos PMSB e PMGIRSRS (SEMA-
AM);
 Lista de Contatos do Comitê Consultivo Estadual de Gestão de Resíduos
Sólidos – CEGRS (SEMA-AM);
 Plano Nacional de Mineração (DNPM, CPRM, IPAAM, SEMGRH);
 Programas de desenvolvimento industrial (SEPLAN, SUFRAMA, SEMGRH –
Polo Naval);

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 Planos de Gestão/Manejo de Unidades de Conservação (Órgão estadual
responsável e ICMBio);
 Programas de desenvolvimento urbano (Caixa Econômica Federal, SUHAB e
Municípios);
 Programas de desenvolvimento agrário e agropecuários (INCRA, EMBRAPA,
SEPROR e Ministério da Agricultura e Abastecimento);
 Estrutura e atuação dos sistemas de saúde público e privado (Ministério da
Saúde, SUSAM, SEMSA, Associação dos Hospitais, Veterinários e
Odontólogos);
 Planos e Programas de transportes (MT, SEINFRA, DNIT, INFRAERO,
ANTAQ);
 Planos Diretores Municipais existentes (SRMM, AAM, SEMA-AM e PMM);
 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - PGIRSU -
do Município de Apuí/AM (SEMA-AM e PMA);
 Relatórios Operacionais da situação das lixeiras nos municípios de Benjamin
Constant, Borba, Carauari, Coari, Apuí, Humaitá, Lábrea, Tefé, Eirunepé,
Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Maués, Parintins, Barcelos, Manicoré, Santa
Isabel do Rio Negro, São Paulo de Olivença e Tabatinga (IPAAM e TCE);
 Planos de Comunicação e de Mobilização Social dos municípios participantes
do PLAMSAN (SEMA-AM, AAM e LAGHI);
 Legislação e Normas aplicáveis (SEMA-AM, MMA, LAGHI e PGE);
 Produção cartográfica (LAGHI);
 Levantamento das unidades da UFAM; IFAM e UEA;
 Resgatar os trabalhos acadêmicos da UFAM; IFAM e UEA;
 Dados cartográficos de empreendimentos de grande porte (IPAAM, SEMA-
AM e IBAMA);
 Relatório da JICA (SUFRAMA);
 Plano Estadual de Mudanças Climáticas (CECLIMA/SEMA-AM);
 Resíduos de alimentos (CONAB, SESC Mesa Brasil, ADS-
PREME/PROMOVE);
 Resíduos de Passagens de Fronteiras (MMA e Forças Armadas);

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 Relatórios das Etapas Municipais, Intermunicipais, Estadual e Nacional da IV
Conferência de Meio Ambiente (MMA e SEMA-AM);
 Resultados do Relatório da Pesquisa do BNDES (SEMA-AM);
 Resoluções aprovadas pelos Conselhos Municipais de Meio Ambiente.

Após a coleta do acervo existente, a equipe iniciou o exame dos conteúdos com o
objetivo de extrair ao máximo as informações, definir o estado atual, formar a
biblioteca do projeto e preparar os documentos para o início dos trabalhos.

2.2.1.1. Documentos e Procedimentos de Pesquisa

Após a análise de algumas informações existentes, foi elaborado o Formulário de


Coleta de Dados.

Os procedimentos para pesquisa de campo foram elaborados em consonância com


as previsões dos Planos de Comunicação e Mobilização Social, que são
detalhadamente descritos nos componentes do Produto I com seus respectivos
títulos. As visitas de campo foram agendadas previamente com as pessoas focais de
cada município, havendo um processo de nivelamento das informações e a coleta
dos dados. Os instrumentos e procedimentos foram testados em uma visita de
nivelamento de toda a equipe ao município de Iranduba. O detalhamento desse
processo está demonstrado no componente do Produto I – Plano de Pesquisa e
Desenvolvimento do PRSCS-RMM.

2.2.1.2. Cronograma de Visitas de Campo e Cronograma Geral

Para o levantamento de campo, foram formadas quatro equipes com roteiros que
cobrem todo o Estado. Estas equipes realizarão o nivelamento das pessoas focais, e
a coleta de dados sobre estruturas, processos, recursos, falhas, potenciais,
quantidades e distribuição espacial das ocorrências, bem como a checagem e
atualização das informações do acervo.

Antes da realização das visitas de campo pelas quatro equipes, foi prevista uma
visita de toda a equipe do projeto ao município de Iranduba para nivelamento e teste
das ferramentas e procedimentos de pesquisa. Após esta visita, poderão ocorrer
ajustes nos instrumentos.

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Cada visita foi estimada em aproximadamente três dias de deslocamento,
nivelamento e levantamento. O prazo total para a conclusão dos trabalhos de campo
é de 31/08/2014, sendo que o período da Copa do Mundo foi considerado como
inadequado para estas atividades. Assim, a proposta do projeto é de início das
viagens no dia 14 de julho de 2014.

2.2.1.3. Página do Projeto na Internet

Um instrumento central na realização do projeto é a página na Internet. Este recurso


servirá tanto para a reunião, estruturação e distribuição do acervo e das ferramentas
de trabalho, quanto como meio de comunicação para a equipe, pessoas focais e a
sociedade em geral, com diferentes níveis de acesso e possibilidades de download e
upload, além de incluir uma ferramenta SharePoint para uso da equipe.

2.2.2. Planos de comunicação social e mobilização social


A Elaboração dos Planos de Comunicação Social e Planos de Mobilização Social do
PRSCS-RMM foi realizada mediante síntese das experiências anteriores da Laghi
Engenharia, do PLAMSAN e da SEMA-AM em ações com as comunidades do
Amazonas. O resultado, apresentado nos componentes do Produto I, com seus
respectivos títulos, deverão ser ainda ajustados ao cronograma definitivo.

Durante o processo de planejamento executivo dos Planos de Comunicação Social e


Mobilização Social, foram contempladas as necessidades dos Planos de
Desenvolvimento e Pesquisa e das Reuniões Técnicas e Audiências Públicas, para
que o fluxo de informações entre o projeto e as comunidades seja o mais efetivo
possível.

2.2.2.1. Reunião de Apresentação do Planejamento


Com a instituição do Comitê Consultivo Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos –
CEGRS, vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA-AM, conforme
Portaria SDS n.o 076, de 06 de maio de 2014, cuja atribuição é apoiar a SEMA-AM e
o IPAAM na avaliação dos produtos intermediários e do produto final do Plano de
Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus
(PRSCS-RMM), a Laghi Engenharia promoveu uma primeira reunião de

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apresentação do Planejamento ao Cliente no dia 02 de junho e uma segunda
reunião de apresentação do Planejamento ao CEGRS, no dia 4 de junho. Estas
reuniões servirão para nivelamento, análise e considerações sobre os instrumentos,
procedimentos e cronograma propostos.

Para realização da Reunião de Apresentação do Planejamento, a Laghi Engenharia


providenciará a infraestrutura para recepcionar os fiscais do Contrato e os
componentes do CEGRS, assim como disponibilizará o corpo técnico para
explanação dos produtos. Enquanto o Cliente (SEMA-AM) ficará responsável pela
convocação do CEGRS.

As duas reuniões ocorrerão no auditório da Laghi Engenharia, situada na Rua Sírio


Libanês, n.o 5, Bairro Chapada, em Manaus; telefone 3301-4300.

2.2.3. Diagnóstico de Resíduos Sólidos do PRSCS-RMM


Como determina a Lei Federal n.o 12.305/2010, em seu art. 17, inciso I, o
diagnóstico de resíduos sólidos do estado do Amazonas foi elaborado identificando-
se os principais fluxos de resíduos do Estado e seus impactos socioeconômicos e
ambientais.

Durante o processo de levantamento dos dados primários e secundários foram


observados os ecossistemas existentes na Amazônia (terra-firme, área de várzea e
igapó), em áreas rurais e urbanas e ainda, consideradas as épocas de cheias e
vazantes dos rios, além das rotas tecnológicas atualmente empregadas no manejo
dos resíduos no Estado.

O diagnóstico deverá identificar os potenciais para a regionalização da gestão e do


manejo dos resíduos, como subsídio para a elaboração das proposições do
prognóstico.

O detalhamento dos procedimentos para a elaboração do diagnóstico está


registrado nos Planos de Pesquisa e Desenvolvimento e de Comunicação e
Mobilização Social do PRSCS-RMM.

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2.2.4. Análise e Caracterização das Causas e Efeitos dos Problemas
Detectados na Gestão de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva na RMM.

O relatório de análise e caracterização das causas e efeitos dos problemas


detectados na gestão de resíduos sólidos foi elaborado após todos os municípios
serem visitados pela equipe técnica. Nesse processo, todas as informações
coletadas serão tabuladas e sistematizadas em uma Matriz de Problemas e Causas.
Este produto, realizado a partir do diagnóstico, é uma síntese dos aspectos a serem
corrigidos e evitados na elaboração das proposições do prognóstico e dos estudos
de regionalização.

2.2.5. Prognóstico e cenários para a gestão de resíduos sólidos e coleta


seletiva na RMM

2.2.5.1. Cenários Macroeconômicos e Institucionais para Gestão de Resíduos


Sólidos e Coleta Seletiva do PRSCS-RMM
Como determina a Lei Federal n.o 12.305/2010, em seu art. 17, inciso I, e o Decreto
Federal n.o 7.404/2010, em seu art. 48, a proposição de cenários será elaborada
visando a descrição de um futuro possível, imaginável e desejável na gestão
estadual de resíduos sólidos, para o horizonte de 20 anos.

Foi construído com base nas informações do diagnóstico, buscando uma análise
prospectiva da situação futura, de modo a orientar o planejamento, com o objetivo
de identificar, dimensionar, analisar e prever a implementação de alternativas de
intervenção, inclusive emergenciais e contingenciais, visando o atendimento das
demandas e prioridades da sociedade no que se refere à gestão de resíduos sólidos
(BRASIL, 2012).

Estes cenários serviram de referencial para o planejamento no horizonte temporal


adotado, refletindo as expectativas favoráveis e desfavoráveis para aspectos como
crescimento populacional; intensidade de geração de resíduos; mudança no perfil de
resíduos; incorporação de novos procedimentos; novas capacidades gerenciais, etc.
(BRASIL, 2012).

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Os acordos setoriais para a logística reversa, em vigor e em discussão, deverão ser
documentados, analisados e discutidos com os seus respectivos responsáveis para
a implementação no estado do Amazonas.

Durante o processo de elaboração dos cenários, deve-se valorizar a participação da


sociedade e suas instituições representativas, pois favorece a construção de
mecanismos de controle social. As rotas tecnológicas mais promissoras deverão ser
identificadas, avaliadas e divulgadas para a sociedade, como forma de nivelamento
das informações, e serão consultados os relatórios resultantes da IV CEMA.

As previsões estarão de acordo com o Estudo de Regionalização e definirão o


manejo adequado para cada tipo de resíduo com o mapeamento das áreas
favoráveis para locais de concentração, tratamento, reciclagem e disposição final de
resíduos.

Os cenários institucionais deverão considerar as necessidades de regionalização e


os instrumentos legais para a formação de consórcios intermunicipais e de sua
interação com a administração estadual.

Para a estratégia da construção dos cenários será adotada a seguinte estratégia:

 Calcular as projeções populacionais;


 Calcular as projeções para a geração das diferentes frações e do total dos
resíduos, considerando as mudanças tecnológicas futuras e o crescimento da
economia;
 Mapear as vias e áreas mais favoráveis para o transporte e processamento
dos resíduos;
 Análise das metas propostas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos;
 Análise das metas dos acordos setoriais;
 Análise das exigências da legislação existente;
 Análise das metas municipais propostas pelo PLAMSAN;
 Análise do Plano Plurianual do Estado do Amazonas;
 Análise e proposição de fontes de custeio compatíveis com o prognóstico e
 Análise do estudo de correlação entre PIB/per capita/ geração de resíduos.

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O processo de elaboração dos cenários, que trata a Tarefa I da Etapa III, seguirá o
cronograma operacional.

2.2.6. Medidas do plano para os distintos tipos de resíduos e de coleta


seletiva
2.2.6.1. Diretrizes e Estratégias

Como determina a Lei Federal n.o 12.305/2010, o Plano deve contemplar diretrizes
e estratégias que representem os principais caminhos e orientações sobre questões
fundamentais que, sem esse direcionamento, podem comprometer a implementação
do Plano.

Durante o processo de elaboração das diretrizes e estratégias, serão obedecidos os


princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos, da cooperação entre as
diferentes esferas do poder público, do setor empresarial e demais segmentos da
sociedade, da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e o
respeito às diversidades locais e regionais. Também será obedecido prioritariamente
o objetivo da PRSCS-RMM da não geração, da redução, utilização, reciclagem e
tratamento de resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos, o consumo sustentável e a integração dos catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

A elaboração das diretrizes e estratégias será feita com base nos dados do
diagnóstico e das ações de planejamento do Estado para as áreas de
desenvolvimento industrial, mineração, meio ambiente, turismo, transportes, energia
e desenvolvimento urbano.

Os estudos de composição gravimétrica servirão de base para a quantificação das


diferentes frações do resíduo domiciliar e para o estabelecimento de medidas para
diferentes tipos de resíduos.

As diretrizes e estratégias serão traçadas de acordo com os cenários pretendidos e


seguirá o cronograma operacional.

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2.2.7. Metas e Condicionantes

Como determina a Lei Federal n.o 12.305/2010, o Plano deve contemplar metas
quantitativas para as quais serão desenvolvidos programas e ações. Estas metas
serão norteadas pelas diretrizes e prazos estabelecidos na Política Nacional de
Resíduos Sólidos, e ainda serão analisadas as diretrizes e prazos estabelecidos
pelo PLAMSAN e pelos acordos setoriais para a logística reversa.

É de conhecimento público que o prazo determinado para a extinção dos lixões se


esgotou em 02 de agosto de 2014 e o estado do Amazonas está longe de atingir
esse alvo. Portanto, durante a elaboração do produto pertinente à Etapa IV – Tarefa
II, serão discutidos prazos diferenciados e possíveis de serem alcançados, bem
como medidas jurídicas e administrativas para dar regularidade formal a este
momento de transição.

A matriz de causas e efeitos dos problemas detectados no diagnóstico, bem como a


matriz de potenciais deverão ser minuciosamente consideradas na fixação das
metas.

As metas quantitativas e as condicionantes serão fixadas por períodos de curto,


médio e longo prazos, detalhadas em um horizonte de 20 anos vinculados aos anos
de preparo dos Planos Plurianuais, que coincide com o período de revisão dos
Planos de Gestão de Resíduos, segundo determina a Lei Federal n.o 12.305/2010,
em seu art. 17.

O desenvolvimento das metas e condicionantes será traçado de acordo com os


cenários pretendidos e seguirá o cronograma operacional.

2.2.8. Programas, Projetos e Ações Estruturantes do PRSCS-RMM


Como determina a Lei Federal n.o 12.305/2010, o Plano deve contemplar metas,
programas, projetos e ações estruturantes, para o atendimento das metas
estabelecidas e para o alcance do cenário referência desejado. Para cada programa
serão estimados os prazos e o montante dos investimentos necessários à sua
implementação.

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Segundo Brasil (2012), alguns programas e ações são primordiais, por seu caráter
estruturante e são imprescindíveis para o sucesso do todo o conjunto de ações.
Entre eles destacam-se:

 Constituição de equipes técnicas capacitadas;


 Disciplinamento de atividades de geradores, transportadores e receptores de
resíduos;
 Formalização da Presença de Catadores no processo de gestão;
 A implementação de mecanismos de controle e fiscalização;
 A implementação de iniciativas de gestão de resíduos e compras sustentáveis
nos órgãos da administração pública (Compras sustentáveis –
CECLIMA/SEMA-AM);
 A estruturação das ações de educação ambiental (CIEA-AM) ;
 A implementação dos acordos setoriais para a logística reversa no estado do
Amazonas;
 A elaboração dos estudos de regionalização e a definição das ações
estruturantes para a sua implementação e
 O incentivo à implantação de atividades processadoras de resíduos.

Os Programas de Coleta Seletiva a serem elaborados distintamente para cada


município da RMM deverão abranger o que determinam os artigos 18 e 19 da Lei
Federal n.o 12.305/2010 e o artigo 49, do Decreto Federal n.o 7.404/2010, e
deverão contemplar os seguintes conteúdos estabelecidos pelo Edital de Chamada
Pública SRHU/MMA, n.o 001/2011, e outros:

I – divisão do município em setores para Coleta Seletiva;

II – distribuição, pré-dimensionamento e layout das instalações para a Coleta


Seletiva, tais como: pontos de entrega voluntária (PEVs), locais de entrega
voluntária (LEVs), galpões de triagem dos resíduos secos, áreas de transbordo e
triagem (ATTs), áreas de reciclagem e beneficiamento dos resíduos da construção
civil, compostagem de resíduos orgânicos, entre outras;

III – dimensionamento e qualificação das equipes necessárias para a correta


operacionalização da Coleta Seletiva;

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IV – definição de requisitos mínimos de segurança e saúde do trabalhador no
manejo dos Resíduos Sólidos da Coleta Seletiva;

V – levantamento dos equipamentos e formas de transporte para implantação da


Coleta Seletiva, inclusive a combinação adequada entre os mesmos;

VI – definição de rotas e frequência para a coleta e transporte dos materiais


recicláveis;

VII – estruturação do processo de logística reversa, observando o mercado local,


regional e nacional.

Ainda serão propostos programas prioritários para os resíduos que têm presença
mais significativa nas cidades, dado levantado na fase de diagnóstico e pelos
estudos de composição gravimétrica, por se tratarem de ações que mais
empregaram recursos humanos, físicos e financeiros.

Os programas, projetos e ações estruturantes serão traçados de acordo com os


cenários pretendidos e seguirão o cronograma operacional.

2.2.9. Ações de Emergência e Contingências do PRSCS-RMM


De acordo com a Resolução CONAMA n.o 001/86, considera-se impacto ambiental
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

 A saúde, a segurança e o bem-estar da população;


 As atividades sociais e econômicas;
 A biota;
 As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e
 A qualidade dos recursos ambientais.

Com o objetivo de reduzir ao mínimo a possibilidade de ocorrências de impactos


ambientais, devem ser planejadas ações a serem adotadas para orientar os
responsáveis pelas atividades de gestão de resíduos que possam representar
potencial risco.

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Pretende-se diagnosticar os acidentes relacionados a gestão de resíduos sólidos
para formação de um registro. Assim, será possível verificar recorrências dos
eventos, além de condutas e procedimentos que possam ser aprimorados, e
gradualmente reduzir o número de ações emergenciais. As ações para atendimento
dessas situações devem ser rápidas e eficientes e devem ser realizadas por equipes
especializadas.

O Plano de Emergência e Contingência para gestão de riscos e desastre irá


contemplar ações sobre manejo, destinação e disposição final dos resíduos sólidos
gerados, para enfrentamento da situação e para o restabelecimento das condições
normais. Para tanto serão envolvidos a Defesa Civil e órgãos de saúde pública, de
acordo com a escala do impacto.

As rotas dos principais produtos perigosos serão determinadas para o mapeamento


das áreas mais vulneráveis. Os planos de contingência deverão considerar estes
locais vulneráveis em suas previsões.

As Ações de emergência e contingências serão traçadas de acordo com os cenários


pretendidos e seguirá o cronograma operacional.

2.2.10. Ações de Educação e Capacitação Ambiental para a Gestão de


Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva do PRSCS-RMM

A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece em seu Artigo 7º que a


Educação Ambiental (E.A.) é instrumento de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
O Decreto Federal n.o 7.404/2010, em seu Artigo 77º, define as medidas
relacionadas à Educação Ambiental a serem adotadas pelo Poder Público para
implementação da PNRS.

Dessa maneira, durante a elaboração das Ações de Educação Ambiental e


Capacitação para o Plano de Resíduos, serão incluídos programas de capacitação
que atendam o que determina a legislação vigente, compreendendo que E.A. é um
processo educativo, permanente e contínuo, que visa propiciar conhecimentos e o
exercício da cidadania, para uma atuação crítica e consciente dos indivíduos e
grupos.

Serão adotadas as seguintes estratégias para a construção da E.A.:


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 Envolvimento das universidades presentes nos municípios;
 Levantamento das ações de educação ambiental realizadas no Amazonas;
 Análise das propostas de Educação Ambiental do PLAMSAN;
 Consulta ao Comitê Interinstitucional de Educação Ambiental do Amazonas;
 Considerar todas as proposições e prognósticos do PRSCS-RMM na
elaboração do Plano de E.A;
 Analisar os resultados da IV CEMA do eixo de Educação Ambiental.

A elaboração das ações de educação ambiental e capacitação serão de acordo com


os cenários pretendidos e seguirá o cronograma operacional.

2.2.11. Medidas para Reutilização e Reciclagem de Resíduos Sólidos do


PRSCS-RMM

Segundo a Lei Federal n.o 12.305/2010, em seu Art. 9º, na geração e gerenciamento
de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: a não
geração, a redução, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos. Com base nessa diretriz é que serão
elaboradas as medidas para reutilização e reciclagem de resíduos sólidos,
considerando as tecnologias disponíveis e apropriadas às peculiaridades da região e
principalmente o envolvimento dos catadores em todo o processo.

Para a elaboração deste produto, serão adotadas as seguintes estratégias:

 Levantamento das iniciativas de reutilização e reciclagem existentes nos


municípios da Região Metropolitana de Manaus;
 Estudo da logística de acesso aos municípios existente;
 Estudo de regionalização;
 Estudo de tecnologias utilizadas para reciclagem existentes;
 Levantamento dos acordos setoriais para a logística reversa e das ações dos
fabricantes para a reciclagem e
 Estudo do mercado de reciclagem regional e nacional e do potencial de
expansão no Amazonas.

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A elaboração das medidas para reutilização e reciclagem de resíduos sólidos será
de acordo com os cenários pretendidos e seguirá o cronograma operacional.

2.2.12. Incentivo e Apoio a Formação e Capacitação de Associação de


Catadores de Resíduos Sólidos do PRSCS-RMM

A determinação legal para inclusão dos catadores na gestão e gerenciamento de


resíduos sólidos está amparada na Lei Federal n.o 12.305/10 e seu Decreto Federal
regulamentador n.o 7.404/2010; Lei Federal n.o 11.445/2007 e seu Decreto Federal
Regulamentador n.o 7.217/2010; Decreto Federal n.o 7.405/2010 e Decreto Federal
n.o 5.940/2006. Dessa maneira, formular estratégias para o apoio à formação e
capacitação de Associações de Catadores é a parte integrante de maior relevância
do Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região Metropolitana de
Manaus.

Para a elaboração de estratégias de incentivos e apoio a formação e capacitação de


associação de catadores, serão adotadas as seguintes estratégias:

 Levantamento do cenário estadual de catadores (associados ou individuais);


 Levantamento das ações do governo federal para apoio aos catadores;
 Levantamento das linhas de fomento existentes para a formação e
capacitação de associação de catadores;
 Reunião técnica com representantes das associações e cooperativas de
catadores de materiais recicláveis de Manaus, para construção do relatório;
 Elaboração de planejamento envolvendo a participação da sociedade e
gestores públicos;
 Medidas para inclusão de catadores pré-encerramento dos lixões, garantindo
a eles acesso as políticas públicas;
 Ampliação do Fórum Lixo e Cidadania para todo o Estado;
 Programas de capacitação para gestores municipais com a temática da
Inclusão dos Catadores.

A elaboração dos incentivos e apoio à formação e capacitação de associação de


catadores será de acordo com os cenários pretendidos e seguirá o cronograma
operacional.

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2.2.13. Mecanismos e Procedimentos para Avaliação Sistemática da
Eficiência do PRSCS-RMM.

Segundo Brasil (2011) o acompanhamento, controle e fiscalização do Plano


envolvem questões tais como:

 A verificação do cumprimento dos objetivos definidos no PRSCS-RMM;


 A observância dos dispositivos legais aplicáveis à gestão dos resíduos
sólidos;
 A identificação dos pontos fortes e fracos do plano elaborado e das
oportunidades e entraves a sua implementação;
 A efetividade da implementação do Plano por meio da aferição das metas
estabelecidas e
 A proposição de adequações e demais ajustes necessários.

Para a elaboração de mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da


eficiência, serão construídos indicadores que devem permitir uma análise gráfica
entre a meta prevista e a realizada nos períodos determinados pelo PRSCS-RMM,
além de apresentar as seguintes características:

 Definição clara, concisa de indicadores com interpretação inequívoca;


 Serem mensuráveis com facilidade e a custo razoável;
 Possibilitarem e facilitarem a comparação do desempenho obtido com os
objetivos planejados;
 Contribuírem efetivamente para a tomada de decisões;
 Dispensarem análises complexas;
 Serem limitados a uma quantidade mínima, o suficiente para avaliação
objetiva das metas de planejamento e
 Serem compatíveis com os indicadores do Sistema Nacional de Informações
sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos - SINIR, facilitando assim a integração
do sistema de indicadores local e estadual com o sistema Nacional.

A elaboração dos mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da


eficiência do PRSCS-RMM será feita de acordo com os cenários pretendidos e
seguirá o cronograma operacional.

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2.2.14. Sistema de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos e de
Coleta Seletiva da RMM

Sabe-se que os municípios, ou os consórcios intermunicipais, são obrigados a


disponibilizar os seus PGIRS no SINIR além de, anualmente, disponibilizar
informações sobre os resíduos sob sua esfera de competência. O relacionamento do
município ou consórcio público se dará tanto com o SINIR como com o SINISA -
Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico, que constituirão banco
de dados e procedimentos integrados (BRASIL, 2012).

Também o IPAAM, no âmbito dos processos de licenciamento ambiental, exige a


apresentação de informações detalhadas sobre as operações de coleta, tratamento,
reciclagem e disposição final de resíduos. O tratamento destas informações
demanda a existência de um sistema para a sua coleta e consolidação.

Como o objetivo do PRSCS-AM é planejar a gestão e o gerenciamento dos resíduos


sólidos e coleta seletiva através da regionalização, por meio da proposição de
arranjos intermunicipais, o Sistema de Informações sobre Gestão de Resíduos
Sólidos será elaborado após a definição dos referidos arranjos e deverá prever a
inserção e monitoramento das informações referentes à gestão de resíduos no
Estado do Amazonas, identificando a origem, volume, categorias, composição,
trâmite do processo de deposição ambientalmente adequada dos resíduos sólidos.

Também o cumprimento das metas dos acordos setoriais para a logística reversa
exige a existência de um sistema de informações que documente e comprove o
atendimento das determinações dos acordos.

A elaboração do Sistema de Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos será


de acordo com os cenários pretendidos e seguirá o cronograma operacional.

2.2.15. Sustentabilidade Financeira do Plano de Resíduos Sólidos

A Lei Federal n.o 11.445/2007, em seu Art. 29º, estabelece que os serviços públicos
de saneamento básico devam ter a sustentabilidade econômico-financeira
assegurada sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos
serviços de limpeza púbica e manejo de resíduos sólidos urbanos por meio de taxas

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ou tarifas ou outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um
dos serviços ou para ambos conjuntamente.

O produto em questão será elaborado considerando a capacidade de endividamento


das prefeituras, bem como a capacidade de pagamento dos custos dos serviços
públicos num município onde parcela significativa sobrevive em função dos
programas sociais dos governos estadual e federal e ainda considerando os arranjos
intermunicipais a serem propostos.

Todas as possibilidades de implementação de acordos setoriais para a logística


reversa, considerando a responsabilidade pós-consumo de fabricantes,
importadores e distribuidores devem ser levantadas e consideradas na equação de
sustentabilidade financeira dos Planos.

A elaboração do Relatório de Sustentabilidade Financeira do Plano de Resíduos


Sólidos será de acordo com os cenários pretendidos e seguirá o cronograma
operacional.

2.2.16. Publicação e oficialização do Plano de Resíduos Sólidos e Coleta


Seletiva

A versão inicial do Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da RMM para


Consulta Púbica consistem na reunião de todos os produtos anteriormente
elaborados, que deverá ser submetido à aprovação popular por meio de Audiência
Pública. A elaboração da Versão inicial do PRSCS-RMM para Consulta Púbica será
de acordo com os cenários pretendidos e seguirá o cronograma operacional.

2.2.17. Versão final do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva


aprovado na Consulta Pública

A versão Final do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva consiste na


inserção de todas as contribuições coletadas na consulta pública ao Plano
elaborado. A elaboração da versão final do PRSCS-RMM será de acordo com os
cenários pretendidos e seguirá o cronograma operacional.

A elaboração do PRSCS-RMM, ou seja, versões sintéticas dos mesmos, com os


destaques dos principais aspectos, atividades, diretrizes e mecanismos de
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sustentabilidade financeira serão elaborados com base na análise do Plano
Completo.

2.2.18. Minuta de Lei Oficializando o Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta


Seletiva – Lei Estadual Sancionada

Para a execução do Produto da Tarefa III - Etapa VI, será contratado especialista
jurídico da área ambiental para a construção do Decreto de Resíduos Sólidos da
RMM com base no PRSCS-RMM.

A minuta será construída de forma participativa na Oficina Técnica e SEMA-AM,


para posteriormente ser submetida ao comitê para anuência.

2.2.19. Planejamento das oficinas participativas populares

Para a realização das oficinas participativas, será contratado um consultor


especialista para avaliar os dados levantados e participar da oficina, além de serem
convidados especialistas no assunto. A equipe do projeto será deslocada para o
Município, com a finalidade de melhor articular com os agentes locais.

A oficina consistirá na apresentação do Diagnóstico da Situação da Gestão de


Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus, às
Comunidades, aos consultores contratados e convidados para análise e
considerações, seguindo o cronograma operacional. A organização da oficina,
alimentação e hospedagem dos membros da equipe técnica da Empresa Laghi
Engenharia indicados a participarem do mesmo ficará a cargo da SEMA-AM.

Serão apresentados na seguinte ordem:

 Manacapuru: 10 de outubro de 2014;

 Iranduba: 17 de outubro de 2014;

 Novo Airão: 21 de outubro de 2014;

 Itacoatiara: 21 de novembro de 2014;

 Rio Preto da Eva: 02 de dezembro de 2014;

 Presidente Figueiredo: 05 de dezembro de 2014;

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 Autazes: 08 de outubro de 2015;

 Careiro: 16 de outubro de 2015;

 Manaquiri: 22 de outubro de 2015;

 Careiro da Várzea: 16 de novembro de 2015;

 Manaus: 27 de novembro de 2015;

 Itapiranga: 01 de dezembro de 2015;

 Silves: 03 de dezembro de 2015.

O contrato foi aditivado no total de 12 meses, tendo seu término sido prorrogado até
maio/2016. Este aditivo ocorreu em consonância com a legislação vigente, Lei
Complementar Promulgada n.o 64, de 30 de abril de 2009, incluindo 5 municípios na
RMM que não estavam contemplados no termo de referência do contrato licitado.

 Consulta Pública do PRSCS-RMM

Para a Consulta Pública de Aprovação do PRSCS-RMM, será realizada no


município de Manaus-AM no final do período de contrato, onde a empresa Laghi
Engenharia encaminhará para apresentação técnica os responsáveis pela
elaboração do PRSCS-RMM.

2.2.20. Plano de Pesquisa e Desenvolvimento do PRSCS-RMM


2.2.20.1. Composição da equipe

A equipe foi formada por profissionais da Laghi Engenharia Ltda., nos termos do
Projeto Básico para contratação de pessoa jurídica para elaboração do Plano de
Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus,
ampliada por consultores externos de áreas específicas e sobre resíduos sólidos.

O Projeto Básico para contratação de pessoa jurídica para elaboração do Plano de


Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana determina a
contratação de corpo técnico suprido de Coordenadores Gerais, Pesquisadores
Seniores e Pesquisadores Juniores para a realização de todas as etapas/tarefas do
Plano. Na Figura 1, é demonstrada a hierarquia estabelecida na equipe técnica.

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Figura 1 - Organização da equipe técnica para cada etapa/tarefa de elaboração do PRSCS-RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Como pré-requisito para formação do corpo técnico, a Laghi Engenharia valorizou a


vivência dos contratados com a realidade amazônica e com a temática resíduos
sólidos, partindo de uma visão multidisciplinar do tema resíduos sólidos. Assim, os
componentes do corpo técnico são profissionais que outrora atuaram em
importantes projetos e programas regionais, entre eles podemos citar:

a. Programa de Apoio a Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento e


Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Amazonas –
PLAMSAN;
b. Elaboração de Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotamento
Sanitário de Municípios do Amazonas e Rondônia;
c. Projetos Ambientais na Capital Amazonense;
d. Tratamento de Materiais do Polo Industrial de Manaus;
e. Estudo de Requalificação Urbanística cujo um dos componentes é a
criação do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e
Construção;
f. Estudo de Viabilidade técnica-ambiental e econômica para implantação da
hidrovia do Amazonas;
g. Formação de Conselhos Ambientais em Unidades de Conservação;
h. Entre outras vivências amazônicas.

A elaboração do PRSCS-RMM é influenciada pelas vivências amazônicas vividas


pela Equipe Técnica da Laghi e ampliada pela equipe de consultoria, conforme
verificado na Figura 2.

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Figura 2 - Influências profissionais no PRSCS-RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Após processo de montagem da equipe, foram realizadas reuniões de nivelamento


com o objetivo de alinhar o planejamento do processo de construção do PRSCS-
RMM. Nestas ocasiões, os componentes da equipe ficaram disponíveis para inserir
nesse processo toda a experiência adquirida ao longo da vivência com a temática
“Resíduos Sólidos”.

2.2.20.2. Sistema de cooperação entre Estado, Municípios e Laghi


Durante a elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região
Metropolitana de Manaus, o sistema de cooperação entre municípios e o estado se
dará através da contratação da empresa Laghi Engenharia Ltda. para coleta e
consolidação de informações e da interlocução dos secretários municipais de meio
ambiente que são diretamente ligados à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável
do Estado do Amazonas – SEMA-AM por meio do Fórum Permanente das
Secretarias Municipais de Meio Ambiente do Estado do Amazonas (FOPES/AM).

O FOPES-AM foi criado para fortalecer o Corpo Técnico dos organismos municipais
de meio ambiente e foi resultado de encontros realizados, desde 2009. O Fórum tem
como objetivo estabelecer uma interlocução com o órgão estadual, visando mobilizar
os secretários e servidores municipais de meio ambiente, para produzir
conhecimentos sobre a realidade ambiental dos municípios. Desenvolver ainda
estratégias para uma gestão ambiental compartilhada e possibilitar como pessoa
jurídica, assento no Conselho Estadual de Meio Ambiente do Amazonas (CEMAAM),
no Fórum Estadual de Mudanças Climáticas (FAMC) e na Associação Nacional das
Organizações Municipais de Meio Ambiente (ANAMA).

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Os dados do FOPES-AM são os seguintes:

 CNPJ: 12.963.257/0001-28.
 Espécie: Associação.
 Criação: Ata de Constituição, eleição e posse, lavrada em 25/03/2010 e seu
Regimento Interno.
 Documento Legal: Certidão – Protocolo n.o 00027063 / Registro n.o
00027036 / Livro n.o A-478 / Data: 03/09/2011.
 Coordenação Colegiada do FOPES-AM (Gestão 2012-2013):
o 05 integrantes da Coordenação;
o Núcleos do FOPES-AM (Representação de cada uma das 09 Calhas
de Rio - 01 Titular e 01 Suplente).

Os Núcleos do FOPES por Calha de Rio estão divididos conforme demonstrado no


Quadro 3.

Quadro 3 - Núcleos do FOPES por calha de rio


CALHA MUNICÍPIOS
Alto Rio Negro Novo Airão, Barcelos, Santa Izabel e São Gabriel da Cachoeira
Maués, Boa Vista do Ramos, Barreirinha, Nhamundá, São Sebastião
Baixo Amazonas
do Uatumã, Urucará e Parintins
Madeira Borba, Novo Aripuanã, Manicoré, Apuí e Humaitá
Purus Lábrea, Boca do Acre, Tapauá, Canutama e Pauini
Juruá Juruá, Carauari, Itamarati, Eirunepé, Ipixuna, Guajará e Envira
Fonte Boa, Jutaí, Tonantins, Santo Antônio do Içá, Amaturá, São
Alto Solimões
Paulo de Olivença, Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte
Médio Solimões / Japurá Coari, Tefé, Alvarães, Uarini, Maraã e Japurá
Baixo Solimões Caapiranga, Anamã, Anori, Beruri e Codajás
Fonte: FOPES, 2011
Como o FOPES-AM é o responsável por desenvolver estratégias para uma gestão
ambiental compartilhada entre os municípios, essa organização fomenta a discussão
na busca de soluções para os desafios ambientais do estado do Amazonas. Neste
sentido, um exemplo bem sucedido de cooperação entre Estado e Municípios foi à
realização do Programa de Apoio à Elaboração dos Planos Municipais de
Saneamento e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios do Estado do
Amazonas (PLAMSAN).

O PLAMSAN foi uma iniciativa da Associação Amazonense dos Municípios - AAM,


com a participação de 59 prefeituras que financiaram R$ 1,8 milhão, e apoio do
governo do Amazonas, através da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento

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Sustentável (SEMA-AM), com a contribuição de mais R$ 1 milhão, para elaboração
dos Planos Municipais de Saneamento e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Assim como no desenvolvimento do PLAMSAN, a presença do Estado, através da


SEMA-AM, foi determinante como agente fomentador e disciplinador perante os
municípios, tornando-se fundamental para a viabilização de possíveis acordos de
gestão compartilhada de manejo de resíduos sólidos como, por exemplo, na questão
do transporte intermunicipal de resíduos.

Investigando a metodologia adotada pelo PLAMSAN, que formou equipes técnicas


compostas por quatro técnicos em cada município, indicados pelos gestores
municipais que aderiram ao Programa, entre eles os secretários municipais de meio
ambiente, verificou-se a eficácia da metodologia realizada quando se observou o
resultado que culminou na entrega de 59 Planos de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos e Planos Municipais de Saneamento Básico (SEMA-AM, 2013).

Os quatro técnicos municipais do PLAMSAN eram munícipes, funcionários do poder


público municipal e foram nomeados por decreto. Correspondiam à um técnico para
meio ambiente, normalmente o secretário de meio ambiente; um técnico para
saneamento, normalmente um funcionário da secretaria de obra; um advogado
municipal e um mobilizador social, normalmente um funcionário da secretaria de
assistência social.

No entanto percebe-se o uso da autoridade do gestor municipal na imposição da


indicação dos técnicos municipais, uma vez que as 59 prefeituras que aderiram ao
programa, juntas contribuíram com 1,8 milhões de reais, e essa vertente financeira
por parte dos municípios não é contemplada na elaboração do PRSCS-RMM. Por
isso, a metodologia, no que diz respeito à rede de assistência adotada pelo
PLAMSAN, necessita ser ajustada para ser aplicada na elaboração do PRSCS-
RMM.

A metodologia adotada pelo PLAMSAN pode ser observada na Figura 3 e trata-se


de uma rede de assistência formada por Coordenação da Associação Amazonense
dos Municípios (AAM), Equipe Técnica (AAM) e Equipes Municipais.

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Figura 3 - Rede de assistência do PLAMSAN

Fonte: PLAMSAN, 2012

Considerando a ausência da vertente de contribuição financeira por parte dos


municípios no processo de elaboração do PRSCS-RMM é que conta-se com o poder
mobilizador e estimulador do FOPES-AM por meio da Secretaria Executiva Adjunta
de Compensação e Serviços Ambientais (SEACA) da Secretaria de Estado do Meio
Ambiente do Desenvolvimento Sustentável do Amazonas.

Além do poder de mobilização do FOPES-AM, por meio da SEACA/SEMA, a fim de


garantir a melhor qualidade dos produtos, conta-se com o poder fiscalizador da
SEACA/SEMA e do apoio na avaliação e contribuição dos produtos por meio do
Comitê Consultivo Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos (CEGRS). Dessa
maneira a rede de assistência a ser construída na elaboração do PRSCS-RMM, será
como demonstrada na Figura 4.

Nessa rede de assistência a ser formada para elaboração do PRSCS-RMM, o


sucesso na construção dos Produtos dependerá do exercício das funções de cada
componente desta rede, a saber, são:

 SEMA: Papel Fiscalizador – avaliar todos os produtos componentes do


PRSCS-RMM, considerando as exigências do Projeto Básico que norteia os
trabalhos. Sua função é garantir a qualidade técnica do PRSCS-RMM,
contribuindo com a visão geral e específica sobre resíduos sólidos no
Amazonas, além de ser o interlocutor entre a Equipe Técnica da Laghi e os
Secretários Municipais de Meio Ambiente, por meio do FOPES-AM e outras
estratégias;

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 CEGRS: Papel Consultivo - O Comitê Consultivo Estadual de Gestão de
Resíduos Sólidos, vinculado à SEMA-AM, é um colegiado multidisciplinar de
natureza técnico-científica e consultiva, tem a finalidade de acompanhar a
estruturação e implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no
Estado do Amazonas;
 Equipe Técnica (Laghi): Papel Técnico - Composta de acordo com o Plano de
Trabalho para Contratação de Pessoa Jurídica para Elaboração do PRSCS-
RMM irá apresentar ao Cliente (SEMA-AM) e apoiará tecnicamente as
oficinas participativas.
 Secretários Municipais de Meio Ambiente (FOPES-AM): Papel Técnico -
Colaboram com o fornecimento de informações necessárias à construção do
Plano, acompanham a equipe técnica às visitas a campo e contribuem com
as ações de mobilização social.

Figura 4 - Rede de assistência para elaboração do PRSCS-RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

2.2.20.3. Metodologia de pesquisa


 Pesquisa de Dados Secundários

A pesquisa possibilita uma aproximação e um entendimento da realidade a


investigar. A pesquisa é um processo permanentemente inacabado. Processa-se por

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meio de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo-nos subsídios para uma
intervenção no real. Ela é o resultado de um inquérito ou exame minucioso,
realizado com o objetivo de resolver um problema, recorrendo a procedimentos
científicos (GERHARDT E SILVA, 2009).

O PRSCS-RMM constitui em passos de uma caminhada para o ordenamento do


manejo dos resíduos sólidos no Amazonas. Desta forma, grande parte de suas
ações serão construídas a partir de ações anteriores desenvolvidas por diferentes
atores e esferas de administração. A reunião, organização, análise e consolidação
do material produzido anteriormente são fundamentais para o resgate e
aprimoramento de todos os esforços já desenvolvidos sobre esta temática e o seu
aproveitamento no desenvolvimento do projeto.

Para construção desse acervo, serão aplicados os métodos da pesquisa descritiva e


pesquisa bibliográfica, que exige dos investigadores uma série de informações sobre
o que se deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos de
determinada realidade (GERHARDT E SILVA, 2009).

Neste acervo serão buscadas informações diretas ou indiretas sobre o potencial de


geração de resíduos e de desenvolvimento de atividades que possuam alguma
interface com os Planos em elaboração.

O acervo do projeto ficará disponível a todos os interessados na página do projeto


na Internet, juntamente com os documentos de trabalho e os resultados aprovados.

Como ação de planejamento, serão enviadas cartas para solicitar o acervo existente,
para consulta durante a elaboração do Plano de Resíduos Sólidos. As instituições a
serem consultadas e os acervos solicitados serão os seguintes:

 Contatos dos pontos focais nos municípios (SEMA-AM);


 Macrozoneamento Ecológico Econômico do Estado do Amazonas (SEMA-
AM);
 Zoneamento Ecológico Econômico da Sub-região do Purus (SEMA-AM);
 Mapa de divisão do FOPES e os critérios para a divisão (SEMA-AM);
 Unidades de Conservação Estaduais, Municipais e Federais existentes no
Amazonas – formato shapefile (SEMA-AM);

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 Planos de resíduos de outros estados (SEMA-AM e MMA);
 Dados sobre a geração e manejo de resíduos (SNIS, IBGE, IPEA, IPAAM e
ABRELP)
 Levantamentos sobre solos e hidrologia (CPRM);
 Atividades dos catadores de materiais recicláveis (Fórum Lixo e Cidadania,
MNCR, SETRAB, SEAS, SEARP e MPT);
 Terras e reivindicações indígenas (SEIND, FUNAI);
 Planos de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (FUNAI e
SEIND);
 Dados municipais e Atlas da SEMA-AM (IBGE e SEMA-AM);
 Acordos setoriais para a logística reversa (MMA);
 Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e Planos
Municipais de Saneamento Básico elaborados e atualizados pelo PLAMSAN
(SEMA-AM e AAM);
 Matriz de acompanhamento de aprovação dos PMSB e PMGIRSRS (SEMA-
AM);
 Lista de Contatos do Comitê Consultivo Estadual de Gestão de Resíduos
Sólidos – CEGRS (SEMA-AM);
 Plano Nacional de Mineração (DNPM, CPRM, IPAAM, SEMGRH);
 Programas de desenvolvimento industrial (SEPLAN, SUFRAMA, SEMGRH –
Polo Naval);
 Planos de Gestão/Manejo de Unidades de Conservação (CEUC/SEMA-AM e
ICMBio);
 Programas de desenvolvimento urbano (Caixa Econômica Federal, SUHAB e
Municípios);
 Programas de desenvolvimento agrário e agropecuários (INCRA, EMBRAPA,
SEPROR e Ministério da Agricultura e Abastecimento);
 Estrutura e atuação dos sistemas de saúde público e privado (Ministério da
Saúde, SUSAM, SEMSA, Associação dos Hospitais, Veterinários e
Odontólogos);
 Planos e Programas de transportes (MT, SEINFRA, DNIT, INFRAERO,
ANTAQ);
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 Planos Diretores Municipais existentes (SRMM, AAM, SEMA-AM e PMM);
 Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - PGIRSU -
do Município de Apuí/AM (SEMA-AM e PMA);
 Relatórios Operacionais da situação das lixeiras nos municípios de Benjamin
Constant, Borba, Carauari, Coari, Apuí, Humaitá, Lábrea, Tefé, Eirunepé,
Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Maués, Parintins, Barcelos, Manicoré, Santa
Isabel do Rio Negro, São Paulo de Olivença e Tabatinga (IPAAM e TCE);
 Planos de Comunicação e de Mobilização Social dos municípios participantes
do PLAMSAN (SEMA-AM, AAM e LAGHI);
 Legislação e Normas aplicáveis (SEMA-AM, MMA, LAGHI e PGE);
 Produção cartográfica (LAGHI);
 Levantamento das unidades da UFAM; IFAM e UEA;
 Resgatar os trabalhos acadêmicos da UFAM; IFAM e UEA;
 Dados cartográficos de empreendimentos de grande porte (IPAAM, SEMA-
AM e IBAMA);
 Relatório da JICA (SUFRAMA);
 Plano Estadual de Mudanças Climáticas (CECLIMA/SEMA-AM);
 Resíduos de alimentos (CONAB, SESC Mesa Brasil, ADS-
PREME/PROMOVE);
 Resíduos de Passagens de Fronteira (MMA e Forças Armadas);
 Relatórios das Etapas Municipais, Intermunicipais, Estadual e Nacional da IV
Conferência de Meio Ambiente (MMA e SEMA-AM);
 Resultados do Relatório da Pesquisa do BNDES (SEMA-AM);
 Resoluções aprovadas pelos Conselhos Municipais de Meio Ambiente.

Após a coleta do acervo existente, a equipe iniciou o exame dos conteúdos com o
objetivo de extrair ao máximo as informações, definir o status atual, formar a
biblioteca do projeto e preparar os documentos para o início dos trabalhos.

 Levantamento de Dados Primários

O levantamento de dados primários consistirá na execução de um diagnóstico da


gestão dos resíduos sólidos mediante inspeção local, com o objetivo de atualizar as

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informações secundárias e ainda obter dados não levantados através do
levantamento secundário. Será utilizado o método de pesquisa exploratória, que tem
como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-
lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas
envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que
estimulem a compreensão (GIL, 2007), além do método de Pesquisa de Campo, que
se caracteriza pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou
documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes
tipos de pesquisa (GERHARDT E SILVA, 2009). Para tanto, este diagnóstico será
desenvolvido em três fases de execução: fase de planejamento, fase de visitas
técnicas e a fase de análise de dados.

2.2.20.4. Fase de Planejamento

Para o desenvolvimento do diagnóstico de resíduos sólidos e de coleta seletiva da


região Metropolitana de Manaus, inicialmente organizou-se um cronograma de
viagens/visitas técnicas para todos os 8 municípios da RMM, conforme Quadro 4,
considerando um período médio para deslocamentos e visitas técnicas de 3 dias.

Quadro 4 - Rotas para levantamento de campo


DIAS DE MUNICÍPIOS
EQUIPES MUNICÍPIOS
VIAGEM POR TRECHO
Todas as Iranduba - 26 e 27 de Junho (PILOTO) 2 1
Equipes Manaus - 25 a 29 Agosto 0 1
TOTAL 2 2
Equipe 01 e 02 Itacoatiara (Lindoia) - 07 de Julho 1 1
TOTAL 1 1
Equipe 01 Novo Airão - 17 e 18 de Julho 3 1
TOTAL EQUIPE 01 3 1
Manacapuru - 17 e 18 de Julho 3 1
Equipe 02
Presidente Figueiredo (Balbina) - 14 e 15 de Agosto 2 1
TOTAL EQUIPE 02 5 2
Equipe 03 Rio Preto da Eva - 14 a 16 de Julho 3 1
TOTAL EQUIPE 03 3 1
Equipe 04 Careiro da Várzea - 18 a 22 de Agosto 3 1
TOTAL EQUIPE 04 3 1
* Municípios destacados em VERMELHO receberão o Estudo Gravimétrico
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Para auxiliar o desenvolvimento da coleta de dados durante a fase de visitas
técnicas, elaborou-se um Formulário de Coleta de Campo e os instrumentos de
coletas a fim de otimizar, nortear e padronizar as informações a serem coletadas nos
municípios.

O formulário foi elaborado contemplando itens da gestão de resíduos sólidos, como


aspectos da administração dos serviços de coleta e transporte de resíduos,
disposição final de resíduos, reciclagem formal e informal, compostagem e educação
ambiental.

Os procedimentos de pesquisa de campo foram elaborados em consonância com as


previsões dos Planos de Comunicação e Mobilização Social. Desta forma, após a
elaboração do formulário será identificado em cada município um interlocutor
(pessoa focal), que terá o papel de auxiliar no desenvolvimento do diagnóstico e na
checagem das informações. Este interlocutor deverá ter conhecimento sobre a
gestão dos resíduos sólidos no município. Desta forma o mesmo será capacitado
durante as visitas técnicas para atualizar os dados. O mesmo deverá ainda auxiliar
no preenchimento do formulário, agendando reuniões e visitas aos órgãos
ambientais, instituições de ensino e saúde, conselhos e principalmente no
mapeamento das rotas tecnológicas, das lixeiras viciadas e de possíveis áreas para
centros de disposição final de resíduos.

Para auxilio da caracterização de possíveis áreas para disposição final de resíduos,


será atualizado o estudo desenvolvido pelo PLAMSAN. Inicialmente será feito uma
análise excludente de áreas a partir de informações cartográficas como existência
de áreas protegidas, áreas sujeitas à alagação, distância de aeródromos/
aeroportos, tipo de solo, tipo de fitofisionomia, cursos d’água e outros. Desta forma,
serão identificadas áreas para serem caracterizadas nas fases de visitas técnicas.

Com o objetivo de treinamento da equipe técnica será realizado uma Capacitação


sobre noções básicas para utilização de GPS nas atividades de campo do PRSCS-
RMM, onde serão abordados os seguintes temas:

o Definição do sistema;
o Técnicas de posicionamento;
o Precisão do sistema;

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o Funções Básicas;
o Transposição de dados sistema no Track Maker;
o Demonstração em campo.

Para o nivelamento da equipe técnica, será desenvolvido um levantamento piloto na


sede do munícipio de Iranduba, com o intuito de validar a metodologia a ser seguida
na fase de visitas técnicas.

Durante o nivelamento será aplicado o formulário para caracterização da gestão dos


resíduos sólidos; será mapeada a rota tecnológica existente, lixeiras viciadas,
identificação de possíveis áreas para disposição final, grandes geradores e etc.

Com o intuito de se conhecer as características dos resíduos, será desenvolvido um


experimento para identificar a composição gravimétrica do lixo da sede do munícipio
de Iranduba durante o nivelamento da equipe técnica. Este experimento poderá ser
replicado para outros municípios durante a fase de visitas técnicas.

O município de Iranduba pertence à Mesorregião do Centro Amazonense e


Microrregião de Manaus estando localizado a uma distância de 13 km da capital
amazonense por via terrestre e 32 km por via fluvial, conforme mostra a Figura 5.

Figura 5 - Mapa de localização do município de Iranduba

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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De acordo com o PLAMSAN (2012) o município de Iranduba integra-se à Região
Metropolitana de Manaus, a maior região metropolitana brasileira em área territorial
é a mais populosa da Região Norte do Brasil.

Figura 6 - Mapa de localização da Região Metropolitana de Manaus

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O município de Iranduba, segundo dados do PLAMSAN (2012) e baseado no censo


do IBGE (2010) possui uma população total de 40.781 habitantes, sendo sua
população urbana correspondente a 71% e a população rural a 29%, conforme
Quadro 5.

Quadro 5 - População de Iranduba dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010


POPULAÇÃO
ANO POPULAÇÃO RURAL POPULAÇÃO TOTAL
URBANA
1991 6.403 12.473 18.876
2000 9.940 22.363 32.303
2010 28.897 11.802 40.781
Fonte: IBGE, 2010

Ainda segundo o PLAMSAN (2012), Iranduba é considerado o 4º Município mais


populoso da Região Metropolitana de Manaus. Por ser próximo da capital e de fácil
acesso foi escolhido para o desenvolvimento do experimento piloto.

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Com o intuito de divulgar as etapas de execução da Elaboração do Plano e auxiliar
na comunicação dos envolvidos, será analisada e formatada a composição da
página de internet que reunirá o Acervo Digital com auxílio de ferramenta SharePoint
para uso da equipe com a possibilidade de download de arquivos, possibilidade de
compartilhamento de todas as informações do diagnóstico, como vídeos, fotografias
e textos das visitas técnicas e reuniões, formulários, espaços para os municípios
inserirem arquivos e download, links com matérias e estudos relacionados aos
resíduos sólidos, legislação pertinente e etc.

2.2.20.5. Fase de Visitas Técnicas

A Fase de Visitas Técnicas consistirá em fazer o diagnóstico da gestão dos resíduos


sólidos e de coleta seletiva da Região Metropolitana de Manaus.

Esta fase iniciará em junho de 2014 e terá uma média de 3 dias por município. Com
o auxílio de um interlocutor (pessoa focal) com conhecimento da gestão dos
resíduos sólidos do município, serão coletados os dados primários definidos no
Formulário de Coleta de Campo, que aborda aspectos da administração dos
serviços de coleta e transporte de resíduos, disposição final de resíduos, reciclagem
formal e informal, compostagem e educação ambiental.

Nesta Fase, serão levantadas possíveis áreas para disposição final de resíduos.
Para tanto será atualizado o estudo desenvolvido pelo PLAMSAN.

Para esta análise, será elaborado um mapa através do auxílio de ferramentas de


geoprocessamento, adotando o método de áreas excludentes, como a existência de
áreas protegidas, áreas sujeitas à alagação, distância de aeródromos/aeroportos,
tipo de solo, tipo de fitofisionomia, cursos d’água e outros. Após a elaboração dos
mapas de áreas excludentes, serão identificadas e mapeadas (GPS) possíveis áreas
para disposição final, considerando os aspectos distância dos centros geradores,
acessibilidade, cursos hídricos, tipo de solo, tipo de vegetação, disponibilidade de
material de cobertura e outros aspectos inerentes.

Ainda durante a fase de visitas técnicas, serão realizados levantamentos das rotas
tecnológicas de cada município, como mapeamento (GPS) e caracterização através
do acompanhamento das etapas existentes da gestão dos resíduos sólidos,

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considerando os serviços de coleta e transporte de resíduos, disposição final de
resíduos, a existência de processos de reciclagem, compostagem, aproveitamento
energético de gases de aterros e outros mecanismos de tratamento de resíduos.

Serão levantados e mapeados (GPS) ainda os principais geradores de resíduos, a


geração de resíduos nas comunidades rurais e indígenas, possíveis áreas
degradadas contaminadas em razão da disposição inadequada de resíduos sólidos
ou rejeitos a situação dos resíduos sujeitos à logística reversa, catadores e
interlocutores e a identificação dos principais fluxos de resíduos no estado.

2.2.20.6. Fase de Análise de Dados

Após a fase de visitas técnicas para a caracterização das rotas tecnológicas dos
municípios, os resultados serão tabulados para efeito de análise estatística.

Inicialmente as respostas dos formulários serão reunidas para execução de uma


análise crítica no sentido de corrigir ou ainda eliminar as possíveis inconsistências
nos dados coletados.

Após esta etapa, os dados do formulário serão registrados em uma planilha


eletrônica (banco de dados). Estes dados serão organizados através de uma matriz
de problemas e causas, disponibilidades e potenciais.

Para a análise estatística, será utilizado o software livre “R”. Esta análise consistirá
na construção de tabelas, gráficos e cálculos de correlações e modelos de
regressão.

Esta análise terá como objetivo definir o perfil da gestão dos resíduos sólidos e de
coleta seletiva nos municípios da Região Metropolitana de Manaus e possibilitar a
elaboração de prognóstico dos mesmos.

2.2.21. Proposta de estudo de caracterização gravimétrica dos resíduos


sólidos domiciliares

A geração de resíduos sólidos domiciliares tem sido um grande problema para


sociedade contemporânea. Destaca-se ainda a preocupação de se realizar
corretamente o tratamento e a disposição final apropriada dos resíduos gerados pela

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população, atividades consideradas como problemáticas em várias cidades
brasileiras, já que a falta de informações referentes à composição física dos
resíduos domiciliares, em especial, a composição gravimétrica, pode tornar o
tratamento e a disposição inadequados. A gestão dos resíduos sólidos abrange
diversos aspectos relacionados à sua origem, geração, armazenamento, coleta,
tratamento e disposição final. A geração abundante de resíduos e o seu
gerenciamento incorreto ou descaso podem trazer diversos problemas a um
município, tanto sanitários quanto sociais, ambientais e econômicos (QUISSINI,
2007).

Outro fator que deve ser considerado é a falta de dados consistentes e confiáveis
sobre a geração dos resíduos e os serviços prestados em municípios do interior dos
estados, além do controle operacional e funcional das atividades de limpeza pública.
Isso dificulta a administração e o gerenciamento adequado do sistema (SISINNO,
OLIVEIRA, 2000).

As características do lixo mudam em função de aspectos sociais, econômicos,


culturais, geográficos e climáticos. Dependem, portanto, do poder aquisitivo, dos
hábitos e do nível educacional da população. Assim, além de variar de município
para município, o perfil ou a composição dos resíduos também podem variar em
diferentes pontos dentro de um mesmo município. Essas informações são
importantes para planejar a implantação da coleta seletiva dos recicláveis, já que a
coleta deve ser dimensionada em função da quantidade de recicláveis gerados. O
processo de análise dos resíduos para conhecer as suas características é chamado
caracterização dos resíduos, onde é necessário estudar as condições da zona
urbana e pesquisar dados referentes ao sistema de limpeza pública, como número
de setores de coleta convencional, frequência da coleta, características sócio
econômicas dos setores/bairros de coleta e quantidade de resíduos gerada (ABREU,
2008).

Em municípios de pequeno porte, a caracterização pode ser feita por meio da


análise de todos os resíduos gerados. Já nos municípios maiores, esse
procedimento é quase impossível. Nesse caso, a alternativa é realizar uma
amostragem, ou seja, a coleta dos resíduos em áreas menores que representem

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regiões com características específicas, como as principais atividades
desenvolvidas, nível social, densidade de ocupação e outras. Feita a análise dos
resíduos, são determinados o índice per capita, que é a quantidade média de
resíduo gerada por habitante em um dia, e a sua composição gravimétrica
percentual de cada componente do lixo (orgânico, reciclável e rejeito), podendo
ainda ser subdivididos por tipos de recicláveis: papel, metal, plástico, vidro e outras
subdivisões que se fizerem necessárias (ABREU, 2008).

Conhecer o lixo é o ponto de partida para planejar a coleta seletiva. É necessário


saber a quantidade de lixo gerada na cidade, quais materiais aparecem em sua
composição, em que percentual ocorrem e em quais setores são significativos. A
partir dessa informação é possível identificar os setores prioritários para a
implantação da coleta seletiva (regiões com maior geração de recicláveis) e definir
as dimensões das instalações e equipamentos necessários. Por intermédio da
determinação da composição gravimétrica é possível identificar a porcentagem
média para aproveitamento dos resíduos recicláveis e da matéria orgânica, que
pode ser transformada em adubo orgânico. Segundo Zanta et al.. (2006, p. 6) “a
composição gravimétrica é usada para avaliação de alternativas tecnológicas de
tratamento fornecendo, juntamente com a taxa de geração, uma estimativa da
quantidade gerada por cada categoria avaliada”.

De acordo com Monteiro et al.. (2001), a composição gravimétrica apresenta o


percentual de cada componente de uma amostra de lixo em análise em relação ao
peso total desta amostra. Os componentes mais comuns de ocorrerem são papéis,
metais, vidros, plásticos e matéria orgânica. A caracterização física dos resíduos
sólidos em um Município, quanto a sua composição gravimétrica, permite avaliar o
potencial de aproveitamento (reutilização ou reciclagem) desses resíduos,
contribuindo para atingir metas universais de reduzir, reutilizar e reciclar as matérias,
evitando ou minimizando danos ao ambiente produzidos em um município. Devido à
divergência de dados disponíveis acerca da geração per capita de resíduos nos
municípios do Amazonas, será realizada a análise da composição dos resíduos
gerados em determinadas localidades, para comparar com os dados existentes do
PLAMSAN e do IPAAM.

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2.2.21.1. Seleção dos municípios onde será realizada a caracterização
gravimétrica

O estudo gravimétrico contemplará Iranduba e Manaus. Para o nivelamento da


equipe técnica, será desenvolvido um levantamento piloto na sede do município de
Iranduba, com o intuito de validar a metodologia a ser seguida na fase de visitas
técnicas.

Quadro 6 - Dados socioeconômicos do município de Iranduba


INFORMAÇÕES UNIDADE QUANTIDADE
População Total Hab. 40.781
População Urbana Hab. 28.979
População Rural Hab. 11.802
Número de domicílios particulares permanentes Unidade 9 797
Renda per capita R$ 349,23
Índice de desigualdade fração 0,56
Esperança de vida ano 72,94
Taxa de fecundidade total: Número médio de filhos que uma mulher
unidade 3,30
deverá ter ao terminar o período reprodutivo (15 a 49 anos de idade)
Taxa de mortalidade infantil: Número de crianças que não deverão
sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianças nascidas 1/1000 17,80
vivas
Taxa de Analfabetismo (18 anos ou mais) % 14,38
% da população em domicílios com coleta de lixo % 91,96
% da população em domicílios com energia elétrica % 94,68
% de pessoas em domicílios com abastecimento de água e
% 30,34
esgotamento sanitário inadequados
IDH fração 0,613
Fonte: IBGE, 2010

2.2.21.2. Metodologia de Caracterização Gravimétrica dos Resíduos Sólidos


Domiciliares

O objetivo do estudo gravimétrico é levantar dados e conhecer as características


qualitativas e quantitativas dos resíduos sólidos urbanos gerados nos municípios,
para posterior planejamento da sua gestão integrada, caracterização gravimétrica
dos resíduos sólidos coletados nos municípios indicados, determinação da geração
per capita dos resíduos sólidos do município e avaliação do potencial de reciclagem
do município.

A análise da composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos em um


município possibilita determinar a origem e a geração desses resíduos, propiciando

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subsídios para análise da eficiência do sistema de gerenciamento de resíduos em
atividade. Para determinar a composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos
de cada município a ser levantado, para determinar a composição gravimétrica dos
resíduos sólidos urbanos, será utilizado o método de quarteamento definido pela
NBR 10007/2004.

Universo

Os domiciliados particulares permanentes dos municípios de Iranduba e Manaus.

Plano amostral

 Escolha de uma amostra aleatória piloto de 200 domicílios, distribuídos de


modo uniforme na área urbana da cidade;
 Os resíduos de cada um dos domicílios amostrados serão coletados e
enviados para local a ser definido, o qual se realizará os ensaios
gravimétricos;
 Realização de um contato prévio com moradores das residências amostradas,
no sentido de solicitar autorização para a utilização dos seus resíduos no
estudo de gravimétrico;
 Registro da quantidade de moradores de cada residência da amostra.

Quarteamento

Será utilizado o método do quarteamento, conforme norma ABNT n.o 10007/2204,


que dispõe sobre a amostragem de resíduos sólidos, para a realização da
gravimetria. Segue as etapas necessárias para a consecução do método:

 Escolha e preparação do terreno colocando-se uma lona impermeabilizante


sobre a área;
 Pesagem de todos os sacos de lixo da amostra dos 200 domicílios;
 Dilaceração de todos os sacos de lixo com o uso de gadanhos e
 Homogeneização, manualmente, com auxílio de pás, enxadas e ganhos, de
toda a massa de lixo coletada para se obter uma amostragem representativa.

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1º quarteamento:
 Divisão da massa de lixo em quatro partes;
 Retira-se, aproximadamente, 50 Kg de cada monte e
 Junta-se os quatro montes, totalizando 200 Kg.

2º quarteamento:
 Homogeneização da massa de 200 kg;
 Realização um novo quarteamento, dividindo em quatro partes iguais de 50
kg;
 Descarte duas partes opostas;
 Outras duas partes unidas e homogeneizadas, tendo uma amostra final de
aproximadamente 100 kg;

Catação e pesagem dos diferentes tipos de resíduos

Nesta etapa, é realizada a separação manual da amostra final de 100 Kg de


resíduos em doze componentes, listado a seguir:

 Matéria orgânica;
 Polietileno de Baixa Densidade (PEBD), “Plástico Mole”;
 Polietileno de Alta Densidade (PEAD),”Plástico Duro”;
 Polietileno de tereftalato (PET);
 Polipropileno (PP);
 Tetra Pack;
 Isopor;
 Madeira;
 Papel e papelão;
 Metais;
 Vidro e
 Rejeito.

A Figura 7 ilustra as etapas envolvidas na análise da composição gravimétrica.

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Figura 7 - Etapas envolvidas na análise da composição gravimétrica

Fonte: OLIVEIRA, 2014

2.2.21.3. Materiais utilizados e equipe


 4 Pás;
 4 enxadas;
 2 gadanhos;
 luvas e máscaras;
 botas;
 1 barbante para realizar o quarteamento;
 1 balança com capacidade mínima de 200 kg;
 12 recipientes de 100 litros;
 1 lona de 30 metros;
 2 garis;
 3 pessoas treinadas para segregar os resíduos.

2.2.21.4. Indicadores calculados


A fração porcentual de uma determinada componente é calculada

A geração per capita

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2.2.21.5. Resultados esperados
 Determinação das frações porcentuais de cada componente de resíduos
sólidos coletados nos Municípios contemplados com o estudo gravimétrico;
 Determinação da geração per capita do Município.

2.2.21.6. Critério para escolha dos Municípios participantes do estudo


gravimétrico

O critério utilizado para a escolha da amostra foi determinado em função de três


variáveis: População Urbana, PIB per capita e Distância em linha reta da capital
amazonense, sendo estas variáveis consideradas como fatores determinantes na
geração per capita dos Municípios da Região Metropolitana de Manaus.

Os valores assumidos por cada uma destas três variáveis, em cada município, são
exibidos no Quadro 7.

Quadro 7 - Categorização das variáveis


FAIXA DE FAIXA DISTÂNCIA
FAIXA POPULACIONAL URBANA
PIB PER CAPITA (em linha reta)
0 a 10 mil habitantes R$ 3.000 a R$ 5.000 25 a 100 Km
10 a 20 mil habitantes R$ 5.000 a R$ 7.000 100 a 200 Km
20 a 30 mil habitantes R$ 7.000 a R$ 10.000 200 a 400 Km
30 a 50 mil habitantes R$ 10.000 a R$ 20.000 400 a 800 Km
50 a 100 mil habitantes Mais de R$ 20.000,00 800 a 1.000 Km
Mais de 100 habitantes Mais de 1.000 Km
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Os valores assumidos pelas variáveis mostradas acima foram classificadas em


categorias, conforme Quadro 8. A partir destas categorizações escolheram-se dois
municípios no sentido de abranger as categorias das três variáveis, resultando na
seguinte amostra:

Quadro 8 - Amostra escolhida de municípios


MUNICÍPIOS DA DISTÂNCIA EM LINHA FAIXA POPULACIONAL FAIXA DE PIB PER
ORD.
AMOSTRA RETA (km) URBANA (hab.) CAPITA (R$)
1 Silves 200 a 400 0 a 10 mil 10.000 a 20.000
2 Santo Antônio do Iça 800 a 1.000 10 a 20 mil 3.000 a 5.000
3 Iranduba 25 a 100 20 a 30 mil 7.000 a 10.000
4 Tabatinga Mais de 1.000 30 a 50 mil 3.000 a 5.000
5 Itacoatiara 100 a 200 50 a 100 mil 10.000 a 20.000
6 Manaus - Mais de 100 mil Mais de 20.000
7 Parintins 200 a 400 50 a 100 mil 5.000 a 7.000
8 Alvarães 400 a 800 0 a 10 mil 5.000 a 7.000
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Quadro 9 - Classes de municípios do Amazonas por faixas populacional, de renda e distância a
Manaus
FAIXA DISTÂNCIA
FAIXA POPULACIONAL FAIXA DE
EM LINHA RETA NOME DO MUNICÍPIO
URBANA (hab) PIB PER CAPITA (R$)
(km)
Canutama
400 a 800 Maraã
3.000 a 5.000 Santa Isabel do Rio Negro
Atalaia do Norte
Mais de 1000
Ipixuna
10.000 a 20.000 200 a 400 Silves
Anamã
Anori
100 a 200 Beruri
Caapiranga
Novo Airão
Careiro
25 a 100
Manaquiri
Alvarães
0 a 10 mil
400 a 800 Japurá
5.000 a 7.000
Juruá
Amaturá
Itamarati
800 a 1000
Pauini
Tonantins
Mais de 1000 Guajará
Boa Vista do Ramos
200 a 400 Nhamundá
São Sebastião do Uatumã
25 a 100 Careiro da Várzea
400 a 800 Uarini
7.000 a 10.000
Itapiranga
200 a 400
Urucará
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Quadro 10 - Classes de municípios do Amazonas por faixas populacional, de renda e distância a
Manaus
FAIXA DISTÂNCIA
FAIXA POPULACIONAL
FAIXA RENDA (R$) EM LINHA RETA NOME DO MUNICÍPIO
URBANA (hab)
(km)
Santo Antônio do Içá
800 a 1000 São Gabriel da Cachoeira
3.000 a 5.000 São Paulo de Olivença
Barcelos
200 a 400
Barreirinha
100 a 200 Presidente Figueiredo
10.000 a 20.000
25 a 100 Rio Preto da Eva
Autazes
100 a 200 Borba
Nova Olinda do Norte
10 a 20 mil
Carauari
400 a 800 Fonte Boa
5.000 a 7.000
Jutaí
Boca do Acre
Mais de 1000
Envira
Novo Aripuanã
200 a 400
Urucurituba
Apuí
7.000 a 10.000 400 a 800
Tapauá
200 a 400 Codajás
3.000 a 5.000 Mais de 1000 Eirunepé
20 a 30 mil
Mais de 1000 Benjamin Constant
5.000 a 7.000
200 a 400 Maués
25 a 100 Iranduba
7.000 a 10.000 400 a 800 Lábrea
200 a 400 Manicoré
Mais de 20.000 200 a 400 Coari
30 a 50 3.000 a 5.000 Mais de 1000 Tabatinga
5.000 a 7.000 400 a 800 Humaitá
100 a 200 Itacoatiara
10.000 a 20.000
400 a 800 Tefé
50 a 100 mil
5.000 a 7.000 200 a 400 Parintins
7.000 a 10.000 25 a 100 Manacapuru
Mais de 100 mil Mais de 20.000 - Manaus
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

2.2.22. Programas de Coleta Seletiva


O Programa de Coleta Seletiva a ser elaborado distintamente para cada município
da RMM deverá abranger o que determinam os artigos 18 e 19 da Lei Federal n.o
12.305/2010 e o artigo 49 do Decreto Federal n.o 7.404/2010, e deverá contemplar
os seguintes conteúdos estabelecidos pelo Edital de Chamada Pública SRHU/MMA
n.o 001/2011, e outros:

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I – divisão do município em setores para Coleta Seletiva;

II – distribuição, pré-dimensionamento e layout das instalações para a Coleta


Seletiva, tais como: pontos de entrega voluntária (PEVs), locais de entrega
voluntária (LEVs), galpões de triagem dos resíduos secos, áreas de transbordo e
triagem (ATTs), áreas de reciclagem e beneficiamento dos resíduos da construção
civil, compostagem de resíduos orgânicos, entre outras;

III – dimensionamento e qualificação das equipes necessárias para a correta


operacionalização da Coleta Seletiva;

IV – definição de requisitos mínimos de segurança e saúde do trabalhador no


manejo dos Resíduos Sólidos da Coleta Seletiva;

V – levantamento dos equipamentos e formas de transporte para implantação da


Coleta Seletiva, inclusive a combinação adequada entre os mesmos;

VI – definição de rotas e frequência para a coleta e transporte dos materiais


recicláveis;

VII – estruturação do processo de logística reversa, observando o mercado local,


regional e nacional.

Para chegar a esses objetivos serão analisadas as seguintes informações nos


municípios da RMM:

 Divisão por zonas da cidade;


 Locais de grande fluxo de pessoas e fácil acesso;
 Diagnóstico para o conhecimento do número de domicílios a serem atendidos
com a coleta seletiva;
 Mapa das ruas dos municípios e dos cadastros de geradores domiciliares
(geradores comerciais);
 Avaliar a quantidade de resíduos gerados e sua distribuição geográfica do
município;
 Identificação da população e caracterização dos resíduos gerados;
 Conhecer a massa gerada;
 Saber se os catadores atuam no município (associações e cooperativas) e
como funcionam;
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 Quantos trabalham na coleta e na triagem;
 Qual a capacidade de processamento do material;
 Qual a renda obtida mensalmente;
 Quais os equipamentos dispõem para a coleta e processamento de
recicláveis;
 Quem são os compradores;
 Condições de comercialização dos resíduos;
 Qual a estrutura administrativa e o apoio;
 Saber se já houve algum projeto desse tipo, e se sim, por que não deu certo,
para não cometer os mesmos erros;
 Verificar se já existem galpões de triagem;
 Elaboração de metas a curto, médio e longo prazo;

A divisão dos municípios em setores de coleta seletiva será realizada pelo


cruzamento dos mapas de sistema viário com os dados de contagem populacional
dos setores censitários. Este cruzamento gerará uma informação sobre a densidade
populacional para cada setor o que possibilitará a estimativa da densidade total de
resíduos por setor e consequentemente, o dimensionamento dos roteiros. Para os
municípios com mapas viários incompletos, será efetuada uma atualização com o
uso de motocicletas e GPS, para posterior estimativa dos resíduos e
dimensionamento de setores de coleta seletiva.

Os estudos de composição gravimétrica fornecerão a participação de cada fração de


resíduos recicláveis na composição dos resíduos de cada cidade. Esta informação,
juntamente com os dados de coleta total, fornecerá a estimativa do total de materiais
recicláveis existentes em cada município.

Desta forma, após estimar o volume total de resíduos recicláveis nos setores e suas
composições, os mesmos serão equilibrados operacionalmente, ou seja, passarão a
ter tempo de jornada, massa a coletar e extensão a percorrer compatíveis e
devidamente distribuídas entre os roteiros.

As metas de reciclagem e dos acordos setoriais fornecerão as quantidades


almejadas de resíduos a serem coletados de forma seletiva e processados em
operações de reciclagem. Estes números serão utilizados no dimensionamento da
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capacidade total dos veículos e equipamentos necessários para o atendimento das
metas, como galpões de triagem, unidades de transformação, unidades de
aproveitamento de materiais recicláveis e centros de transbordo.

A distribuição espacial das estruturas operacionais será feita em função do


zoneamento urbano de cada cidade para as atividades pretendidas e pela densidade
espacial da população e da geração dos resíduos. Essa distribuição deverá
contemplar toda a cadeia de concentração de cada fração, incluindo coleta porta a
porta, PEVs, galpões de triagem, unidades de transformação e aproveitamento dos
materiais.

As definições dos equipamentos de proteção individual e coletiva para os


trabalhadores dessas atividades serão feitas a partir do enquadramento dos postos
de trabalho às prescrições normativas brasileiras da medicina, higiene e segurança
do trabalho.

Os acordos setoriais para a logística reversa e os mecanismos de fomento para as


atividades industriais utilizadoras de materiais recicláveis deverão ser levantados e
plenamente integrados aos Planos.

Quanto aos aspectos de segurança dos catadores de materiais recicláveis, pode-se


citar o que determina NR 06, quando afirma que EPI é todo e qualquer dispositivo ou
produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção de riscos
susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, devem ser usados
quando as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho.

Os equipamentos de proteção são de cabeça, olhos e face, pele, membros


superiores, membros inferiores, contra quedas e com diferença de nível, respiratória,
e para o corpo em geral. Sendo assim, os EPI’s são equipamentos fundamentais
nos processos de reciclagem, tanto para os catadores quanto para o pessoal que
trabalha separando os materiais ou na reciclagem propriamente dita (RAMOS,
2012).

No que se refere à saúde dos trabalhadores de materiais recicláveis, afirma-se que é


no trabalho e pelo trabalho que o homem é valorizado e reconhecido perante a
sociedade e utiliza-se deste para sua sobrevivência. Desta forma o trabalho passa a
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ter também uma acepção um tanto deletéria, isto é, o trabalho ao mesmo tempo em
que dignifica o homem, também não é uma atividade necessariamente benéfica a
sua saúde, na medida em que provoca fadiga e sofrimento (MADRUGA, 2002). Em
se tratando dos danos à saúde humana, oriundos do contato com o lixo, devido “à
diversidade de vias de transmissão e, especialmente, a ação dos vetores –
biológicos e mecânicos – o raio de influência e os agravos à saúde mostram-se de
difícil identificação” (HELLER, 2007). Contudo, as morbidades mais frequentes
advindas do contato humano direto ou indireto com o lixo são as doenças diarreicas,
diretamente relacionadas à lavagem das mãos, e aquelas transmitidas por vetores
biológicos e mecânicos.

Quanto ao levantamento dos equipamentos e formas de transporte para implantação


da coleta seletiva, inclusive a combinação adequada entre os mesmos, afirma-se
que serão levantados para área de coleta, triagem e transporte, o que for
necessário, como por exemplo: Caçambas de 30 m³ (fechada), Caçamba de 7 m³,
Equipamento para Coleta Seletiva (para pontos de coleta), Prensa Hidráulica,
Contêiner em aço (vários tamanhos), Contêiner em plástico, Roll-on Roll-off
(caminhão para transporte de caçambas) e etc.

2.2.23. Prognóstico

Como determina a Lei Federal n.o 12.305/2010, em seu art. 17, inciso I, e o Decreto
Federal n.o 7.404, em seu art. 48, a proposição de cenários será elaborada, visando
a descrição de um futuro possível, imaginável e desejável na gestão estadual de
resíduos sólidos para o horizonte de 20 anos a partir de 2015.

Será construído com base nas informações do diagnóstico, buscando uma análise
prospectiva da situação futura de modo a orientar o planejamento, com o objetivo de
identificar, dimensionar, analisar e prever a implementação de alternativas de
intervenção, inclusive emergenciais e contingenciais, visando o atendimento das
demandas e prioridades da sociedade no que se refere à gestão de resíduos sólidos
(BRASIL, 2012).

Estes cenários servirão de referencial para o planejamento no horizonte temporal


adotado, refletindo as expectativas favoráveis e desfavoráveis para aspectos como

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crescimento populacional; intensidade de geração de resíduos; mudança no perfil de
resíduos; incorporação de novos procedimentos; novas capacidades gerenciais, etc.
(BRASIL, 2012).

Os acordos setoriais para a logística reversa, em vigor e em discussão, deverão ser


documentados, analisados e discutidos com os seus respectivos responsáveis para
a implementação na Região Metropolitana de Manaus.

Durante o processo de elaboração dos cenários, deve-se valorizar a participação da


sociedade e suas instituições representativas, pois favorece a construção de
mecanismos de controle social. As rotas tecnológicas mais promissoras deverão ser
identificadas, avaliadas e divulgadas para a sociedade como forma de nivelamento
das informações.

As previsões estarão de acordo com o Estudo de Regionalização e definirão o


manejo adequado para cada tipo de resíduo com o mapeamento das áreas
favoráveis para concentração, tratamento, reciclagem e disposição final de resíduos.

Os cenários institucionais deverão considerar as necessidades de regionalização e


os instrumentos legais para a formação de consórcios intermunicipais e de sua
interação com a administração estadual.

Para a construção dos cenários serão adotadas as seguintes estratégias:

 Projeções populacionais;
 Cenários macroeconômicos;
 Calcular as projeções para a geração das diferentes frações e do total dos
resíduos, considerando as mudanças tecnológicas futuras e o crescimento da
economia;
 Mapear as vias e áreas mais favoráveis para o transporte e processamento
dos resíduos;
 Análise das metas propostas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos;
 Análise das metas dos acordos setoriais;
 Análise das exigências da legislação existente;
 Análise das metas municipais propostas pelo PLAMSAN;
 Análise do Plano Plurianual do Estado do Amazonas;

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 Análise e proposição de fontes de custeio compatíveis com o prognóstico;
 Análise do estudo de correlação entre PIB/per capita/geração de resíduos.

Os métodos utilizados para o cálculo das projeções serão baseados nas taxas de
crescimento geométrico populacional e em modelos estatísticos de regressão linear.

2.3. Metodologia Participativa

A PNRS estabelece princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão


integrada e gerenciamento dos resíduos sólidos, indicando as responsabilidades dos
geradores, do poder público e dos consumidores. Define ainda princípios
importantes como do direito à informação e ao controle social.

A mesma Lei assegura ampla publicidade ao conteúdo dos planos estaduais de


resíduos sólidos, bem como controle social em sua formulação, implementação e
operacionalização (Artigo 14º (Parágrafo único)). O controle social é entendido como
“conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e
participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas
públicas relacionadas aos resíduos sólidos” (Artigo 3º (inciso VI)).

Além da participação da sociedade nos processos de formulação, planejamento,


implementação e fiscalização de políticas públicas de resíduos sólidos, a mudança
de comportamento e a adoção de hábitos de higiene por parte da população
possuem igual importância nas medidas de adequação sanitária.

Para Zaneti & Sá (2002), a integração da gestão dos resíduos sólidos exige a
criação de redes relacionais de sustentação entre os atores sociais envolvidos:
geradores dos resíduos, catadores de materiais recicláveis, poder público, setor
privado que valoriza os resíduos sólidos no mercado, os intermediários e outros. Na
concepção de DACACH et. al., (2003), a gestão integrada dos resíduos sólidos é “a
maneira de conceber, implementar e administrar sistemas de limpeza urbana,
considerando uma ampla participação dos setores da sociedade, tendo como
perspectiva o desenvolvimento sustentável.”

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Entre os instrumentos definidos na Lei Federal n.o 12.305/2010, estão: coleta
seletiva, logística reversa, inclusão produtiva dos catadores de materiais reutilizáveis
e reciclagem e a responsabilidade compartilhada.

A coleta seletiva é definida na própria Lei como sendo a coleta de resíduos sólidos
previamente segregados conforme sua constituição ou composição. Tal segregação
visa reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final. Sendo
assim, a participação da sociedade torna-se indispensável para que haja êxito no
processo. Para tanto, um amplo trabalho de educação ambiental deve estar na
pauta das políticas públicas municipais, para que haja acesso às informações
pertinentes à adequada segregação dos resíduos na fonte geradora.

A PNRS cita a coleta seletiva como um de seus instrumentos e a sua implantação


dever ocorrer em conjunto com a participação de cooperativas ou outras formas de
associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por
pessoas físicas de baixa renda, o que cria um forte elo entre os dois.

A responsabilidade pelo ciclo de vida útil dos produtos é atribuída aos fabricantes,
importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, de acordo com esta
legislação.

A participação da sociedade também constitui instrumento de avaliação da eficácia


da gestão, e do aprimoramento das políticas e serviços públicos por parte da
população; pressupõe a convergência de propósitos, a resolução de conflitos, o
aperfeiçoamento da convivência, e a transparência dos processos decisórios, com
foco no interesse da coletividade.

A conquista do direito à participação da sociedade nos processos de formulação,


planejamento, execução e fiscalização de políticas públicas está consolidado na
legislação brasileira, em cumprimento a determinação constante do primeiro artigo
da nossa Constituição Federal: “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente” (BRASIL, 1988).

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2.3.1. Plano de comunicação social do PRSCS-RMM
O Plano de Mobilização Social consiste num documento de caráter técnico,
contendo as atividades e metodologias de diagnóstico participativo realizadas nas
etapas e tarefas de elaboração do PRSCS-RMM, detalhando os procedimentos para
mobilização social, divulgação, realização das Oficinas Técnicas, Oficinas Setoriais
Participativas Populares e Consulta Pública de acordo com o Projeto Básico.

O planejamento das atividades foi sistematizado utilizando a Matriz Quadro Lógico,


que permitiu, a partir da definição do objetivo geral e objetivos específicos,
apresentar o detalhamento das atividades até a formatação da estrutura básica do
planejamento.

2.3.1.1. Objetivos e metas


Quadro 11 – Objetivos e metas do Plano de Comunicação Social do PRSCS-RMM
OBJETIVOS GERAIS OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS
Elaborar documento de planejamento que
oriente a equipe técnica no desenvolvimento Plano de Comunicação
das atividades de participação da sociedade Social elaborado.
no processo de elaboração do PRSCS-RMM.
Estimular a participação dos segmentos Segmentos estratégicos
estratégicos no processo de elaboração do sensibilizados para a
PRSCS-RMM. elaboração do PRSCS-RMM.
Considerar o conhecimento da população
Diagnóstico elaborado com a
sobre as questões relacionadas aos resíduos
Garantir a participação participação da sociedade.
sólidos e coleta seletiva.
ampla e plural da
Submeter à população em geral aos Etapas II desenvolvida
sociedade no processo
resultados obtidos na Etapa II de elaboração baseada na participação da
de elaboração do
do PRSCS-RMM. sociedade.
PRSCS-RMM.
Considerar as prioridades da sociedade no
planejamento da Gestão dos Resíduos Planejamento elaborado com
Sólidos e Coleta Seletiva na Região a participação da sociedade.
Metropolitana de Manaus.
Etapas/tarefas desenvolvidas
Refinar informações obtidas no
baseado em critérios
desenvolvimento das etapas/tarefas.
técnicos.
Versão Preliminar do
Validar PRSCS-RMM.
PRSCS-RMM apresentada.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

2.3.2. Escopo do Planejamento


2.3.2.1. Elaboração do Plano de Comunicação Social do PRSCS-RMM

O Plano de Mobilização Social consiste num documento de caráter técnico contendo


as atividades e metodologias de diagnóstico participativo a serem realizadas nas
etapas/tarefas de elaboração do PRSCS-RMM, detalhando os procedimentos para
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mobilização social, divulgação, realização das Oficinas Técnicas, Oficinas
Participativas Populares e Consulta Pública de acordo com o Projeto Básico.

O planejamento das atividades foi sistematizado utilizando a Matriz Quadro Lógico,


que permite, a partir da definição do objetivo geral e objetivos específicos,
apresentar o detalhamento das atividades até a formatação da estrutura básica do
planejamento (CONSALTER, 2007).

2.3.2.2. Divulgação do PRSCS-RMM

Após a definição dos objetivos e traçado um planejamento inicial, os diferentes


segmentos estratégicos da sociedade, relevantes à elaboração do PRSCS-RMM,
serão identificados por meio de consulta aos cadastros existentes em instituições e
organizações com atuação relacionadas ao tema. Estes serão mobilizados através
do fornecimento de informações essenciais à sua participação e servirão como
agentes multiplicadores das mesmas.

Outros segmentos estratégicos serão identificados a partir da aplicação da técnica


snow-ball, na qual atores selecionados identificam e reconhecem novos
interlocutores com perfil estabelecido pela ação (BALDIN e MUNHOZ, 2011).

2.3.2.3. Diagnóstico dos Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região


Metropolitana de Manaus

Simultaneamente à realização do Diagnóstico do PRSCS-RMM por parte da equipe


técnica responsável pela elaboração do Produto, técnicos municipais e agentes
públicos receberão orientações e material de apoio/referência referente à Etapa de
Diagnóstico dos Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva na Região Metropolitana de
Manaus e recolherão as contribuições da sociedade durante o desenvolvimento de
suas atividades cotidianas.

Todas as atividades serão baseadas nos princípios da prática educativa


emancipatória e transformadora que reconhece e valoriza o indivíduo como sujeito
ativo do processo, cria as condições para a participação equitativa dos atores sociais
envolvidos e estimula a construção coletiva do conhecimento (DRUMOND et al..,
2009).

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Serão sugeridos temas-geradores e seus respectivos objetivos, que podem e devem
ser acrescidos de novos temas que contemplem vivências, experiências e
conhecimentos que os informantes chaves possuem acerca da sua própria
realidade, visando levantar aspectos ou questões da dinâmica/realidade local e seu
histórico, infraestrutura e serviços públicos existentes, ações governamentais
realizadas na área, bem como a existência de infraestrutura e equipamentos
coletivos.

2.3.2.4. Planejamento da Gestão dos Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva na


Região Metropolitana de Manaus

Semelhante a etapa de Diagnóstico, as Etapas/tarefas correspondentes ao


Planejamento da Gestão dos Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva na Região
Metropolitana de Manaus contarão com a participação da sociedade por intermédios
de técnicos municipais e agentes públicos no desenvolvimento de suas atividades
cotidianas. Serão fornecidos orientações e material de apoio/referência para a coleta
das contribuições.

2.3.2.5. Oficinas Técnicas

Com o objetivo de refinar as informações obtidas no desenvolvimento das


etapas/tarefas de elaboração do PRSCS-RMM, com base em critérios técnicos,
serão realizadas 14 Oficinas Técnicas com a participação de Pesquisadores
Sêniores convidados para explanarem suas considerações e sugestões sobre os
Produtos elaborados.

O planejamento para a realização das Oficinas Técnicas considerará três momentos


distintos, porém interligados: o planejamento/preparação, a realização e a
sistematização das informações geradas.

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2.3.2.6. Detalhamento das atividades do Plano de Comunicação Social
Quadro 12 – Detalhamento das atividades do PRSCS-RMM
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ATIVIDADES ITENS DE DESPESA METODOLOGIA
Elaborar documento de planejamento que Definição dos métodos de abordagem e
oriente a equipe técnica no desenvolvimento Elaboração do Plano de procedimentos;
Contratação de consultoria. Pesquisa bibliográfica;
das atividades de participação da sociedade Comunicação Social.
no processo de elaboração do PRSCS-RMM. Análise documental.
Identificação dos segmentos estratégicos relevantes
à elaboração do PRSCS-RMM;
Estimular a participação dos segmentos Estabelecimento de parcerias com os principais
Divulgação do PRSCS-
estratégicos no processo de elaboração do -- segmentos estratégicos identificados;
RMM.
PRSCS-RMM. Elaboração de material de divulgação;
Distribuição do material elaborado.
Diagnóstico de Resíduos Elaboração de material de diagnóstico participativo;
Considerar o conhecimento da população
Sólidos e Coleta Seletiva Serviços gráficos; Distribuição do material elaborado;
sobre as questões relacionadas aos resíduos
na Região Metropolitana
sólidos e coleta seletiva. Material de papelaria. Sistematização das contribuições recebidas.
de Manaus.
Submeter à população em geral aos Elaboração e confecção de material de apoio;
Oficinas Setoriais
resultados obtidos na Etapa II de elaboração Passagens aéreas. Apresentação do material elaborado;
Participativas Populares.
do PRSCS-RMM. Elaboração de relatório técnico.
Locação de imóvel; Planejamento das atividades;
Aluguel de veículo; Mobilização dos participantes;
Refinar informações obtidas no Passagens aéreas; Realização das atividades;
Oficinas técnicas
desenvolvimento das etapas/tarefas. Diárias - pesquisador
convidado; Elaboração de relatório técnico.
Serviços gráficos.
Elaboração e confecção de material de apoio;
Validar PRSCS-RMM. Consulta pública. Passagens aéreas. Apresentação do material elaborado;
Elaboração de relatório técnico.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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2.3.2.7. Monitoramento das atividades do Plano de Comunicação Social
Quadro 13 – Monitoramento das atividades do PRSCS-RMM
MONITORAMENTO DAS ATIVIDADES RESULTADOS ESPERADOS INDICADORES MEIOS DE VERIFICAÇÃO
Elaborar documento de planejamento que
oriente a equipe técnica no
Plano de Comunicação Social
desenvolvimento das atividades de Validação do CEGRS. Memória de reunião do CEGRS.
aprovado.
participação da sociedade no processo de
elaboração do PRSCS-AM
Estimular a participação dos segmentos Segmentos estratégicos aptos Mapeamento de
estratégicos no processo de elaboração do a participarem do processo de Segmentos Banco de dados.
PRSCS-RMM. elaboração do PRSCS-RMM. Estratégicos.
Considerar o conhecimento da população
Gerar diagnóstico adequado à Registro de
sobre as questões relacionadas aos Banco de dados.
realidade local. Contribuições.
resíduos sólidos.
Lista de presença;
Frequência na atividade; Ata do evento;
Submeter à população em geral aos
Produto elaborado na Etapa II Registros das
resultados obtidos na Etapa II de
ajustado e alterado. contribuições dos Registros de imagem de audiovisuais;
elaboração do PRSCS-RMM.
participantes.
Relatório técnico.
Considerar as prioridades da sociedade no Gerar planejamento
Registro de
planejamento da Gestão dos Resíduos compatível com às Banco de dados.
Contribuições.
Sólidos no Amazonas. necessidades da sociedade.
Produtos elaborados nas
Refinar informações obtidas no
etapas/tarefas tecnicamente Validação do CEGRS. Memória da reunião do CEGRS.
desenvolvimento das etapas/tarefas.
qualificados.
Frequência na atividade; Lista de presença;
Versão Preliminar do PRSCS- Registro das Ata do evento;
Validar PRSCS-RMM.
RMM ajustada e alterada. contribuições dos Registros de imagem de audiovisuais;
participantes. Relatório técnico.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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2.3.2.8. Cronograma do Plano de Comunicação Social
Quadro 14 – Cronograma das atividades do PRSCS-RMM
Continua
MESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
ETAPA/ATIVIDADES mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15
ETAPA I – COORDENAÇÃO DA ELABORAÇÃO DO PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E COLETA SELTIVA
Elaboração do Plano de Comunicação Social do PRSCS-
RMM
Reunião de Apresentação do Planejamento 04/06
ETAPA II – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS E DE COLETA SELETIVA
Divulgação do PRSCS-RMM
Diagnóstico dos Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva na
12/09
Região Metropolitana de Manaus
Primeira Oficina Setorial Popular Participativa – Careiro
da Várzea
Segunda Oficina Setorial Popular Participativa –
Manacapuru
Terceira Oficina Setorial Popular Participativa - Novo
Airão
Quarta Oficina Setorial Popular Participativa - Iranduba
Quinta Oficina Setorial Popular Participativa – Itacoatiara
Sexta Oficina Setorial Popular Participativa - Rio Preto da
Eva
Sétima Oficina Setorial Popular Participativa – Presidente
Figueiredo
Oitava Oficina Setorial Popular Participativa - Manaus
Primeira Oficina Técnica: Diagnóstico de Resíduos
Sólidos e Coleta Seletiva da Região Metropolitana de 10/09
Manaus
ETAPA III – PROGNÓSTICOS E CENÁRIOS PARA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E COLETA SELETIVA
Planejamento da gestão dos Resíduos Sólidos e Coleta
19/01
Seletiva na Região Metropolitana de Manaus
Segunda Oficina Técnica: Prognóstico e Cenários
Macroeconômicos e Institucionais para gestão de 03/10
Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva
ETAPA IV – MEDIDAS PARA O PLANO QUANTO AOS DISTINTOS TIPOS DE RESÍDUOS E DE COLETA SELETIVA
Terceira Oficina Técnica: Diretrizes e estratégias 24/10
Quarta Oficina Técnica: Desenvolvimento de metas e
30/10
condicionantes
Quinta Oficina Técnica: Programas, Projetos e ações
14/11
estruturantes
Sexta Oficina Técnica: Ações de emergência e
27/11
contingência
Sétima Oficina Técnica: Ações de educação e
12/12
capacitação ambiental
Oitava Oficina Técnica: Medidas para a reutilização e
19/12
reciclagem de resíduos sólidos
Nona Oficina Técnica: Incentivos e apoio a formação e
16/01
capacitação de Associação de Catadores

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Quadro 14 – Cronograma das atividades do PRSCS-RMM
Conclusão Quadro 14
MESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
ETAPA/ATIVIDADES mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15
ETAPA V – MONITORAMENTO E GERENCIAMENTO DO PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE COLETA SELETIVA
Décima Oficina Técnica: Mecanismos e procedimentos
06/02
para avaliação sistemática da eficiência
Décima Primeira Oficina Técnica: Sistema de
Informações sobre a Gestão de Resíduos Sólidos e de 13/02
Coleta Seletiva
Décima Segunda Oficina Técnica: Sustentabilidade
Financeira do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta 20/02
Seletiva
ETAPA VI – PUBLICAÇÃO E OFICIALIZAÇÃO DO PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE COLETA SELETIVA
Décima Terceira Oficina Técnica: Versão Final do PRSCS-
06/03
RMM
Consulta Pública do PRSCS-RMM – Manaus 16/03
Décima Quarta Oficina Técnica: Oficialização do PRSCS-
26/03
RMM
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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2.3.2.9. Objetivos e metas do Plano de Mobilização Social
Quadro 15 – Objetivos e metas do PRSCS-RMM
OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS METAS
Elaborar documento de planejamento de estratégias permanentes
de mobilização a serem realizadas nos municípios durante o
Plano de Mobilização Social elaborado.
desenvolvimento das etapas/tarefas de elaboração do PRSCS-
RMM.
Estabelecer canal virtual de comunicação. Site criado e em funcionamento.
Promover a interação Promover o envolvimento de estudantes da Rede Pública de Ensino Estudantes da rede pública de ensino sensibilizados para a
permanente dos diferentes Fundamental, Médio e Superior no processo de elaboração do problemática dos resíduos sólidos.
públicos PRSCS-RMM.
durante o processo de Instrumentalizar técnicos municipais e agentes públicos na Agentes multiplicadores aptos a contribuir no processo
elaboração do PRSCS-RMM. disseminação das informações relacionadas ao processo de participativo de elaboração do PRSCS-RMM nos municípios.
elaboração do PRSCS-RMM nos municípios.
Divulgar informações relacionadas ao processo de elaboração do Processo de elaboração do PRSCS-RMM disseminado nos
PRSCS-AM nos municípios. municípios.
Estabelecer parcerias para a disseminação de informações
Fontes de informação relacionadas ao processo de
relacionadas ao processo de elaboração do PRSCS-RMM nos
elaboração do PRSCS-RMM nos municípios multiplicadas.
municípios.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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2.3.2.10. Escopo das atividades do Plano de Mobilização Social
Quadro 16 – Escopo das atividades do Plano de Mobilização Social do PRSCS-RMM
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ATIVIDADES ITENS DE DESPESA METODOLOGIA
Elaborar documento de planejamento de
- Definição dos métodos de abordagem e
estratégias de mobilização permanente a
Elaboração do Plano de procedimentos;
serem realizadas nos municípios durantes o - Contratação de consultoria.
Mobilização Social - Pesquisa bibliográfica;
desenvolvimento das etapas/tarefas de
- Análise documental.
elaboração do PRSCS-RMM.
- Seleção de conteúdo para publicação;
- Publicação do conteúdo selecionado;
- Contratação de profissional para a
- Sistematização das contribuições recebidas;
Criação e manutenção de página criação de arte;
Estabelecer canal virtual de comunicação. - Repasse das contribuições recebidas aos
na web. - Mensalidade de manutenção da
integrantes da equipe técnica responsáveis pela
página.
elaboração das etapa/tarefa para análise e
técnica e incorporação ao PRSCS-RMM.
- Elaboração do regulamento para a atividade;
- Estabelecimento de parcerias junto às
Promover o envolvimento de estudantes da
Concurso de logomarca e slogan na Secretarias Estadual e Municipais de Educação e
rede pública de ensino fundamental, Médio
rede pública de ensino - Serviços gráficos; Instituições Públicas de Ensino Superior;
e Superior no processo de elaboração do
fundamental, médio e superior. - Divulgação da atividade;
PRSCS-RMM.
- Sistematização dos resultados;
- Indicação dos vencedores.
Instrumentalizar técnicos municipais e
- Seleção de conteúdo;
agentes públicos na disseminação das
- Elaboração do material;
informações relacionadas ao processo de Confecção cartilhas - Serviços gráficos;
- Distribuição do material elaborado;
elaboração do PRSCS-RMM nos
- Sistematização dos resultados.
municípios.
- Seleção de conteúdo;
Divulgar informações relacionadas ao
- Elaboração do material;
processo de elaboração do PRSCS-RMM Confecção de cartazes - Serviços gráficos;
- Distribuição do material elaborado;
nos municípios.
- Sistematização dos resultados.
Otimizar canais de comunicação
Estabelecer parcerias para a disseminação
disponíveis nos municípios para a -Selecionar informações e conteúdos relevantes
de informações relacionadas ao processo
disseminação de informações -- relacionados ao processo de elaboração do
de elaboração do PRSCS-RMM nos
relacionadas ao processo de PRSCS-RMM nos municípios.
municípios.
elaboração do PRSCS-RMM.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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2.3.2.11. Cronograma do Plano de Mobilização Social
Quadro 17 – Cronograma das atividades previstas no Plano de Mobilização Social do PRSCS-RMM
MESES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
ETAPA/ATIVIDADES mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15
ETAPA I – COORDENAÇÃO DA ELABORAÇÃO DO PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E COLETA SELETIVA
Elaboração do Plano de Mobilização Social do PRSCS-
RMM
Reunião de Apresentação do Planejamento 04/06
ETAPA II – DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS E COLETA SELETIVA
Criação e Manutenção da Página na Web
Concurso de Logomarca e Slogan
Confecção de Cartilhas
Confecção de Cartazes
Diagnóstico dos Resíduos Sólidos na Região
12/09
Metropolitana de Manaus
ETAPA III – PROGNÓSTICOS E CENÁRIOS PARA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E COLETA SELETIVA
Manutenção da Página na Web
Concurso de Logomarca e Slogan
Confecção de Cartilhas
Confecção de Cartazes
Análise da gestão dos Resíduos Sólidos na Região
08/10
Metropolitana de Manaus
ETAPA IV – MEDIDAS PARA O PLANO QUANTO AOS DISTINTOS TIPOS DE RESÍDUOS E DE COLETA SELETIVA
Manutenção da Página na Web
Concurso de Logomarca e Slogan
Confecção de Cartilhas
Confecção de Cartazes
Planejamento para os distintos tipos de resíduos 19/01
ETAPA V – MONITORAMENTO E GERENCIAMENTO DO PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE COLETA SELETIVA
Manutenção da Página na Web
Concurso de Logomarca e Slogan
Confecção de Cartilhas
Confecção de Cartazes
Monitoramento e Gerenciamento do PRSCS-RMM 20/02
ETAPA VI – PUBLICAÇÃO E OFICIALIZAÇÃO DO PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE COLETA SELETIVA
Manutenção da Página na Web
Concurso de Logomarca e Slogan
Confecção de Cartilhas
Confecção de Cartazes
Oficialização do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta
08/04
Seletiva da Região Metropolitana de Manaus
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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3. DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE
MANAUS

3.1. Material e Métodos


3.1.1. Tipo de Pesquisa

Segundo Gerhardt e Silveira (2009), a pesquisa exploratória tem como objetivo


proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a)
levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências
práticas com o problema pesquisado e (c) análise de exemplos que estimulem a
compreensão.

A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa


bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o
recurso de diferentes tipos de pesquisa (GERHARDT e SILVEIRA, 2009).

Dessa maneira, os dados secundários e primários foram obtidos baseados nos dois
tipos de pesquisa citados acima, cujos instrumentos foram levantamento
bibliográfico; solicitação de informações às instituições ligadas à temática; aplicação
de questionários e formulários e levantamento de campo para coleta de dados
primários.

3.1.2. Dados secundários

O Plano de resíduos constitui passos de uma caminhada para o ordenamento do


manejo dos resíduos sólidos na Região Metropolitana de Manaus (RMM). Desta
forma, grande parte de suas ações estão sendo construídas a partir de ações
anteriormente desenvolvidas por diferentes atores e esferas de administração. A
reunião, organização, análise e consolidação do material produzido anteriormente
são fundamentais para o resgate e aprimoramento de todos os esforços já
desenvolvidos sobre esta temática e o seu aproveitamento no desenvolvimento do
projeto.

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O acervo da pesquisa, conforme Quadro 18, foi constituído por informações diretas
ou indiretas sobre o potencial de geração de resíduos e de desenvolvimento de
atividades que possuam alguma interface com o Plano em elaboração.

Como ações de levantamento bibliográfico, foram enviadas cartas para solicitar o


acervo existente para consulta durante a elaboração do Plano de Resíduos Sólidos
e Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus. As instituições consultadas e
os acervos solicitados foram os seguintes:

Quadro 18 - Acervo solicitado para consulta


Continua
N.o DOCUMENTO INSTITUIÇÃO
1 Contatos dos Pontos Focais nos Municípios SEMA-AM
Macrozoneamento Ecológico Econômico do Amazonas
2 SEMA-AM
(Shapes, PDF e Textos)
Zoneamento Ecológico Econômico do Purus (Shapes, PDF
3 SEMA-AM
e Textos)
4 Critérios de Divisão dos Núcleos do FOPES SEMA-AM
5 Mapa Etapas Núcleos Regionais - IV CEMA SEMA-AM
6 Base de dados cartográficos (SEMA-AM) SEMA-AM
7 Atlas de Resíduos Sólidos (SEMA-AM) SEMA-AM
8 Planos de Resíduos de Outros Estados LAGHI
Identificação dos Sistemas de Destinação Final dos
9 Resíduos Sólidos Urbanos dos Municípios do Estado do IPAAM
Amazonas
Relatório Operacional da situação das Lixeiras do
10 TCE
Amazonas
11 Relatórios do IPEA (base para o PNRS) IPEA
Avaliação Técnica para áreas de aterro sanitário no
12 CPRM
Amazonas
13 Dados Municipais SEMA-AM e CONSULTORES
14 PMSB E PMGIRS (VERSÃO PARA CONSULTA PÚBLICA) PLAMSAN - SEMA-AM
Matriz de Acompanhamento de aprovação dos PMGIRS e
15 SEMA-AM
PMSB
16 Estudos em tecnologia de resíduos do BNDES SEMA-AM
17 Contatos do CEGRS SEMA-AM
Planos de Gestão/Manejo de Unidades de Conservação do
18 SEMA-AM
Amazonas
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
19 PREFEITURA DE APUÍ
de Apuí
20 Mapa de empreendimentos de grande porte SEMA-AM
Plano Estadual de Mudanças Climáticas e Educação
21 SEMA-AM
Ambiental
Análise de mudança de uso da terra e estrutura de
22 SEMA-AM
governança ambiental nos municípios do PROFLORAM
Análise do Desmatamento consolidado nos municípios do
23 SEMA-AM
Amazonas
24 Áreas protegidas no Sul do Estado do Amazonas SEMA-AM

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Quadro 18 - Acervo solicitado para consulta
Conclusão Quadro 18
N.o DOCUMENTO INSTITUIÇÃO
Relatório das Etapas Municipais, Intermunicipais, Estadual e
25 SEMA-AM
Nacional da CEMA.
26 Manual de Combate aos lixões SEMA-AM
Anais/Encartes Técnico Científico do Workshop
27 SEMA-AM
Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Sólidos
10 anos de políticas públicas em desenvolvimento
28 SEMA-AM
sustentável - SEMA-AM
29 Levantamentos sobre solos e hidrologia CPRM
Fórum Lixo e Cidadania, MNCR,
30 Atividades dos catadores de materiais recicláveis
SETRAB, SEAS, SEARP e MPT
31 Terras e reivindicações indígenas SEIND, FUNAI
Planos de Gestão Territorial e Ambiental de Terras
32 SEIND, FUNAI
Indígenas
33 Acordos setoriais para a logística reversa MMA
34 Plano Nacional de Mineração DNPM, CPRM, IPAAM, SEMGRH
35 Programas de desenvolvimento industrial E Polo Naval SEPLAN, SUFRAMA, SEMGRH
INCRA, EMBRAPA, SEPROR e
36 Programas de desenvolvimento agrário e agropecuários
Min. da Agricultura e Abast.
Estrutura e atuação dos sistemas de saúde público e Ministério da Saúde, SUSAM,
37
privado (Veterinários e Odontólogos) SEMSA, Assoc. dos Hospitais
MT, SEINFRA, DNIT, INFRAERO,
38 Planos e Programas de transportes
ANTAQ
39 Planos Diretores Municipais existentes SRMM, AAM, SEMA-AM e PMM
Planos de Comunicação e de Mobilização Social dos
40 SEMA-AM, AAM e LAGHI
municípios participantes do PLAMSAN
41 Levantamento das unidades de Ensino Técnico e Superior UFAM, IFAM e UEA
42 Resgatar os trabalhos acadêmicos UFAM, IFAM e UEA
43 Relatório da JICA SUFRAMA
CONAB, SESC Mesa Brasil,
44 Resíduos de orgânicos (alimentos)
ADS-PREME/PROMOVE
45 Resíduos Transfronteiriços MMA e Forças Armadas
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

3.1.3. Dados primários


3.1.3.1. Aplicação de questionários para obter informações técnicas da
Gestão e do Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Uma das ferramentas adotadas para elaboração do diagnóstico foi o envio de


questionários ao ponto focal no município, os secretários municipais de meio
ambiente, que tinham a missão de respondê-los junto ao secretários responsáveis
pela limpeza pública dos municípios.

Os questionários foram enviados por e-mail e o monitoramento do retorno feito por


telefone. O tempo necessário para o envio e retorno dos questionários foi de 31 dias.

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Assim dos 13 municípios que receberam os questionários, com exceção de Manaus,
todos enviaram o retorno. O contato dos secretários de meio ambiente foram obtidos
através da Secretaria Adjunta de Compensação e Serviços Ambientais (SEACA), da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMA-
AM). Estes questionários apoiaram a equipe técnica na economia de tempo durante
o levantamento de dados primários e durante a compilação das informações durante
o processo de elaboração do diagnóstico.

A itemização do Questionário da Situação Atual dos Serviços de Limpeza Pública e


Manejo de Resíduos Sólidos consistiram basicamente em:

I. Dados gerais do município


II. Informações gerais sobre o gerenciamento de resíduos sólidos existente no
município:
a. Quanto a aprovação dos planos municipais de gestão integrada de
resíduos sólidos (PMGIRS) e planos municipais de saneamento básico
(PMSB).
b. Quanto a coleta seletiva (resíduos secos).
c. Quanto ao manejo de resíduos na sede do município.
d. Quanto ao manejo de resíduos na área rural do município.
e. Quanto ao acesso das comunidades até a sede do município.
f. Quanto ao acesso da sede do município até os municípios mais
próximos.
g. Quanto ao acesso da sede do município até a capital do Amazonas.
h. Quanto às fontes poluidoras.

3.1.3.2. Levantamento Piloto

Para o nivelamento da equipe técnica, foi desenvolvido um levantamento piloto na


sede do município de Iranduba, com o intuito de validar a metodologia aplicada na
fase de visitas técnicas.

Durante o nivelamento foi aplicado o formulário para caracterização da gestão dos


resíduos sólidos.

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Com o intuito de conhecer as características dos resíduos, foi desenvolvido um
experimento para identificar a composição gravimétrica do lixo da sede do município
de Iranduba. Este experimento foi replicado para outros municípios durante a fase
de visitas técnicas.

A metodologia adotada no levantamento piloto seguiu as etapas abaixo:

I. Medidas administrativas:
a. Elaboração de ofício para SEMA-AM, solicitando apoio institucional
quanto à elaboração do diagnóstico a ser realizado pela equipe da
Laghi Engenharia.
b. Contato com os pontos focais no município e com a prefeitura para
solicitar apoio operacional para a realização do diagnóstico.
c. Entrega de carta à representante da prefeitura municipal, ratificando a
ida da Equipe da Laghi Engenharia ao local para realização do
diagnóstico e reiterando o apoio da Prefeitura previamente
estabelecido.
d. Disponibilização de transporte para os técnicos da Laghi Engenharia.
e. Confirmação do local e materiais necessários para a realização do
Estudo Gravimétrico.

II. Medidas técnicas:


a. Na sede municipal.
i. Reunião com os secretários municipais.
1. Breve explicação do processo de elaboração dos Planos
de Resíduos.
2. Apresentação da equipe presente.
3. Esclarecimento da metodologia a ser aplicada.
4. Esclarecimento das atividades de mobilização social.
ii. Levantamento de campo com base nos formulários de campo.
iii. Realização do estudo gravimétrico na área de disposição final.
b. Nas comunidades rurais ou distritos.
i. Levantamento de campo com base no formulário.

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III. Equipamentos, instrumentos e recursos humanos necessários:
a. Laghi Engenharia:
 Luvas;
 Máscaras;
 Botas;
 Barbante para realizar o quarteamento;
 2 balanças com capacidade mínima de 200 Kg cada;
 1 lona de 30 metros;
 4 ganchos;
 8 técnicos.
b. Prefeitura Municipal:
 Carro com carroceria, para coleta das amostras;
 4 pás;
 4 enxadas;
 2 ciscadores;
 50 sacos de ráfia;
 2 funcionários da limpeza pública municipal;
 1 motorista;
 1 técnico.

Após a visita técnica os formulários foram ajustados e a metodologia foi aprimorada


mediante as necessidades detectadas no levantamento piloto.

3.1.3.3. Aplicação de Formulários Técnicos

O levantamento de dados primários consistiu na execução de um diagnóstico da


gestão dos resíduos sólidos mediante inspeção local, com o objetivo de atualizar as
informações secundárias e ainda obter dados não levantados através do
levantamento secundário.

A coleta de dados primários foi realizada por meio da aplicação de formulários para
a caracterização da gestão em resíduos sólidos da RMM (aprovados e revisados
pelo Comitê Consultivo Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos – CEGRS/SEMA-

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AM) e por meio de visitas técnicas. Para tanto, foram adotadas as seguintes
estratégias:

I. Solicitação de Apoio Institucional à SEMA-AM, no sentido de informar às


prefeituras e aos secretários municipais acerca da contratação da empresa
Laghi Engenharia para realização do Diagnóstico de Resíduos;
II. Envio de Correspondências às prefeituras e secretarias de meio ambiente,
solicitando apoio no acesso às informações; reunião com os secretários
correlacionados à temática e apoio para a realização do estudo gravimétrico.
A correspondência informava o dia em que cada técnico estaria nos
municípios;
III. Aplicação dos formulários com:
a. Secretarias de Meio Ambiente;
b. Secretarias responsáveis pela Limpeza Pública;
c. Secretaria de Assistência Social;
d. Secretaria de Saúde;
e. Secretaria de Educação;
f. Catadores e comerciantes de materiais recicláveis;
g. Trabalhadores e proprietários de geradores de resíduos;
h. Estabelecimentos de saúde, públicos e particulares.
IV. Visitas técnicas e registros fotográficos das áreas de disposição final, galpões
de associações de catadores e empresas de reciclagem; garagens dos
veículos utilizados na coleta de resíduos sólidos; lixeiras viciadas; entre
outros.

O Formulário em questão contemplou itens da gestão de resíduos sólidos, como


aspectos da administração dos serviços de coleta e transporte de resíduos;
disposição final de resíduos; reciclagem formal e informal e compostagem; e
educação ambiental. Sendo constituídos da seguinte itemização:

I. Prestadores de Serviços
a. Informações sobre cada serviço prestado no gerenciamento de
resíduos sólidos.

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II. Catadores
a. Informações quanto ao Cadastro Único (CADUN).
b. Informações quanto a outros cadastros no Município.
c. Catadores Individuais.
III. Manejo dos resíduos recicláveis
a. Informações sobre materiais recicláveis.
b. Preço e forma de comercialização, compradores e logística.
IV. Geradores de Resíduos
a. Identificação dos principais geradores de resíduos do município.
b. Tipos de resíduos gerados.
c. Quantidade mensal ou diária de geração.
d. Destino do resíduo gerado.
V. Manejo dos Resíduos de Saúde
a. Informações sobre resíduos de serviço de saúde.
b. Descarte de medicamentos vencidos.
c. Qual é a frequência de coleta de resíduos de saúde para o local.
VI. Comunidades
a. Informações sobre o Gerenciamento de Resíduos Sólidos na Zona
Rural.
VII. Informações Adicionais:
a. Sistema viário.
b. Resíduos Fronteiriços.
c. Informações Institucionais.
VIII. Destinação e Disposição Final:
a. Informações sobre atual área de disposição final;
b. Informações sobre futura área de disposição final.

3.1.4. Sistematização das informações encontradas em campo

Os dados coletados em campo foram sistematizados em escritório. Para a inclusão


desses dados no relatório, foram adotados os seguintes conceitos e metodologias:

I. Custos com veículos

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Quanto aos veículos utilizados para a limpeza pública identificou-se que há três tipos
de custos para a prefeitura, inerentes ao uso desses equipamentos:

a) Locação de veículos para prefeitura: é o valor resultante da locação desse


equipamento diretamente pela prefeitura. Neste valor estão inclusos a
manutenção destes equipamentos.
b) Contrato de serviços de limpeza pública: quando a prefeitura firma contrato
com empresa terceirizada. Nesse valor estão inclusos a manutenção dos
equipamentos, pagamento de funcionários, e combustível.
c) Combustível para prefeitura: valor de custo do combustível utilizado para
operação dos equipamentos. Esse valor é expresso quando a prefeitura
custeia o combustível, seja para equipamentos próprios ou alugados.
d) Manutenção para a prefeitura: Esse valor é aplicado apenas para veículos de
propriedade da prefeitura, pois sabe-se que o custo de manutenção de
veículos terceirizados está inserido nos contratos entre as empresa
terceirizada e a prefeitura. Os custos de manutenção foram calculados de
acordo com a metodologia e dados do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa
de Custos e Índices da Construção Civil). Trata-se de uma estimativa, pois os
entrevistados não possuíam esses valores sistematizados na época da
pesquisa.

II. Custos de execução dos serviços de limpeza pública

Quanto à execução dos serviços de limpeza pública identificou-se que há três tipos
de aquisição dessa mão de obra, a saber são:

a) funcionário da prefeitura, aquele cujo salário pago pelos serviços prestados é


de responsabilidade da prefeitura;
b) funcionário terceirizado, aquele cujo salário pago pelos serviços prestados é
de responsabilidade da empresa contratada para execução dos serviços de
limpeza pública. Esses custos estão inseridos no valor de contrato entre a
prefeitura e a empresa terceirizada.

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Em ambas as situações os entrevistados repassaram o valor bruto dos salários de
seus funcionários, ou seja, nos valores citados nesse relatório estão inclusos os
encargos trabalhistas.

III. Cálculo de projeção populacional para 2014


a) A estimativa da população urbana em cada município amazonense em 2014 foi
calculada pela multiplicação da estimativa da população geral 2014 do município,
fornecida pelo IBGE, com a respectiva taxa de urbanização, determinada no
censo demográfico de 2010.
b) Anualmente, o IBGE calcula e publica no diário oficial da União as estimativas da
população geral por município.

O Quadro 19 apresenta o cálculo das estimativas da população urbana dos


municípios da RMM.

Quadro 19 - Estimativas da população urbana dos municípios da RMM


ESTIMATIVA TAXA DE ESTIMATIVA DA
POPULACIONAL URBANIZAÇÃO POPULAÇÃO
N.o MUNICÍPIO (2014) 2010(%) URBANA (2014)
(a) (b) (c) = a x b
1 Autazes 36.301 43,23% 15.693
2 Careiro 35.938 28,83% 10.361
3 Careiro da Várzea (1) 27.357 4,18% 2.841
4 Iranduba 45.250 71,06% 32.155
5 Itacoatiara 95.714 66,97% 64.100
6 Itapiranga 8.864 78,57% 6.964
7 Manacapuru 92.996 70,68% 65.730
8 Manaquiri 27.480 30,97% 8.511
9 Manaus 2.020.301 99,49% 2.009.997
10 Novo Airão 17.199 64,52% 11.097
11 Presidente Figueiredo 31.903 47,84% 15.262
12 Rio Preto da Eva 29.771 47,46% 14.129
13 Silves 9.014 47,71% 4.301
(1) Inclui a população do Distrito de Gutierrez (BR-319).
Fonte: IBGE, 2010 adaptado por Laghi Engenharia

c) A estimativa da geração per capita em cada município do Amazonas, no ano de


2014, foi calculada pela razão entre a quantidade gerada de resíduos
domiciliares e a população urbana. A unidade de medida adotada é o kg por
habitante.

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IV. Extrapolação dos dados de geração de resíduos e de valores de custos de
serviços de limpeza pública

Para o caso do município que não prestou informações quanto aos custos dos
serviços de limpeza pública, o referido custo foi calculado pelo método de
extrapolação, utilizando-se o custo médio dos municípios de mesmo porte
populacional deste município em questão.

Segundo SHRYOCK apud CERQUEIRA (2004), extrapolação, é arte de inferir


valores que estão além de uma série de dados conhecidos, a partir do uso de
fórmulas matemáticas ou procedimentos gráficos.

3.1.5. Pesquisa de Satisfação do Cliente – Zona Urbana

A Pesquisa de Satisfação do Cliente serviu de instrumento de avaliação do


desempenho dos serviços de gerenciamento de resíduos sólidos prestados pelos
municípios da Região Metropolitana de Manaus, em suas zonas urbanas, do ponto
de vista do cliente. Outro objetivo importante com o instrumento foi promover a
participação ampla e plural da sociedade no processo de elaboração do Plano de
Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus
(PRSCS-RMM), conforme preconiza a legislação.

A pesquisa foi aplicada junto a 1% da população urbana dos municípios, de acordo


com a contagem do Censo 2010, totalizando 19.758 habitantes, por um período de
15 dias após a visita técnica. Considerando que apenas o município de Manaus
concentra 90% da população urbana Região Metropolitana de Manaus, a pesquisa
neste município foi aplicada virtualmente através do site do projeto e de outros
parceiros, evitando a impressão de 17.928 formulários.

Foi avaliado o grau de satisfação do cliente, de acordo com os aspectos


relacionados aos serviços de gerenciamento de resíduos sólidos, em 11 questões
fechadas, descritas abaixo:

1. Coleta e transporte de resíduos sólidos


a. Área de atuação dos serviços de coleta;
b. Frequência dos serviços de coleta;

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c. Intervalo entre as coletas;
d. Horário de realização da coleta.
2. Serviços de limpeza pública
a. Varrição das vias públicas;
b. Capina das áreas públicas.
3. Destino, tratamento e disposição final de resíduos sólidos
a. Compostagem;
b. Reciclagem;
c. Localização do aterro;
d. Acesso ao aterro.
4. Considerações gerais sobre a gestão dos resíduos sólidos

Dos 13 municípios participantes, 10 retornaram suas fichas para tabulação. Os


resultados foram submetidos a análises estatísticas e posteriormente inseridos aos
resultados do diagnóstico.

A pesquisa também coletou sugestões e comentários dos participantes que servirão


de subsídio para as próximas etapas de planejamento.

3.1.6. Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos - Zona Rural

Este instrumento objetivou conhecer a realidade sobre os resíduos sólidos na zona


rural dos municípios da Região Metropolitana de Manaus, onde a cobertura dos
serviços de coleta não ultrapassam 21% dos domicílios existentes nestas áreas
(SIAB/DATASUS, 2014).

O formulário foi preenchido pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) atuantes


nas 1.000 comunidades rurais dos municípios indicadas pelos gestores públicos
locais nos questionários de Informações técnicas da Gestão e do Gerenciamento de
Resíduos Sólidos. O período para o preenchimento dos formulários foi de 30 dias
após a visita técnica.

Foram levantados aspectos relacionados a geração, destinação e/ou tratamento e


iniciativas de educação ambiental em andamento, em 30 questões abertas e
fechadas.

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Dos 13 municípios participantes, cinco retornaram os questionários respondidos
para tabulação. Os resultados foram sistematizados de acordo com os aspectos
levantados ou submetidos a análises estatísticas e posteriormente inseridos aos
diagnósticos.

3.1.7. Estudo gravimétrico para RMM

O objetivo deste estudo foi determinar a caracterização física dos resíduos gerados
na RMM. Para este fim, a equipe técnica da Laghi realizou ensaio gravimétrico nos
municípios de Itacoatiara, Iranduba e Silves. A composição gravimétrica de Manaus
foi obtida utilizando dados do estudo realizado pela Semulsp em 2013.

As seções seguintes descrevem o método utilizado para realizar os ensaios


gravimétricos nos três municípios citados.

3.1.7.1. O estudo gravimétrico para Manaus

Universo

O universo considerado para o estudo foi composto de 187 roteiros do serviço de


Coleta Domiciliar no Município abrangendo toda a área urbana de Manaus. Uma
amostra de 12 roteiros de coleta de resíduos domiciliares foi escolhida. Tais roteiros
foram distribuídos nas seis zonas geográficas da cidade, com a exigência de dois
roteiros para cada zona.

Utilizando o processo de quarteamento e recomendações da NBR 10.007/2004


(ABNT) – Amostragem de Resíduos, foram utilizados para o ensaio gravimétrico os
seguintes procedimentos para cada uma das rotas amostradas, conforme
detalhados nos itens a seguir.

Descarregamento e Dilaceramento dos Resíduos

O conteúdo do caminhão compactador, após a pesagem na balança do Aterro, foi


descarregado em um pátio, previamente preparado para esse fim.

Com a atuação de sete garis devidamente fardados e protegidos com os


equipamentos de proteção individual (fardamento, botas, luvas e máscaras), foi feito
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o dilaceramento dos sacos plásticos, com uso de gadanhos, para proporcionar as
características dos resíduos soltos.

Homogeneização e quarteamento

Com o cuidado de não esmagar os materiais, os resíduos foram misturados com o


auxílio de uma pá mecânica, para homogeneizar as amostras, reunindo-as em um
mesmo lote. Em seguida foi efetuado o quarteamento do material.

Extração da Amostra Final

O quarto da amostra foi distribuído em 10 tambores de 100 litros, completamente


cheios. Nesta etapa, o conteúdo de cada tambor foi espalhado e separado
manualmente em 12 grupos, conforme abaixo:

 Matéria orgânica;
 Polietileno de Baixa Densidade (PEBD), "Plástico Mole";
 Polietileno de Alta Densidade (PEAD);"Plástico Duro";
 Polietileno de tereftalato (PET);
 Polipropileno (PP);
 Tetra Pack;
 Isopor;
 Madeira;
 Papel e papelão;
 Metais;
 Vidro;
 Rejeito.

Uma equipe de cinco funcionários treinados identificou cada um dos 12


componentes, principalmente os diversos tipos de plásticos. A Figura 8 exibe uma
representação gráfica do fluxo dos procedimentos utilizados para realização da
gravimetria.

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Figura 8 - Fluxo dos procedimentos para realização do estudo gravimétrico

Fonte: Filho et al.., 2013

As 12 frações identificadas na amostra do quarto foram depositadas em 12 tambores


rotulados. Utilizou-se uma balança com capacidade de 500 Kg, pesando-se cada
tambor, subtraindo-se sua tara com o objetivo de obter o peso líquido do respectivo
componente contido no recipiente. Esse procedimento foi repetido para cada uma
das rotas selecionadas.

Método de cálculo das frações porcentuais

Para cada ensaio realizado em uma determinada rota, os resultados obtidos foram
transcritos em um instrumento de medição apropriado.

A fração porcentual de uma determinada componente em uma rota amostrada foi


calculada pela fórmula:

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Onde:

c: Matéria Orgânica, Plástico duro, Plástico mole, rejeitos e etc.

r: Peso total da amostra é soma dos pesos líquidos de cada componente em uma
rota.

Em relação à Zona Geográfica, a estimativa da fração porcentual de cada


componente foi calculada pela média aritmética das frações porcentuais, dessa
componente, obtidas nas duas rotas pertencentes a esta zona. Formalmente:

Onde:

z: zona geográfica (Norte, Leste,..., Centro-Oeste).

c: Matéria Orgânica, Plástico duro, Plástico mole,..., rejeitos.

r1 e r2: são as duas rotas da zona geográfica z

A composição gravimétrica para a cidade de Manaus foi determinada, considerando


o tamanho populacional da zona geográfica. A fração porcentual de cada
componente foi calculada como a média ponderada das frações porcentuais dessa
componente obtidas nas seis zonas. Formalmente:

Onde:

z1,z2,.., z6: são as zonas geográficas.

c: Matéria Orgânica, Plástico duro, Plástico mole,..., rejeitos.

w1,w2,w3,w4,w5,w6: são os pesos aplicados.

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Quadro 20 - Participação populacional relativa por zona geográfica
ZONA POPULAÇÃO - HAB. PONDERAÇÃO - W
Norte 501.055 0,28
Leste 447.946 0,25
Sul 286.488 0,16
Oeste 253.589 0,14
Centro-Sul 151.753 0,08
Centro-Oeste 148.333 0,08
Total 1.789.164 1,00
Fonte: IBGE, Censo demográfico, 2010

Os dados utilizados neste estudo sobre a população de cada zona foram retirados
do Censo Demográfico do IBGE, realizado em 2010, totalizando 1.789.164
habitantes residentes na área urbana do Município, no ano em referência.

3.1.7.2. O estudo gravimétrico para os municípios de Iranduba, Itacoatiara e


Silves

Os ensaios gravimétricos foram realizados de acordo com a técnica de


quarteamento supracitada.

O universo

Os domiciliados particulares permanentes dos municípios de Iranduba, Itacoatiara e


Silves.

a. Plano amostral
I. Escolheu-se uma amostra aleatória piloto de 200 domicílios, distribuídos de
modo uniforme na área urbana da cidade.
II. Os resíduos de cada um dos domicílios amostrados foram coletados e
enviados para o lixão, onde realizou-se os ensaios gravimétricos.

Quarteamento

Foi utilizado o método do quarteamento, conforme norma ABNT n.o 10.007/2004,


que dispõe sobre a amostragem de resíduos sólidos, para a realização da
gravimetria. Segue as etapas necessárias para a consecução do método:

I. Escolha e preparação do terreno;

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II. Pesagem de todos os sacos de lixo da amostra dos 200 domicílios;
III. Dilaceração de todos os sacos de lixo com o uso de gadanhos;
IV. Homogeneização, manualmente, com auxílio de pás, enxadas e ganhos,
de toda a massa de lixo coletada para se obter uma amostragem
representativa.

1º quarteamento:
a. Divisão da massa de lixo em quatro partes;
b. Retira-se, aproximadamente, 50 kg de cada monte;
c. Depois, se junta os quatro montes, totalizando 200 kg.

2º quarteamento:
a. Homogeneização da massa de 200 kg;
b. Realização um novo quarteamento, dividindo em quatro partes iguais
de 50 kg;
c. Descarte duas partes opostas;
d. Outras duas partes unidas e homogeneizadas, tendo uma amostra final
de aproximadamente 100 kg;
V. Catação e pesagem dos diferentes tipos de resíduos. Nesta etapa, é
realizada a separação manual da amostra final de 100 kg de resíduos em
12 componentes, listado a seguir:
a. Matéria orgânica;
b. Polietileno de Baixa Densidade (PEBD), “Plástico Mole”;
c. Polietileno de Alta Densidade (PEAD);”Plástico Duro”;
d. Polietileno de tereftalato (PET);
e. Polipropileno (PP);
f. Tetra Pack;
g. Isopor;
h. Madeira;
i. Papel e papelão;
j. Metais;
k. Vidro;
l. Rejeito.
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VI. Materiais utilizados e equipe
a. 4 Pás;
b. 4 enxadas;
c. 2 gadanhos;
d. luvas e mascaras;
e. botas;
f. 1 barbante para realizar o quarteamento;
g. 1 Balança com capacidade mínima de 200 kg;
h. 12 recipientes de 100 litros;

Indicadores calculados

A fração porcentual de uma determinada componente é calculada:

A geração per capita

Com o objetivo de comparar e validar os resultados da caracterização gravimétrica


dos municípios a serem investigados pelo PRSCS-RMM, foram levantados os
estudos gravimétricos já realizados e validados nos municípios da Região
Metropolitana de Manaus.

3.1.8. Levantamento de Resíduos de Saúde

Segundo a Lei Federal n.o 12.305, de 02 agosto de 2010, em seu Art. 13, Incisos I e
II, os resíduos são os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em
regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS.

Segundo a Resolução CONAMA n.o 358, de 29 de abril de 2005, e as orientações


da ANVISA, por meio da RDC n.o 306/2004, os resíduos dos serviços de saúde são
classificados em grupos de A, B, C, D e E:

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1) Grupo A – biológicos: “resíduos com a possível presença de agentes biológicos
que, por suas características, podem apresentar risco de infecção”.

Exemplos: culturas e estoques de microrganismos; resíduos com suspeita ou


certeza de contaminação biológica de risco 4; bolsas de sangue ou
hemocomponentes contaminados ou mal conservados; sobras de amostras de
laboratório contendo fezes, urinas e secreções sem suspeita de agentes de classe
de risco 4; rejeitos de animal (carcaças) vísceras; peças anatômicas humanas e de
animal; resíduos provenientes de cirurgia plástica (lipoaspiração ou lipoescultura);
órgãos, tecidos e fluidos orgânicos; entre outros;

2) Grupo B – químicos: “resíduos contendo substâncias químicas que podem


apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade”.

Exemplos: produtos hormonais e antimicrobianos, citostáticos, imunossupressores


descartados por serviços de saúde; resíduos de saneantes, desinfetantes,
desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório;
efluentes de equipamentos de análises clínicas; entre outros;

3) Grupo C – radioativos: “quaisquer materiais resultantes de atividades humanas


que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção
especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou
não prevista.”

Exemplos: rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, medicina


nuclear e radioterapia, segundo a Resolução CNEN-NE-6.05;

4) Grupo D – comuns: “resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou


radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos
domiciliares.”

Exemplos: papéis de uso sanitário e fraldas, restos de alimentos, resíduos de áreas


administrativas e de limpeza geral, materiais recicláveis, gesso;

5) Grupo E – perfurocortantes: representam os objetos e instrumentos contendo


bordas ou protuberâncias agudas capazes de cortar ou perfurar. Exemplos: lâminas
em geral, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, espátulas, entre outros.
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O Universo de estudo para compor o cenário da gestão dos Resíduos Sólidos de
Saúde (RSS) da Região Metropolitana de Manaus corresponde a todos os
estabelecimentos de saúde da região no ano de 2014, segmentados em três grupos:

 Grupo 1: Hospital Geral, hospital Especializado e Unidade Mista;


 Grupo 2: Posto de Saúde; Centro de Saúde/Unidade Básica; Policlínica;
Unidade Móvel Fluvial; Clínica / Centro Especialidade; Unidade Móvel Terrestre;
Unidade Móvel de Nível Pré-Hospitalar na Área de Urgência; Unidade de
Vigilância de Saúde; Centro de Regulação de Serviços de Saúde; Centro de
Atenção Psicossocial; Centro de Apoio a saúde da família; unidade de Atenção à
saúde indígena; Pronto atendimento; Telessaude; Centro de Regulação Média
das Urgências; Centro de regulação do Acesso;
 Grupo 3: Consultório Isolado; Unidade de apoio diagnose e terapia SADT-
ISOLADO; Farmácias; Laboratório Central de Saúde Pública LACEN; Laboratório
de Saúde Pública.

3.1.9. Levantamento de Resíduos Sólidos Urbanos da Região Metropolitana


de Manaus

O diagnóstico de resíduos da Região Metropolitana de Manaus para a PRSCS-RMM


foi elaborado a partir dos dados levantados durante as visitas de campo da equipe
técnica da Laghi Engenharia Ltda., conforme cronograma apresentado no Produto I
– Plano de Operacionalização das Ações.

Como explicitado no Item 2 – material e métodos deste diagnóstico, as informações


técnicas da GRSU (geração de resíduos sólidos urbanos) foram obtidas por meio de
questionários, formulários e visitas técnicas in loco.

3.1.9.1. Quantidade de Resíduos Coletados

Sabe-se que, quanto à coleta de resíduos da RMM, o quadro é satisfatório, com


potenciais para melhorias, pois a coleta é uma realidade. Quanto à disposição final,
a situação é precária, pois, dos 13 municípios do estado 12 possuem lixão a céu
aberto e apenas Manaus possui um aterro licenciado pelo IPAAM.

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Diante desse quadro, observou-se que os elementos físicos da gestão de RSU da
RMM devem passar por uma transição de lixão a céu aberto para disposição final
adequada, devendo ser combinado com estratégias de diminuição de rejeitos e com
base na hierarquia da gestão de resíduos sólidos. Para tanto há a necessidade de
se ter cenários confiáveis das quantidades geradas para dimensionar a futura
instalação de equipamentos para disposição final adequada, reciclagem (catadores),
considerando universalização da coleta.

Em vista do fato de que somente Manaus dispõe de uma balança para medir a
coleta dos resíduos, para os 12 municípios foi estabelecida a metodologia de
levantamentos in loco por volumetria da frota empregada e do número de viagens da
coleta.

Este método possui uma menor precisão e depende da adoção de alguns


parâmetros de cálculo. No caso do PRSCS-RMM, estes parâmetros foram os
seguintes:

 Densidade dos resíduos domiciliares antes da coleta: 0,18 t/m3;


 Densidade dos resíduos nas caçambas basculantes: 0,36 t/m3;
 Densidade dos resíduos nos coletores compactadores: 0,54 t/m3;
 Volume nominal das caçambas e coletores compactadores: foram utilizados
os valores de cada modelo de caçamba, sem considerar o empilhamento
central e os vazios nas laterais;
 Número de viagens: dado pelos órgãos responsáveis pela coleta dos
resíduos.

Os resultados obtidos foram cruzados com os dados da estimativa da população


urbana, fornecida pelo IBGE, para 2014, para o alcance da taxa de geração per
capita de cada município da região.

Os dados foram disponibilizados tanto pela administração de Manaus quanto pelas


administrações dos outros 12 municípios da região.

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3.1.9.2. Coleta Seletiva e Reciclagem

Os dados de coleta seletiva e reciclagem foram levantados junto às administrações


municipais e aos grupos de catadores encontrados pela equipe de técnicos da Laghi
Engenharia durante as visitas de campo. Os valores obtidos foram comparados com
a estimativa total de resíduos coletados para o cálculo da Taxa de Reciclagem
expressa em porcentagem do total coletado.

Foram conduzidos três estudos de composição gravimétrica na região, para a


determinação do potencial de reciclagem dos resíduos domiciliares. Os resultados
são apresentados no final deste capítulo. Os dados da composição gravimétrica de
Manaus foram obtidos junto à SEMULSP, em um estudo realizado em 2013.

3.1.9.3. Recursos Materiais e Humanos

O número de pessoas empregadas nas atividades de limpeza urbana e manejo de


resíduos, tanto as dos quadros próprios, quanto das empresas terceirizadas, foram
fornecidos pelas administrações municipais. Consideraram-se somente as pessoas
empregadas nas atividades diretas, não sendo incluídos os cargos administrativos e
gerenciais, que normalmente desenvolvem também outras atividades dentro das
administrações.

O número de trabalhadores nas atividades de coleta seletiva e reciclagem foram


levantados durante as visitas de campo, quando foram procuradas associações,
cooperativas e grupos formalizados que estejam operando nessas atividades.

Os recursos materiais, como máquinas, equipamentos, veículos e ferramentas foram


levantados junto aos responsáveis pelas operações, sendo diferenciados em
recursos próprios e de terceiros.

3.1.9.4. Custos

Os custos de pessoal próprio foram levantados junto às administrações. Os custos


de manutenção dos veículos e equipamentos próprios foram, também, levantados
ou estimados pelos índices do Sistema Nacional de Preços (SINAP). O custo do

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pessoal terceirizado está, normalmente, embutido no valor de aluguel dos veículos e
equipamentos, o mesmo ocorrendo com os custos de manutenção e combustíveis.

O custo total estadual foi estimado pela extrapolação dos dados coletados nos
municípios que forneceram essas informações, com base na população relativa
destes, e somados aos custos levantados em Manaus. O valor calculado para o
custo total foi relacionado ao total de resíduos coletados para o cálculo do custo
unitário (R$/t).

3.1.10. Levantamento das Atividades Geradoras de Resíduos

A Lei Federal n.o 12.305, de 02 de Agosto de 2010, determina, no Art. 17, inciso I,
que o Plano de Resíduos apresente um diagnóstico incluindo a identificação dos
principais fluxos de resíduos no estado e seus impactos socioeconômicos e
ambientais.

É importante conhecer os resíduos sólidos gerados para poder garantir seu


gerenciamento adequado, incluindo a destinação final segura ambientalmente e
viável em termos econômicos. Devido ao seu alto grau de heterogeneidade (elevado
nível entrópico), podem ser classificados de diversas maneiras, em função do tipo de
enfoque desejado (BARROS, 2012 apud SERGIPE, 2013).

A ferramenta aplicada para obtenção de dados das atividades geradoras de


resíduos de produção no município, para compor o cenário estadual, foi a aplicação
de formulários intitulados de “Geradores de Resíduos”, cujas perguntas foram
aplicadas para os maiores empreendimentos das seguintes atividades:
a. Oficinas em geral;
b. Hotel;
c. Lojas atacadistas;
d. Portos (Balsa, Lanchas);
e. Feiras;
f. Açougue;
g. Frigoríficos;
h. Agroindústria;
i. Matadouros;

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j. Indústria (Olaria);
k. Postos de gasolina (terrestre);
l. Sistema de Esgotamento Saneamento (lodo);
m. Postos de gasolina (fluvial);
n. Restaurante;
o. Aeroportos;
p. Movelarias e Serrarias;
q. Outros.

O objetivo do levantamento foi qualificar e quantificar a geração de resíduos nas


diferentes atividades para obter os principais fluxos de resíduos da RMM.

Para a obtenção de dados dos grandes geradores de resíduos metropolitanos, a


ferramenta utilizada foi o levantamento de dados junto ao Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas (IPAAM).

O resultado foi obtido a partir de amostragem de empreendimentos de determinado


segmento gerador de resíduos. Estes dados foram multiplicados pela quantidade de
empreendimentos existente de mesmo porte e seguimento, representando assim o
universo das atividades geradoras de resíduos de produção.

Os parâmetros adotados para obtenção de resíduos gerados em quilos por cada


seguimento estão apresentados no quadro abaixo.

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Quadro 21 - Parâmetros adotado para obtenção de dados de massa de resíduos gerados
ATIVIDADE PARÂMETROS ADOTADOS PARA CHEGAR AO VALOR DO KG/MÊS
Quantidade em quilos fornecida pelo entrevistado ou parâmetros do guia técnico
Matadouro
ambiental de abate (Bovino e Suíno).
Quantidade em quilos fornecido pelo entrevistado ou baseado no recipiente
Frigorífico e
“Caçapa” de 30 kg a unidade. Este recipiente é comumente utilizado em frigorífico
Açougue
e açougues.
Feiras e
Para cada litros de resíduos orgânico adotou-se 0,80 kg.
Mercados
Olarias Densidade da telha e do tijolo - 110kg/m³.
Embalagem de óleo lubrificante: 0,045 kg.
Postos de Latinha: 1quilo é igual à 75 latinhas ou 1 latinha é igual à 0,0133 kg.
Gasolina Placa de filtro de ar: 0,16 kg.
Óleo queimado: unidade fornecida em litros.
Pneu de carro: 10 kg.
Oficinas e Pneu de moto: 3 kg.
Borracharias Pneu de Trator: 30 kg.
Bateria de carro e caminhão: 15 kg.
Serraria e Refugo de Madeira - densidade de madeiras amazônicas: 750kg/m³.
Movelaria Pó de serra: cada saco de 50 litros corresponde à 10 kg.
Lojas e Papelão: cada caixa de dimensões 45 cmx41cmx31cm equivale à 0,049 kg.
Supermercados PET: cada garrafa é igual à 0,047 kg.
Densidade do lixo orgânico: 360/m 3 ou para cada 1 litro de resíduo orgânico
Restaurantes
corresponde à 0,8 kg.
Fonte: Elaborado pelo autor,2014

3.1.11. Mapas

Inicialmente utilizaram-se plantas das áreas urbanas dos municípios, que foram
impressas e serviram como base de orientação para os pesquisadores em campo.

Durante as visitas para o diagnóstico nos municípios, foram mapeados, através da


coleta de pontos de coordenadas com GPS, grandes geradores de resíduos;
resíduos de serviços de saúde; lixeiras viciadas e os lixões em operação. Foram
mapeados também pontos de controle (esquinas de ruas identificadas no mapa)
com distribuição uniforme.

Após a fase de campo, através da utilização do software Arc Gis 9.2, as informações
“pontos de controle” auxiliaram no georreferenciamento de imagens do Google Earth
de cada município, que posteriormente foram vetorizados e possibilitaram a
elaboração dos mapas dos temas da pesquisa, em Anexo.

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A princípio, os mapas foram elaborados em escalas de 1:10.000, em formato de
papel A3. Porém, em alguns mapas esta escala teve de ser reduzida em função da
disposição das informações.

Os mapas foram elaborados basicamente utilizando os arquivos vetoriais de


hidrografia, divisão municipal, estadual e internacional, estradas, sedes municipais,
ruas e informações de campo.

3.2. Diagnóstico de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região


Metropolitana de Manaus: Resultados e Discussão

Os dados levantados pela equipe de elaboração do PRSCS-RMM evidenciam que a


geração de resíduos sólidos na RMM está, em grande parte, inserida no contexto
urbano, com resíduos de responsabilidade das administrações municipais e de
terceiros. Esses resíduos são principalmente de origem domiciliar, comercial,
industrial e de construção civil dos pequenos e grandes geradores, além dos
resíduos urbanos difusos.

Os grandes geradores urbanos, que possuem a responsabilidade pelo


gerenciamento de seus próprios resíduos, estão, notadamente, nas atividades de
grande comércio, indústria, serviços de saúde, construção civil e terminais de
transporte de cargas e passageiros, turismo e serviços.

O diagnóstico detectou os seguintes grupos de geradores nas áreas urbanas dos


municípios da Região:

 Comércio atacadista e varejista;


 Indústria;
 Construção civil;
 Serviços de saúde;
 Serviços em geral;
 Postos de abastecimento de combustíveis e serviços automotivos;
 Matadouros e frigoríficos;
 Serrarias e movelarias;
 Construção e reparos de embarcações fluviais;

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 Geração de energia elétrica.

Fora das áreas urbanas da Região, encontram-se alguns fluxos de resíduos


importantes de origem empresarial, onde, principalmente, os resíduos de mineração,
serraria, processamento de grãos e transporte de petróleo e gás fazem parte deste
grupo.

A gestão dos resíduos sólidos da RMM ainda não se configura como um sistema
consolidado, sendo mais um agrupamento de medidas e iniciativas não inteiramente
conectadas e conscientemente focadas na busca por um objetivo sustentável nos
seus aspectos sociais, ambientais e econômicos.

O Diagnóstico do PRSCS-RMM constatou que, a exemplo do que ocorre em todo o


Brasil, o sistema de gestão, gerenciamento e manejo dos resíduos sólidos da
Região vem passando por grandes transformações nos últimos anos. Entretanto,
essas mudanças dependem de processos sociais, políticos, econômicos, legais,
normativos, tecnológicos e comportamentais que não se desenvolvem ao mesmo
tempo e com a mesma intensidade em todos os locais do país. Esse descompasso
resulta em um quadro com grandes variações regionais no estágio de
implementação e consolidação da legislação, bem como, no surgimento da
necessária infraestrutura de coleta, transporte, tratamento, reciclagem e disposição
final.

No estado do Amazonas, mais de 80% dos resíduos são coletados na Região


Metropolitana de Manaus (RMM) e é nessa mesma área que estão instaladas a
maioria das empresas e instituições que operam o sistema.

3.2.1. Coleta e geração de resíduos sólidos na Região Metropolitana de


Manaus
A situação da coleta e da geração dos RSU na RMM é preocupante em vista do
crescimento do consumo de produtos embalados, do descarte irregular e do
crescimento das cidades e comunidades. O Quadro 22 apresenta o prognóstico de
crescimento futuro da coleta anual de resíduos domiciliares e urbanos no Estado, de
acordo com taxas de crescimento do PIB de 2,4 e 4,2% ao ano, até o ano de 2034.

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Quadro 22 - Prognóstico de crescimento da coleta de resíduos na RMM
COLETA DE LIXO (ton/ano) COLETA DE LIXO (ton/ano)
ANO
2,4 a.a 4,2 a.a
2015 754.285,06 767.543,97
2016 772.387,90 799.780,82
2017 790.925,21 833.371,61
2018 809.907,41 868.373,22
2019 829.345,19 904.844,90
2020 849.249,47 942.848,38
2021 869.631,46 982.448,02
2022 890.502,62 1.023.710,83
2023 911.874,68 1.066.706,69
2024 933.759,67 1.111.508,37
2025 956.169,90 1.158.191,72
2026 979.117,98 1.206.835,77
2027 1.002.616,81 1.257.522,87
2028 1.026.679,62 1.310.338,83
2029 1.051.319,93 1.365.373,07
2030 1.076.551,61 1.422.718,73
2031 1.102.388,84 1.482.472,92
2032 1.128.846,18 1.544.736,78
2033 1.155.938,48 1.609.615,73
2034 1.183.681,01 1.677.219,59
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Por outro lado, um sinal positivo é o fato dos municípios terem avançado bastante na
elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico, através do PLAMSAN,
pois criou um ambiente favorável para o desenvolvimento de novas ações no sentido
de equacionar os problemas de gestão municipal de resíduos.

Os maiores problemas encontrados nos sistemas de limpeza urbana e manejo de


resíduos são oriundos da deficiência na gestão e estão basicamente associados aos
seguintes fatos:

 As informações gerenciais são poucas e desestruturadas;


 As regras de operação não são bem definidas ou divulgadas para os
usuários;
 As responsabilidades não são claramente atribuídas;
 Os objetivos e as metas não são fixados;
 O custeio das operações não é assegurado pela cobrança dos serviços;

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 Os recursos operacionais não são dimensionados para o cumprimento das
metas;
 Os recursos humanos envolvidos nas operações não recebem o devido
treinamento para a atividade;
 Os passivos ambientais oriundos desta atividade estão aumentando com o
passar do tempo.

Entretanto, mesmo diante desse quadro preocupante, os dados de desempenho da


coleta poderão melhorar nos municípios do interior, já que, nos anos de 2013 e
2014, quatro municípios da RMM receberam carros coletores compactadores para a
coleta domiciliar, por meio de emenda parlamentar federal. Sabe-se que a doação
de caminhões, por si só, não resolve os problemas de limpeza urbana dos
municípios, entretanto, esta ação denota uma preocupação governamental e
parlamentar com o tema e uma oportunidade operacional para os municípios
contemplados.

Quanto à sustentabilidade econômica das operações de coleta, o quadro é ainda


mais preocupante. O levantamento de campo não detectou a existência da cobrança
de taxa pelos serviços de coleta de lixo. Somente um preço público pelo uso do
aterro por terceiros (Manaus) é cobrado na Região. A coleta seletiva
institucionalizada existe em Manaus, com 12 roteiros e 8 postos de entrega
voluntária. Nas cidades do interior, todas as iniciativas de coleta de recicláveis são
desenvolvidas por grupos de catadores ou por comerciantes sem interação com as
operações das prefeituras, ou coleta de papel e papelão nos comércios de Rio Preto
da Eva. O acordo setorial para a logística reversa de pneus já opera em Manaus e
arredores pela atuação da empresa Rio Limpo. Os demais acordos estão em fase de
negociação, elaboração ou implementação pelo Governo Federal. Todo o material
reciclável coletado nos municípios da região metropolitana é direcionado para
Capital Manaus.

Os dados sobre coleta, tanto os mensurados em balança, quanto os estimados por


cubagem e cálculo, foram tabulados e apresentados por município no Quadro 23. Os
valores foram também agrupados pela sua distribuição espacial, gerando mapas de

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áreas de maior concentração proporcional de resíduos no Estado, conforme
apresentado na Figura 9.

Os mapas de distribuição espacial da coleta dos resíduos demonstram a grande


concentração existente na área da RMM, seguida de municípios isolados ao longo
da calha dos rios Solimões e Amazonas e os demais municípios menores e ainda
mais isolados ao longo de outros rios e estradas. Estas diferenças na distribuição
dos resíduos poderão ser utilizadas na abordagem de enfrentamento do problema
na fase de proposições do PRSCS-RMM.

Figura 9 - Distribuição espacial proporcional da coleta total do Amazonas

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

3.2.1.1. Resíduos Urbanos


A coleta de resíduos urbanos existe, com diferentes graus de abrangência e
eficiência, em todos os municípios da RMM. A Figura 10 apresenta a distribuição
espacial proporcional da coleta dos resíduos urbanos e o Quadro 23 mostra as
quantidades coletadas diariamente por município da RMM.

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Figura 10 - Distribuição espacial proporcional da coleta domiciliar e urbana

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 23 - Coleta de resíduos domiciliares nos 13 municípios da RMM


MASSA MASSA MASSA
COLETADA POR COLETADA PER COLETADA POR
HABITANTES DIA DE RSD CAPITA DE RSD ANO DE RSU
n.o MUNICÍPIOS URBANOS (7 DIAS DE (7 DIAS DE (7 DIAS DE
(2014) COLETA) COLETA) COLETA)
tonelada/dia kg/hab*dia tonelada/ano
1 Careiro da Várzea (1) 2.841 1,14 0,40 416,10
2 Novo Airão 11.096 6,00 0,54 2.190,00
3 Manaquiri 8.530 4,63 0,54 1.689,43
4 Rio Preto da Eva 14.128 8,14 0,58 2.972,14
5 Autazes 15.694 10,00 0,64 3.650,00
6 Manaus 2.010.062 1718,00 0,85 627.070,00
7 Careiro Castanho 10.361 10,29 0,99 3.754,29
8 Manacapuru 65.389 66,60 1,02 24.309,00
9 Silves 4.301 4,63 1,08 1.689,43
10 Itacoatiara 64.101 76,97 1,20 28.094,57
11 Pres. Figueiredo 15.263 18,51 1,21 6.757,71
12 Itapiranga 6.964 9,26 1,33 3.378,86
13 Iranduba 32.155 43,51 1,35 15.880,63
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014
Conforme o Quadro 23, tem-se uma situação onde nove dos municípios da RMM
(Careiro da Várzea, Novo Airão, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Manaquiri,
Autazes, Careiro Castanho, Silves e Itapiranga) possuem coletas abaixo de 20

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toneladas por dia, podendo, portanto, seus aterros serem enquadrados como de
pequeno porte segundo a resolução CONAMA 404/2008.

O grupo com coletas acima de 20 toneladas por dia, com 4 municípios (Iranduba,
Itacoatiara, Manacapuru, Manaus), merece uma análise diferenciada por estar no
mesmo grupo de Manaus. Os dados da Capital alteram as médias em muito, sendo
apropriado o cálculo em separado para os demais três municípios que resultam em
uma média de 62 toneladas por dia contra as 1.718 toneladas de coleta domiciliar da
Capital.

Coleta nos municípios da RMM com exceção de Manaus

A coleta domiciliar per capita média para os municípios da RMM, com exceção de
Manaus, estimada com base nos dados de 12 municípios, é de 0,91 kg/hab.dia. Este
valor pode parecer alto, se comparado com valores declarados por outras cidades
brasileiras. Entretanto, devem-se considerar alguns aspectos próprios da RMM na
análise destes números:

 A massa de resíduos, nos municípios do interior, não é medida em balança, e


sim, estimada por densidade e cubagem das cargas;
 O número de habitantes adotado é o da estimativa da população urbana do
IBGE, o que nem sempre corresponde às populações das áreas efetivamente
atendidas pela coleta;
 A coleta nas cidades do interior costuma recolher muitos outros resíduos além
dos domiciliares, fazendo com que a massa seja acrescida de outros
materiais;
 As estatísticas do restante do Brasil também são precárias e devem ser vistas
com cuidado.

Considerando a dificuldade de aferição das medições no interior e os critérios


adotados, o número estimado é razoável para servir como parâmetro de
planejamento. Devendo, entretanto, esses números serem verificados para a
elaboração de projetos básicos e executivos específicos.

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A massa total estimada para a coleta municipal em 12 municípios da RMM, com
exceção de Manaus, é de 260 toneladas por dia, estando incluídos neste número, os
resíduos de geradores urbanos não domiciliares, resíduos de serviços de saúde,
podas, capinas e entulhos.

Coleta no município de Manaus

A coleta no município de Manaus, na média de 2014, entre todas as modalidades, é


de 2.665 t/dia, conforme o Quadro 24.

Quadro 24 - Modalidades de coleta recebidas no Aterro Municipal de Manaus com a massa e


participação porcentual
SERVIÇOS TONELADA/DIA % DESCRITIVO
Resíduos de domicílios, pequenas indústrias,
comércios, bancos, escolas e outros locais,
Coleta domiciliar 1.718 63,79%
geradores de até 200 litros/ dia, seguindo
roteiros previamente definidos.
Resíduos de hospitais, clínicas e centros de
Coleta hospitalar* 12 0,45%
saúde de órgãos públicos.
Resíduos originados após a realização de
mutirões de limpeza. Incluem-se nesta
Remoção mecânica 486 18,05% classificação, todos os resíduos que não
podem ser recolhidos de forma manual e que
sejam domiciliares.
Resíduos depositados fora do horário da
Remoção manual 312 11,58% coleta regular e em pequenos pontos
localizados no município.
Resíduos oriundos do serviços de poda e
roçagem. Tais resíduos quando no aterro, são
Coleta de poda 45 1,67%
encaminhados à compostagem para serem
transformados em composto orgânico.
Resíduos recicláveis (papel, plástico, vidro,
metal) segregados na fonte, coletados nos
domicílios por caminhões específicos e
Coleta seletiva 31,2 1,16%
encaminhados às associações de catadores
para triagem, beneficiamento e
comercialização.
Coleta de resíduos classe 2 provenientes de
empresas prestadoras de serviços, tais como
Terceiros 89 3,30% disk entulhos, construtoras, indústrias, dentre
outras, as quais solicitam autorização para
descarte de resíduos no aterro.
Total 2.665 100,00%
*Cancelada a partir de agosto de 2015
Fonte: SEMULSP, 2014

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Conforme os dados apresentados acima, a predominância é dos resíduos
domiciliares 63,79%, seguidos da remoção mecânica e manual. Essas três
modalidades perfazem 93,42% dos resíduos coletados pelo Município.

A estas quantidades devem ser associados os resíduos do PIM - Polo Industrial de


Manaus. Estes resíduos são de responsabilidade dos geradores industriais e,
segundo estudo da JICA (2010), perfazem 629 toneladas por dia. Desta forma,
estima-se a quantidade de resíduos coletados em Manaus, como sendo da ordem
de 3.294 toneladas, por dia.

A Tabela 1 mostra o porcentual de resíduos recicláveis recuperados em Manaus


para o ano de 2014.

Tabela 1 - Cálculo da taxa de recuperação de materiais recicláveis - 2014


ITENS UNIDADE QUANTIDADE
População Habitantes 2.020.301
Domiciliar Toneladas 634.450,570
Coleta Seletiva geral Toneladas 11.388,472
taxa de recuperação de materiais recicláveis da coleta
% 1,76%
seletiva geral em relação a coleta domiciliar
Fonte: SEMULSP, 2014

Como indicadores de coleta, Manaus apresenta os seguintes números:

População atendida (projeção para 2014) 2.010.062,00


Coleta domiciliar (tonelada/dia) 1.718,00
Coleta domiciliar per capita (kg/hab/dia) 0,85
Coleta de RSU - todas as modalidades de coleta (tonelada/dia) 2.662,00
Coleta de RSU - per capita (kg/hab/dia) 1,32
Coleta total incluindo o PIM (629) - (tonelada/dia) 3.294,00
Coleta total per capita incluindo o PIM (kg/hab/dia) 1,64
Taxa de recuperação de resíduos recicláveis (%) 1,76

Coleta nos municípios da RMM

A Região Metropolitana de Manaus (RMM) foi criada pela Lei Complementar


Estadual n.o 52, de 30 de maio de 2007. Inicialmente, foi formada pela união de sete

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municípios: Manaus, Careiro da Várzea, Iranduba, Itacoatiara, Novo Airão,
Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva, sendo logo ampliada para oito, com a
inclusão de Manacapuru pela Lei Complementar n.o 59, de 27 de dezembro de
2007. Em 2009, foi ampliada para 13 municípios, incluindo Manaquiri, Autazes,
Careiro Castanho, Silves e Itapiranga, por meio da Lei Complementar Promulgada
n.o 64, de 30 de abril de 2009.

A coleta nos 13 municípios da RMM apresenta escalas e padrões operacionais


muito distintos. A região apresenta núcleos urbanos que variam de 1.143 habitantes
(em Careiro da Várzea), até a capital Manaus, com 2.010.062 habitantes urbanos.
Este quadro resulta em sistemas bem diferenciados quanto aos resultados e
recursos empregados. Em casos extremos, como a zona urbana de Careiro da
Várzea, que alaga quase todos os anos, a disposição final é realizada em Manaus, o
mesmo ocorrendo com Rio Preto da Eva, que, pela proximidade com a capital e o
reduzido tamanho de sua população urbana (14.128 habitantes), também se utiliza
do mesmo aterro para o descarte de seus resíduos.

Outras transposições de limites municipais ocorrem para resíduos na RMM,


notadamente os resíduos de saúde dos hospitais estaduais de Manaus que são
tratados pela empresa Norte Ambiental em Iranduba; os resíduos de madeira das
indústrias e construtoras de Manaus que servem como combustível nas indústrias
cerâmicas e olarias de Iranduba e os resíduos de plástico, metais, papel e papelão
de toda a região que são direcionados para Manaus.

Como indicadores de coleta, a RMM apresenta os seguintes números:

População atendida (projeção para 2014) 2.261.141


Coleta de RSU (tonelada/dia) 1.977,68
Coleta de RSU per capita (kg/hab/dia) 0,87
Média da Coleta de RSU per capita (kg/hab*dia) 0,90
Coleta de RSU - Incluindo o PIM (tonelada/dia) 2.606,68
Coleta de RSU per capita - Incluindo o PIM (kg/hab/dia) 1,15

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Custos das Operações

O Quadro 25 apresenta o gasto total declarado pelos municípios da RMM com as


operações de coleta, transporte, tratamento, disposição final, varrição, capina, poda
e limpeza de igarapés, incluindo os custos de pessoal, máquinas, equipamentos,
ferramentas, material de consumo e manutenção, tanto por operação direta, quanto
por operações contratadas sendo de R$ 17.234.504,88, mês, o que representa um
custo unitário da ordem de R$ 280,77/tonelada.

Este valor representa um gasto mensal da ordem de R$ 7,62 por habitante urbano.
Não existem referências na RMM sobre a cobrança pela prestação desses serviços,
conforme preconizado pela Lei Federal n.º 11.445/2007. Sendo que a carga dos
custos recai quase que inteiramente sobre os tesouros municipais.

Gasto esse que deverá aumentar na medida em que os lixões forem substituídos por
outras formas mais adequadas de reciclagem e tratamento.

Quadro 25 - Custos com as operações de limpeza pública dos municípios da RMM.


CUSTOS COM OS
SERVIÇOS DE
POPULAÇÃO RSU
LIMPEZA PÚBLICA
n.o MUNICÍPIO % URBANA RSU/HAB RSU/TON
+ MANUTENÇÃO +
(HAB.) (TON/ANO)
FUNCIONÁRIOS /
MÊS
RMM R$ 17.234.504,88 100,00% 2.261.141 736.606,50 R$ 7,62 R$ 23,40
1 Manaus R$ 15.436.575,00 89,57% 2.009.997 627.070,00 R$ 7,68 R$ 24,62
2 Itacoatiara R$ 394.610,74 2,29% 64.100 32.777,00 R$ 6,16 R$ 12,04
3 Pres. Figueiredo R$ 300.336,34 1,74% 15.262 7.884,00 R$ 19,68 R$ 38,09
4 Iranduba R$ 159.535,50 0,93% 32.155 18.527,40 R$ 4,96 R$ 8,61
5 Rio Preto da Eva R$ 155.500,00 0,90% 14.129 3.467,50 R$ 11,01 R$ 44,84
6 Manacapuru R$ 143.400,00 0,83% 65.730 28.360,50 R$ 2,18 R$ 5,06
7 Manaquiri R$ 129.142,96 0,75% 8.511 1.971,00 R$ 15,17 R$ 65,52
8 Novo Airão R$ 124.473,04 0,72% 11.097 2.190,00 R$ 11,22 R$ 56,84
9 Autazes R$ 104.245,94 0,60% 15.693 3.650,00 R$ 6,64 R$ 28,56
10 Silves R$ 101.200,00 0,59% 4.301 1.971,00 R$ 23,53 R$ 51,34
11 Careiro castanho R$ 93.231,92 0,54% 10.361 4.380,00 R$ 9,00 R$ 21,29
12 Itapiranga R$ 59.912,56 0,35% 6.964 3.942,00 R$ 8,60 R$ 15,20
Careiro da
13 R$ 32.340,88 0,19% 2.841 416,10 R$ 11,38 R$ 77,72
várzea
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Estudo gravimétrico

O Quadro 26 apresenta os resultados dos oito municípios escolhidos para a


realização do estudo de caracterização dos resíduos sólidos domiciliares, conforme
Laghi (2014), Sigma (2014) e Picanço (2013).

Os resultados obtidos apontaram para uma predominância da componente matéria


orgânica em quase todos os municípios, com exceção do município de Silves.

A fração média encontrada de recicláveis (Papel e Papelão, Plásticos, PET, Metais)


foi em torno de 41%, ratificando que estes municípios seguem a tendência da
sociedade contemporânea, ou seja, utilizar cada vez mais embalagens descartáveis
devido às comodidades que elas proporcionam.

Os resultados médios encontrados nos estudos de composição gravimétrica foram


extrapolados para todos os municípios da RMM, com base nas quantidades
coletadas de cada um. Os resultados são apresentados no Quadro 26 e Quadro 27.

Quadro 26 - Composição gravimétrica dos municípios do Amazonas realizados pelo PRSCS-RMM,


SIGMA e Picanço (1)
ITACOATIARA

ANTÔNIO DO
TABATINGA

CANUTAMA
ALVARÃES

PARINTINS
IRANDUBA

SILVES

SANTO

MÉDIA
IÇA

COMPONENTES

% % % % % % % % %
MATÉRIA ORGÂNICA 31,95 13,98 34,74 27,54 40,96 33,92 34,00 50,97 33,51
PAPEL E PAPELÀO 14,7 21,51 6,65 12,08 11,44 16,37 21,00 13,85 14,70
PET 8,31 4,3 4,83 4,83 7,75 2,34 2,00 - 4,91
PLASTICO 14,82 16,13 10,27 12,07 6,28 7,6 7,00 23,94 12,26
TETRAPACK 0,13 0,54 6,04 0,97 1,48 0,58 2,00 - 1,68
METAIS 7,03 8,6 10,57 6,28 10,33 5,85 7,00 1,79 7,18
VIDRO 10,22 7,53 12,39 8,21 2,95 2,34 4,00 - 6,81
MADEIRA 3,83 5,38 4,83 8,21 1,85 2,34 5,00 - 4,49
OUTROS (2) 9,01 22,05 9,66 19,81 16,98 28,66 18,00 9,42 16,70
TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 -
Nota: (1) O estudo gravimétrico de Canutama foi realizado pela empresa Sigma. O estudo de
Parintins foi extraído da dissertação de mestrado (PICANÇO) Os estudos dos outros seis municípios
foram realizados pela equipe da Laghi Engenharia.
Nota: (2) o item outros correspondeu à junção das seguintes componentes: Rejeito Tecido, couro,
borracha, resíduos hospitalares, isopor
Fonte: Laghi Engenharia (2014), Sigma (2014) e Picanço (2013).

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Os resultados da caracterização gravimétrica dos municípios investigados pela
equipe técnica da Laghi exibidos no Quadro 27 apresentaram desvio significativo em
relação aos resultados dos estudos gravimétricos realizados e validados nos
municípios da Região Metropolitana de Manaus apresentados no Quadro 28.

Quadro 27 - Estudos gravimétricos realizados na RMM


MUNICÍPIOS DA RMM
MATERIAL
ITACOATIARA MANACAPURU MANAUS MÉDIA
Papel 4,17 3,70 18,94 8,94
Papelão 7,50 4,67 NE 6,09
Plástico Duro 2,08 2,73 8,62 4,48
Plástico Filme 6,67 7,40 NE 7,04
Vidro 0,58 0,88 2,18 1,21
Isopor 0,25 NE NE 0,25
Metal 2,08 1,85 4,31 2,75
Matéria Orgânica 52,50 53,74 58,69 54,98
Tecido e Couro 1,67 0,44 2,56 1,56
Madeira 4,17 0,97 2,93 2,69
Outros (1) 18,33 23,61 1,77 10,03
Total 100,00 99,99 100,00 100,00
Fonte: Andrade & Lima, 2003a (Adaptada). ¹Andrade, 1992; ² Andrade et al.., 2003b.

Os resultados de caracterização gravimétrica dos municípios da Região


Metropolitana de Manaus investigados pela equipe técnica da Laghi, exibidos no
Quadro 27, apresentaram desvio significativos em relação aos resultados dos
estudos gravimétricos realizados e validados na RMM, apresentados no Quadro 28.

Deste modo, utilizou-se como caracterização gravimétrica da Região Metropolitana


de Manaus, a média dos estudos do Quadro 27, distinguindo Manaus dos outros
municípios, conforme o Quadro 28.

Quadro 28 - Composição gravimétrica da Região Metropolitana de Manaus


TODOS OS MUNICÍPIOS EXCETO
COMPONENTES MANAUS RMM
MANAUS
Matéria Orgânica 52,3% 45,2% 49,9%
Papel/ Papelão/Tetra Pack 12,8% 18,9% 14,5%
Plásticos 13,4% 18,5% 15,9%
Metais 6,2% 3,6% 3,7%
Vidro 2,2% 2,0% 1,2%
Madeira 3,1% 3,6% -
Outros 10,0% 8,2% 15,0%
Total 100,0% 100,0% 100,0%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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3.2.1.2. Resíduos de Áreas Rurais
A universalização dos serviços de coleta, reciclagem e disposição final de resíduos
ainda não é uma realidade na RMM. Também, a diferenciação entre coleta urbana e
rural é muito tênue e os poucos municípios que apresentam registros de algum tipo
de coleta rural, acabam transportando os resíduos para a sede do município e os
contabilizam juntamente com os resíduos urbanos.

No caso de Manaus, as comunidades ao longo das rodovias AM-010 e BR-174 são


atendidas por coleta rodoviária em dias alternados. Algumas comunidades da bacia
do Tarumã recebem atendimento fluvial semanal. A Prefeitura de Iranduba atende
às comunidades ao longo das calhas dos rios Solimões e Negro. Em Manacapuru
existem rotas semanais que atendem comunidades rurais em ramais e ao longo da
AM-070.

Municípios como Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Careiro da


Várzea, Novo Airão, Silves e Careiro Castanho, também realizam coleta em uma
parcela de suas comunidades rurais mais próximas.

Nas demais áreas rurais é comum a queima direta dos resíduos, seu aterramento
nos quintais, disposição em vazadouros, como já falado e em igarapés e rios.

Na RMM, o atendimento das comunidades indígenas é referente aos resíduos de


serviços de saúde, que são transportados para os postos da FUNAI, nas sedes dos
municípios, e incorporados aos sistemas municipais de descarte.

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) realiza em áreas rurais o projeto de


Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Ocorre de forma simples e efetiva nos núcleos
nas RDS do Juma, Mamirauá, Uatumã, do Rio Negro e APA do Rio Negro. A
atividade possui caráter pedagógico e educacional e objetiva promover o consumo
consciente e mudanças de atitudes e hábitos da comunidade escolar, especialmente
em relação ao manuseio adequado dos resíduos sólidos produzidos nas casas e
comunidades ribeirinhas.

As informações adquiridas pelos alunos são multiplicadas diretamente na prática


diária da coleta seletiva no âmbito escolar e em suas comunidades. O projeto é uma
parceria entre a FAS e a Tetrapak.

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O projeto piloto teve início em 2013, no Núcleo Assy Manana, na Escola Estadual
Samsung Amazonas, na APA do Rio Negro, na comunidade Três Unidos, às margens
do Rio Cuieiras.

Em 2014, a meta de 1.000 kg de material processado foi ultrapassada em mais de 50%, o


que demonstra o sucesso da iniciativa, conforme mostra o quadro abaixo.

Quadro 29 - Material coletado em 2014 nas Unidades de Conservação


TIPO DE MATERIAL PESO (kg)
Papel / papelão 503
Metal 213
Pet 253
Plástico mole 243
Vidro 106
Tetra Pak 131
Rejeitos 101
TOTAL 1.550
Fonte: FAS, 2014

Em 9 de junho de 2014, a FAS inaugurou uma estação de coleta seletiva de


resíduos sólidos. A estrutura está situada na área externa da sede da FAS, em
Manaus. Com o equipamento, colaboradores podem descartar resíduos sólidos
como papéis, plásticos, vidros e metais limpos, secos e separados. O posto foi
construído em placas feitas com embalagens recicladas e ecológicas doadas pela
Tetrapak, parceira direta do projeto. Essa iniciativa fortalece a responsabilidade
socioambiental da Fundação.

O material é doado para uma associação de catadores de reciclagem do Grupo de


Mulheres “Reciclar dá Vida”, do bairro Parque Riachuelo, Tarumã.

Quadro 30 - Material coletado em 2014 na sede da FAS


TIPO DE MATERIAL PESO (kg)
Papel-papelão 335
Vidro 193
Metal 40
Plástico 111
Tetra Pak 240
TOTAL 919
Fonte: FAS, 2014

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3.2.1.3. Resíduos de Construção Civil

Não existe um sistema organizado para o recolhimento, tratamento, disposição ou


reciclagem dos resíduos de construção e demolição (RCD) na RMM. Para a
realização das obras do PROSAMIM, foram licenciados dois aterros de inertes em
Manaus. Para a demolição do estádio Vivaldo Lima, foi instalado um
britador/classificador para os RCD oriundos do empreendimento. Entretanto, ao
término das obras, os equipamentos foram removidos e os sistemas desativados.

Conforme Quadro 31, 44 empresas possuem autorização para transporte e descarte


de entulhos no aterro de Manaus. Entre essas empresas, encontram-se geradores,
transportadores e segregadores. Elas oferecem serviços de segregação manual de
materiais para reciclagem e uso como material de aterro. Trata-se de uma atividade
de baixo valor agregado e pouca sofisticação tecnológica. No interior da RMM, não
há registros deste tipo de atividade, sendo os RCD descartados como material de
aterro de terrenos ou nas lixeiras municipais e beiras de estradas.

Quadro 31 - Empresas autorizadas para o descarte de resíduos de construção civil no aterro de


Manaus (2014)
Continua
ORD EMPRESA
1 A DA SILVA LEITE & CIA LTDA - MANAUS LIMPA
2 A. F ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS LTDA
3 A. O. DE ARAÚJO
4 ALIANÇA SERVIÇOS DE EDIFICAÇÕES E TRANSPORTES LTDA
5 AMAZON SAND INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AREIA DE FUNDIÇÃO LTDA
6 AMAZONAS COLETA DE ENTULHO LTDA
7 BRASIL COLETA GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA
8 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR NILTON LINS
9 DIEGO FERNANDO PINTO LINS - DL CARGO
10 EDIR MARIALVA DOS SANTOS - ME
11 FRANCISCO ASSIS RAMOS DO VALE - SÃO FRANCISCO
12 FRIGORÍFICO VITELLO LTDA
13 GRI - GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS LTDA
14 HR ENGENHARIA LTDA
15 ISRAEL TRANSPORTES E COMÉRCIO LTDA - ITC TRANSPORTES
16 IZOMAR DA SILVA SOUZA-ME
17 J. A. OLIVEIRA PEIXOTO - REPE ENTULHO
18 J. R. DA SILVA RECICLAGEM - ME
19 JLN MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
20 JM SERVIÇOS PROFISSIONAIS CONSTRUÇÕES E COM. LTDA

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Quadro 31 - Empresas autorizadas para o descarte de resíduos de construção civil no aterro de
Manaus (2014)
Conclusão Quadro 31
ORD EMPRESA
21 JOSÉ EMIR PEREiRA
22 JS RECICLAGEM E COMÉRCIO DE SUCATAS METÁLICAS LTDA
23 K L RECICLAGEM LTDA
KASAMBA SERVIÇOS DE TERRAPLANAGEM CARGA E DESCARGA LTDA - K-SSAMBA
24
SERVIÇOS
25 KATRANS COLETAS DE RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS LTDA - KATRANS ENTULHOS
26 LIMPA FOSSA E DESENTUPIDORA BRASIL
27 LIMPEZA TOTAL COM. SERV. E REC. LTDA
28 M. DE MATOS VALENTE
29 MAGICLEAN ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA
30 MIKITOS INDÚSTRIA E COM. DE GEN. ALIM. DO AMAZONAS LTDA
31 MIXSERVICE SERVIÇOS GERAIS LTDA
32 NORTENAVE
33 OPÇÃO ENTULHO - A. N. DA FROTA - ME
34 PARENTE ANDRADE LTDA
35 PLACIBRAS DA AMAZÔNIA LTDA
36 RC SERVIÇOS DE COLETA DE RESÍDUOS LTDA
37 RD ENGENHARIA E COMÉRCIO LTDA
38 RHS ALUGUEL DE ANDAIMES LTDA
39 RIO LIMPO
40 ROYAL MAX DO BRASIL IND. E COM. LTDA
41 SÃO PEDRO TRANSPORTES LTDA
42 TAI ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA
43 TERRA SERVIÇOS
44 TRANSPORTES BERTOLINI LTDA
Fonte: SEMULSP, 2014

3.2.1.4. Resíduos Industriais

Resíduos industriais são de responsabilidade dos geradores e, conforme a


Resolução CONAMA 313/2002 (Inventário Nacional de Resíduos), são objeto de
controle específico nos processos de licenciamento ambiental. Em vista disto, o
IPAAM estabelece, nos termos de referência para os geradores industriais, as
condições básicas para o correto gerenciamento dos mesmos. Este procedimento
estabelece regras e metodologias que contribui para aumentar o controle do
sistema.

Entretanto, apesar do sistema de gerenciamento e manejo para os resíduos


industriais ser o mais desenvolvido entre os sistemas das diferentes frações de

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resíduos no Amazonas, ele ainda necessita de muitos aprimoramentos. O relatório
JICA (2010) apontou uma série de proposições para a melhoria do gerenciamento
dos resíduos do PIM, entre eles, tem-se os seguintes:

 Aumentar a parcela de tratamento interno de resíduos nas próprias fábricas,


atualmente em 4,2% do total;
 Aumentar os controles de rastreabilidade dos resíduos por parte dos
geradores que terceirizam os serviços;
 Criar um sistema de manifesto de transportes bem consolidado e que
estabeleça uma cadeia de responsabilidades;
 Melhorar o padrão e a abrangência dos inventário de resíduos industriais;
 Melhorar a gestão dos inventários de resíduos industriais no Estado;
 Melhorar o padrão das empresas prestadoras de serviços de manejo de
resíduos;
 Reabrir o aterro municipal de Manaus com a cobrança pelos serviços para
melhorar o ambiente de negócios (ocorrido em maio de 2013);
 Fomentar a abertura de aterros sanitários licenciados;
 Incentivar o coprocessamento de resíduos;
 Melhorar a estrutura administrativa para a gestão dos resíduos industriais e o
desenvolvimento de um sistema informatizado e outras ferramentas de
administração;
 Melhorar os bancos de dados das fábricas e do IPAAM;
 Aumentar a cooperação entre geradores, operadores, gestores públicos e
pesquisadores.

Desde a divulgação do relatório, em 2010, poucas medidas foram efetivamente


implementadas, fazendo com que o quadro geral tenha se mantido inalterado. O
resgate desta ação e a efetiva implementação de suas recomendações são
importantes para o aprimoramento do sistema de gerenciamento dos resíduos
industriais no Amazonas.

O Quadro 32 e Quadro 33 apresentam as listas dos resíduos industriais perigosos e


não perigosos gerados no PIM.

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Segundo o mesmo relatório, a geração de resíduos sólidos estimada para o PIM é
da ordem de 629 toneladas por dia, dos quais 120 toneladas de resíduos perigosos
(JICA, 2010). No PIM está presente um grande número de indústrias de setores
como eletroeletrônico, metalomecânico, bebidas e concentrados, ópticas, químicas,
embalagens e outras, com potencial gerador elevado. O sistema de gerenciamento
de resíduos que atende ao PIM ainda carece de melhorias e aumento da capacidade
instalada. Segundo o mesmo estudo, o número de empresas licenciadas para as
atividades de coleta, transporte, tratamento intermediário, descarte, reutilização e
reciclagem de resíduos era de 67, com uma grande concentração (40% do total) nas
atividades de coleta e transporte.

Quadro 32 - Resíduos industriais não perigosos do PIM


MONTANTE
DESCRIÇÃO DE RINP
t/dia
Resíduos de cozinha (incluindo restos de animais, como osso, couros e etc.) 26
Madeira 29,2
Papel 120
Plásticos ou polímeros e resinas 54,5
Têxteis e fibras 1
Óleo animal e vegetal 0,1
Borrachas e couros 0,2
Cinza/borra de termoelétricas movidas a carvão, etc. 0,7
Metais e ligas de metais tais como alumínio, cobre e bronze 163,6
Cerâmica & Vidros 13,4
Pedra, areia ou materiais que tenham origem no solo como telhas, tijolos, gesso e
1,7
cimento
Resíduos misturados (este código será aplicado no caso de resíduos descartados
1,5
sem separação)
Outros 59,9
Total 471,8
Fonte: JICA, 2010

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Quadro 33 - Resíduos industriais perigosos do PIM
TIPO DE RIP DESCRIÇÃO DE RIP MONTANTE t/dia
Ácido Sulfúrico, Ácido hidro clórico, Ácido Nítrico, Ácido fosfórico,
Ácido Inorgânico 0,2
outros ácidos inorgânicos
Ácido Orgânico Ácido acético, ácido fórmico e outros ácidos -
Alcalinos Soda caustica, Amônia, Carbonato de sódio, outros metais alcalinos -
Compostos tóxicos Incluindo Hg, As, Cd, Pb, Cr, CN 2,8
Compostos Resíduos de revestimento, resíduo de decapagem (picking), sulfetos,
0,2
inorgânicos etc.
Outros inorgânicos Asbestos, Iodo, etc. -
Compostos Resíduos químicos reativos (agentes oxidantes, agentes redutores),
18,9
orgânicos solventes, etc.
Resina epóxi, resina de quelação, resina de poliuretano, borracha de
Material Polimérico 1
látex, etc.
Combustível óleo e Gorduras, ceras, querosene, óleo lubrificante, óleo de motor, graxa,
20
Graxa etc.
Químicos e
Pesticidas, medicamentos, cosméticos, drogas, etc. -
Biocidas Finos
Lodo tratado Lodo inorgânico, lodo orgânico, lodo de tanque séptico, etc. 20,6
Cinza de
- 0,2
incinerador
Produtos de
controle de poluição Fuligem e borra de incineradoras, exaustor de tratamento à gás 1
do ar e poeira
Outras substâncias
perigosas (além de Outros RIOS não citados acima 34,4
HW01-HW13)
Resíduos
- 14,7
Misturados
Materiais perigosos
Lâmpadas fluorescentes, termômetro (de mercúrio), pilhas, pesticidas
de processo não 5,7
(uso doméstico), etc.
produtivo
Total 118,7
Fonte: JICA, 2010

Programas de desenvolvimento industrial e Polo Naval

O principal programa de desenvolvimento naval da RMM é a realocação do Polo


Naval de Manaus, sendo que, atualmente, os resíduos das indústrias navais estão
incluídos nos quantitativos de resíduos industriais. Este projeto prevê a transferência
dos estaleiros instalados nos bairros de São Raimundo, Santo Antônio, Santo
Agostinho e Ponta Negra para a região do Puraquequara. Esta transferência não
implicará em aumento imediato das quantidades de resíduos geradas pela atividade
e sim um deslocamento dentro do município de Manaus. Eventuais aumentos na
geração dos resíduos serão resultantes do crescimento da atividade econômica e
estão incluídos nos prognósticos de crescimento futuro das quantidades coletadas.

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O mapa da Figura 11 apresenta a localização do futuro Polo Naval de Manaus na
região do Puraquequara.

Figura 11 - Localização do futuro Polo Naval de Manaus na região do Puraquequara

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

3.2.1.5. Resíduos de Transporte: aéreo, aquaviário e rodoviário, portos e


aeroportos

Os resíduos de serviços de transportes estão parcialmente organizados para alguns


dos modais e localidades, carecendo, entretanto de um sistema consolidado para a
atividade como um todo. A situação relativa a cada um dos modais serão
apresentados a seguir.

Transporte Aéreo e Aeroportos

O principal gerador de resíduos deste modal é a INFRAERO, no Aeroporto


Internacional Brigadeiro Eduardo Gomes. Este gerador opera com empresas
terceirizadas e grupos de catadores para o recolhimento dos materiais, bem como

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para a reciclagem e a disposição final. Segundo dados da INFRAERO, no ano de
2014, de janeiro a setembro, foram geradas 705 toneladas (média de 78,3 toneladas
por mês) neste período destinou-se 16.289 kg de resíduos recicláveis para
Associação de Catadores de Recicláveis - ACR, sendo 5.532 kg de plásticos e
10.757 kg de papel, acompanhados do respectivo certificado de destinação. As
frações de resíduos das aeronaves passam por um processo de autoclavagem antes
de serem destinadas ao aterro de Manaus.

Quadro 34 - Quantidade de resíduos gerados no Aeroporto Eduardo Gomes de 2009 até 2014
CONSUMO PER QUANTIDADE
PASSAGEIROS
ANO CAPITA GERADA CLASSIFICAÇÃO/TIPO
(un)
(v/pax) em kg (kg)
2009 0,397 912.320 2.300.022 Classe 2 A- Não inertes
2010 0,122 327.900 2.688.623 Classe 2 A- Não inertes
2011 0,156 471.460 3.016.921 Classe 2 A- Não inertes
2012 0,26 815.339 3.131.150 Classe 2 A- Não inertes
2013 0,229 705.740 3.077.077 Classe 2 A- Não inertes
2014 0,255 * 705.200 * 2.769.553 * Classe 2 A- Não inertes
* Dados referentes aos meses de janeiro a outubro de 2014
Fonte: INFRAERO, 2014

A administração das pistas de pouso dos demais municípios não possuem


informações sistematizadas da geração de resíduos destes locais, mas sabe-se que
os resíduos gerados são recolhidos pela limpeza pública e destinados aos lixões a
céu aberto das respectivas cidades; quando não depositados são trazidos pelas
aeronaves e coletados pela limpeza pública de Manaus.

Transporte Aquaviário e Portos

Os terminais de transporte aquaviário possuem uma grande dispersão territorial na


RMM. A maior movimentação ocorre nos diferentes portos da cidade de Manaus.

O Quadro 35 apresenta os dados fornecidos pelas empresas de coleta de resíduos


de embarcações (Limpex e Manaus Limpa) para os principais portos de
embarcações de longo curso.

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Quadro 35 - Coleta mensal nos principais portos da cidade de Manaus
PORTO QUANTIDADE T/MÊS
Porto Público "Roadway" 11
Porto Chibatão 7
Porto do REMAN 7
Superterminais 5
Total 30
Fonte: Limpex e Manaus Limpa, 2014

A Transpetro realiza descartes de resíduos de embarcações na cidade de Manaus.


A lista desses resíduos, bem como as suas quantidades para o ano de 2014, são
apresentadas no Quadro 36. Essas operações são realizadas pela empresa Manaus
Limpa.

Quadro 36 - Resíduos Classe II descartados em Manaus pela Transpetro em 2014


RESÍDUOS QUANTIDADE UNIDADE
Plástico e Borracha 83,3 m³
Resíduos não Recicláveis 16392 kg
Materiais Flutuantes 33,6 m³
Papéis e Trapos 63,4 m³
Resíduos Orgânicos 56,4 m³
Resíduos Orgânicos 24801 kg
Vidro, Metais e Madeira 35,4 m³
Fonte: Transpetro, 2014

Muitas embarcações de médio curso (intermunicipais e interestaduais para Boa


Vista, Santarém e Belém) atracam nas áreas da Manaus Moderna e Panair, fazendo
uso da coleta municipal para o descarte de seus resíduos, não havendo um registro
consolidado e efetivo das suas movimentações.

No interior da RMM, há um serviço específico e diferenciado. Em todos os outros


municípios não foram encontrados registros da atividade, sendo os resíduos
destinados para as coletas municipais.

Transporte Rodoviário

Todos os terminais rodoviários intermunicipais e interestaduais na RMM, sejam de


passageiros ou de cargas, utilizam os serviços de coleta municipal de resíduos. No
caso dos terminais de passageiros, todos são de pequeno porte e instalados em

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áreas urbanas. No caso das cargas rodoviárias, existem terminais informais como a
CEASA do Mauazinho e o Porto da CEASA na Vila da Felicidade em Manaus. Nos
casos de descargas em terminais privados de transportadoras, indústrias e
atacadistas, os resíduos passam a integrar os resíduos da empresa de destino e não
são contabilizados como resíduos de transporte.

No estado do Amazonas existe uma malha viária pouco densa e depende-se, em


grande parte, do transporte fluvial para as cargas de maior volume, como é o caso
do transporte de resíduos sólidos e de materiais recicláveis. A construção de novos
portos no interior objetivou a movimentação de passageiros e cargas leves, podendo
atender ao transporte de fardos de embalagens recicláveis. Quanto ao transporte de
resíduos de grandes volumes, estas estruturas precisam ser analisadas caso a caso,
no sentido de permitir o transbordo para o descarte em municípios próximos.

Na RMM algumas rodovias podem contribuir para a implantação de soluções


consorciadas para o tratamento e disposição final de resíduos. Casos como os
municípios de Itacoatiara, Silves e Itapiranga ou Manaus, Iranduba, Manacapuru,
Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo podem ser
implementados rapidamente com a infraestrutura já existente. Outras soluções
consorciadas poderão surgir com o desenvolvimento e o aprimoramento da malha
viária e a adequação das estruturas portuárias ao transporte de resíduos, como é o
caso de Careiro Castanho, Manaquiri, Autazes e Nova Olinda do Norte.

O mapa da Figura 12 apresenta a rede de portos, aeroportos e a malha rodoviária


do Estado.

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Figura 12 - Rede de portos, aeroportos e a malha rodoviária do Estado

Fonte: Adaptado pelo autor. Atlas Histórico e Geográfico do Estado do Amazonas, 2008

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3.2.1.6. Resíduos dos Serviços de Saúde
A equipe de levantamento de campo do PRSCS-RMM identificou um total de 1.490
estabelecimentos de serviços de saúde dos Grupos 1, 2 e 3 na RMM, conforme
mostrado no Quadro 37.

Quadro 37 - Número de estabelecimentos de saúde dos municípios da RMM por tipo (2014)
MUNICÍPIOS GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 TOTAL
Autazes 1 17 6 24
Careiro 1 11 1 13
Careiro da Várzea 0 10 2 12
Iranduba 1 18 3 22
Itacoatiara 1 20 19 40
Itapiranga 1 6 3 10
Manacapuru 1 23 8 32
Manaquiri 1 2 - 3
Manaus 49 681 537 1267
Novo Airão 1 8 4 13
Presidente Figueiredo 2 22 4 28
Rio Preto da Eva 1 12 4 17
Silves 1 6 2 9
Total 61 836 593 1490
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Conforme observado no Quadro 38, estes estabelecimentos geram


aproximadamente 12.804,5 kg, por dia, de resíduos de serviços de saúde, ou seja,
5,4 kg por 1.000 habitantes urbanos, dos quais, os grupos A, B e (biológicos,
químicos e perfurocortantes) são passíveis de tratamento local. Os resíduos C
(radioativos) devem ser encaminhados para descarte pelo sistema exclusivo e
controlado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Quadro 38 - RSS gerado nos municípios da RMM


Continua
POPULAÇÃO TOTAL
MUNICÍPIO KG/DIA ( PRSCS-RMM) KG/DIA (IPEA)
(2014)
Autazes 36.301 13,9 34,1
Careiro 35.938 5,6 22,5
Careiro da Várzea 27.357 14,5 2,5
Iranduba 45.250 45,5 121,9
Itacoatiara 95.714 57,8 242,9
Itapiranga 8.864 11,4 15,1
Manacapuru 92.996 67,3 249,1
Manaquiri 27.480 8,9 18,5
Manaus 2.020.301 12.232 12.100,2
Novo Airão 17.199 0,9 24,1

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Quadro 38 - RSS gerado nos municípios da RMM
Conclusão Quadro 38
POPULAÇÃO TOTAL
MUNICÍPIO KG/DIA ( PRSCS-RMM) KG/DIA (IPEA)
(2014)
Presidente Figueiredo 31.903 25,1 33,1
Rio Preto da Eva 29.771 10,1 30,7
Silves 9.014 3,6 9,3
Total 2.478.088 12.496,6 12.904
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Os resíduos biológicos e perfuro cortantes podem, eventualmente, ser tratados no


próprio município, mesmo no interior. Resíduos químicos, por sua natureza, exigem
sistemas mais complexos e de maior investimento e controle. Neste caso, faz-se
necessária a estruturação de uma cadeia de recolhimento e transporte reverso dos
materiais para tratamento e descarte.

O sistema de manejo dos resíduos de serviços de saúde (RSS) tem apresentado


muitas fragilidades na sua implementação. A elaboração dos Planos de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde por parte dos geradores é
regularmente demandada pelos órgãos de vigilância sanitária, entretanto com pouca
rastreabilidade sobre a sua efetiva implementação.

Manejo de resíduos de serviços de saúde em Manaus

Os resíduos de Saúde gerados em Manaus são coletados pelo sistema de limpeza


pública e pesados na balança do aterro do município.

A SEMULSP possui uma série histórica das quantidades diárias de RSS, em


toneladas, que entram no aterro correspondente ao período de 01/01/2005 a
31/08/2005. Deste modo, a quantidade média gerada de RSS no município, em
2014, foi obtida pela média das quantidades por dia no período de 1 de janeiro de
2014 a 31 de agosto de 2014.

Em 2014, a Secretaria de Saúde do Estado licitou e contratou a empresa Norte


Ambiental, de Iranduba, para fazer o gerenciamento intraestabelecimentos, o
transporte, tratamento e disposição final dos RSS das unidades sob sua
responsabilidade em Manaus. A Secretaria Municipal de Saúde de Manaus
(SEMSA) também licitou os serviços com a mesma empresa, que aguarda a

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emissão da Ordem de Serviço para dar início às operações. Estas duas ações
resultarão em uma melhoria do padrão de atendimento das determinações legais
para o manejo desses resíduos. A Figura 13 apresenta o incinerador da empresa
Norte Ambiental instalado em Iranduba.

Figura 13 - Incinerador da empresa Norte Ambiental em Iranduba

Fonte: Norte Ambiental, 2014

Nos municípios do interior da RMM, a equipe de levantamento detectou muitas


fragilidades no sistema e uma baixíssima rastreabilidade dos resíduos, com muitos
descartes ocorrendo em valas nos pátios dos estabelecimentos ou nas lixeiras
municipais.

3.2.1.7. Resíduos de Mineração

Estes resíduos são geridos no âmbito dos termos de referências dos processos de
licenciamento ambiental de cada empreendimento. O caso mais relevante são dos
resíduos de escavação e refino de estanho, em Presidente Figueiredo.

A mineração na RMM apresenta um grande potencial econômico, com vários


projetos em operação, implementação ou planejamento. Segundo a Secretaria de
Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos - SEMGRH (Nava,
2014), as ocorrências com maior potencial são:

 Caulim na região ao norte de Manaus;


 Silvinita em Itacoatiara;
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 Argilas cerâmicas em Iranduba;
 Estanho em Presidente Figueiredo.

Por características próprias dessas atividades, a maior parte dos resíduos sólidos
gerados nas operações de escavação, perfuração e refino dos minerais são tratadas
e dispostas na própria área de lavra, sendo os resíduos geralmente confinados,
envelopados, reinjetados ou utilizados na recomposição topográfica e paisagística
dos locais das jazidas, conforme cada processo tecnológico e de licenciamento.
Também os resíduos da supressão florestal decorrentes da mineração costumam
ser aproveitados ou descartados no próprio local da atividade.

Outros resíduos gerados nas mineradoras, como os recicláveis e alguns resíduos


perigosos de menor volume, são transferidos para Manaus, para tratamento ou
aproveitamento nos ciclos produtivos, como é o caso da lista dos resíduos gerados
na Base Operacional Geólogo Pedro de Moura, em Urucu, que reportou a geração
de 1.687 toneladas de resíduos entre janeiro e novembro de 2014 (média de 153
toneladas por mês), os quais receberam cinco diferentes formas de tratamento e
destinação em Manaus, conforme apresentado no Quadro 39 e Quadro 40.
Quadro 39 - Quantidades de resíduos de Urucu tratados em Manaus
QUANTIDADE EM
TECNOLOGIA DE DESTINAÇÃO %
KG
Co-processamento / incineração 263.020 33,33
Reciclagem 411.832 25,93
Incineração 938.721 22,22
Co-processamento 73.001 14,81
Co-processamento/incineração/descontaminação 12 3,7
Total 1.686.586 100
Fonte: Petrobrás Unidade de Operações de Exploração e Produção da Amazônia, 2014

Quadro 40 - Tratamentos de resíduos de Urucu realizados em Manaus


Continua
MODO DE TECNOLOGIA DE
RESÍDUO INDUSTRIAL CLASSE
ACONDICIONAMENTO DESTINAÇÃO
Baterias veicular industrial I Pallet Reciclagem
Caixa contaminada com óleo ou outro
I Bombonas de 200L Co-processamento/incineração
produto químico (CAP)
Cartucho de tonner usado I Bombonas de 200L Co-processamento/incineração
Cartucho de impressora I Bombonas de 200L Co-processamento/incineração
Embalagem metálica de produto
contaminado / Produto químico I Big Bag's Co-processamento/incineração
contaminado com petróleo
Embalagem metálica vazia II Fardos / Contêiner Reciclagem

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Quadro 40 - Tratamentos de resíduos de Urucu realizados em Manaus
Conclusão Quadro 40
MODO DE TECNOLOGIA DE
RESÍDUO INDUSTRIAL CLASSE
ACONDICIONAMENTO DESTINAÇÃO
Entulho de obra (diversos) II Big Bag's Co-processamento/incineração
Espuma de PIG contaminado com óleo
I Big Bag's Co-processamento/incineração
(espuma industrial)
Fibra de vidro II Big Bag's Co-processamento/incineração
Filtro de água ou ae usado I Big Bag's Co-processamento/incineração
Isolante (isopor, refratário, etc.) II Big Bag's Co-processamento/incineração
Lâmpada Incandescentes I Caixa de PVC Co-processamento/incineração
Lâmpada Fluorescentes I Caixa de PVC Trituração / Reciclagem
Lata de alumínio II Fardos / Contêiner Reciclagem
Latas de flandres - serviços de cozinha II Fardos / Contêiner Reciclagem
Big Bags /Fardos/
Lixo comum II Incineração
Contêiner
Madeira II Contêiner Open Top Incineração
Papel / Papelão reciclável II Fardo / Contêiner Reciclagem
Coletor de Pilhas /
Pilhas I Reciclagem
Bombonas de 200L
Big Bags /Fardos/
Plástico II Reciclagem
Contêiner
Coletor de Pilhas /
Baterias I Reciclagem
Bombonas de 200L
Pneus II Pallet / Contêiner Co-processamento
Produto químico vencido ou não
I Big Bag's Co-processamento / incineração
conforme (sólido)
Resíduo de borracha II Big Bag's Co-processamento
Resíduos de serviço de saúde
I Coletor de 1000L Incineração
(farmacêutico)
Resíduos de serviço de saúde (perfuro-
I Coletor de 1000L Incineração
cortantes)
Resto de alimento II Compostagem Compostagem
Sacaria de produto químico não
II Fardo / Big Bag's Incineração
perigoso
Sacaria de produto químico perigoso I Fardo / Big Bag's Incineração
Solo contaminado com óleo I Bombonas de 200L Co-processamento / incineração
Sucata de material eletroeletrônico II Big Bag's Reciclagem
Sucata de metais ferrosos II Contêiner Reciclagem
Tinta I Caixa de Madeira Co-processamento
Vidro reciclável II Bombonas de 200L Co-processamento / incineração
Fonte: Petrobrás Unidade de Operações de Exploração e Produção da Amazônia, 2014

O mapa da Figura 14 apresenta a localização das principais ocorrências minerais


da RMM, correspondendo aos locais de maior geração de resíduos das atividades
mineradoras na região.

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Figura 14 - Distribuição das ocorrências minerais na RMM

Fonte: Títulos minerários do Departamento Nacional de Produção Mineral. Áreas com potencial mineral modificadas dos SIG Geologia e Recursos Minerais do
Estado do Amazonas (CPRM, 2006) e Áreas com potencial petrolífero (ANP, 2009)

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3.2.1.8. Resíduos de Agrossilvopastoris

Estes resíduos são geridos no âmbito dos termos de referências dos processos de
licenciamento ambiental de cada empreendimento. Os casos mais relevantes são os
resíduos de madeira e soja de Itacoatiara, utilizados na geração de energia elétrica e
os resíduos de bagaço de cana-de-açúcar utilizados na produção de pellets
prensados em Presidente Figueiredo.

A maior parte dos resíduos agropecuários possuem como características a não


periculosidade, a fácil reciclagem na própria atividade econômica, a geração em
grandes quantidades e a concentração espacial facilmente mapeável. As atividades
agropecuárias no estado do Amazonas não possuem a mesma dimensão de outras
regiões do Brasil. Entretanto, alguns municípios da RMM concentram quantidades
substanciais de resíduos de origem agrícola. Notadamente, os resíduos de soja e
madeira em Itacoatiara, de cana-de-açúcar em Presidente Figueiredo e de malva e
juta ao longo da várzea do Amazonas demandam ações estruturadas para o seu
manejo e reaproveitamento. No caso da madeira e soja de Itacoatiara, o material
passa por um aproveitamento energético em usina de geração elétrica. No caso da
cana-de-açúcar em Presidente Figueiredo, a unidade produz material prensado para
uso como substituto da lenha em fornalhas.

Atualmente, inclusive no Brasil, buscam-se novas fontes de energia


preferencialmente sustentáveis, devivo à escassez de fontes não-renováveis e aos
impactos ambientais negativos que elas causam no meio ambiente. Uma alternativa
condizente é o uso da biomassa como fonte sustentável de energia, especialmente
nas agroindústrias associadas do país, onde no ano de 2009 foram geradas
291.138.869 toneladas de resíduos e 604.255.461 m³ de efluentes passíveis de
reaproveitamento energético pelas culturas permanentes, como cacau, banana, uva,
castanha de caju, coco-da-baía, laranja e café (SINIR, 2011).

A PNRS defende o reaproveitamento de resíduos sólidos para fins energéticos, no


Estado é necessário criar mecanismos eficientes para elaboração de uma base de
dados fidedigna no setor de processamento de frutas, a partir disso pode-se avaliar
o potencial como o açaí, tucumã, plantas oleaginosas (biodiesel), entre outros.

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Embalagens de Agrotóxicos Vazias

Um tipo especial de resíduos das atividades agrossilvopastoris são as embalagens


de agrotóxicos vazias. Na RMM, assim como no restante do Brasil, o sistema de
recolhimento, destruição, descarte ou reciclagem de embalagens vazias de
agrotóxicos é organizado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens
Vazias (INPEV), uma entidade privada, custeada pelos fabricantes e distribuidores
de agrotóxicos, que criou o Sistema Campo Limpo, para desenvolver as atividades
de logística reversa destes materiais. As operações da Central de Recebimento de
Embalagens Vazias de Agrotóxicos, em Manaus, são gerenciadas pela Associação
dos Revendedores de Agrotóxico do Amazonas (ARAM) e está localizada na rua
Flamboyant, s/n, Distrito Industrial II. Esta Central atende 36 revendedores
cadastrados no Estado e promove ações itinerantes pelo interior. O Quadro 41
apresenta os municípios que contam com revendedores cadastrados na ARAM.

Quadro 41 - Revendedores de agrotóxicos cadastrados na RMM


NÚMERO DE REVENDEDORES DE AGROTÓXICOS
MUNICÍPIOS
CADASTRADOS NA ARAM
Manaus 10
Itacoatiara 5
Autazes 4
Careiro Castanho 4
Careiro da Várzea 3
Iranduba 4
Manacapuru 6
Presidente Figueiredo 4
Rio Preto da Eva 4
TOTAL 44
Fonte: ARAM, 2014

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal de Estado do Amazonas (ADAF)


relatou o total recolhido, na Central de Manaus e por ações itinerantes nos
municípios da RMM e demais municípios do interior do Amazonas, como sendo da
ordem de 2.972 kg de embalagens, para os anos de 2013 e 2014.

A Associação dos Revendedores de Agrotóxicos do Amazonas (ARAM) possui um


projeto piloto de recebimento itinerante através de container, conforme Figura 15,
que iniciou em Presidente Figueiredo visando:

 Realizar o recebimento itinerante nos municípios participantes do projeto;

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 Continuar com o projeto piloto em andamento na cidade de Presidente
Figueiredo- AM.

Figura 15 - Projeto piloto 2015 - Presidente Figueiredo-AM

Fonte: ARAM, 2014

Segundo dados da ARAM, esta possui 36 entregadores de embalagens de


agrotóxicos cadastrados nos municípios da RMM. E no período de 15/03/2007 a
14/01/2015 recebeu 135.824,1 kg de embalagens, porém esse quantitativo é um
cenário geral do estado, pois a ARAM não possui informações apenas para RMM. O
Quadro 42 mostra como estão divididos as embalagens de agrotóxicos vazias:

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Quadro 42 - Quantitativo por materiais de embalagens de agrotóxicos de 2007 até início de 2015
PERÍODO DE 15/03/2007 A 14/01/2015
QUANTITATIVO QUANTITATIVO
ORIGEM ESTADO SITUAÇÃO TIPO MATERIAL SALDO
ENTRADA SAÍDA
METÁLICA RÍGIDA AÇO 10.603,90 10.603,90 0,00
COEX 2.220,50 1.097,50 1.123,00
PEAD BRANCO 20 5.729,50 8.909,50 3.180,00
PEAD BRANCO OUTRO 39.313,50 39.313,50 0,00
LAVÁVEIS LAVADAS PEAD COLORIDO 7.656,70 7.193,70 463
PLÁSTICA RÍGIDA
PEAD NATURAL 20 3.655,00 3961,00 -306
PEAD NATURAL OUTRO 3.008 2414,00 594
TAMPA 1.157,50 1.157,50 0,00
TAMPA-DESTINAÇÃO 77,00 77,00 0,00
METÁLICA RÍGIDA AÇO 712,00 712,00 0,00
COMPACTADO
LAVÁVEIS NÃO LAVADAS PEAD COLORIDO 1.358,00 1358,00 0,00
PLÁSTICA RÍGIDA
PLÁSTICO MISTO 7.132,50 5.472 1.660,50
CELULÓSICA FLEXÍVEL PAPEL 1.368 1368,00 0,00
CELULÓSICA RÍGIDA PAPELÃO 1.188,50 632,5 556,00
NÃO LAVÁVEIS CONTAMINADAS FLEXIVEIS MISTA PLÁSTICO MISTO 4.061 0,00 4.061,00
METÁLICA RÍGIDA AÇO 918,00 578,00 340,00
PLÁSTICA RÍGIDA PLÁSTICO MISTO 430,00 0,00 430,00
CELULÓSICA RÍGIDA PAPELÃO 13.648,70 10.950,20 2698,5
NÃO LAVÁVEIS NÃO CONTAMINADAS AÇO 3.274,30 2524,3 750
METÁLICA RÍGIDA
ALUMÍNIO 8.627,30 8018,3 609
COEX 203,00 203,00 0,00
AGROTÓXICO
PEAD BRANCO 20 1118,20 1062,70 55,50
PEAD BRANCO OUTRO 276,10 261,40 14,70
PEAD COLORIDO 4206,00 4206,00 0,00
LAVÁVEIS LAVADAS PLÁSTICA RÍGIDA
PEAD NATURAL 20 793,50 694,80 98,70
PEAD NATURAL OUTRO 20,60 13,40 7,20
TAMPA 413,40 418,40 -5,00
TAMPA-DESTINAÇÃO 444,20 444,20 0,00
METÁLICA RÍGIDA AÇO 1224,40 1224,40 0,00
PEAD COLORIDO 2335,30 2335,30 0,00
LAVÁVEIS NÃO LAVADAS
GRANEL PLÁSTICA RÍGIDA PLÁSTICO MISTO 4270,00 2200,00 2070,00
TAMPA 24,50 24,50 0,00
FLEXIVEIS MISTA PLÁSTICO MISTO 236,00 236,00 0,00
METÁLICA RÍGIDA AÇO 123,00 123,00 0,00
PLÁSTICA FLEXÍVEL PLÁSTICO 445,00 445,00 0,00
NÃO LAVÁVEIS CONTAMINADAS
PEAD COLORIDO 6,20 5,40 0,80
PLÁSTICA RÍGIDA
PLÁSTICO MISTO 722,50 722,50 0,00
RESÍDUO INERTE HIDRÓXIDO ALUMÍNIO 105,00 105,00 0,00
CELULÓSICA RÍGIDA PAPELÃO 625,00 625,00 0,00
NÃO LAVÁVEIS NÃO CONTAMINADAS AÇO 310,50 310,50 0,00
METÁLICA RÍGIDA
ALUMÍNIO 1561,80 1561,80 0,00
TRITURADO NÃO LAVÁVEIS CONTAMINADAS PLÁSTICA RÍGIDA PLÁSTICO MISTO 220,00 220,00 0,00
TOTAL GERAL 135824,10 123783,20 12040,90
Fonte: ARAM, 2015

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No Quadro 43 pode ser observado o destino, a empresa e a cidade a que são
destinadas as embalagens de agrotóxico recolhidas pela ARAM.

Quadro 43 - Tipos de resíduos de embalagens de agrotóxicos recebidos pela ARAM


MATERIAL DESTINATÁRIO
CAMPO LIMPO RECICLAGEM E TRANSFORMAÇÃO DE PLÁSTICOS
PEAD
S/A - TAUBATE-SP
NOVOFLEX INDÚSTRIA E COMERCIO DE PLASTICO LTDA-VARZEA
COEX
PAULISTA-SP
GARBONI INDÚSTRIAS DE PLÁSTICOS E MOLDES- DUQUE DE
TAMPAS
CAIXAS-RJ
PAPEL/PAPELÃO TUBOLIX EMBALAGENS LTDA- TIETE-SP
MATERIAL CONTAMINADO CLARIANT S/A - SUZANO-SP
Fonte: ARAM, 2015

Na Figura 16 consta a evolução dos resultados anuais de destinação desde 2002.

Figura 16 - Evolução das destinações de embalagens de agrotóxico

Fonte: ARAM, 2015

3.2.1.9. Resíduos de Passagens de Fronteiras

A equipe de levantamento de campo detectou algumas movimentações de resíduos


pelas fronteiras internacionais e interestaduais do Amazonas, mas com pouco efeito
sobre a RMM.

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Do estado de Roraima, entram na RMM aparas de papel e papelão, pneus para
descarte e metais. Sucatas metálicas são enviadas da RMM para siderúrgicas no
nordeste e sudoeste do País. Resíduos perigosos são enviados principalmente para
a Bahia e São Paulo.

O controle e monitoramento destas movimentações é bastante incipiente, sendo que


o procedimento mais estruturado é a emissão do manifesto de transporte de
resíduos perigosos que depende de autorização expedida pelo IPAAM.

3.2.1.10. Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico

Os serviços públicos de saneamento básico, como o tratamento de água para


abastecimento, o tratamento de esgoto cloacal e águas servidas ou a desobstrução
de canais e redes de drenagem, ainda são incipientes na maior parte dos municípios
da RMM, não havendo registro de descartes de lodos destas atividades. Eventuais
ocorrências são encaminhadas para as lixeiras municipais. No caso de Manaus, os
serviços são concedidos para a empresa Manaus Ambiental, existindo também a
produção de água do PROAMA.

A Manaus Ambiental é responsável pelo tratamento e distribuição de água potável,


localizado no Complexo de Produção da Ponta do Ismael, bairro da Compensa. O
sistema possui uma retro lavagem na ETA 1 e uma flotação na ETA 2. Ambas com
descarte diretamente no Rio Negro. Em um futuro ainda não definido, estas
unidades deverão contar com um sistema de circuito fechado e filtros com geração
de lodo. Segundo dados da Manaus Ambiental, a implantação futura da recirculação
da água de lavagem da ETA gerará aproximadamente 60 toneladas por mês de lodo
para descarte.

No caso do PROAMA, a unidade já possui o circuito fechado, com filtros e leitos de


secagem. Segundo a COSAMA, a produção de lodo é da ordem de 7 toneladas por
mês. Durante o diagnóstico em 2014 o Consórcio acumulou aproximadamente 80
toneladas e está em fase de estudos para definir o destino deste material.

As unidades de tratamento de esgoto ETEs da Manaus Ambiental recebem, em


conjunto, aproximadamente 20 procedimentos de manutenção por ano, resultando

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em 20 caminhões, de 8 m3 (160 m3/ano), de lodo biológico, para descarte na
estação da empresa Pregel.

3.2.1.11. Resíduos da geração de energia termoelétrica

Segundo dados da Eletrobrás Amazonas Energia, todos os resíduos oleosos sólidos


e líquidos que são coletados em Manaus, municípios e usinas do interior, são
encaminhados à empresa Eternal que é a responsável pelo tratamento e destinação
final destes.

Na Eternal, os resíduos oleosos sólidos e líquidos são coletados em Manaus; e


municípios mais próximos, que possuem acesso por meio de estradas, chegam até
as instalações da empresa Eternal por meio de caminhões tanques, caminhões a
vácuo, caminhões munk e baú. Quanto aos resíduos provenientes das Usinas do
interior do estado, chegam por meio de balsas, conforme observado na Figura 17.

Figura 17 - Balsa descarregando tambores de resíduos oleosos provenientes das Usinas


Termelétricas do interior do estado do Amazonas

Fonte: Eletrobrás Amazonas Energia, 2015

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Figura 18 - Caminhão a vácuo de coleta de resíduos de óleo lubrificante usado/contaminado

Fonte: Eletrobrás Amazonas Energia, 2015

Os resíduos sólidos oleosos como trapos, estopas e filtros são armazenados em


uma área que possui infraestrutura adequada com diques de contenção e canaletas
interligadas a caixas de passagem que são direcionadas para a Estação de
Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI), para que posteriormente sejam
queimados em um incinerador com temperatura acima de 500 °C.

Figura 19 - Área de incineração dos resíduos sólidos perigosos na sede da Eternal

Fonte: Eletrobrás Amazonas Energia, 2015

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Os resíduos líquidos oleosos, nos casos da água oleosa e borra oleosa são
descarregados e tratados por uma ETEI, cuja água descartada após o tratamento é
monitorada por laboratório próprio e terceirizado devidamente credenciados junto ao
órgão ambiental. Em relação ao óleo lubrificante são armazenados em tanques
metálicos, dotados de piso impermeável, bacia de contenção e tubulações
interligadas a ETEI, onde passam por decantação. Posteriormente é realizado
aquecimento para evaporação das partículas de água, para então realizar os
processos de tratamento e adição de aditivos.

Figura 20 - Estação de tratamento de efluentes industriais (ETEI) na sede da Eternal

Fonte: Eletrobrás Amazonas Energia, 2015

3.2.2. Áreas degradadas por disposição final de resíduos sólidos na RMM

O Quadro 44 apresenta uma caracterização sistematizada das informações


coletadas nas áreas degradas por disposição final de resíduos, seja por Lixões a
Céu Aberto e Aterro Licenciado nos municípios da RMM.

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Quadro 44 - Caracterização das áreas degradadas por resíduos sólidos no RMM
TIPO DE ÁREA VALA PRESENÇA DE COORDENADAS
N.o MUNICÍPIO PROPRIEDADE ALAGAÇÃO
DISPOSIÇÃO FINAL (ha) PARA RSS CATADORES (*) GEOGRÁFICAS
S 03°38'36.00”
1 Autazes Lixão 1,00 Prefeitura Não Não Sim
W 59°07’21.12”
Careiro S 03°46'51.12"
2 Lixão 1,00 Prefeitura Sim Não Não
Castanho W 60°18'42.18"
Careiro da
3 Não possui N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A.
Várzea
S 03°14’37,74”
4 Iranduba Lixão 6,09 Prefeitura Não Não Sim
W 60°07’34.21”
S 03°08'48.26”
5 Itacoatiara Lixão 17,43 Prefeitura Não Sim Sim
W 58°25'35.86”
S 02°44’09.00”
6 Itapiranga Lixão 3,04 Prefeitura Não Não Sim
W 58°02’25.05”
S 03°15'28.97”
7 Manacapuru Lixão 13,00 Prefeitura Não Não Sim
W 60°39'24.05”
S 03º29’05.90”
8 Manaquiri Lixão 0,08 Prefeitura Sim Não Não
W 60º26’45.16”
S 02°57'23.86”
9 Manaus Aterro licenciado 66,00 Prefeitura Não Não Não
W 60°00'47.62”
S 02°44'17.46”
10 Novo Airão Lixão 1,00 Prefeitura Não Não Sim
W 60°56'27.41”
Presidente S 02°04’03.88”
11 Lixão 4,00 Prefeitura Não Sim Não
Figueiredo W 59°59’04.29”
12 Rio Preto da Eva Não possui N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A.
S 02°49’59.66”
13 Silves Lixão 0,56 Prefeitura Não Sim Sim
W 58°13’35.35”
(*) No ato da visita in loco
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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3.2.2.1. Autazes
A atual área de disposição final é do tipo lixão a céu aberto. Possui área de 1 ha,
estando localizado a 8 km da área urbana no lado esquerdo da Estrada do
Rosarinho AM – 254 (pavimentada), com as coordenadas geográficas S
03°38'36.00" e W 59°07'21.12". O terreno é de propriedade da prefeitura do
município.
A área possui topografia plana e nas redondezas, vegetação secundária em
processo de sucessão natural. No local foram encontrados catadores de materiais
recicláveis que trabalham há 5 anos, os mesmos relataram que já se acidentaram
com material perfurocortante proveniente de RSS.
Nos limites da área do lixão existem cercas de arame farpado e na entrada para
estrada interna do lixão possui uma guarita. Foi observado também residências a
menos de 200m do local.
A prefeitura informou que faz recobrimento dos resíduos a cada 6 (seis) meses, no
entanto foi observado que os resíduos são dispostos sem segregação e de maneira
aleatória. Há valas abertas dentro do lixão contendo águas pluviais, O local propicia
a proliferação de vetores de doenças (ratos, baratas, moscas e etc), foi também
observado a presença de urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). O local não
possui valas sépticas para RSS.
O local não sofre influência nos períodos de cheia dos rios e fica próximo cerca de
3km da pista de pouso do município, configurando-se em uma situação de risco
aviário.
A área de disposição final de Autazes está localizada a aproximadamente 5,05km do
aeródromo do município, ficando assim dentro da margem de 13km da Área de
Segurança Aeroportuária – ASA, podendo acarretar em colisões com as aeronaves,
devido a natureza atrativa de fauna (aves) do local.
O lixão pode ser visualizado na Figura 21, Figura 22 e Figura 23 e no ANEXO 3.4.1
apresenta-se a localização da área em relação a área urbana do município.

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Figura 21 – Estrada de acesso à área do lixão do município de Autazes

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 22 – Lixão de Autazes e a ausência de drenagem das águas pluviais

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 23 – Despejo dos resíduos sólidos urbanos coletados no município de Autazes

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

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3.2.2.2. Careiro
A atual área de disposição final é do tipo lixão a céu aberto, com aproximadamente
1ha, estando localizado a 7 km da área urbana, com acesso pela BR – 319, com
acesso por um ramal não pavimentado, sob as coordenadas geográficas S
03°46'51.12" e W 60°18'42.18".
O terreno possui topografia plana, fica próximo de um corpo hídrico, tanque de
piscicultura e instalações de uma empresa de engenharia. A vegetação ao redor é
secundária e parte está em processo de sucessão natural. A propriedade é da
prefeitura do município.
O lixão não é cercado e nem possui guarita. Não foi constatada a presença de
catadores de materiais recicláveis dentro do lixão do município.
Os resíduos são dispostos sem segregação, e não é realizado conformação
adequada, os mesmos são queimados diariamente. O local propicia a proliferação
de vetores de doenças, foi vista a presença de urubus-de-cabeça-preta (Coragyps
atratus). A área não possui valas sépticas para disposição de RSS, esses resíduos
são encaminhados a Manaus e sua logística é feita por uma empresa contratada
pela Secretaria Municipal de Saúde do município de Careiro.
O lixão pode ser visualizado na Figura 24 e Figura 25 e no ANEXO 3.4.2 apresenta-
se a localização da área em relação a área urbana do município.

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Figura 24 – Área do lixão do município Careiro

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 25 – Registro da queima dos resíduos no lixão do município de Careiro e resíduos
depositados de forma desordenada

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

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3.2.2.3. Iranduba

A atual área de disposição final é do tipo lixão a céu aberto. Possui área de 6,09 ha,
estando localizado a 10 km da área urbana, com acesso pela Rodovia Carlos Braga
(pavimentada), na margem esquerda sentido Iranduba, entrando na estrada do
Janauari, que não está pavimentada, mas em boas condições de tráfego. As
coordenadas geográficas são S 03°14’37,74’’ e W 60°07’34.21’’.
A área é de propriedade da prefeitura, mas o município ainda não possui o título da
terra. A frente da área do lixão é murada e possui uma guarita sem vigilância, existe
uma família de catadores de materiais recicláveis, que coordena a catação no local,
totalizando 20 pessoas.
Existem muitas comunidades em expansão nas proximidades do lixão, inclusive
residências que distam 500 metros, há também a presença de igarapés na parte de
trás do terreno. O local não sofre influência nos períodos de cheia dos rios.
Ocorre grande acúmulo de águas pluviais na área e os resíduos são dispostos sem
segregação e de maneira aleatória, não é realizada conformação de volume,
propiciando a proliferação de vetores de doenças e trazendo riscos principalmente
para os catadores que ali trabalham. Foi observado uma grande quantidade de
urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), garças (Ardea alba) além da presença
de animais como caninos (Canis lupus familiaris) e bovinos (Bos taurus).
Não há valas sépticas para disposição de RSS.
O município não recebe nenhum resíduo dos municípios adjacentes, mas houve
tempo que recebeu resíduos das indústrias de Manaus, segundo o coordenador
Claudio Pinheiro de Freitas da Secretaria de Transporte e Limpeza Pública de
Iranduba.
O lixão pode ser visualizado na Figura 26, Figura 27 e Figura 28 e no ANEXO 3.4.3
apresenta-se a localização da área em relação a área urbana do município.

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Figura 26 – Área do lixão do município de Iranduba

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 27 – Área do lixão do município de Iranduba

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 28 – Acúmulo de águas pluviais por ausência de sistema de drenagem

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

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3.2.2.4. Itacoatiara
A atual área de disposição final é do tipo lixão a céu aberto e possui 17,43 ha. A
mesma está distante 2,2 km do centro urbano do município, na Rua Luzardo Ferreira
de Melo (não pavimentada), no Bairro Janauari, com as coordenadas geográficas S
03°08'48.26" e W 58°25'35.86". A área possui topografia plana e bastante
desmatada; no entorno a vegetação é secundária em processo de sucessão natural.
O local não sofre influência da dinâmica hidrológica dos rios, entretanto, conforme
apresentado no Relatório Operacional da Situação da Lixeira Municipal de
Itacoatiara elaborado pelo TCE (2011), o mesmo está próximo ao lago Canaçari,
igarapé Piramiri e Igaipauá que deságuam no rio Amazonas. Nas proximidades do
lixão existem residências e um frigorífico.
A Prefeitura de Itacoatiara não tem conhecimento a quem pertence a atual área de
disposição final dos resíduos. O local não possui muros ou cercas para isolamento
da área, e existe a atuação da Associação de Catadores de Lixo de Itacoatiara
(ASCALITA), que conta com 20 catadores de materiais recicláveis associados. No
momento da visita foi visto uma criança acompanhada pela responsável.
No local existem valas abertas ao meio do lixo, tendo acúmulo de águas pluviais. Os
resíduos coletados pela empresa terceirizada são depositados sem segregação, no
entanto é realizado o processo de compactação por meio de dois tratores de esteira
que colaboram na diminuição do volume. Foi observada uma grande quantidade de
urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus).
A área de disposição final de Itacoatiara está localizada à aproximadamente 6,5km
do aeródromo do município, ficando assim dentro da margem de 13km da Área de
Segurança Aeroportuária – ASA, podendo acarretar em colisões com as aeronaves,
devido a natureza atrativa de fauna (aves) do local.
Conforme informado pela Prefeitura, existem valas específicas para a disposição de
RSS que são previamente separados nas fontes geradoras. Entretanto, de acordo
com catadores da ASCALITA, os RSS são despejados sem nenhum controle e que
os mesmos oferecem permanentemente risco de contaminação.
O município não recebe resíduos oriundos de municípios adjacentes, entretanto, a
Prefeitura Municipal de Itacoatiara afirma que as empresas EQUADOR LOG e

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HERMASA trazem em seus navios resíduos sólidos de outras localidades e destina
ao lixão de Itacoatiara sem qualquer fiscalização e ônus pela destinação final.
Quanto à possibilidade de consórcio de aterro sanitário com os municípios do
entorno, nunca houve nenhuma ação para negociar tal situação.
O lixão pode ser visualizado na Figura 29, Figura 30 e Figura 31 e no ANEXO 3.4.4
apresenta-se a localização da área em relação a área urbana do município.

Figura 29 – Área do lixão do município de Itacoatiara

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 30 – Área do lixão do município de Itacoatiara

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 31 – Área do lixão do município de Itacoatiara e a presença de catadores no local

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

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3.2.2.5. Itapiranga
O município de Itapiranga apresenta como área de disposição final, um lixão a céu
aberto, com área estimada de 3,04 ha, localizado na Estrada AM-363, a uma
distância aproximada de 2 km da área urbana, localizado espacialmente através das
coordenadas geográficas S 02°44’09.00” e W 58°02’25.05”. A área do lixão é de
propriedade da Prefeitura. Nas proximidades do lixão existem residências a uma
distância inferior a 200 metros.
A área onde está situado o lixão possui cerca com guarita, porém não inibe a
atuação de catadores de resíduos recicláveis. É relativamente plano e a vegetação
em seu entorno é de floresta secundária e os resíduos que foram depositados há
mais tempo já apresentam um recobrimento parcial feito pela vegetação.
A via de acesso ao lixão encontra-se pavimentada e em boas condições. Nas
proximidades existem corpos hídricos. O local não sofre o risco de alagação no
período de cheia dos rios.
Existe uma constante circulação de pessoas de outros municípios como São
Sebastião do Uatumã e Urucará para o município de Itapiranga devido ao acesso e
a proximidade entre os municípios através da estrada, porém o Lixão não recebe o
despejo de resíduos sólidos urbanos de outros municípios.
Os resíduos provenientes das atividades de coleta domiciliar, saúde, varrição,
capinação, poda e resíduos volumosos são dispostos sem segregação e não são
descarregados de forma ordenada nem compactados, as máquinas que atuam no
local apenas abrem espaço entre os resíduos apenas para o tráfego das mesmas, o
que compromete a vida útil do espaço lixão. Sendo um local ideal para proliferação
de vetores de doenças (ratos, baratas, moscas e etc.).
A área de disposição final de Itapiranga está localizada à aproximadamente 1,5km
do aeródromo do município, ficando assim dentro da margem de 13km da Área de
Segurança Aeroportuária – ASA, podendo acarretar em colisões com as aeronaves,
devido a natureza atrativa de fauna (aves) do local.
Foi também observado a presença de urubus (Coragyps atratus). O local não possui
valas sépticas para RSS.
O lixão pode ser visualizado na Figura 32, Figura 33 e Figura 34; no ANEXO 3.4.5
apresenta-se a localização da área em relação a área urbana do município.

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Figura 32 – Entrada do lixão do município de Itapiranga

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 33 – Área do lixão do município de Itapiranga

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 34 – Presença de catadores de materiais recicláveis na área do lixão

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

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3.2.2.6. Manacapuru
A atual área de disposição final é do tipo lixão a céu aberto. Possui 13 ha e localiza-
se às margens da rodovia estadual AM – 352, que interliga os municípios de
Mancapuru e Novo Airão, com as coordenadas geográficas S 03°15'28.97"e W
60°39'24.05", o local e dista 2 km da área urbana. A estrada de acesso ao lixão não
é pavimentada.
O lixão apresenta leve declive, com ambiente florestal de vertente em seus
arredores. A área não sofre influência nos períodos de cheia dos rios; existem
corpos hídricos e residências com distâncias inferiores à 200 metros.
No local foram encontradas valas abertas e material argiloso acumulado. Segundo a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente na área estaria ocorrendo o recobrimento
dos resíduos sólidos, porém como constatado in loco os resíduos tem sido
despejados de modo aleatório, inclusive em área de APP, não é realizada
conformação de volume, sendo um local ideal para proliferação de vetores de
doenças (ratos, baratas, moscas e etc.), foi observado também uma grande
quantidade de urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). O local não possui valas
sépticas para os RSS.
A área do lixão não é isolada com muros ou cercas, possui uma guarita que permite
somente a entrada de catadores de materiais recicláveis que fazem parte da
associação de catadores de materiais recicláveis denominada MPU Recicle.
O lixão pode ser visualizado na Figura 35, Figura 36, Figura 37 e Figura 38; no
ANEXO 3.4.6 apresenta-se a localização da área em relação a área urbana do
município.

186
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Figura 35 – Estrada de acesso à área do lixão do município de Manacapuru

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 36 – Área do lixão do município de Manacapuru

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 37 – Presença de catadores de materiais recicláveis e o acondicionamento de materiais
recicláveis no lixão do município de Manacapuru

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 38 – Registro da queima dos resíduos provenientes de poda e capina na área do lixão

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

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3.2.2.7. Manaquiri
Manaquiri não possui aterro sanitário, o local de disposição final é um lixão a céu
aberto, com aproximadamente 0,08 ha localizado a 8 km da área urbana com
acesso pela rodovia AM-354 (pavimentada), com coordenadas S 03º29’05.90” e W
60º26’45.16”. A área possui topografia plana com vegetação secundária nos
arredores em processo de sucessão natural. A propriedade é da prefeitura do
município.
O local sofre influência da cheia durante três meses, em período de vazante
contamina a área alagável próxima.
Os resíduos são dispostos de modo aleatório e posteriormente queimados, para
diminuir seu volume. O local propicia a proliferação de vetores de doenças e foi
constatado a presença de urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). Não há valas
sépticas para a disposição de RSS.
Não existe cerca ou muro nem vigilância no local. Não foi observada a presença de
catadores de materiais recicláveis dentro do lixão.
O lixão pode ser visualizado na Figura 39, Figura 40 e Figura 41; no ANEXO 3.4.7
apresenta-se a localização da área em relação a área urbana do município.

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Figura 39 – Estrada de acesso à área do lixão do município de Manaquiri

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 40 – Área do lixão do município de Manaquiri

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 41 – Registro da queima dos resíduos no lixão do município de Manaquiri

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

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3.2.2.8. Manaus
O município de Manaus apresenta como área de disposição final, um Aterro
Licenciado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas - IPAAM,
com área estimada de 66 ha, localizado no km 19 da rodovia AM-010, posicionado
espacialmente através das coordenadas geográficas S 02°57'23.86" e W
60°00'47.62". O aterro licenciado pode ser visualizado na Figura 42; no ANEXO
3.4.8 apresenta-se a localização da área em relação a área urbana do município.
Figura 42 – Mapa de localização do aterro de Manaus

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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As operações de disposição final de resíduos no aterro de Manaus iniciaram na
década de 80, porém, sem contar com uma estrutura de impermeabilização e
drenagem da base.
No início de 2005, o local de disposição final apresentava inúmeros riscos de ordem
sanitária, ambiental e social, devido à presença de catadores e suas famílias na
área. Em função destas e de outras causas que foram identificadas, o aterro tornou-
se objeto de uma Ação Civil Pública e, diante dos anseios da sociedade para a
resolução da problemática introduzida pelo lixão, foi assinado o Termo de
Conciliação Judicial Ação Civil Pública n.o 012.00.11561-6, em 2006, pelo qual os
compromissários Público (Município de Manaus) e Privado (Operadora do aterro)
priorizaram a recuperação da área do aterro.
A Figura 43 ilustra como era a operação do Aterro Municipal de Manaus, em 2005,
com a presença de catadores e sem a devida cobertura do lixo.

Figura 43 – Aterro de Manaus no ano de 2005

Fonte: Arquivo SEMULSP, 2006

O Termo de Conciliação Judicial trouxe em seu bojo a imposição da adoção de


medidas mitigadoras, contemplando a redução, controle e eliminação, no que
couber, de todos os passivos existentes e decorrentes da realização daquela
atividade, de caráter operacional, técnico, ambiental, sanitário, social, econômico e
legal, entre outros.

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Assim, foram tomadas medidas no sentido de promover a elevação do padrão
técnico-operacional da atividade, com a observância dos instrumentos normativos de
engenharia sanitária e ambiental, contemplando um novo maciço para disposição
final ao lado da área inicial que conta com estruturas de impermeabilização,
drenagem, tratamento e monitoramento, preconizadas pelas Normas em vigor.
A problemática de cunho social foi tratada com a retirada dos 300 catadores de lixo
e suas famílias de dentro da área, tendo os mesmos sido cadastrados, treinados e
apoiados na formação de associações e cooperativas de catadores, cujos trabalhos
de triagem do lixo ocorrem hoje de forma mais organizada, constituindo-se em
atividade geradora de renda e promotora da sua inserção social, bem como a
contratação de alguns catadores como interlocutores com a Prefeitura.
Para tanto, o aterro é totalmente cercado e o acesso é restrito, sendo monitorado
constantemente.
Na entrada do aterro existe uma balança para o controle de pesagem dos
caminhões que transportam os resíduos para descarte. A Figura 44 mostra a
balança e a área administrativa do aterro.

Figura 44 – Balança do aterro de Manaus

Fonte: SEMULSP, 2014

Com relação às medidas sanitárias, além da impermeabilização da base da área do


novo maciço, conforme mostrado na Figura 45, foram desenvolvidos na superfície
do aterro, os serviços de impermeabilização da cobertura, melhorando o
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escoamento da drenagem das águas superficiais e reduzindo fortemente a
penetração das águas das chuvas e, consequentemente, a geração de chorume. Os
drenos implantados na base e no entorno do corpo do aterro conduzem estas águas
para as lagoas de tratamento, conforme demonstrado na Figura 46.

Figura 45 – Vista aérea da manta impermeabilizante do aterro de Manaus

Fonte: SEMULSP, 2014

Figura 46 – Lagoas de tratamento de efluentes do aterro de Manaus

Fonte: SEMULSP, 2014

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Outra melhoria introduzida foi uma rede de drenagem de gases para captação e
transporte do metano até o queimador. A Figura 47 mostra a unidade para captação
e queima dos gases do aterro de Manaus.

Figura 47 – Unidade de captação e queima de gases do aterro de Manaus

Fonte: SEMULSP, 2014

No âmbito da inovação tecnológica, conta-se com a implantação de um projeto de


“Mecanismos de Desenvolvimento Limpo”- MDL, aprovado e registrado no Programa
das Nações Unidas para Enfrentamento das Mudanças Climáticas, o qual possui os
Certificados de Emissões Controladas e vêm sendo contabilizados para
comercialização no mercado internacional. O projeto de MDL é, até o presente, a
única iniciativa de controle de emissões dos gases do efeito estufa já aprovada pelas
Nações Unidas na cidade de Manaus.
Outro serviço desempenhado pelo aterro de Manaus é a produção de adubo
orgânico através da compostagem de alguns dos resíduos orgânicos coletados na
cidade de Manaus. O adubo produzido é utilizado nas atividades de jardinagem da
prefeitura.
As Figura 48 e Figura 49 mostram a preparação dos resíduos orgânicos para a
compostagem e a operação de preparação do composto orgânico.

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Figura 48 – Triturador de galhos utilizado no Figura 49 – Serviço de compostagem no
aterro de Manaus aterro de Manaus

Fonte: SEMULSP, 2014 Fonte: SEMULSP, 2014

Com o intuito de garantir a estabilidade do maciço sanitário, a empresa Fral


Consultoria realiza mensalmente o monitoramento geotécnico do aterro, analisando
os deslocamentos horizontais e verticais, através de marcos superficiais; a
profundidade da linha piezométrica do aterro, através de piezômetros que
determinam as medidas de pressões neutras de líquido percolado e de gás; e as
medidas das vazões de lixiviados, associadas à pluviometria local.
Desta forma, o monitoramento geotécnico apresenta a descrição das condições
geotécnicas do aterro através da análise e interpretação dos dados obtidos pela
instrumentação instalada, decorrente de inspeções realizadas “in loco” e séries
históricas do monitoramento mensal, que permitem determinar as condições de
estabilidade global do aterro e possíveis tomadas de decisão.
Atualmente o Aterro possui impermeabilização da base, drenagem de líquidos e
gases, controle geotécnico, lagoas de tratamento de efluentes e jazida de material
de cobertura. A operação é dividida em três unidades diferentes, quais sejam:
 O corpo principal do Aterro, que recebe as cargas da coleta domiciliar, coleta
mecanizada, coleta manual e coleta de terceiros;
 A área destinada à compostagem dos resíduos de feiras e mercados, de
podas e de jardinagem e
 A área destinada ao armazenamento temporário dos resíduos recicláveis
como pneus e sucatas.

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Por fim, para quantificação total das áreas degradadas por resíduos de Manaus,
além da área do aterro, foram levantadas também as “lixeiras viciadas”, que são
locais (como esquinas, saídas de becos, terrenos baldios e etc.) de descarte
irregular de resíduos urbanos. Atualmente o município de Manaus apresenta um
total de 360 lixeiras e, conforme a SEMULSP, as mesmas possuem um tamanho
médio de 5 m², o que representa uma área total de 0,18 ha de áreas degradadas por
descarte irregular de resíduos urbanos, que somados a área do Aterro, perfazem-se
um total de 66,18 ha de áreas degradas.
Para fins de atendimento ao público externo e de divulgação das ações
desenvolvidas pela administração, o aterro de Manaus conta com um prédio
funcional e jardim. Estas instalações foram adaptadas para um Centro de Educação
Sanitária e Ambiental, criando uma alternativa de interação com a comunidade e
dando maior visibilidade as ações do poder público neste setor.
O Aterro é objeto de um completo programa de monitoramento ambiental conduzido
pela Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais - CPRM. Este programa
garante uma orientação externa para as medidas de proteção ambiental do Aterro.
O último relatório de monitoramento (Terceira Etapa da Fase Três), publicado em
novembro de 2015, recomendou a implementação de medidas para o incremento do
desvio de todos os fluxos de chorume mapeáveis no terreno para as lagoas de
estabilização já existentes. Esta providência é considerada como fundamental para o
processo de recuperação ambiental do vale do igarapé do Matrinxã.
Em atendimento a essas recomendações, foram instalados aeradores nas lagoas de
estabilização e iniciada a ampliação da rede de captação dos fluxos de chorume
identificados.
As comunidades do entorno foram beneficiadas com a construção de poços
profundos, monitorados pela CPRM, e ainda com atividades de educação sanitária e
ambiental junto às mesmas.
O aterro de Manaus opera com um quadro próprio de servidores e equipes das
empresas terceirizadas. Todos os veículos e equipamentos empregados na
operação pertencem às empresas terceirizadas.
Pessoal próprio em três turnos e sete dias por semana:
 Agentes Administrativos – 2

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 Operadores de Balança – 15
 Fiscais de Operação – 9
 Fiscais de Portaria – 8
 Auxiliares na Compostagem – 6
 Manutenção e Limpeza – 5
 Total – 45

Pessoal das empresas terceirizadas:


 Operadores de Veículos Máquinas e Equipamentos– 17
 Auxiliares de Operação – 24
 Encarregados – 6
 Agentes Administrativos – 6
 Manutenção e Limpeza – 6
 Total – 59

Veículos, máquinas e equipamentos:


 Caminhão Pipa – 1
 Moto Niveladora – 1
 Tratores de Esteiras – 5
 Rolo Compressor – 1
 Pás-carregadeiras – 2
 Triturador de Galhos – 1
 Geradores Elétricos – 3
 Caminhões Caçambas Basculantes – 4
 Retroescavadeira – 1
 Escavadeiras Hidráulicas – 2

A CPRM (2006) realizou um estudo de diagnóstico e avaliação da contaminação dos


recursos hídricos na área do entorno do aterro licenciado de Manaus, e concluiu que
em função da configuração topográfica local, a maior parte do chorume produzido
pelo aterro conduzida, direta ou indiretamente, para o vale do igarapé Matrinxã,
afluente do igarapé do Acará, enquanto uma parcela menor, na borda ocidental do

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ASM, flui, principalmente por meio de drenagem artificial subterrânea (bueiros) da
rodovia AM-010, para a cabeceira de um tributário do igarapé Aracu, afluente da
margem direita do igarapé da Bolívia.
Posteriormente a esse estudo a CPRM (2009) foi contratada pela prefeitura de
Manaus junta a empresa TUMPEX, para realizar durante dois anos o monitoramento
das características físico-químicas no entorno do aterro, no igarapé Matrinxã/Acará
(setor leste-sudeste), nas águas superficiais e subterrâneas. Constatando assim a
contaminação causada pelo aterro nessas áreas, os resultados das análises de pH,
Condutividade Elétrica, Demanda Química de Oxigênio e Metais Pesados, ficaram
em sua maior parte fora dos parâmetros das normas vigentes no país.
Segundo Oliveira e Santana (2010), a distribuição de metais pesados pelo sistema
hídrico da região do Aterro Sanitário de Manaus é caracterizada por ter dois
comportamentos distintos de acordo com a estação sazonal. Além disso, Al, Cd, Fe
e Pb são aqueles metais pesados cujas concentrações se encontram acima dos
limites estabelecidos pelo CONAMA.

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3.2.2.9. Novo Airão
A atual área de disposição final é do tipo lixão a céu aberto. Possui área de 01 ha,
estando posicionado no km 10, da estrada pavimentada AM – 352, a 13 km da área
urbana, localizado nas coordenadas geográficas S 02°44'17.46" e W 60°56'27.41". A
área possui topografia plana e nos arredores foi observado cobertura vegetal
secundária em processo de sucessão natural. Segundo a Prefeitura Municipal a área
possui três proprietários.
O local não é cercado, não sofre influência da água nos períodos de cheia do rio e
dista 1200 metros das residências e, a aproximadamente 500 metros, encontra-se
uma nascente. Na área existe um casal de catadores e uma criança de 08 anos, que
residem há um ano e seis meses em um espaço do lixão e, segundo os mesmos,
eles lucram em média R$ 3.000 por mês.
Os resíduos são dispostos sem nenhuma segregação e de maneira aleatória. Dentro
do lixão é realizada serviço de compactação e conformação a cada três meses. Não
há valas sépticas para disposição de RSS e a quantidade de resíduos a céu aberto
propicia a proliferação de vetores de doenças, foi também observado a presença de
urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus).
O município não recebe nenhum resíduo dos municípios adjacentes.
O lixão pode ser visualizado na Figura 50, Figura 51 e Figura 52; no ANEXO 3.4.9
apresenta-se a localização da área em relação a área urbana do município.

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Figura 50 – Acesso à área do lixão do município de Novo Airão

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 51 – Área do lixão do município de Novo Airão

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 52 – Materiais recicláveis segregados na área do lixão por catadores de materiais recicláveis

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

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3.2.2.10. Presidente Figueiredo
A atual área de disposição final é do tipo lixão a céu aberto. Possui área de
aproximadamente 4 ha, está localizado a 9 km da área urbana, AM - 240, em um
ramal não pavimentado no Km 24 da Estrada de Balbina, com as coordenadas
geográficas S02°04’03.88” e W59°59’04.29”. A área possui topografia plana e nos
arredores foi possível observar vegetação primária e vegetação secundária em
processo de sucessão natural. A prefeitura do município é proprietária da área, mas
não possui documentação da mesma.
A área do lixão não possui cerca ou muro. O local não sofre influência nos períodos
de cheia dos rios. Nas proximidades do lixão existem residências. Não houve
evidência da existência de catadores no lixão do município, apenas na área urbana.
O município não recebe nenhum resíduo dos municípios adjacentes.
Os resíduos são depositados sem segregação e de maneira aleatória, propiciando a
proliferação de vetores de doenças (ratos, baratas, moscas e etc.), não foi
observada a presença de espécies de urubus (Coragyps atratus) ou animais
domésticos. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou a existência de valas
específicas para RSS.
Segundo Machado (2006), apud PLAMSAN (2012), o lixão de Presidente Figueiredo
está próximo à Área de Proteção Ambiental da Caverna do Maroaga. A APA da
Caverna do Maroaga abrange 42 comunidades, sendo também o habitat do galo-da-
serra (Rupicola rupicola), espécie muito visada por traficantes de animais silvestres.
A área possui potencial para o ecoturismo e, dentre os vários tipos de vegetação, a
unidade possui áreas de campina e campinarana, com possível ocorrência de várias
espécies endêmicas (AMAZONAS, 2009).
Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
do Amazonas (2010), todos os dias são coletadas cerca de 20 toneladas de
resíduos que são depositados no lixão municipal, localizado na rodovia AM-240
(Oliveira, 2012).
O lixão pode ser visualizado na Figura 53 e Figura 54; no ANEXO 3.4.10 apresenta-
se a localização da área em relação a área urbana do município.

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Figura 53 – Estrada de acesso e a área do lixão do município de Presidente Figueiredo

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 54 – Área do lixão do município de Presidente Figueiredo

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

202
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3.2.2.11. Silves
A atual área de disposição final é do tipo lixão a céu aberto. Possui área de 0,56 ha,
estando localizado a 1 km da área urbana, na estrada do Curuçá, na sede de
município, estando posicionado nas seguintes coordenadas geográficas S
02°49’59.66’’ e W 58°13’35.35’’. A estrada de acesso ao lixão não é pavimentada e
em más condições de tráfego. A área do lixão é de platô com vegetação secundária
em vertente. A propriedade é da prefeitura de Silves.
O local não possui cerca ou muro e foi constatada a presença de catador de
materiais recicláveis.
Nas proximidades do lixão existem residências, uma pista de pouso e cursos d’água.
Os cursos d'água são o Rio Urubu, a uma distância de 50 metros e o Igarapé do
Curuçá a uma distância de 150 m. O local não sofre influência nos períodos de cheia
dos rios.
Os resíduos são depositados sem segregação e de modo aleatório, não é realizado
periodicamente serviços de conformação de volume, propicia a proliferação de
vetores de doenças, foi observado também presença de urubus-de-cabeça-preta
(Coragyps atratus).
A área de disposição final de Silves está localizada à aproximadamente 0,3 km do
aeródromo do município, ficando assim dentro da margem de 13 km da Área de
Segurança Aeroportuária – ASA, podendo acarretar em colisões com as aeronaves,
devido a natureza atrativa de fauna (aves) do local.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente os RSS são queimados e
enterrados em várias valas feitas no momento da disposição final destes.
O município não recebe nenhum resíduo dos municípios adjacentes, mas os rios
Amazonas e rio Urubu trazem até a sede resíduos provenientes do município de
Urucurituba, das comunidades e de embarcações.
O lixão pode ser visualizado na Figura 55, Figura 56 e Figura 57; no ANEXO 3.4.11
apresenta-se a localização da área em relação a área urbana do município.

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Figura 55 – Área do lixão de Silves

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 56 – Resíduos depositados próximo ao talude da área do lixão

Fonte: Laghi Engenharia, 2014


Figura 57 – Vestígios de resíduos lixiviados no talude e registro de resíduos no Igarapé do Curuçá

Fonte: Laghi Engenharia, 2014

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3.2.3. Caracterização das áreas degradadas por resíduos sólidos na RMM

Após a realização da visita técnica para caracterização das áreas degradas nos
municípios que possuem áreas de disposição final em operação na RMM, elaborou-
se o mapeamento de todas estas áreas informadas, através do preenchimento dos
questionários pelas respectivas prefeituras.

Conforme Bezerra & Stroski (2013), os vazadouros, como também são conhecidos
os Lixões a Céu Aberto, para onde se destinam a maior parte do lixo urbano, são
depósitos irregulares, onde os resíduos, depositados de forma repetida e/ou
clandestinamente, promovem, além de evidente poluição visual, a própria
contaminação do solo, dos igarapés e das águas subterrâneas. Portanto, as
implicações na saúde são evidentes, ou seja, a má gestão destes resíduos é
responsável por 65% das doenças no Brasil.

Neste capítulo considerou-se todas as áreas utilizadas para disposição final de


resíduos como áreas degradadas, podendo esta degradação, no caso dos lixões,
extrapolar em muito os limites da área de disposição final dos resíduos.

Contudo, estimou-se que na Região Metropolitana de Manaus existam


aproximadamente 113,2 ha de áreas degradadas por Lixões e Aterro Licenciado.
Esta informação corresponde a 11 municípios, não estando inclusos os Municípios
de Careiro da Várzea e Rio Preto da Eva, pois depositam seus resíduos no aterro
licenciado de Manaus.

Do total de áreas degradadas, 113,2 ha, constatou-se que 58,3% (66 ha)
correspondem a Aterro Licenciado (Manaus) e 41,6% (47,2 ha) correspondem a
lixões a céu aberto.

Após analisar a localização dos lixões, identificou-se que na área compreendida pela
Região Metropolitana de Manaus não existem áreas degradadas por Lixões que
encontram-se em áreas sujeitas a possíveis alagações.

De acordo com o relatório intitulado “Panorama dos Resíduos Sólidos em Nove


Municípios do Amazonas”, elaborado pelo Departamento de Auditoria Ambiental do
Tribunal de Conta do Estado do Amazonas TCE-AM, em 2012, a situação dos
resíduos sólidos nos municípios vistoriados é grave (Itacoatiara e Iranduba), não

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somente pelos danos ambientais observados a partir das inadequações técnicas,
legais e operacionais da disposição final e coleta, mas principalmente pela
degradação social e pelos danos a serem considerados e mensurados, seja na
deterioração paisagística ou na poluição ambiental do solo, das águas e do ar.

Durante o diagnóstico da disposição final dos resíduos na Região Metropolitana de


Manaus, pode-se comprovar a afirmação de que é “grave a situação dos resíduos
sólidos” no estado do Amazonas (TCE-AM, 2012).

Desta forma, dos 13 municípios da RMM, 10 possuem Lixões a Céu Aberto. Outros
dois municípios, Careiro da Várzea e Rio Preto da Eva enviam seus resíduos para o
Aterro Licenciado de Manaus, o que remete para quase totalidade dos municípios da
RMM terem áreas degradadas por disposição final inadequada de resíduos sólidos.

A NBR 10.004 (2004), que dispõe sobre a classificação de resíduos sólidos – tem
por objetivo classificar os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao
meio ambiente e à saúde pública. Esta classificação é estabelecida em função das
substâncias neles identificadas e em testes laboratoriais complementares, onde
vários parâmetros químicos são analisados na massa bruta e nos extratos lixiviados
e solubilizados dos resíduos. Três categorias são previstas na norma: classe I –
resíduos perigosos; classe II – resíduos não-inertes; classe III – resíduos inertes.
Esta classificação é fundamental para o gerenciamento adequado dos resíduos,
uma vez que possibilita a determinação do seu correto manuseio, transporte,
armazenamento e tratamento ou destinação final.

Porém, em locais de disposição final inadequados, como Lixões a Céu Aberto ou


Aterros Controlados, o descarte de resíduos acontece sem o mínimo de controle,
ocasionando no descarte até mesmo de resíduos classificados como perigosos,
contaminando água, solo e ar, podendo trazer sérios riscos à saúde pública.

De acordo com Gouveia (2012), uma vez acondicionados em aterros, os resíduos


sólidos podem comprometer a qualidade do solo, da água e do ar, por serem fontes
de compostos orgânicos voláteis, pesticidas, solventes e metais pesados, entre
outros. A decomposição da matéria orgânica presente no lixo resulta na formação de
um líquido de cor escura, o chorume, que pode contaminar o solo e as águas
superficiais ou subterrâneas pela contaminação do lençol freático. Pode ocorrer

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também há a formação de gases tóxicos, asfixiantes e explosivos que se acumulam
no subsolo ou são lançados na atmosfera. Os locais de armazenamento e de
disposição final tornam-se ambientes propícios para a proliferação de vetores e de
outros agentes transmissores de doenças. Pode haver também a emissão de
partículas e outros poluentes atmosféricos, diretamente pela queima de lixo ao ar
livre ou pela incineração de dejetos sem o uso de equipamentos de controle
adequados. De modo geral, os impactos dessa degradação estendem-se para além
das áreas de disposição final dos resíduos, afetando toda a população.

Segundo Azevedo et al. (2001), a disposição dos resíduos sólidos, realizada sob as
formas de “lixão” ou aterro controlado, constitui prática totalmente condenável, do
ponto de vista ambiental, sanitário e de saúde pública. Desta forma, os resíduos
sólidos devem ser considerados como um importante componente do perfil
epidemiológico de uma comunidade e, que as práticas de gestão destes resíduos
devem abordar estes aspectos, a fim de melhorar não só a qualidade ambiental,
como também as condições de saúde da população.

Sisino (2002) apresenta que à disposição de resíduos sólidos urbanos de forma


inadequada afeta a fauna e a flora aquáticas, que podem acumular substâncias
químicas nocivas à saúde humana. Podendo, além do consumo de animais e
vegetais que estiveram em contato com o solo e/ou água contaminada, ocorrer a
exposição humana direta através da água superficial ou subterrânea, pela pele ou
ingestão acidental de solo, muito comum no caso de crianças. Substâncias voláteis
e partículas em suspensão poderão causar problemas de saúde por meio da
inalação direta do ar. Todos esses problemas influenciam negativamente a saúde
das populações residentes nas proximidades das áreas de disposição de resíduos;
populações que muitas vezes já se encontravam no local antes do início da
instalação dessas áreas ou se mudaram para as redondezas devido à falta de
melhores condições de moradia.

Outro risco a ser salientado, derivado das áreas de disposição final inadequadas é o
risco aviário. De acordo com o CENIPA - Centro de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos, em 2013 no Brasil o número de colisões de aeronaves com

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aves reportadas foi de 1665. Já na Região Metropolitana de Manaus foram
reportados um total de 45 colisões em Manaus.

Com o intuito de minimizar o risco aviário, em 1995 foi publicada a resolução n.o 4
do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, que estabelece as Áreas de
Segurança Aeroportuárias – ASA’s, que definem raio a partir do centro geométrico
do aeródromo, de acordo com o seu tipo de operação, dividida em duas categorias: I
- raio de 20 km para aeroportos que operam de acordo com as regras de voo por
instrumento (IFR); e II - raio de 13 km para os demais aeródromos.

Já em 2012 a Lei Federal n.o 12.725 que dispõem sobre o controle da fauna nas
imediações de aeródromos, atribui responsabilidades aos órgãos ligados à aviação e
às autoridades municipais na prevenção do risco aviário, estabelecendo um raio de
20 km a partir do centro da pista de pouso e decolagem, e imputa responsabilidades
às prefeituras na solução dos problemas, a exemplo dos lixões.

Por fim, segundo Oliveira (2012) é necessário garantir que aterros controlados e
sanitários, sejam operacionalizados como tal, com o recobrimento constante do lixo,
para a redução do risco aviário nos aeródromos.

3.2.4. Levantamento da presença e atuação de catadores de materiais


recicláveis na região metropolitana de Manaus
3.2.4.1. Contextualização

O MMA alude-se aos catadores de materiais recicláveis como grandes parceiros


para a promoção da reciclagem, pois são trabalhadores que atuam há muitos anos,
desde os tempos dos garrafeiros, com a coleta, classificação e destinação dos
resíduos, permitindo o seu retorno à cadeia produtiva. O trabalho desenvolvido por
eles reduz os gastos públicos com o sistema de limpeza pública, aumenta a vida útil
dos aterros sanitários, diminui a demanda por recursos naturais, e fomenta a cadeia
produtiva das indústrias recicladoras com geração de trabalho.

O IPEA (2010) mostra que os benefícios potenciais da reciclagem para a sociedade


brasileira, caso todo o resíduo reciclável que é encaminhado para aterros e lixões
nas cidades brasileiras fosse reciclado, são estimados em R$ 8 bilhões anuais.

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Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB, 2008), existem
aproximadamente 70,5 mil catadores informais atuando em ruas e lixões, e 30.390
organizados em cooperativas ou associações. As entidades do setor acreditam,
porém, que esses números não condizem com a realidade, pois a PNSB se baseia
nas informações geradas pelas prefeituras municipais, que, na grande maioria dos
casos, não possuem um cadastro dos catadores da cidade (PINHEL, 2013).

Historicamente, a participação dos catadores como “agentes” da coleta seletiva é


crucial para o abastecimento do mercado de materiais recicláveis e,
consequentemente, como suporte para a indústria recicladora. Um programa de
coleta seletiva deve contemplar o trabalho destes indivíduos, mesmo que não haja
apoio direto à atividade. Estima-se hoje no Brasil a atuação de cerca de 800 mil
catadores de rua (autônomos e em cooperativas), responsáveis pela coleta de vários
tipos de materiais (CEMPRE, 2014).

Portanto, a participação destes atores na Política Estadual de Resíduos Sólidos será


abordada conforme orienta o arcabouço legal que os ampara. Para efeito de
elaboração do diagnóstico que compõe o Plano de Resíduos Sólidos e Coleta
Seletiva da Região Metropolitana de Manaus, considerou-se a legislação que norteia
a construção do referido plano.

A Lei Federal n.o 12.305 de 02 de Agosto de 2010, inclui a classe de catadores de


materiais recicláveis nos seguintes aspectos relacionados à elaboração do Plano de
Resíduos Sólidos:

“Art. 7o São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: ... XII


integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas
ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
dos produtos.”

“Art. 8o São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre


outros: ... IV o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas
ou de outras formas de associação de catadores de materiais
reutilizáveis e recicláveis.”

O Decreto Federal n.o 7.404, de 23 de dezembro de 2010, envolve a temática


relacionada aos catadores de materiais recicláveis nos seguintes aspectos que
permeiam a elaboração do Plano de Resíduos Sólidos:

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“Art. 11. O sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos priorizará a
participação de cooperativas ou de outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por pessoas
físicas de baixa renda.”

“Art. 18. Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos


produtos referidos nos incisos II, III, V e VI do art. 33 da Lei n.o 12.305, de
2010, bem como dos produtos e embalagens referidos nos incisos I e IV e
no § 1o do art. 33 daquela Lei, deverão estruturar e implementar sistemas
de logística reversa, mediante o retorno dos produtos e embalagens após o
uso pelo consumidor. § 1o Na implementação e operacionalização do
sistema de logística reversa poderão ser adotados procedimentos de
compra de produtos ou embalagens usadas e instituídos postos de entrega
de resíduos reutilizáveis e recicláveis, devendo ser priorizada,
especialmente no caso de embalagens pós-consumo, a participação de
cooperativas ou outras formas de associações de catadores de
materiais recicláveis ou reutilizáveis.”

“Art. 40. O sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e a logística


reversa priorizarão a participação de cooperativas ou de outras formas
de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis
constituídas por pessoas físicas de baixa renda.”

“Art. 42. As ações desenvolvidas pelas cooperativas ou outras formas


de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis no
âmbito do gerenciamento de resíduos sólidos das atividades
relacionadas no art. 20 da Lei n.o 12.305, de 2010, deverão estar
descritas, quando couber, nos respectivos planos de gerenciamento de
resíduos sólidos.”

“Art. 43. A União deverá criar, por meio de regulamento específico,


programa com a finalidade de melhorar as condições de trabalho e as
oportunidades de inclusão social e econômica dos catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis.”

“Art. 44. As políticas públicas voltadas aos catadores de materiais


reutilizáveis e recicláveis deverão observar:

I a possibilidade de dispensa de licitação, nos termos do inciso XXVII do


art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, para a contratação de
cooperativas ou associações de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis;

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II o estímulo à capacitação, à incubação e ao fortalecimento
institucional de cooperativas, bem como à pesquisa voltada para sua
integração nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo
ciclo devida dos produtos; e III a melhoria das condições de trabalho dos
catadores.”

“Art. 80. As iniciativas previstas no art. 42 da Lei n.o 12.305, de 2010, serão
fomentadas por meio das seguintes medidas indutoras: ... III destinação
dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da
administração pública federal às associações e cooperativas dos
catadores de materiais recicláveis, nos termos do Decreto no 5.940, de
25 de outubro de 2006.”

“Art. 11. O sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos priorizará a


participação de cooperativas ou de outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por pessoas
físicas de baixa renda.

§ 1o Na implementação e operacionalização do sistema de logística reversa


poderão ser adotados procedimentos de compra de produtos ou
embalagens usadas e instituídos postos de entrega de resíduos reutilizáveis
e recicláveis, devendo ser priorizada, especialmente no caso de
embalagens pós-consumo, a participação de cooperativas ou outras
formas de associações de catadores de materiais recicláveis ou
reutilizáveis.”

No Decreto Federal n.o 7.405, de 23 de dezembro de 2010, trata da instituição do


Programa Pró-Catador, com a finalidade de integrar e articular as ações do Governo
Federal voltadas ao apoio e ao fomento à organização produtiva dos catadores de
materiais recicláveis, à melhoria das condições de trabalho, à ampliação das
oportunidades de inclusão social e econômica e à expansão da coleta seletiva de
resíduos sólidos, da reutilização e da reciclagem por meio da atuação desse
segmento.

Art. 2º O Programa Pró-Catador tem por objetivo promover e integrar as


seguintes ações voltadas aos catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis:
I – capacitação, formação e assessoria técnica;
II – incubação de cooperativas e de empreendimentos sociais solidários
que atuem na reciclagem;
III – pesquisas e estudos para subsidiar ações que envolvam a
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

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IV – aquisição de equipamentos, máquinas e veículos voltados para a
coleta seletiva, reutilização, beneficiamento, tratamento e reciclagem pelas
cooperativas e associações de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis;
V – implantação e adaptação de infraestrutura física de cooperativas e
associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;
VI – organização e apoio a redes de comercialização e cadeias produtivas
integradas por cooperativas e associações de catadores de materiais
reutilizáveis e recicláveis;
VII – fortalecimento da participação do catador de materiais recicláveis nas
cadeias de reciclagem;
VIII – desenvolvimento de novas tecnologias voltadas à agregação de valor
ao trabalho de coleta de materiais reutilizáveis e recicláveis;
IX – abertura e manutenção de linhas de crédito especiais para apoiar
projetos voltados à institucionalização e fortalecimento de cooperativas e
associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

Mediante as determinações da legislação vigente percebe-se que uma das


prioridades é a participação de cooperativas ou outras formas de associação de
catadores de materiais recicláveis nas atividades da coleta seletiva e da logística
reversa. Assim esta legislação orienta a criação de programas e ações para a
inclusão destes trabalhadores, onde os governos municipais e estaduais devem
elaborar um plano de resíduos sólidos, com diagnóstico da situação dos resíduos e
definição de metas para redução e reciclagem, além extinguir os lixões e buscar
soluções consorciadas com outros municípios.

Respeitando a determinação legal a Secretaria do Estado do Meio Ambiente e


Desenvolvimento Sustentável do Amazonas contratou a empresa Laghi Engenharia
Ltda. para a elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região
Metropolitana de Manaus. Toda a elaboração está orientada por meio do Projeto
Básico denominado de “Projeto Básico para contratação de pessoa jurídica para
elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região Metropolitana
de Manaus (PRSCS-RMM)”.

O referido Projeto Básico prescreveu a temática Catadores de Materiais Recicláveis


e Reutilizáveis no processo de elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e Coleta
Seletiva da Região Metropolitana de Manaus. Outra vertente a ser analisada para a
construção do Diagnóstico dos Catadores refere-se aos anseios da classe, em

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consonância com a Legislação Vigente e com as determinações do cliente (SEMA-
AM).

Segundo o MNCR (2011), as prioridades socioprodutivas dos catadores de materiais


recicláveis são: contratação, pelas prefeituras, dos serviços dos catadores, a partir
da coleta, como está estabelecido pelas leis de resíduos sólidos, de licitações e de
saneamento básico; e a busca por novas tecnologias, para o avanço da cadeia
produtiva; e luta contra a incineração de materiais.

Conforme declaração do Sr. Alexandre Cardoso, articulador nacional do Movimento


Nacional, em 2011, existem pelo menos 1.200 cooperativas e associações de
catadores de materiais recicláveis registradas no MNCR, totalizando 80 mil
trabalhadores do segmento. “A região Norte é a que tem menos catadores
organizados, por isso tem recebido atenção especial do movimento”, declarou
Alexandre Cardoso” (MNCR, 2011).

Ao analisar o que determina a legislação vigente, as determinações do cliente e os


anseios da classe de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, a Laghi
Engenharia realizou o diagnóstico de catadores da Região Metropolitana de
Manaus.

3.2.4.2. Resultados encontrados – dados secundários

Classificação Brasileira de Ocupação (CBO)

A CBO é um documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as


características das ocupações do mercado de trabalho brasileiro. Sua atualização e
modernização se devem às profundas mudanças ocorridas no cenário cultural,
econômico e social do país nos últimos anos, implicando alterações estruturais no
mercado de trabalho.

A nova CBO tem uma dimensão estratégica importante, na medida em que, com a
padronização de códigos e descrições, poderá ser utilizada pelos mais diversos
atores do mercado de trabalho. Terá relevância também para integração das
políticas públicas do Ministério do Trabalho e Emprego, sobretudo no que concerne
aos programas de qualificação profissional e intermediação da mão de obra, bem
como o controle de sua implementação.
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A categoria profissional de Catadores de Material Reciclável foi reconhecida em
2002, na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Entretanto, essa
classificação ainda não foi totalmente internalizada nas pesquisas domiciliares e de
mercado de trabalho no Brasil (IPEA, 2013).

Segundo a CBO, o código 5192 corresponde a profissão de TRABALHADORES DA


COLETA E SELEÇÃO DE MATERIAL RECICLÁVEL, que equivale ao Catador de
ferro-velho; Catador de papel e papelão, Catador de Sucata, Catador de Vasilhame,
Enfardador de Sucata (cooperativa), Separador de sucata (cooperativa), Triador de
Sucata.

Conforme a CBO a descrição sumária da profissão citada é:

Catam, selecionam e vendem materiais recicláveis como papel, papelão e


vidro, bem como materiais ferrosos e não ferrosos e outros materiais
reaproveitáveis.

Ainda conforme dados da CBO quanto às condições gerais do exercício, o trabalho


é exercido por profissionais que se organizam de forma autônoma ou em
cooperativas. Trabalham para a venda de materiais à empresas ou cooperativas de
reciclagem. O trabalho é exercido a céu aberto em horários variados. O trabalhador
é exposto a variações climáticas, a risco de acidentes na manipulação do material, a
acidentes de trânsito e, muitas vezes, à violência urbana. Nas cooperativas surgem
especializações do trabalho que tendem a aumentar o número de postos, como os
de separador, triador e enfardador de sucatas.

Situação Social das Catadoras e dos Catadores de Material Reciclável e


Reutilizável – Região Norte (IPEA)

A série Situação Social das Catadoras e dos Catadores de Material Reciclável e


Reutilizável visa elaborar uma análise descritiva da situação social desses
trabalhadores no Brasil, com foco na distribuição geográfica pelos estados e regiões.
Dessa maneira, os dados apresentados neste item referem-se à Região Norte do
Brasil, impossibilitando uma análise focada apenas para a Região Metropolitana de
Manaus.

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Total de Catadoras e Catadores de Material Reciclável e Reutilizável

Segundo o IPEA (2013), a Região Norte concentra 21.678 pessoas, o que


representa pouco mais de 6% do total de catadoras e catadores no Brasil. É a região
com a menor quantidade de pessoas que trabalham com reciclagem no país. O
Amazonas possui 4.994 catadores segundo o estudo.

Faixa etária

No Norte, a idade média desse público é de 36,5 anos. No Amazonas 42,7%


possuem idade dentre 30 e 49 anos (IPEA, 2013).

Gênero

Na Região Norte o percentual de catadoras é praticamente similar ao nacional, em


torno de 30%. As mulheres se destacam mais no Amazonas, onde representam 41%
do total (IPEA, 2013).

Raça e Cor

A participação de negras ou negros entre as pessoas que trabalham com a coleta e


reciclagem de resíduos sólidos no Brasil é de 66,1%. No Norte esse porcentual é
ainda maior, chegando 82%, o mais alto do país. No Amazonas 82,8% dos
catadores são negras e negros. Portanto, a atividade de reciclagem no Norte possui
um caráter racial bem evidente (IPEA, 2013).

Urbanização

Como a atividade de coleta e reciclagem de resíduos sólidos depende do descarte


de material reutilizável, os dados do Censo Demográfico mostram que,
majoritariamente, as catadoras e os catadores residem em áreas urbanas. Logo a
atividade de coleta de material reciclável possui uma natureza essencialmente
urbana (IPEA, 2013).

No caso da região Norte, o porcentual de urbanização entre catadoras e catadores é


de 93,2%, semelhante à média nacional. O Amazonas apresenta a maior
concentração, tendo 97,9% de catadores e catadoras residentes em áreas urbana
(IPEA, 2013).

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Rendimento Médio do Trabalho

Uma dimensão essencial na análise da situação social das catadoras e dos


catadores de material reciclável e reutilizável no Brasil refere-se aos temas do
trabalho e da renda obtida pelos trabalhadores do setor. Os dados do Censo
Demográfico do IBGE indicam que a renda média em 2010, segundo os próprios
trabalhadores, era de R$ 571,56. Ressalte-se que o salário mínimo da época era de
R$ 510,00. Ou seja, a renda de todo o universo de catadoras e catadores no país
superava o valor do salário mínimo (IPEA, 2013).

Na região Norte os valores estão acima da média nacional. A média da renda das
pessoas envolvidas na atividade de coleta e reciclagem em 2010 foi de R$ 607,25. A
região apresentou o segundo maior valor de renda média do trabalho entre as
catadoras e os catadores do país, sendo superado apenas pela região Sudeste. No
Amazonas a renda média é de R$ 666,73, ficando atrás apenas de Rondônia e
Roraima (IPEA, 2013).

Extrema Pobreza

A região Norte apresenta porcentual de estrema pobreza entre os residentes de


domicilio com pelo menos um catador de 3,8% - valor inferior à média nacional. No
Amazonas o índice é de 4,2% (IPEA, 2013).

Analfabetismo

A região Norte possui uma taxa de analfabetismo de 17,2% entre esses


trabalhadores, inferior, portanto à média nacional. O Amazonas apresenta 17,3% de
analfabetismo entre catadores e catadoras de material reciclável (IPEA, 2013).

Pesquisa-ação no estudo da catação de recicláveis na cidade de Manaus

Um dos estudos consultados para elaboração do presente diagnóstico foi o


Pesquisa-Ação no Estudo da Catação de recicláveis na cidade de Manaus, uma
parceria entre a Universidade Federal do Amazonas e o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O período de Elaboração do referido
estudo foi o ano de 2008 e pode-se assim obter um histórico de crescimento da
atividade de catação em Manaus.
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O aludido estudo destaca que uma das iniciativas de organizações dos catadores,
por parte de instituições governamentais e não governamentais, é a criação do
Fórum Lixo e Cidadania, criado em 24 de janeiro de 2006. Dentre as finalidades do
Fórum Municipal Lixo e Cidadania estão: a erradicação do trabalho infantil na coleta
de materiais recicláveis, a inclusão socioeconômica dos catadores, a busca de
alternativas para eliminação da atividade do atravessador e a implantação de um
sistema de gerenciamento integrado de resíduos sólidos (CHAVES, 2008).

Segundo Chaves (2008) o atravessador é:

“... Um comerciante intermediário que compra o material coletado


pelos catadores a baixo custo e revende às indústrias de reciclagem
a preços mais altos...”

Chaves (2008) detalha em seu estudo que quanto ao desenvolvimento da atividade


de catação em Manaus, sabe-se que, até a década de 90 a maioria dos materiais
recicláveis eram considerados “lixo” pela população local e coletados pelos
caminhões de lixo para serem jogados no aterro licenciado de Manaus ou eram
queimados, jogados em igarapés ou tinham outros destinos, por não haver uma
política local efetiva para seu reaproveitamento e não possuírem valor comercial.
Esse cenário mudou, a partir do momento em que se descobriram as inúmeras
possibilidades do reaproveitamento e transformação de descartáveis como garrafa
PET e lata de alumínio vazios, papel, papelão, entre outros novos produtos, bem
como com a instalação de fábricas de reciclagem em Manaus e então estes
produtos foram ganhando valor comercial.

Essa mudança de cenário quanto à valoração de materiais recicláveis ocasionou na


disputa de locais de coleta, anteriormente ocupados por poucos catadores, que
foram tornando-se cada vez mais disputados por homens e mulheres, que
individualmente ou em grupo realizavam a coleta de produtos recicláveis em vários
lugares da cidade. Dentre esses grupos destaca-se a organização dos catadores de
materiais recicláveis em Manaus, a ACR (Associação de Catadores de Recicláveis).
Esta Associação existe desde 1998, mas foi legalmente constituída em 23 de Março
de 2003, sendo uma associação sem fins lucrativos e de duração indeterminada. Em
2005, esta associação possuía 400 associados, no entanto houve uma significativa

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redução no contingente de catadores associados, chegando em 2006 a contar
apenas com 27 catadores atuando ativamente na ACR (CHAVES, 2008).

O estudo cita a existência de outros grupos de Catadores em Manaus, mas não os


quantifica nem os qualifica.

Dentre as dificuldades que o grupo ACR enfrentava na época, podemos citar:

a) Dificuldade de relacionamento entre os catadores e a diretoria;


b) Incredibilidade dos catadores associados em relação à distribuição equitativa
dos recursos financeiros, falta de equipamentos apropriados;
c) Conflitos com outros grupos de catadores;
d) Falta de apoio do poder público;
e) Conflito com lojistas;
f) Falta de capacitação para gestão da cadeia produtiva, objetivando uma
negociação direta com as fábricas, com preços justos e sem intermediários;
g) Falta de assessoria técnica para captação de recursos e financiamentos a fim
de possibilitar melhoria nas condições de trabalho dos catadores;
h) A necessidade de aquisição de equipamentos de produção como: carrinho
coletores, balança, prensa, trituradora, bancada e equipamentos de
segurança (luvas, máscaras, botas e fardamentos).

Nova cartografia social da Amazônia – Catadores na cidade de Manaus – Vida


de lutas e conquistas (UEA)

A ECO-RECICLA: Rede de Catadores e Reciclagem Solidária é uma Associação de


catadores em Manaus que foi estudada pelo Projeto Nova Cartografia Social da
Amazônia coordenado pela Universidade Estadual do Amazonas e pela
Universidade Federal do Amazonas que reúne depoimentos dos associados.

A ECO-RECICLA possui grupos de catadores nos bairros do Jorge Teixeira, Centro


da Cidade, Novo Israel, Glória - São Raimundo e Bairro do Tarumã.

Segundo ALMEIDA (2009), o grupo possui a seguinte cronologia:

 1995 – Criação do Grupo de Catadores do bairro Glória/São Raimundo.


 2002 – Criação do Grupo de Catadores do bairro Novo Israel.
 2003 – Criação do Grupo de Catadores do Bairro Centro

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 2006 – II Encontro Estadual de Direitos Humanos (Manaus). Início do Grupo
de Catadores de Produtos Orgânicos da Feira do Seringal no bairro
Mauazinho/CEASA.
 Criação da Rede de Catadores e Reciclagem Solidária – ECO-RECICLA.
 2008 – I Oficina de Elaboração do Mapa dos Catadores da ECO-RECICLA.

Associações de catadores, cooperativas, núcleos de catadores e grupos


independentes (SEMULSP)

Segundo a Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (2014), existem em


Manaus as seguintes organizações de catadores:

1. ASSOCIAÇÕES
a. ARPA: Associação de Reciclagem e Preservação Ambiental;
b. ALIANÇA: Associação de Catadores de Resíduos Recicláveis de Manaus;
c. CALMA: Catadores Associados pela Limpeza do Meio Ambiente;
d. ECO RECICLA: Rede de Catadores e Reciclagem Solidária;
e. ACR: Associação de Catadores de Resíduos.
2. COOPERATIVAS
a. Eco Cooperativa e industrialização de materiais recicláveis;
b. COOPCAMARE: Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis;
c. Cooperativa ALIANÇA.
3. NÚCLEOS DE CATADORES
i. Núcleo I E V;
j. Núcleo II;
k. Núcleo IV;
l. Núcleo VI.
4. GRUPOS INDEPENDENTES
a. Instituto Ambiental Dorothy Stang;
b. Associação de catadores Maria do Bairro;
c. Projeto Reciclar dá vida;
d. Projeto lixo e cidadania ( Recebe Óleo de cozinha);
e. Movimento de Catadores Filhos de Guadalupe.

219
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Diagnóstico do manejo de resíduos sólidos urbanos nos municípios da Região
Metropolitana de Manaus – 2012 (SNIS)

O SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) é composto por


serviços de água, esgotos e manejo de resíduos sólidos. O SNIS abrange aspectos
operacionais, administrativos, econômico-financeiros, contábeis e de qualidade dos
serviços. Ao presente relatório cabe apenas o que tange ao Diagnóstico do Manejo
de Resíduos Sólidos, que divulga anualmente no SNIS, em seu componente
“resíduos sólidos”. Os dados aqui apresentados correspondem à décima primeira
edição do Diagnóstico, referente ao ano de 2012 (BRASIL, 2012).

Para resíduos sólidos, as informações são fornecidas por órgãos gestores dos
serviços nos municípios, podendo ser uma autarquia, departamento ou secretaria
municipal. Os dados permitem identificar, com elevado grau de objetividade, os
aspectos da gestão dos respectivos serviços nos municípios brasileiros (BRASIL,
2012).

No ano de 2012 dos 62 municípios do Estado apenas 26 prestaram informação ao


SNIS, destes 26, oito são municípios da Região Metropolitana de Manaus.

Quadro 45 - Informações sobre catadores


ORGANIZAÇÃO EXISTÊNCIA
DE
EXISTÊNCIA Existência Quantidade
Quantidade TRABALHO
ANO DE DE de de
MUNICÍPIO UF de SOCIAL
REFERÊNCIA CATADORES formalização entidades
Associados EXECUTADO
DISPERSOS de Associativa
PELA
catadores Entidades Pessoas PREFEITURA
130030 Autazes AM 2012
130110 Careiro AM 2012 Sim Sim 1 30 Não
130115 Careiro da Várzea AM 2012 Sim Não 0 0 Não
130185 Iranduba AM 2012 Sim Não
130255 Manaquiri AM 2012 Sim Não 0 0 Não
130260 Manaus AM 2012 Sim Sim 2 98 Não
130320 Novo Airão AM 2012
130353 Presidente Figueiredo AM 2012 Sim Não 0 0 Não
Fonte: BRASIL, 2012

Dos 13 municípios da Região Metropolitana que prestaram informação em relação à


existência de catadores dispersos, seis afirmaram que existem catadores dispersos,
e um município não respondeu a essa questão.

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Dos seis municípios que responderam que existem catadores dispersos, dois
afirmaram a existência de organização formal, três negaram e um não respondeu.
Careiro informou que há uma associação contendo 30 associados. Manaus
respondeu que existem duas entidades com 98 associados. Percebe-se a fragilidade
desses dados ao analisar a afirmação das entidades associativas de catadores no
município de Manaus, o que contradiz dados da SEMULSP, onde afirma pelo menos
17 entidades associativas na capital e pelo próprio levantamento do PRSCS-RMM
onde foram entrevistadas 15 grupos de catadores em Manaus.

Perfil dos municípios brasileiros - gestão pública 2011 (IBGE)

Uma das fontes de pesquisa para identificação de catadores no estado do


Amazonas foi o Perfil dos Municípios Brasileiros na Gestão Pública em 2011. Esse
Perfil está disponível para todos os municípios do Brasil, com dados para os anos de
2001, 2002, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2011 e 2012, mas apenas para o ano de
2011 tem-se dados pesquisados para catadores de materiais recicláveis. A pesquisa
efetua, periodicamente, um levantamento pormenorizado de informações sobre a
estrutura, a dinâmica e o funcionamento das instituições públicas municipais, em
especial a prefeitura, compreendendo, também, diferentes políticas e setores que
envolvem o governo municipal e a municipalidade (IBGE, 2011).

Como fruto do esforço permanente de atualização da pesquisa, inclusive com


relação ao amplo escopo dos temas por ela tratados, desde sua primeira edição em
1999, os dados estatísticos e cadastrais que ora compõem sua base de informações
constituem um conjunto relevante de indicadores de avaliação e monitoramento do
quadro institucional e administrativo das cidades brasileiras. Tais indicadores
expressam, de forma clara e objetiva, não só a oferta e a qualidade dos serviços
públicos locais como também a capacidade dos gestores municipais em atender às
populações (IBGE, 2011).

Nesta edição da pesquisa, foram consultados os seguintes temas: Estrutura


Administrativa; Articulações Interinstitucionais; Educação; Saúde; Habitação;
Saneamento Básico e Direitos Humanos (IBGE, 2011).

221
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No Quadro 46 estão demonstrados os resultados do Perfil dos Municípios Brasileiros
- Gestão Pública 2011 para os municípios da Região Metropolitana, acerca dos
dados existentes para catadores de materiais recicláveis do Amazonas, acerca dos
dados existentes para catadores de materiais recicláveis.

Quadro 46 - Resultados do perfil dos municípios brasileiros - Gestão Pública 2011


EXISTÊNCIA DE COOPERATIVAS E/OU PARTICIPAÇÃO DESTAS NA
MUNICÍPIO
ASSOCIAÇÕES DE CATADORES (1) COLETA SELETIVA (2)
Autazes Não -
Careiro Castanho Sim Sim, com apoio da Prefeitura
Careiro da Várzea Não -
Iranduba Não -
Itacoatiara Sim Sim, com apoio da Prefeitura
Itapiranga Não -
Manacapuru Não -
Manaquiri Não -
Manaus Sim Sim, com apoio da Prefeitura
Novo Airão Não -
Pres. Figueiredo Não -
Rio Preto da Eva Não -
Silves Não -
(1) A prefeitura tem conhecimento da existência de cooperativas e/ou associações de catadores de
materiais recicláveis no município?
(2) Existe participação destas cooperativas e/ou associações de materiais recicláveis na coleta
seletiva
Fonte: IBGE, Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2011

De acordo com o quadro acima três prefeituras tinham conhecimento da existência


de cooperativas e/ou associações de catadores de materiais recicláveis no
município. As três responderam que os catadores cooperam com a coleta seletiva
por meio de parceria instituída através da prefeitura. Porém durante o levantamento
do PRSCS-RMM foi constatado que no município Careiro e Itacoatiara não realizam
coleta seletiva.

Ocorrência do Censo Demográfico 2010 de Coletores de Lixo e Material


Reciclável; Classificadores de Resíduos; Varredores e Afins (IBGE)
O Censo Demográfico é a mais complexa operação estatística realizada por um
país, quando são investigadas as características de toda a população e dos
domicílios do Território Nacional (IBGE, 2010). Segundo o IBGE (2010), de acordo
com a classificação dos Trabalhadores Qualificados, Operários e Artesãos da
construção, das artes mecânicas e outros ofícios, os catadores são tidos como
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coletores de lixo e material reciclável, classificadores de resíduos e varredores e
afins. Diante do Censo 2010, baseado em dados fornecidos pelo IBGE-Amazonas,
apresenta-se no quadro abaixo a quantidade de catadores encontrados nos
municípios.

Quadro 47 - Quantidade de catadores de materiais recicláveis nos municípios da RMM


OCORRÊNCIA DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010
n.o
ITENS GEOGRÁFICOS TRABALHO PRINCIPAL, OCUPAÇÃO (2010)(1) PESSOA(S)
1 Autazes Coletores de Lixo e Material Reciclável
2 Careiro Coletores de Lixo e Material Reciclável 64
3 Careiro da Várzea Coletores de Lixo e Material Reciclável
4 Iranduba Coletores de Lixo e Material Reciclável
5 Itacoatiara Coletores de Lixo e Material Reciclável 103
6 Itapiranga Coletores de Lixo e Material Reciclável
Coletores de Lixo e Material Reciclável 232
7 Manacapuru
Classificadores de Resíduos 60
8 Manaquiri Coletores de Lixo e Material Reciclável
Coletores de Lixo e Material Reciclável 962
9 Manaus
Classificadores de Resíduos 912
10 Novo Airão Coletores de Lixo e Material Reciclável 40
11 Presidente Figueiredo Coletores de Lixo e Material Reciclável
12 Rio Preto da Eva Coletores de Lixo e Material Reciclável 65
13 Silves Coletores de Lixo e Material Reciclável
Total 2.438
Fonte: Ocorrência do Censo Demográfico - 2010 (31/07/2010) - IBGE-AM, 2010
Dos 13 municípios que possuem dados acima, o IBGE afirma que em oito deles
foram encontrados catadores, coletores de lixo e material reciclável, classificadores
de resíduos. Quanto aos varredores e afins, foram retirados deste quadro, pois
dizem respeito à gestão de resíduos realizada pela prefeitura.

Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PLAMSAN)

O Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Estado de Meio


Ambiente – SEMA-AM, os Municípios do Estado do Amazonas, através da
Associação Amazonense de Municípios – AAM conceberam o Programa de Apoio à
Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico e Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos dos Municípios do Estado do Amazonas– PLAMSAN.

Os Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos foram entregues em


2012 para 59 municípios e destes 10 municípios da Região Metropolitana de
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Manaus possuem seus planos elaborados a partir do PLAMSAN. Desses PMGIRS
extraíram-se as informações existentes acerca da presença de catadores nos
municípios da Região Metropolitana de Manaus. O Quadro 48 apresenta dados
sobre catadores de todos os municípios que aderiram ao PLAMSAN.

Quadro 48 - Apresenta dados sobre catadores de todos os municípios que aderiram ao PLAMSAN
PLAMSAN
MUNICÍPIO
CATADORES ORGANIZAÇÃO
Autazes Sim Não
Careiro Castanho Sim Sim
Careiro da Várzea N.I. Não
Iranduba Sim Não
Itacoatiara Sim Sim
Itapiranga N.I. Não
Manacapuru Sim Não
Manaquiri N.I. N.I.
Manaus N.A. N.A.
Novo Airão Sim N.I.
Presidente Figueiredo N.I. N.I.
Rio Preto da Eva Sim Não
Silves N.I. N.I.
N.A.: Não Se Aplica
N.I.: Não Informado
Fonte: PLAMSAN, 2012

Panorama dos Resíduos Sólidos em nove municípios do Amazonas (TCE)

O Tribunal de Contas do Estado/AM, assumiu uma postura de vanguarda frente às


questões ambientais, sociais e de saúde pública, e contribui para encontrar soluções
para o desenvolvimento sustentável e controle quanto à aplicabilidade dos recursos
públicos, bem como o controle preventivo ambiental (TCE, 2012).

O objetivo das vistorias foi verificar a situação das áreas de Depósito de Resíduos
Sólidos (DRS) nos municípios e identificar os possíveis danos ambientais, além dos
fatores que influenciam na coleta e destinação final do lixo. A escolha dos
municípios seguiu uma amostragem feita a partir da divulgação, pelo Instituto de
Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (IPAAM), da lista dos municípios com
risco aviário e demandas junto ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas. As
vistorias foram feitas no período de Abril a Dezembro de 2011 (TCE, 2012).

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O Quadro 49, apresenta os dados retirados do relatório de Panorama dos Resíduos
Sólidos em nove municípios do Amazonas acerca da existência de catadores de
materiais recicláveis, apenas para os municípios da Região Metropolitana de
Manaus que foram contemplados nesse estudo.

Quadro 49 - Informações sobre catadores e associações levantados pelo TCE-AM


TCE
MUNICÍPIO
CATADORES QUANTIDADE DE CATADORES ORGANIZAÇÃO
Iranduba Sim 10 Não
Itacoatiara Sim 25 Sim
Fonte: TCE, 2012

Identificação dos Sistemas de Destinação Final dos Resíduos Sólidos Urbanos


dos Municípios do Estado do Amazonas (IPAAM)

O Instituto Ambiental do Amazonas elaborou o documento “Identificação dos


Sistemas de Destinação Final dos Resíduos Sólidos Urbanos dos Municípios do
Estado do Amazonas” cujos dados foram obtidos em levantamentos realizados pelas
equipes técnicas do IPAAM, no período de 2008 a 2011, nos diferentes municípios,
visando o conhecimento da situação dos sistemas de destinação final dos resíduos
sólidos urbanos, com foco nas sedes municipais (IPAAM, 2011).

Os levantamentos inicialmente trataram das sedes municipais cujos aeroportos


concentravam grande quantidade de urubus (Coragyps atratus), principal causa do
perigo aviário, e posteriormente as atividades também foram estendidas para outras
sedes municipais (IPAAM, 2011).

O Quadro 50 apresenta a consolidação dos dados sobre catadores de materiais


recicláveis levantados pelo IPAAM na Região Metropolitana de Manaus.

Quadro 50 - Dados sobre catadores da Região Metropolitana de Manaus segundo o IPAAM


Continua
MUNICÍPIO PRESENÇA DE CATADORES NO LIXÃO
Autazes N.A.
Careiro Castanho N.I.
Careiro da Várzea N.A.
Iranduba Sim
Itacoatiara Sim
Itapiranga N.I.

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Quadro 50 - Dados sobre catadores da Região Metropolitana de Manaus segundo o IPAAM
Conclusão Quadro 50
MUNICÍPIO PRESENÇA DE CATADORES NO LIXÃO
Manacapuru Sim
Manaquiri N.I.
Manaus N.A.
Novo Airão Sim
Presidente Figueiredo N.A.
Rio Preto da Eva Sim
Silves N.I.
N.A.: Não Se Aplica porque não foi feito o levantamento nesse município
N.I.: Não Informado
Fonte: IPAAM, 2011

Relatório de diligência do Ministério Público do Trabalho da Procuradoria


Regional do Trabalho da 11ª Região

Os referidos relatórios foram elaborados mediante resultados de diligências


realizadas pelo Ministério Público do Trabalho referente aos catadores de resíduos
sólidos e nos lixões de dois municípios da Região Metropolitana de Manaus. Os
dados desses relatórios foram resumidos nas informações abaixo:

1. Itacoatiara – visita realizada em 29 de maio de 2014. Existe no município a


Associação ASCALITA com 16 catadores associados e 15 catadores não
associados.
2. Manacapuru - visita realizada em 09 de maio de 2014. No município existe a
Associação Manacapuru Recicla (MPURECICLA) e Associação COOTEPA. O
relatório também expõe preços de compra e venda de materiais recicláveis.

3.2.4.3. Presença de catadores de materiais recicláveis na Região


Metropolitana de Manaus

Durante a elaboração do presente diagnóstico a empresa Laghi Engenharia Ltda.


conduziu uma pesquisa realizada em campo, que teve como um dos objetivos
encontrar os catadores existentes nos municípios, buscando por esses indivíduos no
lixão a céu aberto da cidade, nas ruas, comércios, bares e por indicação pela
administração municipal e/ou terceiros.

226
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As entrevistas realizadas com esses cidadãos proporcionaram não só a identificação
dos mesmos como o entendimento da cadeia da reciclagem no local, mas sabe-se
que os entrevistados não são os únicos atores dessa cadeia, portanto as
informações sobre quantitativo de catadores aqui explícitas são amostrais e não se
esgotam neste produto. Maiores detalhes serão contemplados na Etapa IV -
Medidas para o Plano quanto aos distintos tipos de resíduos, Tarefas VI – Medidas
para reutilização e reciclagem de resíduos e VII – Incentivos e Apoio a formação e
Capacitação de Associação de Catadores.

Além das entrevistas com os referidos atores, a equipe técnica da Laghi consultou
dados do Portal RI Bolsa Família, Cadastro Único do Amazonas e consulta à
cadastros municipais.

O ANEXO 2-1 demonstra em mapa a Presença de catadores nos municípios da


Região Metropolitana de Manaus como resultado do levantamento de campo.

3.2.4.4. Catadores em Manaus

Todos os dados levantados em Manaus estão expressos no Quadro 51 tratam-se


dos resultados das entrevistas feitas com membros de cada uma das associações
citadas:

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Quadro 51 - Resumo das associações, cooperativas e grupos de catadores de Manaus
Continua
DADOS DA ASSOCIAÇÃO/COOPERATIVA
ASSOCIAÇÃO E INFORMAÇÕES E ÁREAS/BAIRROS DE QUANTIDADE DE PARTICIPANTES NÃO ANO DE ANO DE
n.o PRESIDENTE NOME DO
COOPERATIVA TIPO ENDEREÇO ATUAÇÃO ASSOCIADOS/COOPERADOS ASSOCIADOS/COOPERADOS CRIAÇÃO FORMAL.
RESPONSÁVEL
Alameda Cosme Ferreira,
n.o 304 - Zumbi dos
SEDE Responsável pela coleta do PEV do Dom Pedro
Associação de Reciclagem e Palmares (Prox.
1 Alcinéia Cunha Magalhães Transporte) e beneficiada com um galpão cedido pela 28 4 2006 2006
Preservação Ambiental - ARPA
Prefeitura Municipal de Manaus.
GALPÃO
BASE(S)
Rua Frei José dos
SEDE Inocentes, n.o 403 -
Beneficiada pela Coleta Seletiva porta a porta e
2 Cooperativa Aliança Alcinéia Izidoro Centro 41 78 2004 2005
Coleta do Centro da cidade.
GALPÃO
BASE(S)
Rua Flávio Costa, n.o 125 Responsável pela coleta do PEV da Lagoa do
SEDE
- Coroado II Japiim, é beneficiada com a logística do
GALPÃO transporte dos materiais recicláveis para as
3 Projeto Lixo e Cidadania Maria do Carmo empresas recicladoras e está em trâmite para 25 0 2006 2015
ganhar um galpão cedido pela Prefeitura
BASE(S) Municipal de Manaus. (Japiim, Coroado II, Praça
14, Petrópolis, Betânia, Ceasa e Ouro Verde)
Rua Bernardo Ramos, n.o Beneficiada com um galpão cedido pela
SEDE
72 - Centro Prefeitura Municipal de Manaus e com a logística
Associação Central de GALPÃO do transporte dos materiais recicláveis para
Marcelo Lima da
4 Catadores de Materiais empresas recicladoras. Coleta própria nos 25 2 1999 2013
Cosa Avenida Lourenço Braga,
Recicláveis - Recicla Manaus domicílios e grandes geradores nas
BASE(S) S/N - CENTRO (Próx. ao proximidades do Centro, Praça 14, PROSAMIN,
Supermercado Makro) Aparecida, Cachoeirinha.
Rua Paquetá, n.o 03,
SEDE Recebe a logística da Prefeitura, coleta própria
Quadra 28 - Vale do Sinai
Associação de Catadores Filhos Maria Lucimar nos bairros: Manôa, Vale do Sinai, Cidade Nova,
5 GALPÃO 30 3 2003 2006
de Guadalupe Obando Mundo Novo, Terra Nova, Novo Israel, Monte
BASE(S) Pascoal e Colônia Santo Antônio.
Rua das Palmeiras, n.o 13 Beneficiada com a logística do transporte dos
SEDE
- São José III materiais recicláveis para as empresas
Associação de Catadores de
6 Elenir Barbosa GALPÃO recicladoras pela Prefeitura Municipal de 20 0 1999 2003
Materiais Recicláveis - ACR
Manaus. Atua na Zona Leste com resíduos de
BASE(S) grandes geradores e domiciliares.
Avenida Itaúba, S/n.o - Beneficiada com um galpão cedido pela
SEDE
Jorge Teixeira Prefeitura Municipal de Manaus e com a logística
Cooperativa de Catadores de
GALPÃO do transporte dos materiais recicláveis para as
7 Materiais Recicláveis do Estado Alzenira Rodrigues 25 0 1999 2011
empresas recicladoras pela Prefeitura Municipal
do Amazonas - COOPCAMARE
BASE(S) de Manaus. Realiza coleta de grandes geradores
e domiciliares na Zona Leste.
Avenida Engenheiro José
SEDE Henrique B. Rodrigues,
n.o 125 - Rio Piorini A Prefeitura Municipal de Manaus atende as
8 Eco Cooperativa Edmar Pantoja solicitações de transporte de materiais quando 25 0 2009 2010
GALPÃO necessário.
BASE(S)
Avenida Constantino Nery,
SEDE S/n.o - Chapada (Parque Responsável pela coleta do PEV do Parque dos
Catadores Associados pela
dos Bilhares) Bilhares e beneficiada com a logística do
9 Limpeza do Meio Ambiente - Iran dos Santos 8 0 N.I. N.I.
transporte dos materiais recicláveis para as
CALMA GALPÃO
empresas recicladoras.
BASE(S)
Avenida Árica / Rio Negro, Beneficiada com a logística do transporte dos
SEDE
n.o 11- Mauzinho materiais recicláveis para as empresas
Antônio Delmo
10 Associação Eco Recicla GALPÃO recicladoras pela Prefeitura Municipal de 30 2 1999 2011
Miranda
Manaus. Coleta Seletiva do PEV do Mindú e
BASE(S) domiciliares da Zona Leste.
Rua Mata-Mata, n.o 49 -
SEDE
Santa Etelvina
Instituto Ambiental Dorothy
11 Jorge Queiroz GALPÃO - 20 0 N.I. N.I.
Stang
BASE(S)

228
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Quadro 51 - Resumo das associações, cooperativas e grupos de catadores de Manaus
Conclusão Quadro 51
DADOS DA ASSOCIAÇÃO/COOPERATIVA
ASSOCIAÇÃO E INFORMAÇÕES E ÁREAS/BAIRROS DE QUANTIDADE DE PARTICIPANTES NÃO ANO DE ANO DE
n.o PRESIDENTE NOME DO
COOPERATIVA TIPO ENDEREÇO ATUAÇÃO ASSOCIADOS/COOPERADOS ASSOCIADOS/COOPERADOS CRIAÇÃO FORMAL.
RESPONSÁVEL
AM 010, Km 18, Ramal do
SEDE
Janjão - Águas Claras
Beneficiado com o recebimento de resíduos da
12 Núcleo II Maria de Fátima GALPÃO 3 0 N.I. N.I.
Coleta Seletiva Porta a Porta.
BASE(S)
Rua da Saudade, S/n.o - Beneficiada com um galpão cedido pela
SEDE
Santa Etelvina Prefeitura Municipal de Manaus, com o
GALPÃO recebimento de resíduos da Coleta Seletiva
Cooperativa de Catadores de
13 Cacilda Soares Porta a Porta e com a logística do transporte dos 20 0 1999 Em Processo
Manaus - COOPCAMAN
materiais recicláveis para empresas recicladoras
BASE(S) uma vez por semana. Realiza coleta domiciliar
no Santa Etelvina e entorno.
Parque Riachuelo II -
SEDE Edson Newton Silva
Tarumã A Prefeitura Municipal de Manaus atende as
14 Grupo Reciclar dá Vida Ezaltino de Souza GALPÃO solicitações de transporte de materiais quando 40 0 2006 2015
necessário.
BASE(S)
Avenida Nossa Senhora Beneficiada com um galpão cedido pela
SEDE da Conceição, n.o 691 - Prefeitura Municipal de Manaus e com a logística
Cidade de Deus do transporte dos materiais recicláveis para
15 Associação Nova Recicla Antônio Matias Filho GALPÃO empresas recicladoras uma vez na semana. 25 0 2010 2014
Coleta Seletiva em grandes geradores, no
BASE(S) PROURBIS e nos domicílios da zona leste Jorge
Teixeira, Cidade de Deus.
Rua da Saudade, S/n.o - Beneficiada com um galpão cedido pela
SEDE
Santa Etelvina Prefeitura Municipal de Manaus, com o
GALPÃO recebimento de resíduos da Coleta Seletiva
16 Grupo AMAR Irineide Lima Porta a Porta e com a logística do transporte dos 15 0 1999 Em Processo
materiais recicláveis para empresas recicladoras
BASE(S) uma vez por semana. Realiza coleta domiciliar
no Santa Etelvina e entorno.
Fonte: Elaborado pelo Autor, 2016

229
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Para efeito de sistematização de dados adotou-se a seguinte denominação para
atores do manejo de materiais recicláveis:

Catador: Aquele que exerce a catação de materiais recicláveis na área de


disposição final, nas ruas, comércios, bares e pós-eventos.

O ANEXO 2-2 - Quantidade de catadores nos municípios da RMM, demonstra em


mapa a densidade de catadores por município da Região Metropolitana de Manaus.

Comerciantes e intermediários: Aquele que comercializa materiais recicláveis.


Compra de catadores e vende para empresas ou outros comerciantes. Estão
incluídos nesse grupo os populares sucateiros, atravessadores e ainda aqueles que
possuem pequenas usinas de reciclagem.

O ANEXO 2-3 - Quantidade de comerciantes de resíduos nos municípios da RMM,


demonstra em forma de mapa o quantitativo desses atores nos municípios da região
metropolitana de Manaus.

Existem ainda aqueles indivíduos que além da catação, compram e vendem material
reciclável. E para fins organizacionais estes indivíduos foram inseridos no grupo de
comerciantes e intermediários.

Outra observação importante realizada em campo é a escassez de indivíduos que


exercem a catação como única atividade para aquisição de renda. A maioria dos
entrevistados realiza a catação como complemento de renda e alegam que atores
desse processo que sobrevive unicamente da catação de materiais recicláveis são
cada vez mais exíguos.

O Quadro 52 demonstra o levantamento de catadores de materiais recicláveis


encontrados pela equipe técnica da Laghi Engenharia nos municípios da Região
Metropolitana de Manaus.

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Quadro 52 - Levantamento de catadores da Região Metropolitana de Manaus
CATADORES CATADORES CATADORES ASSOCIADOS/
COMERCIANTES COMERCIANTES
MUNICÍPIO SIGLA ENTREVISTADOS INDIVIDUAIS COOPERADOS - INDICADOS
ENTREVISTADOS (4) INDICADOS (5)
(1) INDICADOS (2) (3)
Autazes AUT 4 3 0 1 0
Careiro CCA 11 0 13 0 1
Careiro da Várzea CVA 0 0 0 1 0
Iranduba IRB 3 17 0 0 0
Itacoatiara ITA 1 0 19 2 1
Itapiranga ITG 1 5 0 1 1
Manacapuru MNC 2 0 47 1 1
Manaquiri MQR 0 2 0 1 0
Manaus MAO 0 89 380 5 166
Novo Airão NAR 2 1 32 0 1
Presidente Figueiredo PFG 5 0 0 1 0
Rio Preto da Eva RPE 1 0 0 2 0
Silves SIL 2 3 0 2 0
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
Nota:
(1) Catadores Entrevistados: Catadores que foram entrevistados no levantamento municipal para elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do
Amazonas (PERS-AM) e Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM);
(2) Catadores Individuais Indicados: Catadores que não fazem parte de associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
indicados pelos catadores entrevistados;
(3) Catadores Associados/Cooperados Indicados: Catadores que fazem parte de associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis indicados pelos catadores entrevistados;
(4) Comerciantes Entrevistados: Comerciantes de materiais recicláveis e reutilizáveis que foram entrevistados no levantamento municipal para elaboração
do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Amazonas (PERS-AM) e Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus
(PRSCS-RMM);
(5) Comerciantes Entrevistados: Comerciantes de materiais recicláveis e reutilizáveis que foram indicados por catadores ou comerciantes de materiais
recicláveis e reutilizáveis entrevistados.

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As Associações e Cooperativas existentes na Região Metropolitana de Manaus, levantadas durante a construção deste diagnóstico
estão expressas no Quadro 53.

Quadro 53 - Associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis identificadas na Região Metropolitana de Manaus
Continua
MUNIC. IDENTIFICAÇÃO / SITUAÇÃO ASSOC. PARTIC. ATUAÇÃO FORMAL.
Autazes - -- -- -- --
ASCARE - Associação dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis do
Careiro 24 -- -- 3 A.
Careiro
Careiro da Várzea - -- -- -- --
Iranduba Em processo de criação N.A. 20 18 A. N.A.
Itacoatiara ASCALITA - Associação de Catadores de Lixo de Itacoatiara 20 N.I. N.I. N.C.
Itapiranga - -- -- -- --
ACMM/COOTEPLA - Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de
18 17 N.I. 2 A.
Manacapuru Manacapuru
MPU Recicler 20 20 N.I. N.C.
Manaquiri - -- -- -- --
ARPA - Associação de Reciclagem e Preservação Ambiental (*) 28 4 10 A. 10 A.
RECICLA MANAUS - Associação Central de Catadores de Materiais Recicláveis 25 2 10 A. 3 A.
CALMA - Catadores Associados pela Limpeza do Meio Ambiente (*) 8 0 7 A. N.C.
Associação Eco Recicla 30 2 17 A. 5 A.
Associação de Catadores Filhos de Guadalupe 30 3 13 A. 10 A.
Manaus ACR - Associação de Catadores de Materiais Recicláveis 20 0 17 A. 13 A.
Associação Nova Recicla 25 0 6 A. 2 A.
Eco Cooperativa e Industrialização de Materiais Recicláveis 25 0 7 A. 6 A.
COOPCAMARE - Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis do Estado
25 0 17 A. 5 A.
do Amazonas
COOPCAMAN - Cooperativa dos Catadores de Manaus (Núcleo IV) 20 0 17 A. Em Processo

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Quadro 53 - Associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis identificadas na Região Metropolitana de Manaus
Conclusão Quadro 53
MUNIC. IDENTIFICAÇÃO / SITUAÇÃO ASSOC. PARTIC. ATUAÇÃO FORMAL.
Cooperativa Aliança (*) 41 78 12 A. 11 A.
I e V - Núcleos da Aliança (*) -- -- -- --
II - "D. Maria de Fátima" (*) 3 3 N.I. --
Instituto Ambiental Dorothy Stang (Núcleo VI) (*) 20 0 N.I. Em Processo
Manaus
Associação de Catadores Maria do Bairro (*) -- -- -- --
Grupo Reciclar dá Vida 40 0 10 A. 1 A.
Projeto Somando "Lixo e Cidadania" 25 0 10 A. 1 A.
Grupo AMAR (Núcleo III) 15 0 17 A. Em Processo
COOPECAMARE - Cooperativa de Catadores e Catadoras de Materiais
Novo Airão 31 N.I. 6 M. N.C.
Recicláveis de Novo Airão
Presidente Figueiredo - -- -- -- --
Rio Preto da Eva - -- -- -- --
Silves - -- -- -- --
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
Nota:
 N.I.: Não informado;
 N.A.: Não se aplica;
 N.C.: Não comprovado;
 A.: Anos;
 M.: Meses;
 ( * ): Organizações que não retornaram a solicitação de validação das informações levantadas no Diagnóstico de Catadores de Materiais Recicláveis da
RMM em reunião do dia 25/01/2016.

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3.2.4.5. Sistematização de informações institucionais

O Quadro 54 apresenta as informações institucionais levantadas na Região


Metropolitana de Manaus no período de 2008 à 2013. Nota-se que nenhuma dessas
instituições possui levantamento completo de todos os municípios do estado do
Amazonas, por isso a metodologia adotada pela Laghi Engenharia para
levantamento dos catadores de materiais recicláveis existente na Região
Metropolitana de Manaus permeou por entrevistas realizadas em todos os
municípios dessa região.

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Quadro 54 - Informações institucionais sobre catadores nos municípios da Região Metropolitana de Manaus
Continua
MANEJO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
MUNICÍPIO
TCE PLAMSAN IPAAM
Não possui usina de triagem de materiais recicláveis. Não há
nenhum programa de coleta seletiva implementada.
1 Autazes - -
Há presença de catadores no lixão, que recolhem embalagens de
alumínio e outros.
O município de Careiro possui serviços de coleta seletiva, que
não atente a universalização, realizado por catadores
cadastrados no município, que solicitado pela ASCARI -
Associação dos Catadores do Careiro, coleta pneus e enviam à
Manaus para reciclagem. A ASCARI foi fundada em dezembro
de 2010 contando, momentaneamente, com 36 catadores
2 Careiro - cadastrados que trabalham com coleta de pet, latinha, alumínio, -
papelão e papel. Atualmente está sendo estruturado o local da
sede com equipamentos como prensa elétrica para papelão e
alumínio com capacidade de 10 toneladas e a máquina para
desfiar PET com a finalidade de fabricação de vassouras. A
Associação em questão pretende, em 2012, trabalhar com
resíduos de logística reversa.
Não há programa de coleta seletiva implementada e não existe
3 Careiro da Várzea - -
nenhuma associação ou infraestrutura de apoio aos catadores.
Iranduba não dispõe de programa de Coleta Seletiva, mas
um grupo de 10 catadores, basicamente da mesma família,
frequenta regularmente o Lixão Municipal. A líder do grupo,
Sra. Maria Erotides Coimbra, a “Maria do Ramal do Peixe-
boi” informou que trabalha no lixão há mais de 10 anos
para recolher objetos recicláveis/reutilizáveis. O grupo tem
preferência por coletar garrafas plásticas (PET) e latinhas
que são em comercializadas em Manaus. A renda mensal Pessoas que residem na cidade de Iranduba trabalham dentro do lixão
dos catadores chega a R$ 600,00. Eles chegam a retirar separando garrafas pet, papel, ferro e cobre. Os produtos separados
Os catadores que frequentam o lixão utilizam bags para o
até 80 kg de plástico e latinhas p/dia do Lixão. Esse são ensacados em bag e recolhidos por caminhões procedentes de
acondicionamento do resíduos segregados. Estes resíduos são
4 Iranduba material é armazenado em sacos na margem do Lixão. Manaus. Papelão. Os pets são recolhidos numa frequência de três
comercializados na cidade de Manaus. Informações do relatório
Durante a entrevista a Sra. Maria foi questionada pelo fato vezes por mês. Ferro, alumínio e cobre num total de seis toneladas
TCE.
de não usar equipamentos de proteção individual, ao que mensais. Papel e papelão num total de quatro toneladas mensais.
informou que sua ferramenta de trabalho era um facão e
que as luvas e botas esquentam muito, e que sem eles se
sentia à vontade para se movimentar. Toda a produção da
família é vendida em conjunto. Não foi evidenciado na
área, a existência de abrigos para catadores ou qualquer
infraestrutura de apoio. Segundo D. Maria, como a sua
residência localiza-se no Ramal do Peixe Boi, a 500 metros
do Lixão, ela serve de base para os catadores.
Itacoatiara tem uma Associação de Catadores integrada
por 25 pessoas. A Prefeitura chegou a efetuar um
cadastramento para iniciar um processo de organização No lixão a atividade de catadores é regular, com a segregação de
com apoio da Secretaria de Assuntos Extraordinários. Mas materiais plásticos, com destaque para as garrafas de PET e PEAD, e
apenas 18 pessoas foram cadastradas. Outra iniciativa que ainda papelão e metais ferrosos e não ferrosos. A ASCALITA é a
chegou a ser implementada foi um projeto piloto de Coleta associação que representa os catadores de Itacoatiara, cujo presidente
Seletiva no bairro de São Antonio, durante 1 mês. A é o Sr. Antonio Batista. Os materiais segregados são acondicionados
5 Itacoatiara Informações retiradas do relatório do TCE.
experiência foi inviabilizada por falta de infraestrutura. em sacos “big bag” e permanecem armazenados no local até o
Segundo informações da SEMMAS apenas oito catadores carregamento e transporte para o mercado de Manaus. Os catadores
coletam de porta em porta, o restante frequenta o Lixão. A permanecem em tempo integral no lixão, onde constroem abrigos
Prefeitura também está tentando viabilizar um projeto com rústicos, com materiais segregados no local, e onde também fazem as
a empresa Rio Limpo, que se responsabilizaria pela refeições.
compra dos resíduos coletados. Nesse projeto o galpão
para depósito seria de responsabilidade da Prefeitura.
6 Itapiranga - - -

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Quadro 54 - Informações institucionais sobre catadores nos municípios da Região Metropolitana de Manaus
Conclusão Quadro 54
MANEJO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
MUNICÍPIO
TCE PLAMSAN IPAAM
Alguns catadores frequentam regularmente o local onde segregam
Em Manacapuru não existe coleta seletiva formal ela é feita por materiais recicláveis, principalmente os metais não ferrosos, que são
uma pequena quantidade de catadores que vivem da comercializados com compradores estabelecidos em Manacapuru.
informalidade, o material coletado na sua maioria são latas de Mesmo com a presença de catadores o desperdício de matérias são
7 Manacapuru -
alumínio e garrafas pet. Não se sabe qual é quantidade de significativos.
material reciclado gerado, todos os resíduos são depositados
diretamente no lixão sem nenhuma triagem prévia ou posterior.

8 Manaquiri - No município de Manaquiri não há coleta seletiva. -


9 Manaus - - -
Na ocasião da fiscalização foram encontrados no lixão apenas dois
catadores, a Sra. Sueli e um filho adulto. De acordo com declaração de
As garrafas plásticas (PET e PEAD) e o plástico filme são os
ambos, as garrafas plásticas (PET e PEAD) e o plástico filme são os
materiais de interesse econômico que são separados e
materiais de interesse econômico que são separados e
comercializados. O comprador é um intermediário sediado em
comercializados ao preço de R$ 0,25/kg. O comprador é um
Manacapuru, que depois transfere os materiais para o mercado
intermediário sediado em Manacapuru, que depois
de Manaus. A cada 15 dias é realizada a coleta dos materiais que
10 Novo Airão - transfere os materiais para o mercado de Manaus. A cada 15 (quinze)
são acondicionados em sacos. As famílias de catadores também
dias é feita a coleta dos materiais que são acondicionados em sacos.
agregam sucatas de metais ferrosos. Os metais não ferrosos,
Os dois catadores também segregam sucatas de metais ferrosos que é
principalmente alumínio e cobre, não chegam até o lixão porque
comercializada ao preço de R$ 0,06/kg. Os metais não ferrosos,
os ajudantes do serviço de coleta domiciliar fazem a segregação
principalmente alumínio e cobre, não chegam até o lixão porque os
e se apropriam destes metais.
ajudantes do serviço de coleta domiciliar fazem a segregação e se
apropriam destes metais.
Na cidade de Presidente Figueiredo não há programa de coleta
seletiva implementada. / A área possui cerca de isolamento e
11 Presidente Figueiredo - uma estrutura prévia para triagem de resíduos, -
no entanto não é utilizada, estando fora de funcionamento./
Não se sabe qual quantidade de material reciclado gerado. O Na ocasião da visita, estavam no lixão dois catadores de metais,
município não conta adultos, e um catador com idade aproximada de 10 anos. De acordo
com os mesmos, os materiais coletados no lixão são comercializados
com uma compradora de Rio Preto da Eva, ao preço de R$ 2,00 o quilo
12 Rio Preto da Eva - Com serviço de coleta seletiva implementada e associação ou
do alumínio e R$ 4,50 o quilo do cobre. Mas as quantidades apuradas
infraestrutura de
são relativamente pequenas, haja vista o volume de resíduos que ali
são depositados.
apoio aos catadores montada.
Na cidade de Silves não há nenhum programa de coleta seletiva
13 Silves - -
implementada.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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3.2.4.6. Perspectivas para os catadores de materiais recicláveis

Crédito da logística reversa

Segundo Costa (2014) o uso de créditos de logística reversa. Pode ser mais uma
opção para lidar com a remuneração pelos serviços prestados aos catadores. Tais
Créditos seriam emitidos e vendidos pelos atores que efetivamente coletam
resíduos, e seriam comprados pelos atores que necessitam fazer a logística reversa
para cumprir com suas obrigações perante a lei. Do lado das empresas fabricantes
importadoras, distribuidoras e comerciantes, sistema de créditos proveria uma
solução eficiente e barata para quitar suas obrigações. Do lado dos catadores, esse
sistema agregaria valor às suas atividades.

O processo de criação dos créditos envolveria a pesagem do material coletado


entregue às empresas que dão o destino final, assim como checagem de notas
fiscais relacionadas à compra deste produto e à venda de material reciclado. Seria
necessário a certificação deste processo por instituições competentes e
independentes, para assegurar a credibilidade dos créditos. E, por fim, seria
necessário que as agências ambientais governamentais aceitassem que empresas
usem estes créditos como meio de cumprir com as obrigações de logística reversa.

Os maiores detalhamentos sobre crédito da logística reversa serão contemplados na


Etapa IV - Medidas para o Plano quanto aos distintos tipos de resíduos, Tarefas VI –
Medidas para reutilização e reciclagem de resíduos e VII – Incentivos e Apoio a
formação e Capacitação de Associação de Catadores.

Contratação de catadores

Para a contratação dos catadores de materiais recicláveis e inserção no processo de


coleta seletiva municipal poderá ocorrer graças a Lei Federal n.o 11.445/2007, que
permite a contratação de associações ou cooperativas formadas exclusivamente por
pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de
materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas
técnicas, ambientais e de saúde pública para a coleta, processamento e

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comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas
com sistema de coleta seletiva de lixo.

Esse processo dispensa de licitação, sendo o pagamento por este serviço se


configura como um dos principais pilares que garante a viabilidade econômica das
cooperativas e associações de catadores.

Para a inclusão de associações e catadores é necessário dimensionar o problema


em cada município em função do número de pessoas a serem envolvidas e do tipo
de atividade, inclusive ações para encerramento de lixões e inserção produtiva dos
catadores deverão fazer parte desse rol de ações municipais.

A pesquisa realizada em campo, que teve como um dos objetivos encontrar os


catadores existentes na RMM consistiu na busca por esses indivíduos no lixão a céu
aberto da cidade, nas ruas, comércios, bares e por indicação pela administração
municipal e/ou terceiros. As entrevistas realizadas com esses cidadãos
proporcionaram não só a identificação dos mesmos como o entendimento da cadeia
da reciclagem no local, mas sabe-se que os entrevistados não são os únicos atores
dessa cadeia, portanto as informações sobre quantitativo de catadores aqui explicita
não se esgotam neste produto.

Os maiores detalhamentos serão contemplados na Etapa IV - Medidas para o Plano


quanto aos distintos tipos de resíduos, Tarefas VI – Medidas para reutilização e
reciclagem de resíduos e VII – Incentivos e Apoio a formação e Capacitação de
Associação de Catadores.

3.2.4.7. Área de atuação de cada catador, associação ou cooperativa


Autazes

Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Autazes, foi


identificado a atuação de dois catadores de materiais recicláveis dentro do lixão,
sendo essa área a única onde realizam catação, não estando associados ou
cooperados a nenhum grupo de catadores.

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Iranduba

Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Iranduba, foi


identificado a atuação de catadores de material reciclável em diferentes locais na
área urbana do município. Entretanto, foi constatado que estes indivíduos não são
filiados à alguma associação ou cooperativa. As áreas de atuação destes
trabalhadores são o lixão, ruas e comércios, considerando-se assim a área urbana
do município.

Itacoatiara

Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Itacoatiara, foi


identificado a atuação de catadores de material reciclável no lixão do município em
questão. Estes catadores fazem parte Associação de Catadores de Lixo de
Itacoatiara (ASCALITA) ligada ao Movimento Nacional de Catadores de Materiais
Recicláveis (MNCR). A área de atuação da ASCALITA limita-se ao lixão de
Itacoatiara.

Itapiranga

Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Itapiranga, foi


identificado a atuação de seis catadores de materiais recicláveis individuais dentro
do lixão, sendo essa área a única onde realizam catação, não estão associados ou
cooperados a nenhum grupo de catadores.

Manacapuru
Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Manacapuru, foi
identificado a atuação de dois grupos de catadores em várias áreas do município em
questão. O primeiro grupo de catadores faz parte da Associação de Materiais
Recicláveis de Manacapuru (COOTEPLA) e o segundo grupo de catadores faz parte
da Associação MPU Recicle que é ligada ao MNCR. A área de atuação dos
catadores pertencentes a COOTEPLA são as ruas e comércios de Manacapuru, a
MPU Recicle atua principalmente no lixão do município, entretanto algumas pessoas

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realizam a catação também na cidade. Desta forma podemos considerar que a área
de atuação dos catadores de materiais recicláveis no município de Manacapuru
ocorre por toda a área urbana.

Manaquiri

Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Manaquiri, foram


identificados a atuação de três catadores de materiais recicláveis individuais que
atuam nas ruas e comércios, sendo essa área a única onde realizam catação, não
estão associados ou cooperados a nenhum grupo de catadores.

Manaus

Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Manaus, foi


identificado a atuação de 15 grupos de catadores divididos em Associações,
Cooperativas e Núcleos sendo estes: Lixo e Cidadania, Recicla Manaus, Associação
de Catadores de Materiais Recicláveis (ACR), Cooperativa Aliança, Associação de
Reciclagem e Preservação Ambiental (ARPA), COOPCAMARE, Eco-Cooperativa,
Eco Recicla, Núcleo 2, Núcleo 3, COOPCAMAN, Instituto Dorothy, Reciclar dá Vida,
Filhos de Guadalupe e Catadores Associados pela Limpeza do Meio Ambiente
(CALMA). Destes 15 grupos de catadores 10 grupos estão ligados ao Movimento
Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). Estas entidades atuam em
diversas áreas da cidade de Manaus seja por meio da catação direta ou por meio de
doações que chegam através da coleta seletiva porta a porta, pontos de entrega
voluntária e outros em parceria com a Prefeitura Municipal. Desta forma podemos
considerar que a área de atuação dos catadores de materiais recicláveis no
município de Manaus ocorre por toda a área urbana.

Informações adicionais quanto as áreas de atuação dos catadores de materiais


recicláveis de Manaus poderá ser consultada no Quadro 51.

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Novo Airão

Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Novo Airão, foi


identificado a atuação de apenas um catador de material reciclável não filiado à
alguma associação ou cooperativa. A área de coleta abrangida pelo mesmo é
apenas o lixão municipal.

Presidente Figueiredo

Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Presidente


Figueiredo, foi identificado a atuação de um catador de material reciclável não filiado
à alguma associação e cooperativa. A área de coleta abrangida pelo mesmo é a
área urbana do município.

Silves

Em meio ao levantamento de campo que ocorreu no município de Silves, foram


identificados a atuação de três catadores de materiais recicláveis não filiados à
alguma associação ou cooperativa. A área de coleta abrangida pelo mesmo é a área
urbana do município. Um deles atua diretamente no lixão do município.

3.2.4.8. Rendimento mensal baseado na atividade

O valor de rendimento mensal para a atividade de catação e comercialização de


materiais recicláveis foi calculado baseando-se nos valores de compra e venda
realizados pelos catadores e comerciantes destes materiais.

O valor de compra trata-se do valor repassado pelos comerciantes aos catadores


mediante a entrega de materiais recicláveis acumulados pelos catadores durante a
catação. O valor de venda trata-se do valor repassado pelas empresas aos
comerciantes que alimentam estas empresas com materiais recicláveis. Assim o
rendimento se obtêm subtraído do valor de venda o valor de compra. Estes valores
estão expressos no quadro intitulado de “Recursos movimentados pelo catador e/ou
comerciante de materiais recicláveis” para cada município da Região Metropolitana
de Manaus.

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Para o entendimento deste item “Rendimento mensal baseado na atividade” deve-se
observar as seguintes definições e fatores:

 Definição de Catador: Aquele que exerce a catação de materiais recicláveis na


área de disposição final, nas ruas, comércios, bares e pós-eventos. Estes podem
estar formalizados em cooperativas e associações ou não.
 Definição de Comerciantes: Aquele que comercializa materiais recicláveis. Que
compra de catadores e vende para empresas ou outros comerciantes. Estão
incluídos nesse grupo os populares sucateiros, atravessadores e ainda aqueles
que possuem pequenas usinas de reciclagem.
 Fator de diferença de capacidade de acúmulo de material entre o catador e
o comerciante: Sabe-se que catadores operam isoladamente ou em conjunto
com membros da família e que comerciantes compram materiais de outros
catadores. Assim, o rendimento mensal de comerciantes da materiais recicláveis
será maior que o rendimento de catadores de materiais recicláveis.
 Fator de rateamento para catadores formalizados: Quando os dados de
rendimento referem-se à associações ou cooperativas de catadores de materiais
recicláveis, este rendimento é rateado entre os membros destas entidades
citadas. Outra situação que compromete o rateamento é o fato de que o valor
obtido com a venda de materiais é dividido proporcionalmente à capacidade de
coleta de cada catador e que nem sempre o rateamento é feito para todos os
associados ou cooperados, mas é feito entre aqueles que trabalharam no
período de acúmulo de material.
 Fator de diferença de condições de comercialização: Os comerciantes de
materiais recicláveis encontrados durante o levantamento de campo variam em
condições de comercialização, isto é, os comerciantes com poucas condições de
comercialização além de comprar material também catam material, estes não
possuem galpões e maquinários para prensagem de materiais e geralmente
demoram mais tempo para acumular materiais para venda; por outro lado
existem comerciantes que possuem galpões, maquinário de trituração, de
prensagem e ainda veículos ou recursos para transporte dos materiais, estes por
sua vez possuem muitas condições de comercialização.

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Os fatores apresentados acima justificam a diferença entre os valores de rendimento
demonstrados nos quadros seguintes para cada município. Além da diferença de
rendimento deve-se ter o entendimento que nos valores aprestados não estão
subtraídos dos custos de transporte realizados tanto por catadores quanto por
comerciantes.

Os valores demonstrados foram obtidos por meio de informação oral mediante


entrevista com catadores e comerciantes de materiais recicláveis. Com exceção dos
comerciantes com maiores condições de comercialização e das cooperativas e
associações mais estruturadas em Manaus, os outros atores entrevistados nessa
pesquisa não possuem sistematização, série histórica ou registros da quantidade e
valores de comercialização de materiais recicláveis, portanto os valores abaixo são
fruto de conhecimento empírico e necessitam ser detalhados à nível de projeto para
investimentos futuros.

Autazes

Com base nas informações levantadas in loco no município de Autazes, identificou-


se a atuação de um comerciante de material reciclável (informação oral)1.

As informações referentes aos quantitativos de materiais recicláveis comercializados


pelo mesmo está descrito no Quadro 55.

Quadro 55 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1


VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$/MÊS R$ / KG R$/MÊS
Ferro 12.000 0,20 2.400,00 1,00 12.000,00
Alumínio 3.000 2,00 6.000,00 2,50 7.500,00
Cobre 200 6,00 1.200,00 10,00 2.000,00
Bateria 80 0,10 8,00 0,90 72,00
TOTAL 15.280 - 9.608,00 - 21.572,00
Fonte: Entrevistado 1, 2014
O empreendedor chega a enviar até 20 toneladas de sucata ferrosa por mês,
pagando um valor de frete via fluvial de até R$ 700,00 no mês.

O mesmo mensalmente chega a lucrar em média R$ 11.964,00.

1 Informação fornecida pelo entrevistado 1, comerciante de materiais recicláveis, em Autazes- AM em julho de 2014

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Foram identificados dois catadores de materiais recicláveis (informação oral)2, que
trabalham juntos a quatro anos no lixão a céu aberto, os mesmos movimentam os
recursos descritos no Quadro 56. Foi relatado pelos entrevistados que os mesmos já
haviam sofrido perfurações por agulhas proveniente do RSS.

Quadro 56 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2


VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$/MÊS
Alumínio 450 1,25 563,00
Cobre 60 6,00 360,00
Ferro 150 0,05 8,00
TOTAL 660,00 - 931,00
Fonte: Entrevistado 2, 2014

Os catadores juntos obtém o rendimento mensal média de R$ 931,00.

Foi entrevistado (informação oral)3 também o proprietário de um bar que armazena


latinas de alumínio na comunidade rural São Francisco do Novo Mastro onde o
mesmo movimenta os recursos descritos no Quadro 57. Tendo rendimento médio
mensal de R$ 8,00 com esta atividade.

Quadro 57 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 3


VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$/MÊS
Alumínio 8 1,00 8,00
Fonte: Entrevistado 3, 2014

Outro entrevistado (informação oral)4 é catador e funcionário da prefeitura,


responsável pela coleta do resíduo na comunidade rural São Francisco do Novo
Mastro, onde o mesmo movimenta os recursos descritos no Quadro 58. Tendo
rendimento médio mensal de R$ 12,00 com esta atividade.
Quadro 58 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 4
Valor de Venda
MATERIAL Kg / mês
R$ / Kg R$/mês
Alumínio 12 1,00 12,00
Fonte: Entrevistado 4, 2014

2 Informação fornecida pelo entrevistado 2, catador de materiais recicláveis, em Autazes - AM em julho de 2014.
3
Informação fornecida pelo entrevistado 3, catador de materiais recicláveis, em Autazes - AM em julho de 2014
4
Informação fornecida pelo entrevistado 3, catador de materiais recicláveis, em Autazes - AM em julho de 2014

244
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Careiro da Várzea

Segundo o Entrevistado 1 (informação oral)5 de coleta de materiais recicláveis, no


município de Careiro da Várzea, diagnosticou-se a atuação deste trabalhador,
movimentando os recursos descritos no Quadro 59. O nome desse ator encontra-se
listado na Planilha de entrevistados e colaboradores para o Plano de Resíduos
Sólidos.

Quadro 59 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1


VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$/MÊS R$ / KG R$/MÊS
Latinhas 800 1,50 1.200,00 2,00 1.600,00
Alumínio 200 1,50 300,00 2,00 400,00
Cobre 10 7,00 70,00 10,00 100,00
Metal 100 4,00 400,00 5,00 500,00
TOTAL 1.110,00 - 1.970,00 -- 2.600,00
Fonte: Entrevistado 1, 2014

O entrevistado 1 atua nas ruas, bares e festas da área urbana do município. O


comprador do resíduo reciclável manejado pelo entrevistado é a empresa sediada e
Manaus AJL, o entrevistado custeia o frete no valor de R$ 250,00 para transportar o
material até o comprador.

O entrevistado acima possui rendimento médio mensal de R$ 630,00.

Iranduba

Com base nas informações levantadas pela Equipe de Campo no município de


Iranduba, identificou-se a atuação de um catador de material reciclável (entrevistado
1) que exerce sua função nas ruas e comércios da área urbana.

As informações referentes aos quantitativos de materiais recicláveis comercializados


pelo mesmo estão descritos no Quadro 60 (informação oral)6.

5
Informação fornecida pelo entrevistado 1, catador de materiais recicláveis, em Careiro da Várzea - AM em julho de 2014.
6 Informação fornecida pelo entrevistado 1, catador de materiais recicláveis, em Iranduba - AM em junho de 2014

245
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Quadro 60 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1
VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$ / MÊS
Pet 400 0,80 320,00
Plástico colorido 700 0,80 560,00
Papelão 3.750 0,22 825,00
Latas de Alumínio 150 2,00 300,00
Metal 30 2,00 60,00
Cobre 20 12,00 240,00
TOTAL 5.050 - 2.305,00
Fonte: Entrevistado 1, 2014

De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais


recicláveis é de aproximadamente 5.050 kg mensais. Com base nos valores de
compra e venda destes materiais, expressos oralmente pelo catador e comerciante
na entrevista, o rendimento mensal obtido é de R$ 2.305,00.

Identificou-se também no município de Iranduba a atuação de um grupo de 20


catadores de material reciclável que exercem suas funções no lixão do Município.
Entretanto, alguns catadores deste grupo exercem também a função de
comerciantes de materiais recicláveis. As informações referentes ao quantitativo de
materiais recicláveis comercializados pelo grupo estão descritas no Quadro 61
(informação oral)7.

Quadro 61 - Recursos movimentados pelo grupo de catadores de materiais recicláveis


VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$/MÊS R$ / KG R$/MÊS
Pet 7.000 0,50 3.500,00 1,90 (1) 13.300,00
Plástico colorido (2) 7.000 0,40 2.800,00 1,90 (1) 13.300,00
Papelão 4.000 0,20 800,00 0,30 1.200,00
Papel misto 3.200 0,15 480,00 0,30 960,00
Latas de Alumínio 2.000 0,00 0,00 1,70 3.400,00
Metal 1.000 0,00 0,00 3,00 3.000,00
Cobre 1.000 0,00 0,00 9,00 9.000,00
Ferro 4.000 0,00 0,00 0,20 800,00
TOTAL 29.200 - 7.580,00 - 44.960,00
(1) O material é vendido limpo e prensado
(2) Embalagem de água sanitária, amaciante e óleo
Fonte: Grupo de catadores de materiais recicláveis, 2014

7 Informação fornecida pelo grupo de catadores de materiais recicláveis, em Iranduba - AM em junho de 2014

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De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais
recicláveis é de aproximadamente 29.200 kg mensais. Com base nos valores de
compra e venda destes materiais, expressos oralmente pelo grupo de catadores na
entrevista, o rendimento mensal obtido pelo grupo é de R$ 37.380,00. Este valor é
rateado pelos 20 catadores, tendo assim um rendimento individual para cada
catador de R$ 1.868,00.

Itacoatiara

Com base nas informações levantadas pela equipe de campo no município de


Itacoatiara, identificou-se a atuação de uma Associação formada por catadores de
material reciclável (ASCALITA) que exercem suas funções no lixão do Município.

Quando os associados foram abordados pela Equipe de Campo, os mesmos não


souberam informar o quantitativo de materiais recicláveis comercializados, pois não
tinham o controle desses materiais. Apenas foi informado para a Equipe o valor de
cada material reciclável no município, conforme Quadro 62 (informação oral)8.
Quadro 62 - Valor de venda dos materiais pela ASCALITA
MATERIAL VALOR DE VENDA R$ / Kg
Pet 0,60
Plástico Duro 0,30
Plástico Mole 0,50
Alumínio 2,00
Cobre 10,00
Metal 3,00
Ferro 0,10
Vidro 0,10 (1)
(1) Valor por unidade
Fonte: ASCALITA, 2014

Identificou-se também no município de Itacoatiara a atuação de dois comerciantes


de material reciclável. As informações referentes ao quantitativo de materiais

8 Informação fornecida pelo grupo de catadores de materiais recicláveis, em Itacoatiara - AM em agosto de 2014

247
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recicláveis comercializados pelo Entrevistado 1, estão descritos no Quadro 63
(informação oral)9.
Quadro 63 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1
VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG/MÊS
R$/KG R$/MÊS R$/KG R$/MÊS
Ferro 19.000 0,20 3.800,00 0,25 4.750,00
Alumínio 10.000 2,00 20.000,00 2,40 24.000,00
Garrafas de Vidro (unidade) 4.000 0,10 400,00 0,15 600,00
Bateria 5.000 1,00 5.000,00 1,02 6.000,00
Cobre 300 10,00 3.000,00 11,00 3.300,00
TOTAL 38.300 - 32.200,00 - 38.650,00
Fonte: Entrevistado 1, 2014

De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais


recicláveis pelo Entrevistado é de aproximadamente 38.300 kg mensais. Com base
nos valores de compra e venda destes materiais, expresso oralmente pelo
comerciante na entrevista, o rendimento mensal obtido é de R$ 6.450,00.

Os materiais recicláveis comercializados pelo Entrevistado 2, que é comerciante,


estão descritos no Quadro 64 (informação oral)10.

Quadro 64 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2


VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG/MÊS
R$/KG R$/MÊS R$/KG R$/MÊS
Pet 6.000 0,60 3.600,00 2,45 (1) 14.700,00
Vidro (garrafa) 6.000 0,10 600,00 0,20 1.200,00
Latinha 10.000 2,00 20.000,00 2,60 26.000,00
Alumínio 10.000 1,60 16.000,00 2,20 22.000,00
TOTAL 32.000 - 40.200,00 - 63.900,00
(1) Valor atribuído ao material triturado
Fonte: Entrevistado 2, 2014

De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais


recicláveis pelo Entrevistado 2 é de aproximadamente 32.000 kg mensais. Com
base nos valores de compra e venda destes materiais, expressos oralmente pelo

9
Informação fornecida pelo entrevistado 1, comerciante de materiais recicláveis, em Itacoatiara - AM em agosto de 2014
10 Informação fornecida pelo entrevistado 2, comerciante de materiais recicláveis, em Itacoatiara - AM em agosto de 2014

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comerciante na entrevista, o rendimento mensal obtido é de R$ 20.380,50, tendo em
vista o custo de R$ 3.319,50 com logística para venda dos materiais.

Itapiranga

O entrevistado 1 (informação oral)11, mesmo trabalha com o comércio de materiais


recicláveis à 07 anos. Os materiais recicláveis armazenados por este comerciante
segue o fluxo descrito na Quadro 65.

Quadro 65 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1


VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG/ MÊS
R$ / KG R$/MÊS R$ / KG R$/MÊS
Alumínio 330 1,30 429,00 2,00 660,00
Fonte : Entrevistado 1, 2014

O entrevistado acima tem renda mensal média de R$ 231,00.

O Entrevistado 2 (informação oral)12, atua individualmente à 12 anos no lixão, a


catadora movimenta os recursos descritos no Quadro 66.

Quadro 66 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2


VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$ / MÊS
Alumínio 180 1,00 180,00
Cobre 25 6,00 150,00
Garrafa Vidro (1) 40 0,20 8,00
TOTAL 245 - 338,00
(1) – Unidade da garrafa

Os comerciantes dos resíduos recicláveis manejados pelo Entrevistado 2, e as


respectivas formas de transporte são descritos abaixo:
 Sr. Davi Pereira – comércio local, o transporte até o comércio é realizado por
meio de carrinho de mão;
 Empresário de Manaus – Um comerciante de Manaus visita o município de
Itapiranga à procura de garrafas de vidro.

11
Informação fornecida pelo entrevistado 1, comerciante de materiais recicláveis, em Itapiranga - AM em julho de 2014.
12
Informação fornecida pelo entrevistado 2, catador de materiais recicláveis, em Itapiranga - AM em julho de 2014.

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O entrevistado possui renda mensal média de R$ 338,00.

Manacapuru

Com base nas informações levantadas pela equipe de campo no município de


Manacapuru, identificou-se a atuação de dois grupos de catadores de materiais
recicláveis. O primeiro grupo é a Associação de Materiais Recicláveis de
Manacapuru (COOTEPLA) que exercem suas atividades de catação nas ruas e
comércios do Município.

As informações referentes aos quantitativos de materiais recicláveis comercializados


pela COOTEPLA estão descritos no Quadro 67 (informação oral)13.

Quadro 67 - Recursos movimentados pela COOTEPLA


VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$ / MÊS
Pet 1.492 0,80 1.193,00
Plástico 1.928 0,22 424,00
Papelão 14.917 0,20 2.983,40
TOTAL 18.337 - 4.600,40
Fonte: COOTEPLA, 2014
De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais
recicláveis pela COOTEPLA é de aproximadamente 18.337 kg mensais. Com base
nos valores de venda destes materiais o rendimento mensal obtido pela Associação
é de R$ 4.600,40.

O segundo grupo de catadores faz parte da Associação MPU Recicle e exercem


suas funções principalmente no lixão do Município. Os números informados por este
grupo que se referem a quantidades e valores de venda de materiais recicláveis
coletados quando comparados a outros grupos de catadores de materiais recicláveis
apresentam-se inconsistentes. Portanto, estes números não serão considerados
nesse estudo.

Identificou-se também no município de Manacapuru a atuação de um comerciante


de material reciclável. As informações referentes ao quantitativo de materiais

13 Informação fornecida pela COOTEPLA, em Manacapuru - AM em julho de 2014.

250
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recicláveis comercializados pelo mesmo está descrito no Quadro 68 (informação
oral)14.

Quadro 68 - Recursos de compra movimentados pelo Entrevistado 1


VALOR DE COMPRA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$/MÊS
Papelão 50.000 0,15 7.500,00
Ferro 30.000 0,15 4.500,00
Plásticos 20.000 0,50 10.000,00
Garrafas de Vidro* 7.000 0,15 1.050,00
TOTAL 100.000 - 23.050,00
*Garrafas de vidro são vendidas por unidade
Fonte: Entrevistado 1, 2014
De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais
recicláveis é de aproximadamente 100.000 kg e 7.000 unidades de garrafas de vidro
mensais. Não foi informado para a equipe os valores de venda dos materiais
recicláveis.

Manaquiri

Foi entrevistado um catador de materiais recicláveis (informação oral) 15, verificou-se


a forma de atuação dessa atividade na movimentação dos recursos para o
município. O entrevistado é guarda municipal e também faz a redução do volume e
acondicionamento de material reciclável, atuando pelo menos cinco anos com
apenas um concorrente em Manaquiri conforme Quadro 69.

Quadro 69 - Recursos movimentados pelo Entrevistado


VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$/MÊS
Alumínio 700 2,50 1.750,00
Cobre 50 13,00 650,00
Metal (Ferro/Alumínio) 1.000 1,70 1.700,00
Bateria 40 1,20 48,00
TOTAL 1.790 - 4.148,00
Fonte: Entrevistado 1, 2014

14 Informação fornecida pelo entrevistado 1, comerciante de material reciclável, em Manacapuru - AM em julho de 2014
15
Informação fornecida pelo entrevistado 1, comerciante de materiais recicláveis, em Manaquiri- AM em julho de 2014.

251
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Manaus - Amazonas - tel/fax: (92) 3301-4300 - www.laghi.com.br
O comerciante de sucata estoca resíduos por três meses e posteriormente aluga um
caminhão por R$ 500,00 para destinar todo o material para a Empresa Empório
Metal no bairro Raiz em Manaus. Tem rendimento médio mensal de R$ 4.148,00
com esta atividade.

Manaus

Com base nas informações levantadas pela Equipe de Campo no município de


Manaus, identificou-se a atuação de 15 grupos de catadores de materiais recicláveis
sendo estes: Lixo e Cidadania, Recicla Manaus, Associação de Catadores de
Materiais Recicláveis (ACR), Cooperativa Aliança, Associação de Reciclagem e
Preservação Ambiental (ARPA), COOPCAMARE, Eco-Cooperativa, Eco Recicla,
Núcleo 2, Núcleo 3, COOPCAMAN, Instituto Dorothy, Reciclar dá Vida, Filhos de
Guadalupe e Catadores Associados pela Limpeza do Meio Ambiente (CALMA).
Estes grupos exercem suas atividades em diversas áreas de Manaus.

As informações referentes ao quantitativo de materiais recicláveis descritos no


Quadro 70 são um copilado dos dados fornecidos pelos 15 grupos de catadores de
materiais recicláveis (informação oral)16.

Quadro 70 - Informações das entidades entrevistadas


Continua
PREÇO PREÇO
TOTAL TOTAL
QUANTIDADE MÍNIMO MÁXIMO
MÍNIMO DE MÁXIMO DE
MATERIAL TOTAL DE DE
VENDA VENDA
(KG/MÊS) VENDA VENDA
(R$/MÊS) (R$/MÊS)
(R$/KG) (R$/KG)
Alumínio 25.500 1,60 40.800,00 2,40 61.200,00
Cobre 10 10,00 100,00 10,00 100,00
Ferro 7.240 0,10 724,00 0,28 2.027,20
Garrafa de Vidro (1l)** 1.000 0,05 50,00 0,05 50,00
Garrafa de Vidro (290ml)** 400 0,15 60,00 0,15 60,00
Óleo de Cozinha (l) 2.000 0,35 700,00 0,35 700,00
Papel Branco 3.100 0,20 620,00 0,50 1.550,00
Papel Misto (revista, jornal e etc.) 34.920 0,20 6.984,00 0,40 13.968,00
Papelão 813.737 0,15 122.060,55 0,32 260.395,84

16
Informações fornecidas pelas cooperativas, associações e núcleos de catadores de Materiais Recicláveis atuantes em Manaus, em
novembro, dezembro de 2014 e janeiro de 2015.

252
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Quadro 70 - Informações das entidades entrevistadas
Conclusão Quadro 70
PREÇO PREÇO
TOTAL TOTAL
QUANTIDADE MÍNIMO MÁXIMO
MÍNIMO DE MÁXIMO DE
MATERIAL TOTAL DE DE
VENDA VENDA
(KG/MÊS) VENDA VENDA
(R$/MÊS) (R$/MÊS)
(R$/KG) (R$/KG)
Pet 80.677 0,80 64.541,60 4,00* 322.708,00
Plástico (lona preta) 5.000 0,90 4.500,00 0,90 4.500,00
Plástico Colorido (PEAD) 37.860 0,60 22.716,00 0,80 30.288,00
Plástico Duro (PP, ABS/SAN, EVA, PE e
224.233 0,50 112.116,50 2,00 448.466,00
PC)
Plástico Mole (PEBD/PELBD) 33.410 0,50 16.705,00 1,25 41.762,50
Tetra Pack 40.040 0,10 4.004,00 0,12 4.804,80
TOTAL 1.307.727 - 396.681,65 - 1.192.580,34
*Pet desfiado artesanalmente
**Unidade de garrafa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2014

De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais


recicláveis é de aproximadamente 1.307.727 kg e 1.400 unidades de garrafas de
vidro mensais. Com base nos valores máximos e mínimos de venda destes materiais
o rendimento mensal obtido pelos grupos de catadores de material reciclável pode
variar entre R$ 396.681,65 e R$ 1.192.580,34.

Foi constatado em campo que existem empresas compradoras de materiais


recicláveis de grande porte no município em questão que comercializam estes
materiais tanto na capital quanto em outros municípios do interior do Estado do
Amazonas. Entretanto, nenhuma empresa disponibilizou o quantitativo de material
reciclável comercializado por elas.

Novo Airão

Com base nas informações levantadas pela Equipe de Campo no município de Novo
Airão, identificou-se a atuação de um catador de material reciclável que exerce sua
função no lixão do Município (informação oral)17.

17 Informação fornecida pelo entrevistado 1, catador de materiais recicláveis, em Novo Airão- AM em julho de 2014

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As informações referentes aos quantitativos de materiais recicláveis comercializados
pelo mesmo está descrito no Quadro 71.

Quadro 71 - Recursos movimentados pelo Entrevistado


VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$ / MÊS
Pet 1.500 0,50 750,00
Cobre 40 6,00 240,00
Papelão 3.000 0,11 330,00
Latas de Alumínio 80 1,50 120,00
Metal 1.000 0,10 100,00
Vidro (*) 400 0,15 60,00
TOTAL 5.620 - 1.600,00
(*) As garrafas de vidro são vendidas por unidades
Fonte: Entrevistado 1, 2014

De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais


recicláveis é de aproximadamente 5.620 kg e 400 unidades de garrafas de vidro
mensais. Com base nos valores de venda destes materiais, ditos oralmente pelo
catador na entrevista, o rendimento mensal obtido pelo Entrevistado é de R$
1.600,00.

Foi constatado em campo que não existem compradores de materiais recicláveis no


município em questão. O comprador de materiais recicláveis que realiza a compra
dos materiais do Entrevistado possui base no município de Manacapuru.

Presidente Figueiredo

Com base nas informações levantadas pela Equipe de Campo no município de


Presidente Figueiredo, identificou-se a atuação de um catador de material reciclável
que exerce sua função nas ruas e comércios da área urbana. As informações
referentes aos quantitativos de materiais recicláveis comercializados pelo mesmo
está descrito no Quadro 72 (informação oral)18.

18
Informação fornecida pelo entrevistado 1, catador de materiais recicláveis, em Presidente Figueiredo – AM em agosto de
2014

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Quadro 72 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1
VALOR DE VENDA
MATERIAL KG/MÊS
R$/KG R$/MÊS
Ferro 100 0,2 20,00
Cobre 30 10 300,00
Plástico Duro 500 0,6 300,00
Alumínio 200 2 400,00
TOTAL 830 - 1.020,00
Fonte: Entrevistado 1, 2014

De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais


recicláveis é de aproximadamente 830 kg mensais. Com base nos valores de venda
destes materiais, ditos oralmente pelo catador e comerciante na entrevista, o
rendimento mensal obtido pelo Entrevistado 1 é de R$ 1.020,00. Identificou-se
também no município de Presidente Figueiredo a atuação de um comerciante de
material reciclável. As informações referentes ao quantitativo de materiais recicláveis
comercializados pelo mesmo está descrito no Quadro 73 (informação oral)19.

Quadro 73 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2


VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG/MÊS
R$/KG R$/MÊS R$/KG R$/MÊS
Ferro 3.000 0,1 300,00 0,2 600,00
Alumínio 800 1,5 1.200,00 2 1.600,00
Bateria 300 0,5 150,00 1 300,00
Cobre 40 9 360,00 11 440,00
TOTAL 4.140 - 2.010,00 - 2.940,00
Fonte: Entrevistado 2, 2014

De acordo com o quadro anterior, observa-se que a comercialização de materiais


recicláveis é de aproximadamente 4.140 kg mensais. Com base nos valores de
compra e venda destes materiais, ditos oralmente pelo comerciante na entrevista, o
rendimento mensal obtido pelo Entrevistado 2 é de R$ 930,00.

19
Informação fornecida pelo entrevistado 2, comerciante de materiais recicláveis, em Presidente Figueiredo – AM em agosto
de 2014

255
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Rio Preto da Eva

Em entrevista com catadores e comerciantes (informação oral) 20 de materiais


recicláveis no município de Rio Preto da Eva, verificou-se a atuação desses
trabalhadores movimentando os recursos descritos nos quadros abaixo.

Quadro 74 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1


VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG/MÊS
R$/KG R$/MÊS R$/KG R$/MÊS
Pneu 300 0,50 150,00 1,00 300,00
Ferro 2.000 0,00 0,00 0,25 500,00
Latas de Alumínio 200 1,30 260,00 1,80 360,00
TOTAL 2.500 - 410,00 - 1.160,00
Fonte: Catador e comerciante de materiais recicláveis, 2014
O entrevistado acima possui renda mensal média de R$ 750,00.

O Entrevistado 2 (informação oral)21 compra materiais recicláveis em sua maioria de


catadores individuais que coletam nas ruas da cidade. Ainda segundo o Entrevistado
2 muitos catadores coletam seus materiais recicláveis com o intuito de comprar
bebidas alcoólicas.
Quadro 75 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2
VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
KG /
MATERIAL R$ / R$ /
TRIMESTRAL R$ / KG R$ / KG
TRIMESTRAL TRIMESTRAL
Latas de Alumínio 1.000 1,50 1.500,00 1,80 1.800,00
Fonte: Comerciante de materiais recicláveis, 2014
O entrevistado acima possui renda mensal média de R$300,00.

No município é realizado serviço de coleta seletiva pela prefeitura de segunda a


sábado e atua apenas com os resíduos provenientes de áreas comerciais. Os
comerciantes descartam separadamente papelões, plástico e PET para que a
prefeitura recolha.

A Secretaria de Limpeza Pública possui um galpão onde os materiais recicláveis são


prensados e armazenados. De acordo com a mesma em média cinco toneladas de
papelão são vendidas para a Cooperativa Aliança em Manaus, arrecadando
aproximadamente R$ 1.500,00.

20
Informação fornecida pelo entrevistado 1, comerciante e catador de materiais recicláveis, em Novo Airão – AM em julho de 2014
21
Informação fornecida pelo entrevistado 2, comerciante de materiais recicláveis, em Novo Airão – AM em julho de 2014

256
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Silves

Foi entrevistado um comerciante de materiais recicláveis (informação oral)22 que


atua no lixão municipal de Silves à um ano. O comprador do resíduo reciclável
manejado por ele é um comerciante de materiais recicláveis também do município.

Quadro 76 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 1


VALOR DE VENDA
MATERIAL KG / MÊS
R$ / KG R$ / MÊS
Alumínio 60 1,50 90,00
Metal 7 2,00 14,00
Cobre 7 7,00 49,00
TOTAL 74 - 153,00
Fonte: Entrevistado 1, 2014
Possui o rendimento médio mensal de R$ 153,00.

Segundo o comerciante (informação oral), o instrumento de trabalho dele é apenas


um carrinho de mão para transportar os resíduos recicláveis, e o manejo que o
mesmo realiza nos resíduos são os seguintes:
 Cobre: Descasca os fios para expor o cobre;
 Metal: Não faz nenhum manejo;
 Alumínio: amassa e ensaca.

Foi entrevistado (informação oral)23 um catador que atua individualmente a 15 anos


nas ruas e comércios de Silves. O catador e comerciante de materiais recicláveis
movimenta os recursos descritos no Quadro 77.

Quadro 77 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 2


VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG/MÊS
R$/KG R$/MÊS R$/KG R$/MÊS
Alumínio 250 1,40 350,00 2,20 550,00
Cobre 25 7,00 175,00 9,00 225,00
Metal 3 2,00 6,00 4,50 14,00
TOTAL 278 - 531,00 - 789,00
Fonte: Entrevistado 2, 2014

Possui o rendimento médio mensal de R$ 258,00.

22
Informação fornecida pelo entrevistado 1, catador de materiais recicláveis, em Silves – AM em julho de 2014
23
Informação fornecida pelo entrevistado 2, comerciante de materiais recicláveis, em Silves – AM em julho de 2014

257
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Os compradores dos resíduos recicláveis manejados pelo catador, e as respectivas
formas de levar o material ao Município são:

 AJ alumínio – O entrevistado custeia frete no valor de R$ 300,00 a cada três


meses para levar o material reciclável até Manaus;
 Comerciantes de Materiais recicláveis locais.

Foi entrevistado (informação oral)24 outro comerciante de resíduos recicláveis há


cinco anos na área urbana de Silves. Os recursos movimentados com a compra e
venda de recicláveis estão demonstrados no Quadro 78.

Quadro 78 - Recursos movimentados pelo Entrevistado 3


VALOR DE COMPRA VALOR DE VENDA
MATERIAL KG /MÊS
R$/KG R$/MÊS R$/KG R$/MÊS
Alumínio 300 1,50 450,00 2,20 660,00
Cobre 100 7,00 700,00 11,00 1.100,00
Metal 30 3,00 90,00 5,00 150,00
Bateria 500 0,40 200,00 0,80 400,00
TOTAL 930 - 1.440,00 - 2.310,00
Fonte: Entrevistado 3, 2014

Possui o rendimento médio mensal de R$ 870,00.

Os compradores dos resíduos recicláveis manejados pelo Entrevistado 3, e as


respectivas formas de levar o material ao Município são:

 A. J alumínio – quantidade acima de três toneladas - pega no município;


 A. J alumínio – quantidade abaixo de três toneladas – leva por frete de carro
ou de barco, paga o valor de R$ 5,00 por cada saco de 30 kg e R$ 2,50 por
cada saco de 10 kg.

24
Informação fornecida pelo entrevistado 3, comerciante de materiais recicláveis, em Silves – AM em julho de 2014

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3.2.5. Detalhamento do Ciclo de Vida dos Materiais Recicláveis e
Reutilizáveis manuseados pelos catadores
3.2.5.1. Metal Ferrosos

Os metais ferrosos envolvem os aços e os ferros fundidos, que são oriundos da


mistura dos minérios de ferro, do calcário e do carvão mineral, onde são
transformados através da siderurgia. O minério de ferro constitui a matéria-prima
essencial à produção dos aços e ferros fundidos, o calcário atua como fundente e o
carvão como combustível, como redutor do minério e como fornecedor do carbono.
O aço e o ferro fundido diferem pelo teor de carbono, tendo o aço 2% e o ferro
fundido acima deste valor. Os ferros fundidos, além de ferro e carbono, contêm
outros elementos, tais como: silício manganês, enxofre e fósforo (TEIXEIRA,
1999:114-115). As aplicações dos aços no design e na engenharia são diversas,
entre elas: ferramentas, utensílios domésticos, peças automotivas, indústria naval,
indústria mecânica, etc.

De acordo com o levantamento nos 13 municípios da RMM, 53,8% deles (sete


municípios) comercializam metais ferrosos por meio de associações e cooperativas
ou de catadores de materiais recicláveis individuais. Não foi constatado o manejo de
outros tipos de metais ferrosos por esses atores.

Depois de coletados e vendidos para empresas de reciclagem no sudoeste do


Brasil, os metais ferrosos são geralmente direcionados para as usinas de fundição,
onde a sucata é colocada em fornos elétricos ou a oxigênio, aquecidos a 1.550
graus centígrados. Após atingir o ponto de fusão e chegar ao estado líquido, o
material é moldado em tarugos e placas metálicas, que serão cortados na forma de
chapas de aço. A sucata demora somente um dia para ser reprocessada e
transformada novamente em lâminas de aço usadas por vários setores industriais
das montadoras de automóveis até as fábricas de latas em conserva.

3.2.5.2. Metal Não-Ferrosos

Os metais não ferrosos incluem todos os metais que não contém ferro, sendo que
aproximadamente 90% da tabela periódica é composta por elementos da classe dos
metais não ferrosos. São exemplos deste grupo de materiais o cobre, o alumínio, o

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bronze, o latão, o chumbo, etc. Na sua maioria, são utilizados no estado puro,
contudo, podem também ser utilizados em forma de ligas. O latão é uma liga de
cobre-zinco, podendo conter zinco em teores que variam de 5 a 50%, isto significa
que existem inúmeros tipos de latões. O bronze, liga de cobre e estanho, é a mais
antiga liga conhecida pelo homem. Assim como o latão, o bronze pode conter outros
elementos na liga dependendo da aplicação, tais como o chumbo, o zinco, o fósforo
e o manganês (CHIAVERINI, 1986).

De acordo com o levantamento de campo os metais não-ferrosos como alumínio e


cobre são manuseados pelos catadores e encaminhados para reciclagem em
84,6%, referente a 11 municípios, dos que fazem parte da Região Metropolitana de
Manaus.

No que diz respeito ao manuseio dos metais pelos catadores de materiais recicláveis
da Região Metropolitana de Manaus se resume apenas à prensagem e
enfardamento para facilitar o transporte até as empresas de comercialização.

Nas empresas de comercialização os metais são classificados e enviado às usinas


de reciclagem localizadas no Sudeste e Nordeste do Brasil, pois no Amazonas não
há indústrias que realizem esse tipo de atividade.

3.2.5.3. Plástico

De acordo com o levantamento de campo os plásticos PEAD (polietileno de alta


densidade), PP (polipropileno), ABS/SAN (acrinolitrila-butadieno-estireno), EVA
(Etileno Acetado de Vinila), PE (polietileno), PC (policarbonato); PEBD (Polietileno
de Baixa Densidade), PELBD (Polietileno Linear de Baixa Densidade) e PET
(polietileno tereftalato) que são manuseados pelos catadores são coletados para
reciclagem em 53,8% (sete municípios) dos municípios da RMM. Careiro da Várzea
e Rio Preto da Eva coletam esse material porém ainda não conseguiram logística
que deixe margem para lucros na escoação desses materiais recicláveis.

No que diz respeito ao manuseio dos diferentes tipos de plásticos pelos catadores
de materiais recicláveis da RMM trata-se de segregação, enfardamento, prensagem
e desfiamento para a comercialização com empresa de reciclagem.

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Nas empresas de reciclagem os diferentes tipos de plástico são classificados e
encaminhados ao processo de reciclagem sendo produzido plástico reciclado,
normalmente sob a forma de granulado. O passo da triagem, no caso do material
plástico é extremamente importante dado que a reciclagem mecânica (à exceção do
processo de reciclagem de plásticos mistos) é monomaterial, ou seja, cada
reciclador recicla um tipo ou uma família de plástico (p.e.: Filme e PEAD). Com este
material poderão ser, então, produzidos novos objetos de plástico, após envio para o
transformador no Polo Industrial de Manaus e no Sul e Sudeste do Brasil, fechando
desta forma o ciclo de vida.

3.2.5.4. Papel e Papelão

O ciclo de vida do papel tem início muito antes de adquirir o seu aspecto final - o de
papel pronto a utilizar. Na verdade, o seu ciclo de vida tem início na matéria-prima
que lhe dá origem: a árvore. Ao contrário do que muitos pensam, a vida do papel
não termina depois de ser utilizado: o papel é um produto que pode ser reciclado
várias vezes, sendo os papéis usados uma importante fonte de matérias-primas.

A vida do papel não termina com a sua utilização, uma vez que o papel usado pode
ser reciclado até 5 vezes. As fibras de papel recuperadas são reutilizadas no fabrico
de novos produtos de papel, conferindo assim ao papel usado uma nova vida.

Os resultados dos processos produtivos são: guardanapo, papel toalha, papel


higiênico, papel absorvente, papel miolo, papel WTL, papel capa e papel kraft. Que
são vendidos no Amazonas e Roraima.

De acordo com o levantamento de campo, os papéis e papelões são coletados para


reciclagem em seis municípios da RMM (Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru,
Manaus, Novo Airão e Rio Preto Eva).

No que diz respeito ao manuseio dos papéis e papelão manejados pelos catadores
de materiais recicláveis da RMM, os resíduos chegam às cooperativas ou
associações por meio de doações de empresas, coleta porta a porta domiciliar e das
lojas e comércios, postos de entregas voluntárias, e da catação direta em lixões.

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3.2.5.5. Vidro

De acordo com o levantamento de campo, os vidros são coletados em quatro


municípios da Região Metropolitana de Manaus (Itacoatiara, Manacapuru, Manaus e
Novo Airão) para reaproveitamento. O vidro chega aos catadores de materiais
recicláveis individuais e para associações ou cooperativas através da catação ou por
meio de doações de terceiros.

Os catadores fazem a separação por cores e tipos de garrafas, armazenam para


vender a empresas em Manaus e até para atravessadores no Estado do Pará para
serem reutilizadas.

Não há empresas que reciclem o vidro no Amazonas, porém sabe-se que o


processo de reciclagem é o seguinte:

 Os cacos de vidro encaminhados para a reciclagem deve ser separados por


cor, para evitar alterações de padrão visual do produto final e reações que
formam espumas indesejáveis no forno;
 O vidro bruto estocado em tambores é submetido a eletroímã para separação
dos metais contaminantes;
 O material é lavado em tanque com água, que após o processo precisa ser
tratada e recuperada para evitar desperdício e contaminação de cursos
d’água;
 O material passa por uma esteira ou mesa destinada à catação de impurezas,
como restos de metais, pedras, plásticos e vidros indesejáveis que não
tenham sido retidos;
 Em seguida é triturado deixando os cacos de tamanho homogêneo, que são
encaminhados para uma peneira vibratória;
 Outra esteira leva o material para um segundo eletroímã, que separa metais
ainda existentes nos cacos;
 O vidro é armazenado em silo ou tambores para abastecimento da vidraria,
que usa o material na composição de novas embalagens.

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3.2.5.6. Bateria automotiva
De acordo com os levantamentos de campo as baterias automotivas que
manuseadas por comerciantes são coletados para reciclagem em cinco municípios
da RMM (Autazes, Itacoatiara, Manaquiri, Presidente Figueiredo e Rio Preto da
Eva). Porém sabe-se que em Manaus esse material é altamente comprado por
sucateiros autônomos para revenda em indústrias de reciclagem também na Capital.

Para Battery Council International (2009) o processo de reciclagem dessas baterias


na indústria ocorre da seguinte forma: •

 A solução presente na bateria (ácido sulfúrico + chumbo) vai para o


tratamento;
 Após a neutralização do ácido e as devidas análises ele é descartado ou
transformado em sulfato de sódio, podendo ser utilizado na produção de
vidro, sabão em pó e na indústria têxtil;
 As baterias são trituradas em moinhos martelos e esse material é lavado a um
tanque, onde ocorre a separação entre o chumbo e o polímero;
 O polímero é fundido e transformado em bastonetes, após a sua passagem
por uma extrusora, e são transformados em novas carcaças de bateria;
 O chumbo é fundido juntamente com carvão vegetal e pedaços de ferro, que
atuam na retirada das impurezas presente no chumbo, e posteriormente esse
chumbo é transformado em novas grades;
 O sobrenadante é fundido novamente e utilizado na produção de novas
grades de chumbo e outras peças.

3.2.5.7. Pneu
Durante o levantamento notou-se que a reforma de pneus é a uma tecnologia de
reposição criada para evitar o desperdício, aumentando a vida útil do material
reduzindo e os impactos ambientais, pois são inseridos apenas 25% do material
utilizado do que seria necessário para produzir um pneu novo proporcionando a
mesma durabilidade.

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Com relação a reciclagem, as carcaças de pneus são triturados na Empresa Rio
Limpo e posteriormente utilizados em fornos de cimenteiras, fabricação de solados e
tapetes. O pó produzido no processo, ainda pode ser agregado à mistura de
borracha para artefatos e ao asfalto. A empresa Rio Limpo envia o material para
coprocessamento na fabricação de pneus e argamassa nas empresas de Manaus.

3.2.5.8. Tetrapak
Conforme dados levantados em campo, as embalagens Tetra Pak (longa vida) não
são inseridas no manuseio dos catadores dos municípios levantados, com exceção
das grandes empresas do PIM e da Base de Operações Geólogo Pedro de Moura –
BOGPM em Urucu que já praticam a logística reversa e destinam para Empresa de
Comercialização de materiais recicláveis, localizada em Manaus, onde esse material
é prensado e enfardado.

O ciclo de vida do Tetra Pak inicia pelo papel utilizado nas embalagens que a
princípio vem exclusivamente de florestas certificadas, empregando dispositivos que
diminuem os impactos ambientais agregando tecnologia avançada para o
acondicionamento de alimentos de forma segura e asséptica.

O material quando nas fábricas de reciclagem de papel, é depositado em um


equipamento chamado hidrapulper que agita as embalagens em água, hidratando as
fibras de celuloses e separando-as do polietileno e do alumínio. As fibras de papel
recicladas podem ser transformados em caixas de papelão, tubetes, chapas,
palmilhas, produtos em polpa moldada, entre outros.

O polietileno e o alumínio separados na indústria de papel são destinados à


fabricação de placas e telhas para a construção civil. Outra alternativa é a extrusão e
granulação desse material para a confecção de canetas, vassouras etc. O polietileno
e o alumínio também podem ser submetidos à separação térmica. Com essa
tecnologia, o polietileno é transformado em parafina, usado como combustível ou
aditivo em lubrificantes e detergentes. Já o alumínio é recuperado na forma de pó ou
lingotes de alta pureza, retornando para a indústria de fundição.

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3.2.6. Iniciativas de Coleta Seletiva
3.2.6.1. Contextualização do Levantamento

Os impactos ambientais decorrentes da destinação inadequada dos resíduos e a


pressão sobre os recursos naturais pelo consumo e desperdício crescentes levaram
a busca de alternativas de gestão dos resíduos que incorporassem os princípios da
minimização, reutilização e reciclagem dos materiais.

Uma das principais estratégias para a redução da quantidade de resíduos dispostos


nos lixões a céu aberto é a coleta seletiva que é apontada como uma das saídas
para tentar reduzir os problemas de gerenciamento e da disposição inadequada de
resíduos. E apesar da reconhecida importância da coleta seletiva no contexto da
gestão integrada de resíduos sólidos e do seu papel na redução da pressão sobre
os recursos naturais, poucas cidades adotam este programa, pois falta investimento
na educação ambiental, melhorias na infraestrutura das associações e cooperativas
e um envolvimento maior por parte da população local, uma vez que a política
nacional de resíduos sólidos determina a responsabilidade compartilhada pelo ciclo
de vida dos materiais recicláveis.

Dos 13 municípios que compõem a RMM e o Plano de Resíduos Sólidos e Coleta


Seletiva da Região Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM). Mas apenas dois
municípios possuem iniciativas de coleta seletiva que estão descritos abaixo e que
pode ser visualizado no ANEXO 2-4.

3.2.6.2. Manaus
O programa de coleta seletiva da cidade de Manaus é praticado em duas formas:
 Porta-a-Porta: Executada pelas duas concessionárias que diariamente de
segunda feira a sábado cumprem um roteiro, recolhendo os resíduos recicláveis
dos domicílios que é repassado a seis grupos de catadores que tem a atribuição
de separar e comercializar os materiais as empresas recicladores ou
beneficiadoras de Manaus;
 PEV's: Implantadas em locais específicos para a comunidade e os cidadãos
poderem descartar diretamente e pessoalmente seus materiais recicláveis.
Quanto aos recursos humanos para apoio às atividades dos PEV's

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disponibilizados quatro funcionários da SEMULSP que auxiliam nos trabalhos
dos PEV’s. Existem atualmente quatro PEV`s em funcionamento:
 PEV do Parque do Mindu: Beneficia a Eco Recicla e a remoção dos
materiais recicláveis ocorre às terças-feiras.
 PEV da Lagoa do Japiim: Beneficia a Lixo e Cidadania e a remoção dos
materiais recicláveis ocorre às quartas-feiras.
 PEV da Praça do Dom Pedro: Beneficia a ARPA e a remoção dos
materiais recicláveis ocorre às sextas-feiras.
 PEV do Parque dos Bilhares: Beneficia a CALMA e a remoção dos
materiais recicláveis ocorre às quarta-feira.

Em 2013, foi implantada a coleta seletiva no Centro da cidade. Um acordo com os


lojistas foi realizado de modo que eles sejam responsáveis pela separação do lixo
reciclável e posterior entrega, em pontos estratégicos, permitindo que as
associações de catadores façam o recolhimento desse material.

Transporte de materiais recicláveis dos PEVs


Além da Coleta porta a porta a SEMULSP disponibiliza as Associações e
Cooperativas a logística para levar os materiais recicláveis até aos locais de triagem
e aos compradores desse material.
Para auxiliar a execução destes serviços são disponibilizados dois veículos. Um
caminhão baú próprio da PMM que é de uso exclusivo para o transporte dos
materiais recicláveis coletados nos PEV’s para a sede das Associações e um
caminhão munk terceirizado que é utilizado por algumas Associações cadastradas
juntamente à PMM.

Coleta seletiva no centro comercial de Manaus


O antigo processo de coleta seletiva no centro comercial de Manaus era por meio de
pontos específicos de coleta, atualmente este processo foi substituído pela coleta
porta a porta o que segundo a CEDOLP é mais eficaz.

Esta coleta seletiva atende as seguintes ruas do centro comercial:


1. Eduardo Ribeiro (entre as ruas Saldanha Marinho e Floriano Peixoto);

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2. Marechal Deodoro;
3. Guilherme Moreira;
4. Marcílio Dias;
5. Dr. Moreira;
6. Floriano Peixoto;
7. Joaquim Sarmento;
8. Saldanha Marinho;
9. Henrique Martins;
10. Barroso;
11. Rui Barbosa;
12. Lobo D’Almada;
13. Rua da Instalação.

Este serviço conta com a parceria da Associação de Comércios. Para execução


deste serviço, tem o apoio de quatro veículos caminhonetes, dois específicos para
coleta de resíduos orgânicos e dois específicos para coleta de materiais recicláveis.
Atende lojas, hotéis e outros estabelecimentos que teriam como obrigação gerir os
resíduos gerados pelos seus estabelecimentos, isso leva em conta o princípio
"poluidor-pagador" que é uma norma de direito ambiental que consiste em obrigar o
poluidor a arcar com os custos da reparação do dano por ele causado ao meio
ambiente.

Válido para toda pessoa física ou jurídica em qualquer tipo de relação com o meio;
estabelece que todo aquele que contribuir para deteriorar o ambiente, de qualquer
modo, deve arcar com os custos da descontaminação e da recomposição do meio.
Com a realização da coleta dos resíduos orgânicos por parte da PMM estes
estabelecimentos tem a contrapartida de fornecer separadamente seus materiais
recicláveis gerados.

Os resíduos orgânicos coletados pelas duas caminhonetes são encaminhados para


um veículo compactador que fica disposto na Feira da Banana e/ou também é
remanejado para caminhões compactadores que circulam pelo Centro. A rota de
coleta ocorre entre os horários de 09:00 e 20:00.

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Coleta Seletiva em eventos
Qualquer evento que seja de responsabilidade da PMM tem o serviço de coleta
seletiva com realização das Associações/Cooperativas cadastradas. Entre os
eventos realizados podemos citar:
 Boi Manaus

Para este evento as diárias foram pagas pela Manaus Cult, para os eventos grandes
a coleta seletiva era realizada por oito associações/cooperativas de catadores e para
os eventos menores a coleta seletiva era realizada por cinco
associações/cooperativas, onde eram disponíveis apenas quatro vagas de catadores
para cada associação/cooperativa.
 Copa

A coleta seletiva realizada para este evento ocorreu com 44 catadores, onde 17
destes compõem grupos não filiados ao Movimento Nacional de Catadores de
Materiais Recicláveis para a ação. A prefeitura forneceu alimentação, transporte e
diária. Ação realizada em convênios com MMA.

No Quadro 79 mostra dois eventos que foram quantificados os resíduos reciclados.


Quadro 79 - Custo com eventos da cidade
CUSTO COM COLETA E DISPOSIÇÃO FINAL
EVENTO TONELADAS DISPOSIÇÃO
COLETA TOTAL
FINAL
Carnaval de Manaus 2013 680 R$ 83.021,20 R$ 40.854,40 R$ 123.875,60
Dia dos finados 2014 13,5 R$ 1.648,22 R$ 811,08 R$ 2.459,30
Fonte: SEMULSP, 2013

Locação de galpões
A Prefeitura Municipal de Manaus a fim de implementar o processo de coleta
seletiva com o apoio dos catadores associados e/ou cooperados loca galpões para
triagem de materiais recicláveis para às referidas organizações.

Atualmente sete galpões foram alugados, a saber, estão situados:

1) Recicla Manaus: Av. Lourenço da Silva Braga (Manaus Moderna), Centro;


2) ARPA: Alameda Cosme Ferreira, n.o 340, Zumbi;
3) COOPCAMARE/ACR: Av. Itaituba, n.o 31, Jorge Teixeira;

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4) Nova Recicla: Av. Nossa Senhora da Conceição, Cidade de Deus;
5) COOPCAMAN: Rua Helena Cardoso, n.o 42, Santa Etelvina;
6) Núcleo da Cooperativa Aliança: Av. Perimetral, Santa Etelvina;
7) Cooperativa Aliança: Av. Compensa, n.o 555, Vila da Prata.

As entrevistas realizadas com os catadores proporcionaram não só a identificação


dos mesmos como o entendimento da cadeia da reciclagem no local, mas sabe-se
que os entrevistados não são os únicos atores dessa cadeia, portanto as
informações sobre quantitativo de catadores aqui explicita são amostrais e não se
esgotam neste produto. Maiores detalhes estão expostos no Item 3.1.3. –
Levantamento Estadual da Presença de Catadores de Materiais Recicláveis no
Amazonas e serão também contemplados na Etapa IV - Medidas para o Plano
quanto aos distintos tipos de resíduos, Tarefas VI – Medidas para reutilização e
reciclagem de resíduos e VII – Incentivos e Apoio a formação e Capacitação de
Associação de Catadores.

3.2.6.3. Rio Preto da Eva

O serviço de coleta seletiva é realizado pela prefeitura de segunda a sábado e atua


apenas com os resíduos provenientes de áreas comerciais. Os comerciantes
descartam separadamente papelões, plástico e PET para que a prefeitura recolha.

Os materiais coletados são armazenados e prensados em um galpão da prefeitura.


De acordo com a mesma em média cinco toneladas de papelão por mês são
vendidas para a cooperativa Aliança em Manaus, arrecadando aproximadamente R$
1.500,00 que é utilizado nas despesas gerais e alimentação dos funcionários da
limpeza pública.

No ANEXO 2-4 - Iniciativas de coleta seletiva na RMM, percebe-se em forma de


mapa os municípios da Região Metropolitana de Manaus que possuem iniciativas da
coleta seletiva.

3.2.7. Pesquisa de satisfação do cliente para a RMM

Este relatório apresenta a tabulação das respostas devolvidas de 1.976


questionários obtidos em 10 municípios da amostra da RMM, com a ausência dos

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municípios de Careiro, Manaquiri e Manaus. No município de Manaus a pesquisa de
satisfação está em andamento e o município de Manacapuru não devolveu a
quantidade de fichas suficientes. O Quadro 80 apresenta a quantidade de
formulários retornados de cada município da RMM.

Quadro 80 - Número de entrevistas devolvidas por município


MUNICÍPIOS NÚMERO DE ENTREVISTAS
AUTAZES 145
CAREIRO DA VÁRZEA 10
IRANDUBA 302
ITACOATIARA 565
ITAPIRANGA 66
NOVO AIRÃO 86
PRESIDENTE FIGUEIREDO 123
RIO PRETO DA EVA 110
SILVES 42
MANACAPURU 527
TOTAL 1.976
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Deste modo, a seção a seguir apresenta as inferências realizadas para os


habitantes da área urbana pertencentes aos 10 municípios, segundo as quatro
dimensões de avaliação do questionário.

3.2.7.1. Coleta e transporte de resíduos sólidos

Nesta dimensão conclui-se:

 No item Área de atuação da coleta, mais da metade dos moradores estão


satisfeitos ou muito satisfeitos (52,75%), enquanto que o porcentual dos
insatisfeitos é de 17,39%;
 Um contingente significativo de moradores mostram-se pouco satisfeitos ou
insatisfeitos com a Frequência da Coleta, com um porcentual de
aproximadamente 45%;
 No item de Intervalo entre as coletas predomina a insatisfação, com 52,71% dos
moradores mostrando-se insatisfeitos ou pouco satisfeitos;
 Na questão do Horário em que é realizada a coleta, a maioria dos moradores
estão satisfeitos ou muito satisfeitos com este item, participação relativa de
aproximadamente 60%;

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 O município de Rio Preto da Eva apresentam os maiores índices de insatisfação
nos itens de Serviços de Coleta, Intervalo de Coleta e Horário de coleta;
 O município de Careiro da Várzea apresenta os maiores índices de satisfação
nos quatro itens, sendo que Careiro da Várzea atinge grau de satisfação acima
de 90% nos itens Frequência da coleta e Horário de realização da coleta.

Gráfico 1 - Porcentual de satisfação na área de atuação dos serviços de coleta dos municípios da
RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 81 - Porcentual da avaliação quanto a área de atuação dos serviços de coleta, em ordem
decrescente do nível de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 14,89% 46,81% 26,24% 12,06% 100,00%
Careiro da Várzea 0,00% 80,00% 10,00% 10,00% 100,00%
Iranduba 0,68% 28,47% 41,36% 29,49% 100,00%
Itacoatiara 25,97% 41,19% 22,63% 10,20% 100,00%
Itapiranga 15,15% 46,97% 27,27% 10,61% 100,00%
Novo Airão 13,25% 22,89% 44,58% 19,28% 100,00%
Presidente Figueiredo 9,76% 49,59% 22,76% 17,89% 100,00%
Rio Preto da Eva 9,17% 23,85% 38,53% 28,44% 100,00%
Silves 4,76% 57,14% 30,95% 7,14% 100,00%
Manacapuru 18,15% 33,40% 29,92% 18,53% 100,00%
Total 15,68% 37,07% 29,85% 17,39% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Gráfico 2 - Porcentual de satisfação da frequência dos serviços de coleta da RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 82 - Porcentual da avaliação quanto a frequência dos serviços de coleta, em ordem


decrescente do nível de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 17,86% 45,71% 25,00% 11,43% 100,00%
Careiro da Várzea 10,00% 80,00% 0,00% 10,00% 100,00%
Iranduba 1,32% 34,11% 30,46% 34,11% 100,00%
Itacoatiara 26,14% 43,37% 21,21% 9,28% 100,00%
Itapiranga 22,73% 43,94% 21,21% 12,12% 100,00%
Novo Airão 10,47% 23,26% 48,84% 17,44% 100,00%
Presidente Figueiredo 8,94% 50,41% 24,39% 16,26% 100,00%
Rio Preto da Eva 3,70% 27,78% 39,81% 28,70% 100,00%
Silves 2,38% 61,90% 28,57% 7,14% 100,00%
Manacapuru 16,96% 38,01% 28,46% 16,57% 100,00%
Total Geral 15,38% 39,94% 27,42% 17,26% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Gráfico 3 - Porcentual de satisfação quanto ao intervalo entre as coletas dos municípios da RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 83 - Porcentual da avaliação quanto aos intervalos de coleta, em ordem decrescente do nível
de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 17,86% 38,57% 29,29% 14,29% 100,00%
Careiro da Várzea 11,11% 66,67% 22,22% 0,00% 100,00%
Iranduba 0,67% 25,67% 40,33% 33,33% 100,00%
Itacoatiara 23,37% 39,80% 23,76% 13,07% 100,00%
Itapiranga 16,67% 31,82% 36,36% 15,15% 100,00%
Novo Airão 10,59% 30,59% 37,65% 21,18% 100,00%
Presidente Figueiredo 8,13% 39,02% 26,02% 26,83% 100,00%
Rio Preto da Eva 0,00% 27,18% 34,95% 37,86% 100,00%
Silves 2,44% 63,41% 24,39% 9,76% 100,00%
Manacapuru 13,97% 34,53% 28,34% 23,15% 100,00%
Total 13,19% 35,24% 29,90% 21,68% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Gráfico 4 - Porcentual de satisfação quanto ao horário de realização da coleta dos municípios da
RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 84 - Porcentual da avaliação quanto horário de realização da coleta, em ordem decrescente


do nível de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 23,08% 51,75% 13,99% 11,19% 100,00%
Careiro da Várzea 10,00% 80,00% 0,00% 10,00% 100,00%
Iranduba 3,65% 52,16% 20,27% 23,92% 100,00%
Itacoatiara 27,94% 41,81% 20,42% 9,83% 100,00%
Itapiranga 31,82% 37,88% 16,67% 13,64% 100,00%
Novo Airão 22,09% 33,72% 26,74% 17,44% 100,00%
Presidente Figueiredo 11,48% 50,00% 21,31% 17,21% 100,00%
Rio Preto da Eva 4,81% 35,58% 30,77% 28,85% 100,00%
Silves 4,76% 61,90% 23,81% 9,52% 100,00%
Manacapuru 15,10% 34,31% 28,82% 21,76% 100,00%
Total 17,24% 42,51% 22,91% 17,34% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

3.2.7.2. Serviços de limpeza pública

Nesta dimensão inferiu-se:

 A maioria dos moradores dos municípios da amostra não estão satisfeitos com os
serviços de varrição e capina, sendo percentual de insatisfeitos ou pouco
satisfeitos na ordem de 52% e 58% respectivamente;

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 Os moradores do município de Rio Preto e Novo Airão apresentam os maiores
taxas de insatisfação com serviços de limpeza pública, com percentuais que
alcançam de 37 a 48 pontos porcentuais;
 Os serviços de varrição e capina em Careiro da Varzea são aprovados pela
populaçao urbana com taxas acima de 70%.

Gráfico 5 - Porcentual de satisfação quanto aos serviços de varrição nos municípios da RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 85 - Porcentual da avaliação quanto aos serviços de varrição, em ordem decrescente do


nível de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 24,29% 33,57% 27,14% 15,00% 100,00%
Careiro da Várzea 20,00% 50,00% 30,00% 0,00% 100,00%
Iranduba 1,00% 26,09% 29,43% 43,48% 100,00%
Itacoatiara 26,89% 29,98% 26,11% 17,02% 100,00%
Itapiranga 6,15% 12,31% 21,54% 60,00% 100,00%
Novo Airão 3,53% 25,88% 31,76% 38,82% 100,00%
Presidente Figueiredo 13,82% 46,34% 17,89% 21,95% 100,00%
Rio Preto da Eva 11,43% 32,38% 30,48% 25,71% 100,00%
Silves 19,05% 38,10% 38,10% 4,76% 100,00%
Manacapuru 16,83% 33,07% 30,14% 19,96% 100,00%
Total 16,24% 31,15% 27,89% 24,72% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Gráfico 6 - Percentual de satisfação quanto aos serviços de capina nos municípios da RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 86 - Porcentual da avaliação quanto aos serviços de capina em área pública, em ordem
decrescente do nível de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 26,57% 37,06% 22,38% 13,99% 100,00%
Careiro da Várzea 0,00% 80,00% 20,00% 0,00% 100,00%
Iranduba 2,00% 24,00% 27,00% 47,00% 100,00%
Itacoatiara 21,56% 32,93% 25,35% 20,16% 100,00%
Itapiranga 9,23% 18,46% 43,08% 29,23% 100,00%
Novo Airão 3,53% 20,00% 29,41% 47,06% 100,00%
Presidente Figueiredo 14,17% 48,33% 18,33% 19,17% 100,00%
Rio Preto da Eva 4,72% 26,42% 32,08% 36,79% 100,00%
Silves 14,29% 45,24% 33,33% 7,14% 100,00%
Manacapuru 12,38% 21,36% 36,13% 30,14% 100,00%
Total 13,40% 28,78% 29,15% 28,67% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

3.2.7.3. Destino, tratamento e disposição final de resíduos sólidos

Nesta dimensão inferiu-se:

 A maioria dos moradores dos municípios da amostra estão insatisfeitos ou pouco


satisfeitos com os serviço de compostagem e reciclagem , sendo a
desaprovação na vizinhança de 72% ;
 Mesma inferência negativa com as questões do acesso e localização do aterro,
com índice de insatisfeitos ou pouco satisfeitos em torno de 67%;

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 O municipio de Presidente Figueiredo tem os maiores taxas de desaprovação no
quatro itens , com percentuais acima de 87%;
 O oposto ocorre com Careiro da Várzea com aprovação atingindo mais de 85%;
sendo 100% de satisfação no item compostagem.

Gráfico 7 - Porcentual de satisfação quanto aos serviços de compostagem nos municípios da RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 87 - Porcentual da avaliação quanto aos serviços de compostagem, em ordem decrescente


do nível de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 6,40% 15,20% 16,00% 62,40% 100,00%
Careiro da Várzea 0,00% 100,00% 0,00% 0,00% 100,00%
Iranduba 0,00% 5,41% 18,58% 76,01% 100,00%
Itacoatiara 9,64% 41,69% 31,57% 17,11% 100,00%
Itapiranga 1,79% 12,50% 14,29% 71,43% 100,00%
Novo Airão 0,00% 10,29% 26,47% 63,24% 100,00%
Presidente Figueiredo 1,82% 1,82% 11,82% 84,55% 100,00%
Rio Preto da Eva 3,03% 21,21% 26,26% 49,49% 100,00%
Silves 0,00% 4,88% 2,44% 92,68% 100,00%
Manacapuru 6,67% 24,95% 27,96% 40,43% 100,00%
Total 5,04% 22,14% 23,86% 48,96% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Gráfico 8 - Porcentual de satisfação quanto aos serviços de reciclagem nos municípios da RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 88 - Porcentual da avaliação quanto aos serviços de reciclagem, em ordem decrescente do


nível de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 8,53% 16,28% 34,11% 41,09% 100,00%
Careiro da Várzea 0,00% 87,50% 0,00% 12,50% 100,00%
Iranduba 0,34% 8,72% 17,11% 73,83% 100,00%
Itacoatiara 17,03% 35,59% 26,64% 20,74% 100,00%
Itapiranga 0,00% 8,62% 17,24% 74,14% 100,00%
Novo Airão 4,29% 11,43% 24,29% 60,00% 100,00%
Presidente Figueiredo 0,00% 2,73% 10,00% 87,27% 100,00%
Rio Preto da Eva 5,94% 16,83% 32,67% 44,55% 100,00%
Silves 0,00% 2,50% 5,00% 92,50% 100,00%
Manacapuru 9,88% 16,26% 27,37% 46,50% 100,00%
Total 8,36% 18,77% 24,06% 48,81% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Gráfico 9 - Porcentual de satisfação quanto a localização do aterro nos municípios da RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 89 - Porcentual da avaliação quanto a localização do aterro, em ordem decrescente do nível


de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 19,70% 31,06% 15,15% 34,09% 100,00%
Careiro da Várzea 0,00% 87,50% 0,00% 12,50% 100,00%
Iranduba 1,73% 32,53% 12,11% 53,63% 100,00%
Itacoatiara 8,72% 33,33% 25,50% 32,44% 100,00%
Itapiranga 0,00% 10,00% 13,33% 76,67% 100,00%
Novo Airão 2,78% 18,06% 41,67% 37,50% 100,00%
Presidente Figueiredo 2,86% 9,52% 15,24% 72,38% 100,00%
Rio Preto da Eva 1,01% 13,13% 20,20% 65,66% 100,00%
Silves 30,00% 17,50% 5,00% 47,50% 100,00%
Manacapuru 7,08% 21,89% 30,26% 40,77% 100,00%
Total 7,04% 25,73% 22,47% 44,76% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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Gráfico 10 - Porcentual de satisfação quanto ao acesso dos aterros nos municípios da RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 90 - Porcentual da avaliação quanto ao acesso ao aterro, em ordem decrescente do nível de


insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 21,05% 31,58% 15,04% 32,33% 100,00%
Careiro da Várzea 0,00% 85,71% 0,00% 14,29% 100,00%
Iranduba 2,76% 32,07% 10,69% 54,48% 100,00%
Itacoatiara 9,26% 31,83% 27,77% 31,15% 100,00%
Itapiranga 1,69% 16,95% 20,34% 61,02% 100,00%
Novo Airão 0,00% 22,54% 42,25% 35,21% 100,00%
Presidente Figueiredo 1,94% 7,77% 5,83% 84,47% 100,00%
Rio Preto da Eva 3,00% 15,00% 21,00% 61,00% 100,00%
Silves 21,95% 17,07% 17,07% 43,90% 100,00%
Manacapuru 6,26% 20,73% 31,32% 41,68% 100,00%
Total 7,08% 25,38% 23,10% 44,44% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

3.2.7.4. Nível geral de satisfação da RMM

Nesta dimensão inferiu-se:

 A maioria dos moradores dos seis municípios avaliam de modo negativo os


serviços de gerenciamento de resíduos, com um índice de 63,45% de
moradores pouco satisfeitos ou insatisfeitos;

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 O municipios de Rio Preto da Eva e Iranduba são os que maior contribuem
para a desaprovação, com índices de aproximadamente 79% e 80% de
insatisfeitos ou pouco satisfeito, respectivamente, com os serviços de
gerenciamento de resíduos.

Gráfico 11 - Porcentual de satisfação quanto aos serviços de gerenciamento de resíduos nos


municípios da RMM

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Quadro 91 - Porcentual da avaliação dos serviços de gerenciamento de resíduos do município, em


ordem decrescente do nível de insatisfação
MUITO POUCO
MUNICÍPIO SATISFEITO INSATISFEITO TOTAL
SATISFEITO SATISFEITO
Autazes 14,39% 35,25% 32,37% 17,99% 100,00%
Careiro da Várzea 0,00% 77,78% 11,11% 11,11% 100,00%
Iranduba 0,67% 19,73% 42,47% 37,12% 100,00%
Itacoatiara 15,38% 39,50% 30,35% 14,76% 100,00%
Itapiranga 1,79% 26,79% 48,21% 23,21% 100,00%
Novo Airão 4,71% 17,65% 38,82% 38,82% 100,00%
Presidente Figueiredo 3,45% 37,07% 35,34% 24,14% 100,00%
Rio Preto da Eva 3,03% 19,19% 41,41% 36,36% 100,00%
Silves 10,26% 15,38% 56,41% 17,95% 100,00%
Manacapuru 6,83% 23,19% 39,34% 30,64% 100,00%
Total 8,03% 28,52% 37,26% 26,19% 100,00%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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3.3. Conclusões do diagnóstico

Os resultados do diagnóstico do PRSCS-RMM foram analisados sob a ótica dos


diferentes componentes da gestão de resíduos, quais sejam:

 Distribuição espacial da geração e coleta;


 Características dos diferentes tipos de coletas e resíduos;
 Estruturas operacionais existentes;
 Sustentabilidade econômica das operações;
 Desempenho ambiental do sistema;
 Participação da população;
 Legislação e Normas.

Os dados levantados na RMM, quando comparados com a situação no restante do


País, demonstram que a gestão de resíduos sólidos encontra-se em um momento
especial na Região. Grandes desafios estão lançados e muitos esforços foram
empreendidos nos últimos anos para o equacionamento do tema. Entretanto, ainda
falta a consolidação e aprimoramento de tudo aquilo que já foi iniciado, sendo este o
maior resultado a ser alcançado pelo PRSCS-RMM.

A geração e a coleta dos resíduos estão fortemente concentradas na RMM, onde


73,68% da população do Estado, em 13 cidades, responde aproximadamente
75,45% dos resíduos coletados.

Por outro lado, verifica-se que nove municípios, ou 70% do total das cidades,
coletam menos de 20 toneladas por dia, podendo, portanto, seus aterros serem
enquadrados como de pequeno porte segundo a resolução CONAMA 404/2008.
Essas nove cidades abrigam 89.178 habitantes urbanos, ou 3,94% da população
urbana da RMM e coletam 3,67% dos resíduos domiciliares e urbanos da Região
Metropolitana.

O grupo de municípios com coletas acima de 20 toneladas por dia, com um total de
quatro cidades, merece uma análise diferenciada pela presença de Manaus no
grupo. Os dados da Capital alteram as médias em muito, sendo recomendado o
cálculo em separado para os demais três municípios que resultam em uma média de
62 toneladas contra as 1.718 toneladas de coleta domiciliar da Capital.

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As questões envolvendo reciclagem e inserção produtiva dos catadores ainda
merecem uma ação institucional organizada para a implementação de mecanismos
de logística reversa e para o fortalecimento da organização da coleta e triagem, bem
como para a ampliação da capacidade instalada das indústrias de processamento
de recicláveis para o efetivo aumento das taxas de recuperação de materiais.

A gestão dos resíduos de saúde, de construção e demolição, das indústrias, dos


transportes, da agroindústria e da mineração ainda demandam por consolidação e
implementação de todas as suas diretrizes. Um fato a ser corrigido é a lentidão na
implantação dos mecanismos previstos pelo relatório da JICA (2010).

O custeio das operações precisam ser melhor debatido com a população para que
seja alcançada a sustentabilidade econômica, conforme previsto na Lei de Política
Nacional de Saneamento.

A disposição final ambientalmente segura ainda precisa de muito planejamento,


projetos e investimentos para a sua implementação e o alcance da meta de
encerramento dos lixões.

A população precisa ser chamada a participar de todos os aspectos da limpeza


urbana e do manejo dos resíduos, inclusive assumindo algumas responsabilidades
na segregação dos materiais e encaminhamento aos diferentes canais de coleta.

Os Planos Municipais de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do


PAMSAN devem ser resgatados e apoiados em sua aprovação e consecução.

A legislação deve passar por uma revisão e consolidação nos termos da Política
Nacional de Resíduos Sólidos, evitando-se a fragmentação em regras dispersas e
não concatenadas com os objetivos e diretrizes da Política.

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4. ANÁLISE E CARACTERIZAÇÃO DAS CAUSAS E EFEITOS DOS
PROBLEMAS DETECTADOS NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A gestão dos resíduos sólidos na RMM ainda apresenta uma série bastante grande
de problemas a serem enfrentados e equacionados nos próximos anos para a plena
implementação da Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos, dos seus
instrumentos, princípios e objetivos, na busca da efetiva consecução de suas
diretrizes de não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Os problemas detectados na fase de diagnóstico estão quase que inteiramente


vinculados a não implementação das determinações legais sobre o tema, ou seja, da
sua priorização junto a toda sociedade amazonense.

A Região Metropolitana de Manaus ainda não possui instrumentos integrados de


gestão global de seus resíduos. Em vista disto, não pode-se afirmar da existência de
um sistema de gestão e sim de iniciativas pontuais e desconectadas de
gerenciamento de algumas frações, em alguns locais e situações operacionais. Este
quadro resulta em uma série de não conformidades do ponto de vista operacional,
com efeitos organizacionais, ambientais, sociais e econômicos.

O Quadro 1 apresenta uma matriz dos problemas, de suas causas e efeitos. Esta
matriz poderá ser utilizada como instrumento de trabalho para a definição de
propostas para a fase de proposições do PRSCS-RMM.

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Quadro 92 - Matriz de problemas, causas e efeitos da gestão de resíduos sólidos.
CAUSAS E EFEITOS DOS PROBLEMAS DETECTADOS NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E COLETA SELETIVA
PROBLEMAS CAUSAS EFEITOS
Políticos
O sistema não apresenta os resultados operacionais, sociais, econômicos e
O enfrentamento do tema é muito retórico Falta de prioridade política e social efetiva para o tema.
ambientais que seriam desejados.
Organizacionais
O sistema de gestão dos resíduos sólidos não existe enquanto sistema Os resultados positivos são efêmeros, pontuais, dependentes de fatores
Desorganização geral dos sistemas de gestão e gerenciamento de resíduos
global, conectado, integrado e consciente de suas atribuições e objetivos. externos e casuais.
Carência de recursos humanos capacitados para todas as atividades Pouca disponibilidade de treinamento e de condições de manutenção das Baixo desempenho do sistema, descontinuidade administrativa, gerencial e
inerentes a uma boa gestão dos resíduos sólidos pessoas já treinadas nos sistemas de gestão de resíduos. operacional.
Falta de treinamento e de disponibilidade de máquinas, equipamentos,
Acidentes com danos materiais e humanos Baixo desempenho e perdas materiais e humanas.
ferramentas e EPIs adequados.
Existência de poucas ações de divulgação de procedimentos e de coerção baixa participação da população nos procedimentos organizacionais
Usuários não atentam para o cumprimento de regras operacionais
dos eventuais desvios operacionais. existentes ou inovadores.
Ambientais
Falta aplicação das normas técnicas e procedimentos operacionais definidos
A existência de muitas áreas e corpos receptores contaminados pelo
Contaminação do solo e da água para a minimização dos efeitos ambientais da geração e descarte de
descarte indevido de resíduos sólidos.
resíduos sólidos.
Ocorrência de incêndios em lixões, emissões de material particulado e de Problemas de saúde da população diretamente atingida e baixa qualidade de
Contaminação do ar
odores provenientes dos lixões. vida.
Aves são atraídas e proliferam nos ambientes de acúmulo e descarte de lixo. Acidentes com danos materiais e grande risco de acidentes com vítimas.
Colisões de aeronaves com aves Muitos destes locais estão nas áreas de proteção ao voo dos aeródromos do Fechamento de aeroportos causando problemas para a economia e a
Estado. sociedade amazonense.
Perda de qualidade ambiental e de vida das populações diretamente
Supressão de vegetação Ocupação de áreas por lixões e lixeiras viciadas.
afetadas.
Sociais
Moradores das áreas de entorno dos locais de descarte de resíduos sólidos
são impactados pelos efeitos nocivos da presença destes materiais no A instalação de áreas de descarte de resíduos em locais habitados ou a Baixa qualidade de vida das populações diretamente afetadas, perdas de
ambiente. Tanto pela contaminação, quanto pela proliferação de vetores de tolerância com invasões de áreas já estabelecidas. produtividade e custos econômicos.
doenças e de situações de risco
A falta de inserção econômica e operacional dos catadores nos termos
Catadores de materiais recicláveis operando sem as estruturas mínimas previstos nas Leis Federais n.os11.445/2007 e 12.305/2010, bem como nos
As taxas de recuperação de materiais recicláveis permanecem baixas e as
necessárias para o correto desenvolvimento da atividade e sem alcançarem seus decretos regulamentadores e no Decreto Federal n.o 5.940/2006.
condições de trabalho e vida dos catadores melhoram muito lentamente.
o desejado resultado econômico Também a demora na implementação dos acordos setoriais para a logística
reversa tem atrasado a inserção produtiva dos catadores.
Econômicos
A expectativa de fazer-se economia no presente leva a uma protelação dos
Apesar de serem gastas grandes somas de recursos públicos com a limpeza gastos com atividades de coleta, tratamento, reciclagem e descarte de Má alocação dos recursos disponíveis, levando à formação de passivos
urbana, a qualidade dos gastos, em termos de retorno de benefícios, ainda é resíduos. Também a demora na implementação dos acordos setoriais para a ambientais e sociais que deverão ser recuperados no futuro a um alto custo
baixa. logística reversa tem aumentado os passivos econômicos dos municípios econômico.
com o descarte incorreto de resíduos.
A falta de difusão e implementação de padrões de produção e consumo com
Desperdício de materiais e recursos ambientais. menor mobilização de matéria e energia, levando ao surgimento de Depleção de recursos ambientais e perda de qualidade de vida.
desperdícios no atendimento das necessidades da população.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

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5. CENÁRIOS MACRO-ECONÔMICOS E INSTITUCIONAIS DA REGIÃO
METROPOLITANA DE MANAUS

O método definido para o Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região


Metropolitana de Manaus - PRSCS-RMM exige a proposição de cenários com a
descrição de futuros possíveis, imagináveis ou desejáveis, a partir das perspectivas
de eventos transformadores da situação de origem até as situações futuras. O
método proposto determina, ainda, que esses cenários sejam instrumentos de
reflexão e de nivelamento das percepções, por isto, devem ser divergentes entre si e
apontarem para futuros distintos.

A situação de origem para a formação dos cenários aponta para um quadro bastante
precário, tanto no campo operacional, quanto nos aspectos de gestão e
regulamentação. Isto se deve ao fato de que, historicamente, até o advento da atual
legislação brasileira sobre saneamento básico (Lei Federal n.o 11.445/2007) e da
legislação sobre resíduos sólidos (Lei Federal n.o 12.305/2010), a cadeia dominial
dos materiais e produtos de origem domiciliar se estendia somente até o final da
vida útil econômica ou de uso dos mesmos. Passado este momento, os materiais e
produtos eram considerados lixo, ficando sob a responsabilidade das administrações
municipais a coleta e o descarte de tudo aquilo que fosse considerado inservível.
Rotas alternativa a esta sempre foram a reciclagem e a reutilização, onde os
materiais e produtos com potencial de reaproveitamento econômico eram, e ainda o
são, coletados por catadores informais e não remunerados para esta atividade. As
operações dos catadores de recicláveis tem sido, até aqui, custeadas pelo produto
da venda dos materiais e sua reintrodução na cadeia produtiva.

Diante destes fatos, o futuro possível mais promissor para a gestão de resíduos na
Região Metropolitana de Manaus (RMM) aponta para a completa implementação
das determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) na Região
(Cenário 5). Na outra extremidade dos cenários, tem-se a manutenção do atual
modelo operacional precário e de gestão ineficiente (Cenário 1). Entre esses dois
extremos, diferentes graus de implementação poderão ocorrer na Região ou em
áreas específicas dela, resultando em cenários com diferentes efeitos sanitários,
ambientais, econômicos, sociais e urbanísticos (Cenários 2, 3 e 4).

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Para o atendimento das determinações do Projeto Básico do PRSCS-RMM,
considerou-se os seguintes cenários entre os dois extremos:

1. Não implementação da PNRS e manutenção do status atual da gestão de


resíduos sólidos;
2. Implementação de soluções individualizadas em cada município para a
disposição final de resíduos sólidos;
3. Implementação de soluções consorciadas para a disposição final de resíduos
sólidos;
4. Implementação dos acordos setoriais e integração produtiva dos catadores de
recicláveis;
5. Implementação integral das determinações da PNRS no estado do
Amazonas.

Para determinação das quantidades futuras de resíduos sólidos, os cenários de


crescimento da geração de resíduos no Amazonas foram estimados com base em
método de cálculo da correlação entre o PIB, conforme Tabela 2, e a coleta de
resíduos (OLIVEIRA FILHO, 2014). Segundo o mesmo autor, o PIB é o indicador
com melhor correlação com o crescimento da coleta de lixo na cidade de Manaus.
Os cenários com taxas médias anuais de crescimento do PIB variando entre 2,4 e
4,2% ao ano foram desenvolvidos pelo Banco Itaú (2014) e pela Secretaria de
Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico - SEPLAN (2014) tendo
como base o crescimento de alguns setores da economia como o de mineração e
gás-químico.

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Tabela 2 - Projeção da coleta de resíduos na RMM no período de 2016 a 2036
COLETA DE LIXO (ton/ano) COLETA DE LIXO (ton/ano)
ANO
2,4 a.a 4,2 a.a
2016 791.060 797.499
2017 810.696 820.537
2018 830.772 844.246
2019 851.299 868.591
2020 872.289 893.595
2021 893.751 919.271
2022 915.694 945.636
2023 938.132 972.712
2024 961.074 1.000.516
2025 984.533 1.029.068
2026 1.008.519 1.058.387
2027 1.033.042 1.088.493
2028 1.058.118 1.119.408
2029 1.083.758 1.151.154
2030 1.109.976 1.183.753
2031 1.136.781 1.217.226
2032 1.164.188 1.251.596
2033 1.192.213 1.286.891
2034 1.220.869 1.323.133
2035 1.250.213 1.360.395
2036 1.280.262 1.398.706
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Quanto às quantidades futuras de resíduos, apesar de serem aguardadas grandes


mudanças na gestão de resíduos para os próximos anos, estas mudanças deverão
alterar principalmente as rotas tecnológicas até aqui utilizadas e não as taxas de
crescimento das quantidades geradas. Isto significa que se espera uma maior
participação da disposição final ambientalmente segura, da coleta seletiva e da
reciclagem com a implementação dos diferentes cenários aqui previstos.

A capacidade instalada para o processamento de materiais recicláveis deverá


crescer na RMM para atender as metas de reciclagem a serem fixadas, entre outros,
nos seguintes acordos setoriais já aprovados ou em processo de negociação entre o
Governo Federal e as indústrias:

 Pneus usados;
 Embalagens plásticas de óleos lubrificantes;
 Pilhas e baterias;

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 Lâmpadas fluorescentes;
 Aparelhos eletroeletrônicos;
 Embalagens de agrotóxicos;
 Embalagens em geral.

Do ponto de vista dos cenários institucionais, o maior desafio será a implementação


das estruturas necessárias ao atendimento das diretrizes da Política Nacional de
Resíduos Sólidos e dos acordos setoriais para a logística reversa. O sistema de
informações sobre resíduos precisa ser elaborado, consolidado e integrado para
subsidiar as estruturas de operação, monitoramento e controle.

A integração da gestão dos resíduos sólidos entre municípios da RMM, deverá ser
uma tarefa urgente do Governo do Estado para que as estruturas de gerenciamento,
coleta, tratamento, reciclagem e disposição final atendam a todas as áreas.
Atualmente, a RMM responde por mais de 80% dos resíduos coletados no Estado.

A RMM está localizada na região com a maior densidade econômica do Estado, a


região Centro Oeste. Nesta área estão alocadas as maiores cidades e as principais
empresas do Estado, como o Polo Industrial de Manaus e a província petrolífera de
Urucu. Atualmente, esta região abriga 78% da população, responde por 93,2% do
PIB do Estado e 98,5% dos empregos formais. A Figura 58 apresenta a divisão
territorial do Estado em regiões. Os principais projetos de desenvolvimento
econômico previstos para o Estado serão sediados nesta região, como, por
exemplo: a exploração de silvinita (Potássio de Autazes), de gás natural, de caulim e
o Polo Naval de Manaus, o que deverá aumentar ainda mais a concentração
econômica e a geração de resíduos nesta área.

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Figura 58 - Mesorregiões do Amazonas

Fonte: SEMULSP, 2014

O PIB do Amazonas, para o ano de 2014, é estimado em R$ 81,2 bilhões e a


projeção para o ano de 2020 é de R$ 133,6 bilhões. Estes valores representam
aproximadamente 1,6% do PIB brasileiro e 28% do PIB da região Norte do País. A
atividade econômica com maior participação na geração de empregos formais é a
indústria de transformação, com 30,1%, seguida do comércio com 19,7% (Banco
Itaú, 2014). Este perfil do emprego formal é diferente dos perfis de outros estados
brasileiros, onde o setor de serviços predomina na geração de empregos formais
(NEGRI e COELHO, 2006).

Quanto aos investimentos privados para o período 2014 a 2020, a previsão


publicada pelo Banco Itaú (2014) aponta para uma maior participação dos setores
de petroquímica, eletroeletrônicos, química e mineração, conforme apresentado na
Figura 59. O Plano Amazonas 2030 (SEPLAN, 2012) aponta os setores de
mineração, turismo, indústria de transformação, agronegócios, saneamento básico e
infraestrutura logística como temas centrais do desenvolvimento do Estado.

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Figura 59 - Previsão de investimentos privados no Amazonas (2014/2020)

Fonte: Banco Itaú, 2014

No setor de limpeza urbana e manejo de resíduos, o cenário futuro deverá trazer a


cobrança pela prestação dos serviços, conforme preconiza a Lei Federal n.o
11.445/2007. Atualmente, esta cobrança não ocorre em nenhum município da RMM.

Alguns instrumentos legais de âmbito estadual foram recentemente aprovados e


sancionados, representando um novo potencial de ordenamento para o setor, além
de um novo desafio para os gestores que buscam a sua completa implementação.
Entre esses instrumentos, tem-se os seguintes:

 Lei Ordinária n.o 4.022 de 02 de abril de 2014. Dispõe sobre obrigação e


destinação adequada das embalagens plásticas;

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 Lei Ordinária n.o 385 de 04 de novembro de 2014. Dispõe sobre a separação
de recicláveis por órgãos públicos estaduais.

Quanto ao planejamento e a gestão, os municípios deverão dar sequência aos seus


Planos Municipais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, elaborados por meio do
PLAMSAN, e passarem à fase de projetos e implantação das estruturas necessárias
ao manejo adequado de seus resíduos.

O Plano Diretor da RMM será elaborado pela Secretaria de Estado de


Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus - SRMM, deverá ser um
instrumento norteador e de gestão da ocupação dos espaços pelas atividades de
tratamento e disposição final de resíduos na área.

Os Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos elaborados pelo PLAMSAN


recomendam a implantação de medidas estruturais e estruturantes em
gerenciamento de resíduos sólidos, a saber são:

a) Gestão Associada

Constituição de Consórcios Públicos de Direito Público - que terão como objetivo


principal a criação de autarquias intermunicipais de gestão dos serviços de
saneamento básico, de acordo com as bacias hidrográficas, conforme orienta a Lei
Federal n.o 11.445/2007.

b) Responsabilidades públicas e privadas

Os resíduos domiciliares deverão ser separados pelos usuários e colocados à


disposição de coleta devidamente identificados, minimamente, como resíduos
úmidos e secos. Entendem-se como resíduos úmidos o seguinte: restos de
alimentos; restos de verduras; restos de frutas; e, outros materiais não reutilizáveis
e/ou recicláveis. Na condição de resíduos secos entende-se o seguinte: papéis;
papelão; vidros; metais ferrosos; metais não ferrosos; e plásticos.

Os resíduos de serviços de saúde, de construção civil e outros considerados como


não domiciliares serão acolhidos, desde que devidamente identificados, na área do

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aterro sanitário onde haverá espaço e equipamentos para acolhê-los
adequadamente.

c) Metas, quantitativos e prazos.

O controle social de forma intensa deverá ser de boa prática a sua revisão, nos
próximos oito anos em intervalos de dois anos, com a realização das respectivas
Conferências Municipais de Saneamento Básico. Como os planos foram entregues
em Julho de 2012, logo estes PMGIRS deveriam estar sendo revisados em Julho de
2014.

O Consórcio Intermunicipal deveria iniciar suas atividades em 1 ano após a


aprovação dos PMGIRS, assim como a criação do Conselho Municipal de
Saneamento Básico

Extinção dos lixões:

 Os Projetos Básicos para as unidades que compões os serviços de limpeza


pública e manejo de águas pluviais deveriam ser elaborados no período
compreendido entre agosto de 2012 e março de 2013.
 Entre o período de abril de 2013 a julho de 2014 deveriam ser desenvolvidas
as ações para execução das obras referentes as suas unidades, inclusive a
construção e início de operação do aterro sanitário e encerramento do lixão.

d) Programas e ações

No âmbito deste Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos estão


previstos os seguintes programas e ações:

 Disciplinamento das atividades dos geradores, transportadores e receptores


de resíduos, a partir da exigência da elaboração dos Planos de
Gerenciamento, quando cabível;
 Modernização dos instrumentos de controle e fiscalização, agregando
tecnologia de informação;

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 Formalização da presença dos catadores organizados no processo de coleta
de resíduos, promovendo a sua inclusão, a remuneração do seu trabalho
público e a sua capacitação;
 Formalização da presença das ONG’s envolvidas na prestação de serviços
públicos;
 Transformação em ação obrigatória a adesão aos compromissos da A3P
(Agenda Ambiental na Administração Pública), incluindo o processo de
compras sustentáveis, para todos os órgãos da administração pública local;
 Valorização da educação ambiental como uma das ações prioritárias;
 Incentivo a implantação de eco negócios por meio de cooperativas, indústrias
ou atividades processadoras de resíduos.

e) Regramento dos planos de gerenciamento obrigatórios

Estarão obrigados a elaborar os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos,


ficando sujeitos a aplicação das penalidades que serão fixadas na Lei Municipal de
Saneamento Básico, os responsáveis por atividades:

 Industriais,
 Agrosilvopastoris;
 Estabelecimento de resíduos de saúde;
 Serviços públicos de saneamento básico;
 Empresas e terminais de transporte;
 Mineradoras;
 Empresas de construção civil;
 Os grandes estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços.

Fixou-se a data limite de 1 de agosto de 2013 para a primeira apresentação dos


Planos de Gerenciamento ao órgão receptor local.

f) Ações relativas aos resíduos com logística reversa

Ficou estabelecido nos PMGIRS que a partir do dia 1 de agosto de 2013 todos os
estabelecimentos que comercializam produtos de logística reversa, tais como,
produtos eletroeletrônicos, pilhas e baterias, bem como, lâmpadas fluorescentes,
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pneus, embalagens de agrotóxicos e óleos lubrificantes e embalagens deverão
reservar áreas especificas, sob sua responsabilidade, para armazenamento desses
resíduos e posterior devolução aos seus fornecedores e/ou produtores.

g) Ações específicas nos órgãos da administração pública

Ficou estabelecido que até o dia 31 de dezembro de 2013 as Prefeituras


desenvolveriam a Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P.

5.1. Avaliação dos Cenários


5.1.1. Cenário 1: Não implementação da PNRS e manutenção do status atual
da gestão de resíduos sólidos

O Cenário 1 (Não implementação da PNRS e manutenção do status atual da gestão


de resíduos sólidos) representa o pior quadro possível de desenvolvimento futuro da
atividade, muito embora, seja pouco provável que isto venha a ocorrer no horizonte
de 20 anos do PRSCS-RMM.

Com o crescimento esperado na geração dos resíduos, este cenário levaria a um


agravamento da situação sanitária e ambiental decorrente da ampliação das lixeiras
viciadas urbanas e dos lixões em quase todos os municípios da RMM. Isto resultaria
em aumentos nas ocorrências de doenças de veiculação hídrica, das vias
respiratórias e transmitidas por vetores associados ao lixo.

Do ponto de vista econômico, este cenário representa o desperdício de materiais


recicláveis e o aumento dos custos de recuperação de passivos ambientais
decorrentes do descarte incorreto do lixo. Hoje, estima-se em 113,2 ha o total das
áreas degradadas por resíduos na RMM. Esta área poderá ser acrescentada em
tamanho entre 65 a 137 ha em 20 anos, segundo as taxas de incremento adotadas
pelo PERS-AM de 2,4 a 4,2% ao ano.

Para estimar o custo da recuperação dessas áreas, foram utilizados dados do


INSTITUTO NOVA AÇÃO (2012), segundo os quais, a requalificação de uma área
de 45.000 m² (4,5 ha), em Pernambuco, com 168.000 m 3 de resíduos
(aproximadamente 84.000 toneladas se considerarmos uma densidade de 0,5 t/m 3)

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tinha o custo de R$ 1.027.119,36 sem o BDI (Bonificações e Despesas Indiretas) em
2012, ou seja um custo de investimento de R$ 12,22 por tonelada depositada na
área em questão ou R$ 228.248,75 por ha.

Além deste investimento e do BDI, incidem sobre este tipo de recuperação os custos
permanentes de manutenção da área no período pós recuperação (BISORDI, 2004).
A partir destes números, estima-se o custo de recuperação dos passivos ambientais
das áreas impactadas por deposição de resíduos na RMM como sendo da ordem de
R$ 25.837.758,50 mais o BDI e o custo de manutenção das áreas. Mantido este
Cenário, os passivos deverão ter um crescimento físico anual entre 2,4 e 4,2% ao
ano. A Tabela 3 apresenta a estimativa de evolução dos custos de recuperação
destes passivos ao longo dos 20 anos do horizonte do PRSCS-RMM.

Tabela 3 - Evolução dos custos de recuperação dos passivos ambientais dos lixões
ORDEM ANO CUSTO A TAXA 2,5% a.a CUSTO A TAXA 4,2% a.a
0 2015 25.837.758,50 25.837.758,50
1 2016 26.483.702,46 26.922.944,36
2 2017 27.145.795,02 28.053.708,02
3 2018 27.824.439,90 29.231.963,76
4 2019 28.520.050,90 30.459.706,23
5 2020 29.233.052,17 31.739.013,90
6 2021 29.963.878,47 33.072.052,48
7 2022 30.712.975,44 34.461.078,68
8 2023 31.480.799,82 35.908.443,99
9 2024 32.267.819,82 37.416.598,64
10 2025 33.074.515,31 38.988.095,78
11 2026 33.901.378,20 40.625.595,80
12 2027 34.748.912,65 42.331.870,83
13 2028 35.617.635,47 44.109.809,40
14 2029 36.508.076,35 45.962.421,40
15 2030 37.420.778,26 47.892.843,09
16 2031 38.356.297,72 49.904.342,50
17 2032 39.315.205,16 52.000.324,89
18 2033 40.298.085,29 54.184.338,53
19 2034 41.305.537,42 56.460.080,75
20 2035 42.338.175,86 58.831.404,14
Fonte: Elaborado pelo autor, 2014

Com base nos estudos de composição gravimétrica realizados para o PRSCS-RMM,


o desperdício de materiais recicláveis nos resíduos descartados é da ordem de

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47,5% (incluindo o vidro) e 33,51% de resíduos orgânicos com potencial teórico de
gerar 331 toneladas de composto por dia e, no mínimo, 6.321 m3 de gás por hora,
com base em dados do aterro de Manaus (SEMULSP, 2013). É claro que, a
recuperação destes materiais e da energia dependem da existência de uma
capacidade instalada para o processamento.

Quanto aos aspectos sociais, o levantamento de campo do PRSCS-RMM identificou


muitos catadores atuantes no cenário urbano dos municípios. Para efeito de
levantamento, foi adotada a seguinte caracterização:

 Catadores: Aqueles que exercem a catação de materiais recicláveis na área


de disposição final, nas ruas, comércios, bares e pós-eventos;
 Comerciantes e intermediários: Aqueles que comercializam materiais
recicláveis, comprando de catadores e vendendo para empresas ou outros
comerciantes. Estão incluídos nesse grupo os populares sucateiros,
atravessadores e ainda aqueles que possuem pequenos galpões de
reciclagem;
 Alguns catadores também são comerciantes. Esses casos foram
contabilizados como comerciantes, pois não exercem unicamente a função de
catação.

Neste Cenário, mantidas as mesmas condições operacionais e de gestão, o


crescimento do número de catadores dependerá das condições econômicas do país
e do mercado de trabalho, não de uma ação coordenada voltada à melhoria do
desempenho da reciclagem.

Conforme dados de projetos em operação no Brasil (COMLURB, 2014 e SEMULSP,


2014), o desempenho esperado para os modelos operacionais atuais são de
100kg/catador.dia na triagem, de 400 kg/catador.dia na coleta com carrinhos de
tração humana na área central de Manaus, e 458 kg/catador.dia na coleta porta a
porta com caminhão em roteiros longos. Esses números indicam um potencial de
triagem da ordem de 100 toneladas/dia para o atual contingente de catadores
utilizando-se dos atuais métodos de operação.

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Com base nos dados operacionais levantados na Central de Triagem do Irajá (RJ),
em janeiro de 2015 (Tabela 4), foi usado o preço unitário médio atual para o mix de
materiais de origem domiciliar coletados e triados, obtendo o valor de R$ 0,43 /kg.

Aplicando o preço unitário médio, obtido na central de triagem do Irajá (RJ), pelo
desempenho do catador na triagem do Amazonas, obtido por dados da COMLURB,
2014 e SEMULSP, 2014, foi possível aferir que a renda do catador é de R$
43,00/dia.catador no estado do Amazonas.

Tabela 4 - Dados operacionais da Central de Triagem do Irajá (RJ)


MATERIAIS META PREÇO UNIT. R$ TOTAL
Sucata 3.500 0,28 980
Jornal 18.000 0,3 5.400,00
Revista 7.500 0,25 1.875,00
Papelão 20.000 0,25 5.000,00
Papel Branco 8.000 0,3 2.400,00
Tetra Pak 4.000 0,15 600
PAD Branco 894 1,5 1.341,00
PAD Colorido 900 1,2 1.080,00
PET 4.000 1,72 6.880,00
PET Óleo 100 0,7 70
Cristal 600 1,5 900
PP Branco 200 1,5 300
PP Colorido 1.131 0,7 791,7
P Filme Branco 1.700 1,2 2.040,00
P Filme Colorido 2.052 0,8 1.641,60
Total 72.577 31.299,30
Fonte: CT Irajá, COMLURB, 2014

Tabela 5 - Dados operacionais da Central de Triagem do Irajá (RJ), janeiro de 2015


Preço Unit. Médio 0,43
Número Médio de Catadores 49
Faturamento Quinzenal 31.299,30
Faturamento Mensal 62.598,60
Fundo de Reserva (%) 25
Líquido para os Catadores 46.948,95
Líquido Mensal Individual 958,14
Fonte: CT Irajá, COMLURB, 2014

Um aspecto relevante deste Cenário, diz respeito à inadimplência jurídica dele, ou


seja, mantidas as mesmas condições operacionais e de gestões atuais, os gestores

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públicos e os municípios estarão sujeitos à sansões administrativas e penais
previstas na legislação de saneamento, resíduos sólidos e meio ambiente.
Evidentemente, este é um fator determinante para que este cenário não se
concretize no espaço de tempo do PRSCS-RMM.

Por último, do ponto de vista urbanístico, este cenário representa a continuidade da


degradação dos espaços urbanos e da qualidade de vida dos habitantes das
cidades e vilas do Amazonas. As atuais condições de formação de lixeiras viciadas e
de ruas e logradouros sujos pela presença de resíduos espalhados no ambiente não
podem mais serem toleradas e mantidas.

O Cenário 1 não demanda a implementação de nenhuma medida ou estrutura


operacional, uma vez que, ele representa a simples manutenção do status atual da
atividade e o agravamento dos problemas já existentes

5.1.2. Cenário 2: Implementação de soluções individualizadas em cada


município para a disposição final de resíduos sólidos

O Cenário 2 (Implementação de soluções individualizadas em cada município para a


disposição final de resíduos sólidos) representa o atendimento, mesmo que tardio,
do Artigo 54, da Lei Federal n.o 12.305/2010:

“A disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, observado o


disposto no § 1o do art. 9º, deverá ser implantada em até 4 (quatro) anos
após a data de publicação desta Lei.”

Atualmente, decorridos mais de quatro anos do dia 2 de agosto de 2010, dos 13


municípios da RMM, apenas o município de Manaus possui um aterro licenciado,
mesmo assim, com vida útil prevista de, no máximo cinco anos. Apenas Presidente
Figueiredo e Itacoatiara estão com processo de licenciamento em andamento junto
ao IPAAM até dezembro de 2014.

Um trabalho da FGV e ABETRE (2007) calculou o preço de equilíbrio para três


faixas de tamanho de aterros: 100 toneladas/dia, 800 toneladas/dia e 2.000
toneladas/dia. Os valores são apresentados na Tabela 6 e corrigidos pelo IGP-DI
FGV para o início de 2015. Esses valores corrigidos foram utilizados para estimar o
custo total para o atendimento pleno do Cenário 2 na RMM. Ainda, segundo os

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mesmos autores, do gasto total, 6,25% para aterros de 100 t/dia e 4,23% para
aterros de 2.000 t/dia, devem ser investidos nos dois primeiros anos, nas etapas de
pré-implantação e implantação. Na fase de operação de 20 anos, serão despendidos
86,70% e 87,77%, ficando de 7,06% a 8,00% para as etapas de encerramento e
pós-encerramento ao longo de 19 anos. No caso do estudo em questão, o prazo
total de custeio foi de 42 anos.

Tabela 6 - Preços estimados para aterros sanitários


CAPACIDADE DOS PREÇO NO FINAL DE 2007 PREÇO CORRIGIDO IGP-DV-FGV
ATERROS (t/dia) (R$/t) INÍCIO DE 2015 (R$/t)
2000 46,33 75,3
800 53,48 86,92
100 100,32 163,05
Fonte: Adaptado de FGV e ABETRE, 2007

Considerando-se, para efeito de estimativa, o aterro de Manaus na faixa de 2.000


toneladas e dos demais municípios na faixa de 100 toneladas o dispêndio anual para
consecução do Cenário 2 estaria na ordem de R$ 47.216.356,38 para Manaus (R$
23,49 por habitante urbano ao ano) e R$ 18.804.200,31 para o conjunto dos
municípios do interior da RMM (R$ 74,97 por habitante urbano ao ano) em 2015.
Estes valores sofreriam incrementos ao longo do período do PRSCS-RMM com base
no aumento do PIB de 2,4 a 4,2% ao ano e mais a variação de preços da atividade.
A esses custos, deve-se acrescentar o valor de recuperação dos atuais lixões,
conforme apresentado no Cenário 1.

Do ponto de vista ambiental, o Cenário 2 evitaria a manutenção e ampliação dos


atuais lixões da RMM. Entretanto, as soluções individualizadas para cada município,
apesar de mais fáceis de serem organizadas, nem sempre representam a solução
ideal, principalmente para municípios próximos geograficamente e com infraestrutura
e viabilidade de transporte de resíduos e possibilidade de operações consorciadas.

Este Cenário 2 representa um ganho de qualidade de vida para as populações


moradoras próximas aos lixões. Também os catadores que hoje operam nos lixões
da RMM serão beneficiados pela organização dos espaços e das operações.

As soluções individualizadas demandarão 13 áreas na RMM, afastadas das rotas de


aproximação e decolagem dos aeródromos, dos corpos hídricos, dos núcleos

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humanos, das áreas de preservação permanente e, preferencialmente, servidas por
estradas de ligação com as zonas urbanas. Em média, cada área do interior deverá
dispor de 25 ha para implantação de todas as estruturas necessárias a um local de
tratamento e disposição final de resíduos para cidades pequenas, perfazendo um
total de 300 ha. No caso de Manaus, a área total, incluindo a reserva legal de 80%, é
estimada em 350 ha (SEMULSP, 2013).

A área média necessária para os aterros do interior foi estimada com base nos
parâmetros apresentados no Quadro 93. Segundo estes números, um maciço com
altura média de 4 metros, para uma população de 17.323 habitantes e densidade de
0,60 toneladas por metro cúbico ocuparia 5,48 ha ao final de 20 anos. A diferença de
área para os 25 ha estimados, será ocupada pelo volume adicional do crescimento
da coleta, pela área necessária para os taludes e bermas, vias internas, prédios
administrativos e operacionais, tratamento de chorume e cortina verde.

Quadro 93 - Parâmetros para estimativa da área média dos aterros do interior


Densidade do Corpo do Maciço (t/m³) 0,60
População Urbana Média 17323,00
Geração Per capita (kg/hab. dia) 1,04
Massa de Resíduos (kg/dia) 18016,00
Volume (m³/dia) 30,00
Altura do Maciço 4,00
Volume Anual (m³) 10960,00
Área Anual (m²) 2740,00
Área para 20 ano (ha) 5,48
Fonte: Adaptado pelo autor. SEMULSP, 2014

A escolha dessas áreas deve ser, obrigatoriamente, precedida de estudos de


seleção de áreas de aterros sanitários, além dos demais estudos necessários ao
licenciamento ambiental e à elaboração do projeto básico de engenharia. As
especificações para áreas de aterro sanitário são descritas nas Normas NBR
13.896, NBR 8419 e NBR 15.849.

Alguns municípios alagáveis não disporiam de áreas adequadas para a consecução


do Cenário 2 em seus territórios ou teriam que adotar tecnologias viáveis às
especificidades locais e, portanto, mais caras.

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5.1.3. Cenário 3: Implementação de soluções consorciadas para a
disposição final de resíduos sólidos

O cenário 3 prevê a possibilidade de dois modelos de arranjos municipais para a


Região Metropolitana de Manaus, o Modelo A e Modelo B, conforme o Quadro 94.
Em ambos propõe a criação de cinco (5) consórcios de operação, onde dois ou mais
municípios podem juntos administrar um aterro sanitário em comum. Cabe ressaltar
que estes modelos seguem em consonância ao que prevê o Plano Estadual de
Resíduos Sólidos do Amazonas (PERS-AM).

Quadro 94 – Modelos de arranjos municipais para a constituição de consórcios de aterro sanitário


N.o MODELO A (ANEXO 6 A) MODELO B (ANEXO 6 B)
1 Itapiranga e Silves Itapiranga e Silves
2 Careiro e Manaquiri Careiro, Manaquiri e Careiro da Várzea
3 Manaus, Rio Preto da Eva e Careiro da Várzea Manaus e Rio Preto da Eva
4 Manacapuru e Iranduba Manacapuru e Iranduba
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

Prevê-se também a instalação de aterros sanitários individuais para os demais


municípios da Região Metropolitana de Manaus: Autazes, Itacoatiara, Novo Airão e
Presidente Figueiredo.

Um fator favorável aos consórcios é o ganho de escala. O aumento do tamanho do


aterro leva a redução do curso unitário de operação. Esta diferença pode compensar
os maiores custos de transporte das soluções consorciadas.

Algo também a ser considerado, quanto à escolha de áreas para disposição final, é
que para a seleção das áreas de aterro deve se considerar que nos municípios da
Amazônia a dificuldade traz particularidades ambientais e infra estruturais. Enquanto
que em outras regiões do Brasil as estradas que interligam os municípios oferecem
mais opções para o escoamento dos resíduos, na Amazônia, isso é mais complexo,
pois os municípios estão interligados por rios o que demanda maior quantidade de
equipamentos na logística de resíduos.

O PLAMSAN (2012) afirma que se somados aos fatores infra estruturais, o ambiente
natural da região amazônica impõe às cidades particularidades hidro
geomorfológicas que dificultam a escolha de locais para a disposição final dos
resíduos sólidos.

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A proposta para a criação de aterros consorciados (Quadro 94) indicam regiões para
possíveis instalações e operações dos mesmos. Estas regiões foram escolhidas
mediante visitas in loco e mediante análises de mapas elaborados para este fim,
onde foram avaliados fatores como áreas alagáveis; áreas indígenas; área de
Segurança Aeroportuária (ASA) em 13 km e 20 km; unidades de conservação,
rodovias e proximidades de sedes urbanas e consideraram-se as indicações de
áreas para os aterros municipais proposta pelo PLAMSAN.

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Quadro 95 – Propostas de aterros consorciados
Continua
MUNICÍPIOS
TIPO DE
MODELO PARTICIPANTES DOS LOCAL DO ASR CONSIDERAÇÕES
ATERRO
CONSÓRCIOS
Fatores impeditivos para construção e operação de aterro sanitário na sede de Silves:
 A área urbana de Silves localiza-se em uma ilha;
 Silves possui aeródromo em sua área urbana o que inviabiliza a construção e
1A  Itapiranga; operação de um aterro sanitário em um raio de 13 km.
Mediante a impossibilidade da construção e operação de um aterro sanitário no território de
Itapiranga ASR
1B  Silves. Silves, sugere-se a construção e operação de um aterro sanitário consorciado no Km da AM
363 (Itapiranga – AM 010), por volta da coordenada geográfica -2° 42’ 58.33” S e 58° 10’
35.80”W. Esta região dista 22,50 km (1,30 km por via fluvial e 21,20 km por via terrestre).
Os resíduos de Silves para aterro sanitário devem ser coletados no caminhão coletor
compactador e transportados por via fluvial e posteriormente por via terrestre.
Fatores que influenciam a construção e operação de um aterro sanitário consorciados entre
 Manaquiri; Manaquiri e Careiro:
2A Careiro ASR  Os dois municípios possuem suas áreas urbanas aproximadas em 50 km;
 Careiro.
 A área de terra-firme proposta para a construção de um aterro sanitário consorciado
dista aproximadamente 34 km de Careiro e 23 km de Manaquiri.
Fatores impeditivos para construção e operação de aterro sanitário na sede de Careiro da
Várzea:
 Careiro da Várzea está em quase sua totalidade em área sujeita à alagação;
 Atualmente os resíduos de Careiro da Várzea são transportados para Manaus, a uma
distância de 15 km de transporte fluvial e mais 30 km de transporte terrestre para o
aterro de Manaus;
 Manaquiri; Fatores que influenciam a construção e operação de aterro sanitário consorciado entre Careiro,
 Careiro; Manaquiri e Careiro da Várzea:
2B Careiro ASR  Os dois municípios possuem suas áreas urbanas aproximadas em 50 km;
 Careiro da Várzea.  A área de terra-firme proposta para construção de um aterro sanitário consorciado
dista aproximadamente 9 km de Careiro, 48 km de Manaquiri e 96 km de Careiro da
Várzea.
Mediante a impossibilidade da construção e operação de um aterro sanitário no território de
Careiro da Várzea, considerando os estudo realizados pelo PLAMSAN para a instalação do
aterro na comunidade do Purupuru (Comunidade do Careiro), localizado na estrada de
Autazes, e ainda a possibilidade de consórcio entre Manaquiri e Careiro, sugere-se que os
resíduos de Careiro da Várzea sejam direcionados ao aterro consorciado.

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Quadro 95 – Propostas de aterros consorciados
Conclusão Quadro 95
MUNICÍPIOS
LOCAL DO TIPO DE
MODELO PARTICIPANTES DOS CONSIDERAÇÕES
ASR ATERRO
CONSÓRCIOS
 Manaus Atualmente Manaus recebe os resíduos provenientes da coleta regular de Rio Preto da Eva e
 Rio Preto da Eva Careiro da Várzea. Pela facilidade de acesso e pela possibilidade de evitar novos impactos
3A Manaus ASR
ambientais oriundos da atividade de disposição final justifica-se a proposição deste consórcio
 Careiro da Várzea de operação.
 Manaus Rio Preto da Eva se distancia de Manaus 61,10 km por via terrestre e atualmente este
3B Manaus ASR município transporta seus resíduos para Manaus diariamente. Fatores estes que justificam
 Rio Preto da Eva
um consórcio entre os dois municípios.
O município de Iranduba se distancia 63 km de Manacapuru, essa proximidade poderá ser
4A  Manacapuru levada em consideração no processo de instalação e operação de um aterro sanitário de
Manacapuru ASR grande porte que aporte a geração tanto de Manacapuru quanto Iranduba.
4B  Iranduba
Considera-se também que a geração de Iranduba sobrecarregaria o aterro de Manaus, caso
houvesse consórcio de aterro para ambos os municípios.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

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A constituição de consórcios representa uma evolução desejável, pois soluções
consorciadas tendem a ser mais eficientes, além de serem privilegiadas pelos
instrumentos federais de fomento e financiamento.

Este produto limita-se em sugerir os arranjos municipais de consórcios de aterros


sanitários, pois estes arranjos serão financeiramente analisados no produto
chamado de Plano de Sustentabilidade Financeira do PRSCS-RMM.

Careiro da Várzea não possui áreas adequadas para disposição final próxima a sede
urbana. A sede do município alaga todos os anos durante a época das cheias dos
rios. Esse município deverá, obrigatoriamente, buscar soluções consorciadas e por
consequência realizar transporte fluvial de resíduos.

Os municípios de Iranduba e Manaus também utilizam transporte fluvial para realizar


a coleta de resíduos de suas comunidades rurais e levar até a sede para disposição
final. O Quadro 96 demonstra os tipos de transportes fluviais utilizados nessa
operação nos municípios da RMM.

Quadro 96 - Tipo de transporte fluvial utilizado para gerenciamento de resíduos em municípios do


Amazonas
MUNICÍPIO DESCRIÇÃO
 Período da seca: Coleta-se porta a porta os resíduos utilizando caçamba e
posteriormente o veículo ascende em uma balsa que os transportam para Manaus;
 Período da cheia: Coleta-se porta-a-porta os resíduos com o auxílio de carrinhos de
Careiro da
mão por passarelas de madeiras instaladas nas vias públicas, transfere-se
Várzea
primeiramente para canoa de madeira e em seguida para um barco maior.
Posteriormente o resíduo acondicionado no barco é transferido para uma caçamba
estacionado em uma balsa que os conduz até o aterro licenciado em Manaus.
Coleta-se os resíduos nas comunidades porta-a-porta com uso de carrinho de mão,
Iranduba transfere este material para um barco e posteriormente para uma caçamba que os
transporta até a área de disposição final.
Coletam-se porta-a-porta os resíduos nas comunidades com uso de carrinho de mão,
transfere este material para uma balsa manualmente, depois para uma balsa maior e
Manaus
posteriormente transfere-se para uma caçamba que os levam até a área de disposição
final.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

De acordo com os exemplos demonstrados, o emprego do transporte aquaviário é


indispensável para os municípios da RMM. Este modal encarece as operações, mas
será a única possibilidade viável no horizonte temporal do PRSCS-RMM. O custo
efetivo da inclusão do modal aquaviário dependerá das tecnologias adotadas em
cada projeto técnico para o acondicionamento, transbordo e transporte dos resíduos
em cada solução consorciada. Também, o desenvolvimento de técnicas de
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trituração, desidratação e compactação de resíduos tem trazido grandes ganhos de
eficiência para o transporte a longas distâncias e deverá ser uma realidade nos
próximos anos.

5.1.4. Cenário 4: Implementação dos acordos setoriais e integração


produtiva dos catadores de recicláveis

O Cenário 4 (Implementação dos acordos setoriais e integração produtiva dos


catadores de recicláveis) representa a implementação de alguns dos aspectos mais
relevantes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, ou seja, a responsabilidade
pós-consumo de fabricantes, importadores e distribuidores e a logística reversa com
a inserção produtiva dos catadores de materiais recicláveis.

O Brasil, já possui alguns Acordos Setoriais aprovados e em operação, como por


exemplo: pneus inservíveis e embalagens de óleos lubrificantes. Outros Acordos
Setoriais encontram-se em fase de discussão para definição de modelos
operacionais e de responsabilidades.

O Acordo Setorial de embalagens é aquele que apresenta os maiores desafios para


a sua definição e implementação. Este acordo foi assinado recentemente no dia 25
de novembro de 2015 e tem como objetivo garantir a destinação final
ambientalmente adequada das embalagens.

As embalagens objeto do acordo setorial podem ser compostas de papel e papelão,


plástico, alumínio, aço, vidro, ou ainda pela combinação destes materiais, como as
embalagens cartonadas longa vida, por exemplo.

A primeira Fase 1 contemplará 12 cidades sede na Copa do Mundo de 2014, no


prazo de 14 meses. A Fase 2 os municípios serão definidos (numericamente e
geograficamente) com base em critérios técnicos apresentados pelas Empresas.

A participação e responsabilidade do consumidor será de separar os resíduos na


origem, entregar nos PEV’s além de apoio na disseminação e informações.

Na Cláusula Terceira tem-se de destaques iniciais:

 Após o descarte em PEVs pelos consumidores ou destinação à coleta seletiva


as embalagens serão transportadas prioritariamente por Organizações de

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Catadores ou pelo Comércio Atacadista, sendo o transporte definido por
contrato de parceria, nos casos das indústrias e comércios, para instalação e
operacionalização dos PEVs;

 As embalagens serão compradas pelos fabricantes ou importadores de


embalagens ou recicladoras e posteriormente encaminhadas à destinação
ambientalmente adequada, sendo o transporte após a triagem definido por
negociação entre as partes envolvidas;

 A fração seca recuperada será contabilizada pelas empresas recicladoras em


relatório conforme estrutura estabelecida, podendo outras iniciativas incluírem
os seus resultados;
 Compromisso da Coalizão para a implementação de sistema de
monitoramento das embalagens colocadas no mercado e recuperadas pelo
sistema em 36 meses25.

A figura abaixo mostra a estrutura da Coalizão (empresas que cumprirão o acordo):

Figura 60 - Esquema da estrutura da Coalizão

Fonte: SINIR, 2015

2550% do volume recolhido (peso, material, origem e localização) e volume em peso das embalagens colocadas no
mercado.

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Conforme Cláusula Seis as empresas de maneira geral terão as seguintes
responsabilidades:

 Cumprir Acordo;
 Articular com elos da cadeia a estrutura necessária ao fluxo de retorno das
embalagens;
 Dar publicidade sobre os procedimentos de separação e devolução das
embalagens;
 Divulgar locais de acesso a informações complementares;
 Compromisso das Empresas com a disponibilização de informações junto ao
SINIR que sirvam no acompanhamento da implementação deste Acordo.

A Cláusula Sétima (Das Metas) do Acordo Setorial de Embalagens prevê que a


criação de um sistema estruturante (benfeitorias estruturais, aquisição de
equipamentos e cumprimento de compromissos e cronograma) que viabilize a
redução de 22% das embalagens dispostas em aterros até 2018 correspondentes ao
acréscimo da taxa de recuperação em 20% da fração seca, assim como:

 Resultados de iniciativas implementadas entre os anos de 2012 – 2015


obtidos pelas Empresas poderão ser contabilizadas;
 Metodologia para o alcance das metas no Estudo de Avaliação dos Impactos;
 As metas poderão ser revistas em caso de impossibilidade do atendimento
das mesmas;
 Os resultados alcançados serão apresentados no sistema de monitoramento.

O Acordo priorizará as Organizações de Catadores de baixa renda nos termos de


Decreto Federal n.o 7.404/2010;

 A remuneração das Organizações de Catadores pelas embalagens


recuperadas poderá ocorrer por meio de investimentos por parte dos
fabricantes ou importadores de produtos com embalagens;
 O apoio ocorrerá por meio da celebração de convênios/contratos para a
viabilização de estrutura, equipamentos e capacitações;
 Os contratos a serem celebrados serão adaptados às realidades (regionais e
municipais) e respeitando o modelo de integração já existente;

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 Estes instrumentos serão relatados periodicamente à Coalizão.

O grande desafio para a RMM é atrair os investimentos necessários para o


cumprimento das metas, uma vez que, a proposta de Acordo Setorial trabalha com
metas nacionais.

Para o Amazonas, não existem dados específicos sobre a reciclagem de


embalagens nos termos da Norma ABNT NBR n.o 15.792/2010 (índice de
reciclagem), e sim, sobre as quantidades comercializadas, declaradas pelos
catadores da capital e interior, e que também incluem materiais que não são
caracterizados como embalagens. Os dados utilizados na minuta do Acordo Setorial
de Embalagens são provenientes do SNIS, IPEA e IBGE, normalmente são dados
auto declaratórios, sem verificação in loco e, portanto de baixa precisão.

O levantamento de campo do PRSCS-RMM calculou, com base nas declarações de


catadores e gestores, uma coleta de materiais para a reciclagem da ordem de 1.600
toneladas mensais de materiais recicláveis retirados dos resíduos sólidos urbanos. A
proposta da coalizão aponta que o Brasil teve um descarte de embalagens em
aterro, no ano de 2012, da ordem de 6.253 toneladas por dia, caindo em 2014 para
4.875 toneladas (redução de 1.378 toneladas por dia ou 22%). Como a RMM
representa 1,29% da população urbana brasileira, deveria haver uma reivindicação
de cumprimento de meta de redução de embalagens nos aterros da RMM na ordem
de 17,8 toneladas por dia.

A proposta da coalizão passa pela implementação de um sistema estruturante para


o atendimento das metas. Tão logo este Acordo Setorial seja aprovado e
homologado pelo Governo Federal, o Estado deverá cobrar a efetivação destas
ações também no Amazonas. Os grupos de catadores deverão ser formalizados e
equipados para a sua efetiva inserção no sistema.

Cada um dos 12 municípios (com exceção da capital) deverá ser equipado com,
pelo menos, um galpão de triagem de resíduos recicláveis com aproximadamente
1.500 m², perfazendo um total de 18.000 m² de galpões. Ao Custo Unitário Básico da
Construção Civil (CUB) de novembro de 2014 (SINDUSCON-AM, 2014) R$
656,05/m², este investimento representa a soma de R$ 11.808.900,00. Para
Manaus, estão previstos seis galpões de 2.500 m² cada, em um total de 12.000 m² e
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R$ 9.840.750,00 de investimentos nas obras de engenharia. Nesta estimativa, não
estão incluídos os custos com equipamentos e veículos.

O tamanho dos galpões foi estimado com base em indicações do Ministério das
Cidades de áreas de 1.800 m² para capacidades de produção na ordem de 20 a 30
toneladas/dia (OCBRJ, 2012). No caso dos municípios do interior, os galpões
propostos poderão abrigar etapas de processamento do materiais, cumprindo a
função de regionalização do tratamento.

Conforme Brasil (2013), o processamento dos recicláveis em galpão de triagem e


enfardamento ocupa, em média, oito pessoas por tonelada/dia de material reciclável.
Desta forma, o número total de catadores ocupados pela atividade será em função
das metas estabelecidas para a recuperação dos materiais. Na coleta, dependendo
do tipo de veículo, densidade do roteiro e participação da população, um catador
poderá coletar até 450 kg de resíduos por turno de trabalho.

Outros Acordos Setoriais como os de pneus e embalagens plásticas de óleos


lubrificantes, já podem ser demandados pelo Estado. No caso dos pneus, a iniciativa
Reciclanip, criada por quatro fabricantes (Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli)
previu para 2014 o recolhimento de 400.000 a 450.000 toneladas de pneus para
tratamento em todo o País. Segundo Lagarinhos e Tenório (2012), 75,75% dos
pontos de coleta de pneus estão localizados nas regiões Sul e Sudeste e somente
2,6% estão na região Norte. A iniciativa Reciclanip é representada pela empresa Rio
Limpo no estado do Amazonas.

No caso das embalagens plásticas de óleos lubrificantes, assinado em dezembro de


2012 (Brasil, 2012), a meta para 2016 é de 4.400 toneladas para as regiões Sul,
Sudeste e parte do Nordeste. A expansão do sistema para a região Norte ficou
condicionada à realização de estudos para determinar a modelagem do sistema.

Os demais acordos que estão em fase de discussão com o Governo Federal, como
por exemplo: lâmpadas fluorescentes e equipamentos eletroeletrônicos devem ser
objeto de acompanhamento direto pelo Estado, como forma de contemplar os
interesses regionais e acelerar a sua implementação.

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Os Acordos Setoriais tem o potencial de aumentar as taxas de reciclagem dos
materiais, apoiar a estruturação do sistema e, principalmente, dos grupos de
catadores, além de retirarem de circulação uma grande quantidade de materiais
problemáticos como pneus, lâmpadas, eletrônicos, embalagens de agrotóxicos (já
implementado no Amazonas), óleos lubrificantes e outros.

O Comitê Orientador dos Acordos Setoriais, instalado em 17 de fevereiro de 2011, é


presidido pelo Ministério do Meio Ambiente - MMA que desempenha, também, as
funções de Secretaria Executiva. É composto por mais outros quatro ministérios:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC; Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA; Ministério da Fazenda - MF; e
Ministério da Saúde - MS. Representam esses ministérios junto ao Comitê seus
respectivos ministros de Estado e, em caso de impedimento, seus representantes
legais (SINIR, 2014).

A estrutura do Comitê Orientador inclui o Grupo Técnico de Assessoramento – GTA


instituído pelo Decreto Federal n.o 7.404/2010 e formado por técnicos dos mesmos
cinco ministérios que compõem o COMITÊ ORIENTADOR. Sua coordenação, bem
como a função de Secretaria Executiva, é exercida pelo MMA.

O Comitê Orientador e o GTA possuem a incumbência de conduzir as ações de


governo para a implantação de sistemas de logística reversa, e têm centrado
esforços na elaboração de acordos setoriais visando implementar a
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

Para estudar e buscar soluções de modelagem e governança para cada uma das
cadeias de produtos escolhidas como prioritárias pelo Comitê Orientador foram
criados cinco Grupos de Trabalho Temáticos – GTTs:

 Embalagens plásticas de óleos lubrificantes;


 Lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
 Produtos eletroeletrônicos e seus componentes;
 Embalagens em geral;
 Resíduos de medicamentos e suas embalagens.

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Os objetivos principais desses grupos são a elaboração de uma minuta de edital de
chamamento para a realização de acordos setoriais bem como a coleta de subsídios
para a realização de estudos de viabilidade técnica e econômica - EVTE para
implantação de sistemas de logística reversa.

Após a aprovação da viabilidade técnica e econômica para implantação de sistema


de logística reversa de uma determinada cadeia pelo Comitê Orientador, o edital de
chamamento das propostas para acordo setorial é o ato público necessário para dar
início aos trabalhos de elaboração destes acordos.

Todos os grupos já concluíram seus trabalhos. A situação da implantação da


logística reversa dessas cadeias, em novembro/2013, está mostrada a seguir:

 Embalagens Plásticas de Óleos Lubrificantes – O Acordo Setorial foi assinado


dia 19/12/2012;
 Lâmpadas de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista – Foram
apresentadas duas propostas. O processo de análise pelo MMA e a
discussão com os setores proponentes que se seguiu resultou na
consolidação dessas em uma proposta conjunta que se encontra em
negociação para os ajustes finais após o que será objeto de consulta pública;
 Produtos Eletroeletrônicos e seus Resíduos – Foram apresentadas 10
propostas que, já analisadas pelo MMA, se acham em fase inicial de
discussão com os proponentes;
 Embalagens em Geral – Foram apresentadas quatro propostas que foram
analisadas pelo MMA e uma seguiu para a consulta pública, já encerrada e
em análise para posterior discussão com os proponentes;
 Descarte de Medicamentos – A minuta de Edital de Chamamento e o Estudo
de Viabilidade Técnica e Econômica foram aprovados pelo Comitê Orientador
em reunião realizada em 08/08/2013. O Edital foi publicado em 10/10/2013 e
estabeleceu o prazo de 120 dias para apresentação de propostas.

Existem cadeias que já possuem sistemas de logística reversa implantados,


anteriormente à Lei Federal n.o 12.305/2010, por meio de outras tratativas legais:

 Pneus;

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 Embalagens de agrotóxicos;
 Óleo lubrificante usado ou contaminado (Oluc);
 Pilhas e baterias.

5.1.5. Cenário 5: Implementação integral das determinações da PNRS na


RMM

O Cenário 5 (Implementação integral das determinações da PNRS na RMM)


representa a implementação simultânea e integral dos Cenários 2 (recuperação dos
lixões), 3 e 4 e seria um grande avanço no sentido da construção de um ambiente
físico e social mais equilibrado e harmonioso no horizonte de tempo do PRSCS-
RMM. A partir deste Cenário, ações de não geração e redução da geração de
resíduos poderão ser mais facilmente apresentadas e entendidas pela população
para os desenvolvimentos futuros da atividade.

As exigências legais, administrativas e normativas apontam para a realização deste


Cenário no prazo de 20 anos do PRSCS-RMM. Do ponto de vista quantitativo, a
RMM responde por mais de 80% do total de resíduos coletados no Estado.

5.2. Resumo dos Cenários

O resumo dos Cenários pretendidos é apresentado no Quadro 97. Nele, estão


sintetizados os principais investimentos, seus efeitos e suas demandas por área livre
e construída para o atendimento de diferentes graus das determinações da PNRS.

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Quadro 97 - Resumo dos Cenários do PRSCS-RMM
Continua
CENÁRIOS AÇÕES EFEITOS CUSTO ESTIMADO OBS.
Aumento dos passivos sociais e ambientais, dos Sem investimentos novos,
1 Manter o status atual desperdícios de materiais, além de inadimplência somente a manutenção atual
jurídica e administrativa. e a formação de passivos.
O CUSTO DO CENÁRIO 1 É REPRESENTADO POR PASSIVOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E JURÍDICOS NÃO SANADOS
A) Recuperação de 113 Remediação dos passivos ambientais e melhoria
hectares de área degradadas das condições de vida das populações diretamente R$ 25.837.758,50
por resíduos atingidas.
2 Valor Anual de investimento
B) Construção e operação de Descarte ambientalmente seguro dos rejeitos e a e operação ao longo da vida
R$ 240.373.014,21
7 aterros sanitários não formação de novos passivos ambientais útil das unidades, incluindo o
aterro de Manaus.
CUSTO DO CENÁRIO 2 EM 20 ANOS = R$ 266.210.772,70
A) Recuperação de 113 Remediação dos passivos ambientais e melhoria
hectares de área degradadas das condições de vida das populações diretamente R$ 25.837.758,50
por resíduos atingidas.
Descarte ambientalmente seguro dos rejeitos e a
3A Valor Anual de investimento
B) Construção de 4 aterros não formação de novos passivos ambientais,
e operação ao longo da vida
consorciados para redução de área afetada, menor custo unitário de R$ 2.213.167.204,86
útil das unidades, incluindo o
atendimento de 9 municípios operação, aumento da distância de transporte e
aterro de Manaus.
maior eficiência operacional.
CUSTO DO CENÁRIO 3A EM 20 ANOS = R$ 2.239.004.963,36
A) Recuperação de 113 Remediação dos passivos ambientais e melhoria
hectares de área degradadas das condições de vida das populações diretamente R$ 25.837.758,50
por resíduos atingidas.
Descarte ambientalmente seguro dos rejeitos e a
3B Valor Anual de investimento
B) Construção de 4 aterros não formação de novos passivos ambientais,
e operação ao longo da vida
consorciados para redução de área afetada, menor custo unitário de R$ 2.215.683.461,27
útil das unidades, incluindo o
atendimento de 9 municípios operação, aumento da distância de transporte e
aterro de Manaus.
maior eficiência operacional.
CUSTO DO CENÁRIO 3B EM 20 ANOS = R$ 2.241.521.219,77

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Quadro 97 - Resumo dos Cenários do PRSCS-RMM
Conclusão Quadro 97
CENÁRIOS AÇÕES EFEITOS CUSTO ESTIMADO OBS.
A) Recuperação de 113 Remediação dos passivos ambientais e melhoria
hectares de área degradada das condições de vida das populações diretamente R$ 25.837.758,50
por resíduos atingidas.
4 B) Construção de 13 galpões Maior eficiência e melhores condições de trabalho
para triagem dos materiais para os grupos de catadores de materiais
R$ 16.729.275,00
pelos grupos de catadores recicláveis. Redução de quantidade de materiais
com área total de 116.400 m² descartados em aterros.
CUSTO DO CENÁRIO 4 EM 20 ANOS = R$ 42.567.033,50
A) Recuperação de 113 Remediação dos passivos ambientais e melhoria
hectares de área degradadas das condições de vida das populações diretamente R$ 25.837.758,50
por resíduos atingidas.
O valor do Cenário 3A é
5A
Melhores condições de vida e alto grau de anual. O Cenário 4
B) Implementação dos
implementação das determinações da Política R$ 2.229.896.479,86 apresenta os valores de
cenários 3A e 4
Nacional de Resíduos Sólidos. investimento total ao longo
das obras.
CUSTO DO CENÁRIO 5 EM 20 ANOS = R$ 2.225.734.238,36
A) Recuperação de 113 Remediação dos passivos ambientais e melhoria
hectares de área degradadas das condições de vida das populações diretamente R$ 25.837.758,50
por resíduos atingidas.
O valor do Cenário 3B é
5B
Melhores condições de vida e alto grau de anual. O Cenário 4
B) Implementação dos
implementação das determinações da Política R$ 2.232.412.736,27 apresenta os valores de
cenários 3B e 4
Nacional de Resíduos Sólidos. investimento total ao longo
das obras.
CUSTO DO CENÁRIO 5 EM 20 ANOS = R$ 2.258.250.494,77
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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6. DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
6.1. Estrutura das Diretrizes, Estratégias, Programas, Projetos e Ações

Segundo o Guia para elaboração dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos,


entende-se por diretrizes e estratégias no contexto da elaboração de Planos
Metropolitanos de Resíduos Sólidos (marcações do autor):

“Trata-se do conjunto de estratégias e diretrizes para assegurar a


implementação do Plano e garantir o alcance das condições apontadas pelo
cenário escolhido. As estratégias e diretrizes representam os principais
caminhos e orientações sobre componentes fundamentais que, sem esse
direcionamento, podem comprometer o atendimento das condições
favoráveis à implementação do Plano.

Estas diretivas referem-se a:

 Recuperação de resíduos e minimização dos rejeitos encaminhados à


disposição final ambientalmente adequada;
 Programas e ações de Educação Ambiental voltados para a não
geração, redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos. Devem
acompanhar as discussões do Plano Estadual de Resíduos Sólidos
desde seu início, sendo a ferramenta básica para auxiliar nas mudanças
de hábito de consumo e comportamento com relação à forma de tratar
os resíduos, por parte de todas as comunidades;
 Manejo diferenciado e integrado, regulado, em instalações
normatizadas;
 Planejamento e demais atividades de gestão de resíduos sólidos de
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
 Proposição de normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos;
 As metas para o aproveitamento energético dos gases gerados na
biodigestão e disposição final dos resíduos sólidos, considerando-se
que a fração orgânica dos resíduos é geradora de metano, gás causador
de efeito estufa (GEE);
 Proposição de medidas a serem aplicadas em áreas degradadas objeto
de recuperação (de lixões – nota do autor) em razão da disposição
inadequada de resíduos sólidos ou rejeitos;
 Medidas para incentivar e viabilizar a gestão consorciada dos resíduos
sólidos;

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 Diretrizes e meios para a criação de fundo estadual e municipal de
resíduos sólidos;
 Capacitação das equipes gestoras locais e regionais;
 A obrigatoriedade de estruturar e implementar sistemas de logística
reversa mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, é
dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos
seguintes produtos:
o agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros
produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso;
o pilhas e baterias;
o pneus;
o óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
o lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
o produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Esse procedimento deverá ser feito de forma independente do serviço


público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos (Art. 33. da Lei
n.o12. 305/2010).

E o Art. 34 deixa claro que os acordos setoriais das cadeias produtivas


desses produtos poderão estabelecer os âmbitos nacional, estadual e local
para implementar um sistema de logística reversa, desde que referenciado
nas diretrizes de prevalência dos acordos firmados nacionalmente sobre os
estaduais e destes aos municipais. Os acordos firmados em menor
abrangência podem ampliar, mas não abrandar as medidas de proteção
ambiental. “Apoio as cooperativas de catadores de materiais recicláveis,
contribuindo para a formalização de suas atividades é também diretriz
estratégica do PERS”.

As Diretrizes referem-se geralmente às linhas norteadoras por grandes temas,


enquanto que as Estratégias referem-se a forma ou os meios, pelos quais as
respectivas ações serão implementadas. Portanto, as Diretrizes e suas respectivas
Estratégias definirão os programas e as ações a serem delineados com vistas ao
atendimento das Metas.

Sendo a construção de diretrizes, estratégias, programas, ações e metas um


processo de inter-relação com condição intrínseca para a coerência das proposições
elaborou-se uma matriz de consolidação das proposições, chamada nesta Etapa de
elaboração do Plano de Matriz de Proposições.

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Para melhorar legibilidade e entendimento da matriz, sugere-se a divisão em duas
matrizes distintas, porém com identificação clara da sua interdependência, sendo:

Matriz 1: Diretrizes, Estratégias, Programas, Projetos e Ações

Matriz 2: Metas, indicadores e horizontes temporais

Metodologia Matriz 1 - Diretrizes, Estratégias, Programas, Projetos e Ações

As diretrizes apresentadas na referente matriz a seguir norteiam as atuações


sugeridas para a Região Metropolitana de Manaus, no setor de resíduos sólidos.

Ao mesmo tempo, as diretrizes consideram a Política Nacional de Resíduos Sólidos


e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (versão preliminar para consulta pública),
com as devidas adequações a realidade estadual.

As estratégias formuladas para cada diretriz orientam a forma ou os meios pelos


quais as referentes ações serão implantadas.

São formuladas diretrizes para as seguintes Temáticas (T):

T1 Resíduos Sólidos Urbanos:


T1.1 Erradicação de lixões e controle dos passivos ambientais;
T1.2 Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos;
T1.3 Redução, Reutilização e Reciclagem de RSU;
T1.4 Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos;

T2 Resíduos Sólidos Especiais:


T2.1 Resíduos Sólidos da Construção Civil, Demolição e Volumosos (RCC/
D/ V);
T2.2 Resíduos Sólidos Industriais (RSI);
T2.3 Resíduos Sólidos de Serviços de Transporte e de Fronteiras (RST/ F);
T2.4 Resíduos de Serviços de Saúde (RSS);
T2.5 Resíduos Sólidos da Mineração (RSM);
T2.6 Resíduos Sólidos Agrossilvipastoris (RSA);
T2.7 Resíduos de Saneamento Básico (RSB);

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T3 Gestão de Resíduos Sólidos:
T3.1 Inclusividade da gestão de resíduos sólidos;
T3.2 Políticas proativas da gestão de resíduos sólidos;
T3.3 Sustentabilidade Financeira da gestão de resíduos sólidos;
Para os programas e os projetos são formulados objetivos, ou seja: o estado positivo
ou a situação futura que se pretende atingir com cada programa e projeto.

Cada nível recebe uma codificação que permite a correlação de cada ação ao
relacionado projeto e programa.

Para as diretrizes são formulados metas, para dimensionamento no espaço de


tempo de 20 anos. As metas são numeradas conforme as referentes diretrizes.

Quadro 98 - Hierarquização e codificação dos níveis das proposições


CÓDIGO NÍVEL OBSERVAÇÕES
(EXEMPLO)
T1.n Temática Divisão macro conforme modelo de gestão de RSU.
D1.n Diretriz Cada temática tem uma ou várias diretrizes, conforme
PNRS e especificidades regionais.
E1.n Estratégia(s) Cada diretriz pode ter várias estratégias.
Meta 1 Meta(s) da Diretriz Para cada diretriz é formulado, pelo menos, uma meta.
Programa 1.n Programa As diretrizes são traduzidas em programas e/ou projetos.
Objetivo Objetivo do Programa Um objetivo único por Programa.
Projeto 1.1.n Projetos do Programa Um Programa é composto necessariamente por vários
projetos.
Objetivo Objetivo do Projeto Um objetivo único por Projeto.
A1.1.1.n Ações do Projeto Um Projeto é composto necessariamente por várias ações.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015
A Matriz das Diretrizes, estratégias, programas, projetos e ações relaciona os
mesmos conforme hierarquização, codificação e explicações no quadro a seguir.

Quadro 99 - Metodologia de construção da Matriz 1 das proposições: Diretrizes, Estratégias,


Programas, Projetos e Ações.
TEMÁTICA 1
TEMÁTICA ESPECÍFICA 1.1
PROGRAMAS E PROJETOS E
DIRETRIZES ESTRATÉGIAS AÇÕES
OBJETIVOS OBJETIVOS
Estratégia 1
Ação A 1.1.1.1
(meta) Projeto 1.1.1
Estratégia 2 Programa 1.1 (Objetivo)
Diretriz 1.1 Ação A 1.1.1.2
(meta) (Objetivo)
Projeto 1.1.2 Ação A 1.1.2.1
(Objetivo) Ação A 1.1.2.2
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

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Metodologia Matriz 2 - Metas, indicadores e horizontes temporais.

A questão da temporalidade é vinculada a proposta política e metodológica do


planejamento (normativo, estratégico e participativo). O Artigo 17 da PNRS define
que “o plano estadual de resíduos sólidos será elaborado para vigência por prazo
indeterminado, abrangendo todo o território do Estado, com horizonte de atuação de
20 anos e revisões a cada quatro anos (...)”, situação reforçada pelo Artigo 48
decreto regulamentador da PNRS (Decreto Federal n.o 7.404/2010). O Artigo 17 da
PNRS também determina no § 1º. que “os Estados poderão elaborar planos
microrregionais de resíduos sólidos, bem como planos específicos direcionados às
regiões metropolitanas ou às aglomerações urbanas.”. Desta forma, o Plano de
Região Metropolitana obdecerá as diretrizes do Artigo 17 da PNRS, conforme § 3º.:
“Respeitada a responsabilidade dos geradores nos termos desta Lei, o plano
microrregional de resíduos sólidos deve atender ao previsto para o plano estadual...”

Na quantificação das metas para um período de 20 anos, aplicaram-se intervalos de


quatro anos, sendo cinco intervalos de 2015 a 2035.

Nestes intervalos, o período de 2015 até 2019 apresenta o espaço de tempo de


curto prazo, o período “até 2023” de médio prazo, e consequentemente os três
intervalos de longo prazo “até 2027”, “até 2031” e “até 2035”.

Quadro 100 - Determinação da abrangência temporal dos prazos


HORIZONTE
PRAZO ÂMBITO DAS METAS ANO
TEMPORAL
Curto prazo Medidas emergenciais e corretivas Até 4 anos Até 2019
Medidas conceituais para novos
Médio prazo Até 8 anos Até 2023
procedimentos
Medidas estruturadoras para novos
Longo prazo Acima de 8 anos Até 2035
conceitos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015
As diretrizes da PNRS são as seguintes:

TÍTULO III DAS DIRETRIZES APLICÁVEIS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS


CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 9º Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada
a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos.
§ 1º Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética
dos resíduos sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua
viabilidade técnica e ambiental e com a implantação de programa de

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monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo órgão
ambiental.
§ 2º A Política Nacional de Resíduos Sólidos e as Políticas de Resíduos
Sólidos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão compatíveis
com o disposto no caput e no § 1o deste artigo e com as demais diretrizes
estabelecidas nesta Lei.
Art. 10. Incumbe ao Distrito Federal e aos Municípios a gestão integrada
dos resíduos sólidos gerados nos respectivos territórios, sem prejuízo das
competências de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do
SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente), do SNVS (Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária) e do SUASA (Sistema Único de Atenção à
Sanidade Agropecuária), bem como da responsabilidade do gerador pelo
gerenciamento de resíduos, consoante o estabelecido nesta Lei.
Art. 11. Observadas as diretrizes e demais determinações estabelecidas
nesta Lei e em seu regulamento, incumbe aos Estados:
I - promover a integração da organização, do planejamento e da execução
das funções públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos
resíduos sólidos nas regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, nos termos da lei complementar estadual prevista no § 3º do
art. 25 da Constituição Federal;
II - controlar e fiscalizar as atividades dos geradores sujeitas a
licenciamento ambiental pelo órgão estadual do SISNAMA.
Parágrafo único. A atuação do Estado na forma do caput deve apoiar e
priorizar as iniciativas do Município de soluções consorciadas ou
compartilhadas entre 2 (dois) ou mais Municípios.
Art. 12. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão
e manterão, de forma conjunta, o Sistema Nacional de Informações sobre a
Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR), articulado com o SINISA e o SINIMA.
Parágrafo único. Incumbe aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios fornecer ao órgão federal responsável pela coordenação do
SINIR todas as informações necessárias sobre os resíduos sob sua esfera
de competência, na forma e na periodicidade estabelecidas em
regulamento.
Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os resíduos sólidos têm a seguinte
classificação:
I - quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em
residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os
gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”,
“h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados
nessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações
industriais;

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g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde,
conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos
órgãos do SISNAMA e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas,
reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes
da preparação e escavação de terrenos para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e
silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas
atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos,
terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios;
II - quanto à periculosidade:
a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam
significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com
lei, regulamento ou norma técnica;
b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.
Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na
alínea “d” do inciso I do caput, se caracterizados como não perigosos,
podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados
aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal.”

Para a consolidação do conjunto de metas, no âmbito da gestão dos resíduos


sólidos e para cada tipologia de resíduos, foram estabelecidas diretrizes e
estratégias para nortear ações na RMM e os meios para que possam ser
implementadas, tendo como base o diagnóstico apresentado anteriormente.

DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES DO PLANO


DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DE COLETA SELETIVA DA REGIÃO
METROPOLITANA DE MANAUS.

TEMÁTICA 1 - RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)


SUB-TEMÁTICA 1.1: ERRADICAÇÃO DE LIXÕES E CONTROLE DOS PASSIVOS
AMBIENTAIS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS.
Diretriz 1.1-1:

Erradicação e recuperação das áreas de disposição inadequadas de resíduos


sólidos a céu aberto na Região Metropolitana de Manaus (RMM).

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Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:

E 1.1-1: Introduzir melhorias nas operações das atuais lixeiras de forma emergencial
até a operação do aterro sanitário;

E 1.1-2: Apoiar os municípios da RMM para o encerramento e a recuperação das


áreas contaminadas por disposição final inadequada de resíduos;

E 1.1-3: Assegurar apoio na obtenção de fontes de financiamento de ações para o


encerramento e a recuperação das áreas contaminadas por disposição final
inadequada de resíduos;

E 1.1-4: Implementar e manter sistema de monitoramento das áreas contaminadas


por disposição final inadequada de resíduos e dos referentes projetos de
recuperação e remediação.

Programa 1.1:

Apoio aos municípios e consórcios de resíduos sólidos urbanos na Região


Metropolitana de Manaus para erradicação e recuperação das áreas de disposição
inadequada de resíduos sólidos a céu aberto.

Objetivo:

Erradicar, recuperar e controlar as áreas de disposição inadequada de resíduos


sólidos a céu aberto.

Projeto 1.1-1:

P 1.1-1: Melhorias emergenciais na operação e confinamento das atuais lixeiras.

Objetivo:

Diminuir e controlar os impactos ambientais das lixeiras em operação.

Ações:

A 1.1-1-1: Levantar e cadastrar as condições específicas;


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A 1.1-1-2: Assegurar apoio na obteção de fontes de financiamento e custeio;

A 1.1-1-3: Mobilizar máquinas e equipamentos;

A 1.1-1-4: Assegurar a operação melhorada através de capacitação da equipe


municipal ou contratação de equipe capacitada.

Projeto 1.1-2:

P 1.1-2: Apoio aos municípios para controle, encerramento e recuperação das áreas
contaminadas por disposição final inadequada de resíduos.

Objetivo:

Erradicar, recuperar e controlar as áreas de disposição inadequada de resíduos


sólidos a céu aberto.

Ações:

A 1.1-2-1: Elaborar critérios de priorização das ações de recuperação das áreas


contaminadas, cronograma de encerramento dos lixões, vincular ações aos projetos
de aterro sanitário e organizações legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;

A 1.1-2-2: Elaborar projeto de recuperação e controle das áreas contaminadas por


disposição final inadequada de resíduos, conforme critérios de priorização;

A 1.1-2-3: Assegurar apoio na obtenção de fontes de financiamento para


implementação dos projetos de fechamento e recuperação das áreas contaminadas
por lixões.

Projeto 1.1-3:

P 1.1-3: Implementação do sistema de monitoramento das áreas contaminadas por


disposição final inadequada de resíduos e dos referentes projetos de recuperação e
remediação.

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Objetivo:

Controlar a sistematização dos sítios contaminados por Resíduos Sólidos Urbanos


através do Sistema Estadual de Informação de Resíduos Sólidos (SEIRES).

Ações:

A 1.1-3-1: Estabelecer rotina de monitoramento das áreas contaminadas pelo


Instituo de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (IPAAM) e de integração ao
SEIRES, assegurando participação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento da
Região Metropolitana de Manaus (SRMM);

A 1.1-3-2: Executar rotinas de monitoramento e supervisão e integrar informações


ao SEIRES, assegurando participação da SRMM.

SUB-TEMÁTICA 1.2: DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE


REJEITOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS.

Diretriz 1.2-1:

Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos em aterros sanitários na


Região Metropolitana de Manaus (RMM).

Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:

E 1.2-1: Apoiar os municípios e consórcios para a implementação de projetos


adequados de aterros sanitários (AS), entre Aterros Sanitário Regional (ASR),
Municipal (ASM) e de Pequeno Porte (ASPP) e Estações de Transferência (ET);

E 1.2-2: Assegurar a gestão e operação adequada da infraestrutura implementada;

E 1.2-3: Assegurar apoio na obtenção de fontes de financiamento para


implementação de projetos de ASR, ASM, ASPP, e ET;

E 1.2-4: Implementar e manter sistema de monitoramento dos ASR, ASM, ASPP e


ET, integrado ao Sistema Estadual de Informação de Resíduos Sólidos (SEIRES).

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Programa 1.2:

Apoio aos municípios e consórcios de resíduos sólidos urbanos na RMM para


implementação e manutenção de disposição final ambientalmente adequada de
rejeitos em aterros sanitários.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos resíduos sólidos urbanos para aterros sanitários


regionais, municipais ou de pequeno porte e estações de transferência, visando a
sua disposição final ambientalmente adequada.

Projeto 1.2-1:

P 1.2-1: Apoio aos municípios e consórcios de RSU para elaboração de projetos de


aterros sanitários.

Objetivo:

Criar condições ágeis e sistematizadas para implementação de aterros sanitários


adequados.

Ações:

A 1.2-1-1: Assegurar apoio na obtenção de fontes de financiamento para


investimento e custeio;

A 1.2-1-2: Elaborar projetos técnicos;

A 1.2-1-3: Acordar Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) entre órgão


licenciador e municípios.

Projeto 1.2-2:

P 1.2-2: Apoio aos municípios e consórcios de RSU para implementação e operação


dos aterros sanitários.

Objetivo:

Implementar aterros sanitários adequados na Região Metropolitana de Manaus.

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Ações:

A 1.2-2-1: Incentivar consórcios de operação e de gestão de RSU para apoiar


municípios não consorciados na operação e gestão dos aterros sanitários;

A 1.2-2-2: Contratar obras e adquirir equipamentos;

A 1.2-2-3: Contratar a operação do serviço.

Projeto 1.2-3:

P 1.2-3: Implementação do sistema de monitoramento dos aterros sanitários e


estações de transferência, este quando aplicável.

Objetivo:

Garantir controle sistematizado dos aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos


através do SEIRES.

Ação:

A 1.2-3-1: Fortalecer o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas


(IPAAM) para as tarefas desta função, no âmbito da gestão de resíduos sólidos,
incluindo monitoramento regular, sistematizado e contínuo da qualidade dos
equipamentos de disposição final – por índice de qualidade de aterros sanitários e
avaliação das estações de transferência, através do SEIRES, assegurando
participação da SRMM.

SUB-TEMÁTICA 1.3: REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE


RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS.

Diretriz 1.3-1:

Redução dos resíduos sólidos secos e orgânicos dispostos em aterros sanitários,


observando a hierarquia de tratamento: não geração, redução, reutilização,
reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, sendo a reciclagem física prioritária em
relação à reciclagem térmica.

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Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:

E 1.3-1: Obrigar o cumprimento da responsabilidade pós consumo dos fabricantes


importadores e distribuidores por meio da implementação dos acordos setoriais para
a logística reversa nos 13 municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM);

E 1.3-2: Incentivar o reaproveitamento dos resíduos orgânicos como insumos para o


solo e insumos agrícolas, reaproveitamento energético e bioestabilização/
tratamento mecânico biológico;

E 1.3-3: Aumentar a capacidade instalada para o processamento de recicláveis


secos;

E 1.3-4: Incentivar o aproveitamento energético de resíduos de madeira;

E 1.3-5: Fomentar a implantação de programas de coleta seletiva nos municípios


para encaminhamento dos materiais secos recicláveis aos galpões de triagem
priorizando as associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;

E 1.3-6: Incentivar o uso da hierarquia da gestão de resíduos sólidos: não geração,


redução, reutilização e reciclagem, tratamento dos resíduos e disposição final de
rejeitos.

Programa 1.3:

Redução dos resíduos sólidos recicláveis secos e orgânicos dispostos em aterros


sanitários.

Objetivo:

Reaproveitar de forma física e energética os resíduos sólidos urbanos, visando à


inclusão dos resíduos na gestão racional dos recursos naturais, a diminuição dos
rejeitos encaminhados aos aterros sanitários, com inclusão dos catadores de

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materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda nos sistemas
de tratamento.

Projeto 1.3-1:

P 1.3-1: Cobrança da implementação dos termos da Política Nacional de Resíduos


Sólidos (PNRS) e dos acordos setoriais nos 13 municípios da RMM.

Objetivo:

Implementar a logística reversa dos resíduos regulamentados por acordos setoriais


na RMM.

Ações:

A 1.3-1-1: Criar legislação estadual específica;

A 1.3-1-2: Monitorar na RMM o cumprimento das metas estabelecidas nos acordos


setoriais pela parte do Estado;

A 1.3-1-3: Divulgar mecanismos de logística reversa para a população.

Projeto 1.3-2:

P 1.3-2: Aproveitamento de resíduos orgânicos como insumo para o solo e insumos


agrícolas, através de compostagem, reaproveitamento energético, ou
bioestabilização.

Objetivo:

Aproveitar os resíduos sólidos orgânicos na RMM, desviando os mesmos dos


aterros sanitários, ou seus volumes e impactos no destino final diminuídos, através
de pré-tratamento.

Ações:

A 1.3-2-1: Definir e divulgar modelos para o aproveitamento dos resíduos orgânicos;

A 1.3-2-2: Incentivar o mercado de produção e uso de composto orgânico.

Projeto 1.3-3:

P 1.3-3: Fomento industrial para o processamento de recicláveis secos.

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Objetivo:

Aproveitar os recicláveis secos na RMM, desviando os mesmos dos aterros


sanitários.

Ações:

A 1.3-3-1: Atrair novas empresas para o processamento de resíduos recicláveis;

A 1.3-3-2: Pleitear linhas de financiamento para iniciativas de reciclagem, oriundas,


por exemplo, da Logística Reversa;

A 1.3-3-3: Pleitear incentivos fiscais para iniciativas de processamento de resíduos


recicláveis secos.

Projeto 1.3-4:

P 1.3-4: Apoio ao aproveitamento energético de resíduos de madeira.

Objetivo:

Aproveitar os resíduos de madeira na RMM, desviando os mesmos dos aterros


sanitários.

Ações:

A 1.3-4-1: Difundir técnicas de uso dos resíduos de madeira, junto aos geradores e
potenciais clientes;

A 1.3-4-2: Assegurar a fiscalização do uso de resíduos de madeira oriundos de


movelarias, serrarias e afins em olarias, cerâmicas, padarias etc. como
biocombustíveis.

Projeto 1.3-5:

P 1.3-5: Inclusão de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas


exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda na cadeia formal de aproveitamento de RSU.

Objetivo:

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Diminuir a quantidade de rejeitos com a participação das associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda, como elo formal na
gestão dos resíduos sólidos urbanos.

Ações:

A 1.3-5-1: Implementar formas permanentes de formação, capacitação técnica e


gerencial de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, visando a autogestão, inclusão social, e
integração regular nos sistemas de limpeza urbana da RMM, observando normas de
saúde e segurança de trabalho;

A 1.3-5-2: Fomentar a implantação da coleta seletiva nos municípios da RMM para


encaminhamento dos resíduos secos aos galpões de triagem e orgânicos para o seu
local específico, priorizando as associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, e assegurar recursos para a infraestrutura;

A 1.3-5-3: Implantar programa de comunicação permanente, mobilização social e


educação ambiental continuada, utilizando os veículos de comunicação existentes,
abordando entre outros: a redução da geração de resíduos sólidos; reutilização e
reciclagem dos resíduos sólidos; mudança de comportamento da população em
relação ao consumo, saúde pública e limpeza urbana; coleta seletiva com a
participação de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-4: Incentivar a contratação prioritária dos serviços públicos de coleta seletiva

prestados pelas associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas

exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis

comprovadamente de baixa renda, por parte dos municípios; garantindo o

ressarcimento dos custos incorridos através dos acordos setoriais para as

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associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas exclusivamente por

catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-5: Implementar formas permanentes de capacitação dos gestores municipais


(secretários, prefeitos e assessoria técnica), como mecanismo de garantir a
implementação dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
(PMGIRS);

A 1.3-5-6: Apoiar as associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas


exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para o uso de equipamentos adequados de
transporte para coleta seletiva de materiais recicláveis e reutilizáveis, eliminando o
transporte por carroça de tração humana ou animal nos centros urbanos;

A 1.3-5-7: Promover o programa Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)


no âmbito estadual e incentivar os municípios a adotar a A3P, priorizar nas
aquisições governamentais os produtos recicláveis/ reciclados, e destinar através de
contratação os materiais secos recicláveis e reutilizáveis às associações e
cooperativas legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-8: Criar fundo de reciclagem estadual com recursos destinados a projetos de


reciclagem, inclusão social e contratação das associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-9: Criar formas de incentivos financeiros em atendimento ao princípio do


protetor-recebedor do Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos (PSAU) e
incentivos de desoneração fiscal as associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-10: Incentivar as associações e cooperativas legalmente constituídas,


formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis

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comprovadamente de baixa renda para realização do processo de compostagem de
resíduos orgânicos.

A 1.3-5-11: Apoiar as associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas


exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda na regularização jurídica e administrativa para o
licenciamento ambiental.

Projeto 1.3-6:

P 1.3-6: Implementação da Coleta Seletiva nos 13 municípios da RMM.

Objetivo:

Diminuir a quantidade de materiais recicláveis que são encaminhados para os


aterros.

Ações:

A 1.3-6-1: Apoiar a elaboração de Projetos Executivos de Coleta Seletiva nos 13


municípios da RMM;

A 1.3-6-2: Apoiar a implementação da Coleta Seletiva nos 13 municípios da RMM.

SUB-TEMÁTICA 1.4: COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NA REGIÃO


METROPOLITANA DE MANAUS.

Diretriz 1.4-1:

Acesso universalizado da sociedade aos serviços de limpeza urbana prestados com


regularidade.

Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:

E 1.4-1: Melhoria e ampliação dos serviços regulares de coleta de RSU;

E 1.4-2: Implementação de um sistema específico para comunidades em situações


isoladas.
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Programa 1.4:

Apoio aos municípios e consórcios de RSU para ampliação dos serviços de coleta
de RSU.

Objetivo:

Prestar de forma universalizada, com qualidade e regularidade, os serviços de coleta


e entrega de resíduos sólidos urbanos.

Projeto 1.4-1:

P 1.4-1: Melhoria e ampliação dos serviços regulares de coleta de RSU.

Objetivo:

Oferecer os serviços de coleta de RSU de forma universalizada, com qualidade e


regularidade, em situações urbanas.

Ações:

A 1.4-1-1: Oferecer aos municípios e consórcios de RSU assistência técnica e


ferramentas para introdução de mecanismos de monitoramento da qualidade dos
sistemas de coleta de Resíduos Sólidos Urbanos, como equipamentos e programas
de elaboração de rotas e rastreamento, entre outros;

A 1.4-1-2: Avaliar periodicamente a taxa de cobertura de coleta regular e do grau de


satisfação dos usuários, e divulgação dos resultados;

A 1.4-1-3: Apoiar a implantação de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), Locais de


Entrega Voluntária (LEVs) e ECOPONTOS.

Projeto 1.4-2:

P 1.4-2: Implementação de um sistema específico para comunidades em situações


isoladas.

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Objetivo:

Oferecer de forma universalizada, com qualidade e regularidade, os serviços em


comunidades de situações isoladas.

Ações:

A 1.4-2-1: Oferecer aos municípios e consórcios de RSU ferramentas para


introdução de sistemas adequados para comunidades em locais remotos, e acessos
a Terras Indígenas e Unidades de Conservação, com manutenção dos locais de
transferência, coleta regular e orientação contínua a respeito do seu uso pela
população, observando a logística de abastecimento para inclusão na logística de
gestão de resíduos;

A 1.4-2-2: Procurar parcerias com iniciativa privada (comércios), rede de


abastecimento de mercadorias (distribuidores), para financiamento e manutenção da
logística para centros urbanos através de implantação de LEVs;

A 1.4-2-3: Avaliar periodicamente a taxa de cobertura e do grau de satisfação dos


usuários, divulgação dos resultados.

A 1.4-2-4: Incentivar os órgãos públicos para que seus resíduos sejam destinados
prioritariamente para as associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda.

TEMÁTICA 2 - RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS


Diretrizes gerais para todos os resíduos sólidos especiais:

2-A: Promoção de tratamento e disposição final adequada dos resíduos especiais e


referentes rejeitos;
2-B: Manutenção de um sistema de controle dos resíduos especiais, por classe de
resíduos, pelo órgão estadual competente;
2-C: Aplicação de princípios responsabilidade do gerador e poluidor-pagador;
2-D: Aumento do reaproveitamento de resíduos e diminuição de rejeitos dos
referentes resíduos.

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Estratégias gerais para todos os resíduos sólidos especiais:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:
2-A: Fortalecimento do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas
(IPAAM) para o controle ambiental dos resíduos especiais, incluindo fiscalização e
sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades geradas por meio
do SEIRES e implementação plena das recomendações do Projeto da Agência de
Cooperação Internacional do Japão – JICA/ Superintendência da Zona Franca de
Manaus – SUFRAMA, assegurando a da Secretaria de Estado de Desenvolvimento
da Região Metropolitana de Manaus (SRMM);
2-B: Levantamento da situação atual visando à formulação de um sistema
localmente e regionalmente adequado de gestão dos resíduos especiais, por classe
de resíduos;
2-C: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais
elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;
2-D: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do gerador
e poluidor-pagador.

Com base no Relatório Final Resumo da JICA/SUFRAMA (2010) as recomendações


apresentadas são:
 O IPAAM preparará um sistema de manifesto de resíduos eletrônicos;
 Utilizando o resultado do estudo JICA, a SUFRAMA, em cooperação com o
IPAAM, formulará um plano de gestão ambiental para os Distritos Industriais
(DI) para que os mesmos possam obter a licença ambiental necessária;
 O IPAAM instruirá os geradores de resíduos e as empresas de serviços de
resíduos a cumprir as exigências legais e promover o tratamento e a
disposição adequada dos 3Rs;
 O IPAAM cooperará com a SUFRAMA para melhorar o ambiente empresarial
fraco das empresas de serviço de resíduos;
 O IPAAM fortalecerá a cooperação entre o governo, os geradores de resíduos
e as empresas de serviço de resíduos.

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SUB-TEMÁTICA 2.1: RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL,
DEMOLIÇÃO E VOLUMOSO (RCC/D/V)

Diretriz 2.1-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RCC/D/V, conforme diretrizes


gerais dos resíduos especiais.
Estratégias:

E 2.1-1: Gestão diferenciada conforme responsabilidade do gerador ou do município;

E 2.1-2: Fortalecimento do IPAAM para o controle ambiental dos Resíduos de


Construção Civil (RCC) e Resíduos de Construção e Demolição (RCD), incluindo
fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades
geradas;

E 2.1-3: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de RCC/D elaborem e


implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da referente classe
de resíduos;

E 2.1-4: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador;

E 2.1-5: Fortalecimento do IPAAM para o controle ambiental dos RCC/D/V incluindo


fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades
geradas.

Programa 2.1:

Programa RCC/D/V.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RCC/D/V.

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Projeto 2.1-1:

P. 2.1-1: Tratamento dos Resíduos Sólidos da Construção Civil, Demolição e


Volumosos, visando seu reaproveitamento e disposição final adequada dos
respectivos rejeitos.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RCC/D/V para disposição final licenciada e


ambientalmente adequada.

Ações:

A. 2.1-1-1: Fomentar a implantação de destinação final ambientalmente adequada


de resíduos da construção civil (Classe A), incluindo processos de licenciamento
ambiental simplificado;

A. 2.1-1-2: Aplicar campanhas adequadas de comunicação ambiental voltada aos


pequenos geradores e geração difusa de RCC/D/V, junto com os municípios e
consórcios de gestão de RSU, para orientação sobre disposição final adequada dos
referentes resíduos e entrega em Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) e/ ou Áreas
de Transbordo e Triagem (ATTs);

A. 2.1-1-3: Priorizar a reutilização e a reciclagem de RCC nas obras e


empreendimentos do governo estadual e compras públicas e incentivar os
municípios da RMM para o mesmo;

A. 2.1-1-4: Incentivar as práticas de demolição sustentável e combate ao


desperdício, reutilização e reciclagem de materiais da construção civil no ciclo de
vida dos produtos do setor.

Projeto 2.1-2:

P.2.1-2: Implementar sistema de controle dos RCC/D/V mantido pelo IPAAM,


assegurando a participação da SRMM.

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Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final dos RCC/D/V pelo IPAAM.

Ações:

A. 2.1-2-1: Definir um sistema de controle ambiental dos RCC/D/V, em base do


levantamento da situação atual destes resíduos;

A. 2.1-2-2: Incentivar cadastro de empresas de transporte e tratamento de RCC/D/V


e implementar sistema de rastreamento das referentes cargas;

A. 2.1-2-3: Fortalecer o IPAAM para realizar o controle ambiental dos RCC/D/V,


incluindo fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e
qualidades geradas, visando tratamento dos resíduos e disposição final adequada
dos respectivos rejeitos, assegurando participação da SRMM;

A. 2.1-2-4: Intensificar a fiscalização estadual e municipal visando à geração difusa


de RCC/D/V e coibir o estabelecimento de áreas de “bota-fora” de resíduos
volumosos, entulhos e de aterramentos não regulares;

A. 2.1-2-5: Assegurar que os geradores de RCC com obrigação de apresentar o


Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC) elaborem e
implementem o referido plano.

Projeto 2.1-3:

Apoio a implantação da rede de PEVs e ATT para pequenos e difusos geradores de


entulhos e resíduos volumosos.

Objetivo:

Implementar e operar rede de PEVs e ATT destinados a pequenos e difusos


geradores de RCC/D/V.

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Ações:

A. 2.1-3-1: Realizar estudos para definição de localização de PEVs e ATT e


logística, custos de operação, modelo de financiamento da implantação, operação e
de gestão, modelo de monitoramento e fiscalização para cada município;

A. 2.1-3-2: Dimensionar equipamentos conforme estudos realizados em A. 2.1-3-1;

A. 2.1-3-3: Apoiar municípios e consórcios na implantação da infraestrutura


conforme a A 2.1-3-2;

A. 2.1-3-4: Apoiar municípios e consórcios com instrumentos de divulgação,


manutenção e monitoramento dos PEVs e ATT;

A. 2.1-3-5: Integrar monitoramento dos PEVs e ATT ao Sistema Estadual de


Informação de Resíduos Sólidos (SEIRES).

SUB-TEMÁTICA 2.2: RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSI)


Diretriz 2.2-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSI, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.2-1: Fortalecimento do IPAAM para o controle ambiental dos RSI, incluindo


fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades
geradas;

E 2.2-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

E 2.2-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.2:

Programa RSI.
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Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSI.

Projeto 2.2-1:

P 2.2-1: Tratamento dos RSI visando seu reaproveitamento e disposição final


adequada dos respectivos rejeitos.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RSI para disposição final licenciada e ambientalmente


adequada.

Ações:

A. 2.2-1-1: Fomentar a implantação de equipamentos de tratamento e destinação


final ambientalmente adequada de resíduos industriais;

A. 2.2-1-2: Aplicar campanhas adequadas para pequenos geradores e geração


difusa de RSI, junto com os municípios e consórcios de gestão de RSU, para
orientação sobre disposição final adequada dos referentes resíduos;

Projeto 2.2-2:

P 2.2-2: Implementar sistema de controle dos RSI mantido pelo IPAAM,


assegurando a participação da SRMM.

Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final dos RSI pelo IPAAM.

Ações:

A. 2.2-2-1: Definir sistema de controle ambiental dos RSI, em base do levantamento


da situação atual destes resíduos, com integração ao sistema estatístico da
Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) e da Superintendência
da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA);

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A. 2.2-2-2: Implementação da ferramenta on-line para monitoramento de
quantitativos e destinação dos RSI;

A. 2.2-2-3: Fortalecer o IPAAM, visando aumentar a eficiência do sistema de


gerenciamento e controle de RSI, incluindo sistematização do monitoramento das
quantidades e qualidades geradas, e um sistema de controle de transporte de
resíduos industriais, rastreando os resíduos da geração até tratamento e/ou
disposição final, assegurando participação da SRMM;

A. 2.2-2-4: Monitorar o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos


(PNRS), Lei Federal n.o 12.305/2010, para que todas as empresas industriais
geradoras de resíduos sólidos perigosos e não perigosos elaborem e implementem
o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais (PGRSI).

SUB-TEMÁTICA 2.3: RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE E


DE FRONTEIRAS (RST/F)

Diretriz 2.3-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RST/F, conforme diretrizes


gerais dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.3-1: Fortalecimento do IPAAM para o controle ambiental dos RST/ F, incluindo


fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades
geradas.

E 2.3-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

E 2.3-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

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Programa 2.3:

Programa RST/F.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RST/F.

Projeto 2.3-1:

P.2.3-1: Apoio a gestão dos resíduos gerados em portos, aeroportos, terminais


alfandegários, aquaviários e rodoviárias.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RST/F para disposição final licenciada e ambientalmente


adequada.

Ações:

A. 2.3-1-1: Intensificar as ações de fiscalização nos portos, aeroportos, terminais


alfandegários, aquaviários e rodoviárias.

A. 2.3-1-2: Intensificar as ações de capacitação e educação ambiental para os


responsáveis pelos terminais e outras instalações, funcionários e usuários das
referidas instalações;

A. 2.3-1-3: Assegurar a implantação da coleta seletiva e de medidas de


comunicação ambiental nas embarcações de passageiros, portos e terminais de
transporte;

A. 2.3-1-4: Assessorar tecnicamente os municípios no atendimento as


condicionantes estabelecidas pelo órgão licenciador em seus Termos de Ajuste de
Conduta (TACs).

Projeto 2.3-2:

Implementar sistema de controle dos RST/F mantido pelo IPAAM, assegurando


participação da SRMM.

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Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final dos RST/F pelo IPAAM.

Ações:

A. 2.3-2-1: Definir sistema de controle ambiental dos RST, em base do levantamento


da situação atual destes resíduos;

A. 2.3-2-2: Assegurar elaboração e implementação de planos de gerenciamento de


RST/ F no âmbito da RMM;

A. 2.3-2-3: Exigir e fiscalizar a elaboração e implementação dos planos de


gerenciamento de resíduos sólidos dos serviços de transporte no âmbito público e
privado.

SUB-TEMÁTICA 2.4: RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)

Diretriz 2.4-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSS, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

2.4-1: Fortalecimento do IPAAM para o controle ambiental dos RSS, incluindo


fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades
geradas;

2.4-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

2.4-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador;

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Programa 2.4:

Programa RSS.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSS.

Projeto 2.4-1:

P 2.4-1: Tratamento dos RSS visando aumento do seu reaproveitamento e


diminuição dos rejeitos dos RSS comuns (classe D), redução de resíduos para
tratamento especial (classe A, B, C, E) e minimização e disposição final adequada
dos respectivos rejeitos.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RSS para disposição final licenciada e ambientalmente


adequada e orientar os geradores de RSS e aplicarem métodos para
reaproveitamento de resíduos e diminuição dos referentes rejeitos.

Ações:

A 2.4-1-1: Fomentar a implantação de tratamento e destinação final ambientalmente


adequada de resíduos de serviços de saúde, incluindo sistemas para comunidades
isoladas;

A 2.4-1-2: Incentivar a separação das classes de resíduos, evitando a mistura de


resíduos específicos (classes A, B, C, E) com resíduos comuns (classe D);

A 2.4-1-3: Assessorar tecnicamente os municípios da RMM no atendimento as


condicionantes estabelecidas pelo órgão licenciador em seus Termos de Ajuste de
Conduta (TACs).

Projeto 2.4-2:

P 2.4-2: Implementar sistema de controle dos RSS mantido pelo IPAAM,


assegurando participação da SRMM.

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Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final dos RSS pelo IPAAM.

Ações:

A 2.4-2-1: Fortalecer o IPAAM e a Vigilância Sanitária do Estado, visando o controle


de resíduos de serviços de saúde, incluindo sistematização do monitoramento das
quantidades e qualidades geradas, assegurando participação da SRMM;

A 2.4-2-2: Assegurar que os geradores de RSS com obrigação de apresentar o


Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS) elaborem e
implementem o referido plano;

A 2.4-2-3: Incentivar sistemas de gerenciamento de RSS para pequenos geradores


(farmácias, clínicas ambulatórias, postos de saúde, clínicas veterinárias, laboratórios
etc.).

SUB-TEMÁTICA 2.5: RESÍDUOS SÓLIDOS DE MINERAÇÃO (RSM)

Diretriz 2.5-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSM, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

2.5-1: Fortalecimento do IPAAM para o controle ambiental dos RSM, incluindo


fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades
geradas;

2.5-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

2.5-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

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Programa 2.5:

Programa RSM.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSM.

Projeto 2.5-1:

P 2.5-1: Manter sistema de controle dos resíduos de mineração, pelo órgão estadual
competente, visando destinação final ambientalmente adequada.

Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final dos RSM pelo IPAAM.

Ações:

A 2.5-1-1: Realizar diagnóstico dos resíduos da mineração no Estado do Amazonas,


junto às empresas mineradoras e sindicato de classe, assegurando participação da
SRMM;

A 2.5-1-2: Fortalecer o órgão competente visando o controle dos recursos minerais


explorados e os referentes resíduos na RMM, assegurando participação da SRMM;

A 2.5-1-3: Manter cadastro de geração e qualidade de disposição final de resíduos


de mineração, pelo órgão estadual de meio ambiente;

A 2.5-1-4: Fiscalizar a elaboração e implementação do plano de gerenciamento de


resíduos da mineração.

Projeto 2.5-2:

P 2.5-2: Resíduos da mineração.

Objetivo:

Apoiar o controle do uso e destinação do mercúrio.

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Ações:

A 2.5-2-1: Fomentar e divulgar tecnologias que evitam uso do mercúrio nos


garimpos;

A 2.5-2-2: Controlar o uso e destinação de mercúrio, conforme Resolução


CEMAAM/n.o 011/2012);

SUB-TEMÁTICA 2.6: RESÍDUOS SÓLIDOS AGROSSILVIPASTORIS (RSA)


Diretriz 2.6-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSA, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

2.6-1: Fortalecimento do IPAAM para o controle ambiental dos RSA, incluindo


fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades
geradas;

2.6-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

2.6-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.6:

Programa RSA.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSA.

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Projeto 2.6-1:

P 2.6-1: Tratamento dos RSA visando seu reaproveitamento e disposição final


adequada dos respectivos rejeitos.

Objetivo:

Incentivar os geradores de RSA a aplicar os métodos para reaproveitamento de


resíduos e diminuição dos referentes rejeitos.

Ações:

A 2.6-1-1: Identificar os municípios com maior volume de resíduos agrossilvopastoris


e propor soluções regionalizadas para reaproveitamento;

A 2.6-1-2: Capacitar os produtores rurais, associações, cooperativas e outras


entidades de classe para possibilitar o reaproveitamento dos RSA;

A 2.6-1-3: Incentivar nas escolas técnicas rurais o aprendizado de técnicas


ambientalmente adequadas para destinação e reaproveitamento de RSA;

A 2.6-1-4: Aplicar manual para orientar pequenos produtores, comunidades isoladas


e residências rurais quanto à triagem, tratamento e destinação final de RSA.

Projeto 2.6-2:

P 2.6-2: Implementar sistema de controle dos RSA mantido pelo IPAAM,


assegurando participação da SRMM.

Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final dos RSA pelo IPAAM.

Ações:

A 2.6-2-1: Realizar diagnóstico dos resíduos sólidos agrossilvipastoris na RMM.

A 2.6-2-2: Fortalecer o IPAAM e Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do


Estado do Amazonas (ADAF) visando o controle dos resíduos sólidos
agrossilvipastoris na RMM, incluindo sistematização do monitoramento das
quantidades e qualidades geradas, assegurando participação da SRMM;
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A 2.6-2-3: Fiscalizar a elaboração e implementação do plano de gerenciamento de
resíduos sólidos agrossilvipastoris.

SUB-TEMÁTICA 2.7: RESÍDUOS SÓLIDOS DE SANEAMENTO BÁSICO (RSB)

Diretriz 2.7-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSB, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.7-1: Fortalecimento do IPAAM para o controle ambiental dos RSB, incluindo


fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades
geradas;

E 2.7-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

E 2.7-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.7:

Programa RSB.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSB.

Projeto 2.7-1:

P 2.7-1: Implementar sistema de controle dos RSB mantido pelo IPAAM,


assegurando participação da SRMM, visando destinação final ambientalmente
adequada.

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Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RSB para disposição final licenciada e ambientalmente


adequada.

Ações:

A 2.7-1-1: Elaborar diagnóstico estadual dos resíduos de saneamento básico na


RMM;

A 2.7-1-2: Intensificar as ações de fiscalização nas Estações de Tratamento de Água


e Esgoto;

A 2.7-1-3: Fortalecer o órgão estadual de meio ambiente, visando o controle de


resíduos de saneamento básico, incluindo sistematização do monitoramento das
quantidades e qualidades geradas, assegurando participação da SRMM;

A 2.7-1-4: Fiscalizar a implementação dos planos municipais de saneamento básico


no que se refere aos RSB.

Projeto 2.7-2:

P 2.7-2: Apoio a gestão dos resíduos gerados nas Estações de Tratamento de Água
e Esgoto, aplicando os princípios responsabilidade do gerador, poluidor-pagador.

Objetivo:

Incentivar que os geradores de RSB tratem seus resíduos de forma adequada e


encaminhem os rejeitos à disposição final adequada e licenciada.

Ação:

A 2.7-2-1: Incentivar ações de capacitação e educação ambiental para as empresas


de saneamento e seus funcionários, visando tratamento e disposição correta dos
resíduos gerados nas instalações;

A 2.7-2-2: Aplicar manuais e normas técnicas para gerenciamento de resíduos


sólidos com foco nas Estações de Tratamento de Água e Esgoto.

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Projeto 2.7-3:

P 2.7-3: Incentivar os geradores de RSB para aplicar métodos para


reaproveitamento de resíduos e diminuição dos referentes rejeitos.

Objetivo:

Incentivar que os geradores de RSB aplique métodos para o reaproveitamento de


RSB e diminuição dos referentes rejeitos.

Ações:

A 2.7-3-1: Divulgar novas tecnologias de tratamento dos resíduos de saneamento


com ênfase na biodigestão, no aproveitamento energético e no reuso da água
domiciliar;

A 2.7-3-2: Estimular o aproveitamento energético, por biodigestão e biogás, dos


resíduos dos serviços de saneamento básico.

TEMÁTICA 3 - GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO


METROPOLITANA DE MANAUS
Diretriz 3:

Consolidação de um sistema de gestão de RS, envolvendo o Estado, a Região


Metropolitana de Manaus, consórcios municipais, municípios, atores da
responsabilidade individual e compartilhada.

SUB-TEMÁTICA 3.1: INCLUSIVIDADE DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Diretriz 3.1.1:

Promoção da inclusividade da gestão de resíduos sólidos para usuários de serviços;

Diretriz 3.1.2:

Promoção da inclusividade da gestão de resíduos sólidos para usuários e


fornecedores de serviços.

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Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:

E 3.1-1: Promoção da inclusão dos usuários, catadores de materiais recicláveis e


reutilizáveis comprovadamente de baixa renda e fornecedores de serviços na gestão
dos resíduos sólidos, estabelecendo a informação, educação e comunicação
ambiental como uma temática transversal na gestão dos resíduos sólidos.

SUB-TEMÁTICA 3.2: POLÍTICAS PROATIVAS DA GESTÃO DE RESÍDUOS


SÓLIDOS
Diretriz 3.2.1:

Desenvolvimento e promoção de políticas proativas da gestão de resíduos sólidos.

Estratégias:

E 3.2-1: Fortalecimento da gestão dos serviços de limpeza pública e manejo de


resíduos sólidos, através de políticas proativas, soluções consorciadas e apoio à
logística reversa.

SUB-TEMÁTICA 3.3: SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA GESTÃO DE


RESÍDUOS SÓLIDOS.
Diretriz 3.3.1:

Promoção da sustentabilidade financeira da gestão de resíduos sólidos.

Estratégias:

E 3.3-1: Assegurar apoio na obtenção de linhas de financiamento e refinanciamento


pelos serviços prestados, visando à sustentabilidade financeira do setor.

Programa 3:

Programa para a consolidação de um sistema de gestão de Resíduos Sólidos no


Estado do Amazonas e na RMM e fortalecimento da gestão pública dos resíduos
sólidos.

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Objetivo:

Capacitar e instrumentalizar os atores e organismos públicos e privados envolvidos


na gestão sustentável dos resíduos sólidos.

Projeto 3.1:

P 3-1: Projeto de inclusão dos usuários, catadores de materiais recicláveis e


reutilizáveis comprovadamente de baixa renda e fornecedores de serviços na gestão
dos resíduos sólidos.

Objetivo:

Instrumentalizar os usuários e fornecedores de serviços visando sua participação


ativa e inclusão nas atividades de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

Ações:

A 3-1-1: Incentivar municípios e consórcios de RSU para sistemas de inclusão, de


educação ambiental e de comunicação com os usuários, mecanismos de
retroalimentação pelos usuários da coleta de RSU, avaliação regular do grau de
satisfação do usuário, divulgação dos resultados, entre outros;

A 3-1-2: Incluir catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente


de baixa renda na gestão dos resíduos, em escala compatível com as quantidades
de resíduos, observando critérios de saúde e segurança de trabalho, priorizando a
contratação de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda pra prestação de serviços públicos (observando a
A 1.3-5-7);

A 3-1-3: Incentivar a participação de empresas locais para prestar serviços de coleta


e tratamento de RSU e especiais, através de capacitação, divulgação de melhores
práticas, incentivos fiscais, entre outros;

A 3-1-4: Informar e divulgar vantagens e desvantagens de modelos de participação


do setor privado na gestão dos resíduos sólidos;

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A 3-1-5: Criar incentivos fiscais para empresas que destinam seus resíduos aos
catadores de materiais recicláveis;

A 3-1-6: Estimular o debate entre as esferas estadual e municipais junto às


associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas exclusivamente por
catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda
para criação de legislação/ instrumentos legais de reconhecimento da utilidade
pública pela prestação dos serviços de coleta seletiva e isenção das taxas de
licenciamento ambiental.

Projeto 3. 2:

P 3-2: Projeto de fortalecimento da gestão municipal dos serviços de limpeza pública


e manejo de resíduos sólidos, através de políticas proativas e soluções
consorciadas.

Objetivo:

Implementar políticas proativas de apoio às soluções consorciadas para os


municípios amazonenses.

Ações:

A 3-2-1: Apoiar a implementação e atualização dos Planos de Gestão Integrada de


Resíduos Sólidos Urbanos da Região Metropolitana de Manaus, intermunicipais e
municipais de acordo com o estabelecido em cada documento;

A 3-2-2: Incentivar com instrumentos políticos, financeiros, fiscais e técnicos a


gestão consorciada de RSU (Gestão intermunicipal escopos I e II);

A 3-2-3: Implantar programa de capacitação voltado aos consórcios de gestão de


RSU e aos municípios;

A 3-2-4: Apoiar a elaboração de legislação e demais normas específicas de limpeza


pública nos municípios;

A 3-2-5: Dar seguimento às iniciativas do Estado, no âmbito da gestão de resíduos


sólidos (Programa de Apoio a Elaboração dos Planos Municipais de Saneamento
Básico e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos municípios do Estado do

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Amazonas - PLAMSAN, o Fórum Permanente das Secretarias Municipais de Meio
Ambiente - FOPES, o licenciamento ambiental e as ações de fiscalização via IPAAM,
as resoluções do Conselho Estadual de Meio Ambiente, o estudo da Agência de
Cooperação Internacional do Japão – JICA/ Superintendência da Zona Franca de
Manaus – SUFRAMA, Plano Estadual de Resíduos Sólidos dos Amazonas – PERS-
AM e Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região Metropolitana de
Manaus – PRSCS-RMM), no sentido de integrar estas num sistema consolidado de
gestão de Resíduos Sólidos no Estado do Amazonas, assegurando participação da
SRMM;

A 3-2-6: Apoiar a avaliação de desempenho do sistema de gestão de RSU.

Projeto 3-3:

P 3-3: Projeto de fortalecimento da gestão de resíduos sólidos, no âmbito estadual e


da Região Metropolitana de Manaus, através de políticas proativas e apoio à
logística reversa.

Objetivo:

Implementar políticas proativas e apoio a soluções consorciadas a logística reversa.

Ações:

A 3-3-1: Assegurar a implementação e atualização do Plano Estadual de Resíduos


Sólidos e do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região
Metropolitana de Manaus, de acordo com o estabelecido no documento;

A 3-3-2: Incentivar a implementação da Lei da Política Estadual de Resíduos


Sólidos;

A 3-3-3: Fiscalizar a implementação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos


Sólidos (PGRS) dos empreendimentos particulares;

A 3-3-4: Estabelecer um programa de capacitação voltado para qualificação de


profissionais na gestão de resíduos sólidos, estabelecer parcerias com centros de
referência em capacitação e gestão de resíduos sólidos no País, e articular com

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instituições governamentais e com a iniciativa privada o aporte de recursos para o
programa;

A 3-3-5: Elaborar e implantar o Sistema Estadual de Informação de Resíduos


Sólidos (SEIRES);

A 3-3-6: Realizar estudos para criação de subsídios e políticas proativas para


atração de indústrias de base para a cadeia da reciclagem e recuperação de
resíduos;

A 3-3-7: Criar mecanismos que facilitem a comercialização dos recicláveis em todas


as Regiões do Estado;

A 3-3-8: Criar arranjo institucional ao nível da administração estadual para a gestão


integrada de resíduos soldos, incluindo fortalecimento da gestão de resíduos sólidos
na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) e no IPAAM, bem como o
fortalecimento do Comitê Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos, assegurando
participação da SRMM e participação de entidades representativas dos principais
envolvidos;

A 3-3-9: Desenvolver no âmbito do Comitê Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos


orientação para implementar os acordos setoriais vigentes no Estado do Amazonas;

A 3-3-10: Promover integração entre programas estaduais, municipais e privados,


relacionados ao tema de resíduos sólidos;

A 3-3-11: Capacitar Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do


Estado do Amazonas (ARSAM) para a fiscalização dos contratos públicos no âmbito
da gestão de resíduos sólidos;

A 3-3-12: Introduzir rotinas de avaliação de desempenho do sistema de gestão de


resíduos sólidos;

A 3-3-13: Estimular e apoiar os municípios na definição das quantidades e


qualidades de resíduos provenientes dos grandes geradores, nos PMGIRS e nas
relacionadas legislações municipais de resíduos sólidos.

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Projeto 3-4:

P 3-4: Projeto de Manejo de Resíduos em situações de emergência e contingência


aos municípios da Região Metropolitana de Manaus.

Objetivo:

Preparar o Estado para dispor de estruturas para o manejo de resíduos sólidos em


situações de emergências.

Ações:

A 3-4-1: Fortalecer as ações do IPAAM junto à Agência Nacional de Aviação Civil


(ANAC), Infraero e os municípios quanto a prevenção e minimização de
acidentes/incidentes de risco aviário relacionados a existência de lixões à céu aberto
próximos ao aeroportos/aeródromos;

A 3-4-2: Incentivar os gestores municipais a atualizarem seus Planos Municipais de


Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) contemplando a inclusão do
Programa de Ações de Emergências e Contingências para o Manejo de Resíduos
Sólidos Urbanos;

A 3-4-3: Promover capacitação técnica da equipe de gestão municipal dos serviços


de limpeza pública para elaborar, implantar, executar e monitorar continuamente o
Plano Municipal de Ações de Emergências e Contingência para o Manejo de
Resíduos Sólidos Urbanos;

A 3-4-4: Integrar o monitoramento dos municípios da Região Metropolitana de


Manaus quanto ações estabelecidas nos Programas de Ações de Emergências e
Contingências para o manejo de resíduos sólidos urbanos ao SEIRES;

A 3-4-5: Apoiar com cooperação técnica os municípios que tiverem a prestação de


seus serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos interrompidos decorrentes de
eventos climáticos;

A 3-4-6: Formular e implementar, a nível de Estado e incluindo a RMM, um Plano de


Emergência e Contingência para os Resíduos Sólidos Especiais (Resíduos Sólidos
da Construção Civil, Demolição e Volumoso; Resíduos Sólidos Industriais; Resíduos
Sólidos de Transporte e Fronteiras; Resíduos de Serviço de Saúde; Resíduos

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Sólidos de Mineração; Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris; e Resíduos Sólidos de
Saneamento Básico).

Projeto 3-5:

P 3-5: Projeto de sustentabilidade financeira do setor.

Objetivo:

Dispor apoio à captação de financiamento e refinanciamento aos municípios da


Região Metropolitana de Manaus direcionados aos serviços do âmbito da gestão de
resíduos sólidos.

Ações:

A 3-5-1: Incentivar e desenvolver estudos para cobrança dos serviços de limpeza


urbana pelos municípios e consórcios intermunicipais, de forma socialmente
diferenciada e desvinculado do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU);

A 3-5-2: Orientar os municípios na elaboração de projetos para captação de


recursos estaduais, nacionais e internacionais;

A 3-5-3: Realizar estudos sobre mecanismos para isenção de impostos para a


cadeia produtiva de resíduos de industrias e associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 3-5-4: Incentivar a adoção de mecanismos econômicos e gerenciais que


assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados como forma de
garantir sua sustentabilidade operacional e financeira destes serviços;

A 3-5-5: Efetivar mecanismos de arrecadação de recursos decorrentes de infrações


ambientais por disposição inadequada de Resíduos Sólidos e a possibilidade de
remuneração por serviços ambientais, conforme na Lei Federal n.o 12.305/2010
princípios "Poluidor – Pagador” e Lei Estadual de Serviços Ambientais n.o 337/2015.

A 3-5-6: Incentivar os operadores previstos nos acordos setoriais vigentes para


acessar os referentes recursos e integrar as iniciativas nos PMGIRS.

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Projeto 3-6:

P 3-6: Projeto de implementação e manutenção do Plano Estadual de Gestão de


Resíduos Sólidos (PERS-AM) e Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da
Região Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM).

Objetivo:

Detalhar e implementar o Plano Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos e Plano de


Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus.

Ações:

A 3-6-1: Assegurar compromisso da alta gestão do Estado para implementação do


PERS-AM e do PRSCS-RMM, e um relacionado projeto de implementação, através
de criação de um Grupo de Trabalho intersecretarial e decreto do Governador do
Estado;

A 3-6-2: Definir Grupo de Trabalho (GT) com os principais envolvidos ao nível do


Estado, com representantes do setor privado, população e catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda envolvidos;

A 3-6-3: Promover oficinas com o GT, definir atribuições, distribuir tarefas, elaborar
cronograma de formulação do projeto de implementação, ao nível de Plano
Operacional;

A 3-6-4: Definir fontes e desenvolver projeto de financiamento;

A 3-6-5: Elaborar projeto de implementação do PERS-AM e do PRSCS-RMM,


apresentar e discutir com a população e os atores envolvidos.

Projeto 3-7:

P 3-7: Projeto de capacitação ambiental contínua com foco na temática resíduos


sólidos.

Objetivo:

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Apoiar à gestão municipal de resíduos (secretariado e corpo técnico), qualificação
profissional para a geração de renda a partir da gestão de resíduos (catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda), pesquisa e
desenvolvimento (estudantes), educação ambiental (população em geral),
comunicação e informação.

Ação:

A 3-7-1: Criar Centro de Referência em Resíduos do Amazonas para capacitação


técnica, utilizando as estruturas governamentais existentes, como por exemplo o
Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (CETAM) e Universidade do Estado
do Amazonas (UEA) em parceria com Universidades Federais (UFAM e IFAM),
Instituições de Pesquisa, Instituições Municipais e Organizações Não
Governamentais;

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6.2. Matriz das Diretrizes, Estratégias, Programas, Projetos e Ações do PRSCS-RMM

Temática:
1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)
1.1. ERRADICAÇÃO DE LIXÕES E CONTROLE DOS PASSIVOS AMBIENTAIS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 1.1 – 1: Erradicação e recuperação das Estratégia transversal: Garantir Programa 1.1: P 1.1 - 1: Melhorias emergenciais na A 1.1 - 1 - 1: Levantar e cadastrar as
áreas de disposição inadequadas de complementariedade entre o PRSCS-RMM e Apoio aos municípios e consórcios de operação e confinamento das atuais lixeiras. condições específicas;
resíduos sólidos a céu aberto na Região o PERS-AM, considerando o princípio da resíduos sólidos urbanos da RMM para
Metropolitana de Manaus (RMM). subsidiariedade nas seguintes estratégias: erradicação e recuperação das áreas de OBJETIVO: Diminuir e controlar os impactos A 1.1 - 1 - 2: Assegurar apoio na obtenção
disposição inadequada de resíduos sólidos a ambientais das lixeiras em operação. de fontes de financiamento e custeio;
E 1.1 – 1: Introduzir melhorias nas céu aberto.
operações das atuais lixeiras de forma A 1.1 - 1 - 3: Mobilizar máquinas e
emergencial até a operação do aterro OBJETIVO: Erradicar, recuperar e controlar equipamentos;
sanitário; as áreas de disposição inadequada de
resíduos sólidos a céu aberto. A 1.1 - 1 - 4: Assegurar a operação
E 1.1 – 2: Apoiar os municípios da RMM melhorada através de capacitação da equipe
para o encerramento e a recuperação das municipal ou contratação de equipe
áreas contaminadas por disposição final capacitada.
inadequada de resíduos; P 1.1 - 2: Apoio aos municípios para A 1.1 - 2 - 1: Elaborar critérios de priorização
controle, encerramento e recuperação das das ações de recuperação das áreas
E 1.1 – 3: Assegurar apoio na obtenção de áreas contaminadas por disposição final contaminadas, cronograma de encerramento
fontes de financiamento de ações para o inadequada de resíduos. dos lixões, vincular ações aos projetos de
encerramento e a recuperação das áreas aterro sanitário e organizações legalmente
contaminadas por disposição final OBJETIVO: Erradicar, recuperar e controlar constituídas, formadas exclusivamente por
inadequada de resíduos; as áreas de disposição inadequada de catadores de materiais recicláveis e
resíduos sólidos a céu aberto. reutilizáveis comprovadamente de baixa
E 1.1 – 4: Implementar e manter sistema de renda;
monitoramento das áreas contaminadas por
disposição final inadequada de resíduos e A 1.1 - 2 - 2: Elaborar projeto de
dos referentes projetos de recuperação e recuperação e controle das áreas
remediação. contaminadas por disposição final
inadequada de resíduos, conforme critérios
de priorização;

A 1.1 - 2 - 3: Assegurar apoio na obtenção


de fontes de financiamento para
implementação dos projetos de fechamento
e recuperação das áreas contaminadas por
lixões;
P 1.1 - 3: Implementação do sistema de A 1.1 - 3 - 1: Estabelecer rotina de
monitoramento das áreas contaminadas por monitoramento das áreas contaminadas pelo
disposição final inadequada de resíduos e Instituto de Proteção Ambiental do Estado
dos referentes projetos de recuperação e do Amazonas (IPAAM) e de integração ao
remediação. SEIRES, assegurando a participação da
Secretaria de Estado de Desenvolvimento da
OBJETIVO: Controlar a sistematização dos Região Metropolitana de Manaus (SRMM);
sítios contaminados por Resíduos Sólidos
Urbanos através do Sistema Estadual de A 1.1 - 3 - 2: Executar rotinas de
Informação de Resíduos Sólidos (SEIRES). monitoramento e supervisão e integrar
informações ao SEIRES, assegurando a
participação da SRMM.

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Temática:
1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)
1.2. DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 1.2 – 1: Disposição final ambientalmente Estratégia transversal: Garantir Programa 1.2: P 1.2 - 1: Apoio aos municípios e consórcios A 1.2 - 1 - 1: Assegurar apoio na obtenção
adequada de rejeitos em aterros sanitários complementariedade entre o PRSCS-RMM e Apoio aos municípios e consórcios de de resíduos sólidos urbanos para elaboração de fontes de financiamento para
na Região Metropolitana de Manaus (RMM). o PERS-AM, considerando o princípio da resíduos sólidos urbanos na RMM para de projetos de aterros sanitários. investimento e custeio;
subsidiariedade nas seguintes estratégias: implementação e manutenção de disposição
final ambientalmente adequada de rejeitos OBJETIVO: Criar condições ágeis e A 1.2 - 1 - 2: Elaborar projetos técnicos;
E 1.2 – 1: Apoiar os municípios e consórcios em aterros sanitários. sistematizadas para implementação de
para a implementação de projetos aterros sanitários adequados. A 1.2 - 1 - 3: Acordar Termos de Ajuste de
adequados de Aterros Sanitários (AS), entre OBJETIVO: Encaminhar os rejeitos dos Conduta (TACs) entre órgão licenciador e
Aterros Sanitário Regional (ASR), Municipal resíduos sólidos urbanos para aterros municípios.
(ASM) e de Pequeno Porte (ASPP) e sanitários regionais, municipais ou de P 1.2 - 2: Apoio aos municípios e consórcios A 1.2 - 2 - 1: Incentivar consórcios de
Estações de Transferência (ET); pequeno porte e estações de transferência, de RSU para implementação e operação dos operação e de gestão de RSU para apoiar
visando a sua disposição final aterros sanitários. municípios não consorciados na operação e
E 1.2 – 2: Assegurar a gestão e operação ambientalmente adequada. gestão dos aterros sanitários;
adequada da infraestrutura implementada; OBJETIVO: Implementar aterros sanitários
adequados na Região Metropolitana de A 1.2 - 2 - 2: Contratar obras e adquirir
E 1.2 – 3: Assegurar apoio na obtenção de Manaus. equipamentos;
fontes de financiamento para implementação
de projetos ASR, ASM, ASPP e ET; A 1.2 - 2 - 3: Contratar a operação do
serviço.
E 1.2 – 4: Implementar e manter sistema de P 1.2 - 3: Implementação do sistema de A 1.2 - 3 - 1: Fortalecer o Instituto de
monitoramento dos ASR, ASM, ASPP e ET, monitoramento dos aterros sanitários e Proteção Ambiental do Estado do Amazonas
integrado ao Sistema Estadual de estações de transferência, este quando (IPAAM) para as tarefas desta função, no
Informação de Resíduos Sólidos (SEIRES). aplicável. âmbito da gestão de resíduos sólidos,
incluindo monitoramento regular,
OBJETIVO: Garantir controle sistematizado sistematizado e contínuo da qualidade dos
dos aterros sanitários de resíduos sólidos equipamentos de disposição final – por
urbanos através do SEIRES. índice de qualidade de aterros sanitários e
avaliação das estações de transferência,
através do SEIRES, assegurando a
participação da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento da Região Metropolitana
de Manaus (SRMM).

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Temática:

1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)


1.3. REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 1.3 – 1: Redução dos resíduos sólidos Estratégia transversal: Garantir Programa 1.3: P 1.3 - 1: Cobrança da implementação dos A 1.3 - 1 - 1: Criar legislação estadual
secos e orgânicos dispostos em aterros complementariedade entre o PRSCS-RMM e Redução dos resíduos sólidos recicláveis termos da Política Nacional de Resíduos específica;
sanitários, observando a hierarquia de o PERS-AM, considerando o princípio da secos e orgânicos dispostos em aterros Sólidos (PNRS) e dos acordos setoriais nos
tratamento: não geração, redução, subsidiariedade nas seguintes estratégias: sanitários. 13 municípios da RMM. A 1.3 - 1 - 2: Monitorar na RMM o
reutilização, reciclagem e tratamento dos cumprimento das metas estabelecidas nos
resíduos sólidos, bem como disposição final E 1.3 – 1: Obrigar o cumprimento da OBJETIVO: Reaproveitar de forma física e OBJETIVO: Implementar a logística reversa acordos setoriais pela parte do Estado;
ambientalmente adequada dos rejeitos, responsabilidade pós consumo dos energética os resíduos sólidos urbanos, dos resíduos regulamentados por acordos
sendo a reciclagem física prioritária em fabricantes importadores e distribuidores por visando à inclusão dos resíduos na gestão setoriais na RMM. A 1.3 - 1 - 3: Divulgar mecanismos de
relação à reciclagem térmica. meio da implementação dos acordos racional dos recursos naturais, a diminuição logística reversa para a população.
setoriais para a logística reversa nos 13 dos rejeitos encaminhados aos aterros P 1.3 - 2: Aproveitamento de resíduos A 1.3 - 2 - 1: Definir e divulgar modelos para
municípios da Região Metropolitana de sanitários, com inclusão dos catadores de
orgânicos como insumo para o solo e o aproveitamento dos resíduos orgânicos;
Manaus (RMM); materiais recicláveis e reutilizáveis
insumos agrícolas, através de compostagem
comprovadamente de baixa renda nos e digestão anaeróbica, reaproveitamento A 1.3 - 2 - 2: Incentivar o mercado de
E 1.3 – 2: Incentivar o reaproveitamento dos sistemas de tratamento. energético, ou bioestabilização. produção e uso de composto orgânico;
resíduos orgânicos como insumos para o
solo e insumos agrícolas, reaproveitamento OBJETIVO: Aproveitar os resíduos sólidos
energético e bioestabilização/tratamento
orgânicos na RMM, desviando os mesmos
mecânico biológico;
dos aterros sanitários, ou seus volumes e
impactos no destino final diminuídos, através
E 1.3 – 3: Aumentar a capacidade instalada
de pré-tratamento.
para o processamento de recicláveis secos;

E 1.3 – 4: Incentivar o aproveitamento P 1.3 - 3: Fomento industrial para o A 1.3 - 3 - 1: Atrair novas empresas para o
energético de resíduos de madeira; processamento de recicláveis secos. processamento de resíduos recicláveis
secos;
E 1.3 – 5: Fomentar a implantação da coleta OBJETIVO: Aproveitar os recicláveis secos
seletiva nos municípios para na RMM, desviando os mesmos dos aterros A 1.3 - 3 - 2: Pleitear linhas de financiamento
encaminhamento dos materiais secos sanitários. para iniciativas de reciclagem, oriundas, por
recicláveis aos galpões de triagem exemplo, da Logística Reversa;
priorizando as associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas A 1.3 - 3 - 3: Pleitear incentivos fiscais para
exclusivamente por catadores de materiais iniciativas de processamento de resíduos
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente recicláveis secos.
de baixa renda;

E 1.3 – 6: Incentivar o uso da hierarquia da


gestão de resíduos sólidos: não geração, P 1.3 - 4: Apoio ao aproveitamento A 1.3 - 4 - 1: Difundir técnicas de uso dos
redução, reutilização e reciclagem, energético de resíduos de madeira. resíduos de madeira, junto aos geradores e
tratamento de resíduos e disposição final de potenciais clientes;
rejeitos. OBJETIVO: Aproveitar os resíduos de
madeira na RMM, desviando os mesmos dos A 1.3 - 4 - 2: Assegurar a fiscalização do uso
aterros sanitários. de resíduos de madeira oriundos de
movelarias, serrarias e afins em olarias,
cerâmicas, padarias e etc. como
biocombustíveis.

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DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
P 1.3 - 5: Inclusão de associações e A 1.3 - 5 - 1: Implementar formas
cooperativas legalmente constituídas, permanentes de formação, capacitação
formadas exclusivamente por catadores de técnica e gerencial de associações e
materiais recicláveis e reutilizáveis cooperativas legalmente constituídas,
comprovadamente de baixa renda na cadeia formadas exclusivamente por catadores de
formal de aproveitamento de RSU. materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, visando a
OBJETIVO: Diminuir a quantidade de autogestão, inclusão social e integração
rejeitos com a participação das associações regular nos sistemas de limpeza urbana na
e cooperativas legalmente constituídas, RMM, observando normas de saúde e
formadas exclusivamente por catadores de segurança de trabalho;
materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, como elo A 1.3 - 5 - 2: Fomentar a implantação da
formal na gestão dos resíduos sólidos coleta seletiva nos municípios da RMM para
urbanos. encaminhamento dos resíduos secos aos
galpões de triagem e orgânicos para o seu
local específico, priorizando as associações
e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, e
assegurar recursos para a infraestrutura;

A 1.3 - 5 - 3: Implantar programa de


comunicação permanente, mobilização
social e educação ambiental continuada,
utilizando os veículos de comunicação
existentes, abordando entre outros: a
redução da geração de resíduos sólidos;
reutilização e reciclagem dos resíduos
sólidos; mudança de comportamento da
população em relação ao consumo, saúde
pública e limpeza urbana; coleta seletiva
com a participação de associações e
cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;

A 1.3 - 5 - 4: Incentivar a contratação


prioritária dos serviços públicos de coleta
seletiva prestados pelas associações e
cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, por parte
dos municípios; garantindo o ressarcimento
dos custos incorridos através dos acordos
setoriais para as associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente
de baixa renda;

A 1.3 - 5 - 5: Implementar formas

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DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
permanentes de capacitação dos gestores
municipais (secretários, prefeitos e
assessoria técnica), como mecanismo de
garantir a implementação dos Planos
Municipais de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos (PMGIRS);

A 1.3 - 5 - 6: Apoiar as associações e


cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para o
uso de equipamentos adequados de
transporte para coleta seletiva de materiais
recicláveis e reutilizáveis, eliminando o
transporte por carroça de tração humana ou
animal nos centros urbanos;

A 1.3 - 5 - 7: Promover o programa Agenda


Ambiental na Administração Pública (A3P)
no âmbito estadual e incentivar os
municípios a adotar a A3P, priorizar nas
aquisições governamentais os produtos
recicláveis/ reciclados, e destinar através de
contratação os materiais secos recicláveis e
reutilizáveis às associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente
de baixa renda;

A 1.3 - 5 - 8: Criar fundo de reciclagem


estadual com recursos destinados a projetos
de reciclagem, inclusão social e contratação
das associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por
catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa
renda;

A 1.3 - 5 - 9: Criar formas de incentivos


financeiros em atendimento ao princípio do
protetor-recebedor do Pagamento por
Serviços Ambientais Urbanos (PSAU) e
incentivos de desoneração fiscal das
associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por
catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa
renda;

A 1.3 - 5 - 10: Incentivar as associações e


cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de

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DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para
realização do processo de compostagem de
resíduos orgânicos.

A 1.3 – 5 – 11: Apoiar as associações e


cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda na
regularização jurídica e administrativa para o
licenciamento ambiental.
P 1.3 - 6: Implementação da Coleta Seletiva A 1.3 - 6 - 1: Apoiar a elaboração dos
nos 13 municípios da RMM. Projetos Executivos de Coleta Seletiva nos
13 municípios da RMM;
OBJETIVO: Diminuir a quantidade de
materiais recicláveis que são encaminhados A 1.3 - 6 - 2: Apoiar a implementação da
para os aterros. Coleta Seletiva nos 13 municípios da RMM.

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Temática:

1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)


1.4. COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 1.4 – 1: Acesso universalizado da Estratégia transversal: Garantir Programa 1.4: P 1.4 - 1: Melhoria e ampliação dos serviços A 1.4 - 1 - 1: Oferecer aos municípios e
sociedade aos serviços de limpeza urbana complementariedade entre o PRSCS-RMM e Apoio aos municípios e consórcios de RSU regulares de coleta de RSU. consórcios de RSU assistência técnica e
prestados com regularidade. o PERS-AM, considerando o princípio da para ampliação dos serviços de coleta de ferramentas para introdução de mecanismos
subsidiariedade nas seguintes estratégias: RSU. OBJETIVO: Oferecer os serviços de coleta de monitoramento da qualidade dos
de RSU de forma universalizada, com sistemas de coleta de Resíduos Sólidos
E 1.4 – 1: Melhoria e ampliação dos serviços OBJETIVO: Prestar de forma universalizada, qualidade e regularidade, em situações Urbanos, como equipamentos e programas
regulares de coleta de RSU; com qualidade e regularidade, os serviços urbanas. de roteamento e rastreamento, entre outros;
de coleta e entrega de resíduos sólidos
E 1.4 – 2: Implementação de um sistema urbanos. A 1.4 - 1 - 2: Avaliar periodicamente a taxa
específico para comunidades em situações de cobertura de coleta regular e do grau de
isoladas. satisfação dos usuários, e divulgar dos
resultados;

A 1.4 - 1 - 3: Apoiar a implantação de Pontos


de Entregas Voluntárias (PEVs), Locais de
Entrega Voluntárias (LEVs) e ECOPONTOS.
P 1.4 - 2: Implementação de um sistema A 1.4 - 2 - 1: Oferecer aos municípios e
específico para comunidades em situações consórcios de RSU ferramentas para
isoladas. introdução de sistemas adequados de
entrega e transferência de resíduos
OBJETIVO: Oferecer de forma domiciliares secos para comunidades em
universalizada, com qualidade e locais remotos, e acessos a Terras
regularidade, os serviços em comunidades Indígenas e Unidades de Conservação, com
de situações isoladas. manutenção dos locais de transferência,
coleta regular e orientação contínua a
respeito do seu uso pela população,
observando a logística de abastecimento
para inclusão na logística de gestão de
resíduos;

A 1.4 - 2 - 2: Procurar parcerias com


iniciativa privada (comércios), rede de
abastecimento de mercadorias
(distribuidores), para financiamento e
manutenção da logística para centros
urbanos através de implantação de LEVs;

A 1.4 - 2 - 3: Avaliar periodicamente a taxa


de cobertura e do grau de satisfação dos
usuários, divulgação dos resultados;

A 1.4 - 2 - 4: Incentivar os órgãos públicos


para que seus resíduos sejam destinados
prioritariamente para as associações e
cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda.

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Temática:
2. RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS
DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
D 2 – A: Promoção de tratamento e Estratégia transversal: Garantir
disposição final adequada dos resíduos complementariedade entre o PRSCS-RMM e
especiais e referentes rejeitos; o PERS-AM, considerando o princípio da
subsidiariedade nas seguintes estratégias:
D 2 – B: Manutenção de um sistema de
controle dos resíduos especiais, por classe E 2 – A: Fortalecimento do Instituto de
de resíduos, pelo órgão estadual Proteção Ambiental do Estado do Amazonas
competente; (IPAAM) para o controle ambiental dos
resíduos especiais, incluindo fiscalização e
D 2 – C: Aplicação de princípios sistematização do monitoramento das
responsabilidade do gerador e poluidor- quantidades e qualidades geradas por meio
pagador; do SEIRES e implementação plena das
recomendações do Projeto da Agência de
D 2 – D: Aumento do reaproveitamento de Cooperação Internacional do Japão – JICA/
resíduos e diminuição de rejeitos dos Superintendência da Zona Franca de
referentes resíduos. Manaus – SUFRAMA, assegurando a
participação da Secretaria de Estado de DISCRIMINADO EM PLANILHA DISCRIMINADO EM PLANILHA DISCRIMINADO EM PLANILHA
Desenvolvimento da Região Metropolitana de ESPECÍFICA PARA CADA CATEGORIA DE ESPECÍFICA PARA CADA CATEGORIA DE ESPECÍFICA PARA CADA CATEGORIA DE
Manaus (SRMM); RESÍDUOS ESPECIAL RESÍDUOS ESPECIAL RESÍDUOS ESPECIAL

E 2 – B: Levantamento da situação atual


visando a formulação de um sistema
localmente e regionalmente adequado de
gestão dos resíduos especiais, por classe de
resíduos;

E 2 – C: Assegurar que todos os


empreendimentos geradoras de resíduos
especiais elaborem e implementem o Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

E 2 – D: Implementação e fortalecimento dos


princípios da responsabilidade do gerador e
poluidor-pagador.

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Temática:

2. RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS


2.1. RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL, DEMOLIÇÃO E VOLUMOSO (RCC/D/V)

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 2.1 – 1: Gestão, tratamento e disposição E 2.1 – 1: Gestão diferenciada conforme Programa 2.1: P 2.1 - 1: Tratamento dos Resíduos Sólidos A 2.1 - 1 - 1: Fomentar a implantação de
final adequada dos RCC/D/V, conforme responsabilidade do gerador ou do Programa RCC/D/V. da Construção Civil, Demolição e destinação final ambientalmente adequada
diretrizes gerais dos resíduos especiais. município; Volumosos, visando seu reaproveitamento e de resíduos da construção civil (Classe A),
OBJETIVO: Gerenciar, tratar e dispor de disposição final adequada dos respectivos incluindo processos de licenciamento
E 2.1 – 2: Fortalecimento do Instituto de forma ambientalmente adequada os rejeitos. ambiental simplificado;
Proteção Ambiental do Estado do Amazonas RCC/D/V.
(IPAAM) para o controle ambiental dos OBJETIVO: Encaminhar os rejeitos dos A 2.1 - 1 - 2: Aplicar campanhas adequadas
Resíduos de Construção Civil (RCC) e RCC/D/V para disposição final licenciada e de comunicação ambiental voltada aos
Resíduos de Construção e Demolição ambientalmente adequada. pequenos geradores e geração difusa de
(RCD), incluindo fiscalização e RCC/D/V, junto com os municípios e
sistematização do monitoramento das consórcios de gestão de RSU, para
quantidades e qualidades geradas; orientação sobre disposição final adequada
dos referentes resíduos e entrega em Pontos
E 2.1 – 3: Assegurar que todos os de Entrega Voluntária (PEVs) e/ ou Áreas de
empreendimentos geradores de RCC/D Transbordo de Triagem (ATTs);
elaborem e implementem o Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos da A 2.1 - 1 - 3: Priorizar a reutilização e a
referente classe de resíduos; reciclagem de RCC nas obras e
empreendimentos do governo estadual e
E 2.1 – 4: Implementação e fortalecimento compras públicas e incentivar os municípios
dos princípios da responsabilidade do da RMM para o mesmo;
gerador e poluidor-pagador;
A 2.1 - 1 - 4: Incentivar as práticas de
E 2.1 – 5: Fortalecimento do IPAAM para o demolição sustentável e combate ao
controle ambiental dos RCC/D/V incluindo desperdício, reutilização e reciclagem de
fiscalização do monitoramento das materiais da construção civil no ciclo de vida
quantidades e qualidades geradas. dos produtos do setor.
P 2.1 - 2: Implementar sistema de controle A 2.1 - 2 - 1: Definir sistema de controle
dos RCC/D/V mantido pelo IPAAM, ambiental dos RCC/D/V, em base do
assegurando a participação da Secretaria de levantamento da situação atual destes
Estado de Desenvolvimento da Região resíduos;
Metropolitana de Manaus (SRMM).
A 2.1 - 2 - 2: Incentivar cadastro de
OBJETIVO: Controlar de forma regular, empresas de transporte e tratamento de
universal e sistematizada a geração, RCC/D/V e implementar sistema de
tratamento e disposição final dos RCC/D/V rastreamento das referentes cargas;
pelo IPAAM.
A 2.1 - 2 - 3: Fortalecer o IPAAM para
realizar o controle ambiental dos RCC/D/V,
incluindo fiscalização e sistematização do
monitoramento das quantidades e
qualidades geradas, visando tratamento dos
resíduos e disposição final adequada dos
respectivos rejeitos, assegurando a
participação da SRMM;

A 2.1 - 2 - 4: Intensificar a fiscalização


estadual e municipal visando à geração
difusa de RCC/D/V e coibir o
estabelecimento de áreas de “bota-fora” de

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DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
resíduos volumosos, entulhos e de
aterramentos não regulares;

A 2.1 - 2 - 5: Assegurar que os geradores de


RCC com obrigação de apresentar o Plano
de Gerenciamento de Resíduos de
Construção Civil (PGRCC) elaborem e
implementem o referido plano.
P 2.1 - 3: Apoio a implantação da rede de A 2.1 - 3 - 1: Realizar estudos para definição
PEVs e ATT para pequenos e difusos de localização de PEVs e ATT e logística,
geradores de entulhos e resíduos custos de operação, modelo de
volumosos. financiamento da implantação, operação e
de gestão, modelo de monitoramento e
OBJETIVO: Implementar e operar rede de fiscalização para cada município;
PEVs e ATTs destinados a pequenos e
difusos geradores de RCC/D/V. A 2.1 - 3 - 2: Dimensionar equipamentos
conforme estudos realizados em A 2.1 - 3 -
1;

A 2.1 - 3 - 3: Apoiar municípios e consórcios


na implantação da infraestrutura conforme A
2.1 -3 - 2;

A 2.1 - 3 - 4: Apoiar municípios e consórcios


com instrumentos de divulgação,
manutenção e monitoramento dos PEVs e
ATT;

A 2.1 - 3 - 5: Integrar monitoramento dos


PEVs e ATT ao Sistema Estadual de
Informação de Resíduos Sólidos (SEIRES).

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Temática:
2. RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS
2.2. RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSI)

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 2.2 – 1: Gestão, tratamento e disposição E 2.2 – 1: Fortalecimento do Instituto de Programa 2.2: P 2.2 - 1: Tratamento dos RSI visando seu A 2.2 - 1 - 1: Fomentar a implantação de
final adequada dos RSI, conforme diretrizes Proteção Ambiental do Estado do Amazonas Programa RSI. reaproveitamento e disposição final equipamentos de tratamento e destinação
gerais dos resíduos especiais. (IPAAM) para o controle ambiental dos RSI, adequada dos respectivos rejeitos. final ambientalmente adequada de resíduos
incluindo fiscalização e sistematização do OBJETIVO: Gerenciar, tratar e dispor de industriais;
monitoramento das quantidades e qualidades forma ambientalmente adequada os RSI. OBJETIVO: Encaminhar os rejeitos dos RSI
geradas; para disposição final licenciada e A 2.2 - 1 - 2: Aplicar campanhas adequadas
ambientalmente adequada. para pequenos geradores e geração difusa
E 2.2 – 2: Assegurar que todos os de RSI, junto com os municípios e
empreendimentos geradores de resíduos consórcios de gestão de RSU, para
especiais elaborem e implementem o Plano orientação sobre disposição final adequada
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da dos referentes resíduos.
referente classe de resíduos; P 2.2 - 2: Implementar sistema de controle A 2.2 - 2 - 1: Definir sistema de controle
dos RSI mantido pelo IPAAM, assegurando ambiental dos RSI, em base do
E 2.2 – 3: Implementação e fortalecimento a participação da Secretaria de Estado de levantamento da situação atual destes
dos princípios da responsabilidade do Desenvolvimento da Região Metropolitana resíduos, com integração ao sistema
gerador e poluidor-pagador. de Manaus (SRMM). estatístico da Federação das Indústrias do
Estado do Amazonas (FIEAM) e da
OBJETIVO: Controlar de forma regular, Superintendência da Zona Franca de
universal e sistematizada a geração, Manaus (SUFRAMA);
tratamento e disposição final dos RSI pelo
IPAAM. A 2.2 - 2 - 2: Implementar ferramenta on-line
para monitoramento de quantitativos e
destinação dos RSI;

A 2.2 - 2 - 3: Fortalecer o IPAAM, visando


aumentar a eficiência do sistema de
gerenciamento e controle de RSI, incluindo
sistematização do monitoramento das
quantidades e qualidades geradas, e um
sistema de controle de transporte de
resíduos industriais, rastreando os resíduos
da geração até tratamento e/ou disposição
final, assegurando a participação da SRMM;

A 2.2 - 2 - 4: Monitorar o cumprimento da


Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), Lei Federal n.o 12.305/2010, para
que todas as empresas industriais geradoras
de resíduos sólidos perigosos e não
perigosos elaborem e implementem o Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Industriais (PGRSI).

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Temática:
2. RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS
2.3. RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE E DE FRONTEIRAS (RST/F)

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 2.3 – 1: Gestão, tratamento e disposição E 2.3 – 1: Fortalecimento do Instituto de Programa 2.3: P 2.3 - 1: Apoio a gestão dos resíduos A 2.3 - 1 - 1: Intensificar as ações de
final adequada dos RST/F, conforme Proteção Ambiental do Estado do Amazonas Programa RST/F. gerados em portos, aeroportos, terminais fiscalização nos portos, aeroportos,
diretrizes gerais dos resíduos especiais. (IPAAM) para o controle ambiental dos alfandegários, aquaviários e rodoviárias. terminais alfandegários, aquaviários e
RST/F, incluindo fiscalização e OBJETIVO: Gerenciar, tratar e dispor de rodoviárias;
sistematização do monitoramento das forma ambientalmente adequada os RST/F. OBJETIVO: Encaminhar os rejeitos dos
quantidades e qualidades geradas; RST/F para disposição final licenciada e A 2.3 - 1 - 2: Intensificar as ações de
ambientalmente adequada. capacitação e educação ambiental para os
E 2.3 – 2: Assegurar que todos os responsáveis pelos terminais e outras
empreendimentos geradores de resíduos instalações, funcionários e usuários das
especiais elaborem e implementem o Plano referidas instalações;
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos; A 2.3 - 1 - 3: Assegurar a implantação da
coleta seletiva e de medidas de
E 2.3 – 3: Implementação e fortalecimento comunicação ambiental nas embarcações
dos princípios da responsabilidade do de passageiros, portos e terminais de
gerador e poluidor-pagador. transporte;

A 2.3 - 1 - 4: Assessorar tecnicamente os


municípios no atendimento as
condicionantes estabelecidas pelo órgão
licenciador em seus Termos de Ajuste de
Conduta (TACs).
P 2.3 - 2: Implementar sistema de controle A 2.3 - 2 - 1: Definir sistema de controle
dos RST/F mantido pelo IPAAM, ambiental dos RST, em base do
assegurando a participação da Secretaria de levantamento da situação atual destes
Estado de Desenvolvimento da Região resíduos;
Metropolitana de Manaus (SRMM).
A 2.3 - 2 - 2: Assegurar elaboração e
OBJETIVO: Controlar de forma regular, implementação de planos de gerenciamento
universal e sistematizada a geração, de RST/F no âmbito da RMM;
tratamento e disposição final dos RST/F pelo
IPAAM. A 2.3 - 2 - 3: Exigir e fiscalizar a elaboração
e implementação dos planos de
gerenciamento de resíduos sólidos dos
serviços de transporte no âmbito público e
privado.

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Temática:
2. RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS
2.4. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 2.4 – 1: Gestão, tratamento e disposição E 2.4 – 1: Fortalecimento do Instituo de Programa 2.4: P 2.4 - 1: Tratamento dos RSS visando A 2.4 - 1 - 1: Fomentar a implantação de
final adequada dos RSS, conforme diretrizes Proteção Ambiental do Estado do Amazonas Programa RSS. aumento do seu reaproveitamento e tratamento e destinação final
gerais dos resíduos especiais. (IPAAM) para o controle ambiental dos RSS, diminuição dos rejeitos dos RSS comuns ambientalmente adequada de resíduos de
incluindo fiscalização e sistematização do OBJETIVO: Gerenciar, tratar e dispor de (classe D), redução de resíduos para serviços de saúde, incluindo sistemas para
monitoramento das quantidades e qualidades forma ambientalmente adequada os RSS. tratamento especial (classe A, B, C, E) e comunidades isoladas;
geradas; minimização e disposição final adequada
dos respectivos rejeitos. A 2.4 - 1 - 2: Incentivar a separação das
E 2.4 – 2: Assegurar que todos os classes de resíduos, evitando a mistura de
empreendimentos geradores de resíduos OBJETIVO: Encaminhar os rejeitos dos resíduos específicos (classes A, B, C, E)
especiais elaborem e implementem o Plano RSS para disposição final licenciada e com resíduos comuns (classe D);
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da ambientalmente adequada e orientar os
referente classe de resíduos; geradores de RSS a aplicarem métodos A 2.4 - 1 - 3: Assessorar tecnicamente os
para reaproveitamento de resíduos e municípios da RMM no atendimento as
E 2.4 – 3: Implementação e fortalecimento diminuição dos referentes rejeitos. condicionantes estabelecidas pelo órgão
dos princípios da responsabilidade do licenciador em seus Termos de Ajustamento
gerador e poluidor-pagador. de Conduta (TACs).
P 2.4 - 2: Implementar sistema de controle A 2.4 - 2 - 1: Fortalecer o IPAAM e a
dos RSS mantido pelo IPAAM, assegurando Vigilância Sanitária do Estado, visando o
a participação da Secretaria de Estado de controle de resíduos de serviços de saúde,
Desenvolvimento da Região Metropolitana incluindo sistematização do monitoramento
de Manaus (SRMM). das quantidades e qualidades geradas,
assegurando a participação da SRMM;
OBJETIVO: Controlar de forma regular,
universal e sistematizada a geração, A 2.4 - 2 - 2: Assegurar que os geradores de
tratamento e disposição final dos RSS pelo RSS com obrigação de apresentar o Plano
IPAAM. de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de
Saúde (PGRSS) elaborem e implementem o
referido plano;

A 2.4 - 2 - 3: Incentivar sistemas de


gerenciamento de RSS para pequenos
geradores (farmácias, clínicas ambulatórias,
postos de saúde, clínicas veterinárias,
laboratórios etc.).

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Temática:
2. RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS
2.5. RESÍDUOS SÓLIDOS DE MINERAÇÃO (RSM)

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 2.5 – 1: Gestão, tratamento e disposição E 2.5 – 1: Fortalecimento do Instituo de Programa 2.5: P 2.5 - 1: Manter sistema de controle dos A 2.5 - 1 - 1: Realizar diagnóstico dos
final adequada dos RSM, conforme diretrizes Proteção Ambiental do Estado do Amazonas Programa RSM. resíduos de mineração, pelo órgão estadual resíduos da mineração no Estado do
gerais dos resíduos especiais. (IPAAM) para o controle ambiental dos RSM, competente, visando destinação final Amazonas, às empresas mineradoras e
incluindo fiscalização e sistematização do OBJETIVO: Gerenciar, tratar e dispor de ambientalmente adequada. sindicato de classe, assegurando a
monitoramento das quantidades e qualidades forma ambientalmente adequada os RSM. participação da Secretaria de Estado de
geradas; OBJETIVO: Controlar de forma regular, Desenvolvimento da Região Metropolitana
universal e sistematizada a geração, de Manaus (SRMM);
E 2.5 – 2: Assegurar que todos os tratamento e disposição final dos RSM pelo
empreendimentos geradores de resíduos IPAAM. A 2.5 - 1 - 2: Fortalecer o órgão competente
especiais elaborem e implementem o Plano visando o controle dos recursos minerais
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da explorados e os referentes resíduos na
referente classe de resíduos; RMM, assegurando a participação da
SRMM;
E 2.5 – 3: Implementação e fortalecimento
dos princípios da responsabilidade do A 2.5 - 1 - 3: Manter cadastro de geração e
gerador e poluidor-pagador. qualidade de disposição final de resíduos de
mineração, pelo órgão estadual de meio
ambiente;

A 2.5 - 1 - 4: Fiscalizar a elaboração e


implementação do plano de gerenciamento
de resíduos da mineração.
P 2.5 - 2: Resíduos da mineração. A 2.5 - 2 - 1: Fomentar e divulgar
tecnologias que evitam uso do mercúrio nos
OBJETIVO: Apoiar o controle do uso e garimpos;
destinação do mercúrio.
A 2.5 - 2 - 2: Controlar o uso e destinação
de mercúrio, conforme Resolução
CEMAAM/n.o 011/2012);

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Temática:
2. RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS
2.6. RESÍDUOS SÓLIDOS AGROSSILVOPASTORIS (RSA)

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 2.6 – 1: Gestão, tratamento e disposição E 2.6 – 1: Fortalecimento do Instituto de Programa 2.6: P 2.6 - 1: Tratamento dos RSA visando seu A 2.6 - 1 - 1: Identificar os municípios com
final adequada dos RSA, conforme diretrizes Proteção Ambiental do Estado do Amazonas Programa RSA. reaproveitamento e disposição final maior volume de resíduos agrossilvopastoris
gerais dos resíduos especiais. (IPAAM) para o controle ambiental dos RSA, adequada dos respectivos rejeitos. e propor soluções regionalizadas para
incluindo fiscalização e sistematização do OBJETIVO: Gerenciar, tratar e dispor de reaproveitamento;
monitoramento das quantidades e qualidades forma ambientalmente adequada os RSA. OBJETIVO: Incentivar os geradores de RSA
geradas; a aplicar os métodos para reaproveitamento A 2.6 - 1 - 2: Capacitar os produtores rurais,
de resíduos e diminuição dos referentes associações, cooperativas e outras
E 2.6 – 2: Assegurar que todos os rejeitos. entidades de classe para possibilitar o
empreendimentos geradores de resíduos reaproveitamento dos RSA;
especiais elaborem e implementem o Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da A 2.6 - 1 - 3: Incentivar nas escolas técnicas
referente classe de resíduos; rurais o aprendizado de técnicas
ambientalmente adequadas para destinação
E 2.6 – 3: Implementação e fortalecimento e reaproveitamento de RSA;
dos princípios da responsabilidade do
gerador e poluidor-pagador. A 2.6 - 1 - 4: Aplicar manual para orientar
pequenos produtores, comunidades isoladas
e residências rurais quanto à triagem,
tratamento e destinação final de RSA.

P 2.6 - 2: Implementar sistema de controle A 2.6 - 2 - 1: Realizar diagnóstico dos


dos RSA mantido pelo IPAAM, assegurando resíduos sólidos agrossilvopastoris na RMM;
a participação da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento da Região Metropolitana A 2.6 - 2 - 2: Fortalecer o IPAAM e Agência
de Manaus (SRMM). de Defesa Agropecuária e Florestal do
Estado do Amazonas (ADAF) visando o
OBJETIVO: Controlar de forma regular, controle dos resíduos sólidos
universal e sistematizada a geração, agrossilvopastoris na RMM, incluindo
tratamento e disposição final dos RSA pelo sistematização do monitoramento das
IPAAM. quantidades e qualidades geradas,
assegurando a participação da SRMM;

A 2.6 - 2 - 3: Fiscalizar a elaboração e


implementação do plano de gerenciamento
de resíduos sólidos agrossilvopastoris;

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Temática:
2. RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS
2.7. RESÍDUOS SÓLIDOS DE SANEAMENTO BÁSICO (RSB)

DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES


D 2.7 – 1: Gestão, tratamento e disposição E 2.7 – 1: Fortalecimento do Instituto de Programa 2.7: P 2.7 - 1: Implementar sistema de controle A 2.7 - 1 - 1: Elaborar diagnóstico estadual
final adequada dos RSB, conforme diretrizes Proteção Ambiental do Estado do Amazonas Programa RSB. dos RSB mantido pelo IPAAM, assegurando dos resíduos de saneamento básico na
gerais dos resíduos especiais. (IPAAM) para o controle ambiental dos RSB, a participação da Secretaria de Estado de RMM;
incluindo fiscalização e sistematização do OBJETIVO: Gerenciar, tratar e dispor de Desenvolvimento da Região Metropolitana
monitoramento das quantidades e qualidades forma ambientalmente adequada os RSB. de Manaus (SRMM), visando destinação A 2.7 - 1 - 2: Intensificar as ações de
geradas; final ambientalmente adequada. fiscalização nas Estações de Tratamento de
Água e Esgoto;
E 2.7 – 2: Assegurar que todos os OBJETIVO: Encaminhar os rejeitos dos
empreendimentos geradores de resíduos RSB para disposição final licenciada e A 2.7 - 1 - 3: Fortalecer o órgão estadual de
especiais elaborem e implementem o Plano ambientalmente adequada. meio ambiente, visando o controle de
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da resíduos de saneamento básico, incluindo
referente classe de resíduos; sistematização do monitoramento das
quantidades e qualidades geradas,
E 2.7 – 3: Implementação e fortalecimento assegurando a participação da SRMM;
dos princípios da responsabilidade do
gerador e poluidor-pagador. A 2.7 - 1 - 4: Fiscalizar a implementação dos
planos municipais de saneamento básico no
que se refere aos RSB.
P 2.7 - 2: Apoio a gestão dos resíduos A 2.7 - 2 - 1: Incentivar ações de
gerados nas Estações de Tratamento de capacitação e educação ambiental para as
Água e Esgoto, aplicando os princípios empresas de saneamento e seus
responsabilidade do gerador, poluidor- funcionários, visando tratamento e
pagador. disposição correta dos resíduos gerados nas
instalações;
OBJETIVO: Incentivar que os geradores de
RSB tratem seus resíduos de forma A 2.7 - 2 - 2: Aplicar manuais e normas
adequada e encaminhem os rejeitos à técnicas para gerenciamento de resíduos
disposição final adequada e licenciada. sólidos com foco nas Estações de
Tratamento de Água e Esgoto.
P 2.7 - 3: Incentivar os geradores de RSB A 2.7 - 3 - 1: Divulgar novas tecnologias de
para aplicar métodos para reaproveitamento tratamento dos resíduos de saneamento
de resíduos e diminuição dos referentes com ênfase na biodigestão, no
rejeitos. aproveitamento energético e no reuso da
água domiciliar;
OBJETIVO: Incentivar que os geradores de
RSB apliquem métodos para o A 2.7 - 3 - 2: Estimular o aproveitamento
reaproveitamento de RSB e diminuição dos energético, por biodigestão e biogás, dos
referentes rejeitos. resíduos dos serviços de saneamento
básico.

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Temática:
3. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS
3.1. INCLUSIVIDADE DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
3.2. POLÍTICAS PROATIVAS DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
3.3. SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
D 3: Consolidação de um sistema de gestão Estratégia transversal: Garantir Programa 3: P 3 - 1: Projeto de inclusão dos usuários, A 3 - 1 - 1: Incentivar municípios e
de RS, envolvendo o Estado, a Região complementariedade entre o PRSCS-RMM e Programa para a consolidação de um catadores de materiais recicláveis e consórcios de RSU para sistemas de
Metropolitana de Manaus, Consórcios PERS-AM, considerando o princípio da sistema de gestão de Resíduos Sólidos no reutilizáveis comprovadamente de baixa inclusão, de educação ambiental e de
Municipais, Municípios e Atores da subsidiariedade nas seguintes estratégias: Estado do Amazonas e na RMM e renda e fornecedores de serviços na gestão comunicação com os usuários, mecanismos
responsabilidade individual e compartilhada; fortalecimento da gestão pública dos dos resíduos sólidos. de retroalimentação pelos usuários da coleta
E 3.1 – 1: Promoção da inclusão dos resíduos sólidos. de RSU, avaliação regular do grau de
D 3.1 – 1: Promoção da inclusividade da usuários, catadores de materiais recicláveis OBJETIVO: Instrumentalizar os usuários e satisfação do usuário, divulgação dos
gestão de resíduos sólidos para usuários de e reutilizáveis comprovadamente de baixa OBJETIVO: Capacitar e instrumentalizar os fornecedores de serviços visando sua resultados, entre outros;
serviços; renda e fornecedores de serviços na gestão atores e organismos públicos e privados participação ativa e inclusão nas atividades A 3 - 1 - 2: Incluir catadores de materiais
dos resíduos sólidos, estabelecendo a envolvidos na gestão sustentável dos de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos recicláveis e reutilizáveis comprovadamente
D 3.1 – 2: Promoção da inclusividade da informação, educação e comunicação resíduos sólidos. (RSU). de baixa renda na gestão dos resíduos, em
gestão de resíduos sólidos para ambiental como uma temática transversal na escala compatível com as quantidades de
fornecedores de serviços; gestão dos resíduos sólidos; resíduos, observando critérios de saúde e
segurança de trabalho, priorizando a
D 3.2 – 1: Desenvolvimento e promoção de E 3.2 – 1: Fortalecimento da gestão dos contratação de associações e cooperativas
políticas proativas da gestão de resíduos serviços de limpeza pública e manejo de legalmente constituídas, formadas
sólidos; resíduos sólidos, através de políticas exclusivamente por catadores de materiais
proativas, soluções consorciadas e apoio à recicláveis e reutilizáveis comprovadamente
D 3.3 – 1: Promoção da sustentabilidade logística reversa; de baixa renda pra prestação de serviços
financeira da gestão de resíduos sólidos. públicos (observando a A 1.3 - 5 - 7);
E 3.3 – 1: Assegurar apoio na obtenção de A 3 - 1 - 3: Incentivar a participação de
linhas de financiamento e refinanciamento empresas locais para prestar serviços de
pelos serviços prestados, visando à coleta e tratamento de RSU e especiais,
sustentabilidade financeira do setor. através de capacitação, divulgação de
melhores práticas, incentivos fiscais, entre
outros;
A 3 - 1 - 4: Informar e divulgar vantagens e
desvantagens de modelos de participação
do setor privado na gestão dos resíduos
sólidos;
A 3 - 1 - 5: Criar incentivos fiscais para
empresas que destinam seus resíduos aos
catadores de materiais recicláveis;
A 3 – 1 – 6: Estimular o debate entre as
esferas estadual e municipais junto às ACs
de catadores para criação de legislação/
instrumentos legais de reconhecimento da
utilidade pública pela prestação dos serviços
de coleta seletiva e isenção das taxas de
licenciamento ambiental.

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DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
P 3 - 2: Projeto de fortalecimento da gestão A 3 - 2 - 1: Apoiar a implementação e
municipal dos serviços de limpeza pública e atualização dos Planos de Gestão Integrada
manejo de resíduos sólidos, através de de Resíduos Sólidos Urbanos da Região
políticas proativas e soluções consorciadas. Metropolitana de Manaus, intermunicipais e
municipais de acordo com o estabelecido em
OBJETIVO: Implementar políticas proativas cada documento;
de apoio às soluções consorciadas para os
municípios amazonenses. A 3 - 2 - 2: Incentivar com instrumentos
políticos, financeiros, fiscais e técnicos a
gestão consorciada de RSU (Gestão
intermunicipal escopos I e II);

A 3 - 2 - 3: Implantar programa de
capacitação voltado aos consórcios de
gestão de RSU e aos municípios;

A 3 - 2 - 4: Apoiar a elaboração de
legislação e demais normas específicas de
limpeza pública nos municípios;

A 3 - 2 - 5: Dar seguimento às iniciativas do


Estado, no âmbito da gestão de resíduos
sólidos (Programa de Apoio a Elaboração
dos Planos Municipais de Saneamento
Básico e Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos dos municípios do Estado do
Amazonas - PLAMSAN, o Fórum
Permanente das Secretarias Municipais de
Meio Ambiente - FOPES, o licenciamento
ambiental e as ações de fiscalização via
IPAAM, as resoluções do Conselho Estadual
de Meio Ambiente, o estudo da Agência de
Cooperação Internacional do Japão – JICA/
Superintendência da Zona Franca de
Manaus – SUFRAMA, Plano Estadual de
Resíduos Sólidos dos Amazonas – PERS-
AM e Plano de Resíduos Sólidos e Coleta
Seletiva da Região Metropolitana de Manaus
– PRSCS-RMM), no sentido de integrar
estas num sistema consolidado de gestão de
Resíduos Sólidos no Estado do Amazonas,
assegurando a participação da Secretaria de
Estado de Desenvolvimento da Região
Metropolitana de Manaus (SRMM);

A 3 - 2 - 6: Apoiar a avaliação de
desempenho do sistema de gestão de RSU.
P 3 - 3: Projeto de fortalecimento da gestão A 3 - 3 - 1: Assegurar a implementação e
de resíduos sólidos, no âmbito estadual e da atualização do Plano Estadual de Resíduos
Região Metropolitana de Manaus, através de Sólidos e do Plano de Resíduos Sólidos e de
políticas proativas e apoio à logística Coleta Seletiva da Região Metropolitana de
reversa. Manaus, de acordo com o estabelecido no
documento;
OBJETIVO: Implementar políticas proativas
e apoio a soluções consorciadas e a A 3 - 3 - 2: Incentivar a implementação da

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DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
logística reversa. Lei da Política Estadual de Resíduos
Sólidos;

A 3 - 3 - 3: Fiscalizar a implementação dos


Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos (PGRS) dos empreendimentos
particulares;

A 3 - 3 - 4: Estabelecer um programa de
capacitação voltado para qualificação de
profissionais na gestão de resíduos sólidos,
estabelecer parcerias com centros de
referência em capacitação e gestão de
resíduos sólidos no País, e articular com
instituições governamentais e com a
iniciativa privada o aporte de recursos para o
programa;

A 3 - 3 - 5: Elaborar e implantar o Sistema


Estadual de Informação de Resíduos Sólidos
(SEIRES);

A 3 - 3 - 6: Realizar estudos para criação de


subsídios e políticas proativas para atração
de indústrias de base para a cadeia da
reciclagem e recuperação de resíduos;

A 3 - 3 - 7: Criar mecanismos que facilitem a


comercialização dos recicláveis em todas as
Regiões do Estado;

A 3 - 3 - 8: Criar arranjo institucional ao nível


da administração estadual para a gestão
integrada de resíduos soldos, incluindo
fortalecimento da gestão de resíduos sólidos
na Secretaria de Estado do Meio Ambiente
(SEMA) e no IPAAM, e o fortalecimento do
Comitê Estadual de Gestão de Resíduos
Sólidos, assegurando a participação da
SRMM e participação de entidades
representativas dos principais envolvidos;

A 3 - 3 - 9: Desenvolver no âmbito do
Comitê Estadual de Gestão de Resíduos
Sólidos orientação para implementar os
acordos setoriais e o sistema de logística
reversa no Estado do Amazonas;

A 3 - 3 - 10: Promover integração entre


programas estaduais, municipais e privados,
relacionados ao tema de resíduos sólidos;

A 3 - 3 - 11: Capacitar Agência de


Regulação e Controle de Serviços Públicos

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DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
do Estado do Amazonas (ARSAM) para a
fiscalização dos contratos públicos no âmbito
da gestão de resíduos sólidos;

A 3 - 3 - 12: Introduzir rotinas de avaliação


de desempenho do sistema de gestão de
resíduos sólidos.

A 3 – 3 - 13: Estimular e apoiar os


municípios na definição das quantidades e
qualidades de resíduos provenientes dos
grandes geradores, nos PMGIRS e nas
relacionadas legislações municipais de
resíduos sólidos.
P 3 - 4: Projeto de Manejo de Resíduos em A 3 - 4 - 1: Fortalecer as ações do IPAAM
situações de emergência e contingência aos junto à Agência Nacional de Aviação Civil
municípios da Região Metropólitana de (ANAC), Infraero e os municípios da quanto
Manaus. a prevenção e minimização de
acidentes/incidentes de risco aviário
OBJETIVO: Preparar o Estado para dispor relacionados a existência de lixões à céu
de estruturas para o manejo de resíduos aberto próximos ao aeroportos/aeródromos;
sólidos em situações de emergências.

A 3 - 4 - 2: Incentivar os gestores municipais


da RMM a atualizarem seus Planos
Municipais de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos (PMGIRS) contemplando a inclusão
do Programa de Ações de Emergências e
Contingências para o Manejo de Resíduos
Sólidos Urbanos;

A 3 - 4 - 3: Promover capacitação técnica da


equipe de gestão municipal dos serviços de
limpeza pública para elaborar, implantar,
executar e monitorar continuamente o Plano
Municipal de Ações de Emergências e
Contingência para o Manejo de Resíduos
Sólidos Urbanos;

A 3 - 4 - 4: Integrar o monitoramento dos


municípios quanto ações estabelecidas nos
Programas de Ações de Emergências e
Contingências para o manejo de resíduos
sólidos urbanos ao SEIRES;

A 3 - 4 - 5: Apoiar com cooperação técnica


os municípios que tiverem a prestação de
seus serviços de manejo de resíduos sólidos
urbanos interrompidos decorrentes de
eventos climáticos;

A 3 - 4 - 6: Formular e implementar, a nível


de Estado e incluindo a RMM, um Plano de

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DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
Emergência e Contingência para os
Resíduos Sólidos Especiais (Resíduos
Sólidos da Construção Civil, Demolição e
Volumoso; Resíduos Sólidos Industriais;
Resíduos Sólidos de Transporte e
Fronteiras; Resíduos de Serviço de Saúde;
Resíduos Sólidos de Mineração; Resíduos
Sólidos Agrossilvopastoris; e Resíduos
Sólidos de Saneamento Básico).
P 3 - 5: Projeto de sustentabilidade A 3 - 5 - 1: Incentivar e desenvolver estudos
financeira do setor. para cobrança dos serviços de limpeza
urbana pelos municípios e consórcios
OBJETIVO: Dispor apoio à captação de intermunicipais, de forma socialmente
financiamento e refinanciamento aos diferenciada e desvinculado do Imposto
municípios da Região Metropolitana de Predial e Territorial Urbano (IPTU);
Manaus direcionados aos serviços do âmbito
da gestão de resíduos sólidos. A 3 - 5 - 2: Orientar os municípios na
elaboração de projetos para captação de
recursos estaduais, nacionais e
internacionais;

A 3 - 5 - 3: Realizar estudos sobre


mecanismos para isenção de impostos para
a cadeia produtiva de resíduos de industrias
e as associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por
catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa
renda;

A 3 - 5 - 4: Incentivar a adoção de
mecanismos econômicos e gerenciais que
assegurem a recuperação dos custos dos
serviços prestados como forma de garantir
sua sustentabilidade operacional e financeira
destes serviços;

A 3 - 5 - 5: Efetivar mecanismos de
arrecadação de recursos decorrentes de
infrações ambientais por disposição
inadequada de Resíduos Sólidos e a
possibilidade de remuneração por serviços
ambientais, conforme na Lei Federal n.o
12.305/2010 princípios "Poluidor – Pagador"
e Lei Estadual de Serviços Ambientais n.o
337/2015;

A 3 – 5 – 6: Incentivar os operadores
previstos nos acordos setoriais vigentes para
acessar os referentes recursos e integrar as
iniciativas nos PMGIRS.
P 3 - 6: Projeto de implementação e A 3 - 6 - 1: Assegurar compromisso da alta
manutenção do Plano Estadual de Gestão gestão do Estado para implementação do
de Resíduos Sólidos e Plano de Resíduos PERS-AM e do PRSCS-RMM e um
Sólidos e de Coleta Seletiva da Região relacionado projeto de implementação,

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DIRETRIZES ESTRATÉGIAS PROGRAMAS PROJETOS AÇÕES
Metropolitana de Manaus. através de criação de um Grupo de Trabalho
intersecretarial e decreto do Governador do
OBJETIVO: Detalhar e implementar o Plano Estado;
Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos e
Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta A 3 - 6 - 2: Definir Grupo de Trabalho (GT)
Seletiva da Região Metropolitana de com os principais envolvidos ao nível do
Manaus. Estado, com representantes do setor
privado, população e catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente
de baixa renda envolvidos;

A 3 - 6 - 3: Promover oficinas com o GT,


definir atribuições, distribuir tarefas, elaborar
cronograma de formulação do projeto de
implementação, ao nível de Plano
Operacional;

A 3 - 6 - 4: Definir fontes e desenvolver


projeto de financiamento;

A 3 - 6 - 5: Elaborar projeto de
implementação do PERS-AM e do PRSCS-
RMM, apresentar e discutir com a população
e os atores envolvidos.
P 3 - 7: Projeto de capacitação ambiental A 3 - 7 - 1: Criar Centro de Referência em
contínua com foco na temática resíduos Resíduos do Amazonas para capacitação
sólidos. técnica, utilizando as estruturas
governamentais existentes, como por
OBJETIVO: Apoiar à gestão municipal de exemplo o Centro de Educação Tecnológica
resíduos (secretariado e corpo técnico), do Amazonas (CETAM) e Universidade do
qualificação profissional para a geração de Estado do Amazonas (UEA) em parceria
renda a partir da gestão de resíduos com universidades federais (UFAM e IFAM),
(catadores de materiais recicláveis e Instituições de Pesquisa, Instituições
reutilizáveis comprovadamente de baixa Municipais e Organizações Não
renda), pesquisa e desenvolvimento Governamentais.
(estudantes), educação ambiental
(população em geral), comunicação e
informação.

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7. METAS E CONDICIONANTES DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E DA
COLETA SELETIVA

7.1. Estrutura das Metas e Indicadores da Gestão de Resíduos

Conforme já explicado anteriormente no tópico denominado de Relatório de


Diretrizes e Estratégias do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da
Região Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM), define-se Diretrizes como linhas
norteadoras por grandes temas, enquanto que as Estratégias referem-se a forma ou
os meios, pelos quais as respectivas ações serão implementadas. Portanto, as
Diretrizes e suas respectivas Estratégias definirão os programas e as ações a serem
delineados com vistas ao atendimento das Metas.

Sendo a construção de diretrizes, estratégias, programas, ações e metas um


processo de inter-relação com condição intrínseca para a coerência das
proposições, elaborou-se uma matriz de consolidação das proposições, denominada
nesta etapa de Plano de Matriz de Proposições.

Para melhorar legibilidade e entendimento da matriz, sugere-se a divisão em duas


matrizes distintas, porém com identificação clara da sua interdependência, sendo:

Matriz 1: Diretrizes, Estratégias, Programas, Projetos e Ações.

Matriz 2: Metas, indicadores e horizontes temporais.

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7.2. Matriz das Metas e Indicadores da Gestão de Resíduos Sólidos na RMM

Quadro 101 – Matriz das metas e indicadores – Temática 1


ORDEM PRAZOS CURTO MÉDIO LONGO
TEMÁTICA, META, INDICADOR, FONTE DE
DA ATÉ ANO /
COMPROVAÇÃO 2019 2023 2027 2031 2035
META PARÂMETRO
1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Erradicação e recuperação das áreas de
disposição inadequada de RSU a céu aberto Municípios
23 54 100 100 100
1.1 – 1 Indicador: Lixões recuperados %
(3) (7) (13) (13) (13)
Fonte de comprovação: Sistema de (no.)
Monitoramento e Supervisão do SEIRES
Disposição final ambientalmente adequada
de rejeitos em aterros sanitários Municípios
23 54 100 100 100
1.2 – 1 Indicador e fonte de comprovação: Aterros %
(3) (7) (13) (13) (13)
Sanitários em operação regular (Sistema de (no.)
Monitoramento e Supervisão do SEIRES).
Redução dos resíduos sólidos recicláveis
secos dispostos em aterros sanitários
Indicador: Cota de reciclagem (média aritmética
dos municípios), em % peso da coleta, RSU
1.3 – 1 22 35 45 55 65
materiais secos e orgânicos desviados do %
aterro sanitário
Fonte de comprovação: Sistema de
Monitoramento e Supervisão do SEIRES
Acesso universalizado da sociedade aos
serviços de limpeza urbana prestados com
regularidade
Indicador: Taxa de cobertura com serviços de Municípios
62 85 100 100 100
1.4 – 1 coleta ou sistemas de entrega, relação de %
(8) (11) (14) (13) (13)
municípios com taxa de cobertura > 90 % da (no.)
população total do município
Fonte de comprovação: Sistema de
Monitoramento e Supervisão do SEIRES
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

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Quadro 102 - Matriz das metas e indicadores – Temática 2
PRAZOS CURTO MÉDIO LONGO
ORDEM TEMÁTICA, META, INDICADOR, FONTE DE
DA META COMPROVAÇÃO ATÉ ANO/
2019 2023 2027 2031 2035
PARÂMETRO
2. RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS
2.1. RCC/D/V
Erradicação das áreas irregulares de
disposição final de RCC, até 2035
Indicador e fonte de comprovação:
Monitoramento das áreas irregulares de Municípios % 23 54 100 100 100
2.1 -1
disposição final de RCC (Sistema de (no.) (3) (7) (13) (13) (13)
Monitoramento e Supervisão do SEIRES -
ferramentas do Estudo SUFRAMA/ JICA,
Estatísticas do SINDUSCON/AM e CREA/AM).
2.2. RSI
Erradicação da destinação inadequada dos
RSI, até 2035
Indicador e fonte de comprovação:
Monitoramento e fiscalização das áreas Municípios % 23 54 100 100 100
2.2 - 1
inadequadas de disposição final de RSI (no.) (3) (7) (13) (13) (13)
(Sistema de Monitoramento e Supervisão do
SEIRES - ferramentas do Estudo SUFRAMA/
JICA, Estatísticas da FIEAM).
2.3. RST/F
Rejeitos dos RST encaminhados para
destinação ambientalmente adequada
Indicador e fonte de comprovação: Adequação
do tratamento de resíduos gerados nos portos, Municípios % 23 54 100 100 100
2.3 - 1
aeroportos, conforme normativos e TAC’s (no.) (3) (7) (13) (13) (13)
vigentes (Sistema de Monitoramento e
Supervisão do SEIRES - ferramentas do
Estudo SUFRAMA/ JICA).
2.4. RSS
Destinação final ambientalmente adequada
dos RSS, até 2035
Indicador e fonte de comprovação: Disposição
Municípios % 23 54 100 100 100
2.4 - 1 final em local que possua licença ambiental
(no.) (3) (7) (13) (13) (13)
para os RSS (Sistema de Monitoramento e
Supervisão do SEIRES - ferramentas do
Estudo SUFRAMA/ JICA).
2.5. RSM
Disposição final ambientalmente adequada
dos RSM
Indicador e fonte de comprovação: Municípios % 85 100 100 100
2.5 - 1 [1]
Monitoramento da Disposição final dos RSM (no.) (11) (13) (13) (13)
(Sistema de Monitoramento e Supervisão do
SEIRES).
2.6. RSA
Disposição final ambientalmente adequada
dos RSA
Indicador e fonte de comprovação: Ampliação
Municípios % 85 100 100
2.6 - 1 da logística reversa para todas as categorias [1] [1]
(no.) (11) (13) (13)
de RSA (Sistema de Monitoramento e
Supervisão do SEIRES - ferramentas do
Estudo SUFRAMA/ JICA).
2.7. RSB
Disposição final ambientalmente adequada
dos RSB
Indicador e fonte de comprovação:
Municípios % 23 54 100 100 100
2.7 - 1 Monitoramento do tratamento e da disposição
(no.) (3) (7) (13) (13) (13)
final dos RSB (Sistema de Monitoramento e
Supervisão do SEIRES - ferramentas do
Estudo SUFRAMA/ JICA).
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

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Quadro 103 - Matriz das metas e indicadores – Temática 3
ORDEM PRAZOS CURTO MÉDIO LONGO
TEMÁTICA, META, INDICADOR, FONTE DE
DA ATÉ ANO/
COMPROVAÇÃO 2019 2023 2027 2031 2035
META PARÂMETRO
3. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
3.1. INCLUSIVIDADE DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Programas de inclusão dos usuários de
serviços de GRSU nos municípios
Indicador: Indicadores de desempenho para
Inclusividade dos usuários (i) (4U): Municípios Municípios
3.1 - 1 30 40 45 55 70
com resultados satisfatórios (= intermediário/ alto %
e alto, 61 a 100%).
Fonte de comprovação: Sistema de
Monitoramento e Supervisão do SEIRES.
Programas de inclusão dos fornecedores de
serviços de GRSU nos municípios
Indicador: Indicadores de desempenho para
Inclusividade dos provedores de serviços (ii) (4P): Municípios
3.1 - 2 30 40 45 55 70
Municípios com resultados satisfatórios (= %
intermediário/ alto e alto, 61 a 100%).
Fonte de comprovação: Sistema de
Monitoramento e Supervisão do SEIRES.
3.2. POLÍTICAS PROATIVAS DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Projeto de fortalecimento da gestão estadual
de resíduos sólidos, através de políticas
proativas e apoio à logística reversa
Indicador: Indicadores de desempenho para
instituições adequadas e políticas proativas -
3.2 - 1 Municípios % 30 50 60 75 90
instituições locais (ii) (6L): Municípios com
resultados satisfatórios (= intermediário/ alto e
alto, 61 a 100%).
Fonte de comprovação: Sistema de
Monitoramento e Supervisão do SEIRES
3.3. SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Apoio a instrumentos de cobrança dos
serviços de LU e sustentabilidade financeira
da gestão dos RSU nos municípios
Indicador: Indicadores de desempenho para
3.3 - 1 Sustentabilidade Financeira (5F): Municípios Municípios % 30 40 45 55 70
com resultados satisfatórios (= intermediário/ alto
e alto, 61 a 100%).
Fonte de comprovação: Sistema de
Monitoramento e Supervisão do SEIRES.
(1) Antes da conclusão de estudos, não será razoável dimensionar as metas.
(2) A ser construído conforme metodologia Estudos SUFRAMA/ JICA, ampliado por grupos de RSE e enfoque
regional.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

7.3. Condicionantes da Gestão de Resíduos

De maneira geral, para o real cumprimento das metas supracitadas é necessário


que as seguintes condicionantes se apliquem:

 Empenho político para que haja continuidade da implementação do plano,


para alcançar as metas;
 Empenho e capacidade técnica para a implementação do plano nas diversas
esferas federal, estadual e municipal;

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 Disponibilidade de recursos humanos e financeiros para a implementação do
plano;
 Envolvimento da iniciativa privada para fechar acordos setoriais para logística
reversa e da população no sentido de assumir seus segmentos na
responsabilidade compartilhada.

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8. AÇÕES DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

As ações para emergências e contingências buscam destacar as estruturas


disponíveis e estabelecer mecanismos para a atuação dos órgãos operadores, tanto
de caráter preventivo como corretivo, procurando elevar o grau de segurança e a
continuidade operacional das instalações afetadas e o serviço prestado
(FORTALEZA, 2012).

As ações para emergências e contingências constituem aspectos explicitamente


previstos no escopo da Lei Federal n.o 11.445/2007 (JUIZ DE FORA, 2013).

As situações emergenciais decorrem, em geral, de acidentes no sistema de


previsibilidade incerta ou ainda situações de vandalismo, que exigem ações
corretivas de rápido encaminhamento. As de contingência significam eventualidades
que podem ser minimizadas mediante um planejamento preventivo de ações, em
particular as vinculadas à manutenção constante e a proteção de equipamentos
(JUIZ DE FORA, 2013).

Em casos de ocorrências atípicas, que extrapolem a capacidade de atendimento


local, os órgãos operadores deverão dispor de todas as estruturas de apoio (mão de
obra, materiais e equipamentos), de manutenção estratégica, das áreas de gestão
operacional, de controle de qualidade, de suporte como comunicação, suprimentos e
tecnologias de informação, dentre outras (FORTALEZA, 2012).

Para tratar de situações eventuais que possam interromper a prestação dos serviços
de Manejo e Resíduos Sólidos e Limpeza Urbana as ações de emergências e
contingências visam minimizar impacto até que a situação se normalize
(GARIBALDI, 2012).

Nesse contexto, contingência se configura em um cenário com risco que possui uma
ligação fixa nas atividades, processos, produtos, serviços, equipamentos ou
instalações industriais e que, quando ocorre, se caracteriza em uma emergência.
Sendo assim, toda a ocorrência anormal, não atendendo o controle de um processo,
sistema ou atividade, com resultados danosos a pessoas, ao meio ambiente, a
equipamentos ou ao patrimônio próprio ou de terceiros, envolvendo atividades ou
instalações industriais.

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No caso de emergências e contingências relacionadas a resíduos sólidos deve ser
acionado imediatamente o setor responsável pelo serviço de limpeza pública ou os
órgãos de segurança e fiscalização.

Em caso de situações especiais não corriqueiras, emergências, desastres ou


calamidade pública, com aumento temporário de demanda ou diminuição da
capacidade de coleta, transporte, tratamento ou disposição, o poder público deverá
continuar mantendo os serviços de coleta e limpeza pública, em acordo com a
capacidade de prestação e as necessidades apresentadas, considerando as
peculiaridades da situação, podendo reduzir os serviços em áreas não atingidas
visando concentrar esforços no atendimento das áreas com maior demanda e
requisitar equipamentos do município ou de terceiros, atendendo os requisitos
legais, para reforço das suas atividades.

De modo geral, os serviços de Coleta e Limpeza Pública são inseridos aos esforços
da Defesa Civil do Município, desde a fase do planejamento até a intervenção nas
situações que demandem a presença da mesma. Correspondendo a demanda, os
esforços podem ser acionados em caso de emergência ou contingência nos serviços
de limpeza e coleta de resíduos.

Em situações de extrema periculosidade, os serviços de Coleta e Limpeza pública


poderão ter suas regras de atendimento e operação modificadas pelo poder público,
tendo em vista melhorar o atendimento a população, em especial as questões de
saúde pública.

Desta forma, as ações para emergências e contingências são consideradas nas


diretrizes, estratégias, programas, projetos e ações da temática 3 – gestão de
resíduos sólidos – conforme detalhado a seguir:

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TEMÁTICA 3 – GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO
METROPOLITANA DE MANAUS.

SUB-TEMÁTICA 3.2: POLÍTICAS PROATIVAS DA GESTÃO DE RESÍDUOS


SÓLIDOS.

Diretriz 3:

Consolidação de um sistema de gestão de RS, envolvendo o Estado, a Região


Metropolitana de Manaus, Consórcios Municipais, Municípios e Atores da
responsabilidade individual e compartilhada.

Diretriz 3-3.2:

Desenvolvimento e promoção de políticas proativas da gestão de resíduos sólidos.

Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:

E 3.2-1: Fortalecimento da gestão dos serviços de limpeza pública e manejo de


resíduos sólidos, através de políticas proativas, soluções consorciadas e apoio à
logística reversa.

Programa 3:

Programa para a consolidação de um sistema de gestão de Resíduos Sólidos no


Estado do Amazonas e na RMM, e fortalecimento da gestão pública dos resíduos
sólidos.

Objetivo:

Capacitar e instrumentalizar os atores e organismos públicos e privados envolvidos


na gestão sustentável dos resíduos sólidos.

Projeto 3-4:

P 3-4: Projeto de Manejo de Resíduos em situações de emergência e contingência


aos municípios da Região Metropolitana de Manaus.

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Objetivo:

Preparar o Estado para dispor de estruturas para o manejo de resíduos sólidos em


situações de emergências.

Ações:

A 3-4-1: Fortalecer as ações do IPAAM junto à Agência Nacional de Aviação Civil


(ANAC), Infraero e os municípios quanto a prevenção e minimização de
acidentes/incidentes de risco aviário relacionados a existência de lixões à céu aberto
próximos ao aeroportos/aeródromos;

A 3-4-2: Incentivar os gestores municipais da RMM a atualizarem seus Planos


Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) contemplando a
inclusão do Programa de Ações de Emergências e Contingências para o Manejo de
Resíduos Sólidos Urbanos;

A 3-4-3: Promover capacitação técnica da equipe de gestão municipal dos serviços


de limpeza pública para elaborar, implantar, executar e monitorar continuamente o
Plano Municipal de Ações de Emergências e Contingência para o Manejo de
Resíduos Sólidos Urbanos;

A 3-4-4: Integrar o monitoramento dos municípios quanto ações estabelecidas nos


Programas de Ações de Emergências e Contingências para o Manejo de Resíduos
Sólidos Urbanos ao Sistema Estadual de Informações sobre Resíduos Sólidos
(SEIRES);

A 3-4-5: Apoiar com cooperação técnica os municípios que tiverem a prestação de


seus serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos interrompidos decorrentes de
eventos climáticos;

A 3-4-6: Formular e implementar, a nível de Estado e incluindo a RMM, um Plano de


Emergência e Contingência para os Resíduos Sólidos Especiais (Resíduos Sólidos
da Construção Civil, Demolição e Volumoso; Resíduos Sólidos Industriais; Resíduos
Sólidos de Transporte e Fronteiras; Resíduos de Serviço de Saúde; Resíduos
Sólidos de Mineração; Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris; e Resíduos Sólidos de
Saneamento Básico).

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8.1. Escopo para os Programas Municipais de Ações de Emergências e
Contingências para o Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos

Em atendimento ao artigo 19, inciso IV, da Lei Federal n.o 11.445/2007, a prestação
dos serviços públicos de saneamento básico deverá contemplar Ações para
Emergências e Contingências em seus planos municipais. Portanto, por meio da
atualização dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,
deverão ser acrescentados os Programas Municipais de Ações de Emergências e
Contingências para o Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos. Estes deverão ser
elaborados e norteados minimamente pelos eventos de emergência e contingência
descritos abaixo, cabendo ao município acrescentar outros eventos, caso
necessário.

1) Paralisação do serviço de varrição pública;


2) Paralisação do serviço capina;
3) Paralisação do sistema de coleta domiciliar;
4) Paralisação do serviço de coleta de resíduos especiais;
5) Paralisação do sistema de coleta de resíduos de serviço de saúde;
6) Inoperância da unidade de triagem;
7) Paralisação total da unidade de triagem;
8) Paralisação parcial da operação da área de destinação final;
9) Paralisação total da operação da área de destinação final;
10)Obstrução do sistema viário;
11)Ações preventivas para contingências (Ações de Controle Operacional e
Ações Administrativas).

Apresenta-se a seguir uma tabela que vislumbra os principais procedimentos para


Ações de Emergência e Contingência com a proposição de algumas providências a
serem adotadas, podendo ser acrescidas outras providências se necessário.

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Quadro 104 - Procedimentos para ações de emergência e contingência
Continua
SITUAÇÃO RECURSOS
EMERGÊNCIA E INSTRUMENTOS RESPONSÁVEL ACIONAR PROVIDÊNCIAS
CONTINGÊNCIA LEGAIS
-Comunicar oficialmente a
Falta/falha grave de -Fiscalização Municipal; população para que ciente colabore
qualquer tipo de serviço -Setor de Fiscalização da empresa -Fiscalização Municipal; em manter a cidade limpa;
Contrato em vigor.
contratado Serviço de contratada -Setor de gestão de contratos. -Regularizar o serviço;
Limpeza Urbana (executora dos serviços). -Imputar penalidades previstas em
contrato.
-Comunicar oficialmente a
população para que ciente colabore
Empresa contratada e/ou outras Ver plano de em manter a cidade limpa;
Paralisação longa no Fiscalização
unidades de tratamento/destinação/ emergência/contingência da -Suspender coleta até que seja
tratamento e disposição
disposição final respectiva unidade providenciada a
destinação/disposição e alternativa
cabível.
-Comunicar oficialmente a
população para que ciente colabore
em manter a cidade limpa;
Interrupção do serviço -Fiscalização Municipal; -Imputar penalidades previstas em
de coleta e limpeza Contrato em vigor -Setor de Fiscalização da empresa Setor de gestão de contratos contrato;
pública contratada (executora dos serviços) -Contratar uma nova empresa, em
caráter emergencial (com base na
legislação vigente) para execução
dos serviços interrompidos.
Invasão e ocupação
irregular de áreas de -Desocupação da área invadida;
Fiscalização e -Fiscalização Municipal; -Fiscalização Municipal;
disposição de resíduos -Relocação (provisória ou
policiamento -Órgãos de segurança pública -Órgãos de segurança pública
do município “passivos permanente) da população.
ambientais”

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Quadro 104 - Procedimentos para ações de emergência e contingência
Conclusão Quadro 104
SITUAÇÃO RECURSOS
EMERGÊNCIA E INSTRUMENTOS RESPONSÁVEL ACIONAR PROVIDÊNCIAS
CONTINGÊNCIA LEGAIS
-Identificar, notificar, multar e/ou
-Fiscalização Municipal;
Disposição irregular de imputar as sanções cabíveis ao
Legislação -Fiscalização Municipal; -Serviço de Limpeza Pública;
resíduos Classe II - Não autor do despejo ou ao proprietário
pertinente e -Órgão de Meio Ambiente -Órgão de Meio Ambiente
Perigosos, em “área do terreno;
aplicável encarregado; responsável;
particular” -Recolher e dar destinação
-Polícia Ambiental
adequada aos resíduos
Disposição irregular de -Fiscalização Municipal; -Notificar, multar e/ou imputar as
-Fiscalização Municipal;
resíduo Classe II - Não Legislação -Serviço de Limpeza Pública sanções cabíveis ao autor do
-Órgão de Meio Ambiente
Perigosos, em “área pertinente e -Órgão de Meio Ambiente despejo;
encarregado;
pública” aplicável responsável; -Recolher e dar destinação
-Órgãos de segurança pública
-Polícia Ambiental adequada aos resíduos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

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9. PROGRAMAS ESPECÍFICOS

9.1. Programa de Educação e Capacitação Ambiental para a Gestão de


Resíduos Sólidos e realização da Coleta Seletiva do PRSCS-RMM

No Programa de Educação e Capacitação Ambiental para a gestão de resíduos


sólidos e realização de coleta seletiva do PRSCS-RMM destacam-se as diretrizes,
estratégias, programas, projetos e ações que deverão ser adotadas para alcançar o
modelo ideal de gestão de resíduos no Amazonas acrescentando Mecanismos e
Metodologias para a obtenção dos resultados esperados.
No Projeto Básico para Elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta
Seletiva da Região Metropolitana de Manaus está determinado o desenvolvimento
de mecanismos e metodologias para execução de ações de educação e capacitação
ambiental para a gestão de resíduos sólidos na RMM.
Seguindo as recomendações do referido projeto básico entende-se como
mecanismo a combinação de órgãos ou de peças dispostos de maneira que se
obtenha um resultado determinado, cuja atividade é interdependente, ou seja, o
modo de funcionamento. Aplicando-se à gestão de resíduos, entende-se como
mecanismo o conjunto de atividades propostas a serem desenvolvidas por diversas
esferas da sociedade para o alcance da satisfatória gestão estadual de resíduos.
Entende-se ainda por metodologia, ou método o processo para se atingir um
determinado fim e quando aplicado à gestão estadual de resíduos sólidos define-se
como o processo a ser seguido a partir de mecanismos pré-estabelecidos para
alcançar o modelo ideal de gestão de resíduos sólidos.
De forma simples e objetiva, esclarece-se, abaixo:
 Mecanismo: O que fazer para o alcance ideal da gestão de resíduos no
Amazonas;
 Metodologia: Qual o caminho percorrer, como fazer os mecanismos se
tornarem realidade dentro da gestão estadual de resíduos.

O mundo globalizado tem admitido às consequências provocadas pela ação humana


tanto nos diferentes contextos locais quanto no planeta. A crise ambiental aparece,
portanto, como uma problemática que afeta e envolve a todos. A Educação
Ambiental tem se mostrado como uma condição e um caminho na realização dos

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processos de intervenção que visem o enfrentamento da crise. Esta é uma das
razões de sua posição estratégica na elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e
Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM).

As constantes mudanças das relações entre as diferentes esferas do governo,


organismos internacionais e pressões da população têm determinado uma nova
postura quanto ao meio ambiente como, por exemplo, a introdução da Educação
Ambiental no contexto do País, de maneira formal e informal.

De acordo com o Ministério da Educação – nos Parâmetros Curriculares Nacionais –


uma das principais conclusões e proposições assumidas em reuniões internacionais
é a recomendação de investir uma mudança de mentalidade, conscientizando os
grupos humanos da necessidade de adotar novos pontos de vista e novas posturas.
Em reforço a esta premissa todas as recomendações e tratados internacionais sobre
o meio ambiente evidenciam a importância atribuída por lideranças de todo o mundo
para a Educação Ambiental como meio indispensável para conseguir criar e ampliar
formas cada vez mais sustentáveis de interação entre sociedade e natureza como
solução para os problemas ambientais (BRASIL, 1998).

Segundo Medina (1999), “a Educação Ambiental procura propiciar às pessoas uma
compreensão crítica e global do meio, desenvolver valores e atitudes que permitam
resolver questões relacionadas com a conservação e a adequação de recursos,
visando à melhoria da qualidade de vida e a eliminação do consumismo
desenfreado”.

De outra forma, a Lei Federal n.o 9.795, da Política Nacional da Educação


Ambiental, de 1999, regulamentada pelo Decreto Federal n.o 4.281, de junho de
2002, determina principalmente que, como parte do processo educativo mais amplo,
todos têm direito à Educação Ambiental, incumbindo às empresas, entidades de
classe, instituições públicas e privadas, em promover programas destinados à
capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o
ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no
meio ambiente.

A educação ambiental é um fator imprescindível ao gerenciamento adequado e


sustentável dos resíduos. Ela deve ser utilizada como instrumento para a reflexão

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das pessoas no processo de mudança de atitudes em relação ao correto descarte
do lixo e à valorização do meio ambiente (GUSMÃO, 2000). O âmago do processo
de gerenciamento de resíduos é justamente a sensibilização das fontes geradoras
(consideradas como atores do processo), mas não se deve pensar os seres
humanos, produtores desses resíduos, apenas como fontes geradoras estáticas, e
sim como indivíduos. A educação ambiental aplicada à gestão de resíduos, portanto,
deve tratar da mudança de atitudes, de forma qualitativa e continuada, mediante um
processo educacional crítico, conscientizador e contextualizado.

O Plano de Educação Ambiental será direcionado a população em geral da RMM.


Será um processo contínuo e permanente, no qual os indivíduos tomarão
consciência das questões ambientais direcionados a temática resíduos sólidos como
parte da cadeia de coleta seletiva e reciclagem. Através de experiências e dinâmicas
práticas estarão capacitados a agir de forma individual e coletiva, para integrar o
processo e agir como agentes multiplicadores mobilizando outras pessoas,
provocando uma mudança comportamental em toda sociedade.

9.1.1. Aspectos Legais

A Educação Ambiental está garantida pela Constituição da República Federativa do


Brasil de 1988. O artigo 225 diz que cabe ao Poder Público “promover a educação
ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente”.

A legislação pertinente a resíduos sólidos no Brasil busca regulamentar esta


matéria, procurando possibilitar ao agente público melhor atuação e execução dos
serviços de limpeza pública, de forma sustentável, bem como, orientar no sentido
dos avanços, principalmente quanto aos princípios e conceitos, que esta área
pública deve adotar.

A legislação igualmente avançou no que se refere à responsabilidade e


responsabilização dos grandes geradores de resíduos, e das políticas privadas a
serem adotadas pelos mesmos.

A legislação atual ressalta o aspecto da educação ambiental, em um contexto mais


amplo, ou seja, envolvendo ações do grande gerador e do poder público municipal.

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O êxito da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS (Lei Federal n.o
12.305/2010 e Decreto Federal n.o 7.404/2010) que é um instrumento fundamental
de responsabilidade pública nesta área, exige conhecimentos, posturas,
aprendizados e práticas para que as soluções se estabeleçam e desenvolvam
mecanismos que promovam a preservação ambiental, a inclusão social, o
desenvolvimento sustentável e a colaboração comunitária. Neste sentido é
indispensável um processo de organização e democratização das informações com
métodos que mobilizem o interesse e participação dos variados públicos e
consumidores que compõe o tecido social. São necessários instrumentos e
metodologias que sensibilizem e mobilizem os vários setores da sociedade,
incluindo-se os profissionais responsáveis ou que prestam serviços nesta área.

A educação ambiental é a ferramenta com capacidade para construir estes


processos e está expressa na Lei Federal n.o 9.975/1999, regulamentada pelo
Decreto Federal n.o 4.281/2002. A definição adotada de educação ambiental
considera "os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para
a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade". A PNRS estabelece a educação
ambiental como um de seus instrumentos, reforçando a importância desta disciplina
e suas metodologias na elaboração dos planejamentos relacionados aos resíduos
sólidos. Mesmo existindo boa quantidade e variedade de materiais, não está ainda
consolidado um consenso objetivo em relação aos conteúdos, instrumentos e
métodos que devem ser utilizados nos projetos e processos educativos que tratam
da educação ambiental.

Quando voltada aos resíduos sólidos, a educação ambiental envolve muitas e


distintas formas de relacionamentos, ações e comunicação com as comunidades,
criando uma dinâmica e tipologia própria, tais como:

a) Informações objetivas e orientações para a participação de determinada


população ou comunidade em programas e ações. Está relacionada com objetivos e
metas específicas sobre como aquele grupo deve proceder na segregação dos

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resíduos para coleta seletiva, por exemplo, ou quais procedimentos são mais
adequados ao encaminhamento e outras informações importantes e objetivas.

b) Mobilização e sensibilização das comunidades envolvidas diretamente. Os


conteúdos aprofundam as causas e consequências dos excessos na geração e as
dificuldades de manejo, tratamento e destinação adequada dos resíduos produzidos
em um município, região ou mesmo espaços mais amplos como um estado ou país.
São necessários instrumentos, metodologias e tecnologias sociais que sensibilizem
e mobilizem as populações diretamente afetadas pelas ações e projetos
implantados. Os conteúdos são variados e incluem o cuidado com os recursos
naturais, a minimização dos resíduos, a educação para o consumo responsável e
consciente e as vantagens econômicas e sociais da coleta seletiva.

c) Campanhas e ações pontuais de mobilização. Os conteúdos e metodologias


devem estar adequados aos casos específicos e geralmente fazem parte de
programas mais abrangentes de educação ambiental, atingindo um público mais
amplo com a utilização de várias mídias, incluindo-se as que têm impactos e
influenciam na população que se pretende sensibilizar.

d) Informações, sensibilizações e mobilizações desenvolvidas em espaços


escolares. É a educação ambiental formal em que os conteúdos e métodos são
claramente pedagógicos e o tema dos resíduos sólidos é utilizado para atrair e
sensibilizar as comunidades escolares para as questões ambientais de forma ampla.
Envolvem desde informações objetivas como as descritas no primeiro item,
aprofundamento dos conhecimentos e ações como no segundo, ou ainda tratamento
pedagógico e didático específico para cada comunidade escolar, faixa etária e nível
de ensino.

Quanto aos resíduos sólidos, há desconhecimento e dificuldades dos gestores,


técnicos, educadores, comunidades e população em geral em relação ao novo
modelo de gestão. Os investimentos em práticas diferenciadas e inovadoras ainda
são pequenos: a coleta seletiva abrange somente 18% dos municípios brasileiros e
na maioria dos casos é parcial, limitada e ineficiente. Esta também é a realidade das
práticas e ações efetivas de educação ambiental focada na redução, diminuição dos
desperdícios, efeitos poluidores e danos ao ambiente. Há um enfoque muito grande

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na educação ambiental restrita aos espaços escolares, desconsiderando as
comunidades envolvidas diretamente com os programas e projetos específicos. Com
a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a elaboração dos planos estaduais,
regiões metropolitanas e municipais é preciso diferenciar a educação ambiental
formal, relacionada com projetos e métodos pedagógicos aplicáveis aos ambientes
escolares, da educação ambiental não formal que deve ser utilizada sempre que um
projeto ou programa for implantado em uma região ou comunidade.

São indispensáveis políticas públicas e privadas de incentivo a um cenário de


comunicação mais elaborado e eficiente quanto aos problemas relacionados aos
resíduos sólidos e aos padrões de produção e consumo. No entanto, uma maior
uniformidade metodológica deve respeitar as especificidades regionais e as
diferenças culturais das comunidades onde são implantados os programas e
projetos de educação ambiental. A capacitação de coordenadores pedagógicos para
a educação formal e de consultores ou assessorias não formais para orientar órgãos
públicos ou empresariais é indispensável para que as metas da PNRS sejam
alcançadas. A integração de programas, ações e projetos de educação ambiental
podem aumentar a sinergia entre diferentes setores sociais e contribuir com uma
eficiência maior na gestão dos resíduos sólidos.

As proposições aqui relacionadas com educação ambiental foram aplicadas a


temática resíduos sólidos e abrangem formas distintas de comunicação e de
relacionamento com os vários atores sociais, comunidades e população. Estas
ações abaixo estruturaram diferentes níveis de abordagem nos variados tipos de
resíduos além de buscar integralmente a mobilização e sensibilização desses atores
a luz da PNRS.

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TEMÁTICA 2 – RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS.

SUBTEMÁTICA 2.1: RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL,


DEMOLIÇÃO E VOLUMOSOS (RCC/D/V)

Diretriz 2.1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RCC/D/V, conforme diretrizes


gerais dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.1-3: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de RCC/D elaborem e


implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da referente classe
de resíduos;

E 2.1-4: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.1:

Programa RCC/D/V.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RCC/D/V.

Projeto 2.1-1:

P 2.1-1: Tratamento dos Resíduos Sólidos da Construção Civil, Demolição e


Volumosos, visando seu reaproveitamento e disposição final adequada dos
respectivos rejeitos.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RCC/D/V para disposição final licenciada e


ambientalmente adequada.

Ações:

A 2.1-1-2: Aplicar campanhas adequadas de comunicação ambiental voltada aos


pequenos geradores e geração difusa de RCC/D/V, junto com os municípios e

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consórcios de gestão de RSU, para orientação sobre disposição final adequada dos
referentes resíduos e entrega em Pontos de Entregas Voluntária (PEVs) e/ ou Áreas
de Transbordo e Triagem (ATTs).

SUBTEMÁTICA 2.3: RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE E


DE FRONTEIRAS (RST/F)

Diretriz 2.3-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RST/F, conforme diretrizes


gerais dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.3-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos.

E 2.3-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.3:

Programa RST/F.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RST/F.

Projeto 2.3-1:

P 2.3-1: Apoio a gestão dos resíduos gerados em portos, aeroportos, terminais


alfandegários, aquaviários e rodoviárias.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos de RST/F para disposição final licenciada e ambientalmente


adequada.

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Ações:

A 2.3-1-2: Intensificar as ações de capacitação e educação ambiental para os


responsáveis pelos terminais e outras instalações, funcionários e usuários das
referidas instalações.

A 2.3-1-3: Assegurar a implantação da coleta seletiva e de medidas de


comunicação ambiental nas embarcações de passageiros, portos e terminais de
transporte.

SUBTEMÁTICA 2.6: RESÍDUOS SÓLIDOS AGROSSILVOPASTORIS (RSA)

Diretriz 2.6:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSA, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.6-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos.

E 2.6-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.6:

Programa RSA.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSA.

Projeto 2.6-1:

P 2.6-1: Tratamento dos RSA visando seu reaproveitamento e disposição final


adequada dos respectivos rejeitos.

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Objetivo:

Incentivar os geradores de RSA a aplicar métodos para reaproveitamento de


resíduos e diminuição dos referentes rejeitos.

Ações:

A.2.6-1-2: Capacitar os produtores rurais, associações, cooperativas e outras


entidades de classe para possibilitar o reaproveitamento dos RSA;

A.2.6-1-3: Incentivar nas escolas técnicas rurais o aprendizado de técnicas


ambientalmente adequadas para destinação e reaproveitamento de RSA;

A.2.6-1-4: Aplicar manual para orientar pequenos produtores, comunidades isoladas


e residências rurais quanto à triagem, tratamento e destinação final de RSA.

SUBTEMÁTICA 2.7: RESÍDUOS SÓLIDOS DE SANEAMENTO BÁSICO (RSB)

Diretriz 2-7:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSB, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.7-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

E 2.7 – 3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.7:

Programa RSB.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSB.

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Projeto 2.7-2:

P 2.7-2: Apoio a gestão dos resíduos gerados nas Estações de Tratamento de Água
e Esgoto, aplicando os princípios responsabilidade do gerador, poluidor-pagador.

Objetivo:

Incentivar que os geradores de RSB tratem seus resíduos de forma adequada e


encaminhem os rejeitos à disposição final adequada e licenciada.

Ações:

A.2.7-2-1: Incentivar ações de capacitação e educação ambiental para as empresas


de saneamento e seus funcionários, visando tratamento e disposição correta dos
resíduos gerados nas instalações.

Projeto 2.7-3:

P 2.7-3: Incentivar os geradores de RSB para aplicar métodos para


reaproveitamento de resíduos e diminuição dos referentes rejeitos.

Objetivo:

Incentivar que os geradores de RSB apliquem métodos para reaproveitamento de


RSB e diminuição dos referentes rejeitos.

Ações:

A.2.7-3-2: Estimular o aproveitamento energético, por biodigestão e biogás, dos


resíduos dos serviços de saneamento básico.

TEMÁTICA 3 – GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO


METROPOLITANA DE MANAUS.

SUBTEMÁTICA 3.1: INCLUSIVIDADE DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.

Diretriz 3-1:

Promoção da inclusividade da gestão de resíduos sólidos para usuários de serviços.

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Estratégias:

E 3.1-1: Promoção da inclusão dos usuários, catadores de materiais recicláveis e


reutilizáveis comprovadamente de baixa renda e fornecedores de serviços na gestão
dos resíduos sólidos, estabelecendo a informação, educação e comunicação
ambiental como uma temática transversal na gestão dos resíduos sólidos.

Programa 3:

P 3 - Programa para a consolidação de um sistema de gestão de Resíduos Sólidos


no Estado do Amazonas e na RMM e fortalecimento da gestão pública dos resíduos
sólidos.

Objetivo:

Capacitar e instrumentalizar os atores e organismos públicos e privados envolvidos


na gestão sustentável dos resíduos sólidos.

Projeto 3.1:

P 3.1 - Projeto de inclusão dos usuários, catadores de materiais recicláveis e


reutilizáveis comprovadamente de baixa renda e fornecedores de serviços na gestão
dos resíduos sólidos.

Objetivo:

Instrumentalizar os usuários e fornecedores de serviços visando sua participação


ativa e inclusão nas atividades de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

Ações:

A 3.1-1: Incentivar municípios e consórcios de RSU para sistemas de inclusão, de


educação ambiental e de comunicação com os usuários, mecanismos de
retroalimentação pelos usuários da coleta de RSU, avaliação regular do grau de
satisfação do usuário, divulgação dos resultados, entre outros.

Projeto 3-7:

P 3-7: Projeto de capacitação ambiental contínua com foco na temática resíduos


sólidos.
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Objetivo:

Apoiar a gestão municipal de resíduos (secretariado e corpo técnico), qualificação


profissional para a geração de renda a partir da gestão de resíduos (catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda), pesquisa e
desenvolvimento (estudantes), educação ambiental (população em geral),
comunicação e informação.

Ações:

A 3-7-1: Criar Centro de Referência em Resíduos do Amazonas para capacitação


técnica, utilizando as estruturas governamentais existentes, como por exemplo o
Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (CETAM) e Universidade do Estado
do Amazonas (UEA) em parceria com universidades federais (UFAM e IFAM),
Instituições de Pesquisa, Instituições Municipais e Organizações Não
Governamentais.

9.1.2. Ações do Plano Educação e Capacitação Ambiental do PRSCS-RMM

“A 2.1-1-2: Aplicar campanhas adequadas de comunicação ambiental voltada aos


pequenos geradores e geração difusa de RCC/D/V, junto com os municípios e
consórcios de gestão de RSU, para orientação sobre disposição final adequada dos
referentes resíduos e entrega em Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) e/ ou Áreas
de Transbordo e Triagem (ATTs).”

Mecanismos:

 Firmar parcerias entre Governo do Estado e municípios da Região


Metropolitana de Manaus (RMM) para elaboração de campanha de
comunicação ambiental para orientação sobre disposição final adequada dos
referentes resíduos e entrega em PEVs e/ ou ATT.

Metodologia:

 Capacitar os gestores municipais da RMM quanto aos mecanismos e


metodologias para recolhimento, tratamento e disposição adequada dos
RCC/D/V, com atendimento às Resoluções do CONAMA n.o 307/2002,
348/2004, 431/2011, 448/2012 e 469/2015 e outras legislações vigentes;
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 Incentivar os municípios da RMM para elaboração de campanha de
comunicação ambiental priorizando a reutilização e reciclagem e destinação
correta dos RCC/D/V;
 Estimular os municípios a criação de PEVs específicos para os RCC/D/V.
Realizar triagem e segregação adequada, para beneficiamento, reuso ou
reciclagem;
 Criar banco de dados com iniciativas de reciclagem e reutilização de RCC/D/V
nos municípios da RMM;
 Divulgar as novas tecnologias apresentadas pelos municípios para triagem,
segregação, beneficiamento, reuso e reciclagem dos RCC/D/V.

“A 2.3-1-2: Intensificar as ações de capacitação e educação ambiental para os


responsáveis pelos terminais e outras instalações, funcionários e usuários das
referidas instalações.”

Mecanismos:

 Promover oficinas de qualificação e capacitação técnica aos gestores dos


terminais e outras instalações de cargas e passageiros, para atendimento à
Lei Federal n.o 9.795/1999 e à Lei Estadual n.o 3.222/2008, que tratam da
Educação Ambiental;
 Assegurar monitoramento contínuo aos terminais e outras instalações de
cargas e passageiros para cumprimento da Lei Federal n.o 9.795/1999 e Lei
Estadual n.o 3.222/2008;
 Realizar cursos de qualificação e capacitação dos funcionários dos terminais
e outras instalações de cargas e passageiros, para viabilizar a
transformações dos mesmos em multiplicadores ambientais;
 Promover ações de sensibilização e educação ambiental para usuários de
terminais e outras instalações de cargas e passageiros;
 Promover ações educativas, difundir e disponibilizar informações para a
população dos bairros existentes no entorno dos terminais e outras
instalações de cargas e passageiros.

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Metodologia:

 Capacitar os gestores dos terminais e outras instalações de cargas e


passageiros quanto aos mecanismos e metodologias vigentes para
recolhimento, tratamento e disposição adequada dos resíduos de transporte e
transfronteiriços;
 Assegurar capacitação contínua dos funcionários dos terminais e outras
instalações de cargas e passageiros para prestar o serviço de educação
ambiental junto aos usuários do sistema;
 Assegurar fiscalização continua nas ações de educação ambiental realizadas
nos terminais e outras instalações de cargas e passageiros nos municípios do
estado do Amazonas.

“A 2.3-1-3: Assegurar a implantação da coleta seletiva e de medidas de


comunicação ambiental nas embarcações de passageiros, portos e terminais de
transporte.”

Mecanismos:

 Assegurar o cumprimento da Lei Federal n.o 5.940/2006 e da Lei Estadual n.o


249/2015, que dispõem da obrigatoriedade da separação de resíduos
recicláveis em órgãos e entidades da administração pública (Federal e
Estadual) direta e indireta, na fonte geradora, destinando estes resíduos às
associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;
 Incentivar a separação dos resíduos secos e úmidos em embarcações de
passageiros, portos e terminais de transporte;
 Distribuição de cartilhas, panfletos e cartazes de educação ambiental nas
embarcações de passageiros, portos e terminais de transporte,
conscientizando e estimulando a adoção de nova postura em relação a
redução, reciclagem, reutilização e coleta seletiva.

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Metodologia:

 Confecção de cartilhas, panfletos e cartazes com a temática de educação


ambiental conscientizando e estimulando os usuários das embarcações de
passageiros, portos e terminais de transporte e funcionários a adoção de
nova postura em relação a redução, reciclagem, reutilização e coleta seletiva;

“A 2.6-1-2: Capacitar os produtores rurais, associações, cooperativas e outras


entidades de classe para possibilitar o reaproveitamento dos RSA”.

Mecanismos:

 Realizar busca ativa de municípios ou regiões com maiores gerações de


resíduos agrossilvopastoris na RMM;

 Incentivar os municípios da RMM com maior geração de resíduos


agrossilvopastoris a adotarem soluções regionalizadas para o
reaproveitamento ou reciclagem dos RSA;

 Promover capacitação técnica a produtores rurais, associações e outras


entidades de classe, para apresentar a Lei Federal n.o 9.974/2000 e a Lei
Estadual n.o 3.803/2012, que dispõem sobre a produção, o transporte interno,
a comercialização, armazenamento, a utilização, o destino final das
embalagens vazias, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos,
seus componentes e afins, além de técnicas existentes de reaproveitamento
dos RSA e estimular o desenvolvimento de novas técnicas.

Metodologia:

 Criar banco de dados com informações sobre os RSA gerados com o objetivo
de fomentar a expansão do comércio e a geração de renda de forma
sustentável;
 Promover capacitação técnica aos municípios da RMM para divulgação de
soluções para o reaproveitamento ou reciclagem do RSA;
 Realizar cursos de capacitação para os produtores rurais, associações,
cooperativas e outras entidades de classe incentivando-os a adotarem

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técnicas existentes para reaproveitamento dos RSA e desenvolvimento novas
técnicas;

“A 2.6-1-3: Incentivar nas escolas técnicas rurais o aprendizado de técnicas


ambientalmente adequadas para destinação e reaproveitamento de RSA.”

Mecanismos:

 Incentivar as escolas técnicas rurais o aprendizado de novas técnicas


ambientalmente adequadas para destinação e reaproveitamento de resíduos
agrossilvopastoris.

Metodologia:

 Realizar a capacitação técnica e desenvolvimento do processo de educação


ambiental no meio rural, inclusive com o fomento ao estabelecimento e
fortalecimento das escolas técnicas.

“A 2.6-1-4: Aplicar manual para orientar pequenos produtores, comunidades


isoladas e residências rurais quanto à triagem, tratamento e destinação final de
RSA.”

Mecanismos:

 Assegurar a distribuição aos pequenos produtores, comunidades isoladas e


residências rurais dos municípios da RMM do manual de orientação técnica
de procedimentos para realização de triagem, tratamento e destinação
adequada dos RSA.

Metodologia:

 Criação de manual destinado a pequenos produtores, comunidades isoladas


e residências rurais com orientações técnicas de procedimentos para
realização de triagem, tratamento e destinação adequada dos RSA, com base
na Lei Federal n.o 9.974/2000 e na Lei Estadual n.o 3.803/2012.

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“A.2.7-2-1: Incentivar ações de capacitação e educação ambiental para as empresas
de saneamento e seus funcionários, visando tratamento e disposição correta dos
resíduos gerados nas instalações.”

Mecanismos:

 Assegurar o cumprimento da Lei Federal n.o 5.940/2006 e da Lei Estadual n.o


249/2015, que dispõem sobre a obrigatoriedade da separação de resíduos
recicláveis em órgãos e entidades da administração pública (Federal e
Estadual) direta e indireta, na fonte geradora, destinando estes resíduos às
associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;
 Promover oficinas de qualificação e capacitação técnica aos gestores das
empresas de saneamento, para atendimento à Lei Federal n.o 9.795/1999 e
Lei Estadual n.o 3.222/2008, que tratam da Educação Ambiental;
 Incentivar os municípios da RMM a realizar o monitoramento contínuo das
empresas de saneamento quanto a segregação, tratamento e destinação
adequada dos resíduos sólidos de saneamento básico;
 Realizar cursos de qualificação e capacitação dos funcionários das empresas
de saneamento, visando tratamento e disposição correta dos resíduos
gerados nas instalações.

Metodologia:

 Capacitar gestores das empresas de saneamento básico quanto ao


tratamento e disposição adequada dos resíduos gerados;
 Assegurar capacitação contínua dos funcionários das empresas de
saneamento para que os mesmos colaborem quanto ao tratamento e
destinação adequada dos RSB.

“A 2.7-3-2: Estimular o aproveitamento energético, por biodigestão e biogás, dos


resíduos dos serviços de saneamento básico.”

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Mecanismos:

 Incentivar os municípios a implementação de novas tecnologias de


aproveitamento dos resíduos da agroindústria para compostagem,
biodigestores e outras tecnologias apropriadas;
 Estimular o estudo de geração de energia a partir de Resíduos de
Saneamento (lixo, esgoto), visando incrementar o uso de biodigestão e
biogás como fonte alternativa de energia renovável.

Metodologia:

 Realizar capacitação técnica aos gestores municipais apresentando novas


tecnologias de aproveitamento de resíduos da agroindústria para
compostagem e incentivando-os a criarem novas técnicas de para
reaproveitamento dos resíduos orgânicos gerados;
 Incentivar que as empresas que utilizem o biogás proveniente do
esgotamento sanitário possam adotar o sistema de cogeração de energia
com utilização dos gases de exaustão para aquecimento dos digestores e do
secador de lodo, aumentando a eficiência do processo com concomitante
redução de custos de instalação e possibilidade de comercialização do
excedente de eletricidade.

“A 3.1-1: Incentivar municípios e consórcios de RSU para sistemas de inclusão, de


educação ambiental e de comunicação com os usuários, mecanismos de
retroalimentação pelos usuários da coleta de RSU, avaliação regular do grau de
satisfação do usuário, divulgação dos resultados, entre outros.”

Mecanismos:

 Assegurar que os municípios da RMM atualizem os Planos Municipais de


Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e implantem as ações de Educação
Ambiental e Comunicação descritas no documento em questão contemplando
a iniciativa da coleta seletiva, as práticas de reutilização e reciclagem dos
diversos materiais que compõem os RSU;

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 Incentivar os municípios da RMM através educação ambiental para coleta de
RSU em atendimento Lei Federal n.o 9.795/1999 e Lei Estadual n.o
3.222/2008 que tratam da Educação Ambiental, visando aumentar a
participação da população e a quantidade de resíduos coletados;
 Incentivar a implantação ouvidorias, disk denuncias ou outros mecanismos de
comunicação semelhantes no órgão que gerencia a execução do serviço de
limpeza pública;
 Incentivar a inclusão de sistemas de educação ambiental e de comunicação
para avaliar o grau de satisfação dos usuários da coleta de RSU.

Metodologia:

 Realizar capacitação técnica para os gestores municipais incentivando-os a


atualizarem os Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;
 Realizar capacitação técnica para os gestores municipais orientando-os como
implantarem ouvidorias, disk denúncias ou outros mecanismos de
comunicação semelhantes.

A 3-7-1: Criar Centro de Referência em Resíduos do Amazonas para capacitação


técnica, utilizando as estruturas governamentais existentes, como por exemplo o
Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (CETAM) e Universidade do Estado
do Amazonas (UEA) em parceria com universidades federais (UFAM e IFAM),
Instituições de Pesquisa, Instituições Municipais e Organizações Não
Governamentais;

Mecanismos:

 Realizar estudo das estruturas existentes no âmbito do governo estadual para


instalação de bases do Centro de Referência em Resíduos do Amazonas,
levando em consideração também o macrozoneamento estadual e acesso
entre os municípios;
 Incentivar a instalação das Centro de Referência em Resíduos do Amazonas
e criar parcerias para com as instituições localizadas nos municípios da RMM;

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 Focar a abordagem dos temas relacionados a resíduos sólidos, como
legislação, gestão e gerenciamento, aterro sanitário, coleta seletiva,
inclusividade de catadores e etc.;
 Promover ações de capacitação técnica e gerencial dos gestores municipais e
dos membros de associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para a gestão de resíduos sólidos.

Metodologia:

 Fomentar e oferecer apoio técnico especialista nas temáticas para realização


dos cursos, eventos e palestras;
 Assessorar e monitorar os gestores municipais com capacitação técnica
continuada, tendo em vista a transitoriedade de gestores;
 Criar calendário anual de cursos, palestras, oficinas e eventos para os
gestores municipais sobre a temática resíduos sólidos;
 Fornecer assistência e proporcionar aos professores estaduais e técnicos
municipais os instrumentos básicos da educação ambiental com foco em
resíduos sólidos, subsídios para implementação da dimensão ambiental nos
currículos escolares.

Princípios aplicados às ações de educação ambiental:

O processo de Educação Ambiental é uma ação importante, mas para que o


sucesso seja alcançado é necessário que toda a sociedade esteja envolvida e
participe da execução de uma mudança de mentalidade e consequentemente de
hábitos em relação à problemática atual. Tal conscientização não se dará
instantaneamente, mas através de uma atividade constante de Educação Ambiental
que garanta o envolvimento e a participação de todos na escola, na família, nas
comunidades e no Estado.

A prática da Educação Ambiental não elimina os problemas ambientais, mas é


condição indispensável para tanto. A grande importância da Educação Ambiental é
agregar conhecimento contribuindo para a formação de cidadãos conscientes do seu
papel na preservação do meio ambiente, habilitando os mesmos para que decidam
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sobre as questões ambientais necessárias para o desenvolvimento de uma
sociedade sustentável.

O interesse do poder público é fundamental para que tais demandas se concretizem.


No caso do tratamento de resíduos, as leis, regulamentos e procedimentos são
definidos pela União, Estados e Municípios. O Município é responsável pela coleta,
transporte, tratamento e disposição final adequada dos resíduos, enquanto ao
Estado cabe a fiscalização ambiental e à União a definição de normas gerais. Com
isso uma sociedade sustentável estará em harmonia com os seguintes princípios:

 Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos;


 Melhorar a qualidade da vida humana;
 Conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta Terra;
 Minimizar o esgotamento de recursos não renováveis;
 Permanecer nos limites da capacidade de suporte do Planeta Terra;
 Modificar atitudes e práticas pessoais;
 Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio ambiente;
 Gerar uma estrutura nacional para a integração de desenvolvimento e
conservação;
 Constituir uma aliança global.

9.2. Programa para Reutilização e Reciclagem de Resíduos

A Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos reconhece, em seu Inciso VIII, do


Artigo 6º, os resíduos reutilizáveis e recicláveis como bens econômicos e de valor
social, geradores de trabalho e renda, além de serem meios promotores da
cidadania.

Segundo a Resolução CONAMA n.o 307/2002, nos incisos VI e VII, as definições de


reutilização e reciclagem são:

“VI - Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem


transformação do mesmo.
VII - Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo,
após ter sido submetido à transformação.”

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A luz dessas definições e do seu potencial pode-se dizer que a reciclagem é,
indiscutivelmente, uma das melhores soluções para o problema que representa a
maior parte dos nossos resíduos domésticos. No entanto também absorve energia e
gera resíduo, com exceção do processo de compostagem.

Inevitavelmente, deixa de fora uma série de materiais não recicláveis cujo único
destino possível é o aterro sanitário ou a incineração. Por isso deve ser
acompanhada de outras medidas como a reutilização e reciclagem a uma
perspectiva crítica face ao modelo de consumo. As ações a seguir representam as
proposições ideais para as medidas de reutilização e reciclagem.

TEMÁTICA 1 – RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SUBTEMÁTICA 1.3: REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS


SÓLIDOS URBANOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

Diretriz 1.3-1:

Redução dos resíduos sólidos secos e orgânicos dispostos em aterros sanitários,


observando a hierarquia de tratamento não geração, redução, reutilização,
reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, sendo a reciclagem física prioritária em
relação à reciclagem térmica.

Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:

E 1.3-1: Obrigar o cumprimento da responsabilidade pós consumo dos fabricantes


importadores e distribuidores por meio da implementação dos acordos setoriais para
a logística reversa nos 13 municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM);

E 1.3-2: Incentivar o reaproveitamento dos resíduos orgânicos como insumos para o


solo e insumos agrícolas, reaproveitamento energético e bioestabilização/
tratamento mecânico biológico;

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E 1.3-3: Aumentar a capacidade instalada para o processamento de recicláveis
secos;

E 1.3-4: Incentivar o aproveitamento energético de resíduos de madeira;

E 1.3-5: Fomentar a implantação de programas de coleta seletiva nos municípios


para encaminhamento dos materiais secos recicláveis aos galpões de triagem
priorizando as associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;

E 1.3-6: Incentivar o uso da hierarquia da gestão de resíduos sólidos: não geração,


redução, reutilização e reciclagem, tratamento dos resíduos e disposição final de
rejeitos.

Programa 1.3:

Redução dos resíduos sólidos recicláveis secos e orgânicos dispostos em aterros


sanitários.

Objetivo:

Reaproveitar de forma física e energética os resíduos sólidos urbanos, visando à


inclusão dos resíduos na gestão racional dos recursos naturais, a diminuição dos
rejeitos encaminhados aos aterros sanitários, com inclusão dos catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda nos sistemas
de tratamento.

Projeto 1.3-2:

P 1.3-2: Aproveitamento de resíduos orgânicos como insumo para o solo e insumos


agrícolas, através de compostagem e digestão anaeróbica, reaproveitamento
energético, ou bioestabilização.

Objetivo:

Aproveitar os resíduos sólidos orgânicos na RMM, desviando os mesmos dos


aterros sanitários, ou seus volumes e impactos no destino final diminuídos, através
de pré-tratamento.

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Ações:

A 1.3-2-1: Definir e divulgar modelos para o aproveitamento dos resíduos orgânicos;

A 1.3-2-2: Incentivar o mercado de produção e uso de composto orgânico.

Projeto 1.3-3:

P 1.3-3: Fomento industrial para o processamento de recicláveis secos.

Objetivo:

Aproveitar os recicláveis secos na RMM, desviando os mesmos dos aterros


sanitários.

Ações:

A 1.3-3-1: Atrair novas empresas para o processamento de resíduos recicláveis


secos;

A 1.3-3-2: Pleitear linhas de financiamento para iniciativas de reciclagem, oriundas,


por exemplo, da Logística Reversa;

A 1.3-3-3: Pleitear incentivos fiscais para iniciativas de processamento de resíduos


recicláveis secos.

Projeto 1.3-4:

P 1.3-4: Apoio ao aproveitamento energético de resíduos de madeira.

Objetivo:

Aproveitar os resíduos de madeira na RMM, desviando os mesmos dos aterros


sanitários.

Ações:

A 1.3-4-1: Difundir técnicas de uso dos resíduos de madeira, junto aos geradores e
potenciais clientes;

A 1.3-4-2: Assegurar a fiscalização do uso de resíduos de madeira oriundos de


movelarias, serrarias e afins em olarias, cerâmicas, padarias e etc. como
biocombustível.

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Projeto 1.3-5:

P 1.3-5: Inclusão de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas


exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda na cadeia formal de aproveitamento de RSU.

Objetivo:

Diminuir a quantidade de rejeitos com a participação das associações e cooperativas


legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda, como elo formal na
gestão dos resíduos sólidos urbanos.

Ações:

A 1.3-5-1: Implementar formas permanentes de formação, capacitação técnica e


gerencial de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, visando a autogestão, inclusão social e
integração regular nos sistemas de limpeza urbana na RMM, observando normas de
saúde e segurança de trabalho;

A 1.3-5-2: Fomentar a implantação da coleta seletiva nos municípios da RMM para


encaminhamento dos resíduos secos aos galpões de triagem e orgânicos para seu
local específico, priorizando as associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, e assegurar recursos para a infraestrutura;

A 1.3-5-3: Implantar programa de comunicação permanente, mobilização social e


educação ambiental continuada, utilizando os veículos de comunicação existentes,
abordando entre outros: a redução da geração de resíduos sólidos; reutilização e
reciclagem dos resíduos sólidos; mudança de comportamento da população em
relação ao consumo, saúde pública e limpeza urbana; coleta seletiva com a
participação de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;

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A 1.3-5-7: Promover o programa Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P
no âmbito estadual e incentivar os municípios a adotar a A3P, priorizar nas
aquisições governamentais os produtos recicláveis/ reciclados, e destinar através de
contratação os materiais secos recicláveis às associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-8: Criar fundo de reciclagem estadual com recursos destinados a projetos de


reciclagem, inclusão social e contratação das associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-9: Criar formas de incentivos financeiros em atendimento ao princípio do


protetor-recebedor do Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos (PSAU) e
incentivos de desoneração fiscal as associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-10: Incentivar as associações e cooperativas legalmente constituídas,


formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para realização do processo de compostagem de
resíduos orgânicos;

A 1.3-5-11: Apoiar as associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas


exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda na regularização jurídica e administrativa para o
licenciamento ambiental.

Projeto 1.3-6:

P 1.3-6: Implementação da Coleta Seletiva nos 13 municípios da RMM.

Objetivo:

Diminuir a quantidade de materiais recicláveis que são encaminhados para os


aterros.

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Ações:

A 1.3-6-1: Apoiar a elaboração de Projetos Executivos de Coleta Seletiva nos 13


municípios da RMM;

A 1.3-6-2: Apoiar a implementação da Coleta Seletiva nos 13 municípios da RMM.

SUBTEMÁTICA 1.4: COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NA REGIÃO


METROPOLITANA DE MANAUS

Diretriz 1.4-1:

Acesso universalizado da sociedade aos serviços de limpeza urbana prestados com


regularidade.

Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir a complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:

E 1.4-1: Melhoria e ampliação dos serviços regulares; de coleta de RSU;

E 1.4-2: Implementação de um sistema específico para comunidades em situações


isoladas, de entrega e transferência de RSU.

Programa 1.4:

Apoio aos municípios e consórcios de RSU para ampliação dos serviços de coleta
de RSU.

Objetivo:

Prestar de forma universalizada, com qualidade e regularidade, os serviços de coleta


e entrega de resíduos sólidos urbanos.

Projeto 1.4-1:

P 1.4-1: Melhoria e ampliação dos serviços regulares de coleta de RSU.

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Objetivo:

Oferecer serviços de coleta de RSU de forma universalizada, com qualidade e


regularidade, em situações urbanas.

Ações:

A 1.4-1-3: Apoiar a implantação de Pontos de Entregas Voluntárias (PEVs), Locais


de Entrega Voluntária (LEVs) e ECOPONTOS.

Projeto 1.4-2:

P 1.4-2: Implementação de um sistema específico para comunidades em situações


isoladas.

Objetivo:

Oferecer de forma universalizada, com qualidade e regularidade, os serviços em


comunidades de situações isoladas.

Ações:

A 1.4-2-1: Oferecer aos municípios e consórcios de RSU ferramentas para


introdução de sistemas adequados de entrega e transferência de resíduos
domiciliares secos de comunidades em condições de isolamento, e acessos a
Terras Indígenas e Unidades de Conservação, com manutenção dos locais de
transferência, coleta regular e orientação contínua a respeito do seu uso pela
população, observando a logística de abastecimento para inclusão na logística de
gestão de resíduos;

A 1.4-2-2: Procurar parcerias com iniciativa privada (comércios), rede de


abastecimento de mercadorias (distribuidores), para financiamento e manutenção da
logística para centros urbanos através de implantação de LEVs;

A 1.4-2-4: Incentivar os órgãos públicos para que seus resíduos sejam destinados
prioritariamente para as associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda.

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TEMÁTICA 2 – RESÍDUOS SÓLIDOS ESPECIAIS

SUBTEMÁTICA 2.1: RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL,


DEMOLIÇÃO E VOLUMOSO (RCC/D/V)

Diretriz 2.1-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RCC/D/V, conforme diretrizes


gerais dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.1-2: Fortalecimento do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas


(IPAAM) para controle ambiental dos Resíduos de Construção Civil (RCC) e
Resíduos de Construção e Demolição (RCD), incluindo fiscalização e sistematização
do monitoramento das quantidades e qualidades geradas;

E 2.1-3: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de RCC/D elaborem e


implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da referente classe
de resíduos;

E 2.1-4: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.1:

Programa RCC/D/V.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RCC/D/V.

Projeto 2.1-1:

P 2.1-1: Tratamento dos Resíduos Sólidos da Construção Civil, Demolição e


Volumosos, visando seu reaproveitamento e disposição final adequada dos
respectivos rejeitos.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RCC/D/V para disposição final licenciada e


ambientalmente adequada.

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Ações:

A 2.1-1-1: Fomentar a implantação de destinação final ambientalmente adequada de


resíduos da construção civil (Classe A), incluindo processos de licenciamento
ambiental simplificado;

A 2.1-1-3: Priorizar a reutilização e a reciclagem de RCC nas obras e


empreendimentos do governo estadual e compras públicas e incentivar os
municípios da RMM para o mesmo;

A 2.1-1-4: Incentivar as práticas de demolição sustentável e combate ao desperdício,


reutilização e reciclagem de materiais da construção civil no ciclo de vida dos
produtos do setor.

Projeto 2.1-2:

P 2.1-2: Implementar sistema de controle dos RCC/D/V mantido pelo IPAAM,


assegurando a participação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região
Metropolitana de Manaus (SRMM).

Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final dos RCC/D/V pelo IPAAM.

Ações:

A 2.1-2-2: Incentivar cadastro de empresas de transporte e tratamento de RCC/D/V


e implementar sistema de rastreamento das referentes cargas;

A 2.1-2-3: Fortalecer o IPAAM para o controle ambiental dos RCC/D/V, incluindo


fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e qualidades
geradas, visando tratamento dos resíduos e disposição final adequada dos
respectivos rejeitos, assegurando a participação da SRMM;

A 2.1-2-5: Assegurar que os geradores de RCC com obrigação de apresentar o


Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC) elaborem e
implementem o referido plano.

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Projeto 2.1-3:

P 2.1-3: Apoio a implantação da rede de PEVs e ATT para pequenos e difusos


geradores de entulhos e resíduos volumosos.

Objetivo:

Implementar e operar rede de PEVs e ATTs destinados a pequenos e difusos


geradores de RCC/D/V.

Ações:

A 2.1-3-1: Realizar estudos para definição de localização de PEVs e ATT e logística,


custos de operação, modelo de financiamento da implantação, operação e de
gestão, modelo de monitoramento e fiscalização para cada município;

A 2.1-3-2: Dimensionar equipamentos conforme estudos realizados em A 2.1-3-1;

A 2.1-3-3: Apoiar municípios e consórcios na implantação da infraestrutura conforme


A 2.1-3-2;

A 2.1-3-4: Apoiar municípios e consórcios com instrumentos de divulgação,


manutenção e monitoramento dos PEVs e ATT.

SUBTEMÁTICA 2.2: RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSI)

Diretriz 2.2-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSI, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.2-1: Fortalecimento do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas


(IPAAM) para controle ambiental dos RSI, incluindo fiscalização e sistematização do
monitoramento das quantidades e qualidades;

E 2.2-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

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E 2.2-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do
gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.2:

Programa RSI.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSI.

Projeto 2.2-1:

P 2.2-1: Tratamento dos RSI, visando seu reaproveitamento e disposição final


adequada dos respectivos rejeitos.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RSI para disposição final licenciada e ambientalmente


adequada.

Ações:
A 2.2-1-1: Fomentar a implantação de equipamentos de tratamento e destinação
final ambientalmente adequada de resíduos industriais.

SUBTEMÁTICA 2.3: RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇO DE TRANSPORTE E DE


FRONTEIRAS (RST/F)

Diretriz 2.3-1:
Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RST/F, conforme diretrizes
gerais dos resíduos especiais.

Estratégias:
E 2.3-1: Fortalecimento do Instituo de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas
(IPAAM) para controle ambiental dos RST/F, incluindo fiscalização e sistematização
do monitoramento das quantidades e qualidades geradas;

E 2.3-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;
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E 2.3-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do
gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.3:

Programa RST/F.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RST/F.

Projeto 2.3-1:

P 2.3-1: Apoio a gestão dos resíduos gerados em portos, aeroportos, terminais


alfandegários, aquaviários e rodoviárias.

Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RST/F para disposição final licenciada e ambientalmente


adequada.

Ações:

A 2.3-1-3: Assegurar a implantação da coleta seletiva e de medidas de comunicação


ambiental nas embarcações de passageiros, portos e terminais de transporte.

Projeto 2.3-2:

P 2.3-2: Implementar sistema de controle dos RST/F mantido pelo IPAAM,


assegurando a participação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região
Metropolitana de Manaus.

Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final dos RST/F pelo IPAAM.

Ações:

A 2.3-2-2: Assegurar elaboração e implementação de planos de gerenciamento de


RST/F no âmbito da RMM;

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A 2.3-2-3: Exigir e fiscalizar a elaboração e implementação dos planos de
gerenciamento de resíduos sólidos dos serviços de transporte no âmbito público e
privado.

SUBTEMÁTICA 2.4: RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇO DE SAÚDE (RSS)

Diretriz 2.4-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSS, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.4-1: Fortalecimento do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas


(IPAAM) para controle ambiental dos RSS, incluindo fiscalização e sistematização
do monitoramento das quantidades e qualidades geradas;

E 2.4-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

E 2.4-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.4:

Programa RSS.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSS.

Projeto 2.4-1:

P 2.4-1: Tratamento dos RSS, visando aumento do seu reaproveitamento e


diminuição dos rejeitos dos RSS comuns (Classe D), redução de resíduos para
tratamento especial (classe A, B, C, E) e minimização e disposição final adequada
dos respectivos rejeitos.

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Objetivo:

Encaminhar os rejeitos dos RSS para disposição final licenciada e ambientalmente


adequada e orientar os geradores de RSS e aplicarem métodos para
reaproveitamento de resíduos e diminuição dos referentes rejeitos.

Ações:

A 2.4-1-1: Fomentar a implantação de tratamento e destinação final ambientalmente


adequada de resíduos de serviços de saúde, incluindo sistemas para comunidades
isoladas;

A 2.4-1-2: Incentivar a separação das classes de resíduos, evitando a mistura de


resíduos específicos (classes A, B, C, E) com resíduos comuns (classe D).

Projeto 2.4-2:

P 2.4-2: Implementar sistema de controle dos RSS mantido pelo IPAAM,


assegurando a participação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região
Metropolitana de Manaus (SRMM).

Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição dos RSS pelo IPAAM.

Ações:

A 2.4-2-2: Assegurar que os geradores de RSS com obrigação de apresentar o


Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS) elaborem e
implementem o referido plano.

SUBTEMÁTICA 2.5: RESÍDUOS SÓLIDOS DE MINERAÇÃO (RSM)

Diretriz 2.5-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSM, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

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Estratégias:

E 2.5-1: Fortalecimento do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas


(IPAAM) para controle ambiental dos RSM, incluindo fiscalização e sistematização
do monitoramento das quantidades e qualidades geradas;

E 2.5-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

E 2.5-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.5:

Programa RSM.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSM.

Projeto 2.5-1:

P 2.5-1: Manter sistema de controle dos resíduos de mineração, pelo órgão estadual
competente, visando destinação final ambientalmente adequada.

Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final os RSM pelo IPAAM.

Ações:

A 2.5-1-4: Fiscalizar a elaboração e implementação do plano de gerenciamento de


resíduos da mineração.

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SUBTEMÁTICA 2.6: RESÍDUOS SÓLIDOS AGROSSILVIPASTORIS (RSA)

Diretriz 2.6-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSA, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.6-1: Fortalecimento do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas


(IPAAM) para controle ambiental dos RSA, incluindo fiscalização e sistematização
do monitoramento das quantidades e qualidades geradas;

E 2.6-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais


elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos;

E 2.6-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.6:

Programa RSA.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSA.

Projeto 2.6-1:

P 2.6-1: Tratamento dos RSA visando seu reaproveitamento e disposição final


adequada dos respectivos rejeitos.

Objetivo:

Incentivar os geradores de RSA a aplicar os métodos para reaproveitamento de


resíduos e diminuição dos referentes rejeitos.

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Ações:

A 2.6-1-1: Identificar os municípios com maior volume de resíduos agrossilvopastoris


e propor soluções regionalizadas para reaproveitamento.

Projeto 2.6-2:

P 2.6-1: Implementar sistema de controle dos RSA mantido pelo IPAAM,


assegurando a participação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Região
Metropolitana de Manaus (SRMM).

Objetivo:

Controlar de forma regular, universal e sistematizada a geração, tratamento e


disposição final dos RSA pelo IPAAM.

Ações:

A 2.6-2-1: Realizar diagnóstico dos resíduos sólidos agrossilvopastoris na RMM;

A 2.6-2-2: Fortalecer o IPAAM e Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do


Estado do Amazonas (ADAF) visando o controle dos resíduos sólidos
agrossilvopastoris na RMM, incluindo sistematização do monitoramento das
quantidades e qualidades geradas, assegurando a participação da SRMM;

A 2.6-2-3: Fiscalizar a elaboração e implementação do plano de gerenciamento de


resíduos sólidos agrossilvopastoris.

SUBTEMÁTICA 2.7: RESÍDUOS SÓLIDOS DE SANEAMENTO BÁSICO (RSB)

Diretriz 2.7-1:

Gestão, tratamento e disposição final adequada dos RSB, conforme diretrizes gerais
dos resíduos especiais.

Estratégias:

E 2.7-1: Fortalecimento do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas


(IPAAM) para controle ambiental dos RSB, incluindo fiscalização e sistematização
do monitoramento das quantidades e qualidades geradas;

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E 2.7-2: Assegurar que todos os empreendimentos geradores de resíduos especiais
elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da
referente classe de resíduos.

E 2.7-3: Implementação e fortalecimento dos princípios da responsabilidade do


gerador e poluidor-pagador.

Programa 2.7:

Programa RSB.

Objetivo:

Gerenciar, tratar e dispor de forma ambientalmente adequada os RSB.

Projeto 2.7-3:

P 2.7-3: Incentivar os geradores de RSB para aplicar métodos para


reaproveitamento de resíduos e diminuição dos referentes rejeitos.

Objetivo:

Incentivar que os geradores de RSB apliquem métodos para reaproveitamento de


resíduos e diminuição dos referentes rejeitos.

Ações:

A 2.7-3-1: Divulgar novas tecnologias de tratamento dos resíduos de saneamento


com ênfase na biodigestão, no aproveitamento energético e no reuso da água
domiciliar;

A 2.7-3-2: Estimular o aproveitamento energético, por biodigestão e biogás, dos


resíduos dos serviços de saneamento básico.

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TEMÁTICA 3 – GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO
METROPOLITANA DE MANAUS

SUBTEMÁTICA 3.1: INCLUSIVIDADE DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Diretriz 3.1-1:

Promoção da inclusividade da gestão de resíduos sólidos para usuários de serviços.

Estratégias:

E 3.1-1: Promoção da inclusão dos usuários, catadores de materiais recicláveis e


reutilizáveis comprovadamente de baixa renda e fornecedores de serviços na gestão
dos resíduos sólidos, estabelecendo a informação, educação e comunicação
ambiental como uma temática transversal na gestão dos resíduos sólidos.

Programa 3:

Programa para a consolidação de um sistema de gestão de Resíduos Sólidos no


Estado do Amazonas e na RMM, e fortalecimento da gestão pública dos resíduos
sólidos.

Objetivo:

Capacitar e instrumentalizar os atores e organismos públicos e privados envolvidos


na gestão sustentável dos resíduos sólidos.

Projeto 3-1:

P 3-1: Projeto de inclusão dos usuários, catadores de materiais recicláveis e


reutilizáveis comprovadamente de baixa renda e fornecedores de serviços na gestão
dos resíduos sólidos.

Objetivo:

Instrumentalizar os usuários e fornecedores de serviços visando sua participação


ativa e inclusão nas atividades de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

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Ações:

A 3-1-2: Incluir catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente


de baixa renda na gestão de resíduos, em escala compatível com as quantidades de
resíduos, observando critérios de saúde e segurança de trabalho, priorizando a
contratação de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para prestação de serviços públicos (observando
a A 1.3-5-7).

SUBTEMÁTICA 3.3: SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA GESTÃO DE


RESÍDUOS SÓLIDOS.

Diretriz 3.3-1:
Promoção da sustentabilidade financeira da gestão de resíduos sólidos.
Estratégias:
E 3.3-1: Assegurar apoio na obtenção de linhas de financiamento e refinanciamento
pelos serviços prestados, visando à sustentabilidade financeira do setor.

Programa 3:

Programa para a consolidação de um sistema de gestão de Resíduos Sólidos no


Estado do Amazonas e na RMM, e fortalecimento da gestão pública dos resíduos
sólidos.

Objetivo:

Capacitar e instrumentalizar os atores e organismos públicos e privados envolvidos


na gestão sustentável dos resíduos sólidos.

Projeto 3-3:

P 3-3: Projeto de fortalecimento da gestão de resíduos sólidos, no âmbito estadual e


da Região Metropolitana de Manaus, através de políticas proativas e apoio à
logística reversa.

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Objetivo:

Implementar políticas proativas e apoio a soluções consorciadas a logística reversa.

Ações:

A 3-3-6: Realizar estudos para criação de subsídios e políticas proativas para


atração de indústrias de base para a cadeia da reciclagem e recuperação de
resíduos.

A 3-3-7: Criar mecanismos que facilitem a comercialização dos recicláveis em todas


as Regiões do Estado.

MECANISMOS E METODOLOGIAS PARA REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE


RESÍDUOS SÓLIDOS

RESÍDUOS SÓLIDOS ORGÂNICOS (RSO)

Ações:

“A 1.3-2-1: Definir e divulgar modelos para o aproveitamnto dos resíduos orgânicos.”

“A 1.3-2-2: Incentivar o mercado de produção e uso de composto orgânico.”

“A 1.3-5-2: Fomentar a implantação da coleta seletiva nos municípios da RMM para


encaminhamento dos resíduos secos aos galpões de triagem e orgânicos para seu
local específico, priorizando as associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, e assegurar recursos para a infraestrutura;”

“A 1.3-5-10: Incentivar as associações e cooperativas legalmente constituídas,


formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para realização do processo de compostagem de
resíduos orgânicos.”

Mecanismos:

 Aperfeiçoar as técnicas existentes para aproveitamento de resíduos orgânicos


e desenvolvimento de novas técnicas;

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 Estimular a reciclagem de resíduos orgânicos gerados nos municípios da
RMM através de capacitação técnica para os gestores municipais e ACs;
 Incentivar a implantação de negócios e fortalecimento de empresas existentes
que trabalham e/ou desenvolvem tecnologias para o aproveitamento de
resíduos orgânicos.
 Incentivar as prefeituras municipais, grandes e pequenos agricultores a utilizar
composto orgânico a partir da reciclagem de resíduos orgânicos produzidos
por ACs.

Metodologia:

 Incentivar os municípios da RMM a criar parcerias com Instituto Federal de


Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), Universidade Federal
do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Centro
de Educação Tecnológica do Amazonas (CETAM) e faculdades privadas para
desenvolver novas tecnologias para aproveitamento e reciclagem de resíduos
orgânicos;
 Assessorar tecnicamente na implementação de compostagem in situ e uso de
composto nos locais de geração, em agricultura urbana e produção de
alimentos saudáveis e plantas;
 Promover cursos, campanhas e palestra sobre a importância do
aproveitamento resíduos sólidos orgânicos e valor comercial dos compostos
gerados sua utilização na agricultura;
 Assegurar que os municípios da RMM façam que os grandes geradores locais
(agroindústrias, supermercados, restaurantes e outros) elaborem e
programem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
 Assessorar tecnicamente os municípios para implantação de compostagem
de resíduos orgânicos por estabelecimentos municipais, feiras, mercados,
locais públicos integrados a hortas comunitárias de agricultura familiar;
 Promover o manejo agroecológico e de reuso nos serviços de poda, roçagem
e capinação;
 Fomentar a instalação de unidades de compostagem mecanizadas e
domiciliares nos municípios do estado do Amazonas;

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 Atrair empresas de realizem processamento de resíduos orgânicos e que
desenvolvam tecnologias para aproveitamento desses resíduos.

RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL, DEMOLIÇÃO E VOLUMOSO


(RCC/D/V).

Ações:

“A 2.1-1-1: Fomentar a implantação de destinação final ambientalmente adequada


de resíduos da construção civil (Classe A), incluindo processos de licenciamento
ambiental simplificado;”

“A 2.1-1-3: Priorizar a reutilização e a reciclagem de RCC nas obras e


empreendimentos do governo estadual e compras públicas e incentivar os
municípios da RMM para o mesmo;”

“A 2.1-1-4: Incentivar as práticas de demolição sustentável e combate ao


desperdício, reutilização e reciclagem de materiais da construção civil no ciclo de
vida dos produtos do setor;”

“A 2.1-2-2: Incentivar cadastro de empresas de transporte e tratamento de RCC/D/V


e implementação de um sistema de rastreamento das referentes cargas;”

“A 2.1-2-3: Fortalecimento do IPAAM para o controle ambiental dos RCC/D/V,


incluindo fiscalização e sistematização do monitoramento das quantidades e
qualidades geradas, visando tratamento dos resíduos e disposição final adequada
dos respectivos rejeitos, assegurando a participação da SRMM;”

“A 2.1-2-5: Assegurar que os geradores de RCC com obrigação de apresentar o


Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC) elaborem e
implementem o referido plano.”

Mecanismos:

 Assegurar o financiamento para elaboração e execução de projetos de


destinação final ambientalmente adequada para RCC;
 Assegurar as atividades de reutilização e reciclagem dos RCC nos
empreendimentos públicos e privados do estado;

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 Fomentar e disseminar fontes de pesquisas e de desenvolvimento tecnológico
destinado a não geração, à redução, à reutilização e à reciclagem de RCC;
 Incentivar a prática gestão sustentável de resíduos entre os construtores
criando condições favoráveis para o exercício da responsabilidade em relação
manejo e destinação dos resíduos sólidos de construção e demolição;
 Apoiar tecnicamente na construção áreas de reciclagem, reutilização de RCC
para recebimento dos RCC;
 Realizar busca ativa de empresas que realizam transporte e tratamento de
RCC/D/V nos municípios do estado do Amazonas;
 Assegurar o fortalecimento das ações do IPAAM para o controle ambiental
dos RCC/D/V incluindo fiscalização e sistematização do monitoramento de
informações, visando tratamento dos resíduos e disposição final adequada
dos respectivos rejeitos.

Metodologia:

 Incentivar os municípios da RMM, IFAM, UFAM, UEA, CETAM e faculdades


privadas a criar parcerias para desenvolver novas tecnologias para
aproveitamento de RCC/D/V;
 Incentivar a criação de rede (PEVs, LEVs e ATT) para recebimento voluntário
de pequenos volumes de diversos tipos de resíduos (RCC/D/V), qualificando
as operações e a capacidade de destinação diferenciada dos tipos de
resíduos;
 Incentivar a educação ambiental continuada nas regiões atendidas pelos
PEVs, LEVs e ATT;
 Estimular que obras da construção civil de grande, médio e pequeno porte
façam a reutilização e reciclagem de RCC, incluindo a entrega dos mesmos
em ATTs ou PEVs;
 Apoiar os municípios para implantação de sistema declaratório dos
transportadores e das áreas de recepção e tornar documentadas as cargas
entre gerador, transportador, receptor e consumidor do material bruto ou
reciclado;

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 Incentivar municípios para que fiscalizem os PGRS das construtoras e das
grandes obras privadas ou públicas com ênfase na coleta seletiva;
 Estimular a capacidade fiscalizatória dos municípios e fortaceler o IPAAM
para fiscalização da disposição, reaproveitamento e reciclagem dos RCC.

RESÍDUOS SÓLIDOS AGROSSILVIPASTORIS (RSA)

Ações:

“A 1.3-4-1: Difundir técnicas de uso dos resíduos de madeira, junto aos geradores e
potenciais clientes.”

“A 1.3-4-2: Assegurar a fiscalização do uso de resíduos de madeira oriundos de


movelarias, serrarias e afins em olarias, cerâmicas, padarias e etc. como
biocombustível.”

“A 2.6-1-1: Identificar os municípios com maior volume de resíduos


agrossilvopastoris e propor soluções regionalizadas para reaproveitamento.”

“A 2.6-2-1: Realizar diagnóstico dos resíduos sólidos agrossilvopastoris na RMM;”

“A 2.6-2-2: Fortalecer o IPAAM e Agência de Defesa Agropecuária e Floresta do


Estado do Amazonas (ADAF) visando o controle dos resíduos sólidos
agrossilvopastoris na RMM, incluindo sistematização do monitoramento das
quantidades e qualidades geradas, assegurando a participação da SRMM;”

“A 2.6-2-3: Fiscalizar a elaboração e implementação do plano de gerenciamento de


resíduos sólidos agrossilvopastoris;”

Mecanismos:

 Promover capacitação técnica aos geradores de resíduos agrossilvopastoris


quanto as técnicas de reaproveitamento dos resíduos de madeira;
 Realizar capacitação técnica junto aos consumidores de RSA;
 Realizar busca ativa de geradores de RSA nos municípios da RMM;
 Incentivar parceria entre IPAAM e ADAF para intensificar as ações de
fiscalização e monitoramento da geração de RSA;

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 Assegurar que os geradores de RSA elaborem e implementem seus planos
de gerenciamento de resíduos.

Metodologia:

 Promover campanhas, palestras, cursos, workshops e demais estratégias


para orientação dos geradores de RSA quanto a destinação ambientalmente
adequada;
 Promover campanhas, palestras, cursos, workshops e demais estratégias
para capacitação dos consumidores de RSA quanto às técnicas de
aproveitamento de resíduos de madeira;
 Realizar estudo diagnóstico completo (qualiquantitativo) dos RSA nos
municípios da RMM;
 Propor alternativas de logística (áreas em condição de isolamento),
aproveitamento, reciclagem e disposição final dos RSA;
 Incentivar o aproveitamento ou reciclagem dos resíduos de madeireiras,
serrarias e movelarias e assegurar o destino ambientalmente adequado;
 Incentivar que os geradores de resíduos madeireiros, como movelarias,
serrarias e madeireiras elaborem e implementem o Plano de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos (PGRS).

RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS (RSI)

Ações:

“A 2.2-1-1: Fomentar a implantação de equipamentos de reaproveitamento,


tratamento e destinação final ambientalmente adequada de resíduos industriais.”

Mecanismos:

 Fomentar as indústrias de pequeno, médio e grande porte a adoção de


equipamentos e tecnologias destinadas ao reaproveitamento, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada de resíduos industriais;

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Metodologia:

 Assegurar o financiamento para aquisição de equipamentos de


reaproveitamento, tratamento e destinação final às indústrias de pequeno e
médio porte pela Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM);
 Conceder incentivos fiscais às indústrias de grande porte que adotarem
equipamentos de reaproveitamento, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada para os seus resíduos sólidos industriais.

RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE E DE FRONTEIRAS


(RST/F)

Ações:

“A 2.3-1-3: Assegurar a implantação da coleta seletiva e de medidas de


comunicação ambiental nas embarcações de passageiros, portos e terminais de
transporte;”

“A 2.3-2-2: Assegurar elaboração e implementação de planos de gerenciamento de


RST/F no âmbito da RMM;”

“A 2.3-2-3: Exigir e fiscalizar a elaboração e implementação dos planos de


gerenciamento de resíduos sólidos dos serviços de transporte no âmbito público e
privado.”

Mecanismos:

 Assegurar que todos geradores de RST/F elaborem e implementem seus


PGRS;
 Promover campanhas de educação ambiental continuada em embarcações
de passageiros, portos e terminais de transporte;
 Fortalecer órgãos fiscalizadores para implantar sistema de monitoramento
estadual dos RST/F.

Metodologia:

 Assegurar o cumprimento dos instrumentos legais CONAMA n.o 2/1991,


CONAMA n.o 6/1991, CONAMA n.o 5/1993, Lei Federal n.o 9.966/2000,

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CONAMA n.o 275/2001, Resolução RDC - n.o 02/2003 e Resolução RDC -
n.o 56/2008.

RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)

Ações:

“A 2.4-1-1: Fomentar a implantação de tratamento e destinação final


ambientalmente adequada de resíduos de serviços de saúde, incluindo sistemas
para comunidades isoladas;”

“A 2.4-1-2: Incentivar a separação das classes de resíduos, evitando a mistura de


resíduos específicos (classes A, B, C, E) com resíduos comuns (classe D);”

“A 2.4-2-2: Assegurar que os geradores de RSS com obrigação de apresentar o


Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS) elaborem e
implementem o referido plano.”

Mecanismos:

 Assegurar a elaboração e implementação dos Planos de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos de Saúde – PGRSS aos geradores de Resíduos de
Serviços de Saúde, com base na RDC 306/2004 e CONAMA 358/2005;
 Redução do volume e garantir tratamento ambientalmente correto para RSS
dos Grupos A, B, C, D e E, conforme a Resolução CONAMA 358/2005,
caracterizados como Classe I – Perigosos pela ABNT NBR 10004/2004.

Metodologia:

 Garantir o cumprimento dos instrumentos legais RDC 306/2004 e CONAMA


358/2005 que dispõem de Regulamento Técnico para o gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde e sobre o tratamento e a disposição final dos
resíduos dos serviços de saúde, respectivamente;
 Apoiar os municípios para garantam que os geradores de RSS elaborem e
implantem seus PGRS, e assim segregando os RSS do grupo D (seco ou
úmido) no local de geração;

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 Assegurar que os municípios da RMM realizem a logística de RSS de
comunidades em condição de isolamento para sede urbana para tratamento e
disposição final.

RESÍDUOS SÓLIDOS DE MINERAÇÃO (RSM)

Ações:

“A 2.5-1-4: Fiscalizar a elaboração e implementação do plano de gerenciamento de


resíduos da mineração.”

Mecanismos:

 Garantir a elaboração e implementação dos Planos de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos para geradores de RSM de grande porte.

Metodologia:

 Fortalecer as ações do IPAAM para monitoramento da geração de resíduos


da mineração no estado do Amazonas;

RESÍDUOS SÓLIDOS DE SANEAMENTO BÁSICO (RSB)

Ações:

“A 2.7-3-1: Divulgar novas tecnologias de tratamento dos resíduos de saneamento


com ênfase na biodigestão, no aproveitamento energético e no reuso da água
domiciliar;”

“A 2.7-3-2: Estimular o aproveitamento energético, por biodigestão e biogás, dos


resíduos dos serviços de saneamento básico.”

Mecanismos:

 Estimular o aproveitamento de resíduos de saneamento gerados nos


municípios da RMM através de capacitação técnica para os gestores
municipais e empresas (públicas e privadas) que executam serviços de
saneamento;

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 Aperfeiçoar as técnicas existentes para aproveitamento de resíduos de
saneamento e desenvolvimento de novas técnicas.

Metodologia:

 Promover cursos, campanhas e palestras sobre a importância do


aproveitamento RSB;
 Incentivar IFAM, UFAM, UEA, CETAM e faculdades privadas a criar parcerias
para desenvolver novas tecnologias para aproveitamento de resíduos de
saneamento básico.

INCENTIVO E FINANCIMENTO DA RECICLAGEM

Ações:

“A 1.3-3-1: Atrair novas empresas para o processamento de resíduos recicláveis


secos;”

“A 1.3-3-2: Pleitear linhas de financiamento para iniciativas de reciclagem, oriundas,


por exemplo, da Logística Reversa;”

“A 1.3-3-3: Pleitear incentivos fiscais para iniciativas de processamento de resíduos


recicláveis secos;”

“A 1.3-5-8: Criar fundo de reciclagem estadual com recursos destinados a projetos


de reciclagem, inclusão social e contratação das ACs.”

“A 3-3-6: Realizar estudos para criação de subsídios e políticas proativas para


atração de indústrias de base para a cadeia da reciclagem e recuperação de
resíduos;”

“A 3-3-7: Criar mecanismos que facilitem a comercialização dos recicláveis em todas


as Regiões do Estado.”

Mecanismos:

 Assegurar financiamentos para toda a cadeia de reciclagem na RMM;


 Assegurar a criação do fundo de reciclagem estadual;

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 Fomentar as indústrias de pequeno, médio e grande porte a adoção de
equipamentos e tecnologias destinadas ao reaproveitamento, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada de resíduos industriais.

Metodologia:

 Conceder incentivos fiscais às indústrias de grande porte que adotarem


equipamentos de reaproveitamento, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada para os seus resíduos sólidos;
 As principais fontes de financiamento a serem utilizadas são:
o AFEAM – Agência de Fomento do Estado do Amazonas;
o Pró-catador (Banco do Brasil, BNDES e Petrobrás);
o Ministério das Cidades;
o Fundação Nacional de Saúde – FUNASA;
o Programa Brasil sem lixão (MMA);
o Programa Recicla Brasil (MMA);
o Acordos Setoriais para logística reversa;
o Convênio do TCU (Escola de Contas);
o Fundação de Amparo de pesquisa e desenvolvimento do Estado do
Amazonas – FAPEAM;
o Convênio do TJ-AM (VEMAQA);
o Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de
administração direta e indireta;
o Recursos dos municípios do Amazonas destinados ao gerenciamento de
resíduos sólidos através dos seus órgãos de limpeza pública,
empreendedorismo e assistência social.
 Assegurar que as fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes
cumpram os acordos setoriais, comunicando o órgão municipal e estadual
competente assim como;
 Buscar recursos federais para elaboração de planos e projetos voltados à
redução, reutilização e reciclagem;
 Propor incentivos fiscais por meio da dedução de impostos sobre a
comercialização de materiais recicláveis, desde que comprovado o
investimento em associações e cooperativas legalmente constituídas,
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formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;
 Realizar estudos do mercado de reciclagem existente e atrair novos mercados
por meio de pesquisas estudos sobre o potencial de comercialização de
materiais recicláveis.

COLETA SELETIVA, PEVS, LEVS, ATT E ECOPONTOS

Ações:

“A 1.3-6-1: Apoiar a elaboração de Projetos Executivos de Coleta Seletiva nos 13


municípios da RMM;”

“A 1.3-6-2: Apoiar a implementação da Coleta Seletiva nos 13 municípios da RMM;”

“A 1.4-1-3: Apoiar a implantação de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs),Locais de


Entrega Voluntária (LEVs) e ECOPONTOS;”

“A 1.4-2-1: Oferecer aos municípios e consórcios de RSU ferramentas para


introdução de sistemas adequados de entrega e transferência de resíduos
domiciliares secos de comunidades em condições de isolamento, e acessos a
Terras Indígenas, com manutenção dos locais de transferência, coleta regular e
orientação contínua a respeito do seu uso pela população, observando a logística de
abastecimento para inclusão na logística de gestão de resíduos;”

“A 1.4-2-4: Incentivar os órgãos públicos para que seus resíduos sejam destinados
prioritariamente para as associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;”

“A 2.1-3-1: Realizar estudos para definição de localização de PEVs e ATT e


logística, custos de operação, modelo de financiamento da implantação, operação e
de gestão, modelo de monitoramento e fiscalização para cada município;”

“A 2.1-3-2: Dimensionar equipamentos conforme estudos realizados em A 2.1-3-1;”

“A 2.1-3-3: Apoiar municípios e consórcios na implantação da infraestrutura


conforme A 2.1-3-2;”

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“A 2.1-3-4: Apoiar municípios e consórcios com instrumentos de divulgação,
manutenção e monitoramento dos PEVs e ATT.”

Mecanismos:

 Fomentar os municípios do estado Amazonas na implantação da coleta


seletiva universalizada e sistemas adequados de entrega e transferência de
resíduos, amplificando o manejo diferenciado e a valorização dos resíduos.

Metodologia:

 Incentivar a abordagem do tema coleta seletiva nas campanhas e programas


voltados a segurança, meio ambiente e saúde nas instituições públicas e
privadas;
 Fomentar estudos de localização e implantação de PEVs, LEVs, ATT e
ECOPONTOS, assim como modelo de monitoramento e fiscalização para os
municípios do estado do Amazonas, incluindo comunidades em condição de
isolamento;
 Apoiar mecanismos de sensibilização da sociedade (sede urbana e
comunidades em situação de isolamento) para o descarte de recicláveis de
forma adequada para seu melhor aproveitamento;
 Fiscalizar órgãos públicos estaduais para que separem na fonte os resíduos
recicláveis secos e destinem as associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis
e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda, conforme a Lei Estadual n.o
249/2015;
 Realizar estudo técnico nos municípios da RMM para definir localização para
implantação de PEVs e ATT e dimensionamento;
 Fomentar a implantação de infraestrutura para coleta seletiva nos municípios
do estado do Amazonas;
 Promover campanhas, palestras, cursos, workshops e demais estratégias
para capacitação dos gestores municipais.

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LOGÍSTICA REVERSA

Ações:

“A 1.4-2-2: Procurar parcerias com iniciativa privada (comércios), rede de


abastecimento de mercadorias (distribuidores) para financiamento e manutenção da
logística para centros urbanos através da implantação de LEVs.”

Mecanismos:

 Assegurar acordos setoriais para logística reversa em todo estado do


Amazonas.

Metodologia:

 Realizar busca ativa das empresas geradoras de resíduos de logística reversa


que atuam no estado do Amazonas.

CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS

Ações:

“A 1.3-5-1: Implementar mecanismos permanentes de formação, capacitação


técnica e gerencial de associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda visando a autogestão, inclusão social e
integração regular nos sistemas de limpeza urbana na RMM, observando normas de
saúde e segurança de trabalho;”

“A 1.3-5-2: Fomentar a implantação da coleta seletiva nos municípios da RMM para


encaminhamento dos resíduos secos e úmidos recicláveis aos galpões de triagem
priorizando as associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda e assegurar recursos para a infraestrutura;”

“A 1.3-5-3: Implantar programa de comunicação permanente, mobilização social e


educação ambiental continuada, utilizando os veículos de comunicação existentes,
abordando entre outros: a redução da geração de resíduos sólidos; reutilização e
reciclagem dos resíduos sólidos; mudança de comportamento da população em
relação ao consumo, saúde pública e limpeza urbana; coleta seletiva com a

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participação das associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;”

“A 1.3-5-7: Promover o programa Agenda Ambiental na Administração Pública –


A3P no âmbito estadual e incentivar os municípios a adotar a A3P, priorizar nas
aquisições governamentais os produtos recicláveis/ reciclados, e destinar através de
contratação os materiais secos recicláveis às associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;”

“A 1.3-5-8: Criar fundo de reciclagem estadual com recursos destinados a projetos


de reciclagem, inclusão social e contratação das associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;”

“A 1.3-5-9: Criar formas de incentivos financeiros em atendimento ao princípio do


protetor-recebedor do Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos (PSAU) e
incentivos de desoneração fiscal as associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;”

“A 1.3-5-10: Incentivar as associações e cooperativas legalmente constituídas,


formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para realização do processo de compostagem de
resíduos orgânicos;”

“A 1.3-5-11: Apoiar a regularização jurídica e administrativa além do licenciamento


ambiental das associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;”

“A 3-1-2: Incluir catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente


de baixa renda na gestão dos resíduos, em escala compatível com as quantidades
de resíduos, observando critérios de saúde e segurança de trabalho, priorizando a
contratação de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
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comprovadamente de baixa renda pra prestação de serviços públicos (observando A
1.3-5-7).”

Os mecanismos e metodologias para as respectivas ações encontram-se no


Programa Especial de Formação, Capacitação e Fomento de Associação de
Catadores de Resíduos Sólido do PERS-AM.

9.2.1. Conclusão do Programa para Reutilização e Reciclagem de Resíduos

As proposições reciclagem e reutilização aqui expostas em suma devem caminhar a


luz das políticas de todas as esferas governamentais. Ambas as medidas
proporcionam diminuição da exploração de recursos naturais e o reaproveitamento
até retarda o processo de reciclagem em um ciclo ou de forma definitiva.

Este mercado proporciona uma fonte geradora de renda de maneira formal para
catadores de materiais recicláveis (principalmente os com alta vulnerabilidade
social), aliado junto a coleta seletiva e o poder público de maneira geral e a não
disposição de resíduos em lixões a céu aberto ou aterros sanitários, que mesmo em
ambientes controlados ainda devem ser vistos como última alternativa.

9.3. Programa Especial de Formação, Capacitação e Fomento de Associação


de Catadores de Resíduos Sólidos do PRSCS-RMM

A Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos reconhece, em seu Inciso VIII, do


Artigo 6º, os resíduos reutilizáveis e recicláveis como bens econômicos e de valor
social, geradores de trabalho e renda, além de serem meios promotores da
cidadania.

A mesma Lei, em seu Inciso XII, do Artigo 7º., adota como objetivo a integração dos
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

Nos últimos anos, um grande número de instrumentos legais foi introduzido com a
finalidade de viabilizar a inserção dos catadores organizados nos sistemas
operacionais de manejo de resíduos reutilizáveis e recicláveis.

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Em conformidade com todos os instrumentos legais, para o atendimento das metas
de reutilização e reciclagem adotadas pelo PRSCS-RMM, deverão ser criadas as
condições e estruturas necessárias ao processamento das quantidades
estabelecidas para as operações futuras, contemplando a inserção produtiva dos
catadores.

Considerando-se como mantidas as atuais condições tecnológicas de coleta seletiva


e triagem, com uma produtividade da ordem de 140 kg/dia de resíduos processados
por cada catador inserido no sistema, será possível estimar o contingente
necessário para o cumprimento das metas estabelecidas.

Considerando-se, ainda, que a inserção de um grande número de pessoas em um


sistema operacional demandará uma sólida organização, o PRSCS-RMM trás este
relatório sobre incentivo e apoio à formação e capacitação de associações e
cooperativas de catadores.

Para a efetiva consecução das ações de apoio às associações e cooperativas de


catadores no estado do Amazonas o PRSCS-RMM propõe a alocação do tema na
estrutura administrativa do Estado e a definição das ações a serem implementadas.

Atualmente, as principais ações do Estado estão alocadas na SEMA-AM, com a


elaboração do PERS-AM e do PRSCS-RMM e no Fundo de Promoção Social do
Governo do Estado do Amazonas, ligado ao Gabinete da Primeira Dama, e que
administra um convênio para inclusão produtiva dos catadores (tecnologia social), da
ordem de R$ 3,5 milhões.

Segundo informações disponibilizadas em apresentação da Secretaria de Estado do


Trabalho (SETRAB) no IV Encontro Regional de Catadores em Manaus no dia
16/12/2014, a SETRAB está apoiando o programa do Governo Federal “Economia
Solidária” que precisa ser assinado e implementado pelos governos estaduais. No
Amazonas a economia solidária vem recebendo apoio de vários órgãos público e
entidades não governamentais visando melhorar o bem-viver das pessoas que se
encontram a margem da sociedade.

Através da gerência deste projeto procuram fortalecer as políticas públicas do


governo federal na capital e no interior do Amazonas, por meio de um processo de
integração com as prefeituras e outras entidades que desenvolvam o Programa de
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Economia Solidária. Este objetivo está relacionado aos objetivos do Governo
Federal de promover a inclusão social e a redução das desigualdades, aos objetivos
da política setorial Ministério do Trabalho e Emprego de expandir a economia
solidária como alternativa para o desenvolvimento do país.

Com isso, a Secretaria de Estado do Trabalho assinou um convênio com Ministério


do Trabalho e Emprego - MTE por meio da Secretaria Nacional de Economia
Solidária – SENAES de n.o 0008/2013 - SICONV n.o 782356/2013 chamado de
“Empreendedorismo Econômico Solidário e Redes de Cooperação atuantes com
Resíduos Sólidos, constituídas por catadores e catadoras de materiais reutilizáveis e
recicláveis no Estado do Amazonas”.

 RECURSO: Ministério do Trabalho e Emprego – MTE;


 Através da Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES;
 Local de Execução: Estado do Amazonas;
 Duração: 36 meses;
 Período de Execução: 01/05/2013 à 30/04/2016.

O convênio citado tem por objetivo fomentar por meio de mudanças contextuais e
estruturais empreendimentos econômicos solidários e redes de cooperação atuantes
com resíduos sólidos, constituídas por catadores e catadoras de materiais
reutilizáveis e recicláveis, com vistas à superação da pobreza extrema no Estado do
Amazonas, no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria.

Beneficiando com este projeto, catadores que trabalhem de forma organizada na


coleta seletiva de RSU no Estado do Amazonas e que apresentam uma realidade
não muito diferente do resto do Brasil. O público beneficiário direto deste projeto é
de 2.800 pessoas e 1.810 indiretos, que sobrevivem da coleta seletiva de RSU,
totalizando 4.610 pessoas atendidas neste projeto. A partir de estudos sobre a
região Norte, estima-se que 56% da população beneficiária tenham entre 30 e 50
anos e 44% com mais de 50 anos. Isso revela que a grande maioria dos cooperados
são pais e mães de família.

Segundo o Plano de Trabalho obtido no SICONV, a Secretaria de Estado do


Trabalho tem como metas:

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Realizar a identificação, o mapeamento, sensibilização e mobilização de 2.800 (70%
desorganizados e 30% organizados) catadores e catadoras de material reciclável e
reutilizável da Região Metropolitana de Manaus - RMM e demais municípios do
Estado do Amazonas;

Realizar processos integrados e sistemáticos de elevação de escolaridade, de


formação e de capacitação, para o empoderamento profissional de 2.800 catadores
e catadoras de materiais reutilizáveis e recicláveis;

Incubar tecnologicamente 15 e dar assessoria técnica a 11 empreendimentos


econômicos solidários existentes e estruturá-los, distribuídos cinco em Manaus,
sendo duas cooperativas e três associações e outras seis distribuídas nos
Municípios de Manacapuru, Careiro Castanho, Parintins, Borba, Itacoatiara e
Barreirinha, constituídos por catadores e catadoras de materiais reutilizáveis e
recicláveis;

Fomentar uma rede de cooperação atuante nas cadeias produtivas de resíduos


sólidos, já contemplados no CATAFORTE II, constituídas por empreendimentos
econômicos solidários de catadores e catadoras de materiais recicláveis;

Implantar um centro de referência de catadores e catadoras de materiais


reutilizáveis e recicláveis e potencializar os demais nas oito calhas distribuídos na
RMM e nas sub-regiões;

Articular o diálogo com diferentes entes públicos, privados e da sociedade civil, com
vistas à construção de soluções locais para melhoria contínua da organização das
atividades de coleta, triagem e reciclagem e a inclusão dos catadores e catadoras de
materiais reutilizáveis e recicláveis nos processos de destinação adequada dos
resíduos sólidos.

Estas informações foram obtidas no Plano de Trabalho submetido ao SICONV -


Portal de convênios do governo federal.

Existe um convênio firmado entre a Cooperativa de Assessoria, Serviços Técnicos


Educacionais e Projetos Sociais (COOASTEPS) e a Secretaria Nacional de
Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. O objetivo deste projeto é
implantar o Centro de Formação e Apoio a Assessoria Técnica em Economia

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Solidária na Região Amazônia I, com a finalidade de promover a formação e apoio a
assessoria técnica em Economia Solidária, bem como a contribuir para a
consolidação da Rede Nacional de Centros de Formação e Apoio a Assessoria
Técnica em Economia Solidária – Rede CFES.

O recurso destinado à execução do referido convênio é de R$ 1.388.021,83 (um


milhão, trezentos e oitenta e oito mil e vinte um reais e oitenta e três reais), abrange
quatro estados da Região Norte, denominada no edital Amazônia I, Acre, Roraima,
Amazonas e Rondônia, o convênio encontra-se no processo de contratação dos
recursos humanos e cotação de preços para aquisição de serviços e materiais,
segundo dados disponibilizados pelo Ministério Público do Trabalho.

Também, a adesão do Estado ao Programa Pró-Catador, nos termos de Decreto


Federal n.o 7.405 (2010) e a atribuição da coordenação do Pró-Catador Estadual ao
Comitê Estadual de Resíduos Sólidos serão fundamentais para dar acesso à
metodologia já desenvolvida e aos muitos projetos, programas e ações do Governo
Federal voltado para o setor.

O Programa Pró-Catador tem a finalidade de integrar e articular as ações do


Governo Federal, futuramente também as ações do Estado e dos Municípios,
voltadas ao apoio e ao fomento a organização produtiva dos catadores de materiais
reutilizáveis e recicláveis, a melhoria das condições de trabalho, a ampliação das
oportunidades de inclusão social e econômica e a expansão da coleta seletiva de
resíduos sólidos, da reutilização e da reciclagem por meio da atuação desse
segmento. Nele, são considerados como catadores, as pessoas físicas de baixa
renda que se dedicam às atividades de coleta, triagem, beneficiamento,
processamento, transformação e comercialização de materiais reutilizáveis e
recicláveis.

São ações apoiadas pelo programa:

 Capacitação, formação e assessoria técnica;


 Incubação de cooperativas e empreendimentos sociais solidários;
 Pesquisas e estudos sobre o ciclo de vida dos produtos e a responsabilidade
compartilhada;
 Aquisição de equipamentos, máquinas e veículos;

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 Implantação e adaptação de infraestrutura física;
 Organização de redes de comercialização e cadeias produtivas integradas por
cooperativas e associações de trabalhadores em materiais recicláveis e
reutilizáveis;
 Fortalecimento da participação dos catadores nas cadeias produtivas da
reciclagem;
 Desenvolvimento de novas tecnologias que possibilitem agregar valor ao
trabalho de coleta de materiais recicláveis e reutilizáveis;
 Manutenção de linhas de crédito para apoiar projetos de institucionalização e
fortalecimento de cooperativas e associações de catadores.

Para que essas ações tenham capilaridade, abrangência e coordenação, também os


62 municípios do Estado deverão ser motivados a aderirem ao Pró-Catador, que
inicialmente será implementado nos municípios de Manaus, Manacapuru, Careiro
Castanho, Parintins, Borba, Itacoatiara e Barreirinha.

O Pró-Catador Estadual deverá ser alocado na estrutura da Secretaria de Estado do


Trabalho – SETRAB, por ser a instituição com atribuições de convênios federais
para a área e por dominar de maneira mais ampla os mecanismos e procedimentos
da tecnologia social voltada a catadores.

A exemplo do que já ocorre em outros estados, a operacionalização do apoio direto


aos catadores, nos aspectos de organização, legalização, administração,
capacitação e operação deverão ser contratados de instituições com experiência
nessas atividades e que deverão permanecer na atividade até a obtenção da
completa autonomia por parte das organizações dos catadores.

Todas as ações, abaixo descritas, estão ancoradas na matriz de proposições, do


PERS-AM.

9.3.1. Síntese do levantamento da presença dos catadores de materiais


recicláveis e reutilizáveis no estado do Amazonas

Os levantamentos técnicos nos municípios do estado do Amazonas ocorridos para


elaboração do PRSCS-RMM, entre os meses de junho e outubro de 2014, tiveram
como um dos objetivos a identificação dos catadores existentes em cada município

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do Estado. A busca destes indivíduos ocorreu nos lixões e aterros, nas ruas,
comércios, bares e por indicação pela administração municipal e/ou terceiros.

Uma vez identificado, o catador passou pela aplicação de formulários que buscou o
levantamento de informações como: manejo dos resíduos recicláveis; informações
sobre materiais recicláveis; preço e forma de comercialização; compradores e
logística de envio dos materiais para as grandes cidades.

Estes levantamentos identificaram 1.120 catadores de materiais recicláveis e


reutilizáveis no estado do Amazonas, sendo que 643 destes encontram-se
espalhados nos 13 municípios da Região Metropolitana de Manaus - RMM,
conforme o resumo dos quantitativos apresentados no Quadro 105.

Quadro 105 - Quadro resumo do levantamento de catadores


ESTADO DO
DISCRIÇÃO RMM
AMAZONAS
Catadores Entrevistados 74 32
Catadores Individuais Indicados 401 120
Catadores Associados/Cooperados Indicados 645 491
Comerciantes Entrevistados 70 16
Comerciantes Indicados 208 171
Número de catadores identificados no estado do Amazonas 1.120
Número de catadores identificados na RMM 643
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

No Quadro 106 e Quadro 107 são apresentados, respectivamente, o quantitativo de


catadores e comerciantes de materiais recicláveis e reutilizáveis identificados por
Município e a relação de municípios que possuem organizações de catadores
(associações e/ou cooperativas) ou em processo de criação.

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Quadro 106 - Levantamento de catadores no estado do Amazonas
Continua
CATADORES CATADORES ASSOCIADOS/ COMERCIANTES
CATADORES COMERCIANTES
MUNICÍPIO SIGLA INDIVIDUAIS COOPERADOS - INDICADOS ENTREVISTADOS
ENTREVISTADOS (1) INDICADOS (5)
INDICADOS (2) (3) (4)
Alvarães ALV 0 3 0 1 1
Amaturá AMA 1 1 0 1 0
Anamã ANA 0 5 0 1 0
Anori ANO 0 9 0 1 4
Apuí APU 0 3 0 1 0
Atalaia do Norte ADN 1 4 0 0 1
Autazes* AUT 4 3 0 1 0
Barcelos BCL 0 10 0 1 3
Barreirinha BAR 1 0 0 0 0
Benjamin Constant BJC 1 2 0 2 0
Beruri BER 0 8 0 1 1
Boa Vista do Ramos BVR 0 0 0 1 1
Boca do Acre BDA 0 10 0 1 2
Borba BOR 3 2 16 2 1
Caapiranga CAA 0 10 0 2 1
Canutama CAN 0 0 0 0 0
Carauari CAR 1 0 36 0 0
Careiro* CCA 11 0 13 0 1
Careiro da Várzea* CVA 0 0 0 1 0
Coari COA 1 10 0 1 3
Codajás CDJ 0 2 0 1 0
Eirunepé ERP 1 6 0 1 1
Envira ENV 0 4 0 2 0
Fonte boa FBO 2 0 0 1 0

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Quadro 106 - Levantamento de catadores no estado do Amazonas
Continuação Quadro 106
CATADORES CATADORES ASSOCIADOS/ COMERCIANTES
CATADORES COMERCIANTES
MUNICÍPIO SIGLA INDIVIDUAIS COOPERADOS - INDICADOS ENTREVISTADOS
ENTREVISTADOS (1) INDICADOS (5)
INDICADOS (2) (3) (4)
Guajará GUA 1 11 0 1 0
Humaitá HMT 0 4 0 1 0
Ipixuna IPX 0 17 0 1 0
Iranduba* IRB 3 17 0 0 0
Itacoatiara* ITA 1 0 19 2 1
Itamarati ITM 0 0 0 0 0
Itapiranga* ITG 1 5 0 1 1
Japurá JPR 0 1 0 1 1
Juruá JUR 1 2 0 0 1
Jutaí JTI 1 1 0 1 1
Lábrea LAB 3 10 0 1 1
Manacapuru* MNC 2 0 47 1 1
Manaquiri* MQR 0 2 0 1 0
Manaus* MAO 0 89 380 5 166
Manicoré MNR 1 0 22 1 0
Maraã MAA 0 2 0 1 0
Maués MAU 1 0 18 2 0
Nova Olinda do Norte NON 1 0 17 1 1
Nhamundá NMD 0 0 0 1 1
Novo Airão* NAR 2 1 32 0 1
Novo Aripuanã NVA 6 0 0 0 0
Parintins PIN 0 70 30 2 0
Pauiní PAU 0 2 0 1 0
Presidente Figueiredo* PFG 5 0 0 1 0

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Quadro 106 - Levantamento de catadores no estado do Amazonas
Conclusão Quadro 106
CATADORES
CATADORES CATADORES COMERCIANTES
ASSOCIADOS/ COMERCIANTES
MUNICÍPIO SIGLA ENTREVISTADOS INDIVIDUAIS ENTREVISTADOS
COOPERADOS - INDICADOS (5)
(1) INDICADOS (2) (4)
INDICADOS (3)
Rio Preto da Eva* RPE 1 0 0 2 0
Santo Antônio do Içá SAI 0 2 0 1 1
São Gabriel da Cachoeira SGC 0 15 1 0 2
Santa Isabel do Rio Negro SIRN 0 2 0 2 0
São Paulo de Olivença SPO 1 2 0 1 0
São Sebastião do Uatumã SSU 1 5 0 1 1
Silves* SIL 2 3 0 2 0
Tabatinga TAB 4 20 12 1 1
Tapauá TPA 0 7 0 2 0
Tefé TFE 1 10 1 1 4
Tonantins TNT 2 1 0 2 1
Uarini UAR 0 5 1 1 1
Urucará URB 4 1 0 3 0
Urucurituba UTB 2 2 0 2 1
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
Nota:
(1) Catadores Entrevistados: Catadores que foram entrevistados no levantamento municipal para elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Amazonas (PERS-
AM) e Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM);
(2) Catadores Individuais Indicados: Catadores que não fazem parte de associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis indicados pelos
catadores entrevistados;
(3) Catadores Associados/Cooperados Indicados: Catadores que fazem parte de associações ou cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis indicados
pelos catadores entrevistados;
(4) Comerciantes Entrevistados: Comerciantes de materiais recicláveis e reutilizáveis que foram entrevistados no levantamento municipal para elaboração do Plano Estadual
de Resíduos Sólidos do Amazonas (PERS-AM) e Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM);
(5) Comerciantes Entrevistados: Comerciantes de materiais recicláveis e reutilizáveis que foram indicados por catadores ou comerciantes de materiais recicláveis e
reutilizáveis entrevistados;
( * ) Municípios integrantes da Região Metropolitana de Manaus – RMM.

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Quadro 107 - Associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis identificadas na RMM
Continua
MUNICÍPIO IDENTIFICAÇÃO / SITUAÇÃO ASSOC. PARTIC. ATUAÇÃO FORMAL.
Autazes - -- -- -- --
ASCARE - Associação dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis do
Careiro 24 -- -- 3 A.
Careiro
Careiro da Várzea - -- -- -- --
Iranduba Em processo de criação N.A. 20 18 A. N.A.
Itacoatiara ASCALITA - Associação de Catadores de Lixo de Itacoatiara 20 N.I. N.I. N.C.
Itapiranga - -- -- -- --
ACMM/COOTEPLA - Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de
18 17 N.I. 2 A.
Manacapuru Manacapuru
MPU Recicler 20 20 N.I. N.C.
Manaquiri - -- -- -- --
ARPA - Associação de Reciclagem e Preservação Ambiental (*) 28 4 10 A. 10 A.
RECICLA MANAUS - Associação Central de Catadores de Materiais
25 2 10 A. 3 A.
Recicláveis
CALMA - Catadores Associados pela Limpeza do Meio Ambiente (*) 8 0 7 A. N.C.
Associação Eco Recicla 30 2 17 A. 5 A.
Associação de Catadores Filhos de Guadalupe 30 3 13 A. 10 A.
Manaus
ACR - Associação de Catadores de Materiais Recicláveis 20 0 17 A. 13 A.
Associação Nova Recicla 25 0 6 A. 2 A.
Eco Cooperativa e Industrialização de Materiais Recicláveis 25 0 7 A. 6 A.
COOPCAMARE - Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis do
25 0 17 A. 5 A.
Estado do Amazonas
COOPCAMAN - Cooperativa dos Catadores de Manaus (Núcleo IV) 20 0 17 A. Em Processo

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Quadro 107 - Associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis identificadas n
Conclusão Quadro 107
MUNICÍPIO IDENTIFICAÇÃO / SITUAÇÃO ASSOC. PARTIC. ATUAÇÃO FORMAL.
Cooperativa Aliança (*) 41 78 12 A. 11 A.
I e V - Núcleos da Aliança (*) -- -- -- --
II - "D. Maria de Fátima" (*) 3 3 N.I. --
Instituto Ambiental Dorothy Stang (Núcleo VI) (*) 20 0 N.I. Em Processo
Manaus
Associação de Catadores Maria do Bairro (*) -- -- -- --
Grupo Reciclar dá Vida 40 0 10 A. 1 A.
Projeto Somando "Lixo e Cidadania" 25 0 10 A. 1 A.
Grupo AMAR (Núcleo III) 15 0 17 A. Em Processo
COOPECAMARE - Cooperativa de Catadores e Catadoras de Materiais
Novo Airão 31 N.I. 6 M. N.C.
Recicláveis de Novo Airão
Presidente Figueiredo - -- -- -- --
Rio Preto da Eva - -- -- -- --
Silves - -- -- -- --

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Nota:
 N.I.: Não informado;
 N.A.: Não se aplica;
 N.C.: Não comprovado;
 A.: Anos;
 M.: Meses;
 ( * ): Organizações que não retornaram a solicitação de validação das informações levantadas no Diagnóstico de Catadores de Materiais Recicláveis da RMM em
reunião do dia 25/01/2016.

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Em contrapartida do quantitativo de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
apresentado no levantamento do PERS-AM e PRSCS-RMM, apresenta-se a
pesquisa realizada na base do Cadastro Único por meio do endereço eletrônico do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em 06/01/2016
para os municípios da Região Metropolitana de Manaus, possuindo 1.498 famílias
de catadores de materiais recicláveis cadastradas, onde 1.192 destas famílias são
beneficiadas pelo Programa Federal Bolsa Família (Quadro 108).

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Quadro 108 - Famílias e pessoas cadastradas dos municípios da RMM no Cadastro Único do MDS
NOVEMBRO/2015 AUT CAR CVA IRA ITA ITG MNC MNQ MAO NAR PFG RPE SIL
GERAL
Famílias Cadastradas 7.313 6.575 4.378 11.233 17.154 2.000 19.716 4.129 245.956 2.907 6.030 4.544 2.082
Pessoas Cadastradas 27.647 21.286 15.477 35.914 58.668 7.123 68.617 14.537 804.829 10.383 18.451 16.308 7.957
FAMÍLIAS DE CATADORES
Famílias Cadastradas 5 185 1 8 14 1 81 5 1.181 6 3 1 7
Famílias Beneficiadas 4 157 1 6 7 1 72 5 914 6 2 1 6
Fonte: Elaborado pelo autor. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2016

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9.3.2. Marco de emancipação dos grupos de catadores de materiais
recicláveis

O Código Brasileiro de Ocupações (2002) reconhece a categoria profissional de


catador de material reciclável (CBO n.o 5.192-05). O Decreto Federal n.o 5.940
(2006) institui a Coleta Seletiva Solidária, com destinação dos materiais recicláveis
para os Catadores dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da
administração pública federal direta e indireta. A Lei Federal n.o 11.445 (2007)
permite ao poder público municipal contratar Cooperativas e Associações de
Catadores, com dispensa de licitação, para a realização de serviço de coleta de
resíduos sólidos nos municípios.

O Decreto Federal n.o 7.217 (2010) regulamenta a Lei Federal n.o 11.445/07 e, no
Artigo 2º, §3º, considera como prestadoras de serviço público de manejo de resíduos
sólidos as associações e cooperativas de catadores, que executam coleta,
processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
reutilizáveis.

A Lei Federal n.o 12.305 (2010), de Política Nacional de Resíduos Sólidos objetiva,
entre outros, a gestão integrada de resíduos e a prioridade nas aquisições e
contratações governamentais, para a integração dos catadores de materiais
reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida dos produtos.

O Decreto Federal n.o 7.405 (2010) institui o Programa Pró-Catador, redimensiona o


Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais
Reutilizáveis e Recicláveis (CIISC) e prevê, entre outras coisas, a adesão voluntária
dos entes federados ao Programa Pró-Catador.

A Lei Estadual n.o 4.021/2014 torna obrigatória a implantação e manutenção


adequada de sistemas de coleta seletiva de resíduos nos locais que especifica, no
âmbito do Estado do Amazonas, sendo a destinação destes materiais para os
Catadores de materiais recicláveis.

O Decreto Municipal n.o 1.349, de 09/11/ 2011, institui o Plano Diretor de Resíduos
de Manaus. Este plano foi elaborado com a expertise do Instituto Brasileiro de

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Administração Municipal - IBAM e gerado a partir de um convênio entre governo do
Estado do Amazonas e a Prefeitura Municipal de Manaus, sendo este instituto o
responsável para direcionar a política de gestão de resíduos sólidos no município
com objetivo de dar eficiência na prestação dos serviços públicos, universalizá-los
para que todos tenham acesso a esses serviços e assim melhorarmos a qualidade
vida na cidade. Esse plano trata de: inclusão social dos catadores de resíduos
recicláveis, responsabilidade solidária, educação ambiental, logística reversa,
reciclagem, reutilização e redução de resíduos, e tratamento ecologicamente correto
na destinação final dos resíduos.

O conjunto das medidas propostas do programa visa à emancipação dos grupos de


catadores. Como marco de emancipação define-se à inclusão formalizada desses
grupos como elo na corrente de gestão e tratamento de resíduos sólidos.

Esta inclusão ocorre por meio da prestação de serviços públicos pelos grupos de
catadores formalizados - entre educação ambiental, coleta seletiva, triagem e
comercialização, serviços ambientais urbanos, administração e gestão – em caso de
terceirização destes serviços.

Desvinculação da estabilidade dos grupos de catadores dos preços do mercado de


recicláveis, por meio de instrumentos de responsabilidade pós-consumo através da
participação dos fabricantes, importadores e distribuidores no custeio das
operações.

Este marco deve ser monitorado, e mantido estável pelo menos de um ano, através
de indicadores. Para aqueles indicadores que fogem do alcance da gestão do
governo estadual, este deverá estimular os municípios e outros entes para a sua
realização.

Para o MNCR (2005) apud PINHEL (2013) a emancipação dos catadores passa pelo
processo de empoderamento e autogestão das cooperativas e associações, tarefa
que, por sua vez, passa pela formação política dos catadores para entendimento e
exercício desse princípio. Há, no entanto, diversas concepções do que é a
autogestão, como o caso de alguns empresários “modernos” que dizem dar a
autogestão de suas empresas aos trabalhadores. Certamente uma forma enganosa

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de envolver os trabalhadores na dinâmica de funcionamento e planejamento da
empresa, sem, contudo, transferir a propriedade dos meios de produção e os lucros
da empresa para esses trabalhadores. O modelo de autogestão defendido pelo
MNCR compreende que os catadores de materiais recicláveis são proprietários dos
equipamentos e da infraestrutura produtiva, sendo, portanto, os legítimos
responsáveis por dirigir o empreendimento em regime de democracia direta
cooperativista.

9.3.3. Relação dos catadores com programas e projetos do PRSCS-RMM

Os catadores de materiais recicláveis foram inclusos na Matriz de Proposições do


PRSCS-RMM, onde a mesma foi elaborada a luz da PNRS que salienta da
importância da inclusão desse ator da cadeia dos resíduos sólidos. Isto é utilizado
principalmente como estratégia para retirar os catadores da vulnerabilidade social.
Estes programas e projetos e ações tratam diretamente dessa relação.

As Diretrizes, Estratégias, Programas e Ações que envolvem a inclusão de


catadores de materiais recicláveis de baixa renda (matriz de proposições do PRSCS-
RMM) estão discriminadas abaixo:

TEMÁTICA 1: RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SUB-TEMÁTICA 1.3: REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM DE


RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

Diretriz: 1.3-1:

Redução dos resíduos sólidos secos e orgânicos dispostos em aterros sanitários,


observando a hierarquia de tratamento não geração, redução, reutilização,
reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, sendo a reciclagem física prioritária em
relação à reciclagem térmica.

Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:
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E 1.3-3: Aumentar a capacidade instalada para o processamento de recicláveis
secos.

E 1.3-5: Fomentar a implantação de programas de coleta seletiva nos municípios


para encaminhamento dos materiais secos recicláveis aos galpões de triagem
priorizando as associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda.

Programa 1.3:

Redução dos resíduos sólidos recicláveis secos e orgânicos dispostos em aterros


sanitários.

Objetivo:

Reaproveitar de forma física e energética os resíduos sólidos urbanos, visando à


inclusão dos resíduos na gestão racional dos recursos naturais, a diminuição dos
rejeitos encaminhados aos aterros sanitários, com inclusão dos catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda nos sistemas
de tratamento.

Projeto 1.3-5:

P 1.3-5: Inclusão de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas


exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda na cadeia formal de aproveitamento de RSU.

Objetivo:

Diminuir a quantidade de rejeitos com a participação das associações e cooperativas


legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda, como elo formal na
gestão de resíduos sólidos urbanos.

Ações:

A 1.3-5-1: Implementar mecanismos permanentes de formação, capacitação técnica


e gerencial de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
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exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, visando a autogestão, inclusão social,
emancipação e integração regular nos sistemas de limpeza urbana da RMM,
observando normas de saúde e segurança de trabalho;

A 1.3-5-2: Fomentar a implantação da coleta seletiva nos municípios da RMM para


encaminhamento dos resíduos secos aos galpões de triagem e orgânicos para o seu
local específico priorizando as associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda e assegurar recursos para a infraestrutura;

A 1.3-5-3: Implantar programa de comunicação permanente, mobilização social e


educação ambiental continuada, utilizando os veículos de comunicação existentes,
abordando entre outros: a redução da geração de resíduos sólidos; reutilização e
reciclagem dos resíduos sólidos; mudança de comportamento da população em
relação ao consumo, saúde pública e limpeza urbana; coleta seletiva com a
participação de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-4: Incentivar a contratação prioritária dos serviços públicos de coleta seletiva


prestados pelas associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, por parte dos municípios; garantindo o
ressarcimento dos custos incorridos através dos acordos setoriais para as
associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas exclusivamente por
catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-5: Implementar formas permanentes de capacitação dos gestores municipais


(secretários, prefeitos e assessoria técnica), como mecanismo de garantir a
implementação dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
(PMGIRS);

A 1.3-5-6: Apoiar as associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas


exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis

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comprovadamente de baixa renda para o uso de equipamentos adequados de
transporte para coleta seletiva de materiais recicláveis, através de recursos dos
acordos setoriais vigentes, eliminando o transporte por carroça de tração humana ou
animal nos centros urbanos;

A 1.3-5-7: Promover o programa Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P


no âmbito estadual e incentivar os municípios a adotar a A3P, priorizar nas
aquisições governamentais os produtos recicláveis/ reciclados, e destinar através de
contratação os materiais secos recicláveis às associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-8: Criar fundo de reciclagem estadual com recursos destinados ao projetos


de reciclagem, inclusão social e contratação das associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-9: Criar formas de incentivos financeiros em atendimento ao princípio do


protetor-recebedor do Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos (PSAU) e
incentivos de desoneração fiscal as associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa renda;

A 1.3-5-10: Incentivar as associações e cooperativas legalmente constituídas,


formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para realização do processo de compostagem de
resíduos orgânicos;

A 1.3-5-11: Apoiar a regularização jurídica e administrativa além do licenciamento


ambiental das associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda.

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TEMÁTICA 3: GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO METROPOLITANA
DE MANAUS

SUB-TEMÁTICA 3.1: INCLUSIVIDADE DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Diretriz 3:

Consolidação de um sistema de gestão de RS, envolvendo o Estado, a Região


Metropolitana de Manaus, Consórcios Municipais, Municípios e Atores da
responsabilidade individual e compartilhada.

Diretriz: 3.1-1:

Promoção da inclusividade da gestão de resíduos sólidos para usuários de serviços.

Estratégias:

Estratégia transversal: Garantir complementariedade entre o PRSCS-RMM e o


PERS-AM, considerando o princípio da subsidiariedade nas seguintes estratégias:

E 3.1-1: Promoção da inclusão dos usuários, catadores de materiais recicláveis e


reutilizáveis comprovadamente de baixa renda e fornecedores de serviços na gestão
dos resíduos sólidos, estabelecendo a informação, educação e comunicação
ambiental como uma temática transversal na gestão dos resíduos sólidos.

Programa 3:

Programa para a consolidação de um sistema de gestão de Resíduos Sólidos no


Estado do Amazonas e na RMM, e fortalecimento da gestão pública dos resíduos
sólidos.

Objetivo:

Capacitar e instrumentalizar os atores e organismos públicos e privados envolvidos


na gestão sustentável dos resíduos sólidos.

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Projeto 3-1:

P 3-1: Projeto de inclusão dos usuários, catadores de materiais recicláveis e


reutilizáveis comprovadamente de baixa renda e fornecedores de serviços na gestão
dos resíduos sólidos.

Objetivo:

Instrumentalizar os usuários e fornecedores de serviços visando sua participação


ativa e inclusão nas atividades de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).

Ações:

A 3-1-2: Incluir catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente


de baixa renda na gestão dos resíduos, em escala compatível com as quantidades
de resíduos geradas, observando critérios de saúde e segurança de trabalho,
priorizando a contratação de associações e cooperativas de catadores para
prestação de serviços públicos (observando a A 1.3-5-7).

9.3.4. Mecanismos, metodologias e fontes de financiamento

As ações compiladas a seguir estão diretamente relacionadas aos catadores de


materiais recicláveis, associações ou cooperativas e coleta seletiva, além do apoio
financeiro para organização, estrutura e operação dos catadores na reciclagem.
Foram discorridas para cada uma delas mecanismos, metodologias e possíveis
fontes de financiamento.

“A 1.3-5-1: Implementar mecanismos permanentes de formação, capacitação


técnica e gerencial de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda visando a autogestão, inclusão social,
emancipação e integração regular nos sistemas de limpeza urbana da RMM,
observando normas de saúde e segurança de trabalho.”

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Mecanismos:

 O Estado deverá aderir ao Programa Pró-Catador, nos termos de Decreto


Federal n.o 7.405/2010 e a atribuição da coordenação do Pró-Catador poderá
ser do Comitê Interestadual para Inclusão de Catadores;
 Fortalecer a busca ativa de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para sua inclusão junto ao CAD Único;
 Estimular a formalização de associações e cooperativas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda que demonstrarem interesses em participar
da gestão de resíduos sólidos prestando assessoria técnica para que sejam
elaborados documentos pertinentes tais como: ata de assembleia e estatuto
devidamente registrado em cartório, de forma que possam atender aos
requesitos legais e específicos para que sua instituição seja apta a se habilitar
para prestar formalmente os serviços de coleta nos municípios do Estado do
Amazonas;
 Fortalecer organizações de ACs já existentes;
 Incentivar a realização de cursos a capacitação de forma permanente das
CACMR estabelecendo conteúdo mínimo estabelecido pelo Programa Pró
Catador e outros, através da execução de convênios para seu financiamento;
 Estruturação das ACs com veículos, equipamentos e galpões de triagem para
absorção de MRS;
 Viabilizar acesso a recursos financeiros ou fornecer diretamente meios para
que as ACs obtenham a estrutura física e material mínimos para realização de
coleta seletiva como: prensa, balança, baias de separação, veículos
automotores (em quantidade e qualidade que possibilitem o recolhimento de
todo resíduo reciclável em coleta domiciliar ou não), equipamentos de
proteção individual (NR 06 MTE - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL - EPI), estrutura física de galpão com cobertura suficiente para
armazenagem de material que atendam as normas de saúde e segurança;

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 Viabilizar assessoria técnica social e operacional continua e permanente para
os catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de
baixa renda.

Metodologia:

 Realizar curso de formação profissional e pessoal para os catadores de


materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda
individuais e ACs – O curso deve seguir a diretriz da formação do Movimento
Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e fundamentar-se em quatro
módulos, podendo ser acrescido de outros, caso necessário:
o Cidadania e controle social;
o Coleta Seletiva e Reciclagem;
o Política e Gestão (administrativa, financeira, produtiva e contábil);
o Cooperativismo e associativismo.
 Promover cursos de capacitação técnica aos catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda para utilização de
máquinas e equipamentos que beneficiem/agregue valor aos resíduos
recicláveis.

Fontes de Financiamento:

 Pró-catador (Banco do Brasil, BNDES e Petrobrás);


 Ministério das Cidades;
 Fundação Nacional de Saúde – FUNASA;
 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de
administração direta e indireta;
 Recursos dos municípios da RMM destinados ao gerenciamento de resíduos
sólidos através dos seus órgãos de limpeza pública, empreendedorismo e
assistência social;
 Incluir responsáveis pelas capacitações do Acordo Setorial de Embalagens e
demais a serem firmados no decorrer da implementação do PRSCS-RMM.

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“A 1.3-5-2: Fomentar a implantação da coleta seletiva nos municípios da RMM para
encaminhamento dos resíduos secos aos galpões de triagem e orgânicos para o seu
local específico, priorizando as associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda e assegurar recursos para a infraestrutura;

Mecanismos:

 Firmar contratos entre prefeituras e ACs para prestação do serviço de coleta


seletiva, com dispensa de processo licitatório, conforme o art. 57 da Lei
Federal n.o 11.445/2007;
 Implantar a coleta seletiva porta a porta, onde veículos específicos percorrem
as ruas realizando a coleta seletiva em cada domicílio; coleta seletiva ponto a
ponto (PEVs e ECOPONTOS);
 Exigir dos grandes geradores a elaboração e implementação dos planos de
gerenciamento de resíduos sólidos, contemplando o direcionamento de todos
os resíduos passíveis de reciclagem para as ACs;
 Incentivar ações compartilhadas entre os principais agentes envolvidos na
cadeia produtiva dos materiais recicláveis na perspectiva da logística reversa
e com inserção dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda de forma que estes sejam agentes
prioritários nos programas de coleta seletiva.

Metodologia:

 Envolver os catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis


comprovadamente de baixa renda em um sistema de coleta seletiva de
resíduos para proporcionar a regulamentação do sistema paralelo de
reciclagem, bem como a melhoria das condições sanitárias como um todo,
diminuindo consideravelmente a disposição irregular dos resíduos passíveis
de reciclagem nos municípios.

Fontes de Financiamento:

 Ministério das Cidades;


 Fundação Nacional de Saúde – FUNASA;

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 Programa Brasil sem lixão (MMA);
 Programa Recicla Brasil (MMA);
 Convênio do TJ-AM (VEMAQA);
 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de
administração direta e indireta;
 Recursos dos municípios da RMM destinados ao gerenciamento de resíduos
sólidos através dos seus órgãos de limpeza pública, empreendedorismo e
assistência social.

“A 1.3-5-3: Implantar programa de comunicação permanente, mobilização social e


educação ambiental continuada, utilizando os veículos de comunicação existentes,
abordando entre outros: a redução da geração de resíduos sólidos; reutilização e
reciclagem dos resíduos sólidos; mudança de comportamento da população em
relação ao consumo, saúde pública e limpeza urbana; coleta seletiva com a
participação de associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas
exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda.”

Mecanismos:

 Empoderar a categoria de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis


comprovadamente de baixa renda no exercício como prestadores de serviço
na mobilização social e educação ambiental para temática de resíduos
sólidos;

Metodologia:

 Promover oficinas de qualificação e capacitação em educação ambiental aos


catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa
renda para viabilizar que os mesmos tornem-se multiplicadores ambientais
podendo ser remunerados para tanto;
 Criar programas de educação ambiental e de divulgação de informações a
sociedade, visando o aumento de grau de adesão à coleta seletiva, com
qualidade na segregação dos materiais, com a contratação dos catadores de

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materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda como
agentes ambientais como um dos serviços da coleta seletiva.

Fontes de Financiamento:

 Fundação Nacional de Saúde – FUNASA;


 Fundação de Amparo de pesquisa e desenvolvimento do Estado do
Amazonas – FAPEAM;
 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de
administração direta e indireta;
 Recursos dos municípios da RMM destinados ao gerenciamento de resíduos
sólidos através dos seus órgãos de limpeza pública, empreendedorismo e
assistência social.

“A 1.3-5-4: Incentivar a contratação prioritária dos serviços públicos de coleta


seletiva prestados pelas associações e cooperativas legalmente constituídas,
formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda, por parte dos municípios; garantindo o
ressarcimento dos custos incorridos através dos acordos setoriais para as
associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas exclusivamente por
catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda.”
e “A 3-1-2: Incluir catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda na gestão dos resíduos, em escala compatível
com as quantidades de resíduos geradas, observando critérios de saúde e
segurança de trabalho, priorizando a contratação de associações e cooperativas de
catadores para prestação de serviços públicos (observando a A 1.3-5-7).”

Mecanismos:

 Implementar Grupo de Trabalho com os gestores municipais, tendo a


participação dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda ou outros que acompanham a temática de
resíduos sólidos para conduzir o cumprimento da Política Nacional de

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Resíduos Sólidos quanto priorização da contratação dos serviços públicos
prestados pelas ACs;
 O plano de trabalho deverá ser coordenado por equipe técnica tomando como
ponto de partida o PERS-AM e o PRSCS-RMM e outros dados que a equipe
técnica achar relevante;
 Garantir que os recursos oriundos dos acordos setoriais sejam efetivamente
revertidos para o pagamento dos catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa renda pela prestação dos serviços
ambientais urbanos;
 Garantir a dispensa de processo licitatório às ACs quanto à prestação de
serviço de coleta para a Administração Pública, conforme determina a Lei
Federal n.o 11.445/2007;
 Incentivar nos termos da logística reversa a contratação de ACs pelos
grandes geradores para prestação de serviços de coleta seletiva de resíduos
passíveis de reciclagem.

Metodologia:

 Promover encontros com os gestores municipais da RMM para capacitá-los e


orientá-los quanto ao cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos,
Política Nacional de Saneamento Básico e Política Estadual de Resíduos
Sólidos;
 Monitorar e verificar o cumprimento das metas estabelecidas na política
estadual e outros instrumentos vigentes;
 Viabilizar pagamentos periódicos às ACs por pagamentos diretos, contratuais
e condicionados aos produtores de serviços ambientais de resíduos coletados
(independente do tipo de material), baseado no serviço ambiental gerado pela
catação e triagem desses resíduos sólidos urbanos, recursos oriundos da
logística reversa ou por determinações da Lei Federal n.o 11.445/07.

Fontes de Financiamento:

 Fundação Nacional de Saúde – FUNASA;

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 Fundação de Amparo de pesquisa e desenvolvimento do Estado do
Amazonas – FAPEAM;
 Acordos Setoriais para logística reversa;
 Convênio do TCU (Escola de Contas);
 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de
administração direta e indireta;
 Recursos dos municípios da RMM destinados ao gerenciamento de resíduos
sólidos através dos seus órgãos de limpeza pública, empreendedorismo e
assistência social.

“A 1.3-5-5: Implementar formas permanentes de capacitação dos gestores


municipais (secretários, prefeitos e assessoria técnica), como mecanismo de garantir
a implementação dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
(PMGIRS).”

Mecanismos:

 Realizar reuniões com os gestores públicos da RMM para discutir etapas de


implantação dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Metodologia:

 Utilizar da Estrutura do FOPES (Fórum Permanente de Secretarias Municipais


de Meio Ambiente dos municípios do Estado do Amazonas) para reunir
assessores e prefeitos para discutir etapas de metas de implementação dos
Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos.

Fontes de Financiamento:

 Governo do Estado do Amazonas;

“A 1.3-5-6: Apoiar as associações e cooperativas legalmente constituídas, formadas


exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para o uso de equipamentos adequados de

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transporte para coleta seletiva de materiais recicláveis, eliminando o transporte por
carroça de tração humana ou animal nos centros urbanos.”

Mecanismos:

 Orientar as ACs quanto às tecnologias existentes para o transporte da coleta


seletiva de materiais recicláveis;
 Promover a capacitação das ACs para possibilitar o acesso a editais de
financiamento de veículos rodoviários e fluviais destinados a coleta e
transporte ou outros equipamentos;
 Desenvolver tecnologias sociais em parceria com os catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda que oportunizem
a agregação de valor/beneficiamento dos resíduos recicláveis visando à
emancipação econômica dos mesmos;
 Garantir recursos destinados ao investimento de equipamentos apropriados
de transporte da coleta seletiva de materiais recicláveis.

Metodologia:

 Promover cursos de divulgação de novas tecnologias existentes para


transporte para coleta seletiva de materiais recicláveis;

 Promover cursos de qualificação às ACs para torná-las aptas a elaborarem


projetos técnicos para obtenção de recursos financeiros para aquisição de
transporte para coleta seletiva de materiais recicláveis.

Fonte de Financiamento:

 Pró-Catador (Banco do Brasil, BNDES e Petrobrás);


 Fundação Nacional de Saúde – FUNASA;
 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES;
 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de
administração direta e indireta;
 Recursos dos municípios da RMM destinados ao gerenciamento de resíduos
sólidos através dos seus órgãos de limpeza pública, empreendedorismo e
assistência social.

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“A 1.3-5-7: Promover o programa Agenda Ambiental na Administração Pública –
A3P no âmbito estadual e incentivar os municípios a adotar a A3P, priorizar nas
aquisições governamentais os produtos recicláveis/ reciclados, e destinar através de
contratação os materiais secos recicláveis às associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa renda.”

Mecanismos:

 Estimular os órgãos públicos estaduais e municipais à implantação da A3P;


 Cumprir as determinações da Lei Ordinária n.o 4.021/2014, que dispõe sobre
a separação de recicláveis por órgãos públicos estaduais;
 Credenciar, na forma legal, as Acs, para a prestação dos serviço de coleta
seletiva.

Metodologia:

 Promover programas de capacitação para os funcionários públicos estaduais


sensibilizando-os para o cumprimento dos conceitos estabelecidos pela A3P;
 Garantir o cumprimento da legislação por meio da fiscalização nos órgãos
públicos.

Fonte de Financiamento:

 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e de seus órgãos de


administração direta e indireta.

“A 1.3-5-8: Criar fundo de reciclagem estadual com recursos destinados a projetos


de reciclagem, inclusão social e contratação das associações e cooperativas
legalmente constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais
recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa renda."

Mecanismos:

 Fomentar a criação de Fundos de Reciclagem;

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 Garantir que mediante a contratação de ACs para prestação de serviços
públicos de coleta seletiva, uma porcentagem dos recursos financeiros
provenientes da comercialização dos materiais das associações e
cooperativas seja destinada ao fundo de reciclagem.

Metodologia:

 Capacitar as ACs para criação e gestão do Fundo de Reciclagem;


 Estabelecer de forma participativa o percentual destinado ao fundo de
reciclagem da contribuição das ACs;
 Definir objetivos e mecanismos da “bolsa reciclagem” para viabilizar no estado
do Amazonas, a exemplo de Minas Gerais.

Fonte de Financiamento:

 Acordos Setoriais para logística reversa;


 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de
administração direta e indireta;
 Recursos dos municípios da RMM destinados ao gerenciamento de resíduos
sólidos através dos seus órgãos de limpeza pública, empreendedorismo e
assistência social.

“A 1.3-5-9: Criar formas de incentivos financeiros em atendimento ao princípio do


protetor-recebedor do Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos (PSAU) e
incentivos de desoneração fiscal as associações e cooperativas legalmente
constituídas, formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis comprovadamente de baixa renda.”

Mecanismos:

 Incentivar economicamente direta ou indiretamente àquele que protege o


meio ambiente;
 Estimular a inclusão e integração socioeconômica dos catadores e das
catadoras de materiais recicláveis e reutilizáveis comprovadamente de baixa
renda, não formalizados e em situação de vulnerabilidade.

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Metodologia:

 Garantir a aplicação do princípio protetor-recebedor para sustentação


econômica dos serviços de manejo de resíduos.

Fontes de Financiamento:

 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de


administração direta e indireta;

“A 1.3-5-10: Incentivar as associações e cooperativas legalmente constituídas,


formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda para realização do processo de compostagem de
resíduos orgânicos.”

Mecanismos:

 Fomentar e incentivar negócios sustentáveis com resíduos orgânicos;


 Incentivar a coleta seletiva de resíduos orgânicos pelas ACs.

Metodologia:

 Promover programas de capacitação para as ACs quanto a compostagem de


resíduos orgânicos e a importância desse tipo de reciclagem;
 Universalização da coleta seletiva de resíduos orgânicos, segregados dos
resíduos secos e dos rejeitos, prestada, em conjunto com seu tratamento, em
regime de eficiência e eficácia.

Fontes de Financiamento:

 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de


administração direta e indireta.

“A 1.3-5-11: Apoiar as associações e cooperativas legalmente constituídas,


formadas exclusivamente por catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis
comprovadamente de baixa renda na regularização jurídica e administrativa para o
licenciamento ambiental.”

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Mecanismos:

 Incentivar a regulação jurídica e administrativa das ACs, tendo em vista o


licenciamento ambiental dos empreendimentos solidários que atuma no
âmbito do reaproveitamento dos resíduos sólidos.

Metodologia:

 Acordar com as ACs e com os órgãos envolvidos tanto na regulação jurídica e


administrativa, quanto na regulação dos requisitos normativos ambientais, a
forma de regularização de cada AC.

Fontes de Financiamento:

 Recursos do Governo do Estado do Amazonas e dos seus órgãos de


administração direta e indireta.

9.3.5. Pagamento de Serviços Ambientais Urbanos

O estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) sobre o Pagamento


de Serviços Ambientais Urbanos (PSAU) aborda estimativas dos benefícios, atuais e
potenciais, econômicos e ambientais gerados pela reciclagem de resíduos sólidos
urbanos no país. Com base na temática foram propostas diretrizes para possíveis
esquemas de pagamento por serviços ambientais para catadores de material
reciclável.

O PSAU tem também como objetivo diminuir a desigualdade social, essas iniciativas
são válidas, uma vez que existem sinergias entre PSAU e redução da pobreza,
quando os programas são bem desenhados e adequados às realidades locais
(PAGIOLA; ARCENAS; PLATAIS, 2005). Tais sinergias podem ser resultantes tanto
da transferência de recursos dos beneficiados pelos serviços ambientais para grupos
mais pobres, como do estímulo a sua organização ou ainda do desenvolvimento de
práticas de trabalho mais sustentáveis.

Este estudo salienta também que é necessário atentar-se para grupos de alta
vulnerabilidade social e sem capacidade de organizar-se, que podem ficar excluídos
do pagamento dos serviços ambientais prestados.

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Segundo publicação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OECD, 2005, p2) a expressão “bem ambiental”, pode ser utilizada para
se referir a serviços prestados e bens vendidos que têm alguma relação com a
prevenção e o controle da poluição e com o uso dos recursos naturais. Nessa
perspectiva, esses “serviços ambientais” dos grupos de catadores são classificados
na Gestão da poluição, sendo definida como bens ou serviços que contribuem para
o controle da poluição do ar; gestão de efluentes e resíduos sólidos; diminuição da
contaminação de solo, águas superficiais e águas subterrâneas; redução de
resíduos e vibração; monitoramento, análise e avaliação ambiental.

O “serviço ambiental urbano” gera impacto positivo e está relacionado diretamente


com atividades urbanas, como a reciclagem de resíduos, que por consequência
ocasiona redução do consumo de água e energia, diminuição da necessidade de
matéria prima virgem renovável e não renovável, minoração da poluição hídrica,
menor área urbana despendida com aterros, maior estabilidade climática devido à
menor emissão de gases de efeito estufa, menor impacto ao patrimônio natural.

Em resumo, da mesma forma que o uso da terra adequado pode ser remunerado
por gerar externalidades positivas, ou minimizar externalidades negativas − e assim
corrigir falhas do mercado e estimular financeiramente determinadas práticas −,
atividades urbanas que gerassem benefícios coletivos semelhantes também
deveriam ser passíveis de tal remuneração, na forma de pagamento por serviços
ambientais urbanos (IPEA, 2010).

Para elaboração de uma política de pagamentos por serviços ambientais urbanos


para os catadores de resíduos sólidos, é necessário analisar algumas características
específicas do setor de catação e triagem de resíduos sólidos. No referido estudo foi
avaliado a heterogeneidade (dados gerais sobre grupos de catadores organizados),
eficiência física (produção/catador/mês), eficiência de mercado (variabilidade de
preços de venda), eficiência econômica (eficiência física x eficiência de mercado).

Ao reconhecer a heterogeneidade das cooperativas, vemos que a estruturação de


uma política pública com foco nos catadores de materiais recicláveis deve
reconhecer e internalizar essa característica. Ou seja, há que se pensar em
mecanismos que sejam flexíveis o suficiente para tratar os diferentes tipos de
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problemas enfrentados por cooperativas que se encontram nos mais diversos
estágios de organização, a fim de tratar desigualmente os desiguais (IPEA, 2010).

Instrumentos Propostos

Pagamento por produtividade: Um dos maiores problemas que afligem os


catadores é o valor médio do pagamento que eles recebem pela venda dos
materiais, para minimizar este problema poderia ser concedida uma bolsa fixa para
os catadores, seguindo as linhas gerais do programa Bolsa Família. A remuneração
consiste em pagamentos mensais/semestrais/anuais de acordo com as
produtividades físicas (pagamento por tonelada de acordo com o tipo de material
recolhido) de cada cooperativa da atividade de catação e triagem de materiais
recicláveis.

Neste instrumento é previsto que aumente a catação e triagem de resíduos sólidos


urbanos e o número de catadores, o que proporcionalmente contribui para o
aumento dos índices de reciclagem de materiais recicláveis no país.

Dentre as várias limitações desse instrumento, as principais são: que não funcionaria
com catadores não cooperados; a não diferenciação do pagamento por tipo de
material recolhido; quedas no preço de mercado devido à assimetria entre os demais
atores da reciclagem; poderia gerar disputa entre catadores devido a variação de
preços nas regiões do país.

Acréscimos compensatórios graduados: se resume em uma política simples de


preços mínimos que objetiva a estabilização de preços flutuantes, como o que já
vem sendo feito no setor agrícola.

Pelo lado teórico, a teoria econômica – e as práticas históricas – apontam que a


adoção de políticas de preços mínimos tende sistematicamente a gerar excessos de
ofertas. Dependendo de como os preços forem fixados, os produtores (exemplo do
setor agrícola) podem passar a ignorar os sinais de mercado da demanda e
tomarem suas decisões de produção baseados apenas nos preços mínimos.

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Como alternativa a uma política de preços mínimos tradicionais, foi proposto o
pagamento de “acréscimos compensatórios graduados”, que visa complementar o
“pagamento por produtividade”.

O instrumento caracteriza-se por ser fator multiplicador, estabelecido por classe de


material reciclável, que será multiplicado pelo valor a ser pago por tonelada recolhida
para cada classe de material, conforme estabelecido pelo mecanismo “pagamento
por produtividade”.

Espera-se aumento no recolhimento e na triagem dos produtos estabelecidos como


foco pela autoridade ambiental e que eram sub-recolhidos aos preços vigentes
anteriores à implementação do instrumento. Tem-se a expectativa também da
garantia de renda mínima pra os catadores de materiais recicláveis em tempos de
baixas nos preços das sucatas. Evidentemente esse instrumento tem as mesmas
limitações que o “pagamento por produtividade”.

Fundo cooperativo: Os instrumentos acima preveem pagamento direto as


cooperativas de catadores, porém dada essa autonomia e o grau de vulnerabilidade
social dos catadores é possível que esses recursos sejam transferidos integralmente
com renda individual para os catadores, sem que nenhuma parte seja investida na
cooperativa.

As possíveis utilizações para esse fundo cooperativo poderiam ser: programas de


capacitação e treinamento de cooperados; criação de redes de comercialização;
aquisição de máquinas e equipamentos e financiamento de estoque.

O fundo cooperativo poderia tanto ser operacionalizado por bancos públicos, como o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); fundações,
como a Fundação Banco do Brasil (FBB); fundos federais, como o Fundo Nacional
do Meio Ambiente (FNMA); quanto na forma de uma cooperativa de crédito popular.

O principal resultado esperado seria o aumento das chances de sobrevivência e das


eficiências produtivas das cooperativas a médio e longo prazos. As linhas gerais
aqui propostas visam, especialmente, ao investimento na capacitação dos
cooperados, nas compra de máquinas e equipamentos, na profissionalização das
cooperativas – permitindo que possam ser contratadas pelas prefeituras para

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desempenharem atividades ligadas à gestão de resíduos sólidos urbanos -, à
diversificação de atividades e a melhoria da qualidade do material comercializado
por esta.

As limitações e os desafios a serem enfrentados por um fundo cooperativo são


diversas e intimamente relacionadas com o desenho institucional a ser adotado.

Segundo Altmann (2012) os catadores trazem benefícios econômicos e ambientais a


toda sociedade e, portanto, fazem jus à remuneração. Nos casos de PSA clássico, o
agricultor que preserva as nascentes e matas ciliares recebe uma contrapartida por
garantir o fluxo de serviços ecossistêmicos que beneficiam toda a sociedade, ou
seja, paga-se por sua conduta. No caso sob análise, a conduta do catador gera uma
externalidade positiva que não foi internalizada pela economia. A pergunta que se
impõe para a implantação de um PSAU no Brasil é: a conduta dos catadores é
merecedora de justa retribuição?

A reivindicação dos catadores por uma retribuição da sociedade por seu trabalho é
de longa data. De acordo com o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais
Recicláveis (MNCR, 2010):

O pagamento por serviços prestados pelos catadores é uma reivindicação


histórica do MNCR, que, ao longo dos anos, vem estimulando o
desenvolvimento de políticas públicas que atendam às necessidades da
categoria, que sobrevive do trabalho que é realizado em condições
precárias e sem reconhecimento em todo o Brasil. Além disso, a
instabilidade do mercado da reciclagem e a ausência de mecanismos de
regulação do setor tornam a atividade dos catadores bastante suscetível a
variações econômicas. Com a crise econômica internacional e a queda nos
preços pagos por materiais recicláveis, a maior parte da categoria viu sua
renda, que já é baixa, cair cerca de 62%. A reivindicação do pagamento aos
catadores pelo trabalho pauta-se pelo reconhecimento do serviço ao meio
ambiente, pela economia que fazem aos Municípios e pelo abastecimento
uma cadeia produtiva que movimenta bilhões de reais todos os anos. Para
implementar a coleta seletiva nos Municípios e fazer a reciclagem uma
atividade permanente é preciso dar condições de desenvolvimento para as
cooperativas de catadores de materiais recicláveis. O incentivo a atividade
dessas organizações de economia solidária associado a criação de
mecanismos de regulação do mercado é apenas o começo dessa história.

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Bolsa de Valores Ambientais do Rio de Janeiro

A Bolsa de Valores Ambientais do Rio de janeiro (BVRio) está operando no mercado


de Créditos de Logística Reversa de Embalagens que representam a atividade de
coleta e triagem realizada pelas Cooperativas de Catadores. Além de constituir um
instrumento de inclusão produtiva e geração de renda para os catadores (adicional à
venda dos materiais) e contribuir para a formalização, desenvolvimento e
fortalecimento das cooperativas, os Créditos de Logística Reversa constituem um
modo eficiente para as empresas cumprirem suas obrigações legais.

Em suma o crédito é um titulo representativo dos serviços ambientais prestados


pelos catadores de materiais recicláveis. Na Política Nacional de Resíduos Sólidos é
previsto a obrigação da indústria de bancar a logística reversa das embalagens pós-
consumo, por exemplo, e colocar de volta na cadeia produtiva.

Conforme já discutido anteriormente, esse sistema valoriza o trabalho do catador de


materiais recicláveis. A BVRio possui a plataforma BVTrade no qual as cooperativas
inserem dados quantitativos do tipo de material coletado, triado e rejeitos. Para
finalizar esta operação é imprescindível anexar a nota fiscal para comprovar essa
venda.

Para cada tonelada de material reciclado é gerado um crédito, e esse crédito fica
disponibilizado na plataforma. As empresas que precisam cumprir essa política
entram na plataforma e buscam as cooperativas que recolheram aquele determinado
material que faz parte da cadeia produtiva dela. Feito isso ele realiza essa compra, e
a cooperativa é remunerada pelo serviço ambiental realizado e a empresa cumpre
com a política.

De acordo com o relatório de atividades do BVRio de 2011-2013 foi iniciado o


processo de cadastramento das cooperativas e adesão de participantes em agosto
de 2013, e em dezembro já contava com mais de 100 cooperativas e 3.000
catadores, estes localizados em 21 Estados, com o potencial de vender Créditos de
Logística Reversa de mais de 5.500 toneladas de resíduos sólidos por mês. Ao
longo de um ano, a venda destes créditos geraria pelo menos R$13 milhões de
receita para as cooperativas de catadores e a reciclagem deste volume de resíduos

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resultaria na redução de emissões de aproximadamente 100.000 t de dióxido de
carbono (CO2). Para que este mercado funcione, no entanto, é importante que as
empresas adotem esses créditos como meio de implementação da logística reversa.

A BVRio está promovendo o uso deste mecanismo entre as empresas que queiram
adicionar um alto impacto social positivo às ações que estas conduzem para o
cumprimento da lei.

Serão cobradas taxas de negociação dos créditos do Mercado, para remunerar tanto
a BVRio quanto o MNCR. As taxas serão pagas pelo Comprador e pelo Vendedor.

 A Taxa de Compra será paga pelo Comprador diretamente à BVRio.


 A Taxa de Venda será retida pela BVRio no momento da transferência do preço.

O valor total das taxas, estimado em 10% do valor da venda, será definido em
conjunto entre a BVRio e o MNCR.

Figura 61 - Fluxo de remuneração

Fonte: BVRIO, 2013

9.3.6. Conclusão

Nas cooperativas, as relações de trabalho apresentam-se na forma de uma


construção participativa, com práticas que pressupõem a valorização do coletivo e a
solidariedade. Pensar e realizar a formação política das cooperativas e associações
de catadores não é tarefa simples, e sim um desafio que está em constante
avaliação e construção. É tarefa permanente que faz parte do desenvolvimento da
categoria no Brasil e no mundo (PINHEL apud MNCR, 2009).

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A adesão do estado do Amazonas e de seus municípios ao Programa Pró-Catador
do Governo Federal poderá ser o mecanismo mais rápido e sólido para o acesso às
metodologias, projetos e recursos já em andamento e aplicação em outras unidades
da Federação e também para um efetivo incentivo e apoio à formação, capacitação,
funcionamento e sucesso das associações e cooperativas de catadores de materiais
reutilizáveis e recicláveis no Estado, cumprimento metas de redução do descarte de
materiais nos aterros.

A implantação do sistema de PSAU, afirma a potencialidade de adoção desse


instrumento para estimular a atividade de catação de materiais recicláveis. Podendo
aumentar a coleta seletiva dos materiais recicláveis, evitando sua disposição final e,
por outro, tornar a atividade de catação atrativa e permanente, retirar os catadores
da vulnerabilidade social garantindo a inclusão dos catadores conforme a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

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10. SISTEMA DE MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E DE INFORMAÇÃO

O Projeto Básico para elaboração do Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta


Seletiva da Região Metropolitana de Manaus (PRSCS-RMM) solicita a elaboração
de um Sistema de Indicadores para Monitoramento e Avaliação Sistemática da
Eficiência do PRSCS-RMM. Para simplificação e esclarecimento deste relatório
adotou-se o nome “Sistema de Monitoramento e Supervisão (SMS)”.

O SMS do PERS-AM/PRSCS-RMM é parte de um Sistema de Informação sobre a


Gestão de Resíduos Sólidos da RMM, tratado no referido tópico. Este SMS tem
vários elementos inter-relacionados como a coleta (entrada), manipulação e
armazenamento (processo) e disseminação (saída) de dados e informações,
proporcionando um mecanismo de retroalimentação.

Um SMS de confiança começa com um conjunto consistente de dados que se


assegure de credibilidade, com alcance para assegurar a legitimidade antes das
particularidades regionais do território e frequência que assegure continuidade e
capacidade comparativa.

O sistema de monitoramento deve garantir a integração entre os indicadores do


SMS e das metas da matriz de proposições (exposta no Relatório de Metas e
Condicionantes do PRSCS-RMM) e garantir que se tenha abertura para integrar os
indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão de Resíduos
Sólidos (SINIR) e Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS).

Objetivo do SMS do PERS-AM/PRSCS-RMM é sistematizar informações que


caracterizam e medem a qualidade da gestão dos diversos grupos de resíduos
sólidos no Estado do Amazonas e na RMM, de forma permanente e contínua,
processando-as para proporcionar informações significativas para o seu
monitoramento e supervisão, a fim de fundamentar estratégias para o melhoramento
da gestão dos resíduos.

As temáticas que orientam o SMS são a Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos


Urbanos, Eliminação da disposição final inadequada e Gestão adequada de
resíduos especiais.

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As ferramentas para alimentação de dados e informações para as temáticas
abordadas no SMS são as seguintes:

 Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos  Conjunto de indicadores


de desempenho do sistema de gestão sustentável dos Resíduos Sólidos
Urbanos (RSU);
 Eliminação da disposição final inadequada  Índice de Qualidade de
Resíduos para Aterros Sanitários (IQR, IQR-Valas);
 Gestão adequada de resíduos especiais  Metodologia do inventário de
resíduos especiais SUFRAMA/ JICA.

A Figura 62 demonstra as temáticas e ferramenta adotadas no SMS.

Figura 62 - Temáticas e ferramenta adotadas no SMS

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

10.1. Sistema de Monitoramento, Avaliação e de Indicadores

10.1.1. Sistema de Avaliação de Gestão Sustentável de RSU

O sistema de avaliação de gestão sustentável avalia os principais elementos da


gestão sustentável de RSU e trata-se de um conjunto de indicadores de
desempenho, em relação à sustentabilidade do sistema de gestão estadual de
resíduos. Os principais elementos da gestão de resíduos sólidos urbanos são
demonstrados na Figura 63.

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Físico  Elementos força para Gestão de Resíduos Sólidos - RS (“Drivers”)

Saúde Pública (Coleta);


Meio Ambiente (Disposição Final);
Recursos Naturais (3R).

Gestão Estratégias Governamentais (“Software”)

Inclusividade (Usuário, Catador e Fornecedor);


Sustentabilidade financeira;
Instituições adequadas & Políticas proativas.

Figura 63 - Principais elementos da gestão sustentável de RSU a serem avaliados pelo SMS

Fonte: Adaptado de Wilson et al., 2013

Em base do conjunto de fatores básicos de um sistema de gestão de resíduos


sólidos, e com a intenção de aplicar a estes fatores uma correlação com indicadores
de desempenho em relação à sustentabilidade do sistema, a metodologia proposta
aplica-se um método introduzido pela publicação “Solid Waste Management in the
World´s Cities – 2010”, publicado pelo Programa dos Assentamentos Humanos das
Nações Unidas, UN-HABITAT.

Este sistema está em fase de aperfeiçoamento, para comparar sistemas de gestão


de resíduos ao nível global, sob a premissa de avaliar a sua sustentabilidade
(WILSON et al., 2012). Refere-se principalmente à avaliação de sistemas municipais,
contudo o mesmo pode ser adaptado para avaliação de consórcios intermunicipais
ou sistemas regionais.

O Quadro 109 demonstra o sistema de indicadores de desempenho de


sustentabilidade de gestão de resíduos sólido.

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Quadro 109 - Sistema de indicadores de desempenho de sustentabilidade de sistemas de gestão de resíduos sólidos
Continua
CRITÉRIO ANALÍTICO INDICADOR DESCRIÇÃO
n.o ELEMENTOS FORÇA PARA GESTÃO DE RS
“HARDWARE”
(“DRIVERS”)
Cobertura de coleta e
1 Saúde Pública Quantitativo por cento da população que tem acesso a serviços regulares de coleta.
varrição
Disposição final Quantitativo por cento do total de RSU destinado a disposição final controlada e
2 Controle Ambiental
adequada/ controlada ambientalmente adequada, incluindo tratamento térmico.
Quantitativo por cento do total de RSU que e reciclado como material – o termo
Materiais reciclados ou
“valorização” significa que materiais secos (vidro, plásticos, metais, papeis etc.) e varias
3 Gestão de Recursos Naturais recuperados
formas de recuperação de orgânicos (compostagem, digestão anaeróbica, ração animal)
(valorizados)
são inclusas.
n.o ESTRATÉGIAS GOVERNAMENTAIS “SOFTWARE”
Pontuação composta por um conjunto de indicadores qualitativos que permitam um “sim”
para presença e “não” para ausência. Representa o grau em que os usuários dos serviços
de gestão de RSU (residências, comércio, grandes geradores) são inclusos em
planejamento, formulação de políticas, implementação e avaliação destes serviços. Os
indicadores são:
Grau de inclusão/ Lei em nível nacional ou local que requerem consulta pública e participação de envolvidos
Inclusão/ inclusividade
4A inclusividade fora da estrutura institucional.
dos usuários
dos usuários Procedimentos implantados ou evidência de participação popular na localização de
aterros sanitários ou outras unidades de tratamento.
Satisfação dos usuários dos serviços de gestão de RSU sendo mensurada ao nível
municipal.
Mecanismo de retroalimentação entre usuários e provedores de serviços.
Comitês comunitários/ fóruns populares que envolvem RS implementados.
Pontuação composta por um conjunto de indicadores qualitativos que permitam um “sim”
para presença e “não” para ausência. Representa o grau em que provedores não
Grau de inclusão/
Inclusão/ inclusividade municipais de gerenciamento de RSU da iniciativa privada, comunitária ou do setor
inclusividade
de provedores/ iniciativa informal são inclusos no planejamento e na implementação de atividades relacionadas.
4B de provedores/
privada/ Os indicadores são:
iniciativa privada/
catadores Leis em nível nacional ou local implementado que incentivam a parceria pública privada
catadores
(PPP), participação do setor privado (PSP), participação de organizações comunitárias ou
cooperativas de catadores;

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Quadro 109 - Sistema de indicadores de desempenho de sustentabilidade de sistemas de gestão de resíduos sólidos
Conclusão Quadro 109
CRITÉRIO ANALÍTICO INDICADOR DESCRIÇÃO
n.o
ESTRATÉGIAS GOVERNAMENTAIS “SOFTWARE”
Existência de organizações ou plataformas que representam o setor privado de manuseio
Grau de inclusão/ de resíduos (formal informal ou comunitário);Evidência de reconhecimento formal de
Inclusão/ inclusividade
inclusividade ocupação de atividades informais de manuseio e/ou reciclagem de RSU (catadores);
de provedores/ iniciativa
4B de provedores/ Evidência de proteção de direitos do setor informal para operar no setor formal de
privada/
iniciativa privada/ gerenciamento de RSU;
catadores
catadores Cooperativas de catadores implementados e integrados ao sistema de gestão de RSU;
Inexistência de ou poucas barreiras legais para PSP.
Pontuação composta por um conjunto de indicadores qualitativos. Os primeiros cinco
indicadores descrevem políticas municipais, grau de controle municipal e cooperação
intermunicipal:
Existem compromissos políticos sustentados para uma gestão sustentável de RSU?
Existe um quadro claro e transparente de políticas para o planejamento e implementação
de gerenciamento de RSU?
Grau de coerência As autoridades locais são autorizadas para cobrança de multas e encargos diretos para
5 Coerência institucional
institucional limpeza pública?
Os serviços terceirizados de manuseio de RSU são definidos, monitorados e controlados
pelos municípios?
Participa em consórcio intermunicipal de gestão de resíduos?
O outro indicador se refere ao grau em que o Estado é organizado para a gestão do setor:
Instrumentos para coordenação de tarefas do setor entre órgãos estaduais
implementados?
População utilizando e Quantitativo por cento do total de residências que usam e pagam pelos serviços de coleta
6 Sustentabilidade Financeira
pagando para coleta de RSU.
Obs.: Os indicadores qualitativos (4A, 4B e 6) são primeiramente pontuados em base de % (por exemplo: 20% para “sim” onde que tem 5 indicadores, ou
16,67% onde que tem seis indicadores), e em seguida traduzidos para as faixas ALTO/ verde (71% e acima), MÉDIO ALTO/ amarelo (61% a 70%), MÉDIO/
amarelo (35% a 60%), ou BAIXO/ vermelho (34% e abaixo, ou ausência de dados)
Fonte: WILSON et.al, 2012 /50/, adaptado
Neste sentido, aplica-se um sistema adaptado de WILSON et al., tanto para a avaliação da situação atual, quanto para servir de fio
condutor na posterior formulação de metas e proposições.
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10.1.1.1. Sistema de indicadores de desempenho de sustentabilidade de
sistemas de gestão de resíduos sólidos

O Quadro 110 demonstra como os indicadores podem ser resumidos usando


números fictícios na coluna ‘resultados’ para um município hipotético.

Seis quantitativos (Dados primários de resíduos – denominados como “D” no quadro


abaixo) fornecem dados de população, geração e composição de Resíduos Sólidos
Domiciliares (RSD) para o município.

Três indicadores de desempenho (para três componentes físicos de um sistema de


Gestão de Resíduos Sólidos) são quantitativos que mensuram algo físico que
expressa um número real.

Os indicadores de desempenho restantes são ‘qualitativos’ – para três componentes


físicos, são denominados como 1Q, 2Q e 3Q; enquanto para três Fatores de
Governança eles são denominados como (4U, 4P, 5F, 6N, 6L). Para cada um
destes, uma avaliação é feita contra 5-6 critérios definidos, usando um julgamento
profissional para atingir a pontuação (0, 5, 10, 15 ou 20) contra cada um dos
critérios; a pontuação é então somada, normalizada se necessário para fornecer
uma pontuação percentual e relatar ao lado de uma avaliação qualitativa da seguinte
forma:

Quadro 110 - Índice de classificação da Avaliação


ÍNDICE RESULTADO CÓDIGO
Alto 100%
Intermediário / alto 61 - 80%
Intermediário 41 - 60%
Intermediário / baixo 21 - 40%
Baixo 0 - 20%
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

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Quadro resumo a ser preenchido para um município

Município: ____________________________________________ Data da Avaliação: _____________________________________

Responsável pela Avaliação: __________________________________________________________________________________

n.o CATEGORIA INDICADORES RESULTADOS CÓDIGO DE CORES

Dados primários relacionados a resíduos

D1 População População Total do Município -

D2 Geração de Resíduos Total de geração de resíduos sólidos do município (t/ano) -

D3 Resíduos per capita RSU per capita (kg/ano) -


Resumo da composição do RSU para três frações-chave – Tudo em
D4 Composição dos Resíduos: -
porcentual de peso do total de resíduos gerados
D4.1 Orgânico Orgânicos (alimentos e resíduos verdes) -

D4.2 Papel Papel -

D4.3 Plástico Plásticos -

Componentes Físicos

1 Saúde Pública – Cobertura de Coleta de Resíduos

1Q Coleta de Resíduos Qualidade da Coleta de resíduos

2 Controle ambiental – tratamento e disposição Tratamento controlado e disposição final

2Q final Qualidade ambiental do tratamento e disposição final dos resíduos

3 Taxa de Reciclagem
3Rs – Reduzir, Reutilizar e Reciclar
3Q Indicador da ‘qualidade’ das ações 3R

Fatores de Governança

4U Inclusão do usuário Grau de inclusão do usuário

4P Inclusão do provedor Grau de inclusão do provedor

5F Sustentabilidade Financeira Grau de Sustentabilidade Financeira

6N Adequação do quadro nacional de GRS


Instituições sólidas, Políticas pró-ativas
6L Grau de coerência institucional

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Guia de avaliação para os dados primários relacionados a resíduos

n.o CATEGORIA INDICADORES ORIENTAÇÕES

A melhor estimativa do total da população. Relatar os últimos dados dos censos e o ano, acrescentando qualquer informação
D1 População População total do Município
estimada não oficial. Qualquer assentamento informal ou não oficial deverá ser incluído na estimativa utilizada.

A melhor estimativa do total da geração de RSU. Informar detalhadamente os RSD utilizados. Qual a fonte das estimativas
Geração de Total de geração de resíduos sólidos do município disponíveis? Como e quando as estimativas foram coletadas - o quão confiáveis elas são - os resíduos foram pesados - se os
D2
Resíduos (t/ano) dados foram coletados no local da disposição, como isto é extrapolado para a quantidade gerada? Foram consideradas variações
sazonais? Se existirem dados históricos disponíveis para anos anteriores, incluir dados.

D3 Resíduos Per capita RSU per capita (Kg por ano) São números oficiais ou disponíveis? Como estes dados se comparam com o cálculo: ((D2x1000) dividido por D1)

Fornecer todos os conjuntos completos de dados disponíveis sobre a composição a composição do RSU, com acompanhamento
dos detalhes: quando as verificações foram realizadas? Onde as verificações foram realizadas no Sistema de Resíduos Sólidos?
Resumo da composição do RSU para três frações-
Composição dos - Se foram coletadas no local de disposição final, foram realizadas as correções referentes aos materiais que foram removidos
D4 chave - Tudo em percentual de peso do total de
Resíduos anteriormente para reciclagem? Em que regularidade esta composição é medida? As variações periódicas foram levadas em
resíduos gerados
conta? Os quão confiáveis são as informações? Se houverem dados históricos disponíveis, deverão ser inclusos. Justificar a
escolha dos determinados dados utilizados para os três indicadores abaixo.

A fração orgânica é definida inicialmente como resíduos alimentícios; resíduos de gramados, jardins e quintais; resíduos de
mercado; e similares. São excluídos papeis, têxteis, couro, madeira etc.. Observe se alguns destes resíduos orgânicos foram
D4.1 Orgânico Orgânicos (alimentos e resíduos verdes)
informados em outras frações - por exemplo se os resíduos estão misturados com areia ou solo durante o processo da coleta
e/ou se a outra fração é maior.

A fração de papel inclui os papeis cartão e cartolinas. Apontar as quantidades é importante - existe alguma reciclagem (incluindo,
D4.2 Papel Papel por exemplo, a coleta porta-a-porta por catadores itinerantes) ocorrendo anteriormente à medição ou esta é uma fonte confiável
de informações sobre a geração de resíduos de papel?

Apontar as quantidades é importante - existe alguma reciclagem (incluindo, por exemplo, a coleta porta-a-porta por catadores
D4.3 Plástico Plásticos itinerantes) ocorrendo anteriormente à medição ou esta é uma fonte confiável de informações sobre a geração de resíduos de
plástico?

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Guia de avaliação para os dados relacionados a componentes físicos

Indicadores de Benchmark 1 & 1Q – Saúde Pública (Coleta de Resíduos)

n.o CRITÉRIO DESCRIÇÃO NOTAS DE ORIENTAÇÃO


Acesso à: inclui os serviços municipais formais e setoriais informais. Onde os serviços são disponibilizados somente para quem
Taxa de Cobertura de Coleta Indicador quantitativo: o percentual da população que tem paga por ele, não deverão ser considerados os percentuais de quem não utiliza o serviço. 'Confiável' significa regular, a
1
de Resíduos acesso à coleta de resíduos confiável. frequência dependerá das condições regionais (geralmente pelo menos uma vez por semana).
Acesso universalizado da sociedade aos serviços de limpeza urbana prestados com regularidade.
Mensurar utilizando os melhores julgamentos, cada componente assinala uma pontuação como indicado: a pontuação que é
Qualidade dos Serviços de Indicador qualitativo para mensurar a qualidade da coleta de
1Q então somada para fornecer um percentual global, o que gera um indicativo qualitativo de acordo com o Índice de Classificação
Coleta resíduos/serviço de limpeza pública.
da Avaliação (Quadro 110).
Foco em locais onde os resíduos sólidos são regularmente coletados:
a. Baixa incidência - Pontuação: 20
Pontuação sobre a presença ou ausência de resíduos sólidos
Aparência visual nos pontos de b. Média incidência - Pontuação: 15
1Q.1 acumulados ao redor dos locais onde são regularmente
coleta c. Média/Alta incidência - Pontuação: 10
coletados (contêineres, lixeiras, coletores e etc.).
d. Alta incidência - Pontuação: 5
e. Incidência muito alta - Pontuação: 0
Foco em locais onde os resíduos sólidos são regularmente coletados:
a. Baixa incidência - Pontuação: 20
Presença ou ausência de lixo e transbordar de lixeiras nas
Efetividade na limpeza pública b. Média incidência - Pontuação: 15
1Q.2 áreas públicas centrais, por ruas principais e em locais
e varrição c. Média/Alta incidência - Pontuação: 10
populares com grandes fluxos de pessoas.
d. Alta incidência - Pontuação: 5
e. Incidência muito alta - Pontuação: 0
Foco em evidências para disposições irregulares e queimada à céu aberto, ocorrendo devido a falta de coleta regular.
a. Baixa incidência - Pontuação: 20
Presença ou ausência de resíduos acumulados/ lixeiras
Efetividade na coleta em bairros b. Média incidência - Pontuação: 15
1Q.3 viciadas/ queimadas à céu aberto em bairros periféricos do
periféricos e de baixa renda c. Média/Alta incidência - Pontuação: 10
município.
d. Alta incidência - Pontuação: 5
e. Incidência muito alta - Pontuação: 0
(a) Onde o setor está envolvido na prestação de serviços: prova documental de contratos adequados em vigor; além de prova
documental de um processo de licitação transparente e de adjudicação de contrato; especificações detalhadas do serviço;
procedimentos e ferramentas de monitoramento; evidências para supervisão regular, incluindo pessoal que tenha acesso a
transportes, como motocicletas ou veículos.
OU
Efetividade na supervisão e no (b) Onde o setor público está envolvido na prestação de serviços: prova documental do planejamento de serviços, prestação,
Implementação de serviço apropriado, gestão e supervisão no
1Q.4 gerenciamento dos serviços monitoramento, articulação e feedback; e evidências sobre uma supervisão regular - incluindo pessoal que tenha acesso a
local.
prestados transportes, como motocicletas ou veículos.
a. Alta observância - Pontuação: 20
b. Média/Alta observância - Pontuação: 15
c. Média observância - Pontuação: 10
d. Baixa observância - Pontuação: 5
e. Nenhuma observância - Pontuação: 0
Aplica-se a ambos/tanto os operadores públicos e provados. Os requesitos de referência são exames regulares de saúde,
vacinação, botas, luvas, macacões, coletes de alta visibilidade:
a. Baixa incidência - Pontuação: 20
Saúde e segurança dos Uso apropriado de equipamentos de proteção pessoal e
1Q.5 b. Média incidência - Pontuação: 15
trabalhadores da coleta procedimentos de apoio.
c. Média/Alta incidência - Pontuação: 10
d. Alta incidência - Pontuação: 5
e. Incidência muito alta - Pontuação: 0

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Indicadores de Benchmark 2 & 2Q – Ambiente (Tratamento e Disposição Final do Resíduo)

Continua
n.o CRITÉRIO DESCRIÇÃO NOTAS DE ORIENTAÇÃO
Indicador quantitativo: percentual dos resíduos totais destinados para Obra de arte, construção civil ou local de disposição final para tratamento incluem áreas de disposição finais
Tratamento controlado e disposição
2 disposição final em qualquer obra de arte, construção civil ou local de previamente trabalhadas como os aterros, bem como controle ambiental do tratamento termal (por exemplo,
final
disposição final para tratamento. resíduos para obtenção de energia e incineradores).

Qualidade Ambiental da eliminação Indicador qualitativo: para aferir a qualidade da eliminação e do tratamento Avaliada seguindo o melhor julgamento sobre o critério do Índice de Classificação da Avaliação (Quadro
2Q
(Disposição Final) dos resíduos dos resíduos. 110). A pontuação é somada para obter o percentual ponderado.

a. Equipamento totalmente projetado (1) - Pontuação: 20


b. Equipamento parcialmente projetado (2) - Pontuação: 15
c. Equipamento controlado (3) - Pontuação: 10
d. Equipamento semi-controlado (4) - Pontuação: 5
e. Equipamento não controlado (5) - Pontuação: 0

A) Para eliminação em aterros:


(1) Aterro sanitário totalmente funcional - Devidamente localizadas, com dreno para chorume e gás,
cobertura final e plano de encerramento;
(2) Aterro projetado - Realização de cobertura diária, infraestrutura no local, algum nível de contenção e
tratamento dos lixiviados, monitoramento do solo e das águas superficiais e subterrâneas e coleta e
ventilação do gás do aterro;
(3) Aterro controlado - Registro de pessoal local, equipamentos e veículos; designação de área para depósito
A classificação do Banco Mundial para disposição em aterro é aplicada com dos resíduos; compactação e cobertura (mesmo que irregular); controle do lixo; ausência de queima de
Índice de qualidade da instalação de base no grau de organização, gestão de engenharia do lugar. Os mesmos resíduos; monitoramento do solo e águas subterrâneas.
2Q.1
disposição final princípios de engenharia, gestão e organização devem ser adaptadas e (4) Lixão semi-controlado - Registro de pessoal local, equipamentos e veículos; depósitos de lixo em área
aplicados para o tratamento termal. designada; monitoramento das águas superficiais.
(5) Lixão a céu aberto - Lugar com pouco ou nenhum controle.
B) Para tratamentos térmicos (incluindo geração de energia com resíduos, incineração / etc.):
(1) Obras de arte projetadas - Operação em consonância com as melhores práticas internacionais, incluindo
os critérios de emissões e monitoramento de gases e disposição apropriada das cinzas.
(2) Instalações modernas projetadas - Cumprimento de critérios de emissão razoavelmente menores que as
práticas reconhecidas internacionalmente.
(3) Instalações controladas - Possui medição de controle de emissão de partículas; pessoal treinado para
seguir procedimentos; manutenção de equipamentos apropriados; gestão e destinação de resíduos
apropriados.
(4) Instalações semi-controladas - Registro do pessoal local, equipamento e veículos; alguma gestão e
contenção do processo de combustão; procedimentos operacionais rudimentares para controle de passíveis.
(5) Instalações não controladas - Basicamente não há controle de queimadas, faltando a maioria das funções
de controle.
Erradicação e recuperação das áreas de disposição inadequada de RSU a céu aberto.
O programa de monitoramento ambiental requer especificar o tipo de instalações.
Para todos os lugares, deverão ser incluídos volumes de resíduos pesos e categorias.
Para eliminação dos aterros: pragas, odor, poeira soprada pelo vento, águas subterrâneas e superficiais.
Para aterros projetados: chorume e gás produzido.
Inclui a existência de: procedimentos de permissão/licenciamento; Para tratamento de usinas termais, o monitoramento deve incluir: temperatura, tempo de residência,
monitoramento ambiental; fiscalização e acompanhamento de entidade emissões de ar (incluindo os óxidos de nitrogênio, dióxidos sulfúricos, metais pesados e dióxidos) e
2Q.2 Controle e Regulação Ambiental
reguladora independente; acompanhamento regular coordenado pela disposição das cinzas.
própria instituição. a. Alta incidência - Pontuação: 20
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Nenhuma incidência - Pontuação: 0

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Conclusão
n.o CRITÉRIO DESCRIÇÃO NOTAS DE ORIENTAÇÃO
Para eliminação no aterro:
a. Utilização do gás produzido no aterro para geração de energia - Pontuação: 20
b. Coleta e queima do gás produzido no aterro - Pontuação: 15
c. Coleta e ventilação do gás produzido no aterro - Pontuação: 10
d. Erradicação dos focos de fogo - Pontuação: 5
e. Ausência de controle do gás produzido em aterro/lixão - Pontuação: 0
Para disposição de aterros: controle de focos de fogo e gestão de gás do
Controle de gases de efeito estufa e aterro.
2Q.3 Para usinas termais: a pontuação deve estar de acordo com o alcance dos parâmetros incluindo o grau de
geração de energia Para tratamento termal: o grau e eficiência da recuperação de energia assim
eficiência energética; controle da emissão de gases e tempo de residência para os resíduos no interior da(s)
como o controle de gases, tempo de residência, emissões, etc.
câmara(s) de combustão.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Nenhuma incidência - Pontuação: 0

(a) Onde o setor privado está envolvido na prestação de serviços: apresentação de documentos
comprobatórios como contratos no local; especificação detalhada dos serviços; procedimentos de
monitoramento e ferramentas; além de evidência documental do processo de propostas e contratos.
(b) Onde o setor público provê os serviços: evidência documental do planejamento de serviços,
Uma avaliação do nível de controle de gestão nos serviços de monitoramento, articulação e feedback.
2Q.4 Gerenciamento e Controle
planejamento, implementação e monitoramento. a. Alta incidência - Pontuação: 20
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Nenhuma incidência - Pontuação: 0
Aplica-se aos operadores públicos e privados. Os requisitos de referência para todas as instalações incluem:
procedimentos operacionais de segurança; avaliações periódicas de saúde/vacinação;
botas/luvas/macacões/roupas de alta visibilidade.
Para o tratamento termal, são acrescentados equipamentos adicionais, incluindo proteção de calor e
Uso de equipamentos de proteção individual apropriados e procedimentos proteção respiratória com especificações apropriadas.
2Q.5 Saúde e segurança de trabalho
de apoio. a. Alta incidência - Pontuação: 20
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Nenhuma incidência - Pontuação: 0

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Indicadores de Benchmark 3 & 3Q – Reduzir, Reutilizar e Reciclar (3Rs)

n.o CRITÉRIO DESCRIÇÃO NOTAS DE ORIENTAÇÃO


Inclui materiais que são reciclados e os orgânicos aproveitados (compostagem, alimentação animal e digestão anaeróbica).
Indicador quantitativo: percentual do total de resíduos gerados Podem ser inclusos setores 'informais' de reciclagem, assim como qualquer reciclagem formal como parte do Sistema de Gestão
3 Cota de Reciclagem
que é reciclado. de Resíduos Sólidos. Reciclar é o mais alto posto da hierarquia dos resíduos, então a recuperação do resíduo é considerada
como tratamento e disposição final.
Avalia utilizando o melhor julgamento pelos critérios da tabela abaixo. Cada componente é assinalado com uma pontuação como
Indicador Qualitativo da Indicador qualitativo: para avaliar a 'qualidade' da efetividade
3Q indicado:
Realização do Conceito 3R dos 3Rs.
A pontuação é somada para prover um percentual ponderado, o qual é analisado em avaliação qualitativa.
Considerar as informações de cooperativas e associações de catadores existentes e coleta seletiva por parte do Município caso
exista.
Baseado no percentual da quantidade total de materiais a. > 75% - Pontuação: 20
Separação de recicláveis secos
3Q.1 reciclados que são coletados como limpos, fontes de materiais b. 51 - 75% - Pontuação: 15
na fonte
separados. c. 26 - 50% - Pontuação: 10
d. 1 - 25% - Pontuação: 5
e. 0% - Pontuação: 0
A aceitabilidade do produto no mercado local também é um critério relevante a ser analisado.
a. Atende a um padrão de qualidade formal - Pontuação: 20
Avaliação qualitativa que mede a qualidade dos resíduos
Qualidade dos resíduos b. Todos os materiais são separados na fonte - Pontuação: 15
3Q.2 orgânicos aproveitados na compostagem, alimentação animal
orgânicos reciclados c. Materiais orgânicos são cuidadosamente separados para minimizar a contaminação residual - Pontuação: 10
e resíduos de digestão anaeróbica.
d. Alguma separação para reduzir a contaminação - Pontuação: 5
e. Pequeno ou nenhum controle - Pontuação: 0
Para os municípios que geram maiores quantidades de
resíduos, avalia-se o grau de políticas e o foco prático na a. Alto nível de foco - Pontuação: 20
redução ou reuso dos resíduos. b. Médio/Alto foco - Pontuação: 15
Foco nos níveis mais altos na
3Q.3 Para municípios que geram menores quantidades de resíduos, c. Médio foco - Pontuação: 10
hierarquia dos 3R
avalia-se inicialmente o grau de políticas e o foco prático no d. Baixo foco - Pontuação: 5
desvio de resíduos para tratamento e disposição final para e. Sem foco - Pontuação: 0
reciclagem.
Iniciativas de integração podem ser caracterizadas em 4 grupos. Um foca na organização e capacidade construtiva do setor
informal de reciclagem ou comunidade. Os outros três focam na interface do setor com o GRS formal; com o mercado de
material secundário; e com a sociedade como um todo. Exemplos de iniciativas incluem acesso a separação dos materiais
recicláveis na fonte; promovendo o reconhecimento e aceitação; adicionamento valor ao resíduo separado; acesso ao capital de
Integração da comunidade e/ou Avaliação da forma e do sucesso de integração do Setor
giro.
3Q.4 setor de reciclagem informal no Informal de Reciclagem no sistema formal de Gestão de
a. Alto nível de foco - Pontuação: 20
sistema de gestão dos RSU Resíduos Sólidos (GRS).
b. Médio/Alto foco - Pontuação: 15
c. Médio foco - Pontuação: 10
d. Baixo foco - Pontuação: 5
e. Sem foco - Pontuação: 0
Aplica-se a operadores públicos e privados. Os requisitos de referência são avaliações de saúde
regulares/vacinações/botas/macacões/roupas de alta visibilidade.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
Uso de equipamentos de proteção individual apropriados e
3Q.5 Saúde e segurança de trabalho b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
procedimentos de apoio.
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0

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Guia de avaliação para os dados relacionados a Fatores de Governança

Indicadores de Benchmark para Inclusividade: (i) 4U – Inclusão de usuário

n.o CRITÉRIO DESCRIÇÃO NOTAS DE ORIENTAÇÃO


Representa o grau em que cada usuário, ou potenciais usuários, de serviços
Avalia usando os melhores julgamentos, cada componente assinala uma pontuação como indicado: a
4U em resíduos sólidos (por exemplo, famílias, negócios e outros gerados de
Inclusividade dos Usuários pontuação que é então somada para fornecer um percentual global, o que gera um indicativo qualitativo
resíduos) são incluídos no planejamento, políticas, formação,
de acordo com o Índice de Classificação da Avaliação (Quadro 110).
implementação e avaliação destes serviços.
Diferentes modos de entrega na prestação de serviços de GRS podem funcionar melhor em diferentes
partes do município.
Este indicador aborda questões de equidade. Todos os cidadãos, independente da renda, recebem um
bom serviço para proteção da saúde pública e qualidade ambiental? Os bairros de baixa renda,
Avaliação da extensão na qual todos os cidadãos recebem um alto nível de incluindo os assentamentos 'informais', são bem servidos?
4U.1 Igualdade na provisão dos serviços
provisão de GRS - independente do nível de renda. a. Alta incidência - Pontuação: 20
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação:10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
A existência e o nível de implementação de leis, estatutos e outros instrumentos legais, em nível
nacional e/ou local, que requeira consulta e participação de partes interessadas de fora das estruturas
burocráticas.
Avaliação do direito legal de ser ouvido - as autoridade tem a obrigação
a. Alta incidência - Pontuação: 20
4U.2 O direito de ser ouvido legal de consultar e envolver os cidadãos nas decisões que os afetem
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
diretamente.
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Devem ser analisadas o envolvimento do público pelos representantes sociais em fases cruciais do
processo de planejamento e implementação do GRS. A existência de comissões/força
tarefa/plataformas estabelecidas de GRSU se reunindo regularmente. Procedimentos para
engajamento público no local de implantação.
Evidência do envolvimento público nos estágios apropriados de decisão,
4U.3 Nível de envolvimento público a. Alta incidência - Pontuação: 20
planejamento e implementação no processo da GRS.
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
A existência e uso de mecanismos de feedback público, incluindo: encontros comunitários e/ou
questionários; implementação de um sistema público de reclamações pela municipalidade e detalhando
cada sugestão recebida; sua natureza e local; natureza e tempo de resposta para resolução das ações.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
4U.4 Mecanismos de retroalimentação A existência e uso de mecanismos de feedback públicos na GRS.
b. Média/ Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Inclui o uso de panfletos, TV, rádios, encontros comunitários e programas educacionais.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
Implementação de um programa contínuo e abrangente de educação b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
4U.5 Comunicação e educação ambiental
ambiental e programa de sensibilização. c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0

507
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Indicadores de Benchmark para Inclusividade: (ii) 4P – Inclusividade do Provedor

n.o CRITÉRIO DESCRIÇÃO NOTAS DE ORIENTAÇÃO


Grau de inclusividade do prestador. Representa o grau em que os servidores Avalia usando os melhores julgamentos, cada componente assinala uma pontuação como
4P não municipais proveem para o privado formal, comunidade ou setores indicado: a pontuação que é então somada para fornecer um percentual global, o que gera
Inclusividade dos Prestadores de Serviços
'informais' incluindo o planejamento e implementação de resíduos sólidos e um indicativo qualitativo de acordo com o Índice de Classificação da Avaliação (Quadro
reciclagem, serviços e atividades. 110).
A conexão legal pode cobrir parceria público-privada (PPP), participação do setor privado
(PSP) e organizações de base comunitária (OBC) e/ou organizações da participação do
setor 'informal'.
Avalia o grau com que as leis e outros instrumentos legais são colocados e
a. Alta incidência - Pontuação: 20
4P.1 Arcabouço legal e normativo implementados em um nível nacional ou local que permitem que o setor
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
privado possa participar da prestação dos serviços de GRS.
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
O setor de resíduos privado inclui o privado formal, organizações de base comunitária e/ou
em setores 'informais'.
Organização ou estrutura no lugar que representa o setor de resíduos a. Alta incidência - Pontuação: 20
4P.2 Representação do setor privado privado e ativamente participam dos fóruns de planejamento de GRS, forças b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
tarefa, comissões e/ou grupos de orientação. c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Evidências incluem a prestação das atividades com a coleta de resíduos, reciclagem, reuso e
disposição final.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
Evidências do reconhecimento e proteção da organização 'informal' e o papel
4P.3 Papel dos setores informal e comunitário b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
do setor no sistema formal de GRS.
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
A participação do setor privado (PSP), inclui a parceria pública privada (PPP) e organizações
de base comunitária (OBC) e a organização da participação do setor 'informal' na GRS.
Avaliação do grau em que as instituições são apresentadas e que incentivem a. Alta incidência - Pontuação: 20
4P.4 Participação do setor privado ativamente a participação do setor privado no GRS - e também uma b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
ausência de barreiras legais ou institucionais para sua participação. c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
O setor privado de resíduos inclui o privado formal, baseada em comunidade e/ou
organizada em setores formais.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
Evidências do setor privado sendo incluso nos processos de licitação como
4P.5 Processo de licitação b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
aberto, transparente e responsável pela prestação dos serviços de GRS.
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Nota 1: A definição de setor informal é de um estudo do GTZ 2006: ‘O “Setor de Resíduos Sólidos informal” se refere aos indivíduos ou empresas que estão envolvidas em reciclagem e atividades
de gestão de resíduos mas que não são patrocinadas, financiadas, reconhecidas e/ou autorizadas pelas autoridades formais que gerenciam os resíduos sólidos, ou que operam em violação ou em
competição com as autoridades formais’ É importante notar que muitos negócios de reciclagem de resíduos informais são registradas para trabalhar em empresas de transporte, construção
limpeza ou agricultura, ou tem negócios no ramo industrial contribuindo no pagamento de impostos. A definição de informalidade aqui colocada se refere ao seu status no setor de resíduos sólidos.
Por conveniência, o termo setor ‘informal’ é usado aqui antes e durante o processo de ‘integração’ como um importante fornecedor de prestadores de serviço dentro do sistema formal de GRS.

508
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Indicador de Benchmark 5 – Sustentabilidade Financeira
n.o CRITÉRIO DESCRIÇÃO NOTAS DE ORIENTAÇÃO

Avalia usando os melhores julgamentos, cada componente assinala uma pontuação como indicado: a
5F Grau de sustentabilidade financeira representa o grau que o gerenciamento de resíduos de um
Sustentabilidade Financeira pontuação que é então somada e normalizada para prover um percentual ponderado (pontuação de 100), de
município pode ser sustentável financeiramente.
acordo com o Índice de Classificação da Avaliação (Quadro 110).
É importante que o município saiba com precisão os custos com a GRS e que as contas estejam abertas para
verificação do público para garantir a transparência e prestação de contas.
Avaliação do grau em que os custos contabilizados da GRS representam os custos reais da a. Alta incidência - Pontuação: 20
5F.1 Procedimentos de contabilidade financeira prestação dos serviços de GRS, e se estas contas são transparentes e abertos ao escrutínio b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
público. c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência/sem informação - Pontuação: 0
Este critério foca na adequação do montante total, independente da fonte de receitas - custo local recuperado é
examinado pelo critério 5F.3 e 5F.5 e a habilidade de levantar capital no 5F.6.
A pontuação indica que as receitas serão suficientes para prover um serviço de qualidade para todos os
cidadãos, com a prestação de alto nível de proteção ambiental, e aquela receita cobrirá os custos de
depreciação / reembolso de capital.
As fontes disponíveis cobram os custos
5F.2 O montante anual é adequado para cobrir todos os custos de provisão do serviço? a. Cobertura total de custos provendo um serviço de alta qualidade, incluindo custos de capital - Pontuação: 20
totais?
b. Cobertura total de custos provendo um serviço de alto nível, incluindo provisão para melhorias e custos de
capital necessários - Pontuação: 15
c. Cobertura total dos custos de operação provendo um serviço de nível razoável - Pontuação: 10
d. Cobertura razoável dos custos operacionais - Pontuação: 5
e. Cobertura de 50% ou menos dos custos operacionais/sem informação - Pontuação: 0
É importante que todos os usuários do serviço paguem pelo menos uma parte de todo o serviço disponibilizado.
O foco é o curso primário da coleta, que é parte do serviço correspondente a remoção dos resíduos das
propriedades individuais, seja por algum tipo de coleta individual, seja por pontos de coleta seletiva.
Recuperação local de custos – dos Quantitativo percentual do total de moradias que usam e pagam por serviços de coleta de a. 75 - 100% - Pontuação: 20
5F.3
domicílios resíduos. b. 50 - 74% - Pontuação: 15
c. 25 - 49% - Pontuação: 10
d. Menor que 25% - Pontuação: 5
e. Nenhum/sem informação - Pontuação: 0
Prover que os serviços de GRS possam beneficiar todo o município - alguns elementos de subsídios cruzados
que possam beneficiar aqueles que não podem pagar.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
Acessibilidade das contribuições de limpeza
5F.4 Existem procedimentos para prestar serviços àqueles que não podem pagar? b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
pública (TLP) aos munícipes
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência/sem informação - Pontuação: 0
Inclui o carregamento das entregas dos resíduos privados para estações de transferências, usinas de
tratamento ou áreas de disposição final.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
Recuperação local de custos – de grandes Grau em que empresas locais e instituições pagam os custos financeiros referentes à coleta,
5F.5 b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
geradores particulares e instituições tratamento e disposição final dos resíduos gerados.
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência/sem informação - Pontuação: 0
Fontes para tal investimento poderiam incluir o governo nacional; investimentos do setor privado como parte de
arranjos contratuais; e garantias de subsídios de doadores internacionais. Se a dependência do investimento
privado está existindo, os prestadores de serviços poderão levantar o capital inicial necessário nos mercados
financeiros?
Tem sido feita provisão adequada para os investimentos de capital adequados, tanto para Deverão ser disponibilizados subsídios para qualquer uso de mecanismo de desenvolvimento de carbono
estender a cobertura de coleta para todas as áreas não servidas; para atualizar os padrões de (MDC) - embora esteja estritamente ligada a fundos operacionais, em vez de custos de capital, a sua existência
5F.6 Acesso a capital para investimentos
eliminação de resíduos; e para substituir equipamentos, veículos e locais existentes no final de facilita a disponibilidade de investimentos em custos de capital.
sua vida útil? a. Alta incidência - Pontuação: 20
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência/sem informação - Pontuação: 0

509
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Indicadores de Benchmark para instituições sólidas, políticas pró-ativas: (i) 6N – Conexão Nacional

n.o CRITÉRIO DESCRIÇÃO NOTAS DE ORIENTAÇÃO

Marco da legislação nacional Avalia usando os melhores julgamentos, cada componente assinala uma pontuação como indicado: a pontuação que é
6N Avalia a adequação da conexão nacional de GRS - incluindo o grau de
então somada para fornecer um percentual global, o que gera um indicativo qualitativo de acordo com o Índice de
de resíduos sólidos implementação.
Classificação da Avaliação (Quadro 110).
A presença de uma lei nacional de GRS - aprovada pelo executivo e legislativo e atualizada como necessário para
acomodar qualquer mudança na situação nacional e/ou regional.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
Existe(m) lei(s) nacional(is) abrangente(s) no local para atender as exigências
6N.1 Legislação b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
da GRS?
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
A estratégia nacional do GRS poderia definir as ações que precisam ser tomadas em um específico período de tempo,
para dar suporte à legislação da GRS.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
Estratégia e políticas de Existe uma estratégia nacional recente aprovada e políticas limpas e
6N.2 b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
implementação da legislação implementadas no local?
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Orientações devem estabelecer como, em termos práticos, a legislação de GRS nacional e as estratégias/políticas deve
ser implementada a nível local.
As orientações devem, entre outras coisa, expor requisitos para que as estratégias locais possam ser desenvolvidas e
implementadas, incluindo ampliação dos serviços de coleta para áreas não servidas, aumentar as taxas de reciclagem,
desenvolvimento do tratamento de resíduos e infraestrutura de eliminação/instalações para melhorar os padrões
ambientais.
Isto deve ser apoiada por mecanismos efetivos, com garantia de que novas instalações são construídas nos mais
Existem orientações claras para as autoridades locais sobre como
Guias e procedimentos de adequados locais contra a vista dos residentes locais.
6N.3 implementar as leis e estratégias?
implementação NIMBY (N.T. "Not in my back yard" - acrônimo em inglês para "Não está no meu quintal" - É usado por urbanistas para
Existem mecanismo efetivos para a implantação de instalações?
identificar projetos polêmicos que possam prejudicar o entorno) não pode ser permitido para dirigir todas as facilidades
para os distritos de menor renda.
a. Alta incidência - Pontuação: 20
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Responsabilidades deverão incluir a permissão e inspeção no local de tratamento e disposição final de resíduos. É
relativamente comum para um país colocar legislações abrangentes, ter capacidade institucional, recursos e
comprometimento para fazer cumprir a legislação colocada em prática de forma eficaz;
Existem agências reguladoras ambientais com recursos adequado?
a. Alta incidência - Pontuação: 20
6N.4 Regulamento e controle Ela tem feito cumprir a legislação para garantir uma igualdade dos serviços
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
para todos?
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Responsabilidade estendida dos produtores é cada vez mais usado em países de alta renda, como forma de repassar o
ônus da GRS de volta, em parte, para aqueles que colocam produtos no mercado que compõem uma parte significativa
dos resíduos sólidos descartados no município. Muitas vezes estes regimes são introduzidos através de legislação
Existe compromisso sendo feito com companhias nacionais e internacionais
nacional, mas em regimes voluntários e parcerias regionais com grupos de organização informal também são possíveis.
Responsabilidade estendida dos que produzam embalagem, produtos eletrônicos e outros produtos que
6N.5 a. Alta incidência - Pontuação: 20
produtores acabam com o GRS? Eles estão arcando com algum custo nos serviços de
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
GRS e/ou reciclagem?
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0

510
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Indicadores de Benchmark instituições Sólidas, Políticas pró-ativas: (ii) 6L Instituições Locais
n.o CRITÉRIO DESCRIÇÃO NOTAS DE ORIENTAÇÃO
Avalia usando os melhores julgamentos, cada componente assinala uma pontuação como indicado: a
6L Instituições locais Uma medida da força e coerência das funções institucionais de GRS do município. pontuação que é então somada para fornecer um percentual global, o que gera um indicativo qualitativo de
acordo com o Índice de Classificação da Avaliação (Quadro 110).
Há uma organização específica ou departamento no setor municipal que é responsável por garantir que os
serviços de GRS sejam planejados, entregues e financiados?
Será que com a queda de orçamento em GRS causará a decadência da organização?
O grau em que as responsabilidades são concentradas em uma organização individual ou departamento que a. Alta incidência - Pontuação: 20
6L.1 Estrutura organizacional
possa ter seu desempenho contabilizado. b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Há um quadro detalhado da organização de departamento de GRS? Todas as posições chaves são
preenchidas com pessoal qualificado? Há uma progressão de carreira e é oferecido treinamento
apropriado para os funcionários?
a. Alta incidência - Pontuação: 20
6L.2 Capacidade institucional Uma avaliação da força organizacional e capacidade do departamento responsável pelo GRS.
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Esta estratégia precisa estar de acordo com a estratégia nacional, implementada a nível local (regional,
município). Esta estratégia é recente/está válida? Há recursos e fundos para implementação no local?
a. Alta incidência - Pontuação: 20
Estratégia e plano de GRS
6L.3 Há uma estratégia recente no lugar e implementada a nível local (ou regional) de GRS. b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
para todo o município
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Componentes como um SGI podem incluir medição da geração de resíduos, composição dos resíduos,
quantidade coletada, reciclada, tratada e eliminada.
Um componente essencial neste processo é a pesagem de resíduos que entram nas instalações para
tratamento/disposição final.
Disponibilidade e qualidade de
6L.4 Este um sistema de informação (SGI) no lugar? Os dados são medidos, coletados e monitorados regularmente? a. Alta incidência - Pontuação: 20
dados de gestão de RSU
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
(a) Onde o setor privado está envolvido no serviço de coleta: a geração primária de resíduos no município
possui seus serviços dispostos adequadamente, assim como supervisionados e controlados pela
municipalidade; a supervisão de pessoal tem domínio das especificações dos serviços e tem condições de
garantir sua execução.OU
Gerenciamento, controle e (b) De onde o setor público direciona o serviço de coleta - provas documentais do planejamento
6L.5 supervisão do serviço de Uma medida da força de controle do município como 'cliente' de GRS, acima dos serviços de GRS. apropriado dos serviços, coleta, monitoramento, articulação e feedback.
atendimento a. Alta incidência - Pontuação: 20
b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
Evidência de um bom relacionamento e definição/articulação clara dos papéis e responsabilidade entre os
vários níveis de governo responsáveis por determinados aspectos de GRS;
Particularmente importante para a política, planejamento e serviço de coleta de GRS;
A coleta de resíduos normalmente é realizada a nível local sem cooperação intermunicipal, enquanto o tratamento Outros departamentos de governos locais, regionais e nacionais podem envolver, por exemplo, no
e disposição final em aterros regionais ou descentralizados pode requerer cooperação intermunicipal através de orçamento/finanças, controle de regulação e fiscalização e comunições públicas.
6L.6 Cooperação intermunicipal
consórcios mesmo em situações de logística desfavorável para instalações centralizadas. Controle regulatório a. Alta incidência - Pontuação: 20
pode ser realizado a nível regional ou estadual. Como funciona esta cooperação? b. Média/Alta incidência - Pontuação: 15
c. Média incidência - Pontuação: 10
d. Baixa incidência - Pontuação: 5
e. Sem incidência - Pontuação: 0
¹ Nota para revisores: Para coleta do setor privado, uma avaliação da ‘função do cliente’ no município é parte necessária para força institucional local. Para coleta do serviço público, este critério é
definido de forma idêntica ao mostrado em 1Q.4 e 2Q.4 acima – isto precisa ser definido.

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10.1.2. Avaliação da Qualidade da disposição final de RSU

Para avaliar a qualidade da disposição final de resíduos sólidos urbanos indica-se a


metodologia dos Índices de Qualidade de Resíduos (“IQR”) adotada pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, desde 1997 (“Inventário Estadual de
Resíduos Sólidos Domésticos”).

O IQR é um sistema de avaliação oficial, realizado pela Organização Estadual de


Meio Ambiente, delegado polo Governo do Estado de São Paulo para o controle da
poluição e degradação ambiental.

O objetivo do IQR é organizar e disponibilizar anualmente informações sobre as


condições ambientais e sanitárias dos locais de disposição final dos Resíduos
Sólidos Urbanos nos municípios do estado.

Atualmente o IQR é aplicado nos 645 municípios do estado de São Paulo, ou seja,
em 100% do estado. De forma geral a metodologia adotada é a inspeção periódica
de todas as instalações de tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos em operação
pelos Técnicos da CETESB que aplicam um questionário específico para cada tipo
de aterro levantando a caracterização do local, informações estruturais e
informações de operação. O processamento dessas informações possibilita
determinar através de cálculos específicos o Índice de Qualidade de Resíduos do
Estado cuja pontuação varia de 0 à 10.

Quadro 111 - Intervalos e enquadramentos do IQR


IQR Enquadramento

0,0 a 7,0 Condições não adequadas (I)

7,1 a 10,0 Condições adequadas (A)


Fonte: CETESB, 2013

De acordo com o Quadro 111 quando o IQR encontra-se de 0,0 a 7,0, o local de
disposição final do município é enquadrado na classe de condições não adequadas
(I) e quando o IQR está de 7,1 à 10,0 o local de disposição final do município é
enquadrado na classe de condições adequadas (A).

Na Figura 64 demonstra-se a evolução Índices de Qualidade de Resíduos dos


municípios do estado de São Paulo no período de 2011 à 2013.
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Figura 64 - Evolução do IQR nas áreas de disposição final dos municípios de São Paulo no período
de 2011 à 2013

Fonte: CETESB, 2013

Na Figura 64, os municípios preenchidos de vermelho são os que estão


enquadrados na condição de inadequados que diminuiu de 153 em 2011 para 29 em
2013, enquanto que os municípios de verde são aqueles enquadrados na condição
de adequados que aumentou de 496 em 2011 para 613 em 2013. A evolução
alcançada quanto às áreas de disposição final de resíduos sólidos dos municípios do
estado de São Paulo foram possíveis de monitorar graças à implementação do IQR.

Para obtenção o IQR é necessário o preenchimento do formulário descrito na Figura


65 a ser aplicado para cada município do estado, incluindo, portanto, os municípios
da RMM. O questionário consiste na identificação da situação sanitário do local de
disposição final, obedecendo a critérios de pontuação que determinam o IQR do
município pesquisado.

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Figura 65 - Formulário de levantamento do IQR

Fonte: CETESB, 2013

A proposta é que a Inspeção periódica de todas as instalações de disposição final de


RSU em operação no Estado do Amazonas seja realizada por técnicos do Instituto
de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).

10.1.3. Avaliação da Gestão de Resíduos Especiais

Recomenda-se para o Estado do Amazonas, incluindo, portanto, a RMM, que o


sistema do Projeto JICA/SUFRAMA utilizado para resíduos industriais seja ampliado
para resíduos especiais.

Dessa maneira o sistema JICA aplicado pela SUFRAMA seria estendido para os
demais municípios da RMM e do Estado, ampliando assim para um escala regional
e estadual, sugerindo como órgão responsável para a sua operação o Instituto de
Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).

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A ampliação desse sistema deve garantir a integração com SINIR e SNIS, Integrar
sistema de monitoramento e supervisão (Mecanismos e procedimentos para
avaliação sistemática da eficiência) e integrar monitoramento das metas
estabelecidas nas proposições.

10.2. Sistema de Informação

A Lei Federal n.o 12.305/2010 em seu artigo 12. Determina que:

“A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão e


manterão, de forma conjunta, o Sistema Nacional de Informações sobre a
Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), articulado com o Sinisa e o Sinima.”

“Parágrafo único. Incumbe aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios fornecer ao órgão federal responsável pela coordenação do Sinir
todas as informações necessárias sobre os resíduos sob sua esfera de
competência, na forma e na periodicidade estabelecidas em regulamento. ”

O SINIR (Sistema Nacional de Informação Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos)


está em processo de elaboração pela Universidade de Brasília (UNB) e não possui
data de finalização.

O Projeto Básico para elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do


Amazonas solicita a elaboração de um Sistema de Informações sobre a Gestão de
Resíduos Sólidos com base na PNRS.

De acordo com o Projeto Básico o Sistema de Informações sobre a Gestão de


Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus do Plano
de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus
(PRSCS-RMM) deve conter mecanismos de inserção e monitoramento das
informações referentes à gestão de resíduos na Região Metropolitana de Manaus,
com o desenvolvimento de matriz central de coleta de informações, identificando a
origem, volume, categorias, composição, trâmite do processo de deposição
ambientalmente adequada e demais características pertinentes à gestão de resíduos
sólidos domésticos, industriais, etc.

A metodologia para organizar o Sistema de Informação da RMM necessariamente é


a mesma da aplicada na elaboração do PERS-AM.

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O procedimento de replicar a metodologia para o SI do PERS-AM, denominado no
plano estadual de resíduos sólidos de Sistema Estadual de Informações sobre a
Gestão de Resíduos Sólidos (SEIRES), no PRSCS-RMM justifica-se pelo motivo de
garantir que não haja duplicidade entre as ações – neste caso a elaboração,
implementação e manutenção do SEIRES - a fim que se evitam estruturas e projetos
paralelos tratando o mesmo assunto. Como a RMM é inserida no Estado,
evidentemente as ações com raio de atuação ao nível do Estado já incluem
territorialmente a RMM, evitando que haja contradições e fricções entre ações ao
nível do Estado e da RMM.

Assim, o SEIRES do PERS-AM será aplicado também ao nível da RMM, se tratando


de um único sistema. Para ilustrar este fato, o sistema recebe neste relatório a sigla
“SEIRES do PERS-AM/ PRSCS-RMM”

Tanto para o Estado quanto para a RMM, o SEIRES do PERS-AM/ PRSCS-RMM é


complementado pelas informações fornecidas pelos prestadores de serviço dos
diversos acordos setoriais, notadamente o das embalagens gerais. O levantamento
destas informações é de responsabilidade dos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes dos produtos, incluindo a disponibilização das mesmas
para o setor público para o controle das metas. Inclui também informações relativas
aos procedimentos de coleta seletiva.

O SEIRES do PERS-AM/PRSCS-RMM terá que entrar em consonância com o SINIR


que tem como principal objetivo coletar e sistematizar dados relativos aos serviços
públicos e privados de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, possibilitando:

 O monitoramento;
 A fiscalização;
 A avaliação da eficiência da gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos;
 Inclusive dos sistemas de logística reversa;
 A avaliação dos resultados, impactos e acompanhamento das metas definidas
nos planos;
 A informação à sociedade sobre as atividades da Política Nacional.

Reforçando que haverá abrangência para órgãos públicos, geradores de resíduos,


transportadores e as empresas de destinação de resíduos, o sistema permitirá que
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todos os envolvidos, além de setores da sociedade civil, tenham conhecimento e
acompanhem a situação dos resíduos sólidos no Estado e na RMM. Também
permitirá a obtenção e armazenamento de grande volume de informações em banco
de dados, de forma a subsidiar futuras ações de controle e fiscalização,
planejamento, elaboração de políticas públicas e estudos de viabilidade para os
investimentos necessários à melhoria da gestão dos resíduos sólidos.

A implementação do SEIRES do PERS-AM/PRSCS-RMM, com monitoramento e


fixação de metas de desempenho, pressupõe a implantação de um sistema de
coleta, processamento e análise das informações operacionais do dia a dia, sobre a
geração, coleta, tratamento, reciclagem e disposição final de resíduos sólidos no
Amazonas e na RMM. O Sistema de Informações será integrado ao Sistema único
de Indicadores para o Monitoramento e Avaliação da Eficiência do PERS-AM e do
PRSCS-RMM (SMS do PERS-AM/PRSCS-RMM).

Este relatório apresenta a concepção do sistema de informações (SEIRES do


PERS-AM/PRSCS-RMM) e é composto dos seguintes itens:

 Os mecanismos de coleta, inserção e monitoramento das informações


referentes à gestão de resíduos no Estado do Amazonas e na RMM;
 A matriz central de coleta de informações, identificando origem, volume,
categorias, composição, trâmite do processo de deposição ambientalmente
adequada e demais características pertinentes à gestão de resíduos sólidos
domésticos, industriais, etc.;
 Os mecanismos de geração de relatórios de rotina e possibilidade de
rastreabilidade das informações, processos e documentos administrativos e
técnicos oriundos da análise dos resíduos sólidos.

10.2.1. Mecanismos de Coleta, Inserção e Monitoramento

A geração e o manejo de resíduos sólidos se dão de forma bastante


descentralizadas e distribuídas quase que na mesma proporção da distribuição
espacial da população, da produção e da renda. Desta forma, os procedimentos de
coleta e inserção das informações deverão ser igualmente descentralizados,

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necessitando de pessoal capacitado e de estruturas implementadas por todo o
território do Estado.

Também as diferentes esferas de responsabilidades (pública para resíduos


domiciliares e urbanos e privada para os resíduos de grandes geradores e acordos
setoriais) demandarão sistemas diferenciados de coleta e inserção de informações.

Para os sistemas de coleta domiciliar, cabe aos municípios a definição do limite de


permanência de um gerador como usuário da coleta, tratamento, reciclagem e
disposição final. Os geradores enquadrados acima do limite fixado devem organizar
os seus próprios sistemas ou terceirizar a atividade. Existe, ainda, a possibilidade
legal de um município atender aos grandes geradores de resíduos semelhantes aos
domiciliares e urbanos, cobrando, entretanto, uma taxa diferenciada por esses
atendimentos.

Atualmente, o município de Manaus regulamentou o tema e definiu o limite como


sendo de 200 litros por dia, para os resíduos domiciliares, e de 50 kg para os
resíduos de construção civil.

Os geradores de resíduos com características específicas, diferentes dos


domiciliares, ou de quantidades superiores aos limites estabelecidos pelos
municípios, ficarão enquadrados como grandes geradores.

Todo o fluxo de dados deverá contemplar a informação e a sua confirmação, ou


seja, sempre que um resíduo ou produto dele derivado muda de custódia (passa de
uma instituição ou empresa para outra), deverá existir a informação da origem e a
confirmação do destino. Este procedimento é fundamental para que sejam evitados
os desaparecimentos de resíduos ao longo da cadeia de custódia.

Todos os níveis de coleta de informações deverão operar com bases de dados


compatíveis e uniformizadas, sendo os dados inseridos localmente em sistema
digital e transferidos por meio eletrônico para o órgão estadual centralizador e
gestor, provavelmente o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas
(IPAAM) ou outro a ser definido pelo Governo do Estado. A Figura 66 representa o
diagrama de coleta de informações e as rotas de transmissão e consolidação das
informações.

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Figura 66 - Fluxograma de dados do Sistema de Informações

Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

Pode-se conceituar as Áreas de Coleta de Informações discriminadas no fluxograma


da seguinte forma:

a) Coleta Domiciliar: Coleta dos resíduos gerados nos domicílios, comércios e


estabelecimentos prestadores de serviços, sem características de periculosidade
e até os limites estabelecidos por regulamentos municipais específicos. A coleta
seletiva de resíduos sólidos domésticos é incluída neste item;
b) Coleta Urbana: Coleta dos resíduos difusos, sem gerador específico e
encontrado no espaço urbano (folhas, galhos, terra, conteúdo de cestos coletores
e da varrição das vias públicas);
c) Cooperativas de Catadores: Empreendimentos prestadores de serviços de coleta
seletiva, triagem e acondicionamento de materiais reutilizáveis e recicláveis e
reconhecidos como tal pelo poder público;
d) Acordos Setoriais: Compromisso contratual firmado entre o poder público e
representantes de produtores, importadores e distribuidores de produtos e
materiais previstos na Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos, com

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responsabilidade pela logística reversa e pelo cumprimento de metas de redução
e reciclagem estabelecidas no acordo específico;
e) Grandes Geradores: Todo e qualquer gerador de resíduos sólidos com um
descarte acima dos limites estabelecidos por regulamento municipal específico
ou assim definido no ato de seu licenciamento ambiental;
f) Serviços de Saúde: Serviços prestados pelos estabelecimentos previstos pela
regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

O conjunto de informações a serem coletados em cada esfera de responsabilidade


está discriminado no Quadro 112. As informações coletadas de maneira
padronizada, após consolidação pelo órgão centralizador, deverão compor o acervo
de parâmetros de formação dos indicadores de monitoramento e gerenciamento de
todo o sistema.

Quadro 112 - Conjunto de informações por nível de responsabilidade


Continua
RESPONSÁVEIS PELAS
INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES
População Total
População Atendida
Modalidades de Coleta, incluindo a coleta seletiva
Frequência de Coleta, incluindo a coleta seletiva
Massa Coletada em cada Modalidade, incluindo a coleta seletiva
Municípios Composição Gravimétrica
Tipos de Tratamento e Reciclagem
Massa Processada em cada Tipo de Tratamento, Reciclagem ou
Destinação dos Resíduos
Instalações, equipamentos, recursos materiais, humanos e
orçamentário empregados nas atividades
Ações de Educação Ambiental e Mobilização Social
População Total por Município
População Atendida por Município
Modalidades de Coleta por Município, incluindo a coleta seletiva
Frequência de Coleta por Município, incluindo a coleta seletiva
Massa Coletada em cada Modalidade e Município, incluindo a coleta
seletiva
Consórcios de Municípios Composição Gravimétrica por Município
Tipos de Tratamento e Reciclagem
Massa Processada em cada Tipo de Tratamento, Reciclagem ou
Destinação dos Resíduos
Instalações, equipamentos, recursos materiais, humanos e
orçamentário empregados nas atividades
Ações de Educação Ambiental e Mobilização Social

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Quadro 112 - Conjunto de informações por nível de responsabilidade
Conclusão Quadro 112
RESPONSÁVEIS PELAS
INFORMAÇÕES
INFORMAÇÕES
Tipos de Recicláveis
Origem dos Recicláveis
Massa Coletada
Destino dos Recicláveis
Cooperativas de
Catadores Massa Destinada
Quantidade de Rejeitos
Destino dos Rejeitos
Instalações, equipamentos, recursos materiais, humanos e
orçamentário empregados nas atividades
Tipos de Materiais
Origem dos Materiais
Massa Coletada
Destino dos Materiais
Acordos Setoriais Massa Destinada
Quantidade de Rejeitos
Destino dos Rejeitos
Instalações, equipamentos, recursos materiais, humanos e
orçamentário empregados nas atividades
Identificação do Empreendimento
Tipos de Residos Gerados
Quantidades de Resíduos Geradas
Grandes Geradores Tipos de Tratamentos, Reciclagem ou Destino Final
Responsáveis por Transporte, Tratamento, Reciclagem e Disposição
Quantidade de Produtos Produzidos
Instalações, equipamentos, recursos materiais, humanos e
orçamentário empregados nas atividades
Identificação do Empreendimento
Tipos de Residos Gerados
Quantidades de Resíduos Geradas
Serviços de Saúde Tipos de Tratamentos, Reciclagem ou Destino Final
Responsáveis por Transporte, Tratamento, Reciclagem e Disposição
Número de Pacientes Atendidos
Instalações, equipamentos, recursos materiais, humanos e
orçamentário empregados nas atividades
Origem dos Resíduos
Tipos de Materiais
Massa Coletada
Destino dos Materiais
Operadores Massa Destinada
Quantidade de Rejeitos
Destino dos Rejeitos
Instalações, equipamentos, recursos materiais, humanos e
orçamentário empregados nas atividades
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

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Os principais indicadores de monitoramento a serem gerados com as informações
coletadas são discriminados no Quadro 113. As metas de desempenho
estabelecidas deverão ser expressas na mesma forma dos indicadores construídos
neste sistema.

Quadro 113 - Indicadores de monitoramento


INDICADORES
Taxa de Cobertura de Serviços, incluindo a coleta seletiva
Distribuição Espacial dos Serviços
Fluxos de Movimentação de Massas
Taxa de Reaproveitamento e Reciclagem
Custo da Atividade
Força de Trabalho
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

Os indicadores adotados para o Sistema são:

Taxa de Cobertura de Serviços: É a expressão porcentual da população atendida


pelos diferentes serviços, incluindo a coleta seletiva, em relação à população urbana
e total do município;

Taxa de Cobertura % = (Pop atendida / Pop total)*100

Distribuição Espacial dos Serviços: É a expressão cartográfica e a respectiva


expressão porcentual das áreas atendidas pelos diferentes serviços, incluindo a
coleta seletiva, em relação à área urbana e total do município;

Distribuição Espacial dos Serviços % = (Área atendida / Área total) * 100

Fluxos de Movimentação de Massas: É a expressão absoluta, relativa e


cartográfica das massas de resíduos coletados em cada modalidade, incluindo a
coleta seletiva, e das diferentes movimentações para reuso, reciclagem, tratamento
e disposição final;

Fluxo % = (Massa movimentada / Massa Coletada total) * 100

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Taxa de Reaproveitamento e Reciclagem: É a expressão porcentual das
quantidades de cada fração reaproveitada ou reciclada em relação à quantidade
total coletada;

Taxa de Reciclagem % = (Massa reciclada / Massa coletada total) * 100

Custo da Atividade: É a expressão monetária dos custos incorridos em cada


atividade, incluindo a coleta seletiva, em relação à massa total processada na
mesma atividade;

Custo da Atividade R$/t = Custo total de cada atividade / Massa total medida na
atividade

Força de Trabalho: É a expressão porcentual do número de trabalhadores


ocupados em cada atividade, incluindo a coleta seletiva, em relação à população
urbana e total do município;

Força de Trabalho % = (Número de trabalhadores/ População) * 100

10.2.2. Informações sobre Resíduos Domiciliares e Urbanos

A responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos domiciliares e urbanos é das


administrações municipais, cabendo aos cidadãos (geradores) a adesão aos
sistemas de coleta implementados em cada município ou distrito. Quanto aos
resíduos de origem difusa, como os resíduos urbanos da varrição, capina e
jardinagem de ruas e logradouros, cabe aos municípios o gerenciamento integral da
coleta, tratamento, reciclagem e disposição final.

Com a implementação dos acordos setoriais para a logística reversa, alguns


resíduos de origem domiciliar deverão seguir caminhos alternativos em cadeias
privadas de recolhimento. Nos casos de formação de consórcios intermunicipais de
tratamento e disposição final de resíduos, poderá haver a implantação de estruturas
supra-municipais de coleta e inserção de informações.

A cadeia de manejo dos resíduos recicláveis domiciliares pode envolver, ainda, a


participação de associações e cooperativas de catadores contratadas como
prestadoras de serviços de coleta, segregação e reciclagem. Esses
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empreendimentos, no âmbito de seus licenciamentos ambientais e contratos,
também ficarão obrigadas ao fornecimento e inserção de informações
complementares e relativas ao manejo dos resíduos após o recolhimento nos
domicílios ou postos de entrega voluntária.

Todos esses níveis de coleta de informações deverão operar com bases de dados
compatíveis e uniformizadas, sendo os dados inseridos localmente em sistema
digital e transferidos por meio eletrônico para o órgão estadual centralizador e
gestor, provavelmente o IPAAM.

10.2.3. Informações sobre Resíduos de Grandes Geradores

Os grandes geradores são responsáveis pelo gerenciamento de seus próprios


resíduos. O enquadramento nessa categoria se dá pela quantidade de resíduos
gerados (no caso de resíduos similares aos domiciliares) ou pelo tipo dos resíduos
(no caso de resíduos perigosos ou com características específicas e distintas dos
domiciliares).

No caso dos grandes geradores, cabe ao órgão centralizador a definição do conjunto


de informações e a padronização dos procedimentos de coleta, inserção e
transmissão. Os geradores são responsáveis por coletar as informações na forma e
nos prazos estabelecidos e transmiti-las ao órgão centralizador. Uma vez recebidos
os dados, caberá ao órgão centralizador a consolidação das informações, a
construção dos indicadores de desempenho e o monitoramento das metas
estabelecidas.

As informações coletadas sobre os resíduos especiais deverão permitir o seu


agrupamento para fins estatísticos e de gerenciamento, permitindo a tomada de
decisões específicas para cada grupo, principalmente daqueles já identificados no
diagnóstico do Estado, quais sejam:

 Resíduos Sólidos da Construção Civil, Demolição e Volumosos;


 Resíduos Sólidos Industriais;
 Resíduos Sólidos de Serviços de Transporte e de Fronteiras;
 Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde;

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 Resíduos Sólidos de Mineração;
 Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris;
 Resíduos Sólidos de Saneamento Básico.

A cadeia de manejo dos resíduos de grandes geradores envolve, ainda, um grande


número de empresas, associações e cooperativas contratadas como prestadoras de
serviços de coleta, segregação, reciclagem, tratamento e disposição final, as
chamadas empresas terceirizadas. Essas empresas, no âmbito de seus
licenciamentos ambientais, também ficarão obrigadas ao fornecimento e inserção de
informações complementares e relativas ao manejo dos resíduos após o
recolhimento nos estabelecimentos geradores.

10.2.4. Matriz de Coleta e Inserção de Informações

A matriz de coleta e inserção de informações contempla todos os níveis de


responsabilidades e tipos de resíduos. O fluxo das informações converge sempre
para o órgão centralizador e gestor, que fará a consolidação e análise dos dados a
nível estadual, para fins de tomada de decisões. A Figura 66 e Quadro 113
apresentam a matriz proposta.

10.2.5. Mecanismos de Geração de Relatórios

Com base nos dados consolidados e nos indicadores gerados, o órgão centralizador
e gestor poderá emitir relatórios sobre o desempenho da atividade, sua distribuição
espacial e os fluxos de massa por todo o Estado. Os relatórios permitirão a
divulgação do monitoramento e do cumprimento das metas, além de fixar a
necessidade de eventuais correções em procedimentos e estruturas.

Os relatórios deverão, ainda, permitir a rastreabilidade das informações, processos e


documentos administrativos e técnicos oriundos da análise dos resíduos sólidos.

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10.2.6. Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos (Sigor) do
Estado de São Paulo

Em 2012, a Secretaria de Meio Ambiente (SMA) do Estado de São Paulo assinou


um convênio com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes
Estruturas no Estado de São Paulo (SindusCon-SP), aditado em 2013 com a
inclusão da CETESB, que envolveu parceria para a publicação de um diagnóstico de
situação no Estado e de material orientador, a realização de oficinas de capacitação
e a discussão de critérios técnicos e de certificação (PERS-SP, 2014).

Esta parceria possibilitou o desenvolvimento do primeiro módulo do Sistema de


Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos (SIGOR), sendo este módulo dividido
entre cinco usuários: CETESB, Prefeitura, Gerador, Transportador e Destino, esta
ferramenta é gerenciada pela CETESB. O projeto piloto foi implementado na cidade
de Santos em 2013 e será expandido para todo estado até 2017 (PERS-SP, 2014).

De acordo com o sítio eletrônico do Sistema Estadual de Gerenciamento Online de


Resíduos Sólidos (SIGOR), este é uma ferramenta que auxilia no monitoramento da
gestão de resíduos sólidos desde sua geração até sua destinação final, incluindo o
transporte e destinações intermediárias e permitindo o gerenciamento das
informações referentes aos fluxos de resíduos sólidos no estado de São Paulo.

O SIGOR possuirá módulos segundo as categorias de resíduos do PRSCS-RMM:

 Resíduos da Construção Civil;


 Resíduos Industriais;
 Resíduos Urbanos;
 Resíduos de Serviço de Saúde;
 Resíduos Portos/Aeroportos;
 Resíduos Agrossilvopastoris.

10.2.7. Gerenciamento e Operação do Sistema Estadual de Informação de


Resíduos Sólidos (SEIRES)

Todos os níveis de coleta de informações deverão operar com bases de dados


compatíveis e uniformizadas, sendo os dados inseridos localmente em sistema

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digital e transferidos por meio eletrônico para o órgão estadual centralizador e
gestor.

No Estado do Amazonas o IPAAM, é responsável por executar a Política de Controle


Ambiental. O órgão é vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e tem
como principais atividades o licenciamento, fiscalização e monitoramento ambiental.
Sendo este a instância mais apropriada para implementação e monitoramento do
SEIRES do PERS-AM/PRSCS-RMM.

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11. SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DO PLANO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
E COLETA SELETIVA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MANAUS

Na busca por medidas pontuais na gestão e gerenciamento dos resíduos da Região


Metropolitana, fazem-se necessários estudos mais detalhados sobre medidas
unificadas entre os municípios abrangidos, sendo este o principal foco deste
relatório. O Plano Estadual de Resíduos Sólidos vislumbra um planejamento macro
para todo o Estado, deixando particularidades importantes que poderão ser
trabalhadas a nível local na região metropolitana. Neste quesito, a inclusão da
análise da Coleta Seletiva acrescenta parcela importante no reaproveitamento
parcial dos resíduos sólidos, a fim de minimizar os rejeitos dispostos nos aterros
sanitários e gerar benefícios econômicos e sociais a uma parcela da população,
além de minimizar os impactos ambientais gerados por estes.

O trabalho propõe a união entre o poder público e os serviços inerentes à coleta


seletiva, logística reversa e geradores de resíduos de grande volume para realização
de uma ação coletiva, de modo a interagir interdisciplinarmente entre si. A ação de
sanar os problemas enfrentados atualmente na gestão de resíduos necessita de um
planejamento a nível global, onde se busca minimizar a geração de resíduos, assim
como destinar de maneira adequada os rejeitos tratados apropriadamente. Serão
necessárias neste processo medidas sócio-educacionais que integrem o gerador do
resíduo (população em geral) ao sistema de gerenciamento. Somando-se a isso, os
custos desta empreitada também precisam ser compartilhados, para que os serviços
públicos prestados na coleta bruta, coleta seletiva, transporte e ações para
destinação final destes resíduos possam fazer parte de uma cadeia sustentável
financeiramente.

11.1. Situação Atual dos Resíduos Sólidos na Região Metropolitana

A gestão de resíduos sólidos sempre se mostrou um problema para a sociedade,


desde que as primeiras civilizações iniciaram o assentamento de suas aldeias em
lugares fixos. O acúmulo de resíduos nas proximidades dos centros urbanos
acarreta uma série de problemas de saúde, com a proliferação de doenças,
exalando odores insuportáveis e atraindo animais perigosos. A primeira civilização

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que se tem notícia de preocupar-se com o tratamento dos resíduos produzidos
foram os romanos, através de sistemas de transporte dos resíduos gerados por
canais, que eram despejados em grandes valas chamadas “cloacas”. Quando estas
valas enchiam, algumas pessoas eram designadas para recolher e transportar para
locais distantes os resíduos.

A geração de resíduos está diretamente ligada ao desenvolvimento tecnológico da


população que o gera. Quanto maior o grau de desenvolvimento, maior a geração de
resíduos. Isto se deve pela maior quantidade de produtos industrializados tais quais
embalagens plásticas, caixas, latas de alumínio, entre outros, que tem sua produção
acrescida de acordo com o poder de compra da população. Por este motivo, ao
analisar o crescimento da geração de resíduos, consideraremos o crescimento
populacional e o crescimento do Produto Interno Bruto per capita.

Como citado anteriormente, a região metropolitana de Manaus foi criada em 2007


com o intuito de direcionar legislação específica que pudesse desenvolver os
municípios próximos. É composta pelos municípios de Careiro da Várzea, Iranduba,
Itacoatiara, Manacapuru, Manaus, Novo Airão, Presidente Figueiredo, Rio Preto da
Eva, Manaquiri, Autazes, Careiro Castanho, Silves e Itapiranga. Apesar de não
contar com planos e projetos oficiais na área de Saneamento relacionado à resíduos
sólidos, a parceria entre alguns municípios na disposição final de seus rejeitos
existe, como é o caso de Careiro da Várzea e Manaus. O município de Careiro da
Várzea tem encaminhado os resíduos sólidos provenientes de seu centro urbano
para o aterro licenciado de Manaus através de modal fluvial há anos, visto que não é
possível realizar a construção de um aterro sanitário próprio devido ao estado de
alagamento que este município enfrenta todos os anos. Assim, para minimizar os
impactos referentes a construção e operação de muitos aterros, o estudo visa a
elaboração de planos para consorciar alguns projetos de aterros sanitários, bem
como apresentar mecanismos para reduzir a quantidade de resíduos considerados
rejeitos e que chegam nestes aterros, aproveitando a facilidade apresentada pelos
municípios fazerem parte da região metropolitana.

Municípios como Manacapuru, Iranduba e Rio Preto da Eva possuem grande


possibilidade de formar consórcios com municípios vizinhos, visto que são ligados

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por estradas e não são tão distante uns dos outros. Como a região metropolitana de
Manaus é recente, ainda tem buscado uma identidade própria, realizando os
estudos e planejamentos para execução de ações conjuntas. No que tange os
resíduos sólidos, não é diferente, sendo que o Plano de Resíduos Sólidos e Coleta
Seletiva da Região Metropolitana tem como intuito a resolução em curto prazo do
problema de gestão destes resíduos.

11.1.1. Participação dos grandes geradores de resíduos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos trata como Geradores de Resíduos as


pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos
sólidos por meio de suas atividades, nelas incluídos o consumo. Tal conceito não
chega a identificar as faixas de grandes geradores, deixando a cargo dos municípios
esta determinação.

Para melhor funcionamento do sistema de coleta de resíduos e definição do destino


final da unidade consumidora, a criação dos parâmetros de faixa de grandes
consumidores é muito importante. A partir da delimitação das faixas, os grandes
geradores deverão determinar os seus próprios planos de gestão dos resíduos
produzidos, possibilidade de reduzir ou reciclar este consumo e acondicionar da
melhor forma aqueles que necessitarem de deposição em aterro sanitário. Neste
caso também se englobam os geradores de resíduos de construção civil, os
geradores de resíduos da saúde e os geradores de resíduos industriais.

Devido à particularidade de cada região, poderão ser apresentadas várias formas de


ação no tratamento destes resíduos, tais quais:

 Valores diferenciados da taxa de coleta de resíduos sólidos: para os


geradores de resíduos específicos, perigosos ou volumosos, onde podem ser
instituídas taxas diferenciadas a ser definidas pelo poder público;
 Definição de horário específico para coleta e de mutirão sazonal de
coleta de grandes volumes: a fim de evitar o acúmulo de resíduos sem
controle, deverão ser estabelecidos horários específicos para coleta dos
resíduos sólidos de grandes geradores, além de ações periódicas para coleta
de resíduos de volume excepcional;

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 Disposição final específica para cada tipo de material: a partir do plano
de gerenciamento de resíduos dos grandes geradores, poder-se-á relacionar
melhor os resíduos gerados e determinar com maior eficácia o destino final
deste material.

Apesar das possibilidades elencadas, os Planos Municipais de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos não contem as informações necessárias para definir a
metodologia específica para os grandes geradores, ficando a cargo de legislações
futuras. A partir do levantamento das faixas de resíduos, será possível realizar o
ajuste na tabela de cobranças de forma a melhorar a arrecadação de acordo com a
utilização efetiva do serviço.

11.1.2. Potencial financeiro da coleta seletiva e sistema de logística reversa

Os resíduos sólidos são, muitas vezes, tratados como materiais sem poder
financeiro, destinados única e exclusivamente ao descarte. No entanto, muitos
elementos deste produto possuem condições para retornarem ao mercado de
trabalho, seja na forma de reutilizáveis, de recicláveis, ou ainda de elementos
produzidos da compostagem do material (biogás e compostos orgânicos).

Segundo a Agenda 21, o Desenvolvimento Sustentável tem como eixo central a


sustentabilidade, compatibilizando a conservação ambiental, a justiça social e o
crescimento econômico.

Figura 67 - Eixos do Desenvolvimento Sustentável

Fonte: ONU - Agenda 21 - 1994

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O Desenvolvimento Sustentável está fundamentado na ação conjunta dos três
principais vertentes da geração de resíduos:

1) O governo: através da criação de políticas públicas adequadas para


implementação dos programas de saneamento e gerenciamento de resíduos
sólidos;

2) O setor produtivo: responsável pelo desenvolvimento de tecnologias limpas e de


produtos com menor impacto ambiental para sociedade, além de incentivar práticas
de coleta seletiva;

3) A sociedade: adotando hábitos de consumo consciente, adquirindo apenas o


necessário e valorizando ao máximo cada produto e realizando o encaminhamento
correto dos resíduos produzidos para o descarte seletivo das embalagens,
maximizando o processo de reutilização e reciclagem destes.

A coleta seletiva é um processo de essencial importância no sistema de gestão de


resíduos sólidos, pois será através da triagem dos resíduos que se terá a
determinação dos elementos que serão obtidos por reutilização ou reciclagem,
eliminando os materiais que devem ser encaminhados ao aterro sanitário. Esta
coleta pode acontecer em diversas fases do processo de tratamento do resíduo,
conforme mostrado a seguir:

 Geração do Resíduo Domiciliar: Ao ocorrer a geração do resíduo, o próprio


gerador realiza a separação dos componentes do resíduo de acordo com o tipo
(papel, plástico, metal, vidro, orgânico ou não reciclável), acondiciona o material em
embalagens separadas e encaminha a Ecopontos;
 Coleta em áreas urbanas e lixeiras viciadas: Equipes realizam a coleta de
materiais recicláveis no meio urbano, principalmente em áreas com existência de
lixeira viciada e locais de grande fluxo de pessoas (frequentemente com áreas
poluídas);
 Seleção em Ecopontos ou Aterros Sanitários: Após o recebimento do material
da coleta urbana, equipes realizam a triagem dos componentes dos resíduos
sólidos, realizando a separação de acordo com o tipo.

Ao término da triagem, o material é designado para um dos seguintes fins:

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 Reaproveitamento: O material que possui condições de uso em seu estado
atual é encaminhado para reutilização. Isso ocorre em geral na triagem antes do
descarte do material em domicílio, onde há condições de aproveitar os dois lados do
papel, as sacolas plásticas para acondicionamento de objetos ou resíduos, as
garrafas e potes de vidro ou plásticas para acondicionamento de outros líquidos,
entre outros;
 Reciclagem: Quando não há condições de reaproveitar um material, deve-se
buscar a reciclagem. Ao serem reciclados, além de não se tornar material inerte nos
aterros e ganhar valor de mercado, o processo ajuda na economia de energia na
nova geração destes produtos nas indústrias, melhorando ainda mais o valor como
medida sustentável no processo. Os principais produtos reciclados atualmente são:
papel, metais (principalmente alumínio), plástico (garrafas pet) e vidros;
 Destino (ou disposição) final: o material não possui meios para reutilizar ou
reciclar, portanto seguirá para um acondicionamento correto em aterro controlado,
aterro sanitário, aterro industrial ou biorreatores.

Segue abaixo um quadro identificando os principais pontos positivos e negativos do


programa de coleta seletiva:

Quadro 114 - Modalidades de coleta seletiva


Continua
MODALIDADE
DE COLETA ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS
SELETIVA
-Geralmente os recicláveis são -Exige maior infraestrutura de coleta,
agrupados visando facilitar a sua representada pelo aumento da frota de veículos
separação na fonte geradora e posterior e recursos humanos;
disposição na calçada do contribuinte; -Tende a apresentar custos mais altos de coleta
-Dispensa o deslocamento do cidadão e transporte comparado com outras
até um Posto de Entrega Voluntária, o modalidades de coleta seletiva;
Porta a Porta que influi positivamente quanto à - Atrai a presença de maior número de
participação na coleta seletiva; catadores na região onde está implantada
- Permite mensurar a participação da (questão social).
população no programa pela facilidade
de se identificar os domicílios e
estabelecimentos participantes;
- Agiliza a descarga nas unidades de
triagem.
- Maior facilidade e menor custo de - Requer maior disponibilidade da população,
coleta; que deverá se deslocar até um Posto de
- Possibilita a redução de custos de Entrega Voluntária para participar;
coleta e transporte, com otimização de - Suscetível a vandalismo (desde o depósito de
Posto de Entrega
percursos e frequências, especialmente lixo orgânico e animais mortos no interior de
Voluntária
em bairros com população esparsa; recipientes de coleta até a danificação de sua
-Permite a exploração do espaço do estrutura);
Posto de Entrega Voluntária com - Exige manutenção e limpeza periódicas;
publicidade e eventual obtenção de - Necessita, em alguns casos, de equipamento
patrocínio; especial para coleta;

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Quadro 114 - Modalidades de coleta seletiva
Conclusão Quadro 114
MODALIDADE
DE COLETA ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS
SELETIVA
- Em função do tipo de recipiente e - Não possibilita a identificação dos domicílios e
Posto de Entrega estímulo educativo adotado, permite a estabelecimentos participantes;
Voluntária separação e o descarte de recicláveis, -Dificulta a avaliação da adesão da comunidade
por tipos, facilitando a triagem posterior. ao programa.
-Promove a inclusão social; -Está direcionado para materiais com maior
-Gera emprego e renda; valor de mercado;
-Reduz o custo de coleta, transporte, -Apresenta elevado risco de acidentes,
triagem e destinação final de resíduos principalmente quando os trabalhadores atuam
sólidos urbanos para a administração sem equipamentos de sinalização de trânsito e
municipal; de proteção individual;
Trabalhadores
-Dificulta a mensuração da participação da
autônomos da
população;
reciclagem
- Contribui negativamente para a manutenção
da limpeza urbana, da saúde urbana, uma vez
que são danificadas embalagens de lixo devido
à procura de materiais recicláveis, promovendo
o seu espalhamento nas áreas urbanas;
- Em alguns casos, é explorada a mão-de-obra
do trabalhador e/ou o trabalho infantil.
-Promove a inclusão social; -Apresenta elevado risco de acidentes,
-Coleta maior quantidade de itens de principalmente quando os trabalhadores atuam
materiais recicláveis; sem equipamentos de sinalização de trânsito e
-Gera trabalho e renda; de proteção individual;
-Pode reduzir o custo de coleta, -Exige maior empenho do setor público
transporte, triagem e destinação final de principalmente na fase inicial de implantação do
resíduos sólidos urbanos para a programa.
administração municipal; -Exige capacitação para integrantes das
-Estímulo ao empreendedorismo; associações;
-Melhoria do nível cultural e de educação -Necessita maior controle contábil e
ambiental da comunidade; administrativo.
-Contribui positivamente para a
manutenção da limpeza urbana e da
Associação de saúde pública;
catadores -Os materiais apresentam boa qualidade
e consequentemente maior valor de
mercado;
-Possibilita a redução de custos de coleta
e transporte, devido aos pontos de
deposição temporários (bandeiras);
-Minimiza conflitos com carrinheiros
autônomos;
-Possibilita a mensuração da
participação da população e facilita o
monitoramento da qualidade dos
serviços;
-Tem força política ou busca seu
fortalecimento político com organização e
articulação.
Fonte: BRINGHETTI, 2004

Além da economia da extração dos insumos primários, do retorno à indústria da


matéria-prima que seria perdida e dos menores gastos energéticos na geração
destes produtos, a geração de emprego e renda é um dos grandes benefícios da
coleta seletiva. Estima-se que no Brasil haja cerca de um milhão de catadores, com

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renda na média de um salário mínimo, seja trabalhando em associações de
catadores, seja na venda dos produtos coletados individualmente.

Uma ação que integra este sistema é a logística reversa. Através dela, as indústrias
e varejo responsáveis pela demanda de produtos eletroeletrônicos, pilhas, baterias,
lâmpadas fluorescentes, pneus, agrotóxicos, embalagens e óleos lubrificantes
(consequentemente de resíduos sólidos provenientes de sua utilização) são
elencadas para o recolhimento dos resíduos após a utilização através de
campanhas informativas, mobilização de pontos de coleta, incentivo a associações
de catadores, entre outros, buscando retorno de possível matéria-prima para
reciclagem, reutilização ou descarte definitivo destes componentes. O setor
empresarial deve contribuir para o custeio dos serviços de coleta seletiva, de triagem
e de beneficiamento primário, não deixando também de disponibilizar recursos em
quantidade compatível com o nível de beneficiamento usufruído com esses serviços
para o sistema de logística reversa. Esta contribuição será definida em acordo
setorial, decreto regulamentar ou, em último caso, termo de compromisso, devendo
fazer frente ao incremento do custo desses serviços prestados pelo Poder Público
em decorrência das atividades principais do sistema de logística reversa.

Vale ressaltar, ainda, que os usuários, inclusive o setor empresarial, não serão
responsáveis, apenas, pelo financiamento dos serviços públicos referidos. Ao
contrário, os serviços de coleta seletiva e, ainda, de triagem e de beneficiamento
primário, por integrarem os serviços públicos de manejo de resíduos sólidos, podem,
e devem ser submetidos ao controle social e seus instrumentos.

11.2. Sustentabilidade Financeira no PRSCS – RMM e Metodologia de Cálculo

11.2.1. Cenários da Sustentabilidade Financeira no PRSCS – RMM

A Sustentabilidade Financeira tem como principal foco a busca por desenvolver uma
atividade partindo de meios economicamente viáveis para sua conclusão. Para a
Gestão de Resíduos Sólidos, trata-se dos meios econômicos e financeiros
necessários ao manejo adequado dos resíduos, realizando as etapas de coleta,
tratamento e disposição final dos resíduos, sem que isto envolva custos
desnecessários ao poder público e ao contribuinte.

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A Região Metropolitana de Manaus possui algumas peculiaridades em relação a
outras regiões do Brasil. Os municípios que fazem parte da região metropolitana de
Manaus não encontram-se conurbados, havendo entre eles uma certa distância que
possa dificultar a logística. Além disso, alguns municípios do Amazonas não poderão
receber aterros sanitários em suas sedes por motivo de alagamento das áreas
urbanas, necessitando, assim, um estudo para incluir estes municípios como aterros
consorciados ou como Disposição Final por tratamento térmico.

O cenário mais positivo proposto para estabelecimento do Plano Estadual de


Gerenciamento de Resíduos Sólidos no Amazonas busca estabelecer a Gestão
Consorciada, através de Consórcios Públicos de Direito Público, que visam
minimizar os gastos com a implantação de Aterros Sanitários em todos os 62
municípios da região, definindo regiões para o atendimento conjunto de soluções
integradas no manejo dos resíduos. No entanto, precisa-se analisar os modelos
propostos e escolher o que apresenta ser mais viável econômica e ambientalmente.

Para o Plano de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região Metropolitana de


Manaus, foram levantados os custos diretos da Coleta Seletiva, elencando a
implantação e manutenção dos serviços necessários para suprir as metas
estipuladas no Plano Estadual de Resíduos e no Plano de Ações para a Coleta
Seletiva. Para os custos com os dispositivos de destinação final de rejeitos e
Equipamentos complementares, analisar o PERS-AM.

O Plano de Resíduos Sólidos e de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de


Manaus abrange o dimensionamento dos aterros sanitários considerando a
possibilidade de integrar municípios da Região Metropolitana em formato de
consórcio de gestão. Dessa forma, os custos com manutenção e passivos
ambientais seriam minimizados devido a utilização de áreas menores com a
implantação dos aterros. Apresentamos a seguir os possíveis consórcios propostos
para a região metropolitana de Manaus e as justificativas para os mesmos, devido
facilidade ou dificuldade de logística ou disponibilidade de áreas:

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Quadro 115 - Propostas de Consórcios da PRSCS-RMM e suas justificativas
Continua
MUNICÍPIOS
LOCAL DO TIPO DE
MODELO PARTICIPANTES DOS CONSIDERAÇÕES
ASR ATERRO
CONSÓRCIOS
Fatores impeditivos para construção e operação de aterro sanitário na sede de Silves:
 A área urbana de Silves localiza-se em uma ilha;
 Silves possui aeródromo em sua área urbana o que inviabiliza a construção e operação
1A  Itapiranga; de um aterro sanitário em um raio de 13 km.
Mediante a impossibilidade da construção e operação de um aterro sanitário no território de
Itapiranga ASR
1B  Silves. Silves, sugere-se a construção e operação de um aterro sanitário consorciado no Km da AM 363
(Itapiranga – AM 010), por volta da coordenada geográfica -2° 42’ 58.33” S e 58° 10’ 35.80”W.
Esta região dista 22,50 km (1,30 km por via fluvial e 21,20 km por via terrestre).
Os resíduos de Silves para aterro sanitário devem ser coletados no caminhão coletor
compactador e transportados por via fluvial e posteriormente por via terrestre.
Fatores que influenciam a construção e operação de um aterro sanitário consorciados entre
 Manaquiri; Manaquiri e Careiro:
2A Careiro ASR  Os dois municípios possuem suas áreas urbanas aproximadas em 50 km;
 Careiro.
 A área de terra-firme proposta para a construção de um aterro sanitário consorciado
dista aproximadamente 34 km de Careiro e 23 km de Manaquiri.
Fatores impeditivos para construção e operação de aterro sanitário na sede de Careiro da
Várzea:
 Careiro da Várzea está em quase sua totalidade em área sujeita à alagação;
 Atualmente os resíduos de Careiro da Várzea são transportados para Manaus, a uma
distância de 15 km de transporte fluvial e mais 30 km de transporte terrestre para o
 Manaquiri; aterro de Manaus;
Fatores que influenciam a construção e operação de aterro sanitário consorciado entre Careiro,
 Careiro; Manaquiri e Careiro da Várzea:
2B Careiro ASR
 Careiro da Várzea.  Os dois municípios possuem suas áreas urbanas aproximadas em 50 km;
 A área de terra-firme proposta para construção de um aterro sanitário consorciado dista
aproximadamente 9 km de Careiro, 48 km de Manaquiri e 96 km de Careiro da Várzea.
Mediante a impossibilidade da construção e operação de um aterro sanitário no território de
Careiro da Várzea, considerando os estudo realizados pelo PLAMSAN para a instalação do
aterro na comunidade do Purupuru (Comunidade do Careiro), localizado na estrada de Autazes,
e ainda a possibilidade de consórcio entre Manaquiri e Careiro, sugere-se que os resíduos de
Careiro da Várzea sejam direcionados ao aterro consorciado.

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Quadro 115 - Propostas de Consórcios da PRSCS-RMM e suas justificativas
Conclusão Quadro 95
MUNICÍPIOS
LOCAL DO TIPO DE
MODELO PARTICIPANTES DOS CONSIDERAÇÕES
ASR ATERRO
CONSÓRCIOS
 Manaus Atualmente Manaus recebe os resíduos provenientes da coleta regular de Rio Preto da Eva e
 Rio Preto da Eva Careiro da Várzea. Pela facilidade de acesso e pela possibilidade de evitar novos impactos
3A Manaus ASR
ambientais oriundos da atividade de disposição final justifica-se a proposição deste consórcio de
 Careiro da Várzea operação.
 Manaus Rio Preto da Eva se distancia de Manaus 61,10 km por via terrestre e atualmente este município
3B Manaus ASR transporta seus resíduos para Manaus diariamente. Fatores estes que justificam um consórcio
 Rio Preto da Eva
entre os dois municípios.
O município de Iranduba se distancia 63 km de Manacapuru, essa proximidade poderá ser
4A  Manacapuru levada em consideração no processo de instalação e operação de um aterro sanitário de grande
Manacapuru ASR porte que aporte a geração tanto de Manacapuru quanto Iranduba.
4B  Iranduba
Considera-se também que a geração de Iranduba sobrecarregaria o aterro de Manaus, caso
houvesse consórcio de aterro para ambos os municípios.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015

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As construções dos aterros sanitários ainda necessitarão de avaliação dos
municípios para analisar detalhes técnicos referentes a logística quanto às
administrações.

Para a coleta seletiva nos municípios da RMM são calculados cenários para as
seguintes alternativas de veículos:

 Triciclo motorizado, por exemplo, Sousa Motos;


 Caminhoneta com baú, por exemplo, Hyundai HR;
 Caminhão baú;
 Caminhão compactador.
Os volumes totais e úteis, dos veículos proposto, são apresentados no Quadro 116.

Quadro 116 - Alternativas de veículos para coleta seletiva


VOLUME VOLUM
CARROCERIA
VEÍCULO TOTAL E ÚTIL OBSERVAÇÕES
(C x L x A)
(m³) (m³)
Adaptação da altura da
Triciclo (Sousa Motos) 1,60 x 1,25 x 1,00 2,00 2,00 carroceria para 1,00 m
(Original 0,46m)
Caminhão HR 3,00 x 1,90 x 1,20 6,84 6,156 Considerando 90% de volume
Caminhão Baú - 12,00 10,80 Considerando 90% de volume
Taxa de Compactação 1:1,5
Caminhão (menos que a metade da
- 8,00 12,00
Compactador coleta convencional em
Manaus, sendo 1:36)
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para Manaus são apresentados três cenários de frequência da coleta seletiva,


sendo estes:

 Cenário 1: Frequência de 6 coletas seletivas por semana e residência;

 Cenário 2: Frequência de 3 coletas seletivas por semana e residência;

 Cenário 3: Frequência de 2 coletas seletivas por semana e residência.

11.2.2. Metodologia de cálculo e especificações das instalações usadas na


coleta seletiva da Região Metropolitana de Manaus

Apresentaremos a seguir os valores referentes s aos custos adicionais do Plano de


Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus,
necessários para o funcionamento dos equipamentos de coleta e triagem de

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resíduos. Serão apresentados os custos referentes aos Galpões de Triagem, Pontos
de Entrega Voluntária, Áreas de Triagem e Transbordo, Estações de Transferência e
Passivos Ambientais para Encerramento dos Lixões Existentes. Inicialmente serão
apresentadas as instalações e ao final deste tópico serão inclusos os custos para
cada município da região metropolitana, indicando a quantidade levantada de cada
construção, equipamento e mão-de-obra que serão adotadas no Plano.

11.2.2.1. Galpões de Triagem para coleta seletiva

A implantação de galpões de triagem tem como objetivo principal o apoio


institucional do poder público no incentivo à coleta seletiva de resíduos, buscando
minimizar a geração de resíduos que chegam aos equipamentos de disposição final.
Os galpões servirão como base de apoio para receber resíduos selecionados pela
população, realizar triagem preliminar e encaminhá-los para empresas responsáveis
pelo reuso e reciclagem destas matérias-primas.

Para realizar o cálculo estimativo dos valores para construção do galpão de triagem
e identificar os quantitativos necessários de pessoal alocados, utilizou-se o layout
padrão do Ministério do Meio Ambiente, conforme mostrado a seguir:

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Figura 68 - Layout de galpão de triagem e estocagem

Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2008

A metodologia adotada para o cálculo dos galpões de triagem levou em


consideração a produção da equipe catadores e responsáveis por triagem em
relação a quantidade necessária para realizar o serviço, determinando a área útil
necessária por trabalhador. Usando a produção média do catador em 105,26
kg/catador.dia, e conhecendo a quantidade de resíduos gerada, pudemos
determinar o número necessário de triadores para cada município. Com esta
informação e considerando a área mínima por triador no galpão em 38 m²/pessoa,
podemos definir a área total do galpão de triagem. Foi considerada ainda a
ampliação da estrutura para cada ano, considerando que as projeções da
recuperação de resíduos sofrerão acréscimos a medida que a população aumente
através das políticas de incentivo, educação ambiental e medidas corretivas, na
proporção de 26% em cinco anos, 31% em 10 anos e 42% em 20 anos.

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11.2.2.2. Implantação de Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s) e Áreas de
Triagem e Transbordo (ATT’s)

Para disponibilizar meios de coleta mais acessíveis para Resíduos de Construção e


Demolição (RCD) e Resíduos Volumosos (RV), é necessária a construção de Pontos
de Entrega Voluntária (PEV) e/ou Áreas de Triagem e Transbordo (ATT) na área
urbana dos municípios.

De modo geral, destaca-se um PEV para cada 25.000 habitantes em área urbana e
uma ATT para cada 100.000 habitantes. Os PEV’s tem função de realizar triagem
preliminar nos resíduos de RCD e RV descartados pela população até 1 m³,
possuindo áreas específicas para triagem e compostagem destes materiais. As
ATT’s possuem função de receber os materiais provenientes da Coleta de RCD e
possuem área para armazenamento temporário para transbordo do material
coletado. Em alguns casos, em municípios de pequeno porte, são construídos PEV’s
que incorporam funções de ATT’s conhecidos como PEV’s Centrais pois as ações
desempenhadas possuem menor necessidade de manobras com equipamentos e
minimizam os custos de transporte.

Seguindo os preceitos da NBR 15.112/2004, os projetos de PEV’s devem seguir os


seguintes aspectos:

 Prever a colocação de uma cerca viva nos limites da área, para reforçar a
imagem de qualidade ambiental do equipamento público;
 Diferenciar os espaços para a recepção dos resíduos que tenham de ser
triados (resíduos da construção, resíduos volumosos, resíduos secos da
coleta seletiva etc.), para que a remoção seja realizada por circuitos de coleta,
com equipamentos adequados a cada tipo de resíduo;
 Aproveitar desnível existente, ou criar um platô, para que a descarga dos
resíduos pesados — resíduos da construção — seja feita diretamente no
interior de caçambas metálicas estacionárias;
 Garantir os espaços corretos para as manobras dos veículos que utilizarão a
instalação — como pequenos veículos de geradores e coletores, além dos
veículos de carga responsáveis pela remoção posterior dos resíduos
acumulados;

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 Preparar placa, totem ou outro dispositivo de sinalização que informe à
população do entorno e a eventuais passantes sobre a finalidade dessa
instalação pública, como local correto para o descarte do RCD, de resíduos
volumosos, da coleta seletiva e da logística reversa.

O Quadro 117 considera a relação entre a população de um município e a


quantidade de instalações necessárias para manutenção do tratamento de resíduos.

Quadro 117 - Relação entre População aproximada x Instalações de Apoio do PRSCS-RMM

RESÍDUOS
COM RESÍDUOS RESÍDUOS
POPULAÇÃO ENTREGA ORIUNDOS ORIUNDOS DESTINAÇÃO NORMA
n.o DE
APROXIMADA VOLUNTÁRIA DA DAS FINAL DO RCD TÉCNICA
INSTALAÇÕES
(HAB) EM LIMPEZA OBRAS CLASSE A BRASILEIRA
PEQUENAS CORRETIVA PÚBLICAS
QUANTIDADES
PEVs - 8 NBR 15.112
200 mil PEVs ATTs Aterro RCD ATTs - 2 NBR 15.112
Aterros - 2 NBR 15.112
PEVs - 4 NBR 15.112
100 mil PEVs ATTs Aterro RCD ATT - 1 NBR 15.112
Aterro - 1 NBR 15.112
PEVs - 3 NBR 15.112
75 mil PEVs ATTs Aterro RCD ATT - 1 NBR 15.112
Aterro - 1 NBR 15.112
PEV Cent. - 1 NBR 15.112
50 mil a 25 mil PEV Central; PEV Central Simplificado Aterro RCD PEV Sim. - 1 NBR 15.112
Aterro - 1 NBR 15.112
PEV Cent. - 1 NBR 15.112
abaixo de 25 mil PEV Central Aterro RCD
Aterro - 1 NBR 15.112
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2010

Para estimar o custo da implantação destas instalações, buscou-se padronizar o


layout básico dos Pontos de Entrega e Áreas de Triagem e Transbordo. Tais
equipamentos possuem áreas específicas dimensionadas para aproveitar ao
máximo o terreno disponível. Além disso, é interessante que tais instrumentos do
Plano Estadual de Resíduos (principalmente as Áreas de Triagem e Transbordo)
possam estar interligados com o Aterro de Resíduos de Construção Civil e
Demolição (mesmo que indiretamente, por rotas regulares), visto que os materiais
gerados pelos entulhos são volumosos e de difícil destinação final. Observa-se no
quadro anterior que nos municípios abaixo de 50.000 habitantes a Área de Triagem
e Transbordo é substituída por um PEV Central, sendo que todos os resíduos
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gerados das obras públicas serão destinados a este equipamento. Isto justifica a
inclusão das áreas para manutenção de pilhas de construção e áreas maiores para
armazenamento de resíduos temporariamente. Apresentamos a seguir as
configurações usuais dos PEV’s, ATT’s e PEV’s Centrais:

Figura 69 - Esquema de Ponto de Entrega Voluntária (PEV)

Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2010

Figura 70 - Esquema de Ponto de Entrega Voluntária Central Simplificado (PEV Simplificado)

Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2010

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Figura 71 - Esquema de Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2010

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Figura 72 - Esquema de Área de Triagem e Transbordo (ATT)

Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2010

A partir dos layouts apresentados, o Manual de Implantação de Sistema de Gestão


de Resíduos Sólidos da Construção Civil apresenta os valores obtidos pelo
Ministério do Meio Ambiente relacionados as Instalações de armazenamento e
controle de Resíduos Sólidos. Os valores seguem a base referencial de preços do
SINAPI de junho de 2008 e são transcritos abaixo:

Quadro 118 - Valores das instalações de suporte do sistema de GRS


INSTALAÇÃO SUL SUDESTE CENTRO-OESTE NORTE NORDESTE
PEV 62.561,98 57.258,03 68.313,25 49.991,59 54.162,48
PEV Central 97.063,08 89.827,40 106.431,17 81.159,40 85.056,42
PEV Simplificado 44.024,85 40.819,53 47.880,28 37.165,23 38.862,10
ATT - 70 m3/dia 50.499,60 45.514,63 41.652,47 46.058,34 44.922,30
ATT - 135 m3/dia 53.571,22 48.484,97 44.335,09 49.135,90 47.888,38
ATT - 270 m3/dia 141.080,74 124.373,31 113.487,31 124.799,79 117.639,46
ATT - 540 m3/dia 159.361,39 140.932,40 128.618,21 141.209,97 133.292,66
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2010

Visando a utilização dos valores nos dias atuais, foi realizada a atualização de
acordo com o índice do INCC-M, conforme apresentado na tabela abaixo:

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Quadro 119 - Atualização dos valores das instalações de PEVs e ATT
INSTALAÇÃO NORTE (JUN/08) NORTE (JAN/15)
PEV 49.991,59 53.492,79
PEV Central 81.159,40 86.843,47
PEV Simplificado 37.165,23 39.768,13
ATT - 70 m3/dia 46.058,34 49.284,08
ATT - 135 m3/dia 49.135,90 52.577,18
ATT - 270 m3/dia 124.799,79 133.540,25
ATT - 540 m3/dia 141.209,97 151.099,73
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2010

A partir dos valores obtidos, foram identificados os equipamentos que serão


implantados para cada município, considerando as faixas populacionais de cada um.
Para minimizar o superdimensionamento, decidiu-se excluir os municípios que
contam com menos de 10.000 habitantes, ficando neste caso os resíduos
provenientes da Construção Civil e Demolição e os Resíduos Volumosos que
deverão ser entregues diretamente nos Aterros de Pequeno Porte.

11.2.2.3. Máquinas e Equipamentos para do PRSCS-RMM – Cálculos com


manutenção, substituição de frota e preços dos veículos

Os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram


considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano.

Para efeito de cálculo da manutenção adotou-se os critérios indicados no Manual de


Custos Rodoviários – Metodologias e Conceitos do SICRO 2, onde adota-se a
seguinte expressão para o cálculo de Manutenção de Equipamentos:

Sendo:

M – Custo de Manutenção do equipamento (H);

V0 – Valor de Aquisição do equipamento (R$);

H – Horas totais de utilização em vida útil (h).

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Para adequar ao trabalho, adotou-se o tempo de vida útil ao longo da sobrevida do
veículo, estabelecendo uma relação entre os equipamentos e as horas necessárias
de trabalho. Seguem abaixo os coeficientes adotados para o cálculo:

Quadro 120 - Coeficientes K para cálculo do custo de manutenção


VALORES DE K CUSTO VIDA ÚTIL
Triciclo 0,8 7.428,50
Caminhão HR 0,8 53.190,84
Caminhão Baú 0,9 109.748,38
Compactador 0,7 107.036,52
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Foram elaboradas 4 alternativas, incluindo os diferentes equipamentos para


transporte. Os valores utilizados para lançamento dos preços dos equipamentos
foram colhidos das tabelas SICRO/ SINAPI, além de cotação no mercado, conforme
Quadro 121.

Quadro 121 - valores dos equipamentos com manutenção


VALOR VALOR
VALOR VALOR TOTAL
ORIGEM DISCRIMINAÇÃO UND CARROCERIA MANUTENÇÃO
VEÍCULO (R$) (R$)
(R$) (R$)
Cotação/
SINAPI Caminhão Baú und 117.953,00 21.250,00 109.748,38 248.951,38
JAN-2015
Cotação/
Caminhão
SINAPI und 117.953,00 56.600,00 107.036,52 281.589,52
Compactador
JAN-2015
Cotação Triciclo und 10.600,00 - 7.428,50 18.028,50
Cotação Caminhão HR und 68.900,00 7.000,00 53.190,84 129.090,84
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além destes, foram considerados a inclusão de equipamentos mínimos para


execução dos serviços nos galpões de triagem, tais quais:

Quadro 122 - Equipamentos secundários para serviços de coleta seletiva


ORIGEM DISCRIMINAÇÃO UND VALOR
IBAM MAR/2012 Balança eletrônica 1 T und 1.700,00
IBAM MAR/2012 Empilhadeira Autopropelida a GLP und 40.000,00
IBAM MAR/2012 Prensa Hidráulica 20 t und 15.100,00
IBAM MAR/2012 Carrinho plataforma 300 kg und 400,00
IBAM MAR/2012 Carrinho manual 300 kg und 195,00
IBAM MAR/2012 Container Plástico 240l und 265,00
Fonte: IBAM, 2012

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Estes itens foram inclusos na tabela de orçamento de cada município. Cada galpão
de triagem, independente de tamanho contará com os dispositivos mínimos para
execução dos trabalhos referentes à limpeza, pesagem e separação dos resíduos da
coleta seletiva, podendo os municípios realizar o investimento de equipamentos
adicionais.

Para o cálculo de reserva de frota, adotou-se um porcentual de 10%, considerando o


atual contingente utilizado pela Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicas,
com base em informações prestadas por este órgão.

11.2.2.4. Custos Gerais da mão-de-obra

A mão-de-obra inclusa no Plano de Coleta Seletiva foi dimensionada a partir da


quantidade de resíduos identificada no levantamento realizado em campo e em
pesquisa bibliográfica para os municípios da região metropolitana.

Através da produtividade média já apresentada no dimensionamento dos galpões,


incluiu-se porcentuais para cada catador referenciando os serviços, sendo que a
tabela abaixo discrimina cada um e seu porcentual. Indica-se também no quadro a
seguir os custos utilizados para cada mão-de-obra a ser contratado no plano:

Quadro 123 - Custos de mão-de-obra para serviços de coleta seletiva e coeficiente de mão-de-obra
para o galpão
ORIGEM DISCRIMINAÇÃO COEFIC UND VALOR (R$)
INSEA,2013 Triador interno 0,53 mês 2.495,60
INSEA,2013 Deslocador de tambor 0,11 mês 2.495,60
INSEA,2013 Separador de Plásticos 0,11 mês 2.495,60
INSEA,2013 Separador de metais 0,04 mês 2.495,60
INSEA,2013 Enfardador 0,18 mês 2.495,60
INSEA,2013 Administrador 0,05 mês 2.495,60
SINAPI/ JAN15 Motorista 1 mês 3.055,80
SINAPI/ JAN15 Auxiliar (Porta-a-porta) 1 mês 1.548,80
SINAPI/ JAN15 Auxiliar LEV/PEV/ATT 1 mês 1.548,80
Fonte: INSEA,2013 e SINAPI, 2015 (valores horários considerando 220 h de jornada)

O dimensionamento do PEV/LEV/ATT, foi realizado considerando os resultados


encontrados no Plano Estadual de Resíduos Sólidos, através da quantidade destas
instalações. Para cada ATT, teremos 3 auxiliares, para cada PEV terão 2 auxiliares e
para cada LEV, teremos 1 auxiliar.

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11.2.2.5. Custos dos Equipamentos de Proteção Individual

Para os custos dos equipamentos de proteção individual, foram dimensionados os


quantitativos sobre a mão-de-obra para os serviços realizados nos galpões de
triagem e nos serviços da coleta seletiva. Os itens inclusos para lançamento e os
coeficientes para cada profissional encontram-se a seguir:

Quadro 124 - Custos de equipamentos de proteção individual


DISCRIMINAÇÃO UND DA COLETA QUANT POR PROFISSIONAL/ANO VALOR ANUAL
Uniforme und 3 R$ 237,00
Bota Convencional par 2 R$ 83,80
Protetor Solar und 0 R$ 535,00
Luva par 12 R$ 828,00
Capacete und 1 R$ 49,00
Óculos und 1 R$ 12,90
Protetor Auricular und 6 R$ 7,74
Máscara und 48 R$ 427,20
Bota Lama par 1 R$ 42,00
Capa de Chuva und 4 R$ 116,00
Avental und 12 R$ 336,00
TOTAL R$ 2.674,64
Fonte: Elaborado pelo Autor, 2016

A quantidade de protetores solares será dimensionada considerando a quantidade


total de motoristas e catadores porta a porta auxiliares, bem como para os auxiliares
dos PEV, LEV e ATT, considerando 1l para cada profissional por mês.

11.2.2.6. Pagamento de Serviços Ambientais Urbanos (PSAU)

Com a inclusão dos serviços de coleta seletiva nos municípios da região


metropolitana, teremos uma diminuição nos resíduos que serão coletados e
enviados aos aterros sanitários, gerando economia na parcela de manutenção
destes aterros e ampliando a vida útil destes. Desta forma é importante calcular o
impacto gerado neste tipo de serviço como benefícios indiretos.

Para efeito do cálculo, consideraram-se os volumes diários para cada município


realizando o cálculo a partir dos custos dos resíduos por m³, considerando os dados
a seguir:

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Quadro 125 - Dados de referência do PSAU
DADOS DE REFERÊNCIA PARA EFEITO
CARACTERÍSTICA
COMPARATIVO
Peso específico aparente 300 - 500 kg/m³ (IBAM, 2001)[1]
(densidade) RSD compactado 647 kg/m³ (Manaus/ AM, 2011)
1:2,2 (IBAM, 2001)
Taxa de compactação
1:3,6 (Manaus/ AM, 2011)
Peso específico aparente 150 – 250 kg/m³ (IBAM, 2001)
(densidade) RSD solto 180 kg/m³ (Manaus/ AM, 2011)
210 kg/m³ (Macapá/ AP, 2001)
75 kg/m³, supondo caminhão baú carregado com
Peso específico aparente
80% de volume (Manaus/ AM, 2011)
(densidade) MSR solto MSR = 70 % volume e 30% peso de RSD
Fonte: Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, Módulo 4, p. 16, Brasília, 2001

Um estudo promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)


apresenta valores de referência quanto aos custos relacionados à reciclagem em
comparação com a extração de matéria-prima para confecção dos principais
produtos apresentados na composição gravimétrica de resíduos sólidos:

Quadro 126 - Estimativa dos benefícios econômicos associados à redução do consumo de insumos
CUSTOS DO
CUSTOS DO BENEFÍCIOS PERCENTUAL
INSUMO PARA
INSUMO PARA LÍQUIDOS DA DE ECONOMIA
MATERIAIS PRODUÇÃO A
PRODUÇÃO RECICLAGEM ENTRE OS
PARTIR DA
PRIMÁRIA (R$/t) (R$/t) PROCESSOS (%)
RECICLAGEM (R$/t)
Aço 552,00 425,00 127,00 23,00
Alumínio 6.162,00 3.447,00 2.715,00 44,06
Celulose 687,00 357,00 330,00 48,03
Plástico 1.790,00 626,00 1.164,00 65,03
Vidro 263,00 143,00 120,00 45,62
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, podemos


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos.

Para efeito do consumo energético dos processos produtivos, tem-se os valores do


IPEA, 2015 conforme o quadro a seguir:

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Quadro 127 - Estimativa dos benefícios ambientais associados à redução do consumo de energia
CUSTOS
CUSTOS
AMBIENTAIS
AMBIENTAIS BENEFÍCIOS PERCENTUAL
ASSOCIADOS À
ASSOCIADOS À LÍQUIDOS DA DE ECONOMIA
MATERIAIS GERAÇÃO DE
GERAÇÃO DE RECICLAGEM ENTRE OS
ENERGIA PARA
ENERGIA PARA (R$/t) PROCESSOS (%)
PRODUÇÃO
RECICLAGEM (R$/t)
PRIMÁRIA (R$/t)
Aço 34,18 7,81 26,37 77,15
Alumínio 176,78 7,92 168,86 95,52
Celulose 11,98 2,26 9,72 81,14
Plástico 6,56 1,40 5,16 78,66
Vidro 23,99 20,81 3,18 13,25
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Com base nos estudos do IPEA, que consideram um coeficiente de dióxido de


carbono (CO2) liberado para cada serviço de obtenção de matéria-prima e
reciclagem de produtos no sistema, podemos chegar aos valores relacionados aos
benefícios líquidos da reciclagem:

Quadro 128 - Valores de referência para cálculo das emissões de dióxido de carbono (CO2)a partir
da produção de insumos
CUSTOS AMBIENTAIS CUSTOS
ASSOCIADOS À AMBIENTAIS BENEFÍCIOS PERCENTUAL DE
EMISSÃO ASSOCIADOS À LÍQUIDOS DA ECONOMIA ENTRE
MATERIAIS
DE GEES PARA EMISSÃO DE GEES RECICLAGEM OS PROCESSOS
PRODUÇÃO PRIMÁRIA (t PARA RECICLAGEM (R$/t) (%)
CO2e/t) (t CO2e/t)
Aço 1,46 0,02 1,44 98,63
Alumínio 5,1 0,02 5,08 99,61
Celulose 0,28 0,01 0,27 96,43
Plástico 1,94 0,41 1,53 78,87
Vidro 0,6 0,35 0,25 41,67
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

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Podemos, a partir destes dados realizar o cálculo dos custos para cada um dos
municípios do PRSCS-RMM.

11.3. Custos dos Serviços de Coleta Seletiva por Município da Região


Metropolitana

Para os dados apresentados, realizamos levantamento individual referente à


necessidade das instalações propostas para cada município da região
metropolitana. Segue abaixo os resultados encontrados, bem como os custos
relacionados à Coleta Seletiva na região metropolitana. Os valores são
referenciados para os diversos horizontes de tempo que durarão o tempo útil
previstos do plano, com análise de crescimento para 2 anos, 2 a 5 anos, 5 a 10
anos, 10 a 20 anos.

11.3.1. Manaus

O Município de Manaus está localizado na região central do Estado do Amazonas,


sendo a capital do estado e possuindo atualmente uma população de 2.020.301
habitantes.

Existem em operação no município 13 associações e/ou cooperativas de catadores


atuantes nos principais pontos de grandes geradores, como feiras, simpósios, festas,
aterro sanitário e lixeiras viciadas. No levantamento foram identificados 232
catadores, sendo que no Cadastro RI Bolsa Família apresenta 276 famílias que se
identificam como catadores de resíduos sólidos.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as seguintes


composições dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto:
Quadro 129 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Manaus
TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %

Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 18,9


potencial de Plásticos 18,5 41,0
reciclagem Metais 3,6
Matéria orgânica 45,2
Resíduos sem Vidro 2,0
potencial de 59,0
reciclagem Madeira 3,6
Outros 8,2
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
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Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos
que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 86%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de
70.933,63 m², considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços
internos do galpão em 1.872 pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente
até as dimensões finais de 211.207,25 m² em 20 anos, conforme o Quadro 130.

Quadro 130 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 1.872 70.933,63
Entre 2 e 5 anos 2.383 90.276,73
Entre 5 e 10 anos 3.214 121.728,57
Entre 10 e 20 anos 5.574 211.207,25
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central) e Área de Triagem e


Transbordo (ATT)

De acordo com o Quadro 131, adotou-se que para o município de Manaus, com
população acima de 200 mil habitantes, serão necessárias as seguintes estruturas:

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Quadro 131 - Quantidade de equipamentos necessários para implantação do plano
N.o NECESSÁRIO IMPLANTAÇÃO DE ESTRUTURAS
ATT PEV ATT 70m³ ATT 135m³ ATT 270m³ ATT 540m³
22 87 19 1 1 1
24 7 2 0 0 0
27 12 3 0 0 0
34 30 7 0 0 0
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

As unidades propostas deverão ser implantadas em área delimitada, com acesso e


disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizam o
transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

Segundo recomendações de alguns autores, o PEV deverá ser implantado em área


de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m². A ATT deverá ser disposta em local mais próximo possível do Aterro de
Resíduos de Construção e Demolição, de modo a facilitar o transporte destes
resíduos.

A seguir são apresentados três cenários de frequência da coleta seletiva, sendo


estes:

 Cenário 1: Frequência de 6 coletas seletivas por semana e residência

 Cenário 2: Frequência de 3 coletas seletivas por semana e residência

 Cenário 3: Frequência de 2 coletas seletivas por semana e residência

11.3.1.1. Manaus – Cenário 1


Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O cenário 1 elaborado para Manaus considera a frequência de coleta seletiva para


as residências de 6 dias semanais. As instalações seguem o exposto no capítulo
introdutório do cálculo da sustentabilidade financeira da coleta seletiva para Manaus,

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apenas sofrendo mudanças na quantidade de mão-de-obra na coleta e na
quantidade de equipamentos necessários.

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e do PEV Central e da ATT do município de
Manaus deverá ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar
pessoas que trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. A contratação,
precificação dos valores e condições de serviços deverão ser acordados com os
componentes das associações de catadores do município, os quais deverão ser
integrados ao processo de coleta dos resíduos.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Manaus é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação
do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados
individualmente no próximo quadro:

Quadro 132 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manaus


TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 1.872 94 273 2.239
Entre 2 e 5 anos 2.383 120 293 2.796
Entre 5 e 10 anos 3.214 161 326 3.701
Entre 10 e 20 anos 5.574 279 407 6.260
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. Abaixo apresentamos a quantidade de mão-
de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal:

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Quadro 133 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Manaus
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
197 197 66 66 66 132 66 132
anos
Entre 2 e 5
460 438 198 198 132 264 132 264
anos
Entre 5 e 10
789 789 330 330 528 528 264 528
anos
Entre 10 e 20
1.380 1380 527 527 924 924 396 792
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva


Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram
considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas 4 alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado a
seguir:

Quadro 134 -Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manaus – Cenário 1
QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO VALOR TOTAL (R$)
TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 1.380 3.748 10.600 27.842.004 54.356.800 82.198.804
Caminhão HR 527 1.385 75.900 70.161.247 145.120.800 215.282.047
Caminhão
330 858 139.204 81.881.837 165.373.912 247.255.750
Baú
Caminhão
Compactador 264 462 181.920 42.948.132 132.073.920 175.022.052
25 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um percentual de 10% sobre o contingente no período, considerando

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a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Manaus, as quantidades e valores correspondentes
serão os seguinte:

Quadro 135 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manaus
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 140 1.484.000
Caminhão HR 55 4.174.500
Caminhão Baú 35 4.872.127
Caminhão
28 6.109.377
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “Porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada 3 anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Manaus para o
horizonte de 0 à 20 anos:

558
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Quadro 136 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no
horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manaus
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 1.173.500.367,53 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa R$ 782.070.606,71 Caminhão Baú
3ª Alternativa mais onerosa R$ 676.402.935,62 Caminhão HR
4ª Alternativa mais onerosa R$ 646.740.304,55 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Manaus

Após análise de todas as variáveis, montou-se o Quadro 137 os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Manaus, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Quadro 137 tem-se os valores referentes ao uso do triciclo como meio de coleta
dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 137 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 144.040.603,20 306.681.451,20 729.527.796,00 2.507.422.080,00 3.687.671.930,40
Equipamentos 11.396.997,01 16.627.692,73 26.762.005,67 81.344.360,05 136.131.055,45
EPI 11.376.339,40 24.504.124,92 58.387.254,50 197.741.638,40 292.009.357,22
TOTAL GERAL 222.311.708,98 361.258.920,20 836.583.776,95 2.848.292.935,11 4.268.447.341,23
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A seguir é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos


resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 138 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 129.563.740,80 263.250.864,00 602.717.112,00 2.036.095.224,00 3.031.626.940,80
Equipamentos 16.889.741,71 47.781.174,94 67.798.845,30 162.030.515,77 294.500.277,71
EPI 9.982.578,00 20.322.840,72 46.178.543,00 152.364.597,40 228.848.559,12
TOTAL
211.933.829,88 344.800.531,01 738.601.221,08 2.412.275.193,83 3.707.610.775,79
GERAL
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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O Quadro 139 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 139 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 132.017.040,00 259.670.232,00 609.015.888,00 2.086.044.816,00 3.086.747.976,00
Equipamentos 25.755.701,94 54.345.476,39 73.536.643,54 191.238.926,03 344.876.747,90
EPI 10.425.028,80 20.596.892,52 48.847.550,00 164.392.570,40 244.262.041,72
TOTAL GERAL 223.695.540,11 348.058.252,26 753.306.802,32 2.503.461.169,09 3.828.521.763,78
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 140 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Manaus
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
(R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 132.017.040,00 259.670.232,00 609.015.888,00 2.037.309.888,00 3.038.013.048,00
Equipamentos 28.882.393,99 23.874.001,46 86.293.233,57 118.441.525,56 257.491.154,58
EPI 10.425.028,80 20.596.892,52 48.847.550,00 158.669.314,40 238.538.785,72
TOTAL GERAL 226.822.232,16 317.586.777,33 766.063.392,35 2.376.205.584,62 3.686.677.986,46
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem -se o valor
mais razoável para o plano em R$ 3.686.677.986,46, referente a utilização de
caminhões compactadores na coleta seletiva no município de Manaus, inclusos os
procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

11.3.1.2. Manaus – Cenário 2


Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O cenário 2 elaborado para Manaus considera a rota de coleta para 3 dias na


semana. As instalações incluídas no cenário 2 deverão ser mantidas, apenas
sofrendo mudanças na quantidade de mão-de-obra na coleta e na quantidade de
equipamentos necessários. O corpo técnico responsável pela catação, triagem,
enfardamento e operação de equipamentos do Galpão de Triagem e do PEV Central
560
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e da ATT do município de Manaus deverá ser contratado no município, observando-
se a premissa de buscar pessoas que trabalhem direta ou indiretamente com
resíduos sólidos. A contratação, precificação dos valores e condições de serviços
deverão ser acordados com os componentes das associações de catadores do
município, os quais deverão ser integrados ao processo de coleta dos resíduos
através.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Manaus é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação
do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados
individualmente no Quadro 141.

Quadro 141 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manaus


TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 1.872 94 273 2.239
Entre 2 e 5 anos 2.383 120 293 2.796
Entre 5 e 10 anos 3.214 161 326 3.701
Entre 10 e 20 anos 5.574 279 407 6.260
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. Abaixo apresentamos a quantidade de mão-
de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal:

Quadro 142 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Manaus
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
197 197 66 66 66 132 33 66
anos
Entre 2 e 5
460 460 165 165 132 264 99 198
anos
Entre 5 e 10
789 789 297 297 231 462 198 396
anos
Entre 10 e 20
1.348 1.348 494 494 429 858 363 726
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

561
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O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a
produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva

Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram


considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas 4 alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado a
seguir:

Quadro 143 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manaus


QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO VALOR TOTAL (R$)
TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 1.348 3.682 10.600,00 27.351.724,00 53.318.000,00 80.669.724,00
Caminhão HR 494 1.055 75.900,00 53.444.127,00 117.569.100,00 171.013.227,00
Caminhão Baú 330 858 139.204,00 81.881.837,00 165.373.912,00 247.255.750,00
Caminhão
Compactador 25 165 264 181.920,00 24.541.790,00 78.043.680,00 102.585.470,00

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um percentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Manaus, as quantidades e valores correspondentes
serão os seguintes:
Quadro 144 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manaus
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 136 1.441.600
Caminhão HR 51 3.870.900
Caminhão Baú 35 4.872.127
Caminhão Compactador 25 m³ 19 3.456.480
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar

562
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em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada 3 anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Manaus para o
horizonte de 0 à 20 anos:

Quadro 145 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no


horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manaus
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 1.153.979.796,91 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa R$ 745.519.410,71 Caminhão Baú
3ª Alternativa mais onerosa R$ 596.205.009,63 Caminhão HR
4ª Alternativa mais onerosa R$ 497.401.062,23 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Manaus – Cenário 2

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Manaus, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

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No Quadro 146 é demonstrado os valores referentes ao uso do triciclo como meio
de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 146 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 144.040.603,20 306.681.451,20 729.527.796,00 2.489.740.416,00 3.669.990.266,40
Equipamentos 11.396.997,01 16.627.692,73 21.377.575,21 85.034.116,65 134.436.381,59
EPI 11.376.339,40 24.504.124,92 58.387.254,50 196.039.334,40 290.307.053,22
TOTAL GERAL 222.311.708,98 361.258.920,20 831.199.346,49 2.832.598.723,71 4.247.368.699,37
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A seguir é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos


resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 147 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 129.563.740,80 257.780.599,20 593.600.004,00 2.017.861.008,00 2.998.805.352,00
Equipamentos 16.889.741,71 38.466.507,94 54.362.839,78 133.846.479,40 243.565.568,82
EPI 9.982.578,00 19.796.190,42 45.300.792,50 150.609.096,40 225.688.657,32
TOTAL GERAL 211.933.829,88 329.488.948,91 715.170.357,06 2.364.101.440,46 3.620.694.576,30
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O próximo quadro apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos
resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 148 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 132.017.040,00 259.670.232,00 596.832.156,00 2.061.677.352,00 3.050.196.780,00
Equipamentos 25.755.701,94 54.345.476,39 73.536.643,54 191.238.926,03 344.876.747,90
EPI 10.425.028,80 20.596.892,52 47.416.736,00 161.530.942,40 239.969.599,72
TOTAL GERAL 223.695.540,11 348.058.252,26 739.692.256,32 2.476.232.077,09 3.787.678.125,78
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

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Quadro 149 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 127.143.547,20 252.359.992,80 584.648.424,00 2.012.942.424,00 2.977.094.388,00
Equipamentos 18.225.519,15 13.089.899,92 44.898.652,55 86.336.132,38 162.550.204,00
EPI 9.852.703,20 19.738.404,12 45.985.922,00 155.807.686,40 231.384.715,72
TOTAL GERAL 210.719.538,92 298.633.948,19 697.439.719,33 2.316.871.099,44 3.523.664.305,88
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 3.523.664.305,88, referente a utilização de
caminhões compactadores na coleta seletiva no município de Manaus para o cenário
2, inclusos os procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de
operação.

11.3.1.3. Manaus – Cenário 3

Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

Para o cenário 3 foram consideradas a coleta seletiva sendo realizada no período de


2 dias por semana. O corpo técnico responsável pela catação, triagem,
enfardamento e operação de equipamentos do Galpão de Triagem e do PEV Central
e da ATT do município de Manaus deverá ser contratado no município, observando-
se a premissa de buscar pessoas que trabalhem direta ou indiretamente com
resíduos sólidos. A contratação, precificação dos valores e condições de serviços
deverão ser acordados com os componentes das associações de catadores do
município, os quais deverão ser integrados ao processo de coleta dos resíduos.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Manaus é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação
do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados
individualmente no Quadro 150.

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Quadro 150 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manaus
TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 1.872 94 273 2.239
Entre 2 e 5 anos 2.383 120 293 2.796
Entre 5 e 10 anos 3.214 161 326 3.701
Entre 10 e 20 anos 5.574 279 407 6.260
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. Abaixo apresentamos a quantidade de mão-
de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal:

Quadro 151 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Manaus
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
197 197 66 66 44 88 22 44
anos
Entre 2 e 5
438 438 154 154 110 220 88 176
anos
Entre 5 e 10
767 767 264 264 220 440 198 396
anos
Entre 10 e 20
1.315 1315 461 461 374 748 330 660
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva

Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram


considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas 4 alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado a
seguir:

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Quadro 152 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manaus
QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO VALOR TOTAL (R$)
TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 1.315 4.164 10.600,00 30.932.259,00 58.077.400,00 89.009.659,00
Caminhão HR 461 1.056 75.900,00 53.494.785,00 115.140.300,00 168.635.085,00
Caminhão Baú 264 616 139.204,00 58.786.960,00 122.499.194,00 181.286.155,00
Caminhão
Compactador 154 220 181.920,00 20.451.491,00 68.038.080,00 88.489.571,00
25 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Autazes, as quantidades e valores correspondentes
serão os seguinte:

Quadro 153 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manaus
QUANTIDADE DE
EQUIPAMENTO RESERVA DE FROTA (R$)
VEÍCULOS PARA 20 ANOS
Triciclo 133 1.409.800,00
Caminhão HR 47 3.567.300,00
Caminhão Baú 28 3.897.702,00
Caminhão Compactador 10 m³ 18 3.274.560,00
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande

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complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada 3 anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Manaus para o
horizonte de 0 à 20 anos:

Quadro 154 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no


horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manaus
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 1.134.061.375,08 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa R$ 614.303.354,51 Caminhão Baú
3ª Alternativa mais onerosa R$ 562.382.993,90 Caminhão HR
4ª Alternativa mais onerosa R$ 452.790.809,75 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Manaus

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Manaus, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Tem-se abaixo os valores referentes ao uso do triciclo como meio de coleta dos
resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 155 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 144.040.603,20 303.034.608,00 723.449.724,00 2.471.506.200,00 3.642.031.135,20
Equipamentos 11.396.997,01 15.730.910,29 26.311.597,04 90.786.470,11 144.225.974,44
EPI 11.376.339,40 24.153.024,72 57.802.087,50 194.283.833,40 287.615.285,02
TOTAL GERAL 222.311.708,98 356.364.194,36 829.470.129,32 2.818.361.360,17 4.226.507.392,82
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A seguir é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos


resíduos reciclados porta-a-porta.

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Quadro 156 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16

Mão de Obra 129.563.740,80 255.957.177,60 584.482.896,00 1.999.626.792,00 2.969.630.606,40

Equipamentos 16.889.741,71 35.405.974,50 55.448.577,60 130.857.263,42 238.601.557,22

EPI 9.982.578,00 19.620.640,32 44.423.042,00 148.853.595,40 222.879.855,72

TOTAL GERAL 211.933.829,88 324.429.443,77 706.261.236,38 2.341.122.507,48 3.583.747.017,50

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O Quadro 157 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 157 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 128.768.044,80 254.796.739,20 592.770.912,00 2.021.064.912,00 2.997.400.608,00
Equipamentos 19.679.072,26 36.984.168,71 62.116.257,06 142.880.919,16 261.660.417,19
EPI 10.043.478,40 20.024.566,92 46.939.798,00 156.761.562,40 233.769.405,72
TOTAL GERAL 213.988.364,83 325.251.126,18 723.733.687,84 2.382.492.250,22 3.645.465.429,07
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 158 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Manaus
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 55.497.769,37 13.445.651,35 21.906.720,78 61.784.856,66 152.634.998,16
Mão de Obra 125.519.049,60 249.923.246,40 584.648.424,00 1.988.574.960,00 2.948.665.680,00
Equipamentos 14.673.227,53 9.495.199,41 45.205.279,07 75.634.334,66 145.008.040,67
EPI 9.661.928,00 19.452.241,32 45.985.922,00 152.946.058,40 228.046.149,72
TOTAL GERAL 205.351.974,50 292.316.338,48 697.746.345,85 2.278.940.209,72 3.474.354.868,55
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 3.474.354.868,55, referente a utilização de
caminhões compactadores para o cenário 3 na coleta seletiva no município de
Manaus, inclusos os procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-
obra de operação.

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11.3.1.4. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Manaus

Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de Manaus


levantados em campo são 712,67 t/dia, montou-se o Quadro 159. Os custos de
compra apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, que
indica os valores do mercado nacional para a compra de material reciclado
prensado, coletado diretamente com cooperativas locais:

Quadro 159 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Manaus
COMPOSIÇÃO PREÇO DE
GRAVIMÉTRICA POR PESO ANUAL PESO (t para VENDA EM PREÇO TOTAL POR
GRUPO (t ao ano) 20 anos) R$/t PARCELA (R$)
GRUPO % PRENSADA
Papel/ papelão/
18,90 51.666,96 1.033.339,15 400 413.335.658,48
tetrapak
Plásticos 18,50 50.573,48 1.011.469,53 600 606.881.720,79
Metais 3,60 9.841,33 196.826,50 2400 472.383.609,70
TOTAL 1.492.600.988,97
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 1.492.600.988,97.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do

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uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma
qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, podemos


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos:

Quadro 160 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado
VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO VALOR TOTAL PARA
PARA O
ITEM DA PESO POR O PROCESSO DA DIFERENÇA DE
PROCESSO DA
COMPOSIÇÃO GRUPO MATÉRIA-PRIMA VALORES (R$)
RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA ORIGINAL (R$)
(R$)
Papel/ papelão/
1.033.339,15 709.903.933,45 368.902.075,20 341.001.918,25
tetrapak
Plásticos 1.011.469,53 1.810.530.467,02 633.179.928,69 1.177.350.538,33
Metais 196.826,50 108.648.230,23 83.651.264,22 24.996.966,01
TOTAL 2.629.082.690,70 1.085.733.268,10 1.543.349.422,59
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 1.543.349.422,59
entre os dois.

Podemos também montar uma planilha no mesmo modelo da diferença da produção


dos insumos, agora em relação à energia produzida:

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Quadro 161 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado
VALOR TOTAL DO VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE CONSUMO DE
DIFERENÇA
ITEM DA PESO POR ENERGIA PARA ENERGIA PARA
DE VALORES
COMPOSIÇÃO GRUPO PRODUÇÃO A PRODUÇÃO A
(R$)
GRAVIMÉTRICA PARTIR DE MATÉRIA- PARTIR DA
PRIMA ORIGINAL (R$) RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
1.033.339,15 12.379.402,97 2.335.346,47 10.044.056,50
tetrapak
Plásticos 1.011.469,53 6.335.240,15 1.416.057,35 5.219.182,80
Metais 196.826,50 6.727.529,91 1.537.215,00 5.190.314,91
TOTAL 25.742.173,03 5.288.618,82 20.453.554,21
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos


processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 20.453.554,21 considerando o tempo de retorno do
projeto de 20 anos. Para a água, podemos considerar o Quadro 162.

Quadro 162 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado
REDUÇÃO DE PREÇO
DESCRIÇÃO DO ÁGUA NA
USO NA TOTAL NA PREÇO DIFERENÇA
ITEM DA PRODUÇÃO
RECICLAGEM PRODUÇÃO TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO DA MATÉRIA-
DA MATÉRIA- DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA PRIMA m³/t
PRIMA (m³/t) PRIMA
Papel/ papelão/
41.850.235,42 330.668,53 3.348.018,83 264.534,82 3.083.484,01
tetrapak
Plásticos 1.972.365,59 20.229,39 157.789,25 126.231,40 31.557,85
Metais 2.637.475,15 21.650,92 210.998,01 168.798,41 42.199,60
TOTAL 3.716.806,09 559.564,63 3.157.241,46
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 3.157.241,46 em economia de água gerada


com a reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima
original, um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos
anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados


Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos

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processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Através das quantidades de resíduos encontradas no município de Manaus,


podemos estimar a taxa de retorno financeiro das emissões de dióxido de carbono
(CO2) geradas:

Quadro 163 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de


dióxido de carbono (CO2)
CUSTOS
CUSTOS AMBIENTAIS
AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO ASSOCIADOS À
ASSOCIADOS À DIFERENÇA
ITEM DA PESO POR EMISSÃO
EMISSÃO DE GEES DE
COMPOSIÇÃO GRUPO DE GEES PARA
PARA VALORES
GRAVIMÉTRICA PRODUÇÃO PRIMÁRIA
RECICLAGEM
(t CO2e/t)
(t CO2e/t)
Papel/ papelão/
1.033.339,15 289.334,96 10.333,39 279.001,57
tetrapak
Plásticos 1.011.469,53 1.962.250,90 414.702,51 1.547.548,39
Metais 196.826,50 287.366,70 3.936,53 283.430,17
TOTAL 2.538.952,55 428.972,43 2.109.980,12
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Manaus é calculado em R$
2.109.980,12.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Manaus

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Manaus, espera-se obter


benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da organização da
gestão das associações dos catadores do município, organizando o processo
produtivo de escoamento dos materiais coletados e dispondo de infraestrutura
adequada para o desempenho dos serviços.

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Verificamos com este estudo que para Manaus, existe grande possibilidade de o
sistema tornar-se autossustentável, a partir do escoamento da produção em escala
industrial, aproveitando os resíduos coletados. A taxa de retorno apresentada não
ultrapassa os custos demandados para execução do sistema, mas a partir do retorno
financeiro da venda dos recicláveis ocorre um considerável decréscimo da parcela
de investimento dos órgãos públicos. Além disso, devido a necessidade cada vez
mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito.

Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e


aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 3.061.671.187,36 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de
Coleta Seletiva do Município de Manaus. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para o cenário 1 (com uso de Caminhão Compactador em um período
de coleta de 6 dias na semana), tem-se um restante de R$ 625.006.799,10 em
despesas diretas/indiretas; ou 14,80 R$/hab.urbano por ano do município. Para o
cenário 2 (com uso de Caminhão Compactador em um período de coleta de 3 dias
na semana), tem-se um restante de R$ 461.993.118,51 em despesas
diretas/indiretas; ou 10,94 R$/hab.urbano por ano do município. Concluindo, para o
cenário 3 (com uso de Caminhão Compactador em um período de coleta de 2 dias
na semana), tem-se um restante de R$ 412.683.681,18 em despesas
diretas/indiretas; ou 9,77 R$/hab.urbano por ano do município.

11.3.2. Autazes

O Município de Autazes está localizado na região central do Estado do Amazonas,


distante da capital Manaus 218 km por via fluvial. Pode ser acessado por modal
rodo/fluvial, através das rodovias BR-319 e AM-254.

O levantamento realizado para este projeto no município teve como resultados a


identificação de que não há associações de catadores empenhados na coleta
seletiva dos resíduos. Foram identificados, no entanto, dois catadores autônomos
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trabalhando nas dependências do Lixão à céu Aberto do município em situação de
risco, por não contarem com Equipamentos de Segurança e o local não oferecer
condições de controle adequados.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as seguintes


composições dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto:

Quadro 164 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Autazes (Geral Municípios)
TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,9
potencial de Plásticos 13,0 28,00
reciclagem Metais 3,1
Matéria orgânica 47,8
Resíduos sem Vidro 1,1
potencial de 72,00
reciclagem Madeira -
Outros 23,1
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos


que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 75%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.2.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 380 m²,
considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em 10 pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 1.178 m² em 20 anos, conforme Quadro 165.

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Quadro 165 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 10 380
Entre 2 e 5 anos 12 456
Entre 5 e 10 anos 17 646
Entre 10 e 20 anos 31 1.178
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.2.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Adotou-se que para o município de Autazes com população menor que 25 mil
habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central para atender a coleta
seletiva. Esta instalação será responsável pelo recebimento e triagem dos materiais
volumosos e resíduos de construção civil, bem como recebimento de alguns
materiais provenientes da entrega voluntária de resíduos sólidos secos da
população.

A unidade proposta deverá ser implantada em área delimitada, com acesso e


disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem o
transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

Segundo recomendações de alguns autores, o PEV deverá ser implantado em área


de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m².

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11.3.2.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e do PEV Central do município de Autazes
deverá ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar pessoas
que trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo levantamento em
campo da pesquisa em questão, contabilizou-se dois catadores autônomos
trabalhando diretamente com coleta seletiva no município.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Autazes é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação
do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados no
Quadro 166.

Quadro 166 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Autazes


TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 10 1 2 13
Entre 2 e 5 anos 12 1 2 15
Entre 5 e 10 anos 17 1 2 20
Entre 10 e 20 anos 31 2 4 37
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. Abaixo apresentamos a quantidade de mão-
de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal.

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Quadro 167 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Autazes
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
2 2 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 2 e 5
3 3 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 5 e 10
3 3 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 10 e 20
6 6 2 2 1 2 1 2
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.2.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva

Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram


considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano.

Para efeito de cálculo da manutenção adotou-se os critérios indicados no Manual de


Custos Rodoviários – Metodologias e Conceitos do SICRO 2, onde adota-se a
seguinte expressão para o cálculo de Manutenção de Equipamentos:

Sendo:

M – Custo de Manutenção do equipamento (H);

V0 – Valor de Aquisição do equipamento (R$);

H – Horas totais de utilização em vida útil (h).

Para adequar ao trabalho, adotou-se o tempo de vida útil ao longo da sobrevida do


veículo, estabelecendo uma relação entre os equipamentos e as horas necessárias

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de trabalho. No Quadro 168 são demonstrados os coeficientes adotados para o
cálculo.

Quadro 168 - Coeficientes K para cálculo do custo de manutenção


VALORES DE K CUSTO VIDA ÚTIL
Triciclo 0,8 7.428,50
Caminhão HR 0,8 53.190,84
Caminhão Baú 0,9 109.748,38
Compactador 0,7 107.036,52
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Foram elaboradas 4 alternativas, incluindo os diferentes equipamentos para


transporte, como pode ser visualizado a seguir:

Quadro 169 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Autazes


QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃ VALOR TOTAL
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃ DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃ
O TOTAL (R$) (R$)
O DIRETA LONGO DE 20 (R$) O (R$)
ANOS
Triciclo 6 21 10.600,00 155.998,42 286.200,00 442.198,42
Caminhão HR 2 6 75.900,00 303.947,64 607.200,00 911.147,64
Caminhão Baú 1 4 139.203,63 381.733,51 696.018,15 1.077.751,66
Caminhão
Compactador 10 1 2 174.553,63 178.394,20 523.660,89 702.055,09

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas nos veículos de modo a inutilizarem
temporariamente. Para o município de Autazes, as quantidades e valores
correspondentes são demonstrados no Quadro 170.

Quadro 170 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Autazes
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 5 53.000,00
Caminhão HR 4 303.600,00
Caminhão Baú 4 556.814,52
Caminhão
3 523.660,89
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente
mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada 3 anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando valores de
aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Autazes para o horizonte de
0 à 20 anos demonstrados no Quadro 171.

Quadro 171 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no


horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Autazes
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 5.439.369,48 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa R$ 4.011.127,36 Caminhão Compactador
3ª Alternativa mais onerosa R$ 3.717.384,12 Caminhão Baú
4ª Alternativa mais onerosa R$ 3.206.746,04 Caminhão HR
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.2.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Autazes

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Autazes, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.
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Os valores referentes ao uso do triciclo como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta são demonstrados no Quadro 172.

Quadro 172 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Autazes
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
(R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 336.142,47 49.859,80 124.649,50 435.862,07 946.513,84
Mão de Obra 894.307,20 1.686.909,60 3.560.196,00 13.342.368,00 19.483.780,80
Equipamentos 123.000,43 105.692,32 92.847,11 567.901,13 889.440,98
EPI 74.546,16 139.668,18 282.321,30 1.069.836,00 1.566.371,64
TOTAL GERAL 1.427.996,26 1.982.129,90 4.060.013,91 15.415.967,20 22.886.107,26
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A seguir é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos


resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 173 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Autazes
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
(R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 336.142,47 49.859,80 124.649,50 435.862,07 946.513,84
Mão de Obra 783.796,80 1.355.378,40 3.007.644,00 11.132.160,00 16.278.979,20
Equipamentos 327.096,61 273.731,51 278.914,79 981.876,22 1.861.619,14
EPI 63.906,76 107.749,98 229.124,30 857.048,00 1.257.829,04
TOTAL GERAL 1.510.942,64 1.786.719,69 3.640.332,59 13.406.946,29 20.344.941,22
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O Quadro 174 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 174 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Autazes
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
(R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 336.142,47 49.859,80 124.649,50 435.862,07 946.513,84
Mão de Obra 820.968,00 1.411.135,20 3.100.572,00 10.765.464,00 16.098.139,20
Equipamentos 578.582,75 524.879,62 542.863,35 971.652,64 2.617.978,36
EPI 70.610,56 117.805,68 245.883,80 837.370,00 1.271.670,04
TOTAL GERAL 1.806.303,78 2.103.680,30 4.013.968,65 13.010.348,71 20.934.301,44
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

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Quadro 175 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Autazes
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
(R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 336.142,47 49.859,80 124.649,50 435.862,07 946.513,84
Mão de Obra 820.968,00 1.411.135,20 3.100.572,00 10.765.464,00 16.098.139,20
Equipamentos 655.848,18 304.069,81 957.168,75 1.069.567,05 2.986.653,80
EPI 70.610,56 117.805,68 245.883,80 837.370,00 1.271.670,04
TOTAL GERAL 1.883.569,21 1.882.870,49 4.428.274,05 13.108.263,12 21.302.976,88
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 20.344.941,22, referente a utilização de
caminhões utilitários HR na coleta seletiva no município de Autazes, inclusos os
procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

11.3.2.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Autazes


Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de Autazes


levantados em campo são 2,81 t/dia, montou-se o Quadro 176. Os custos de compra
apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, que indica os
valores do mercado nacional para a compra de material reciclado prensado, coletado
diretamente com cooperativas locais:

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Quadro 176 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Autazes
COMPOSIÇÃO PREÇO DE PREÇO
GRAVIMÉTRICA POR GRUPO PESO ANUAL PESO (t para VENDA EM TOTAL POR
(t ao ano) 20 anos) R$/t PARCELA
GRUPO %
PRENSADA (R$)
Papel/
papelão/ 11,93 130,26 2.605,34 400 1.042.136,58
tetrapak
Plásticos 13,03 142,27 2.845,57 600 1.707.339,44
Metais 3,13 34,17 683,55 2400 1.640.513,42
TOTAL 4.389.989,44
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 4.389.989,44.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de uma tonelada e meia de papel descartado, 2 mil litros
de água e 2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a
mesma qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel
perde celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas),
mas pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, podemos


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos:

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Quadro 177 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado
VALOR TOTAL VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO
PARA O PARA O
ITEM DA PESO POR DIFERENÇA DE
PROCESSO DA PROCESSO DA
COMPOSIÇÃO GRUPO VALORES (R$)
MATÉRIA-PRIMA RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA
ORIGINAL (R$) (R$)
Papel/ papelão/
2.605,34 1.789.869,58 930.106,90 859.762,68
tetrapak
Plásticos 2.845,57 5.093.562,67 1.781.324,15 3.312.238,52
Metais 683.55 377.318,09 290.507,58 86.810,50
TOTAL 7.260.750,34 3.001.938,64 4.258.811,70
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 4.258.811,70 entre os
dois.

O Quadro 178 demonstra a diferença d o consumo de energia entre a matéria-prima


e o produto reciclado.

Quadro 178 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado
VALOR TOTAL DO VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE CONSUMO DE
PESO DIFERENÇA
ITEM DA ENERGIA PARA ENERGIA PARA
POR DE VALORES
COMPOSIÇÃO PRODUÇÃO A PARTIR PRODUÇÃO A
GRUPO (R$)
GRAVIMÉTRICA DE MATÉRIA-PRIMA PARTIR DA
ORIGINAL (R$) RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
2.605,34 31.211,99 5.888,07 25.323,92
tetrapak
Plásticos 2.845,57 18.666,91 3.983,79 14.683,12
Metais 683,55 23.363,65 5.338,50 18.025,14
TOTAL 73.242,55 15.210,37 58.032,18
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos


processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 58.032,18 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. Para a água podemos considerar o Quadro 179.

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Quadro 179 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado
PREÇO
ÁGUA NA REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO DO TOTAL NA
PRODUÇÃO USO NA PREÇO DIFERENÇA
ITEM DA PRODUÇÃO
DA RECICLAGEM TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO DA
MATÉRIA- DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA MATÉRIA-
PRIMA m³/t PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
105.516,33 833,71 8.441,31 666,97 7.774,34
tetrapak
Plásticos 5.548,85 56,91 443,91 355,13 88,78
Metais 9.159,53 75,19 732,76 586,21 146,55
TOTAL 9.617,98 1.608,30 8.009,67
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 8.009,67 em economia de água gerada com a


reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em relação ao montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Através destes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município


de Autazes, podemos estimar a taxa de retorno financeiro das emissões de dióxido
de carbono (CO2) geradas:

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Quadro 180 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de
dióxido de carbono (CO2)
CUSTOS AMBIENTAIS CUSTOS
DESCRIÇÃO DO ASSOCIADOS À AMBIENTAIS
DIFERENÇA
ITEM DA PESO POR EMISSÃO ASSOCIADOS À
DE
COMPOSIÇÃO GRUPO DE GEES PARA EMISSÃO DE GEES
VALORES
GRAVIMÉTRICA PRODUÇÃO PRIMÁRIA PARA RECICLAGEM
(t CO2e/t) (t CO2e/t)
Papel/ papelão/
2.605,34 729,50 26,05 703,44
tetrapak
Plásticos 2.845,57 5.520,40 1.166,68 4.353,72
Metais 683,55 997,98 13,67 984,31
TOTAL 6.805,51 1.132,78 6.041,47
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Autazes é calculado em R$ 6.041,47.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Autazes


A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Autazes, espera-se obter
benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da implantação da
associação dos catadores do município, organizando o processo produtivo de
escoamento dos materiais coletados e dispondo de infraestrutura adequada para o
desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada não ultrapassa os custos demandados
para execução do sistema. No entanto, devido a necessidade cada vez mais urgente
de medidas que possam minorar os impactos ambientais da industrialização no meio
ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma possibilidade de diminuir a
utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada vez mais escassos,
reaproveitando um material que, atualmente é considerado como rejeito.

Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e


aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 8.720.884,46 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de

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Coleta Seletiva do Município de Autazes. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para Autazes (com uso de Caminhão Utilitário HR), tem-se um
restante de R$11.624.056,76 em despesas diretas/indiretas; ou 34,77
R$/hab.urbano por ano do município.

11.3.3. Careiro

O Município de Careiro está localizado na região central do Estado do Amazonas,


distante da capital Manaus 102 km por via fluvial. Pode ser acessado por modal
rodo/fluvial, através da rodovia BR-319, a partir da travessia do Rio Negro por balsa,
passando pelo município de Careiro da Várzea, no porto conhecido como Marco
Zero. O levantamento realizado para este projeto no município teve como resultados
a identificação de que há uma associação de catadores em processo de
restruturação, contando com 24 associados que atualmente não possuem esta como
a única fonte de renda.

Devido a falta de infraestrutura da associação, verificou-se em visita que muitos


resíduos secos coletados no processo de catação permanecem estocados, visto que
não há um procedimento para escoamento deste material aos polos compradores.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as seguintes


composições dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto:

Quadro 181 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Careiro (Geral Municípios)
TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,9
potencial de Plásticos 13,0 28,00
reciclagem Metais 3,1
Matéria orgânica 47,8
Resíduos sem Vidro 1,1
potencial de 72,00
reciclagem Madeira -
Outros 23,1
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos


que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de
75,0% de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é
descartado atualmente.

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Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos
de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.3.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 380 m²,
considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em 10 pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 1.672 m² em 20 anos, conforme o Quadro 182.

Quadro 182 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 10 380
Entre 2 e 5 anos 14 532
Entre 5 e 10 anos 20 760
Entre 10 e 20 anos 44 1.672
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.3.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Adotou-se que para o município de Careiro com população menor que 25 mil
habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central para atender a coleta
seletiva. Esta instalação será responsável pelo recebimento e triagem dos materiais
volumosos e resíduos de construção civil, bem como recebimento de alguns
materiais provenientes da entrega voluntária de resíduos sólidos secos da
população.

A unidade proposta deverá ser implantada em área delimitada, com acesso e


disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem o
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transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.
Segundo recomendações de alguns autores, o PEV deverá ser implantado em área
de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m².

11.3.3.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva


O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de
equipamentos do Galpão de Triagem e do PEV Central do município de Careiro
deverá ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar pessoas
que trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo levantamento em
campo da pesquisa em questão, contabilizou-se 24 catadores associados
trabalhando diretamente com coleta seletiva no município. Deverá ser realizada uma
seleção entre estes para compor o quadro inicial do projeto em implementação.
O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do
Plano de Coleta Seletiva de Careiro é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação do
Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados
individualmente no Quadro 183.
Quadro 183 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Careiro
TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 10 1 2 13
Entre 2 e 5 anos 14 1 2 17
Entre 5 e 10 anos 20 1 2 23
Entre 10 e 20 anos 44 3 4 51
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por

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gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. No Quadro 184 apresentamos a quantidade
de mão-de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal:

Quadro 184 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Careiro
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
2 2 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 2 e 5
3 3 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 5 e 10
4 4 2 2 1 2 1 2
anos
Entre 10 e 20
9 9 3 3 2 4 1 2
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.3.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva

Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram


considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas 4 alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado a
seguir:
Quadro 185 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Careiro
QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO VALOR
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO
TOTAL (R$) TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 9 29 10.600,00 215.426,39 402.800,00 618.226,39
Caminhão HR 3 10 75.900,00 506.579,40 986.700,00 1.493.279,40
Caminhão Baú 2 5 139.203,63 477.166,88 974.425,41 1.451.592,29
Caminhão
Compactador 10 1 2 174.553,63 178.394,20 523.660,89 702.055,09

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,
constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Careiro, as quantidades e valores correspondentes
serão os seguinte:

Quadro 186 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Careiro
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 6 63.300,00
Caminhão HR 4 303.600,00
Caminhão Baú 4 556.814,52
Caminhão
3 523.660,89
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada 3 anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Careiro para o
horizonte de 0 à 20 anos:

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Quadro 187 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no
horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Careiro
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 7.265.130,50 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa R$ 4.455.792,12 Caminhão Baú
3ª Alternativa mais onerosa R$ 4.035.574,04 Caminhão HR
4ª Alternativa mais onerosa R$ 2.884.766,76 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.3.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Careiro

Após análise de todas as variáveis, montou-se quadros resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Careiro, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Quadro 188 são demonstrados os valores referentes ao uso do triciclo como


meio de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 188 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Careiro
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
(R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 336.142,47 99.719,60 149.579,40 685.161,07 1.270.602,54
Mão de Obra 894.307,20 1.866.592,80 4.285.680,00 18.893.160,00 25.939.740,00
Equipamentos 123.616,46 107.232,40 142.350,82 353.061,32 726.260,99
EPI 74.546,16 151.558,02 338.644,40 1.487.040,20 2.051.788,78
TOTAL GERAL 1.428.612,29 2.225.102,82 4.916.254,62 21.418.422,59 29.988.392,31
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A seguir é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos


resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 189 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Careiro
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
(R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 336.142,47 99.719,60 149.579,40 685.161,07 1.270.602,54
Mão de Obra 783.796,80 1.535.061,60 3.733.128,00 15.577.848,00 21.629.834,40
Equipamentos 327.712,64 275.271,59 550.543,19 653.082,71 1.806.610,13
EPI 63.906,76 119.639,82 285.447,40 1.167.858,20 1.636.852,18
TOTAL GERAL 1.511.558,67 2.029.692,61 4.718.697,99 18.083.949,98 26.343.899,25
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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O Quadro 190 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 190 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Careiro
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
(R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 336.142,47 99.719,60 149.579,40 685.161,07 1.270.602,54
Mão de Obra 820.968,00 1.590.818,40 3.549.780,00 15.397.008,00 21.358.574,40
Equipamentos 580.363,89 527.551,32 547.316,19 993.916,84 2.649.148,24
EPI 70.610,56 129.695,52 275.608,40 1.181.699,20 1.657.613,68
TOTAL GERAL 1.808.084,92 2.347.784,84 4.522.283,99 18.257.785,11 26.935.938,86
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos no Quadro 191 os custos do uso do caminhão


compactador como meio de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 191 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Careiro
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
(R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 336.142,47 99.719,60 149.579,40 685.161,07 1.270.602,54
Mão de Obra 820.968,00 1.590.818,40 3.549.780,00 14.658.600,00 20.620.166,40
Equipamentos 658.816,74 0,00 645.533,90 363.943,75 1.668.294,40
EPI 70.610,56 129.695,52 275.608,40 1.094.983,20 1.570.897,68
TOTAL GERAL 1.886.537,77 1.820.233,52 4.620.501,70 16.802.688,02 25.129.961,02
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 25.129.961,02, referente a utilização de
caminhões compactadores na coleta seletiva no município de Careiro, inclusos os
procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

11.3.3.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Careiro


Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até

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80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de Careiro


levantados em campo são 2,89 t/dia, montou-se o Quadro 192. Os custos de compra
apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, na qual indica os
valores do mercado nacional para a compra de material reciclado prensado, coletado
diretamente com cooperativas locais.

Quadro 192 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de careiro
COMPOSIÇÃO PREÇO DE PREÇO
PESO PESO
GRAVIMÉTRICA POR GRUPO VENDA EM TOTAL POR
ANUAL (t para 20
R$/t PARCELA
GRUPO % (t ao ano) anos)
PRENSADA (R$)
Papel/
papelão/ 11,93 138,22 2.764,35 400 1.105.741,16
tetrapak
Plásticos 13,03 150,96 3.019,24 600 1.811.543,26
Metais 3,13 36,26 725,27 2400 1.740.638,65
TOTAL 4.657.923,07
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 4.657.923,07.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma
qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde

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celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, podemos


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos:

Quadro 193 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Careiro
VALOR TOTAL
VALOR TOTAL DO
DO CONSUMO
CONSUMO DE
DESCRIÇÃO DO DE ENERGIA
ENERGIA PARA
ITEM DA PESO POR PARA DIFERENÇA DE
PRODUÇÃO A
COMPOSIÇÃO GRUPO PRODUÇÃO A VALORES (R$)
PARTIR DE
GRAVIMÉTRICA PARTIR DA
MATÉRIA-PRIMA
RECICLAGEM
ORIGINAL (R$)
(R$)
Papel/ papelão/
2.764,35 1.899.110,45 986.873,99 912.236,46
tetrapak
Plásticos 3.019,24 5.404.437,38 1.890.043,47 3.514.393,92
Metais 725,27 400.346,89 308.238,09 92.108,80
TOTAL 7.703.894,72 3.185.155,55 4.518.739,18
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$4.518.739,18 entre os
dois. A partir dos valores, podemos montar uma planilha no mesmo modelo da
diferença da produção dos insumos, agora em relação à energia produzida:

Quadro 194 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Careiro
VALOR TOTAL VALOR TOTAL
DO CONSUMO DO CONSUMO
DESCRIÇÃO DO DE ENERGIA DE ENERGIA
ITEM DA PESO POR PARA PARA DIFERENÇA DE
COMPOSIÇÃO GRUPO PRODUÇÃO A PRODUÇÃO A VALORES (R$)
GRAVIMÉTRICA PARTIR DE PARTIR DA
MATÉRIA-PRIMA RECICLAGEM
ORIGINAL (R$) (R$)
Papel/ papelão/
2.764,35 33.116,95 6.247,44 26.869,51
tetrapak
Plásticos 3.019,24 19.806,21 4.226,93 15.579,27
Metais 725,27 24.789,60 5.664,33 19.125,27
TOTAL 77.712,75 16.138,70 61.574,05
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

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Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos
processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 61.574,05 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. Para a água, podemos considerar os dados obtidos no Quadro 195.

Quadro 195 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Careiro
PREÇO
ÁGUA NA REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO DO TOTAL NA
PRODUÇÃO USO NA PREÇO DIFERENÇA
ITEM DA PRODUÇÃO
DA RECICLAGEM TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO DA
MATÉRIA- DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA MATÉRIA-
PRIMA m³/t PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
111.956,29 884,59 8.956,50 707,67 8.248,83
tetrapak
Plásticos 5.887,52 60,38 471,00 376,80 94,20
Metais 9.718,57 79,78 777.49 621,99 155,50
TOTAL 9.292,86 1.553,94 8.498,53
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 8.498,53 em economia de água gerada com a


reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

A partir destes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município de


Careiro, podemos estimar a taxa de retorno financeiro das emissões de dióxido de
carbono (CO2) geradas:

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Quadro 196 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de
dióxido de carbono (CO2)
CUSTOS AMBIENTAIS CUSTOS
DESCRIÇÃO DO ASSOCIADOS À AMBIENTAIS
ITEM DA PESO POR EMISSÃO ASSOCIADOS À DIFERENÇA
COMPOSIÇÃO GRUPO DE GEES PARA EMISSÃO DE GEES DE VALORES
GRAVIMÉTRICA PRODUÇÃO PRIMÁRIA PARA RECICLAGEM
(t CO2e/t) (t CO2e/t)
Papel/ papelão/
2.764,35 774,02 27,64 746,38
tetrapak
Plásticos 3.019,24 5.857,32 1.237,89 4.619,44
Metais 725,27 1.058,89 14,51 1.044,38
TOTAL 7.690,23 1.280,04 6.410,19
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Careiro é calculado em R$6.410,19.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Careiro

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Careiro, espera-se obter


benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da reestruturação da
associação dos catadores existente no município, organizando o processo produtivo
de escoamento dos materiais coletados e dispondo de infraestrutura adequada para
o desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade
cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito.

Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e


aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 9.253.145,01 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de
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Coleta Seletiva do Município de Careiro. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para Careiro (com uso de Caminhão-compactador), tem-se um
restante de 15.876.816,00 em despesas diretas/indiretas; ou 69,76 R$/hab.urbano
ao ano do município.

11.3.4. Careiro da Várzea

O Município de Careiro da Várzea está localizado na região central do Estado do


Amazonas, distante da capital Manaus 23 km por via fluvial. Pode ser acessado por
modal fluvial, através da travessia do Rio Negro por balsa.

O levantamento realizado para este projeto no município teve como resultados a


identificação de que não há uma associação de catadores no município, sendo que
foi identificada uma família exercendo esta atividade. No entanto, por não se tratar
da única fonte de renda, os mesmos não se consideram catadores. Os integrantes
do serviço de limpeza pública também participam no processo de triagem de
materiais recicláveis, separando materiais que possuam algum valor no mercado
para posterior reciclagem. O processo ocorre sem qualquer controle produtivo.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta no Quadro 197
as seguintes composições dos resíduos sólidos descartados para destinação final no
Aterro licenciado de Manaus.

Quadro 197 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Careiro da Várzea (Geral
Municípios)
TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,9
potencial de Plásticos 13,0 28,00
reciclagem Metais 3,1
Matéria orgânica 47,8
Resíduos sem Vidro 1,1
potencial de 72,00
reciclagem Madeira -
Outros 23,1
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos
que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 75%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

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Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos
de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.4.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 228 m²,
considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão com seis pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 608 m² em 20 anos, conforme o quadro a seguir:

Quadro 198 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 6 228
Entre 2 e 5 anos 7 266
Entre 5 e 10 anos 7 342
Entre 10 e 20 anos 16 608
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.4.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Adotou-se que para o município de Careiro da Várzea com população menor que 25
mil habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central para atender a
coleta seletiva. Esta instalação será responsável pelo recebimento e triagem dos
materiais volumosos e resíduos de construção civil, bem como recebimento de
alguns materiais provenientes da entrega voluntária de resíduos sólidos secos da
população.

A unidade proposta deverá ser implantada em área delimitada, com acesso e


disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem o

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transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município. Segundo recomendações de alguns autores, o PEV deverá ser
implantado em área de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou
áreas verdes deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem
estar entre 200 a 600 m².

11.3.4.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva


O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de
equipamentos do Galpão de Triagem e do PEV Central do município de Careiro da
Várzea deverá ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar
pessoas que trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo
levantamento em campo da pesquisa em questão, contabilizou-se uma família de
catadores trabalhando diretamente com coleta seletiva no município, sendo que esta
não desempenha esta função exclusivamente. Deverá ser realizada uma seleção no
município para compor o quadro inicial do projeto em implementação.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Careiro da Várzea é apresentado no tópico 3.2.4.2.1.
Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão
necessários os operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis
pelo serviço “porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são
apresentados individualmente no Quadro 199.

Quadro 199 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Careiro da Várzea
TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 6 1 2 9
Entre 2 e 5 anos 7 1 2 10
Entre 5 e 10 anos 9 1 2 12
Entre 10 e 20 anos 16 1 2 19
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Pelo fato de Careiro da Várzea contar com ruas estreitas,
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as quais são transformadas em palafitas durante o período de cheia, somente a
alternativa de triciclo foi incluída, com a adição de suporte de lancha para as áreas
alagadas. Abaixo apresentamos a quantidade de mão-de-obra necessária para os
períodos de horizonte temporal:

Quadro 200 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Careiro da
Várzea
HORIZONTE TRICICLO LANCHA 40 HP
TEMPORAIS DO
PLANO MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2 anos 2 2 1 1
Entre 2 e 5 anos 2 2 1 1
Entre 5 e 10 anos 2 2 1 1
Entre 10 e 20 anos 2 2 1 1
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.4.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva


Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram
considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado no
Quadro 201.

Quadro 201 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Careiro da Várzea
QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO VALOR TOTAL (R$)
TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 2 10 10.600,00 74.284,96 127.200,00 201.484,96
Lancha 15
1 5 12.120,00 40.446,26 72.720,00 113.166,26
HP
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns

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veículos. Para o município de Careiro da Várzea, as quantidades e valores
correspondentes serão os seguintes:

Quadro 202 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Careiro da
Várzea
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 4 42.400,00
Caminhão HR 4 48.480,00
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada 3 anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Careiro da
Várzea para o horizonte de 0 à 20 anos:

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Quadro 203 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no
horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Careiro da Várzea
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 2.498.663,94 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa - Caminhão HR
3ª Alternativa mais onerosa - Caminhão Baú
4ª Alternativa mais onerosa - Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.4.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Careiro da Várzea


Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do
programa de coleta seletiva para o município de Careiro da Várzea, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

O Quadro 204 demonstra os valores referentes ao uso do triciclo como meio de


coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 204 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Careiro da Várzea
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 236.422,87 24.929,90 49.859,80 174.509,30 485.721,87


Mão de Obra 749.830,08 1.214.586,72 2.323.783,20 6.743.870,40 11.032.070,40
Equipamentos 129.178,70 66.622,80 66.901,01 141.565,23 404.267,74
EPI 66.396,24 105.539,28 195.715,20 530.145,20 897.795,92
TOTAL GERAL 1.181.827,89 1.411.678,70 2.636.259,21 7.590.090,13 12.819.855,93
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 12.819.855,93, referente a utilização de triciclos
motorizados na coleta seletiva no município de Careiro da Várzea, inclusos os
procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

11.3.4.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Careiro da


Várzea

Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que

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longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de Careiro da Várzea


levantados em campo são 0,32 t/dia, montou-se o Quadro 205. Os custos de compra
apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, que indica os
valores do mercado nacional para a compra de material reciclado prensado, coletado
diretamente com cooperativas locais:

Quadro 205 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Careiro da Várzea
COMPOSIÇÃO
GRAVIMÉTRICA POR PESO PESO PREÇO DE VENDA PREÇO TOTAL
GRUPO ANUAL (t para 20 EM R$/t POR PARCELA
(t ao ano) anos) PRENSADA (R$)
GRUPO %
Papel/ papelão/
11,93 13,94 293,56 400 117.423,84
tetrapak
Plásticos 13,03 15,22 320,63 600 192.376,28
Metais 3,13 3,65 77,02 2400 184.846,58
TOTAL 494.646,707
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 494.646,70.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma

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qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, podemos


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos.

Quadro 206 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Careiro da Várzea
VALOR TOTAL PARA O
DESCRIÇÃO DO ITEM PESO VALOR TOTAL PARA
PROCESSO DA DIFERENÇA DE
DA COMPOSIÇÃO POR O PROCESSO DA
MATÉRIA-PRIMA VALORES (R$)
GRAVIMÉTRICA GRUPO RECICLAGEM (R$)
ORIGINAL (R$)
Papel/ papelão/
293,56 201.675,45 104.800,78 96.874,67
tetrapak
Plásticos 320,63 573.922,55 200.712,58 373.209,97
Metais 77,02 42.514,71 32.733,25 9.781,46
TOTAL 818.112,71 338.246,61 479.866,11
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 479.866,11 entre os
dois.

A partir destes valores, podemos montar uma planilha no mesmo modelo da


diferença da produção dos insumos, agora em relação à energia produzida,
conforme demosntrado no Quadro 207.

Quadro 207 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Careiro da Várzea
VALOR TOTAL DO CONSUMO VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO DIFERENÇA
DE ENERGIA PARA CONSUMO DE ENERGIA
ITEM DA PESO POR DE
PRODUÇÃO A PARTIR DE PARA PRODUÇÃO A
COMPOSIÇÃO GRUPO VALORES
MATÉRIA-PRIMA ORIGINAL PARTIR DA
GRAVIMÉTRICA (R$)
(R$) RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
293,56 3.516,84 663,44 2.853,40
tetrapak
Plásticos 320,63 2.103,31 448,88 1.654,44
Metais 77,02 2.632,52 601,52 2.031,00
TOTAL 8.252,68 1.628,15 6.538,84
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

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Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos
processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 6.538,84 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos.Para a água, podemos realizar um quadro de forma equivalente:

Quadro 208 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Careiro da Várzea
REDUÇÃO DE PREÇO
DESCRIÇÃO DO ÁGUA NA
USO NA TOTAL NA PREÇO DIFERENÇA
ITEM DA PRODUÇÃO
RECICLAGEM PRODUÇÃO TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO DA MATÉRIA-
DA MATÉRIA- DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA PRIMA m³/t
PRIMA (m³/t) PRIMA
Papel/ papelão/
11.889,16 93,94 951,13 75,15 875,98
tetrapak
Plásticos 625,22 6,41 50,02 40,01 10,00
Metais 1.032,06 8,47 82,56 66,05 16,51
TOTAL 1.083,72 181,22 902,50
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 902,50 em economia de água gerada com a


reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados


Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade.

Ao se optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de


dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, podendo ser revertida financeiramente pela
obtenção de crédito de carbono em mercados especializados.

Mesclando estes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município


de Careiro da Várzea, podemos estimar a taxa de retorno financeiro das emissões
de dióxido de carbono (CO2) demonstradas no Quadro 209.

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Quadro 209 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de
dióxido de carbono (CO2) em Careiro da Várzea
CUSTOS
CUSTOS AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO AMBIENTAIS
ASSOCIADOS À DIFERENÇA
ITEM DA PESO POR ASSOCIADOS À
EMISSÃO DE GEES DE
COMPOSIÇÃO GRUPO EMISSÃO DE GEES
PARA PRODUÇÃO VALORES
GRAVIMÉTRICA PARA RECICLAGEM
PRIMÁRIA (t CO2e/t)
(t CO2e/t)
Papel/ papelão/
293,56 82,20 2,94 79,26
tetrapak
Plásticos 320,63 622,02 131,46 490,56
Metais 77,02 112,45 1,54 110,91
TOTAL 816,66 135,93 680,73
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Careiro da Várzea é calculado em R$
680,73.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Careiro da


Várzea

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Careiro da Várzea, espera-


se obter benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida
da população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário,
mas também criando oportunidades de emprego e renda a partir da implantação de
uma associação dos catadores no município, organizando o processo produtivo de
escoamento dos materiais coletados e dispondo de infraestrutura adequada para o
desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade
cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito.

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Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e
aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 982.634,87 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de Coleta
Seletiva do Município de Careiro da Várzea. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para Careiro da Várzea (com uso de Triciclos Motorizados), tem-se
um restante de R$ 11.837.221,06 em despesas diretas/indiretas; ou 197,09
R$/hab.urbano ao ano do município.

11.3.5. Iranduba

O Município de Iranduba está localizado na região central do Estado do Amazonas,


distante da capital Manaus 22 km. Pode ser acessado por modal rodoviário, através
da travessia da ponte Rio Negro, pela rodovia AM-070.

O levantamento realizado para este projeto no município teve como resultados a


identificação de que não há uma associação de catadores no município, sendo
identificadas oito famílias exercendo esta atividade frequentemente nos lixões, ruas
e comércios (grandes geradores). Os integrantes do serviço de limpeza pública
também participam no processo de triagem de materiais recicláveis, separando
materiais que possuam algum valor no mercado para posterior reciclagem. O
processo ocorre sem qualquer controle produtivo.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as seguintes


composições dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto:

Quadro 210 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Iranduba


TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,9
potencial de Plásticos 13,0 28,00
reciclagem Metais 3,1
Matéria orgânica 47,8
Resíduos sem Vidro 1,1
potencial de 72,00
reciclagem Madeira -
Outros 23,1
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos


que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 75%

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de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.5.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 1.900
m², considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em 50 pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 24.586 m² em 20 anos, conforme o Quadro 211.

Quadro 211 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 50 1.900
Entre 2 e 5 anos 81 3.078
Entre 5 e 10 anos 164 6.232
Entre 10 e 20 anos 647 24.586
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.5.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central) e Ponto de Entrega


Voluntário Simplificado (PEV Simplificado)

Adotou-se que para o município de Iranduba com população entre 25 mil e 50 mil
habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central e um PEV
Simplificado para atender a coleta seletiva. Estas instalações serão responsáveis
pelo recebimento e triagem dos materiais volumosos e resíduos de construção civil,

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bem como recebimento de alguns materiais provenientes da entrega voluntária de
resíduos sólidos secos da população.

As unidades propostas deverão ser implantadas em áreas delimitadas, com acesso


e disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem
o transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

Segundo recomendações de alguns autores, os PEVs deverão ser implantados em


áreas de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m².

11.3.5.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e dos PEVs do município de Iranduba deverá
ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar pessoas que
trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo levantamento em
campo da pesquisa em questão, contabilizou-se oito famílias de catadores
trabalhando diretamente com coleta seletiva no município, sendo que estas não
desempenham a função como sua principal fonte de renda. Deverá ser realizada
uma seleção no município para compor o quadro inicial do projeto em
implementação.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Iranduba é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação
do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados
individualmente no Quadro 212.

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Quadro 212 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Iranduba
TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 50 3 4 57
Entre 2 e 5 anos 81 5 6 92
Entre 5 e 10 anos 164 9 13 186
Entre 10 e 20 anos 647 33 35 715
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. No quadro Quadro 213 apresentamos a
quantidade de mão-de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal:

Quadro 213 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Iranduba
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
14 14 5 5 3 6 1 2
anos
Entre 2 e 5
22 22 7 7 5 10 1 2
anos
Entre 5 e 10
44 44 15 15 9 18 2 4
anos
Entre 10 e 20
172 172 56 56 32 64 7 14
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.5.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva


Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram
considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas 4 alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado a
seguir:

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Quadro 214 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Iranduba
QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR
MANUTENÇÃO VALOR TOTAL VALOR TOTAL
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO
TOTAL (R$) (R$) (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$)
ANOS
Triciclo 172 454 10.600,00 3.372.537,34 6.635.600,00 10.008.137,34
Caminhão HR 56 108 75.900,00 5.471.057,52 12.447.600,00 17.918.657,52
Caminhão Baú 32 55 139.203,63 5.248.835,72 12.110.715,81 17.359.551,53
Caminhão
Compactador 7 9 174.553,63 802.773,91 2.792.858,08 3.595.631,99
10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Iranduba, as quantidades e valores correspondentes
são apresentados a seguir.

Quadro 215 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Iranduba
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 64 678.400,00
Caminhão HR 18 1.366.200,00
Caminhão Baú 11 1.531.239,93
Caminhão
4 698.214,52
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande

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complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada 3 anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Iranduba para o
horizonte de 0 à 20 anos:

Quadro 216 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no


horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Iranduba
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa 124.828.739,28 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa 60.294.495,54 Caminhão HR
3ª Alternativa mais onerosa 52.899.846,11 Caminhão Baú
4ª Alternativa mais onerosa 11.908.271,03 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.5.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Iranduba

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Iranduba, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Quadro 217 são mostrados os valores referentes ao uso do triciclo como meio
de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 217 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Iranduba
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.420.181,94 859.670,37 2.292.152,72 12.883.741,70 17.455.746,73


Mão de Obra 4.690.550,40 11.258.553,60 37.920.912,00 295.302.288,00 349.172.304,00
Equipamentos 402.235,23 752.982,40 1.898.760,39 19.307.647,04 22.361.625,06
EPI 374.384,72 893.994,24 3.016.840,40 23.164.118,80 27.449.338,16
TOTAL GERAL 6.887.352,29 13.765.200,61 45.128.665,51 350.657.795,54 416.439.013,95
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A seguir é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos


resíduos reciclados porta-a-porta.

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Quadro 218 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Iranduba
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.420.181,94 859.670,37 2.292.152,72 12.883.741,70 17.455.746,73


Mão de Obra 3.695.956,80 8.772.069,60 29.908.908,00 231.206.256,00 273.583.190,40
Equipamentos 888.324,31 1.448.950,39 3.939.041,92 27.140.178,30 33.416.494,92
EPI 278.630,12 654.607,74 2.245.483,90 16.993.266,80 20.171.988,56
TOTAL GERAL 6.283.093,17 11.735.298,10 38.385.586,54 288.223.442,80 344.627.420,61
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O Quadro 219 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 219 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Iranduba
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.420.181,94 859.670,37 2.292.152,72 12.883.741,70 17.455.746,73


Mão de Obra 3.586.449,60 8.719.322,40 29.087.604,00 223.892.400,00 265.285.776,00
Equipamentos 1.113.890,64 2.157.778,86 4.253.538,80 23.332.049,96 30.857.258,26
EPI 277.462,72 672.968,04 2.236.728,40 16.789.146,80 19.976.305,96
TOTAL GERAL 6.397.984,90 12.409.739,67 37.870.023,92 276.897.338,46 333.575.086,95
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 220 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Iranduba
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.420.181,94 859.670,37 2.292.152,72 12.883.741,70 17.455.746,73


Mão de Obra 3.291.086,40 7.833.232,80 26.503.176,00 205.432.200,00 243.059.695,20
Equipamentos 672.031,62 0,00 1.357.142,21 5.557.733,32 7.586.907,15
EPI 242.776,32 568.908,84 1.933.222,40 14.621.246,80 17.366.154,36
TOTAL GERAL 5.626.076,28 9.261.812,01 32.085.693,33 238.494.921,82 285.468.503,44
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 285.468.503,44, referente a utilização de
caminhões compactadores na coleta seletiva no município de Iranduba, inclusos os
procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

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11.3.5.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Iranduba
Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno. Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de
Iranduba levantados em campo são 12,22 t/dia, foi montado o Quadro 221. Os
custos de compra apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br,
onde indica os valores do mercado nacional para a compra de material reciclado
prensado, coletado diretamente com cooperativas locais:

Quadro 221 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Iranduba
COMPOSIÇÃO
GRAVIMÉTRICA POR PESO PREÇO DE PREÇO TOTAL
PESO (t para
GRUPO ANUAL (t VENDA EM R$/t POR PARCELA
20 anos)
ao ano) PRENSADA (R$)
GRUPO %
Papel/ papelão/
11,93 659,16 13.183,27 400 5.273.308,97
tetrapak
Plásticos 13,03 719,94 14.398,83 600 8.639.297,89
Metais 3,13 172,94 3.458,81 2400 8.301.151,92
TOTAL 22.213.758,78
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 22.213.758,78.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

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Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10
mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma
qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), porém
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, os valores


sobre a produção da matéria-prima original e do produto reciclado foram estimados,
bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia relacionada a
produção dos insumos.

Quadro 222 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Iranduba
VALOR TOTAL VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO DIFERENÇA
PARA O PARA O
ITEM DA DE
PESO POR GRUPO PROCESSO DA PROCESSO DA
COMPOSIÇÃO VALORES
MATÉRIA-PRIMA RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA (R$)
ORIGINAL (R$) (R$)
Papel/ papelão/
13.183,27 9.056.908,16 4.706.428,26 4.350.479,90
tetrapak
Plásticos 14.398,83 25.773.905,37 9.013.667,46 16.760.237,90
Metais 3.458,81 1.909.264,94 1.469.995,65 439.269,29
TOTAL 36.740.078,47 15.190.091,37 21.549.987,09
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 21.549.987,09 entre
os dois. A partir destes valores, podemos montar uma planilha no mesmo modelo da
diferença da produção dos insumos, agora em relação à energia produzida,
conforme Quadro 223.

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Quadro 223 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Iranduba
VALOR TOTAL DO
VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE DIFERENÇA
CONSUMO DE ENERGIA
ITEM DA PESO POR ENERGIA PARA DE
PARA PRODUÇÃO A
COMPOSIÇÃO GRUPO PRODUÇÃO A VALORES
PARTIR DE MATÉRIA-
GRAVIMÉTRICA PARTIR DA (R$)
PRIMA ORIGINAL (R$)
RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
13.183,27 157.935,60 29.794,20 128.141,41
tetrapak
Plásticos 14.398,83 94.456,32 20.158,36 74.297,96
Metais 3.458,81 118.222,24 27.013,33 91.208,91
TOTAL 370.614,17 76.965,89 293.648,28
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos


processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 293.648,28 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. Para a água, podemos realizar conforme Quadro 224.

Quadro 224 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Iranduba
PREÇO
REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO ÁGUA NA TOTAL NA
USO NA PREÇO DIFERENÇA
DO ITEM DA PRODUÇÃO DA PRODUÇÃO
RECICLAGEM TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO MATÉRIA-PRIMA DA
DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA m³/t MATÉRIA-
PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
533.922,53 4.218,65 42.713,80 3.374,92 39.338,88
tetrapak
Plásticos 28.077,72 287,98 2.246,22 1.796,97 449,24
Metais 46.348,10 380,47 3.707,85 2.966,28 741,57
TOTAL 48.667,87 8.138,17 40.529,70
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 40.529,70 em economia de água gerada com a


reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos

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processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados. Mesclando estes valores com
as quantidades de resíduos encontradas no município de Iranduba, podemos
estimar a taxa de retorno financeiro das emissões de dióxido de carbono (CO2)
geradas.

Quadro 225 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de


dióxido de carbono (CO2) em Iranduba
CUSTOS AMBIENTAIS
CUSTOS AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO ASSOCIADOS À
PESO ASSOCIADOS À DIFERENÇA
ITEM DA EMISSÃO
POR EMISSÃO DE GEES DE
COMPOSIÇÃO DE GEES PARA
GRUPO PARA RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA PRODUÇÃO PRIMÁRIA
(t CO2e/t)
(t CO2e/t)
Papel/ papelão/
13.183,27 3.691,32 131,83 3.559,48
tetrapak
Plásticos 14.398,83 27.933,73 5.903,52 22.030,21
Metais 3.458,81 5.049,87 69,18 4.980,69
TOTAL 36.674,91 6.104,53 30.570,38
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Iranduba é calculado em R$ 30.570,38.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Iranduba

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Iranduba, espera-se obter


benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da implantação de uma
associação dos catadores no município, organizando o processo produtivo de
escoamento dos materiais coletados e dispondo de infraestrutura adequada para o
desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade

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cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito.

Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e


aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 44.128.494,23 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de
Coleta Seletiva do Município de Iranduba. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para Iranduba (com uso de Caminhões Compactadores), tem-se um
restante de R$ 241.340.009,20 em despesas diretas/indiretas; ou 302,94
R$/hab.urbano ao ano do município.

11.3.6. Itacoatiara

O Município de Itacoatiara está localizado na região central do Estado do Amazonas,


distante da capital Manaus 270 km por via terrestre. Pode ser acessado por modal
rodoviário, através da rodovia AM-070.

O levantamento realizado para este projeto no município teve como resultados a


identificação de que há uma associação de catadores no município, a ASCALITA
(Associação de Catadores de Lixo de Itacoatiara), atuando ativamente na coleta
seletiva do município através de 20 famílias cadastradas. Existe ainda uma empresa
especializada no beneficiamento dos resíduos secos, a RECICLE.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as seguintes


composições dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto:

Quadro 226 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Itacoatiara


TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,7
potencial de Plásticos 8,8 22,6
reciclagem Metais 2,1
Matéria orgânica 52,5
Resíduos sem Vidro 0,6
potencial de 77,4
reciclagem Madeira -
Outros 24,30
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos
que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 75%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.6.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 2.090
m², considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em 55 pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 5.966 m² em 20 anos, conforme demonstrado no Quadro 227.

Quadro 227 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 55 2.090
Entre 2 e 5 anos 69 2.622
Entre 5 e 10 anos 93 5.534
Entre 10 e 20 anos 157 5.966
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.6.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central) e Ponto de Entrega


Voluntário Simplificado (PEV Simplificado) e Área de Triagem e Transbordo
(ATT)

Adotou-se que para o município de Itacoatiara com população entre 51 mil e 75 mil
habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central e um PEV

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Simplificado para atender a coleta seletiva, contando ainda com uma estrutura de
suporte de Área de Triagem e Transbordo (ATT). Estas instalações serão
responsáveis pelo recebimento e triagem dos materiais volumosos e resíduos de
construção civil, bem como recebimento de alguns materiais provenientes da
entrega voluntária de resíduos sólidos secos da população.

As unidades propostas deverão ser implantadas em áreas delimitadas, com acesso


e disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem
o transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

Segundo recomendações de alguns autores, os PEVs deverão ser implantados em


áreas de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m². A ATT deverá ser disposta em local mais próximo possível do Aterro de
Resíduos de Construção e Demolição, de modo a facilitar o transporte destes
resíduos.

11.3.6.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e dos PEVs do município de Itacoatiara deverá
ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar pessoas que
trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo levantamento em
campo da pesquisa em questão, contabilizou-se 20 (vinte) famílias de catadores
trabalhando diretamente com coleta seletiva no município, sendo que estas não
desempenham a função como sua principal fonte de renda. Deverá ser realizada
uma seleção no município para compor o quadro inicial do projeto em
implementação.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Itacoatiara é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação

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do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados
individualmente no Quadro 228.

Quadro 228 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Itacoatiara


TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 55 3 8 66
Entre 2 e 5 anos 69 4 8 81
Entre 5 e 10 anos 93 5 11 109
Entre 10 e 20 anos 157 8 16 181
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. Abaixo apresentamos a quantidade de mão-
de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal.

Quadro 229 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Itacoatiara
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
46 46 16 16 9 18 2 4
anos
Entre 2 e 5
58 58 19 19 12 24 3 6
anos
Entre 5 e 10
77 77 26 26 15 30 3 6
anos
Entre 10 e 20
157 157 43 43 25 50 6 12
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a
produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

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11.3.6.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva

Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram


considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas 4 alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado a
seguir:

Quadro 230 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Itacoatiara


QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR
MANUTENÇÃ VALOR TOTAL VALOR TOTAL
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO
O TOTAL (R$) (R$) (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$)
ANOS
Triciclo 131 474 10.600,00 3.521.107,27 6.413.000,00 9.934.107,27
Caminhão HR 43 140 75.900,00 7.092.111,60 13.889.700,00 20.981.811,60
Caminhão Baú 25 67 139.203,63 6.394.036,25 12.806.733,96 19.200.770,21
Caminhão
Compactador 10 6 9 174.553,63 802.773,91 2.618.304,45 3.421.078,36

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Itacoatiara, as quantidades e valores correspondentes
serão os seguintes:

Quadro 231 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Itacoatiara
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 62 657.200,00
Caminhão HR 21 1.593.900,00
Caminhão Baú 10 1.392.036,30
Caminhão
4 698.214,52
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção

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dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada 3 anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Iranduba para o
horizonte de 0 à 20 anos.

Quadro 232 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no


horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Itacoatiara
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa 120.380.454,26 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa 62.195.155,55 Caminhão HR
3ª Alternativa mais onerosa 53.378.768,56 Caminhão Baú
4ª Alternativa mais onerosa 11.848.203,28 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.6.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Itacoatiara

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Itacoatiara, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

O Quadro 233 apresenta valores referente ao uso do triciclo como meio de coleta
dos resíduos reciclados porta-a-porta.

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Quadro 233 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Itacoatiara
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.631.674,91 349.018,60 685.161,07 1.731.641,15 4.397.495,73


Mão de Obra 8.675.040,00 16.259.529,60 36.220.908,00 122.375.112,00 183.530.589,60
Equipamentos 1.493.951,67 2.547.278,30 4.570.391,01 29.532.893,32 38.144.514,30
EPI 761.931,04 1.417.634,64 3.157.022,30 10.625.364,20 15.961.952,18
TOTAL GERAL 12.562.597,62 20.573.461,14 44.633.482,38 164.265.010,67 242.034.551,81
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
O Quadro 234 apresenta o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos
resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 234 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Itacoatiara
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.631.674,91 349.018,60 685.161,07 1.731.641,15 4.397.495,73


Mão de Obra 5.359.728,00 9.794.671,20 22.130.832,00 73.750.536,00 111.035.767,20
Equipamentos 2.898.133,43 4.386.355,01 7.435.731,37 37.733.818,19 52.454.037,99
EPI 442.749,04 795.229,74 1.800.498,80 5.944.028,20 8.982.505,78
TOTAL GERAL 10.332.285,38 15.325.274,55 32.052.223,24 119.160.023,54 176.869.806,70
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O Quadro 235 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 235 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Itacoatiara
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.631.674,91 349.018,60 685.161,07 1.731.641,15 4.397.495,73


Mão de Obra 4.920.696,00 9.303.393,60 20.485.716,00 68.451.000,00 103.160.805,60
Equipamentos 2.987.444,33 5.342.018,69 7.155.186,27 29.382.373,39 44.867.022,68
EPI 428.607,44 804.184,44 1.759.307,80 5.824.457,20 8.816.556,88
TOTAL GERAL 9.968.422,68 15.798.615,33 30.085.371,14 105.389.471,74 161.241.880,89
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio
de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.
Quadro 236 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Itacoatiara
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.631.674,91 349.018,60 685.161,07 1.731.641,15 4.397.495,73


Mão de Obra 3.886.924,80 7.309.692,00 16.055.268,00 54.421.248,00 81.673.132,80
Equipamentos 1.125.080,05 780.794,90 1.851.742,61 6.442.811,51 10.200.429,08
EPI 307.205,04 570.051,24 1.239.011,80 4.176.853,20 6.293.121,28
TOTAL GERAL 6.950.884,80 9.009.556,74 19.831.183,48 66.772.553,86 102.564.178,89
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor
mais razoável para o plano em R$ 102.564.178,89, referente a utilização de
caminhões compactadores na coleta seletiva no município de Itacoatiara, inclusos os
procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

11.3.6.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Itacoatiara


Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno. Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de
Itacoatiara levantados em campo são 17,40 t/dia, montou-se o quadro a seguir. Os
custos de compra apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br,
que indica os valores do mercado nacional para a compra de material reciclado
prensado, coletado diretamente com cooperativas locais:

Quadro 237 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Itacoatiara
COMPOSIÇÃO
GRAVIMÉTRICA POR PESO
PESO (t para PREÇO DE VENDA PREÇO TOTAL POR
GRUPO ANUAL
20 anos) EM R$/t PRENSADA PARCELA (R$)
(t ao ano)
GRUPO %
Papel/ papelão/
11,70 777,61 15.552,15 400 6.220.861,26
tetrapak
Plásticos 8,80 584,87 11.697,35 600 7.018.407,58
Metais 2,10 139,57 2791,41 2400 6.699.389,05
TOTAL 19.938.657,90
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010
É apresentado um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e
prensados ao longo dos 20 anos de R$ 19.938.657,90.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem

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de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma
qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, podemos


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos:

Quadro 238 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Itacoatiara
VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO DIFERENÇA
VALOR TOTAL PARA O PARA O
ITEM DA PESO POR DE
PROCESSO DA MATÉRIA- PROCESSO DA
COMPOSIÇÃO GRUPO VALORES
PRIMA ORIGINAL (R$) RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA (R$)
(R$)
Papel/ papelão/
15.552,15 10.684.329,22 5.552.118,68 5.132.210,54
tetrapak
Plásticos 11.697,35 20.938.249,28 7.322.538,58 13.615.710.71
Metais 2.791,41 1.540.859,48 1.186.350,15 354.509,34
TOTAL 33.163.437,99 14.061.007,40 19.102.430,59
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 19.102.430,59 entre
os dois.

A partir destes valores, montou-se uma planilha no mesmo modelo da diferença da


produção dos insumos, agora em relação à energia produzida, conforme Quadro
239.

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Quadro 239 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Itacoatiara
VALOR TOTAL DO VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE CONSUMO DE DIFERENÇA
ITEM DA PESO POR ENERGIA PARA ENERGIA PARA DE
COMPOSIÇÃO GRUPO PRODUÇÃO A PARTIR PRODUÇÃO A VALORES
GRAVIMÉTRICA DE MATÉRIA-PRIMA PARTIR DA (R$)
ORIGINAL (R$) RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
15.552,15 186.314,79 35.147,87 151.166,93
tetrapak
Plásticos 11.697,35 76.734,59 16.376,28 60.358,31
Metais 2.791,41 95.410,47 21.800,93 73.609,54
TOTAL 358.459,85 73.325,08 285.134,77
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010
Foi-se achado o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos
processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 285.134,77 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. Para a água, pode-se considerar o Quadro 240.

Quadro 240 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Itacoatiara
PREÇO
REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO ÁGUA NA TOTAL NA
USO NA PREÇO DIFERENÇA
DO ITEM DA PRODUÇÃO DA PRODUÇÃO
RECICLAGEM TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO MATÉRIA- DA
DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA PRIMA m³/t MATÉRIA-
PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
629.862,20 4.976,69 50.388,98 3.981,35 46.407,63
tetrapak
Plásticos 22.809,82 233,95 1.824,79 1.459,83 364,96
Metais 37.404,92 307,06 2.992,39 2.393,92 598,48
TOTAL 55.206,16 7.835,10 47.371,06
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010
Dessa forma, tem-se um total de R$ 47.371,06 em economia de água gerada com a
reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de

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carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Mesclando estes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município


de Itacoatiara, podemos estimar a taxa de retorno financeiro das emissões de
dióxido de carbono (CO2) geradas:

Quadro 241 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de


dióxido de carbono (CO2) em Itacoatiara
CUSTOS
CUSTOS AMBIENTAIS
AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO ASSOCIADOS À
ASSOCIADOS À DIFERENÇA
ITEM DA PESO POR EMISSÃO
EMISSÃO DE GEES DE
COMPOSIÇÃO GRUPO DE GEES PARA
PARA VALORES
GRAVIMÉTRICA PRODUÇÃO PRIMÁRIA (t
RECICLAGEM
CO2e/t)
(t CO2e/t)
Papel/ papelão/
15.552,15 4.354,60 155.52 4.199,08
tetrapak
Plásticos 11.697,35 22.692,85 4.795,91 17.896,94
Metais 2.791,41 4.075,46 55,83 4.019,63
TOTAL 31.122,92 5.007,26 26.115,65
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Iranduba é calculado em R$26.115,65.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Itacoatiara

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Itacoatiara, espera-se obter


benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da inclusão de
investimentos à associação dos catadores do município, organizando o processo
produtivo de escoamento dos materiais coletados e dispondo de infraestrutura
adequada para o desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade
cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da

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industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito.

Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e


aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 39.399.709,97 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de
Coleta Seletiva do Município de Itacoatiara. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para Itacoatiara (com uso de Caminhões Compactadores), tem-se um
restante de R$ 63.164.468,91 em despesas diretas/indiretas; ou 47,08
R$/hab.urbano ao ano do município.

11.3.7. Itapiranga

O Município de Itapiranga está localizado na região central do Estado do Amazonas,


distante da capital Manaus 339 km por via terrestre. Pode ser acessado por modal
rodoviário, através das rodovias AM-010 e AM-363.

O levantamento realizado para este projeto no município teve como resultados a


identificação de que não há uma associação de catadores no município, existindo
oficialmente uma família que atua como catadora de recicláveis. Durante a visita em
campo, pôde-se observar muitas pessoas atuando como catadores autônomos nas
dependências do lixão e áreas de lixeiras viciadas.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as seguintes


composições dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto:

Quadro 242 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Itapiranga (Geral Municípios)
TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,7
potencial de Plásticos 8,8 22,6
reciclagem Metais 2,1
Matéria orgânica 52,5
Resíduos sem Vidro 0,6
potencial de 77,4
reciclagem Madeira -
Outros 24,30
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos
que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 75%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.7.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 342 m²,
considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em nove pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 874 m² em 20 anos, conforme o quadro a seguir:

Quadro 243 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 9 342
Entre 2 e 5 anos 11 418
Entre 5 e 10 anos 14 532
Entre 10 e 20 anos 23 874
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.7.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Adotou-se que para o município de Itapiranga com população até 10 mil habitantes,
será necessária uma estrutura de um PEV Central para atender a coleta seletiva.
Esta instalação será responsável pelo recebimento e triagem dos materiais
volumosos e resíduos de construção civil, bem como recebimento de alguns

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materiais provenientes da entrega voluntária de resíduos sólidos secos da
população.

As unidades propostas deverão ser implantadas em áreas delimitadas, com acesso


e disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem
o transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

Segundo recomendações de alguns autores, os PEVs deverão ser implantados em


áreas de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m².

11.3.7.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e dos PEVs do município de Itapiranga deverá
ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar pessoas que
trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo levantamento em
campo da pesquisa em questão, contabilizou-se uma família de catadores
trabalhando diretamente com coleta seletiva no município, e ainda outras pessoas
como trabalhadores autônomos. Deverá ser realizada uma seleção no município
para compor o quadro inicial do projeto em implementação.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Itapiranga é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação
do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados
individualmente no Quadro 244.

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Quadro 244 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Itapiranga
TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 9 1 2 12
Entre 2 e 5 anos 11 1 2 14
Entre 5 e 10 anos 14 1 2 17
Entre 10 e 20 anos 23 2 2 27
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. Abaixo apresentamos a quantidade de mão-
de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal.

Quadro 245 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Itapiranga
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
2 2 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 2 e 5
2 2 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 5 e 10
2 2 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 10 e 20
3 3 1 1 1 2 1 2
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.7.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva


Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram
considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas 4 alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser virificado no
Quadro 246.

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Quadro 246 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Itapiranga
QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR
MANUTENÇÃO VALOR VALOR TOTAL
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO
TOTAL (R$) TOTAL (R$) (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$)
ANOS
Triciclo 3 12 10.600,00 89.141,96 159.000,00 248.141,96
Caminhão HR 1 5 75.900,00 253.289,70 455.400,00 708.689,70
Caminhão Baú 1 4 139.203,63 381.733,51 696.018,15 1.077.751,66
Caminhão
Compactador 10 1 2 174.553,63 178.394,20 523.660,89 702.055,09

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Itapiranga, as quantidades e valores correspondentes
estão demonstrados no Quadro 247.

Quadro 247 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Itapiranga
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 4 42.400,00
Caminhão HR 4 303.600,00
Caminhão Baú 4 556.814,52
Caminhão
3 523.660,89
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “Porta-a-porta”. Devido à grande

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complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada três anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Iranduba para o
horizonte de 0 à 20 anos:

Quadro 248 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no


horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Itapiranga
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa 3.717.384,12 Caminhão Baú
2ª Alternativa mais onerosa 3.166.356,91 Caminhão Compactador
3ª Alternativa mais onerosa 3.105.301,43 Triciclo
4ª Alternativa mais onerosa 2.396.012,37 Caminhão HR
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.7.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Itapiranga

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Itapiranga, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Quadro 249 os valores referem-se ao uso do triciclo como meio de coleta dos
resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 249 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Itapiranga
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 311.212,57 49.859,80 74.789,70 224.369,10 660.231,17


Mão de Obra 834.412,80 1.431.302,40 2.834.712,00 8.917.224,00 14.017.651,20
Equipamentos 120.794,63 60.106,71 64.120,85 247.187,36 492.209,55
EPI 70.582,88 117.764,16 225.998,20 683.541,00 1.097.886,24
TOTAL GERAL 1.337.002,88 1.659.033,07 3.199.620,75 10.072.321,46 16.267.978,16
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A seguir é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos


resíduos reciclados porta-a-porta.

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Quadro 250 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Itapiranga
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 311.212,57 49.859,80 74.789,70 224.369,10 660.231,17


Mão de Obra 723.902,40 1.265.536,80 2.558.436,00 7.812.120,00 12.359.995,20
Equipamentos 324.890,82 264.202,89 268.217,03 583.265,75 1.440.576,49
EPI 59.943,48 101.805,06 199.399,70 577.147,00 938.295,24
TOTAL GERAL 1.419.949,27 1.681.404,55 3.100.842,43 9.196.901,85 15.399.098,10
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O próximo quadro apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos
resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 251 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Itapiranga
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 311.212,57 49.859,80 74.789,70 224.369,10 660.231,17


Mão de Obra 761.073,60 1.321.293,60 2.651.364,00 7.997.976,00 12.731.707,20
Equipamentos 572.205,14 515.313,19 526.919,31 891.932,44 2.506.370,08
EPI 66.647,28 111.860,76 216.159,20 610.666,00 1.005.333,24
TOTAL GERAL 1.711.138,59 1.998.327,35 3.469.232,21 9.724.943,54 16.903.641,69
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresenta-se os custos do uso do caminhão compactador como meio de


coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 252 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Itapiranga
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 311.212,57 49.859,80 74.789,70 224.369,10 660.231,17


Mão de Obra 761.073,60 1.321.293,60 2.651.364,00 7.997.976,00 12.731.707,20
Equipamentos 645.218,82 0,00 611.539,10 659.897,90 1.916.655,83
EPI 66.647,28 111.860,76 216.159,20 610.666,00 1.005.333,24
TOTAL GERAL 1.784.152,27 1.483.014,16 3.553.852,00 9.492.909,00 16.313.927,44
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 15.399.098,10, referente a utilização de
caminhões utilitários HR na coleta seletiva no município de Itapiranga, inclusos os
procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

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11.3.7.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Itapiranga
Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando os reciclados por dia de coleta no município de Itapiranga levantados


em campo são 2,60 t/dia, foi montado o Quadro 253. Os custos de compra
apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, onde indica os
valores do mercado nacional para a compra de material reciclado prensado, coletado
diretamente com cooperativas locais:

Quadro 253 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Itapiranga
COMPOSIÇÃO PREÇO DE
GRAVIMÉTRICA POR PESO
PESO ANUAL VENDA EM PREÇO TOTAL POR
GRUPO (t para 20
(t ao ano) R$/t PARCELA (R$)
anos)
GRUPO % PRENSADA
Papel/ papelão/
11,93 117,91 2.358,26 400 943.304,85
tetrapak
Plásticos 13,03 128,79 2.575,70 600 1.545.422,74
Metais 3,13 30,94 618,72 2400 1.484.934,21
TOTAL 3.973.661,80
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 3.973.661,80.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados


Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de
matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do

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uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma
qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, os valores


sobre a produção da matéria-prima original e do produto reciclado podem ser
estimados, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos:

Quadro 254 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Itapiranga
VALOR TOTAL VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO DIFERENÇA
PARA O PARA O
ITEM DA DE
PESO POR GRUPO PROCESSO DA PROCESSO DA
COMPOSIÇÃO VALORES
MATÉRIA-PRIMA RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA (R$)
ORIGINAL (R$) (R$)
Papel/ papelão/
2.358,26 1.620.126,08 841.899,58 778.226,50
tetrapak
Plásticos 2.575,70 4.610.511,18 1.612.391,06 2.998.120,12
Metais 618,72 341.534,87 262.957,10 78.577,77
TOTAL 6.572.172,14 2.717.247,74 3.854.924,39
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 3.854.924,39 entre os
dois.

A partir destes valores, pode-se montar uma planilha no mesmo modelo da diferença
da produção dos insumos, agora em relação à energia produzida, conforme
mostrado no Quadro 255.

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Quadro 255 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Itapiranga
VALOR TOTAL DO VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE CONSUMO DE DIFERENÇA
ITEM DA PESO POR ENERGIA PARA ENERGIA PARA DE
COMPOSIÇÃO GRUPO PRODUÇÃO A PARTIR PRODUÇÃO A VALORES
GRAVIMÉTRICA DE MATÉRIA-PRIMA PARTIR DA (R$)
ORIGINAL (R$) RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
2.358,26 28.251,98 5.329,67 22.922,31
tetrapak
Plásticos 2.575,70 16.896,62 3.605,99 13.290,64
Metais 618,72 21.147,94 4.832,22 16.315,71
TOTAL 66.296,54 13.767,88 52.528,66
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010
Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos
processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 52.528,66 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. No Quadro 256 é desmonstrado a diferença do uso de água na
obtenção da matéria-prima com o produto reciclado.

Quadro 256 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Itapiranga
PREÇO
REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO ÁGUA NA TOTAL NA
USO NA PREÇO DIFERENÇA
DO ITEM DA PRODUÇÃO DA PRODUÇÃO
RECICLAGEM TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO MATÉRIA-PRIMA DA
DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA m³/t MATÉRIA-
PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
95.509,62 754,64 7.640,77 603,72 7.037,05
tetrapak
Plásticos 5.022,62 51.51 401,81 321,45 80,36
Metais 8.290,88 68,06 663,27 530,62 132,65
TOTAL 8.705,85 1.455,78 7.250,07
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 7.250,07 em economia de água gerada com a


reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se

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optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados. Mesclando estes valores com
as quantidades de resíduos encontradas no município de Itapiranga, podemos
estimar a taxa de retorno financeiro das emissões de dióxido de carbono (CO2)
geradas.

Quadro 257 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de


dióxido de carbono (CO2) em Itapiranga
CUSTOS
CUSTOS AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO AMBIENTAIS
PESO ASSOCIADOS À EMISSÃO DIFERENÇA
ITEM DA ASSOCIADOS À
POR DE GEES PARA DE
COMPOSIÇÃO EMISSÃO DE GEES
GRUPO PRODUÇÃO PRIMÁRIA VALORES
GRAVIMÉTRICA PARA RECICLAGEM
(t CO2e/t)
(t CO2e/t)
Papel/ papelão/
2.358,26 660,31 23,58 636,73
tetrapak
Plásticos 2.575,70 4.996,87 1.056,04 3.940,83
Metais 618,72 903,33 12,37 890,96
TOTAL 6.560,52 1.092,00 5.468,52
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010
A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção
de Créditos de Carbono para o município de Itapiranga é calculado em R$ 5.468,52.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Itapiranga

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Itapiranga, espera-se obter


benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da inclusão de
investimentos à associação dos catadores do município, organizando o processo
produtivo de escoamento dos materiais coletados e dispondo de infraestrutura
adequada para o desempenho dos serviços.

Verificou-se com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno


puramente financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da
coleta seletiva no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em
comparação com os gastos demandados na operação do sistema. No entanto,
devido a necessidade cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os

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impactos ambientais da industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-
se como uma possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima
produzidos cada vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é
considerado como rejeito.

Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e


aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 7.893.833,45 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de
Coleta Seletiva do Município de Itapiranga. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para Itapiranga (com uso de Caminhões Utilitários HR), tem-se um
restante de R$ 7.505.264,65 em despesas diretas/indiretas; ou 51,80 R$/hab.urbano
ao ano do município.

11.3.8. Manacapuru

O Município de Manacapuru está localizado na região central do Estado do


Amazonas, distante da capital Manaus 84 km por via terrestre. Pode ser acessado
por modal rodoviário, através da rodovia AM-070.

O levantamento realizado para este projeto no município teve como resultados a


identificação de duas Associações de catadores no município. Em visita no local foi
possível contatar somente uma das Associações, denominada COOTEPLA,
contando com 26 catadores associados. A outra Associação do município é a MPU
Recicle, a qual não foi possível determinar a quantidade de usuários.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado, apresenta as seguintes


composições dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto:

Quadro 258 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Manacapuru


TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 8,4
potencial de Plásticos 10,1 20,4
reciclagem Metais 1,9
Matéria orgânica 53,7
Resíduos sem Vidro 0,9
potencial de 79,6
reciclagem Madeira -
Outros 25,0
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos
que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 74%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 1.634
m², considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão contando com 43 pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até
as dimensões finais de 4.674 m² em 20 anos, conforme Quadro 259.

Quadro 259 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 43 1.634
Entre 2 e 5 anos 54 2.052
Entre 5 e 10 anos 72 2.736
Entre 10 e 20 anos 123 4.674
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.8.1. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central), Ponto de Entrega


Voluntária Simplificado (PEV Simplificado) e Área de Triagem e Transbordo
(ATT)

Adotou-se que para o município de Manacapuru, com população entre 51 mil e 75


mil habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central e um PEV

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Simplificado para atender a coleta seletiva, contando ainda com uma estrutura de
suporte de Área de Triagem e Transbordo (ATT). Estas instalações serão
responsáveis pelo recebimento e triagem dos materiais volumosos e resíduos de
construção civil, bem como recebimento de alguns materiais provenientes da
entrega voluntária de resíduos sólidos secos da população.

As unidades propostas deverão ser implantadas em áreas delimitadas, com acesso


e disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, onde
realizem o transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos
pertencentes ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos
para o espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que
serão encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de
coleta do município.

Segundo recomendações de alguns autores, os PEVs deverão ser implantados em


áreas de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m². A ATT deverá ser disposta em local mais próximo possível do Aterro de
Resíduos de Construção e Demolição, de modo a facilitar o transporte destes
resíduos.

11.3.8.2. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e dos PEVs e ATT do município de
Manacapuru deverá ser contratado no município, observando-se a premissa de
buscar pessoas que trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo
levantamento em campo da pesquisa em questão, foram contabilizadas 26 pessoas
trabalhando diretamente com coleta seletiva no município, além do pessoal não
contabilizado da outra associação. Deverá ser realizada uma seleção no município
para compor o quadro inicial do projeto em implementação.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Manacapuru é apresentado no tópico 3.2.4.2.1.
Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão

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necessários os operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis
pelo serviço “porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são
apresentados individualmente no Quadro 260.

Quadro 260 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manacapuru


TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 43 3 8 54
Entre 2 e 5 anos 54 3 8 65
Entre 5 e 10 anos 72 4 11 87
Entre 10 e 20 anos 123 7 16 146
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. No Quadro 261 apresentamos a quantidade
de mão-de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal.
Quadro 261 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Manacapuru
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
24 24 9 9 5 10 2 4
anos
Entre 2 e 5
30 30 10 10 6 12 2 4
anos
Entre 5 e 10
40 40 14 14 8 16 2 4
anos
Entre 10 e 20
68 68 22 22 13 26 3 6
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.8.3. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva


Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram
considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas 4 alternativas,

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incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado no
Quadro 262.
Quadro 262 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manacapuru
QUANTIDADE CUSTO COM
VALOR
SUBSTITUIÇÃO DE MANUTENÇÃO AQUISIÇÃO DE
EQUIPAM. AQUISIÇÃO UNITÁRIO VALOR TOTAL (R$)
FROTA AO LONGO TOTAL (R$) EQUIPAMENTOS
DIRETA (R$)
DE 20 ANOS (R$)
Triciclo 68 246 10.600,00 1.827.410,10 3.328.400,00 5.155.810,10
Caminhão
22 74 75.900,00 3.748.687,56 7.286.400,00 11.035.087,56
HR
Caminhão
13 35 139.203,63 3.340.168,19 6.681.774,24 10.021.942,43
Baú
Caminhão
Compactador 3 5 174.553,63 445.985,51 1.396.429,04 1.842.414,55
10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,
constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Manacapuru, as quantidades e valores
correspondentes serão apresentados no Quadro 263.

Quadro 263 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manacapuru
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 33 339.200,00
Caminhão HR 11 834.900,00
Caminhão Baú 6 835.221,78
Caminhão
3 523.660,89
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
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cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada três anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Manacapuru para
o horizonte de 0 à 20 anos.

Quadro 264 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no


horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manacapuru
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa 62.505.681,83 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa 32.488.977,16 Caminhão HR
3ª Alternativa mais onerosa 28.063.887,12 Caminhão Baú
4ª Alternativa mais onerosa 6.789.531,67 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.8.4. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Manacapuru

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Manacapuru, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Quadro 265 demonstra os valores referentes s ao uso do triciclo como meio de


coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 265 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Manacapuru
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.332.516,11 274.228,90 535.581,67 1.407.552,45 3.549.879,13


Mão de Obra 5.525.078,40 10.270.468,80 22.854.240,00 77.382.288,00 116.032.075,20
Equipamentos 727.597,01 1.116.990,09 1.898.724,10 11.478.603,68 15.221.914,88
EPI 480.304,88 881.606,04 1.964.805,60 6.600.195,60 9.926.912,12
TOTAL GERAL 8.065.496,40 12.543.293,83 27.253.351,37 96.868.639,73 144.730.781,33
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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A seguir é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos
resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 266 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Manacapuru
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.332.516,11 274.228,90 535.581,67 1.407.552,45 3.549.879,13

Mão de Obra 3.867.422,40 6.955.156,80 15.671.064,00 51.964.896,00 78.458.539,20

Equipamentos 1.531.735,98 2.074.031,12 3.488.973,54 15.684.005,57 22.778.746,21

EPI 320.713,88 562.424,04 1.273.244,60 4.153.133,60 6.309.516,12

TOTAL GERAL 7.052.388,37 9.865.840,86 20.968.863,81 73.209.587,62 111.096.680,66


Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O Quadro 267 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 267 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Manacapuru
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 1.332.516,11 274.228,90 535.581,67 1.407.552,45 3.549.879,13


Mão de Obra 3.611.236,80 6.626.635,20 14.756.832,00 49.408.056,00 74.402.760,00
Equipamentos 1.728.085,61 2.334.973,16 3.525.332,07 12.670.401,65 20.258.792,49
EPI 311.675,28 558.921,84 1.247.729,60 4.110.107,60 6.228.434,32
TOTAL GERAL 6.983.513,80 9.794.759,10 20.065.475,34 67.596.117,70 104.439.865,94
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 268 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Manacapuru
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
Infraestrutura 1.332.516,11 274.228,90 535.581,67 1.407.552,45 3.549.879,13
Mão de Obra 3.168.192,00 5.740.545,60 12.541.608,00 42.023.976,00 63.474.321,60
Equipamentos 1.050.530,89 0,00 1.202.434,05 2.600.162,76 4.853.127,71
EPI 259.645,68 454.862,64 987.581,60 3.242.947,60 4.945.037,52
TOTAL GERAL 5.810.884,68 6.469.637,14 15.267.205,32 49.274.638,81 76.822.365,96
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor
mais razoável para o plano em R$ 76.822.365,96, referente a utilização de
caminhões compactadores na coleta seletiva no município de Manacapuru, inclusos
os procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

11.3.8.5. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Manacapuru


Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de Manacapuru


levantados em campo são 13,59 t/dia, montou-se o Quadro 269. Os custos de
compra apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, que
indica os valores do mercado nacional para a compra de material reciclado
prensado, coletado diretamente com cooperativas locais:

Quadro 269 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Manacapuru
COMPOSIÇÃO
GRAVIMÉTRICA POR PESO PESO (t PREÇO DE PREÇO TOTAL
GRUPO ANUAL para 20 VENDA EM R$/t POR PARCELA
(t ao ano) anos) PRENSADA (R$)
GRUPO %
Papel/ papelão/
8,40 436,14 8.722,72 400 3.489.088,38
tetrapak
Plásticos 10,10 524,40 10.488,03 600 6.292.820,11
Metais 1,90 98,65 1.973,00 2400 4.735.191,37
TOTAL 14.517.099,86
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 14.517.099,86.

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Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma
qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, estimou-se


os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto reciclado, bem
como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia relacionada a
produção dos insumos:

Quadro 270 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Manacapuru
VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO VALOR TOTAL PARA
PARA O DIFERENÇA
ITEM DA PESO POR O PROCESSO DA
PROCESSO DA DE VALORES
COMPOSIÇÃO GRUPO MATÉRIA-PRIMA
RECICLAGEM (R$)
GRAVIMÉTRICA ORIGINAL (R$)
(R$)
Papel/ papelão/
8.722,72 5.992.509,29 3.114.011,38 2.878.497,91
tetrapak
Plásticos 10.488,03 18.773.579,99 6.565.508,98 12.208.071,01
Metais 1.973,00 1.089.094,02 838.523,47 250.570,54
TOTAL 25.855.183,30 10.518.043,83 15.337.139,47
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 15.337.139,47 entre
os dois.

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A partir destes valores, montou-se uma planilha no mesmo modelo da diferença da
produção dos insumos, agora em relação à energia produzida, conforme Quadro
271.

Quadro 271 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Manacapuru
VALOR TOTAL DO
VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE DIFERENÇA
PESO CONSUMO DE
ITEM DA ENERGIA PARA DE
POR ENERGIA PARA
COMPOSIÇÃO PRODUÇÃO A PARTIR VALORES
GRUPO PRODUÇÃO A PARTIR
GRAVIMÉTRICA DE MATÉRIA-PRIMA (R$)
DA RECICLAGEM (R$)
ORIGINAL (R$)
Papel/ papelão/
8.722,72 104.498,20 19.713,35 84.784,85
tetrapak
Plásticos 10.488,03 68.801,50 14.683,25 54.118,25
Metais 1.973,00 67.437,02 15.409,10 52.027,92
TOTAL 240.736,71 49.805,70 190.931,02
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos


processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 190.931,02 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. Para a diferença do uso da água, fica demonstrado no Quadro 272.

Quadro 272 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Manacapuru
PREÇO
REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO DO ÁGUA NA TOTAL NA
USO NA PREÇO DIFERENÇA
ITEM DA PRODUÇÃO PRODUÇÃO
RECICLAGEM TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO DA MATÉRIA- DA
DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA PRIMA m³/t MATÉRIA-
PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
353.270,20 2.791,27 28.261,62 2.233,02 26.028,60
tetrapak
Plásticos 20.451,67 209,76 1.636,13 1.308,91 327,23
Metais 26.438,15 217,03 2.115,05 1.692,04 423,01
TOTAL 32.012,80 5.233,96 26.778,84
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 26.778,84 em economia de água gerada com a


reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

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Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Mesclando estes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município


de Manacapuru, estimou-se a taxa de retorno financeiro das emissões de dióxido de
carbono (CO2) geradas.

Quadro 273 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de


dióxido de carbono (CO2) em Manacapuru
CUSTOS AMBIENTAIS CUSTOS AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO
PESO ASSOCIADOS À ASSOCIADOS À DIFERENÇA
ITEM DA
POR EMISSÃO DE GEES EMISSÃO DE GEES DE
COMPOSIÇÃO
GRUPO PARA PRODUÇÃO PARA RECICLAGEM (t VALORES
GRAVIMÉTRICA
PRIMÁRIA (t CO2e/t) CO2e/t)
Papel/ papelão/
8.722,72 2.442,36 87.23 2.355,13
tetrapak
Plásticos 10.488,03 20.346,79 4.300,09 16.046,69
Metais 1.973,00 2.880,57 39,46 2.841,11
TOTAL 25.669,72 4.426,78 21.242,94
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Manacapuru é calculado em R$
21.242,94.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Itapiranga

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Manacapuru, espera-se


obter benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da inclusão de
investimentos à associação dos catadores do município, organizando o processo
produtivo de escoamento dos materiais coletados e dispondo de infraestrutura
adequada para o desempenho dos serviços.

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Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade
cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito.

Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e


aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 30.093.192,12 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de
Coleta Seletiva do Município de Manacapuru. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para Manacapuru (com uso de Caminhões Compactadores), tem-se
um restante de R$ 46.729.173,84 em despesas diretas/indiretas; ou 34,14
R$/hab.urbano ao ano do município.

11.3.9. Manaquiri

O Município de Manaquiri está localizado na região central do Estado do Amazonas,


distante da capital Manaus 67 km por via fluvial, adentrando no Paraná do
Manaquiri, que desemboca no rio Solimões. Segundo o levantamento realizado no
portal RI Bolsa Família, tem-se a identificação de 5 famílias no município atuantes
como catadoras de material reciclável.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as seguintes


composições dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto:

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Quadro 274 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Manaquiri (Geral Municípios)
TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,9
potencial de Plásticos 13,0 28,00
reciclagem Metais 3,1
Matéria orgânica 47,8
Resíduos sem Vidro 1,1
potencial de 72,00
reciclagem Madeira -
Outros 23,1
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos


que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 75%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.9.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 190 m²,
considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em cinco pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 608 m² em 20 anos, conforme mostrado no Quadro 275.

Quadro 275 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 5 190
Entre 2 e 5 anos 6 228
Entre 5 e 10 anos 9 342
Entre 10 e 20 anos 16 608
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta

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estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.9.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Adotou-se que para o município de Manaquiri com população abaixo de 25 mil


habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central para atender a coleta
seletiva. Estas instalações serão responsáveis pelo recebimento e triagem dos
materiais volumosos e resíduos de construção civil, bem como recebimento de
alguns materiais provenientes da entrega voluntária de resíduos sólidos secos da
população.

As unidades propostas deverão ser implantadas em áreas delimitadas, com acesso


e disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem
o transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

Segundo recomendações de alguns autores, os PEVs deverão ser implantados em


áreas de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m².

11.3.9.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e dos PEVs do município de Manaquiri deverá
ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar pessoas que
trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo levantamento em
campo da pesquisa em questão, foram contabilizadas cinco famílias trabalhando
diretamente com coleta seletiva no município, além do pessoal não contabilizado da
outra associação. Deverá ser realizada uma seleção no município para compor o
quadro inicial do projeto em implementação.
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O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do
Plano de Coleta Seletiva de Manaquiri é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação
do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados
individualmente no Quadro 276.

Quadro 276 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Manaquiri


TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 5 1 2 8
Entre 2 e 5 anos 6 1 2 9
Entre 5 e 10 anos 9 1 2 12
Entre 10 e 20 anos 16 1 2 19
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. No Quadro 277 apresentamos a quantidade
de mão-de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal.

Quadro 277 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Manaquiri
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
1 1 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 2 e 5
1 1 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 5 e 10
1 1 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 10 e 20
2 2 1 1 1 2 1 2
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

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11.3.9.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva

Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram


considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas quatro alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado no
Quadro 278.

Quadro 278 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manaquiri


QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO VALOR TOTAL (R$)
TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 2 7 10.600,00 51.999,47 95.400,00 147.399,47
Caminhão HR 1 5 75.900,00 253.289,70 455.400,00 708.689,70
Caminhão Baú 1 4 139.203,63 381.733,51 696.018,15 1.077.751,66
Caminhão
Compactador 10 1 2 174.553,63 178.394,20 523.660,89 702.055,09

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Manaquiri, as quantidades e valores correspondentes
no Quadro 279.

Quadro 279 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Manaquiri
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 4 42.400,00
Caminhão HR 4 303.600,00
Caminhão Baú 4 556.814,52
Caminhão
3 523.660,89
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária

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dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada três anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Manaquiri para o
horizonte de 0 à 20 anos, conforme demonstrado no Quadro 280.

Quadro 280 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no


horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Manaquiri
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 3.717.384,12 Caminhão Baú
2ª Alternativa mais onerosa R$ 3.166.356,91 Caminhão Compactador
3ª Alternativa mais onerosa R$ 2.396.012,37 Caminhão HR
4ª Alternativa mais onerosa R$ 1.892.026,45 Triciclo
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.9.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Manaquiri

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Manaquiri, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Quadro 281 é demonstrado os valores referentes ao uso do triciclo como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

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Quadro 281 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Manaquiri
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 211.492,97 24.929,90 74.789,70 174.509,30 485.721,87

Mão de Obra 484.324,80 816.328,80 1.809.756,00 6.268.368,00 9.378.777,60

Equipamentos 101.043,90 39.494,85 41.786,75 166.307,79 348.633,29

EPI 44.090,36 72.080,46 149.858,70 491.629,20 757.658,72

TOTAL GERAL 840.952,03 952.834,01 2.076.191,15 7.100.814,29 10.970.791,48


Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
No Quadro 282 é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta
dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 282 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Manaquiri
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 211.492,97 24.929,90 74.789,70 174.509,30 485.721,87

Mão de Obra 484.324,80 816.328,80 1.809.756,00 5.715.816,00 8.826.225,60

Equipamentos 323.168,58 261.619,53 263.911,43 556.471,67 1.405.171,21

EPI 44.090,36 72.080,46 149.858,70 438.432,20 704.461,72

TOTAL GERAL 1.063.076,71 1.174.958,69 2.298.315,83 6.885.229,17 11.421.580,40


Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O Quadro 283 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 283 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Manaquiri
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E ENTRE 05 E ENTRE 10 E
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) 05 ANOS (R$) 10 ANOS (R$) 20 ANOS (R$)
Infraestrutura 211.492,97 24.929,90 74.789,70 174.509,30 485.721,87

Mão de Obra 521.496,00 872.085,60 1.902.684,00 5.901.672,00 9.197.937,60

Equipamentos 570.538,91 512.813,86 522.753,75 871.104,64 2.477.211,16

EPI 50.794,16 82.136,16 166.618,20 471.951,20 771.499,72


TOTAL
1.354.322,04 1.491.965,52 2.666.845,65 7.419.237,14 12.932.370,35
GERAL
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

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Quadro 284 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Manaquiri
EM ATÉ 02 ENTRE 02 E ENTRE 05 E ENTRE 10 E
DESCRIÇÃO TOTAL (R$)
ANOS (R$) 05 ANOS (R$) 10 ANOS (R$) 20 ANOS (R$)
Infraestrutura 211.492,97 24.929,90 74.789,70 174.509,30 485.721,87

Mão de Obra 521.496,00 872.085,60 1.902.684,00 5.901.672,00 9.197.937,60

Equipamentos 642.441,78 0,00 604.596,50 646.012,70 1.893.050,99

EPI 50.794,16 82.136,16 166.618,20 471.951,20 771.499,72


TOTAL
1.426.224,91 979.151,66 2.748.688,40 7.194.145,20 12.348.210,18
GERAL
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 10.970.791,48, referente a utilização de triciclos
motorizados na coleta seletiva no município de Manaquiri, inclusos os procedimentos
de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

11.3.9.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Manaquiri


Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno. Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de
Manaquiri levantados em campo são 1,30 t/dia, montou-se o Quadro 285. Os custos
de compra apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, onde
indica os valores do mercado nacional para a compra de material reciclado
prensado, coletado diretamente com cooperativas locais:

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Quadro 285 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Manaquiri
COMPOSIÇÃO
GRAVIMÉTRICA POR PESO PREÇO DE PREÇO TOTAL
PESO (t para
GRUPO ANUAL (t ao VENDA EM R$/t POR PARCELA
20 anos)
ano) PRENSADA (R$)
GRUPO %
Papel/ papelão/
11,93 61,04 1.220,72 400 488.287,47
tetrapak
Plásticos 13,03 66,66 1.333,27 600 799.964,68
Metais 3,13 16,01 320,27 2400 768.653,70
TOTAL 2.056.905,85
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 2.056.905,85.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma
qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, estimou-se


os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto reciclado, bem
como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia relacionada a
produção dos insumos:

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Quadro 286 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Manaquiri
VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO VALOR TOTAL PARA DIFERENÇA
PARA O
ITEM DA PESO POR O PROCESSO DA DE
PROCESSO DA
COMPOSIÇÃO GRUPO MATÉRIA-PRIMA VALORES
RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA ORIGINAL (R$) (R$)
(R$)
Papel/ papelão/
1.220,72 838.633,73 435.796,57 402.837,16
tetrapak
Plásticos 1.333,27 2.386.561,29 834.629,81 1.551.931,47
Metais 320,27 176.790,35 136.115,76 40.674,59
TOTAL 3.401.985,37 1.406.542,14 1.995.443,23
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 1.995.443,23 entre os
dois.

A partir destes valores, montou-se planilha no mesmo modelo da diferença da


produção dos insumos, agora em relação à energia produzida.

Quadro 287 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Manaquiri
VALOR TOTAL DO
VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE DIFERENÇA
PESO CONSUMO DE
ITEM DA ENERGIA PARA DE
POR ENERGIA PARA
COMPOSIÇÃO PRODUÇÃO A PARTIR VALORES
GRUPO PRODUÇÃO A PARTIR
GRAVIMÉTRICA DE MATÉRIA-PRIMA (R$)
DA RECICLAGEM (R$)
ORIGINAL (R$)
Papel/ papelão/
1.220,72 14.624,21 2.758,82 11.865,39
tetrapak
Plásticos 1.333,27 8.746,28 1.866,58 6.879,70
Metais 320,27 10.946,91 2.501,33 8.445,58
TOTAL 34.317,40 7.126,74 27.190,66
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos


processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 27.190,66, considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. Para a diferença do uso da água fica demonstrado no Quadro 288.

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Quadro 288 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Manaquiri
PREÇO
ÁGUA NA REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO DO TOTAL NA
PRODUÇÃO USO NA PREÇO DIFERENÇA
ITEM DA PRODUÇÃO
DA RECICLAGEM TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO DA
MATÉRIA- DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA MATÉRIA-
PRIMA m³/t PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
49.439,11 390,63 3.955,13 312,50 3.642,62
tetrapak
Plásticos 2.599,89 26,67 207,99 166,39 41,60
Metais 4.291,65 35,23 343,33 274,67 68,67
TOTAL 4.506,45 753,56 3.752,89
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
Dessa forma, tem-se um total de R$ 3.752,89 em economia de água gerada com a
reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Mesclando estes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município


de Manaquiri, estimou-se a taxa de retorno financeiro das emissões de dióxido de
carbono (CO2) geradas:
Quadro 289 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de
dióxido de carbono (CO2) em Manaquiri
CUSTOS
CUSTOS AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO AMBIENTAIS
PESO ASSOCIADOS À DIFERENÇA
ITEM DA ASSOCIADOS À
POR EMISSÃO DE GEES DE
COMPOSIÇÃO EMISSÃO DE GEES
GRUPO PARA PRODUÇÃO VALORES
GRAVIMÉTRICA PARA RECICLAGEM
PRIMÁRIA (t CO2e/t)
(t CO2e/t)
Papel/ papelão/
1.220,72 341,80 12,21 329,59
tetrapak
Plásticos 1.333,27 2.586,55 546,64 2.039,91
Metais 320,27 467,60 6,41 461,19
TOTAL 3.395,95 565,26 2.830,70
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

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A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção
de Créditos de Carbono para o município de Manaquiri é calculado em R$2.830,70.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Manaquiri

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Manaquiri, espera-se obter


benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da inclusão de
investimentos à associação dos catadores do município, organizando o processo
produtivo de escoamento dos materiais coletados e dispondo de infraestrutura
adequada para o desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade
cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito.

Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e


aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 4.086.123,33 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de
Coleta Seletiva do Município de Manaquiri. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para Manaquiri (com uso de Triciclos Motorizados), tem-se um
restante de R$ 6.884.668,15 em despesas diretas/indiretas; ou 37,46 R$/hab.urbano
ao ano do município.

11.3.10. Novo Airão

O Município de Novo Airão está localizado na região central do Estado do


Amazonas, distante da capital Manaus 193 km por via terrestre, através da rodovia
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AM-070. Segundo o levantamento realizado no portal RI Bolsa Família, não foram
identificadas famílias no município atuantes como catadoras de material reciclável.
No entanto, em visita ao município pode-se observar alguns catadores realizando
este serviço nas ruas próximas aos grandes geradores.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as seguintes


composições dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto:

Quadro 290 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Novo Airão


TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 15,7
potencial de Plásticos 20,2 41,3
reciclagem Metais 5,4
Matéria orgânica 37,3
Resíduos sem Vidro 1,8
potencial de 58,7
reciclagem Madeira -
Outros 19,6
Fonte: Adaptado pelo autor. MACHADO, 2011

Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos


que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de
78,6% de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é
descartado atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.10.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 304 m²,
considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em oito pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 1.026 m² em 20 anos, conforme demonstrado no Quadro 291.

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Quadro 291 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 8 304
Entre 2 e 5 anos 11 418
Entre 5 e 10 anos 15 570
Entre 10 e 20 anos 27 1.026
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.10.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Adotou-se que para o município de Novo Airão com população abaixo de 25 mil
habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central para atender a coleta
seletiva. Estas instalações serão responsáveis pelo recebimento e triagem dos
materiais volumosos e resíduos de construção civil, bem como recebimento de
alguns materiais provenientes da entrega voluntária de resíduos sólidos secos da
população.

As unidades propostas deverão ser implantadas em áreas delimitadas, com acesso


e disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem
o transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

Segundo recomendações de alguns autores, os PEVs deverão ser implantados em


áreas de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m².

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11.3.10.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e dos PEVs do município de Novo Airão
deverá ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar pessoas
que trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo levantamento em
campo da pesquisa em questão, observou-se pessoas trabalhando como autônomas
na coleta de resíduos secos no município. Para execução do plano, é ideal que se
aproveite a mão-de-obra local que atue nesta área.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Novo Airão é apresentado no tópico 3.2.4.2.1.
Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão
necessários os operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis
pelo serviço “porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são
apresentados individualmente no Quadro 292.
Quadro 292 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Novo Airão
TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 8 1 2 11
Entre 2 e 5 anos 11 1 2 14
Entre 5 e 10 anos 15 1 2 18
Entre 10 e 20 anos 27 2 2 31
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. No Quadro 293 apresenta-se a quantidade
de mão-de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal:
Quadro 293 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Novo Airão
CAMINHÃO UTILITÁRIO
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO (HR, CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU SIMILAR)
DO PLANO
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
2 2 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 2 e 5
3 3 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 5 e 10
4 4 2 2 1 2 1 2
anos
Entre 10 e 20
7 7 3 3 2 4 1 2
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a
produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.10.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva

Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram


considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas quatro alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado no
Quadro 294.

Quadro 294 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Novo Airão
QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO VALOR TOTAL (R$)
TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 7 25 10.600,00 185.712,41 339.200,00 524.912,41
Caminhão HR 3 10 75.900,00 506.579,40 986.700,00 1.493.279,40
Caminhão Baú 2 5 139.203,63 477.166,88 974.425,41 1.451.592,29
Caminhão
Compactador 1 2 174.553,63 178.394,20 523.660,89 702.055,09
10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Novo Airão, as quantidades e valores correspondentes
são apresentados no Quadro 295.
Quadro 295 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Novo Airão
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 6 63.600,00
Caminhão HR 4 303.600,00
Caminhão Baú 4 556.814,52
Caminhão
3 523.660,89
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente
mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada três anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Novo Airão para
o horizonte de 0 à 20 anos.

Quadro 296 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no


horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Novo Airão
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 6.376.368,46 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa R$ 4.953.696,15 Caminhão Baú
3ª Alternativa mais onerosa R$ 4.681.028,23 Caminhão HR
4ª Alternativa mais onerosa R$ 3.166.356,91 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.10.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Novo Airão

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Novo Airão, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

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No Quadro 297 mostra os valores referentes ao uso do triciclo como meio de coleta
dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 297 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Novo Airão
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 286.282,67 74.789,70 99.719,60 299.158,80 759.950,77


Mão de Obra 774.518,40 1.597.068,00 3.537.000,00 12.325.320,00 18.233.906,40
Equipamentos 124.749,16 110.064,16 148.014,34 751.430,79 1.134.258,45
EPI 66.619,60 133.723,26 289.103,40 975.594,60 1.465.040,86
TOTAL GERAL 1.252.169,83 1.915.645,12 4.073.837,34 14.351.504,19 21.593.156,48
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

No Quadro 298 é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta


dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 298 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Novo Airão
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 286.282,67 74.789,70 99.719,60 299.158,80 759.950,77


Mão de Obra 664.008,00 1.265.536,80 2.984.448,00 10.115.112,00 15.029.104,80
Equipamentos 328.845,35 278.103,35 556.206,71 1.480.564,41 2.643.719,82
EPI 55.980,20 101.805,06 235.906,40 762.806,60 1.156.498,26
TOTAL GERAL 1.335.116,22 1.720.234,91 3.876.280,71 12.657.641,81 19.589.273,65
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O Quadro 299 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 299 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para Novo
Airão
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 286.282,67 74.789,70 99.719,60 299.158,80 759.950,77


Mão de Obra 701.179,20 1.321.293,60 2.801.100,00 9.934.272,00 14.757.844,80
Equipamentos 583.638,88 532.463,81 555.503,67 1.647.957,55 3.319.563,91
EPI 62.684,00 111.860,76 226.067,40 776.647,60 1.177.259,76
TOTAL GERAL 1.633.784,75 2.040.407,87 3.682.390,67 12.658.035,95 20.014.619,24
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

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Quadro 300 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Novo Airão
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 286.282,67 74.789,70 99.719,60 299.158,80 759.950,77


Mão de Obra 701.179,20 1.321.293,60 2.801.100,00 9.195.864,00 14.019.436,80
Equipamentos 664.275,06 0,00 659.179,70 755.179,10 2.078.633,87
EPI 62.684,00 111.860,76 226.067,40 689.931,60 1.090.543,76
TOTAL GERAL 1.714.420,93 1.507.944,06 3.786.066,70 10.940.133,50 17.948.565,20
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor
mais razoável para o plano em R$ 17.948.565,20, referente a utilização de
caminhões compactadores na coleta seletiva no município de Novo Airão, inclusos
os procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

11.3.10.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Novo Airão


Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de Novo Airão


levantados em campo são 2,48 t/dia, montou-se o Quadro 301. Os custos de compra
apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, onde indica os
valores do mercado nacional para a compra de material reciclado prensado, coletado
diretamente com cooperativas locais:

Quadro 301 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Novo Airão
COMPOSIÇÃO PREÇO DE
GRAVIMÉTRICA POR PESO ANUAL PESO (t para VENDA EM PREÇO TOTAL POR
GRUPO (t ao ano) 20 anos) R$/t PARCELA (R$)
GRUPO % PRENSADA
Papel/ papelão/
15,66 150,73 3.014,53 400 1.205.813,08
tetrapak
Plásticos 20,22 194,54 3.890,82 600 2.334.492,31
Metais 5,44 52,38 1.047,53 2400 2.514.068,64
TOTAL 6.054.374,03
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010
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Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e
prensados ao longo dos 20 anos de R$ 6.054.374,03.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma
qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, pode-se


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos.

Quadro 302 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Novo Airão
VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO VALOR TOTAL PARA DIFERENÇA
PARA O
ITEM DA PESO POR O PROCESSO DA DE
PROCESSO DA
COMPOSIÇÃO GRUPO MATÉRIA-PRIMA VALORES
RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA ORIGINAL (R$) (R$)
(R$)
Papel/ papelão/
3.014,53 2.070.983,97 1.076.188,18 994.795,79
tetrapak
Plásticos 3.890,82 6.964.568,71 2.435.653,64 4.528.915,07
Metais 1.047,53 578.235,79 445.199,65 133.036,13
TOTAL 9.613.788,47 3.957.041,47 5.656.747,00
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

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Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os
processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 5.656.747,00 entre os
dois.

A partir destes valores, pode-se montar uma planilha no mesmo modelo da diferença
da produção dos insumos, agora em relação à energia produzida.

Quadro 303 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Novo Airão
VALOR TOTAL DO
VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE DIFERENÇA
PESO CONSUMO DE ENERGIA
ITEM DA ENERGIA PARA DE
POR PARA PRODUÇÃO A
COMPOSIÇÃO PRODUÇÃO A VALORES
GRUPO PARTIR DE MATÉRIA-
GRAVIMÉTRICA PARTIR DA (R$)
PRIMA ORIGINAL (R$)
RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
3.014,53 36.114,10 6.812,84 29.301,26
tetrapak
Plásticos 3.890,82 25.523,78 5.447,15 20.076,63
Metais 1.047,53 35.804,53 8.181,20 27.623,33
TOTAL 97.442,41 20.441,19 77.001,22
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos


processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 77.001,22 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. Para a diferença do uso de água, pode-se considerar o Quadro 304.

Quadro 304 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Novo Airão
PREÇO
REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO DO ÁGUA NA TOTAL NA
USO NA PREÇO DIFERENÇA
ITEM DA PRODUÇÃO PRODUÇÃO
RECICLAGEM TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO DA MATÉRIA- DA
DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA PRIMA m³/t MATÉRIA-
PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
122.088,57 964,65 9.767,09 771,72 8.995,37
tetrapak
Plásticos 7.587,10 77,82 606,97 485,57 121,39
Metais 14.036,88 115,23 1.122,95 898,36 224,59
TOTAL 11.497,00 2.155,66 9.341,35
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

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Dessa forma, tem-se um total de R$ 9.341,35 em economia de água gerada com a
reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Mesclando estes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município


de Novo Airão, podemos estimar a taxa de retorno financeiro das emissões de
dióxido de carbono (CO2) geradas, conforme Quadro 305.

Quadro 305: Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de


dióxido de carbono (CO2) em Novo Airão
CUSTOS
CUSTOS AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO AMBIENTAIS
PESO ASSOCIADOS À EMISSÃO DIFERENÇA
ITEM DA ASSOCIADOS À
POR DE GEES PARA DE
COMPOSIÇÃO EMISSÃO DE GEES
GRUPO PRODUÇÃO PRIMÁRIA (t VALORES
GRAVIMÉTRICA PARA RECICLAGEM
CO2e/t)
(t CO2e/t)
Papel/ papelão/
3.014,53 844,07 30,15 813, 92
tetrapak
Plásticos 3.890,82 7.548,19 1.595,24 5.952,96
Metais 1.047,53 1.529,39 20,95 1.508,44
TOTAL 9.921,65 1.646,33 8.275,32
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Novo Airão é calculado em R$
8.275,32.

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Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Novo Airão

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Novo Airão, espera-se obter


benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da inclusão de
investimentos na implantação de uma associação de catadores no município,
organizando o processo produtivo de escoamento dos materiais coletados e
dispondo de infraestrutura adequada para o desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade
cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito.

Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e


aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 11.805.738,92 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de
Coleta Seletiva do Município de Novo Airão. Diminuindo este valor do custo total do
plano definido para Novo Airão (com uso de Caminhões Compactador), tem-se um
restante de R$ 6.142.826,28 em despesas diretas/indiretas; ou 26,04 R$/hab.urbano
ao ano do município.

11.3.11. Presidente Figueiredo

O Município de Presidente Figueiredo está localizado na região central do Estado do


Amazonas, distante da capital Manaus 125 km por via terrestre, através da rodovia
BR-174. Através do levantamento em pesquisas e em campo, verificou-se a
existência de catadores de resíduos secos nas ruas e nas proximidades dos grandes

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geradores. Estes, no entanto, não estão organizados em associações ou tem
quaisquer registros oficiais da profissão, não sendo sua única fonte de renda.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as composições


dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto, conforme
Quadro 306:

Quadro 306 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Presidente Figueiredo


TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,9
potencial de Plásticos 13,0 28,0
reciclagem Metais 3,1
Matéria orgânica 47,9
Resíduos sem Vidro 1,2
potencial de 72,00
reciclagem Madeira -
Outros 22,9
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos


que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 75%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.11.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 684 m²,
considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em 18 pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 2.812 m² em 20 anos, conforme Quadro 307.

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Quadro 307 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 18 684
Entre 2 e 5 anos 24 912
Entre 5 e 10 anos 35 1.330
Entre 10 e 20 anos 74 2.812
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área


de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.11.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Adotou-se que para o município de Presidente Figueiredo com população abaixo de


25 mil habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central para atender a
coleta seletiva. Estas instalações serão responsáveis pelo recebimento e triagem
dos materiais volumosos e resíduos de construção civil, bem como recebimento de
alguns materiais provenientes da entrega voluntária de resíduos sólidos secos da
população.

As unidades propostas deverão ser implantadas em áreas delimitadas, com acesso


e disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem
o transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

Segundo recomendações de alguns autores, os PEVs deverão ser implantados em


áreas de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m².

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11.3.11.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e dos PEVs do município de Presidente
Figueiredo deverá ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar
pessoas que trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo
levantamento em campo da pesquisa em questão, observou-se pessoas trabalhando
como autônomas na coleta de resíduos secos no município. Para execução do
plano, é ideal que se aproveite a mão-de-obra local que atue nesta área.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Presidente Figueiredo é apresentado no tópico
3.2.4.2.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão
necessários os operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis
pelo serviço “porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são
apresentados individualmente no Quadro 308.

Quadro 308 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Presidente Figueiredo
TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 18 1 2 21
Entre 2 e 5 anos 24 2 2 28
Entre 5 e 10 anos 35 2 2 39
Entre 10 e 20 anos 74 4 4 83
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. No Quadro 309 mostra a quantidade de
mão-de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal:

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Quadro 309 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Presidente
Figueiredo
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
3 3 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 2 e 5
4 4 2 2 1 2 1 2
anos
Entre 5 e 10
5 5 2 2 1 2 1 2
anos
Entre 10 e 20
11 11 4 4 2 4 1 2
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.11.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva


Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram
considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas quatro alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado no

Quadro 310.

Quadro 310 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Presidente


Figueiredo
QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO VALOR TOTAL (R$)
TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 11 36 10.600,00 267.425,87 498.200,00 765.625,87
Caminhão HR 4 12 75.900,00 607.895,28 1.214.400,00 1.822.295,28
Caminhão Baú 2 5 139.203,63 477.166,88 974.425,41 1.451.592,29
Caminhão
Compactador 10 1 2 174.553,63 178.394,20 523.660,89 702.055,09

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando

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a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Presidente Figueiredo, as quantidades e valores
correspondentes estão demonstrados no Quadro 311.

Quadro 311 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Presidente
Figueiredo
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 7 74.200,00
Caminhão HR 4 303.600,00
Caminhão Baú 4 556.814,52
Caminhão
3 523.660,89
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “Porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada três anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Presidente
Figueiredo para o horizonte de 0 à 20 anos.

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Quadro 312 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no
horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Presidente Figueiredo
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 9.427.584,40 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa R$ 5.786.618,34 Caminhão HR
3ª Alternativa mais onerosa R$ 4.953.696,15 Caminhão Baú
4ª Alternativa mais onerosa R$ 3.166.356,91 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.11.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Presidente Figueiredo

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Presidente Figueiredo, incluindo
toda a infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de
equipamento de coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Quadro 313 são demonstrados os valores referentes ao uso do triciclo como


meio de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 313 - Custos da coleta seletiva considerando Triciclos adaptados como meio de coleta para
Presidente Figueiredo
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 535.581,67 149.579,40 274.228,90 1.059.109,57 2.018.499,54


Mão de Obra 1.483.972,80 2.930.774,40 6.807.996,00 28.982.424,00 40.205.167,20
Equipamentos 141.512,47 123.253,83 155.527,23 977.090,68 1.397.384,22
EPI 116.891,80 226.966,32 513.865,90 2.187.926,20 3.045.650,22
TOTAL GERAL 2.277.958,74 3.430.573,95 7.751.618,03 33.206.550,45 46.666.701,18
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O Quadro 314 apresenta o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos
resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 314 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Presidente Figueiredo
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 535.581,67 149.579,40 274.228,90 1.059.109,57 2.018.499,54


Mão de Obra 1.262.952,00 2.599.243,20 5.979.168,00 25.114.560,00 34.955.923,20
Equipamentos 327.580,16 531.446,20 416.600,27 1.730.035,53 3.005.662,16
EPI 95.613,00 195.048,12 434.070,40 1.815.547,20 2.540.278,72
TOTAL GERAL 2.221.726,83 3.475.316,92 7.104.067,57 29.719.252,30 42.520.363,62
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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O Quadro 315 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 315 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Presidente Figueiredo
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 535.581,67 149.579,40 274.228,90 1.059.109,57 2.018.499,54


Mão de Obra 1.300.123,20 2.489.234,40 5.795.820,00 24.381.168,00 33.966.345,60
Equipamentos 575.135,39 519.708,58 534.244,95 1.499.146,51 3.128.235,43
EPI 102.316,80 189.144,72 424.231,40 1.776.191,20 2.491.884,12
TOTAL GERAL 2.513.157,06 3.347.667,10 7.028.525,25 28.715.615,28 41.604.964,69
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 316 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Presidente Figueiredo
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 535.581,67 149.579,40 274.228,90 1.059.109,57 2.018.499,54


Mão de Obra 1.300.123,20 2.489.234,40 5.795.820,00 23.642.760,00 33.227.937,60
Equipamentos 650.102,58 0,00 623.748,50 684.316,70 1.958.167,79
EPI 102.316,80 189.144,72 424.231,40 1.689.475,20 2.405.168,12
TOTAL GERAL 2.588.124,25 2.827.958,52 7.118.028,80 27.075.661,47 39.609.773,05
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 39.609.773,05, referente a utilização de
caminhões compactadores na coleta seletiva no município de Presidente Figueiredo,
inclusos os procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de
operação.

11.3.11.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Presidente


Figueiredo

Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
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poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de Presidente


Figueiredo levantados em campo são 5,20 t/dia, montou-se o Quadro 317. Os custos
de compra apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, que
indica os valores do mercado nacional para a compra de material reciclado
prensado, coletado diretamente com cooperativas locais.

Quadro 317 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Presidente Figueiredo
COMPOSIÇÃO PREÇO DE
GRAVIMÉTRICA POR PESO ANUAL PESO (t para VENDA EM PREÇO TOTAL POR
GRUPO (t ao ano) 20 anos) R$/t PARCELA (R$)
GRUPO % PRENSADA
Papel/ papelão/
11,93 247,32 4.946,48 400 1.978.591,71
tetrapak
Plásticos 13,03 270,13 5.402,57 600 3.241.540,24
Metais 3,13 64,89 1.297,78 2400 3.114.664,91
TOTAL 8.334.796,86
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 8.334.796,86.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma

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qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, podemos


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos.

Quadro 318 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Presidente Figueiredo
VALOR TOTAL VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO DIFERENÇA
PARA O PARA O
ITEM DA DE
PESO POR GRUPO PROCESSO DA PROCESSO DA
COMPOSIÇÃO VALORES
MATÉRIA-PRIMA RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA (R$)
ORIGINAL (R$) (R$)
Papel/ papelão/
4.946,48 3.398.231,27 1.765.893,10 1.632.338,16
tetrapak
Plásticos 5.402,57 9.670.595,04 3.382.006,98 6.288.588,06
Metais 1.297,78 716.372,93 551.555,24 164.817,68
TOTAL 13.785.199,23 5.699.455,33 8.085.743,90
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010
Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os
processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 8.085.743,90 entre os
dois.

A partir destes valores, montou-se uma planilha no mesmo modelo da diferença da


produção dos insumos, agora em relação à energia produzida, conforme
demonstrado no Quadro 319.

Quadro 319 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Presidente Figueiredo
VALOR TOTAL DO
VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE DIFERENÇA
PESO CONSUMO DE
ITEM DA ENERGIA PARA DE
POR ENERGIA PARA
COMPOSIÇÃO PRODUÇÃO A PARTIR VALORES
GRUPO PRODUÇÃO A PARTIR
GRAVIMÉTRICA DE MATÉRIA-PRIMA (R$)
DA RECICLAGEM (R$)
ORIGINAL (R$)
Papel/ papelão/
4.946,48 59.258,82 11.179,04 48.079,78
tetrapak
Plásticos 5.402,57 35.440,84 7.563,59 27.877,25
Metais 1.297,78 44.358,02 10.135,64 34.222,38
TOTAL 139.057,68 28.878,28 110.179,41
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

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Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos
processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
apresenta-se no valor de R$ 110.179,41 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. A diferença do uso de água é demonstrado no Quadro 320.

Quadro 320 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima Original e o produto
reciclado para Presidente Figueiredo
PREÇO
REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO DO ÁGUA NA TOTAL NA
USO NA PREÇO DIFERENÇA
ITEM DA PRODUÇÃO PRODUÇÃO
RECICLAGEM TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO DA MATÉRIA- DA
DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA PRIMA m³/t MATÉRIA-
PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
200.332,41 1.582,87 16.026,59 1.266,30 14.760,29
tetrapak
Plásticos 10.535,01 108,05 842,80 674,24 168,56
Metais 17.390,21 142,76 1.391,22 1.112,97 278,24
TOTAL 18.260,61 3.053,51 15.207,10
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 15.207,10 em economia de água gerada com a


reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Mesclando estes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município


de Presidente Figueiredo, podemos estimar a taxa de retorno financeiro das
emissões de dióxido de carbono (CO2) geradas.

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Quadro 321 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de
dióxido de carbono (CO2) em Presidente Figueiredo
CUSTOS
CUSTOS AMBIENTAIS AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO
PESO ASSOCIADOS À EMISSÃO ASSOCIADOS À DIFERENÇA
ITEM DA
POR DE GEES PARA EMISSÃO DE DE
COMPOSIÇÃO
GRUPO PRODUÇÃO PRIMÁRIA GEES PARA VALORES
GRAVIMÉTRICA
(t CO2e/t) RECICLAGEM
(t CO2e/t)
Papel/ papelão/
4.946,48 1.385,01 49,46 1.335,55
tetrapak
Plásticos 5.402,57 10.480,98 2.215,05 8.265,93
Metais 1.297,78 1.894,75 25.96 1.868,80
TOTAL 13.760,75 2.290,47 11.470,28
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, conclui-se que o retorno financeiro apresentado na obtenção de


Créditos de Carbono para o município de Presidente Figueiredo é calculado em R$
11.470,28.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Presidente


Figueiredo

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Presidente Figueiredo,


espera-se obter benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade
de vida da população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro
sanitário, mas também criando oportunidades de emprego e renda a partir da
inclusão de investimentos na implantação de uma associação de catadores no
município, organizando o processo produtivo de escoamento dos materiais coletados
e dispondo de infraestrutura adequada para o desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade
cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito.
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Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta seletiva e
aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem somam um
montante de R$ 16.557.397,54 ao longo dos 20 anos considerados no Plano de
Coleta Seletiva do Município de Presidente Figueiredo. Diminuindo este valor do
custo total do plano definido para Presidente Figueiredo (com uso de Caminhões
Compactador), tem-se um restante de R$ 23.052.375,51 em despesas
diretas/indiretas; ou 69,15 R$/hab.urbano ao ano do município.

11.3.12. Rio Preto da Eva

O Município de Rio Preto da Eva está localizado na região central do Estado do


Amazonas, distante da capital Manaus 79 km por via terrestre, através da rodovia
AM-010.

Através do levantamento em pesquisas e em campo, verificou-se a existência de


catadores de resíduos secos nas ruas e nas proximidades dos grandes geradores.
Estes, no entanto, não estão organizados em associações ou tem quaisquer
registros oficiais da profissão, não sendo sua única fonte de renda. No cadastro RI
Bolsa Família, identificou-se uma única família que se autodenomina catadores de
resíduos recicláveis. A Prefeitura de Rio Preto da Eva executa um serviço de coleta
seletiva de segunda à sábado no município.

O estudo gravimétrico no qual este relatório foi baseado apresenta as composições


dos resíduos sólidos descartados diretamente no Lixão à céu Aberto, conforme
demonstrado no Quadro 322.

Quadro 322 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Rio Preto da Eva
TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,9
potencial de Plásticos 13,0 28,0
reciclagem Metais 3,1
Matéria orgânica 47,9
Resíduos sem Vidro 1,2
potencial de 72,00
reciclagem Madeira -
Outros 22,9
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos
que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 75%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde
poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.12.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 342 m²,
considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em nove pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 2.014 m² em 20 anos, conforme Quadro 323.

Quadro 323 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 9 342
Entre 2 e 5 anos 12 456
Entre 5 e 10 anos 20 760
Entre 10 e 20 anos 53 2.014
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área
de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.

11.3.12.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Adotou-se que para o município de Rio Preto da Eva com população abaixo de 25
mil habitantes, será necessária uma estrutura de um PEV Central para atender a
coleta seletiva. Estas instalações serão responsáveis pelo recebimento e triagem
dos materiais volumosos e resíduos de construção civil, bem como recebimento de
alguns materiais provenientes da entrega voluntária de resíduos sólidos secos da
população.
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As unidades propostas deverão ser implantadas em áreas delimitadas, com acesso
e disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem
o transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

Segundo recomendações de alguns autores, os PEVs deverão ser implantados em


áreas de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m².

11.3.12.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva

O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de


equipamentos do Galpão de Triagem e dos PEVs do município de Rio Preto da Eva
deverá ser contratado no município, observando-se a premissa de buscar pessoas
que trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo levantamento em
campo da pesquisa em questão, observou-se pessoas trabalhando como autônomas
na coleta de resíduos secos no município. Para execução do plano, é ideal que se
aproveite a mão-de-obra local que atue nesta área.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Rio Preto da Eva é apresentado no tópico 3.2.4.2.1.
Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão
necessários os operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis
pelo serviço “porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são
apresentados individualmente no Quadro 324.

Quadro 324 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Rio Preto da Eva
TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 9 1 2 12
Entre 2 e 5 anos 12 1 2 16
Entre 5 e 10 anos 20 1 4 25
Entre 10 e 20 anos 53 3 6 62
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. Abaixo apresentamos a quantidade de mão-
de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal.
Quadro 325 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Rio Preto da
Eva
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE
Em até 2
2 2 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 2 e 5
3 3 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 5 e 10
4 4 2 2 1 2 1 2
anos
Entre 10 e 20
10 10 4 4 2 4 1 2
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a
produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.12.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva

Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram


considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas quatro alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, como pode ser visualizado no
Quadro 326.
Quadro 326 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Rio Preto da Eva
QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO VALOR TOTAL (R$)
TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 10 31 10.600,00 230.283,39 434.600,00 664.883,39
Caminhão HR 4 11 75.900,00 557.237,34 1.138.500,00 1.695.737,34
Caminhão Baú 2 5 139.203,63 477.166,88 974.425,41 1.451.592,29
Caminhão
Compactador 1 2 174.553,63 178.394,20 523.660,89 702.055,09
10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,
constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns
veículos. Para o município de Rio Preto da Eva, as quantidades e valores
correspondentes são apresentados no Quadro 327.

Quadro 327 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Rio Preto da
Eva
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 6 63.600,00
Caminhão HR 4 303.600,00
Caminhão Baú 4 556.814,52
Caminhão
3 523.660,89
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada três anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos valores de
aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Rio Preto da Eva para o
horizonte de 0 à 20 anos demosntrados no Quadro 328.

690
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Quadro 328 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no
horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Rio Preto da Eva
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 8.196.280,93 Triciclo
2ª Alternativa mais onerosa R$ 5.491.761,90 Caminhão HR
3ª Alternativa mais onerosa R$ 4.953.696,15 Caminhão Baú
4ª Alternativa mais onerosa R$ 3.166.356,91 Caminhão Compactador
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.12.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Rio Preto da Eva

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Rio Preto da Eva, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Quadro 329 são demonstrados os valores referentes ao uso do triciclo como


meio de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 329 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Rio Preto da Eva
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 311.212,57 74.789,70 286.282,67 909.530,17 1.581.815,11


Mão de Obra 834.412,80 1.686.909,60 4.471.536,00 22.512.672,00 29.505.530,40
Equipamentos 123.219,02 106.238,80 140.363,62 949.059,42 1.318.880,86
EPI 70.582,88 139.668,18 372.730,80 1.786.757,60 2.369.739,46
TOTAL GERAL 1.339.427,27 2.007.606,28 5.270.913,09 26.158.019,19 34.775.965,83
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

No Quadro 330 é apresentado o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta


dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 330 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Rio Preto da Eva
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 311.212,57 74.789,70 286.282,67 909.530,17 1.581.815,11


Mão de Obra 723.902,40 1.355.378,40 3.918.984,00 19.197.360,00 25.195.624,80
Equipamentos 327.315,20 274.277,99 548.555,99 1.774.118,25 2.924.267,43
EPI 59.943,48 107.749,98 319.533,80 1.467.575,60 1.954.802,86
TOTAL GERAL 1.422.373,65 1.812.196,07 5.073.356,46 23.348.584,02 31.656.510,20
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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O Quadro 331 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 331 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para Rio
Preto da Eva
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 311.212,57 74.789,70 286.282,67 909.530,17 1.581.815,11


Mão de Obra 761.073,60 1.411.135,20 3.735.636,00 18.463.968,00 24.371.812,80
Equipamentos 579.214,77 525.827,64 544.443,39 1.570.535,59 3.220.021,39
EPI 66.647,28 117.805,68 309.694,80 1.428.219,60 1.922.367,36
TOTAL GERAL 1.718.148,22 2.129.558,22 4.876.056,86 22.372.253,36 31.096.016,66
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 332 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Rio Preto da Eva
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 311.212,57 74.789,70 286.282,67 909.530,17 1.581.815,11


Mão de Obra 761.073,60 1.411.135,20 3.735.636,00 17.725.560,00 23.633.404,80
Equipamentos 656.901,54 0,00 640.745,90 718.311,50 2.015.958,95
EPI 66.647,28 117.805,68 309.694,80 1.341.503,60 1.835.651,36
TOTAL GERAL 1.795.834,99 1.603.730,58 4.972.359,37 20.694.905,27 29.066.830,22
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 29.066.830,22, referente a utilização de
caminhões compactadores na coleta seletiva no município de Rio Preto da Eva,
inclusos os procedimentos de manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de
operação.

11.3.12.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Rio Preto


da Eva

Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que

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poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até
80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de Rio Preto da Eva
levantados em campo são 2,29 t/dia, montou-se Quadro 333. Os custos de compra
apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, que indica os
valores do mercado nacional para a compra de material reciclado prensado, coletado
diretamente com cooperativas locais:

Quadro 333 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Rio Preto da Eva
COMPOSIÇÃO PREÇO DE
GRAVIMÉTRICA POR PESO ANUAL PESO (t para VENDA EM PREÇO TOTAL POR
GRUPO (t ao ano) 20 anos) R$/t PARCELA (R$)
GRUPO % PRENSADA
Papel/ papelão/
11,93 114,00 2.279,98 400 911.991,83
tetrapak
Plásticos 13,03 124,51 2.490,20 600 1.494.122,40
Metais 13,03 124,51 2.490,20 600 1.494.122,40
TOTAL 3.841.756,02
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 3.841.756,02.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma

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qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde
celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, pode-se


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos:

Quadro 334 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Rio Preto da Eva
DESCRIÇÃO DO VALOR TOTAL PARA VALOR TOTAL
PESO DIFERENÇA
ITEM DA O PROCESSO DA PARA O
POR DE VALORES
COMPOSIÇÃO MATÉRIA-PRIMA PROCESSO DA
GRUPO (R$)
GRAVIMÉTRICA ORIGINAL (R$) RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
2.279,98 1.566.345,96 813.952,71 752.393,26
tetrapak
Plásticos 2.490,20 4.457.465,17 1.558.867,71 2.898.597,46
Metais 598,18 330.197,61 254.228,23 75.969,38
TOTAL 6.354.008,75 2.627.048,65 3.726.960,10
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 3.726.960,10 entre os
dois. A partir destes valores, pode-se montar uma planilha no mesmo modelo da
diferença da produção dos insumos, agora em relação à energia produzida.
Quadro 335 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Rio Preto da Eva
VALOR TOTAL DO VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO
PESO CONSUMO DE ENERGIA CONSUMO DE ENERGIA DIFERENÇA
ITEM DA
POR PARA PRODUÇÃO A PARA PRODUÇÃO A DE VALORES
COMPOSIÇÃO
GRUPO PARTIR DE MATÉRIA- PARTIR DA (R$)
GRAVIMÉTRICA
PRIMA ORIGINAL (R$) RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
2.279,98 27.314,16 5.152,75 22.161,40
tetrapak
Plásticos 2.490,20 16.335,74 3.486,29 12.849,45
Metais 598,18 20.445,93 4.671,82 15.774,11
TOTAL 64.095,83 13.310,86 50.784,97
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos


processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia

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apresenta-se no valor de R$ 50.784,97 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. O Quadro 336 demonstra a diferença do uso de água.

Quadro 336 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Rio Preto da Eva
PREÇO
DESCRIÇÃO DO ÁGUA NA REDUÇÃO DE USO
TOTAL NA PREÇO DIFERENÇA
ITEM DA PRODUÇÃO DA NA RECICLAGEM
PRODUÇÃO TOTAL NA DE
COMPOSIÇÃO MATÉRIA- DA MATÉRIA-
DA MATÉRIA- RECICLAGEM VALORES
GRAVIMÉTRICA PRIMA m³/t PRIMA (m³/t)
PRIMA
Papel/ papelão/
92.339,17 729,59 7.387,13 583,67 6.803,46
tetrapak
Plásticos 4855,90 49,80 388,47 310,78 77,69
Metais 8.015,67 65,80 641,25 513,00 128,25
TOTAL 8.416,86 1.407,45 7.009,40
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 7.009,40 em economia de água gerada com a


reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Mesclando estes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município


de Rio Preto da Eva, pode-se estimar a taxa de retorno financeiro das emissões de
dióxido de carbono (CO2) geradas.

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Quadro 337 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de
dióxido de carbono (CO2) em Rio Preto da Eva
CUSTOS
CUSTOS AMBIENTAIS AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO
ASSOCIADOS À ASSOCIADOS À DIFERENÇA
ITEM DA PESO POR
EMISSÃO DE GEES EMISSÃO DE GEES DE
COMPOSIÇÃO GRUPO
PARA PRODUÇÃO PARA VALORES
GRAVIMÉTRICA
PRIMÁRIA (t CO2e/t) RECICLAGEM (t
CO2e/t)
Papel/ papelão/
2.279,98 638,39 22,80 615,59
tetrapak
Plásticos 2.490,20 4.831,00 1.020,98 3.810,01
Metais 598,18 873,35 11,96 861,39
TOTAL 6.342,74 1.055,75 5.286,99
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Rio Preto da Eva é calculado em R$
5.286,99.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Rio Preto da


Eva

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Rio Preto da Eva, espera-se


obter benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da inclusão de
investimentos na implantação de uma associação de catadores no município,
organizando o processo produtivo de escoamento dos materiais coletados e
dispondo de infraestrutura adequada para o desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade
cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito. Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta

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seletiva e aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem
somam um montante de R$ 7.631.797,48 ao longo dos 20 anos considerados no
Plano de Coleta Seletiva do Município de Rio Preto da Eva. Diminuindo este valor do
custo total do plano definido para Rio Preto da Eva (com uso de Caminhões
Compactador), tem-se um restante de R$ 21.435.032,74 em despesas
diretas/indiretas; ou 66,26 R$/hab.urbano ao ano do município.

11.3.13. Silves

O Município de Silves está localizado na região central do Estado do Amazonas,


distante da capital Manaus 283 km por via terrestre, com pequena travessia por
balsa, através da rodovia AM-010.

Segundo o portal RI Bolsa Família, há três famílias atuando na coleta seletiva do


município de Silves, sendo que não existe atualmente uma cooperativa ou
associação de catadores atuando. Em visita ao município foi possível identificar três
pessoas trabalhando na coleta em pontos da cidade. Destes, nenhum exerce a
profissão como fonte única de renda. O estudo gravimétrico no qual este relatório foi
baseado apresenta as composições dos resíduos sólidos descartados diretamente
no Lixão à céu Aberto, conforme demonstrado no Quadro 338.

Quadro 338 - Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares de Silves


TIPO COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA FRAÇÃO %
Resíduos com Papel/papelão/tetrapak 11,9
potencial de Plásticos 13,0 28,0
reciclagem Metais 3,1
Matéria orgânica 47,9
Resíduos sem Vidro 1,2
potencial de 72,00
reciclagem Madeira -
Outros 22,9
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Considerando os resíduos com possibilidade de reciclagem somados aos resíduos


que podem ser aproveitados para a compostagem, verificamos um potencial de 75%
de materiais que podem retornar como insumos a partir do total que é descartado
atualmente.

Os resíduos com possibilidade de reciclagem deverão ser encaminhados aos Pontos


de Entrega Voluntária (PEVs) ou diretamente aos Galpões de Triagem, onde

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poderão ser separados e acondicionados corretamente para entrega aos locais de
revenda.

11.3.13.1. Instalação do Galpão de Triagem e Acondicionamento

Para instalação dos galpões de triagem será necessária uma área inicial de 147 m²,
considerando a quantidade de mão-de-obra envolvida nos serviços internos do
galpão em cinco pessoas inicialmente, sendo ampliada gradativamente até as
dimensões finais de 405 m² em 20 anos, conforme Quadro 339.

Quadro 339 - Área mínima do galpão de triagem e estocagem para cada período do Plano
ÁREA MÍNIMA POR CATADOR E ENFARDADOR = 38 m²
HORIZONTE TEMPORAL N.o DE CATADORES ÁREA NECESSÁRIA (m²)
Em até 2 anos 5 147
Entre 2 e 5 anos 6 184
Entre 5 e 10 anos 7 258
Entre 10 e 20 anos 11 405
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016
A área apresentada corresponde as instalações dos galpões, sem considerar a área
de tráfego e manobra dos veículos. O terreno adquirido para construção desta
estrutura deverá considerar espaço suficiente para este fim, através de projeto de
implantação adequado.
11.3.13.2. Ponto de Entrega Voluntária Central (PEV Central)

Adotou-se que para o município de Silves com população abaixo de 25 mil


habitantes, uma estrutura de um PEV Central para atender a coleta seletiva. Estas
instalações serão responsáveis pelo recebimento e triagem dos materiais volumosos
e resíduos de construção civil, bem como recebimento de alguns materiais
provenientes da entrega voluntária de resíduos sólidos secos da população.

As unidades propostas deverão ser implantadas em áreas delimitadas, com acesso


e disponibilidade de espaço para manobra de veículos de médio porte, que realizem
o transporte e a descarga de produções, bem como aos equipamentos pertencentes
ao serviço de coleta. Deve ainda ser previsto o uso de equipamentos para o
espalhamento ou a remoção de quantidades compatíveis de rejeitos, que serão
encaminhadas para a unidade de tratamento final, por meio do serviço de coleta do
município.

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Segundo recomendações de alguns autores, os PEVs deverão ser implantados em
áreas de espaço público ou privado onde sejam gerados RCC e/ou áreas verdes
deterioradas (PINTO; GONZALEZ, 2005). Suas dimensões devem estar entre 200 a
600 m².

11.3.13.3. Mão-de-obra necessária para manutenção da Coleta Seletiva


O corpo técnico responsável pela catação, triagem, enfardamento e operação de
equipamentos do Galpão de Triagem e dos PEVs do município de Silves deverá ser
contratado no município, observando-se a premissa de buscar pessoas que
trabalhem direta ou indiretamente com resíduos sólidos. Pelo levantamento em
campo da pesquisa em questão, observou-se pessoas trabalhando como autônomas
na coleta de resíduos secos no município. Para execução do plano, é ideal que se
aproveite a mão-de-obra local que atue nesta área.

O cálculo da mão-de-obra necessária para serviços na Triagem dos resíduos do


Plano de Coleta Seletiva de Silves é apresentado no tópico 3.2.4.2.1. Instalação do
Galpão de Triagem e Acondicionamento. Além destes, serão necessários os
operadores de máquinas e equipamentos e os técnicos responsáveis pelo serviço
“porta-a-porta” de conscientização da população, os quais são apresentados
individualmente Quadro 340.

Quadro 340 - Mão-de-obra necessária para execução da coleta seletiva de Silves


TRIADOR AUXILIAR
HORIZONTE TEMPORAL ADMINISTRADOR TOTAL
ENFARDADOR (ATT/PEV/LEV)
Até 2 anos 5 1 2 8
Entre 2 e 5 anos 6 1 2 9
Entre 5 e 10 anos 7 1 2 10
Entre 10 e 20 anos 11 1 2 13
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Os equipamentos que fazem parte da coleta seletiva também contarão com mão-de-
obra para sua operação. Devido às especificidades de cada localidade, optou-se por
gerar orçamentos para vários tipos de veículos, dimensionando as rotas e frotas de
acordo com a demanda dos municípios. No Quadro 341 apresenta-se a quantidade
de mão-de-obra necessária para os períodos de horizonte temporal.

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Quadro 341 - Mão-de-obra exclusiva aos serviços porta-a-porta para a coleta seletiva de Silves
CAMINHÃO
UTILITÁRIO (HR,
HORIZONTE CAMINHÃO
TRICICLO CARGO 815, VW CAMINHÃO BAÚ
TEMPORAIS COMPACTADOR
DELIVERY OU
DO PLANO SIMILAR)
MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE MOTORISTA AJUDANTE

Em até 2 anos 1 1 1 1 1 2 1 2
Entre 2 e 5
1 1 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 5 e 10
1 1 1 1 1 2 1 2
anos
Entre 10 e 20
2 2 1 1 1 2 1 2
anos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O dimensionamento dos roteiros de coleta elaborados para maximizar a


produtividade em cada município pode ser observado no relatório 10 – Programas,
Projetos e Ações Estruturantes para a Gestão de Resíduos Sólidos e Realização de
Coleta Seletiva.

11.3.13.4. Máquinas e Equipamentos para a manutenção da Coleta Seletiva


Para os equipamentos necessários para elaboração do PRSCS-RMM, foram
considerados manutenção, operação e substituição da frota para o horizonte
temporal de 20 anos de execução do Plano. Foram elaboradas quatro alternativas,
incluindo os diferentes equipamentos para transporte, conforme demonstrado no
Quadro 342.

Quadro 342 - Alternativas de equipamentos para execução da coleta seletiva de Silves


QUANTIDADE
SUBSTITUIÇÃO VALOR VALOR SEM
MANUTENÇÃO
EQUIPAMENTO AQUISIÇÃO DE FROTA AO UNITÁRIO MANUTENÇÃO VALOR TOTAL (R$)
TOTAL (R$)
DIRETA LONGO DE 20 (R$) (R$)
ANOS
Triciclo 2 7 10.600,00 51.999,47 95.400,00 147.399,47
Caminhão HR 1 5 75.900,00 253.289,70 455.400,00 708.689,70
Caminhão Baú 1 4 139.203,63 381.733,51 696.018,15 1.077.751,66
Caminhão
Compactador 10 1 2 174.553,63 178.394,20 523.660,89 702.055,09

Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Além deste custo, é acrescido um valor correspondente à Reserva de Frota,


constando em um porcentual de 10% sobre o contingente no período, considerando
a probabilidade de eventuais problemas inutilizarem temporariamente alguns

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veículos. Para o município de Silves, as quantidades e valores correspondentes
podem ser verificados no Quadro 343.
Quadro 343 - Reserva de frota de equipamentos para execução da coleta seletiva de Silves
EQUIPAMENTO QUANTIDADE DE VEÍCULOS PARA 20 ANOS RESERVA DE FROTA (R$)
Triciclo 4 42.400,00
Caminhão HR 4 303.600,00
Caminhão Baú 4 556.814,52
Caminhão
3 523.660,89
Compactador 10 m³
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Mesmo que os custos de aquisição individual dos equipamentos seja aparentemente


mais viável para o triciclo, a análise da utilização destes equipamentos precisa levar
em consideração uma diversidade de variáveis que interferem no valor final para o
plano, tais quais: a quantidade de resíduos transportada por cada veículo, bem
como produção diária de resíduos do município, as condições de manutenção viária
dos municípios, os tempos de vida útil de cada veículo, condições de manutenção
dos veículos e disponibilidade tecnológica e de mão-de-obra especializada,
necessidade de adequação da estrutura do município para atender ao transporte
rodoviário e fluvial durante o ano, entre outros. Um outro fator de grande
interferência é a mão-de-obra envolvida, visto que quanto maior a quantidade de
veículos, o acréscimo do valor da mão-de-obra aumenta exponencialmente, pois
cada veículo acompanha motorista e Técnico “porta-a-porta”. Devido à grande
complexidade na análise destes fatores, recomenda-se que o Plano de
Sustentabilidade seja avaliado a cada três anos, para identificar possíveis melhorias
nos procedimentos referentes aos equipamentos, adequando as alternativas de
acordo com as diversas situações que possam advir.

Após análise da situação individual para cada alternativa, obteve-se o custo de cada
um dos equipamentos, somado com a mão-de-obra, resultando nos seguintes
valores de aquisição/ manutenção do Plano de Coleta Seletiva em Rio Preto da Eva
para o horizonte de 0 à 20 anos.

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Quadro 344 - Valores obtidos na aquisição de equipamentos e mão-de-obra para operação no
horizonte de 0 a 20 anos da coleta seletiva de Silves
ALTERNATIVAS VALOR (R$) TIPO
1ª Alternativa mais onerosa R$ 3.717.384,12 Caminhão Baú
2ª Alternativa mais onerosa R$ 3.166.356,91 Caminhão Compactador
3ª Alternativa mais onerosa R$ 2.396.012,37 Caminhão HR
4ª Alternativa mais onerosa R$ 1.892.026,45 Triciclo
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

11.3.13.5. Resumo dos Custos da Coleta Seletiva para Silves

Após análise de todas as variáveis, montou-se planilhas resumo com os valores do


programa de coleta seletiva para o município de Silves, incluindo toda a
infraestrutura e mão-de-obra necessária e identificando cada tipo de equipamento de
coleta ao longo do horizonte temporal do projeto.

No Quadro 345 são apresentados valores referentes ao uso do triciclo como meio
de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 345 - Custos da coleta seletiva considerando triciclos adaptados como meio de coleta para
Silves
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 207.753,49 24.182,00 24.182,00 96.728,01 352.845,50


Mão de Obra 475.340,64 800.157,31 1.478.839,44 4.672.182,24 7.426.519,63
Equipamentos 101.666,55 40.428,83 43.343,39 177.204,27 362.643,05
EPI 43.495,87 71.010,37 127.961,58 386.007,79 628.475,61
TOTAL GERAL 828.256,55 935.778,52 1.674.326,41 5.332.122,31 8.770.483,80
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

O Quadro 346 apresenta o uso do caminhão utilitário HR como meio de coleta dos
resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 346 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões utilitários HR como meio de coleta
para Silves
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 207.753,49 24.182,00 24.182,00 96.728,01 352.845,50


Mão de Obra 475.340,64 800.157,31 1.478.839,44 4.119.630,24 6.873.967,63
Equipamentos 323.791,23 262.553,51 265.468,07 567.368,15 1.419.180,97
EPI 43.495,87 71.010,37 127.961,58 332.810,79 575.278,61
TOTAL GERAL 1.050.381,23 1.157.903,20 1.896.451,10 5.116.537,19 9.221.272,71
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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O Quadro 347 apresenta o uso do caminhão baú como meio de coleta dos resíduos
reciclados porta-a-porta.

Quadro 347 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões baú como meio de coleta para
Silves
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 207.753,49 24.182,00 24.182,00 96.728,01 352.845,50


Mão de Obra 512.511,84 855.914,11 1.571.767,44 4.305.486,24 7.245.679,63
Equipamentos 573.239,35 516.864,51 529.504,83 904.860,04 2.524.468,72
EPI 50.199,67 81.066,07 144.721,08 366.329,79 642.316,61
TOTAL GERAL 1.343.704,34 1.478.026,70 2.270.175,35 5.673.404,08 10.765.310,46
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Finalmente apresentamos os custos do uso do caminhão compactador como meio


de coleta dos resíduos reciclados porta-a-porta.

Quadro 348 - Custos da coleta seletiva considerando caminhões compactadores como meio de
coleta para Silves
EM ATÉ 02 ANOS ENTRE 02 E 05 ENTRE 05 E 10 ENTRE 10 E 20
DESCRIÇÃO (R$) ANOS (R$) ANOS (R$) ANOS (R$)
TOTAL (R$)

Infraestrutura 207.753,49 24.182,00 24.182,00 96.728,01 352.845,50


Mão de Obra 512.511,84 855.914,11 1.571.767,44 4.305.486,24 7.245.679,63
Equipamentos 646.942,50 0,00 615.848,30 668.516,30 1.931.307,11
EPI 50.199,67 81.066,07 144.721,08 366.329,79 642.316,61
TOTAL GERAL 1.417.407,50 961.162,19 2.356.518,82 5.437.060,34 10.172.148,85
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Para o horizonte temporal de 20 anos de Plano de Coleta Seletiva, tem-se o valor


mais razoável para o plano em R$ 8.770.483,80, referente a utilização de triciclos
motorizados na coleta seletiva no município de Silves, inclusos os procedimentos de
manutenção, substituição da frota e mão-de-obra de operação.

11.3.13.6. Benefícios a partir da coleta seletiva e reciclagem para Silves


Projeção da Venda de Recicláveis

A inclusão dos custos de referência para a venda de materiais recicláveis e o


possível retorno econômico levam em consideração as frações levantadas da
análise gravimétrica nos municípios, de modo a prever os tipos de materiais que
poderão ser reaproveitados a partir da execução do plano. A meta estipulada ao
longo dos 20 anos do projeto é realizar a reciclagem ou reaproveitamento de até

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80% dos resíduos elegíveis a este fim que atualmente são descartados diretamente
sem retorno.

Considerando que os reciclados por dia de coleta no município de Silves levantados


em campo são 1,30 t/dia, montou-se o Quadro 349. Os custos de compra
apresentados foram coletados no site da web www.cempre.org.br, na qual indica os
valores do mercado nacional para a compra de material reciclado prensado, coletado
diretamente com cooperativas locais:

Quadro 349 - Estimativa do peso dos resíduos por fração gravimétrica de Silves
COMPOSIÇÃO PREÇO DE PREÇO
GRAVIMÉTRICA POR GRUPO PESO ANUAL PESO (t para VENDA EM TOTAL POR
(t ao ano) 20 anos) R$/t PARCELA
GRUPO %
PRENSADA (R$)
Papel/
papelão/ 11,93 58,71 1.174,24 400 469.695,36
tetrapak
Plásticos 13,03 64,13 1.282,51 600 769.505,10
Metais 3,13 15,40 308,08 2400 739.386,33
TOTAL 1.978.586,79
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se, portanto, um valor de mercado para compra dos recicláveis recolhidos e


prensados ao longo dos 20 anos de R$ 1.978.586,79.

Taxa de retorno econômico a partir da recuperação de produtos reciclados

Além da capacidade de comércio dos produtos provenientes da recuperação de


matéria-prima reciclada, a possibilidade de economia no processo produtivo é outro
fator de importância na análise de Sustentabilidade da Coleta Seletiva. A reciclagem
de matéria-prima como papel e alumínio possui grandes benefícios na redução do
uso da matéria-prima original e menor gasto com energia elétrica e água em sua
produção.

Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso utilizar de 10 a 20 árvores, 10


mil litros de água e 5,0 Mw.h de energia, enquanto para se produzir uma tonelada de
papel reciclado é preciso de 1,5 tonelada de papel descartado, 2 mil litros de água e
2,5 Mw.h de energia. Vale ressaltar que o papel reciclado não possui a mesma
qualidade que o papel original (visto que a cada reprocessamento, o papel perde

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celulose que é essencial para dar fibra e manter a consistência das folhas), mas
pode receber muitos usos.

Assim, considerando o levantamento realizado do estudo gravimétrico, podemos


estimar os valores sobre a produção da matéria-prima original e do produto
reciclado, bem como a diferença entre os dois para se ter o custo da economia
relacionada a produção dos insumos:

Quadro 350 - Diferença da produção de insumos entre obtenção da matéria-prima original para o
produto reciclado para Silves
VALOR TOTAL
DESCRIÇÃO DO VALOR TOTAL PARA
PESO PARA O
ITEM DA O PROCESSO DA DIFERENÇA DE
POR PROCESSO DA
COMPOSIÇÃO MATÉRIA-PRIMA VALORES (R$)
GRUPO RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA ORIGINAL (R$)
(R$)
Papel/ papelão/
1.174,24 806.701,78 419.203,11 387.498,67
tetrapak
Plásticos 1.282,51 2.295.690,22 802.850,32 1.492.839,89
Metais 308,08 170.058,86 130.933,00 39.125,86
TOTAL 3.272.450,86 1.352.986,43 1.919.464,43
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Os valores obtidos representam a grande fração de economia envolvendo os


processos de produção da matéria-prima original para os produtos secundários a
partir dos processos da reciclagem, com uma diferença de R$ 1.919.464,43 entre os
dois. A partir destes valores, montou-se uma planilha no mesmo modelo da
diferença da produção dos insumos, agora em relação à energia produzida.

Quadro 351 - Diferença do consumo de energia entre a matéria-prima original para o produto
reciclado para Silves
VALOR TOTAL DO
VALOR TOTAL DO
DESCRIÇÃO DO CONSUMO DE DIFERENÇA
PESO CONSUMO DE ENERGIA
ITEM DA ENERGIA PARA DE
POR PARA PRODUÇÃO A
COMPOSIÇÃO PRODUÇÃO A VALORES
GRUPO PARTIR DE MATÉRIA-
GRAVIMÉTRICA PARTIR DA (R$)
PRIMA ORIGINAL (R$)
RECICLAGEM (R$)
Papel/ papelão/
1.174,24 14.067,38 2.653,78 11.413,60
tetrapak
Plásticos 1.282,51 8.413,26 1.795,51 6.617,74
Metais 308,08 10.530,09 2.406,09 8.124,01
TOTAL 33.010,73 6.855,38 26.155,35
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Tem-se o valor da possibilidade de economia com a energia a ser gerada nos


processos de extração da matéria-prima que gerará os produtos. Esta economia
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apresenta-se no valor de R$ 26.155,35 considerando o tempo de retorno do projeto
de 20 anos. No Quadro 352 é demonstrado a diferença do uso de água.

Quadro 352 - Diferença do uso de água para obtenção da matéria-prima original e o produto
reciclado para Silves
REDUÇÃO DE
DESCRIÇÃO DO ÁGUA NA PREÇO TOTAL
USO NA PREÇO TOTAL
ITEM DA PRODUÇÃO DA NA PRODUÇÃO
RECICLAGEM NA
COMPOSIÇÃO MATÉRIA-PRIMA DA MATÉRIA-
DA MATÉRIA- RECICLAGEM
GRAVIMÉTRICA m³/t PRIMA
PRIMA (m³/t)
Papel/ papelão/
47.556,66 375,76 3.804,53 300,61
tetrapak
Plásticos 2.500,89 25,65 200,07 160,06
Metais 4.128,24 33,89 330,26 264,21
TOTAL 4.334,86 724,87 724,87
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

Dessa forma, tem-se um total de R$ 3.609,99 em economia de água gerada com a


reciclagem, ao compararmos com a obtenção do insumo da matéria-prima original,
um valor baixo em comparação com o montante considerado nos tópicos anteriores.

Redução da Emissão de CO2 pela utilização de materiais reciclados

Além dos custos relacionados que são facilmente observados no processo produtivo
de matéria-prima, a redução da emissão de dióxido de carbono (CO 2) pela utilização
de materiais reciclados é um conceito recente que tem grande interferência nos
processos relacionados ao retorno financeiro do Plano de Sustentabilidade. Ao se
optar pela reciclagem de produtos, ocorre uma economia na emissão de dióxido de
carbono (CO2) na atmosfera, que pode ser revertida financeiramente pela obtenção
de crédito de carbono em mercados especializados.

Mesclando estes valores com as quantidades de resíduos encontradas no município


de Rio Preto da Eva, pode-se estimar a taxa de retorno financeiro das emissões de
dióxido de carbono (CO2) geradas, conforme demonstrado no Quadro 353.

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Quadro 353 - Valores de retorno financeiro da reciclagem em relação a redução da emissão de
dióxido de carbono (CO2) em Silves
CUSTOS AMBIENTAIS CUSTOS AMBIENTAIS
DESCRIÇÃO DO
PESO ASSOCIADOS À ASSOCIADOS À DIFERENÇA
ITEM DA
POR EMISSÃO DE GEES EMISSÃO DE GEES DE
COMPOSIÇÃO
GRUPO PARA PRODUÇÃO PARA RECICLAGEM (t VALORES
GRAVIMÉTRICA
PRIMÁRIA (t CO2e/t) CO2e/t)
Papel/ papelão/
1.174,24 328,79 11,74 317,04
tetrapak
Plásticos 1.282,51 2.488,07 525,83 1.962,24
Metais 308,08 449,79 6,16 443,63
TOTAL 3.266,65 543,73 2.722,91
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016. IPEA, 2010

A partir do exposto, concluímos que o retorno financeiro apresentado na obtenção


de Créditos de Carbono para o município de Silves é calculado em R$ 2.722,91.

Resultado dos benefícios econômicos diretos da reciclagem em Silves

A partir da implantação do Plano de Coleta Seletiva em Silves, espera-se obter


benefícios não somente na área ambiental, com melhor qualidade de vida da
população, diminuindo a quantidade de resíduos dispostas no aterro sanitário, mas
também criando oportunidades de emprego e renda a partir da inclusão de
investimentos na implantação de uma associação de catadores no município,
organizando o processo produtivo de escoamento dos materiais coletados e
dispondo de infraestrutura adequada para o desempenho dos serviços.

Verificamos com este estudo que não há possibilidade de esperar retorno puramente
financeiro que justifique a elaboração do processo de implantação da coleta seletiva
no município. A taxa de retorno apresentada é muito baixa em comparação com os
gastos demandados na operação do sistema. No entanto, devido a necessidade
cada vez mais urgente de medidas que possam minorar os impactos ambientais da
industrialização no meio ambiente, a reciclagem apresenta-se como uma
possibilidade de diminuir a utilização dos insumos de matéria-prima produzidos cada
vez mais escassos, reaproveitando um material que, atualmente é considerado
como rejeito. Os valores apresentados como taxa de retorno do processo da coleta
seletiva e aproveitamento de insumos de produção no processo de reciclagem
somam um montante de R$ 3.930.539,48 ao longo dos 20 anos considerados no
Plano de Coleta Seletiva do Município de Silves. Diminuindo este valor do custo total

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do plano definido para Silves (com uso de Triciclos Motorizados), tem-se um restante
de R$ 4.839.944,32 em despesas diretas/indiretas; ou 54,30 R$/hab.urbano ao ano
do município.

11.4. Considerações sobre Viabilidade Financeira

A partir do exposto, podemos avaliar que os custos de referência indicados para o


Plano de Coleta Seletiva da Região Metropolitana de Manaus necessitará de um
esforço conjunto das associações existentes, do poder público e dos catadores
autônomos existentes, além dos grandes geradores de resíduos e da população em
geral que deverá contribuir ativamente na disposição correta de seus resíduos.

De modo geral, observa-se que apenas as ações de aproveitamento dos resíduos


como a venda dos insumos para reaproveitamento industrial, economia na produção
de matéria prima e redução de energia não serão necessários para custear o
processo do plano para a maioria dos municípios. No entanto, vemos que para
Manaus, onde um processo de coleta seletiva mesmo que pouco organizado já
encontra-se consolidado, há um bom retorno financeiro na questão da
sustentabilidade do plano após sua implantação.

Além de todos os custos apresentados, ainda não foi incluído nos custos finais os
valores de referência do PSAU, demonstrados no tópico 3.2.1.6. os quais dependem
diretamente dos valores de manutenção dos aterros sanitários de cada município.
Para efeito de representação deste custo, se considerará a construção de um aterro
para cada município da região metropolitana (os custos serão referenciados pelo
Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Amazonas, tomando como base os preços
para aterros individuais). A possibilidade do consórcio de gestão de aterros
sanitários entre os municípios adjacentes deverá ser analisada a medida que a
gestão pública destes apresentar interesse na partilha de obrigações quanto a
questão de disposição final de resíduos. Vale indicar que os custos expressos no
Quadro 354 apresentam os valores para os três cenários que representam as
coletas no município de Manaus, visto que a análise das rotas individuais deverá ser
estudada levando em consideração a possibilidade de minimizar a quantidade de
caminhões compactadores que serão utilizados na coleta, bem como interpor as
distâncias das rotas como uma variável importante.

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Quadro 354 - Resumo dos custos referentes ao PRSCS – RMM - Investimentos

INSTALAÇÕES PARA SOMATÓRIO DOS


MUNICÍPIO MÃO-DE-OBRA (R$) EQUIPAMENTOS (R$) EPIS (R$)
COLETA SELETIVA (R$) INVESTIMENTOS (R$)

Autazes 946.513,84 16.278.979,20 1.861.619,14 1.257.829,04 20.344.941,22


Careiro 1.270.602,54 20.620.166,40 1.668.294,40 1.570.897,68 25.129.961,02
Careiro da Várzea 485.721,87 11.032.070,40 404.267,74 897.795,92 12.819.855,93
Iranduba 17.455.746,73 243.059.695,20 7.586.907,15 17.366.154,36 285.468.503,44
Itacoatiara 4.397.495,73 81.673.132,80 10.200.429,08 6.293.121,28 102.564.178,89
Itapiranga 660.231,17 12.359.995,20 1.440.576,49 938.295,24 15.399.098,10
Manacapuru 3.549.879,13 63.474.321,60 4.853.127,71 4.945.037,52 76.822.365,96
Manaquiri 485.721,87 9.378.777,60 348.633,29 757.658,72 10.970.791,48
Manaus - Cenário 1 152.634.998,16 3.031.626.940,80 294.500.277,71 228.848.559,12 3.707.610.775,79
Manaus - Cenário 2 152.634.998,16 2.977.094.388,00 162.550.204,00 231.384.715,72 3.523.664.305,88
Manaus - Cenário 3 152.634.998,16 2.948.665.680,00 145.008.040,67 228.046.149,72 3.474.354.868,55
Novo Airão 759.950,77 14.019.436,80 2.078.633,87 1.090.543,76 17.948.565,20
Presidente Figueiredo 2.018.499,54 33.227.937,60 1.958.167,79 2.405.168,12 39.609.773,05
Rio Preto da Eva 1.581.815,11 23.633.404,80 2.015.958,95 1.835.651,36 29.066.830,22
Silves 352.845,50 7.426.519,63 362.643,05 628.475,61 8.770.483,80
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

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Vemos como resultado para os investimentos que o cenário 3 representa um total de
R$ 4.119.270.216,84, sendo a alternativa mais viável para implantação no plano de
coleta seletiva. Os cenários 1 e 2 resultaram valores de R$ 4.352.526.124,08 e R$
4.157.608.862,69, respectivamente.

A partir dos dados expostos para cada município, podemos expressar os benefícios
financeiros que o plano de coleta seletiva terá como resultado a partir da venda dos
recicláveis, o retorno financeiro na geração de matéria prima, redução do consumo
de energia elétrica, água e redução das emissões de carbono do processo produtivo
do produto a partir da matriz primária. Incluímos à este custo os valores gerados do
Pagamento de Serviços Ambientais Urbanos, uma parcela indicativa do retorno
econômico da geração de resíduos diretamente aliviada dos aterros sanitários.

Quadro 355 - Resumo dos custos referentes ao PRSCS – RMM – Retorno Financeiro
ECONOMIA DE SOMATÓRIO DO
MUNICÍPIO MATERIAIS E INSUMOS PSAU (R$) RETORNO FINANCEIRO
E GEE (R$) (R$)
Autazes 8.720.884,46 28.200,36 8.749.084,82
Careiro 9.253.145,01 40.123,30 9.293.268,31
Careiro da Várzea 982.634,87 2.954,82 985.589,69
Iranduba 44.128.494,23 600.242,49 44.728.736,73
Itacoatiara 39.399.709,97 145.408,08 39.545.118,06
Itapiranga 7.893.833,45 20.476,36 7.914.309,81
Manacapuru 30.093.192,12 113.579,01 30.206.771,12
Manaquiri 4.086.123,33 14.774,08 4.100.897,41
Manaus - Cenário 1 3.061.671.187,36 6.206.773,84 3.067.877.961,21
Manaus - Cenário 2 3.061.671.187,36 6.206.773,84 3.067.877.961,21
Manaus - Cenário 3 3.061.671.187,36 6.206.773,84 3.067.877.961,21
Novo Airão 11.805.738,92 24.416,12 11.830.155,03
Presidente Figueiredo 16.557.397,54 67.960,78 16.625.358,32
Rio Preto da Eva 7.631.797,48 49.091,43 7.680.888,91
Silves 3.930.539,48 9.797,55 3.940.337,03
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

Incluindo os valores do PSAU, tem-se como retorno financeiro um montante de R$


3.253.478.476,44 para todos os cenários apresentados. O Quadro 356 apresenta os
valores somados dos investimentos e do retorno financeiro, indicando na coluna
“Consolidação” a diferença entre os valores. A coluna “Valor Consolidado”
representa os custos da diferença dividido pela população de cada município e pelos

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20 anos de previsão do plano, para indicar o valor anual necessário por habitante
para gerir as despesas não suportadas pelo retorno financeiro.

Quadro 356 - Consolidação da sustentabilidade financeira do PRSCS-RMM


SOMATÓRIO SOMATÓRIO
VALOR
DOS DO RETORNO CONSOLIDAÇÃO
MUNICÍPIO CONSOLIDADO
INVESTIMENTOS FINANCEIRO (R$)
R$/HAB.ANO
(R$) (R$)
Autazes 20.344.941,22 8.749.084,82 11.595.856,40 34,69
Careiro 25.129.961,02 9.293.268,31 15.836.692,70 69,59
Careiro da Várzea 12.819.855,93 985.589,69 11.834.266,25 197,04
Iranduba 285.468.503,44 44.728.736,73 240.739.766,71 302,19
Itacoatiara 102.564.178,89 39.545.118,06 63.019.060,83 46,97
Itapiranga 15.399.098,10 7.914.309,81 7.484.788,29 51,65
Manacapuru 76.822.365,96 30.206.771,12 46.615.594,83 34,06
Manaquiri 10.970.791,48 4.100.897,41 6.869.894,07 37,38
Manaus - Cenário 1 3.707.610.775,79 3.067.877.961,21 639.732.814,58 15,15
Manaus - Cenário 2 3.523.664.305,88 3.067.877.961,21 455.786.344,67 10,79
Manaus - Cenário 3 3.474.354.868,55 3.067.877.961,21 406.476.907,34 9,62
Novo Airão 17.948.565,20 11.830.155,03 6.118.410,16 25,94
Presidente
39.609.773,05 16.625.358,32 22.984.414,73 68,95
Figueiredo
Rio Preto da Eva 29.066.830,22 7.680.888,91 21.385.941,31 66,11
Silves 8.770.483,80 3.940.337,03 4.830.146,77 54,19
Fonte: Elaborado pelo autor, 2016

É interessante apresentar os casos de Iranduba e Careiro da Várzea, que


apresentam custos altos em relação aos outros municípios. Iranduba possui
projeção populacional alta em resposta aos atuais investimentos pela Gestão
Pública Estadual a partir da inauguração da Ponte Rio Negro e em breve as
instalações da Cidade Universitária no entorno, o que deverá ampliar
consideravelmente a população do município. No caso de Careiro da Várzea, os
custos apresentados para inclusão da coleta seletiva no município não possuem
alternativas mais viáveis a serem apresentadas, sendo que haverá a necessidade de
transporte aquaviário para coleta durante os períodos de alagamento, o que
encarece o valor final do plano.

Com base nos resultados obtidos, podemos concluir que a possibilidade da


execução do Plano de Coleta Seletiva na Região Metropolitana terá resultados que
gerarão um retorno não somente na área ambiental, através do impacto no meio
urbano pela minimização do problema atualmente percebido de lixeiras viciadas, má
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gestão da reciclagem e falta de infraestrutura no escoamento dos insumos
resgatados pela coleta seletiva, acúmulo de resíduos secos nos aterros sanitários
que poderiam ser reaproveitados ou reciclados minorando o volume de resíduos e
gerando ainda mais despesas ao poder público, mas também trará retorno
econômico e social para os municípios da região, através da educação da população
quanto à necessidade de gerenciar os resíduos gerados através da separação dos
resíduos com possibilidade de reciclagem, limpeza dos espaços públicos tais quais
praças, igarapés e vias públicas e inclusão de uma classe profissional pouco
reconhecida na maior parte do Estado mas que presta grande serviço aos órgãos de
limpeza pública municipal que são os catadores.

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12. CONCLUSÕES

O Relatório Final do PRSCS-RMM compila todas as informações sobre o diagnóstico


da situação atual do gerenciamento e manejo dos resíduos sólidos na Região
Metropolitana de Manaus, bem como sobre os métodos e procedimentos adotados
no levantamento dessas informações.
O diagnóstico mostrou a existência, ao mesmo tempo, de grandes avanços na
construção de um sistema de gestão de resíduos sólidos, como no caso do
PLAMSAN, e de grandes carências, como no caso da persistência do descarte em
lixeiras e vazadouros e a inexistência de programas de coleta seletiva na maioria
dos municípios, e das consequentes baixas taxas de reuso e reciclagem. Mostrou,
também, que o tema está na pauta da agenda estadual de investimentos e com um
ambiente institucional muito favorável para a implementação dos ajustes
necessários.
A partir do diagnóstico e das expectativas de desenvolvimento futuro, o PRSCS-
RMM desenvolveu prognósticos da evolução da situação dos resíduos Região
Metropolitana. As proposições e os respectivos custos associados aos prognósticos
são apresentados para a definição das necessidades a serem providenciadas e das
metas a serem alcançadas durante a implementação do Plano.
Em um momento seguinte, o PRSCS-RMM deverá ser inserido nas discussões
sobre os Planos Plurianuais e os respectivos orçamentos anuais que viabilizarão a
efetiva implementação do Plano. Em caso de insuficiência de recursos
orçamentários, o PRSCS-RMM servirá de base para a implantação de taxas e
tarifas, bem como para a captação de recursos de empréstimos ou de recursos não
reembolsáveis para o suprimento dos fundos necessários.
A conclusão e implementação dos acordos setoriais para a logística reversa, no
Amazonas e na Região Metropolitana de Manaus, nos termos da Lei Federal n.o
12.305, é fundamental para o alcance de resultados efetivos e adequados em
termos de ajustes das metas e da distribuição dos custos entre todos os agentes
envolvidos na gestão dos resíduos. Para tanto, o estado do Amazonas deve
acompanhar de perto todas as discussões e ações desenvolvidas na esfera federal
sobre o tema.

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É necessário que a elaboração do Plano Operacional do PRSCS-RMM seja feita em
um processo participativo que integre todas as forças da sociedade. Essa ação
deverá resultar no Projeto de Implementação do PRSCS-RMM.

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providências. Brasília, DF, 2006.

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Programa Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão Social e
Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis o Comitê
Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo criado pelo Decreto de 11
de setembro de 2003, dispõe sobre sua organização e funcionamento, e dá outras
providências. Brasília, DF, 2010.

BRASIL. Decreto Federal n.o. 7.404 de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a


Lei Federal n.o 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos

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