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COMUNICAÇÃO

SEM FIO
Tema:
● Topologia(infraestrutura/ cliente servidor)
● Padrão 802.11
● Bluetooth

Introdução às Redes de Comunicação


Professor: Dr. Miguel Angel Orellana Postigo
Alunos:
1. AFONSO AGUIAR DE CARVALHO
2. BRUNO SOARES SOMBRA
3. INALDO TSUYOSHI FARIAS NISHIKI
4. JULIANO NIKOLAS QUEIROZ
5. VICTOR MANOEL MARQUES MARINHO
TOPOLOGIA
• A topologia de rede descreve o modo como todos os dispositivos estão ligados entre si e a forma como se
processa a troca de informação entre eles.
• Essa topologia garante a redução de custos e o aumento da eficiência do sistema por meio da combinação
de recursos.
Topologia - Ad-Hoc
1. Conexões Diretas: Dispositivos se comunicam diretamente uns com os outros, sem a necessidade de um ponto de acesso
intermediário. Cada dispositivo age como um nó e pode se conectar a outros dispositivos na rede;
2. Flexibilidade: Essa topologia é altamente flexível, sendo adequada para situações em que não há um ponto de acesso
central disponível ou quando a mobilidade é importante, como em redes de dispositivos móveis ou em situações de
emergência;
Vantagens:
● Implantação Rápida: São ideais em situações onde a infraestrutura de rede está ausente ou é difícil de estabelecer, como
em áreas remotas ou emergências.
● Baixo Custo: Geralmente requerem menos equipamentos e investimentos em infraestrutura, tornando-se uma opção
econômica em comparação com redes tradicionais.

Desvantagens:
● Escalabilidade Limitada: Conforme o número de dispositivos aumenta, a complexidade e o tráfego na rede também
crescem, podendo causar sobrecarga e degradação de desempenho.
● Segurança: Redes ad hoc podem ser vulneráveis a ataques, pois não possuem um ponto central de controle. A
autenticação e criptografia devem ser implementadas para proteger os dados.
Topologia - Infraestrutura
1. Ponto de Acesso Central: Essa topologia utiliza um ponto de acesso (AP) como centralizador das comunicações. Os
dispositivos sem fio se conectam ao ponto de acesso, que atua como um hub central para gerenciar o tráfego.
2. Escalabilidade e Gerenciamento: A topologia de infraestrutura é mais escalável para redes maiores, pois o ponto de
acesso lida com as conexões e gerencia o tráfego. Isso simplifica o gerenciamento e evita a complexidade de comunicação
direta entre dispositivos.
Topologia - Malha sem Fio (Wireless Mesh)
1. Malha de Dispositivos Interconectados: Na topologia wireless mesh, os dispositivos se conectam uns aos outros
formando uma malha interconectada, em vez de dependerem de um ponto de acesso central. Cada dispositivo na rede
pode atuar como um roteador para encaminhar dados para outros dispositivos.
2. Redundância e Resiliência: A malha oferece alta redundância, pois múltiplos caminhos podem ser usados para transmitir
dados. Se um nó falhar, a comunicação pode ser roteada por outros nós, aumentando a resiliência da rede.
TOPOLOGIA
Cliente-servidor: A topologia cliente-servidor em redes sem fio é um modelo de arquitetura de rede em que dispositivos sem fio são organizados de acordo
com suas funções e papéis. Nesse tipo de topologia, existem dois tipos principais de dispositivos:

● Clientes: Os dispositivos clientes são aqueles que acessam os recursos e serviços fornecidos pela rede sem fio. Esses dispositivos podem ser laptops,
smartphones, tablets ou qualquer outro dispositivo com capacidade de comunicação sem fio. Eles solicitam e utilizam serviços ou recursos oferecidos pelos
servidores.
● Servidores: Os dispositivos servidores são responsáveis por fornecer recursos, serviços e informações para os dispositivos clientes. Eles podem ser
servidores físicos dedicados, computadores ou dispositivos especializados. Os servidores armazenam e gerenciam os dados e aplicativos que os clientes
acessam. Eles atendem às solicitações dos clientes e fornecem as informações solicitadas.
TOPOLOGIA
Além dos dispositivos clientes e servidores também podem se descritos :

● Rede: A rede é a infraestrutura que conecta os clientes ao servidor. Ela pode ser local, como uma rede de área local (LAN), ou global, como a internet.

● Protocolos de comunicação: Os protocolos de comunicação trata-se de um conjunto de regras e procedimentos que regem a comunicação entre o
cliente-servidor. Entre os protocolos mais comuns estão o HTTP (Hypertext Transfer Protocol) usado na web, o SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)
usado no e-mail e o FTP (File Transfer Protocol) usado para transferir arquivos.

● Banco de dados: O banco de dados é um componente opcional em uma estrutura cliente-servidor e pode ser usado pelo servidor para armazenar e
gerenciar dados usados pelos clientes. Estes dados, podem incluir informações do usuário, de aplicativos ou informações críticas de negócios.

● Interface de programação de aplicativos (API): Trata-se de uma camada de software que permite que os aplicativos se comuniquem com o servidor
e acessem seus serviços ou recursos. As APIs podem ser usadas para desenvolver aplicativos personalizados que se integram facilmente com o
servidor.

A comunicação entre clientes e servidores ocorre através de redes sem fio, como Wi-Fi, Bluetooth ou outras tecnologias de comunicação sem fio. Os clientes se
conectam aos servidores para acessar serviços, compartilhar informações ou executar tarefas específicas.
TOPOLOGIA
TOPOLOGIA
● Arquitetura Clássica Cliente-Servidor: Nessa abordagem, os clientes enviam solicitações ao servidor
central e aguardam respostas. O servidor lida com a lógica de negócios, gerenciamento de dados e recursos.
Os clientes podem ser aplicativos de desktop, dispositivos móveis ou outros dispositivos que interagem com
o servidor pela rede. É um modelo simples e amplamente utilizado.
TOPOLOGIA
● Arquitetura cliente-servidor de três camadas: essa arquitetura divide o aplicativo em três camadas distintas: a
camada de apresentação, a camada de lógica de negócios e a camada de dados. A camada de apresentação (cliente)
é responsável pela interface e interação com o usuário. A camada de lógica de negócios lida com regras e processos
de negócios, enquanto a camada de dados gerencia o armazenamento e o acesso às informações. Essa abordagem
facilita o dimensionamento e a manutenção.
TOPOLOGIA
● Arquitetura Cliente-Servidor N-Tier: Semelhante à arquitetura de três camadas, mas com a possibilidade
de dividir a lógica da aplicação em camadas mais intermediárias. Isso permite um nível mais alto de
modularidade e flexibilidade, separando diferentes aspectos do aplicativo em componentes separados.
TOPOLOGIA
TOPOLOGIA
● Arquitetura cliente-servidor distribuída: nesta variante, o servidor é composto por vários nós distribuídos
geograficamente. Os clientes se comunicam com esses nós para acessar recursos e serviços. Essa arquitetura
pode melhorar a escalabilidade e a disponibilidade, pois os nós podem trabalhar juntos para atender às
demandas.
TOPOLOGIA
● Arquitetura cliente-servidor baseada na web: neste modelo, o cliente é um navegador da
web e o servidor hospeda aplicativos e serviços da web. As interações são feitas através de
protocolos como HTTP ou HTTPS. Isso levou ao surgimento de aplicativos da Web e serviços
online acessíveis a partir de diferentes dispositivos.
TOPOLOGIA
● Arquitetura Cliente-Servidor P2P (Peer-to-Peer): Nesse modelo, os clientes também atuam
como servidores, compartilhando recursos diretamente entre si sem depender de um servidor
central. É comumente usado em aplicativos de compartilhamento de arquivos e redes
descentralizadas.
TOPOLOGIA
● Arquitetura cliente-servidor sem estado: nessa abordagem, cada solicitação do cliente para o servidor é tratada como
uma transação separada e o servidor não armazena informações sobre interações anteriores. Isso facilita a escalabilidade,
pois os servidores podem lidar com as solicitações com mais eficiência, mas podem exigir que os dados necessários
sejam fornecidos em cada solicitação.

● Stateful Client-Server Architecture: Ao contrário da arquitetura stateless, aqui o servidor mantém informações sobre o
estado de sessões anteriores ou interações com o cliente. Isso é útil para aplicativos que exigem rastreamento de sessão
ou retenção de informações nas interações.

● Arquitetura Híbrida Cliente-Servidor: Essa arquitetura combina recursos de várias abordagens para atender a
necessidades específicas. Ele pode incorporar elementos de abordagens de três camadas, distribuídas e outras com base
nos requisitos do aplicativo.
TOPOLOGIA
A topologia Cliente servidor apresenta como vantagens da topologia cliente-servidor em redes sem fio:

● Centralização: A arquitetura cliente-servidor permite uma centralização de recursos e gerenciamento. Isso facilita a manutenção, atualização e
monitoramento dos serviços oferecidos pela rede.
● Segurança: A centralização dos dados e serviços nos servidores pode permitir uma implementação mais eficaz de medidas de segurança, como
firewalls, sistemas de detecção de intrusões e autenticação.
● Controle de Acesso: Os servidores podem controlar o acesso aos recursos, garantindo que apenas dispositivos autorizados possam acessar
informações confidenciais ou executar determinadas ações.
● Escalabilidade: A adição de novos clientes ou expansão de serviços geralmente pode ser gerenciada de maneira mais eficiente nos servidores, sem
a necessidade de alterações significativas nos dispositivos clientes.

● Backup e Recuperação: Os servidores podem ser configurados para realizar backups regulares dos dados, facilitando a recuperação em caso de
falhas ou perda de dados.

No entanto, a topologia cliente-servidor também apresenta algumas desvantagens, como a dependência dos servidores (se um servidor falhar, os serviços
podem ser afetados) e a possível latência na comunicação entre clientes e servidores, especialmente em redes sem fio congestionadas.
PADRÃO 802.11
● O padrão 802.11 se refere a um conjunto de especificações desenvolvidas pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos
(IEEE) para redes locais sem fio (WLANs). Essas especificações estabelecem os protocolos e as diretrizes para comunicação sem
fio, permitindo a conectividade de dispositivos através de tecnologias como Wi-Fi.
● O nome "802.11" é seguido por letras adicionais e números para identificar variantes específicas ou emendas do padrão.
● Cada emenda ou variante do padrão 802.11 busca melhorar aspectos específicos das redes sem fio, como velocidade de
transferência, alcance, segurança e eficiência em ambientes densos.
● As redes Wi-Fi modernas geralmente suportam várias dessas emendas, permitindo que dispositivos se conectem usando o
padrão mais adequado às suas necessidades e às condições do ambiente.

● Pode-se apontar como principais grupos wireless: 802.11 (Rede local sem fio - WLAN) , 802.15( Redes locais pessoais sem fio -
WPAN - e sua interoperabilidade com as WLAN’s), 802.16(Redes metropolitanas de acesso sem fio - WMAN), 802.20(Redes de
acesso sem fio com usuários móveis - proposta), 802.22(Redes de acesso sem fio para zonas rurais)
PADRÃO 802.11
PADRÃO 802.11
● 802.11a: Introduziu a operação em frequências de 5 GHz, proporcionando maior largura de banda em comparação com as redes sem fio
convencionais de 2,4 GHz. No entanto, a cobertura de sinal é geralmente menor em frequências mais altas.

● 802.11b: Utiliza a frequência de 2,4 GHz e oferece uma taxa de transmissão menor em comparação com o 802.11a, mas com melhor
alcance e penetração em obstáculos.

● 802.11g: Também opera em 2,4 GHz, mas oferece uma taxa de transferência maior do que o 802.11b, tornando-se uma escolha popular
para muitas redes domésticas e empresariais.

● 802.11n: Introduziu tecnologias de MIMO (Multiple-Input Multiple-Output), que utilizam múltiplas antenas para melhorar a velocidade e
a confiabilidade da conexão. Opera nas frequências de 2,4 GHz e 5 GHz.

● 802.11ac: Opera exclusivamente em frequências de 5 GHz e oferece melhorias significativas na largura de banda e eficiência em
comparação com os padrões anteriores. Também faz uso de técnicas MIMO avançadas.

● 802.11ax (Wi-Fi 6): Introduzido para melhorar ainda mais a eficiência e o desempenho em ambientes com muitos dispositivos
conectados. Oferece melhor gerenciamento de tráfego e redução de congestionamento.
PADRÃO 802.11
Bluetooth é uma tecnologia de comunicação sem fio que permite que
computadores, celulares, tablets, TVs e afins troquem dados entre si e se
conectem a mouses, teclados, fones de ouvido, caixas de som,
impressoras e outros dispositivos por meio de ondas de rádio. A ideia é
BLUETOOTH permitir que esses aparelhos se interliguem de modo rápido,
descomplicado e sem uso de cabos, bastando que um esteja próximo do
outro.
Bluetooth é um padrão global de
comunicação sem fio e de baixo consumo de
energia que permite a transmissão de dados
entre dispositivos, desde que um esteja
próximo do outro. Uma combinação de
hardware e software é utilizada para permitir
que esse procedimento ocorra entre os mais
variados tipos de aparelhos.
BLUETOOTH
A transmissão de dados é feita por meio de
Definição radiofrequência, característica que permite
que um dispositivo detecte o outro
independentemente de suas posições físicas,
sendo necessário apenas que ambos estejam
dentro do limite de proximidade (via de regra,
quanto mais perto um estiver do outro,
melhor).
BLUETOOTH
Classes

Classe 1: potência Classe 2: potência Classe 3: potência


máxima de 100 mW máxima de 2,5 mW, máxima de 1 mW,
(miliwatt), alcance alcance de até 10 alcance de até 1
de até 100 metros; metros; metro.

A Classe 2 é a mais usada, logo, a maioria dos dispositivos trabalha com


alcance de até 10 metros. Há ainda a Classe 4, que é destinada a
dispositivos que consomem muito pouca energia: sua potência é de 0,5
mW; o alcance é de meio metro, aproximadamente.
BLUETOOTH – Breve história
1. A história do Bluetooth começa em 1994. Naquele ano, a Ericsson estudava o desenvolvimento de uma tecnologia capaz de permitir a
comunicação entre telefones celulares e acessórios utilizando sinais de rádio de baixo custo em vez dos tradicionais cabos.
2. O estudo foi feito com base em um projeto que investigava o uso de mecanismos de comunicação em redes de telefones celulares,
trabalho que resultou em um sistema de rádio de curto alcance que recebeu o nome MC-Link. Com a evolução do projeto, a Ericsson
percebeu que o MC-Link poderia ser um sucesso: seu principal atrativo era a implementação relativamente fácil e barata.
3. Em 1997, o projeto começou a despertar o interesse de outras empresas que, logo, passaram a fornecer apoio. Por conta disso, em 1998,
foi criado o consórcio Bluetooth SIG (Bluetooth Special Interest Group), formado pelas companhias Ericsson, Intel, IBM, Toshiba e Nokia
(dezenas de outras companhias aderiram ao consórcio com o passar do tempo).
4. Repare que o grupo envolvia inicialmente duas "gigantes" das telecomunicações (Ericsson e Nokia), dois nomes de peso na fabricação de
PCs (IBM e Toshiba) e a líder no desenvolvimento de chips e processadores (Intel). Tamanha diversidade foi importante para permitir o
desenvolvimento de padrões que garantissem o uso e a interoperabilidade da tecnologia nos mais variados dispositivos.
5. A partir daí, o Bluetooth começou a virar realidade, começando pela adoção desse nome. A denominação Bluetooth é uma homenagem a
um rei dinamarquês chamado Harald Blåtand, mais conhecido como Harald Bluetooth (Haroldo Dente-Azul).
6. Um de seus grandes feitos foi a unificação da Dinamarca e da Noruega, e é em alusão a esse fato que o nome Bluetooth foi escolhido, como
que para dizer que a tecnologia proporciona a unificação de variados dispositivos. Não por acaso, o logotipo da tecnologia Bluetooth
consiste na junção de dois símbolos nórdicos que correspondem às iniciais do monarca.
BLUETOOTH
Frequência e comunicação
1. O Bluetooth é uma tecnologia criada para funcionar no mundo todo, razão pela qual se fez necessária a adoção de uma frequência de rádio aberta e aceita em
praticamente qualquer lugar do planeta. A faixa ISM (Industrial, Scientific, Medical), que opera à frequência de 2,45 GHz, é a que mais se aproxima dessa
necessidade, sendo utilizada em vários países, com variações que vão de 2,4 GHz a 2,5 GHz.
2. Como a faixa ISM é aberta, isto é, pode ser utilizada por qualquer sistema de comunicação, é necessário garantir que o sinal do Bluetooth não sofra
interferência, assim como não a gere. O esquema de comunicação FH-CDMA (Frequency Hopping — Code-Division Multiple Access), usado no Bluetooth,
possibilita essa proteção, pois faz a frequência ser dividida em vários canais. O dispositivo que estabelece a conexão muda de um canal para outro de maneira
bastante rápida. Esse procedimento é chamado "salto de frequência" (frequency hopping) e permite que a largura de banda seja muito pequena, diminuindo
sensivelmente as chances de interferência.
3. Como um dispositivo se comunicando via Bluetooth pode tanto receber quanto transmitir dados (modo full-duplex), a transmissão é alternada entre slots para
transmitir e slots para receber, um esquema denominado FH/TDD (Frequency Hopping / Time Division Duplex). Esses slots são canais divididos em períodos de
625 µs (microssegundos). Cada salto de frequência deve ser ocupado por um slot, fazendo com que se tenha, em 1 segundo, 1.600 saltos.
4. No que se refere ao enlace, isto é, à ligação entre o emissor e receptor, o Bluetooth faz uso, basicamente, de dois padrões: SCO (Synchronous
Connection-Oriented) e ACL (Asynchronous Connection-Less).
5. O primeiro estabelece um link sincronizado entre o dispositivo emissor e o dispositivo receptor, separando slots para cada um. Assim, o SCO acaba sendo
utilizado principalmente em aplicações de envio contínuo de dados, como transmissão de voz. Por funcionar dessa forma, o SCO não permite a retransmissão de
pacotes de dados perdidos. Quando ocorre perda em uma transmissão de áudio, por exemplo, o dispositivo receptor acaba reproduzindo som com ruído.
6. O padrão ACL, por sua vez, estabelece um link entre o dispositivo que inicia e gerencia a comunicação e os demais que estão em sua rede. Esse link é
assíncrono, utilizando slots previamente livres. Ao contrário do SCO, o ACL permite o reenvio de pacotes de dados perdidos, garantindo a integridade das
informações trocadas entre os dispositivos. Assim, esse padrão acaba sendo útil para aplicações que envolvem transferência de arquivos, por exemplo.
BLUETOOTH
Redes
1. Quando dois ou mais dispositivos se comunicam por meio de uma conexão Bluetooth, eles formam
uma rede denominada piconet. Nessa comunicação, o dispositivo que iniciou a conexão assume o
papel de master (mestre), enquanto que os demais dispositivos se tornam slave (escravos). Cabe ao
master a tarefa de regular a transmissão de dados na rede e o sincronismo entre os dispositivos.
2. Cada piconet pode suportar até oito dispositivos (um master e sete slaves), no entanto, é possível
elevar esse número a partir da sobreposição de piconets. Esse procedimento consiste em fazer uma
piconet se comunicar com outra que está dentro do limite de alcance, esquema este
denominado scatternet.
3. Note que um dispositivo slave consegue fazer parte de mais de uma piconet ao mesmo tempo, no
entanto, um master pode ocupar essa posição somente em uma única piconet.
4. Para que cada dispositivo saiba quais outros fazem parte de sua piconet, é necessário fazer uso de
um método de identificação. Para tanto, um dispositivo que deseja se conectar a uma piconet já
existente pode emitir um sinal denominado Inquiry.
5. Os dispositivos que recebem o sinal respondem com um pacote FHS (Frequency Hopping
Synchronization), informando a sua identificação e os dados de sincronização da piconet. Com base
nessas informações, o dispositivo pode então emitir um sinal chamado Page para estabelecer uma
conexão com outro dispositivo.
6. Como o Bluetooth é uma tecnologia que oferece economia de energia como vantagem, um terceiro
sinal denominado Scan é utilizado para fazer dispositivos ociosos entrarem em stand-by, isto é,
operem em um "modo de descanso", poupando energia elétrica. Todavia, dispositivos nesse estado
são obrigados a "acordar" periodicamente para checar se há outros aparelhos tentando estabelecer
conexão.
BLUETOOTH
Redes
BLUETOOTH – Protocolos de transporte,
middleware e aplicação
1. Assim como em qualquer tecnologia de comunicação, o Bluetooth precisa de uma série de protocolos para
funcionar, cada um atendendo a um fim específico. Os mais importantes são chamados de protocolos
núcleo ou protocolos de transporte e são divididos, basicamente, nas seguintes camadas:
2. - RF (Radio Frequency): como o nome indica, camada que lida com os aspectos relacionados ao uso de
radiofrequência;
3. - Baseband: camada que determina como os dispositivos localizam e se comunicam com outros aparelhos
via Bluetooth. É aqui, por exemplo, que se define como dispositivos se conectam dentro de uma piconet,
sendo também onde os padrões SCO e ACL (mencionados anteriormente) atuam;
4. - LMP (Link Manager Protocol): essa camada responde por aspectos da comunicação em si, lidando com
parâmetros de autenticação, taxas de transferência de dados, criptografia, níveis de potência, entre outros;
5. - HCI (Host Controller Interface): camada que disponibiliza uma interface de comunicação com hardware
Bluetooth, proporcionando interoperabilidade entre dispositivos distintos;
6. - L2CAP (Logical Link Control and Adaptation Protocol): essa camada serve de ligação com camadas
superiores e inferiores, lida com parâmetros de QoS (Quality of Service — Qualidade de Serviço), entre outros.
7. Podemos encontrar ainda os chamados protocolos middleware, que possibilitam compatibilidade com
aplicações já existentes por meio de protocolos e padrões de outras entidades, entre eles, o IP (Internet
Procotol), o WAP (Wireless Application Procotol), o PPP (Point-to-Point Protocol) e o OBEX (Object Exchange).
8. Há também um grupo chamado protocolos de aplicação que faz referência ao uso do Bluetooth em si pelos
dispositivos. Para fins de compatibilidade e interoperabilidade, esses protocolos são divididos em perfis.
Cada perfil Bluetooth especifica como um equipamento deve implementar a tecnologia.
9. Há, por exemplo, um perfil para fones de ouvido sem fio, outro para distribuição de áudio, outro para
sincronização de dispositivos e assim por diante.
1. Bluetooth 1.0 e 10B - O Bluetooth 1.0 e o Bluetooth 1.0B representam as primeiras especificações do
Bluetooth. Por isso, os fabricantes encontravam problemas que dificultavam a sua implementação e a
interoperabilidade entre dispositivos — nessa época, a tecnologia ainda estava "crua", por assim dizer.A
velocidade padrão do Bluetooth 1.0 é de 721 Kb/s.
2. Bluetooth 1.1 - Lançado em fevereiro de 2001, o Bluetooth 1.1 marca o estabelecimento do Bluetooth
como o padrão IEEE 802.15. Nele, muitos problemas encontrados na versão 1.0B foram solucionados e o
suporte ao RSSI (Received Signal Strength Indication), sistema que mede a potência de recepção de sinal, foi
implementado. A velocidade padrão foi mantida em 721 Kb/s.
3. Bluetooth 1.2 - Lançado em novembro de 2003, o Bluetooth 1.2 tem como principais novidades conexões
mais rápidas, proteção melhorada contra interferências, suporte aperfeiçoado a scatternets e
processamento de voz mais avançado. Essa versão também não trouxe alteração no limite de
transferência de dados.

BLUETOOTH – Versões
1.Bluetooth 2.0 - surgiu oficialmente em novembro de 2004 e trouxe importantes aperfeiçoamentos à
tecnologia: diminuição do consumo de energia, aumento na velocidade de transmissão de dados para
até 3 Mb/s (2,1 Mb/s efetivos), correção das falhas existentes na versão 1.2 e comunicação melhorada
entre os dispositivos.
A velocidade maior dessa versão, na verdade, é "opcional". Isso porque o Bluetooth 2.0 passou a
contar com o padrão EDR (Enhanced Data Rate), que consegue praticamente triplicar a taxa de
transferência de dados da tecnologia.
Um dispositivo Bluetooth 2.0 não precisa, obrigatoriamente, do EDR para funcionar. Nessa
circunstância, todas as características dessa versão continuam presentes, mas a sua velocidade se
mantém em até 721 Kb/s.
2.Bluetooth 2.1 e EDR - Lançada em agosto de 2007, o Bluetooth 2.1 possui como principais destaques
o acréscimo de mais informações nos sinais Inquiry (permitindo um processo de seleção apurado dos
dispositivos antes de uma conexão ser estabelecida), melhorias nos procedimentos de segurança
(inclusive nos recursos de criptografia) e gerenciamento aprimorado do consumo de energia.
A velocidade é a mesma do Bluetooth 2.0, havendo inclusive compatibilidade com o EDR.

BLUETOOTH – Versões
BLUETOOTH – Versões

1. Bluetooth 3.0 e HS
Versão lançada em abril de 2009, tem como principal atrativo taxas altas de velocidade de
transferência de dados. Dispositivos compatíveis com o Bluetooth 3.0 podem atingir a marca
de 24 Mb/s de transferência. O "truque" para taxas tão elevadas está na incorporação de
transmissões 802.11.
Outra vantagem existente aqui é o controle mais inteligente do gasto de energia exigido para
as conexões. Apesar da expressiva evolução, o Bluetooth 3.0 é compatível com as versões
anteriores da tecnologia.
As velocidades mais altas do Bluetooth 3.0 só podem ser alcançadas em dispositivos
compatíveis com as instruções HS (High Speed), característica equivalente à relação entre o
Bluetooth 2.0 (ou 2.1) e o EDR.
BLUETOOTH – Versões

1. Bluetooth 4.0 - As especificações dessa versão foram anunciadas em dezembro de 2009 e o seu principal diferencial
está no aspecto da economia: o Bluetooth 4.0 é capaz de exigir muito menos energia quando o dispositivo está
ocioso característica interessante, por exemplo, para telefones celulares que consomem energia quando o Bluetooth
não está sendo utilizado, mas permanece ativo. A ideia aqui, na verdade, foi a de fazer a tecnologia ser incorporada a
dispositivos bastante portáteis e que, por isso, realmente lidam com pouca energia. Apesar do foco em dispositivos
do tipo, o Bluetooth 4.0 pode trabalhar com aparelhos mais exigentes, pois também engloba as características do
Bluetooth 3.0. A taxa máxima de transferência de dados, inclusive, se manteve.
2. Bluetooth 4.1 - Especificação que surgiu no final de 2013. O Bluetooth 4.1 é tido como uma revisão do Bluetooth
4.0, incorporando recursos que tornam a tecnologia ainda mais receptiva a dispositivos móveis, especialmente
aqueles que se enquadram na chamada Internet das Coisas. Aqui, a economia no consumo de energia ganhou mais
importância. Por conta disso, o Bluetooth 4.1 traz características que o tornam menos exigente em relação ao uso de
recursos, como um modo de trabalho que mantém o módulo de Bluetooth quase inativo quando o dispositivo é
afastado de uma conexão, voltando ao estado normal somente quando a conexão é restaurada (funcionalidade já
existente, mas que foi aperfeiçoada). A velocidade máxima permanece em 24 Mb/s. Como o Bluetooth 4.1 consiste,
basicamente, em melhorias feitas em protocolos e parâmetros, muitos dispositivos com Bluetooth 4.0 ganharam
suporte ao Bluetooth 4.1 com uma simples atualização de software.
3. Bluetooth 4.2 - Apresentado no final de 2014, o Bluetooth 4.2 trouxe diferenciais importantes. Entre outros
protocolos, a versão tem pleno suporte ao IPv6 para tornar a tecnologia ainda mais relevante para a Internet das
Coisas: câmeras de segurança, lâmpadas inteligentes, termostatos e outros dispositivos domésticos podem usar a
tecnologia de modo otimizado para comunicação no mesmo ambiente ou para acesso à internet. O Bluetooth 4.2
também usa criptografia avançada do tipo FIPS (Federal Information Processing Standard) nas conexões e tem controle
mais rigoroso da segurança, característica que assegura que apenas dispositivos devidamente autorizados se
conectem a outros. A velocidade de transferência de dados permanece padronizada em 24 Mb/s, mas o Bluetooth 4.2
suporta tráfego de dados maior, ou seja, os dispositivos podem enviar e receber mais informações ao mesmo tempo.
BLUETOOTH
Versões
1. Bluetooth 5 - Bluetooth 5 foi apresentado oficialmente no final de 2016. Essa versão permite que dispositivos se
comuniquem em distâncias de até 40 metros (relembrando, os padrões anteriores trabalham, em média, com até
10 metros, embora seja possível alcançar distâncias maiores neles). Além disso, aqui, a velocidade passou de 24
Mb/s para 50 Mb/s.Outros recursos do Bluetooth 5 incluem o uso de técnicas que diminuem o risco de
interferências em redes Wi-Fi ou LTE, suporte a mais dispositivos conectados ao mesmo tempo (novamente, para
corresponder às necessidades da Internet das Coisas), funções para facilitar a geolocalização dos equipamentos
conectados e ainda mais controle sobre o consumo de energia.
2. Bluetooth 5.1, Bluetooth 5.2 e Bluetooth 5.3
3. Como os números nos nomes sugerem, essas são versões que incrementam as especificações do Bluetooth 5.
O Bluetooth 5.1, por exemplo, adiciona à tecnologia recursos que facilitam a localização de um dispositivo
compatível em determinado local.
4. Por sua vez, o Bluetooth 5.2 se destaca por trazer o LE Audio, característica que pode melhorar a qualidade
sonora de um dispositivo ao mesmo tempo em que otimiza o consumo de energia da conexão.
5. Já o Bluetooth 5.3 torna a tecnologia ainda mais adequada para dispositivos de Internet das Coisas (como
alto-falantes ou lâmpadas inteligentes) e wearables (como relógios e pulseiras inteligentes).
6. É importante salientar que o fato de haver várias versões da tecnologia não significa que um dispositivo com uma
especificação mais recente não funcionará com outro que possui uma versão mais antiga (embora possa haver
exceções). Todavia, se um dispositivo com Bluetooth 5 for conectado a outro baseado na versão 4.1, por exemplo, a
velocidade da transmissão de dados será limitada à taxa suportada por este último.
BLUETOOTH
Exemplo de aplicação:
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
1. GOGOMI, Ronaldo, O que é Bluetooth?. Disponível: https://tecnoblog.net/responde/o-que-e-bluetooth/. Acesso em: agosto 2023.
2. MATIAS, F., ALCANTRA, G, ANTUNES, L. & CAIMON, T. Bluetooth. Disponível em: https://www.gta.ufrj.br/grad/10_1/bluetooth/index.html. Acesso em: agosto 2023.
3. COMO FUNCIONA A TRANSMISSÃO DO SOM VIA BLUETOOTH?. Disponível em: https://frahm.com.br/som-via-bluetooth/. Acesso: agosto 2023.
4. https://blog.infranetworking.com/modelo-cliente-servidor/
5. https://www.controle.net/faq/cliente-servidor-uma-estrutura-para-a-computacao-centralizada
6. https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/4/57/2/4
7. https://embarcados.com.br/a-evolucao-do-protocolo-wi-fi-ieee-802-11/
8. https://www.gta.ufrj.br/grad/15_1/802.11ah/ieee80211ah.html
9. https://www.macoratti.net/13/09/net_ncam.htm
10. https://www.youtube.com/watch?v=BSP0_3vnUkA&t=307s
11. http://penta2.ufrgs.br/redes296/cliente_ser/tutoria_.htm
12. https://www.researchgate.net/figure/Ad-hoc-mode-vs-Infrastructure-mode-IEEE80211-introduced-many-types-of-the-Wi-Fi_fig1_316175326/download

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