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1.Gabiões:
Introdução:
Um gabião trata-se de uma caixa de forma prismática rectangular, feita com rede de malha
hexagonal, feita por sua vez em arame galvanizado reforçado. Estes gabiões enchem-se com
qualquer tipo de pedra não friável (ex.: pedra de pedreira ou seixo) ou outro material adequado
que esteja disponível.
O arame dos gabiões, tirantes e da cozedura, deve ser de acordo com a resistência média 450
MPa, sendo a galvanização reforçada segundo as Normas DIN-1548 e BBS 443/82, contendo
mínimo de zinco de 240 gr/m2 a 260 gr/m2, conforme o diâmetro.
Tolerâncias:
Será galvanizado reforçado com as mesmas características do arame do gabião, com diâmetro
de 2,40mm. Por cada metro cúbico é necessário em média cerca de 0,5 kg.
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Com excepção do gabião de 1,5x1x1, todos os outros têm um diafragma em cada metro. O
gabião que aparece na figura anterior é de 3x1x1.
Para além destes modelos, existem também modelos de maiores dimensões, onde a largura
passa de 1 metro para 1,5 ou 2 metros.
Estes gabiões, que continuam a ter um diafragma em cada metro ao longo do seu
comprimento, são principalmente utilizados em obras de grande dimensão e por construtores
experientes. Isto porque, devido às maiores dimensões, necessitam de muitos cuidados
durante a fase de montagem e o seu enchimento.
A malha hexagonal de dupla torção é do tipo 8x10 e o diâmetro do arame de 2,7 mm.
Geralmente utiliza-se para o revestimento dos gabiões uma liga zinco-alumínio que garante
uma resistência à corrosão cinco vezes superior à normal galvanização.
Especificações técnicas:
Estas especificações têm por objectivo definir as características dos materiais constituintes dos
cestos metálicos que se destinam a execução de estruturas de retenção ou revestimento.
Gabião:
O gabião e uma estrutura em forma de paralelepípedo recto, com tampa, fabricado com rede
metálica em malha hexagonal de dupla torção e cheio com material rochoso de boa qualidade.
O gabião, que pode ter dimensões variadas, deve ser dividido em células por diafragmas
dispostos de metro a metro. Só o gabião com 1,5 m de comprimento pode não ter diafragma.
Estes diafragmas são do mesmo material que os gabiões (rede metálica) e são ligados ao
painel de base e às duas paredes opostas. A presença dos diafragmas facilita o enchimento
dos gabiões, limitando as deformações dos painéis exteriores. Para além deste aspecto,
contribuem para um acréscimo da resistência devido ao aumento da superfície metálica.
No acabamento da rede todos os bordos devem ser reforçados por fios de diâmetro maior para
aumentar a resistência.
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O fio metálico a empregar no fabrico da rede e na junção entre partes de um gabião e entre
gabiões deve ser revestido em liga de zinco-alumínio.
A aderência do revestimento deve ser tal que resista ao impacto durante o enchimento do
gabião de forma que a superfície da camada de revestimento não apresente fissuras, brechas,
esfoliações ou escamação.
Após galvanização o arame pode ser revestido com PVC. Utiliza-se gabiões revestidos em
PVC em condições ambientais que apresentem graves sinais de poluição ou águas salinas.
Qualquer fio metálico empregue no fabrico dos gabiões e das suas uniões deve ter uma
resistência à tracção que se situa entre 380 e 500 MPa de acordo com as normas Bs 1052/80.
O ensaio de alongamento deve ser feito antes do fabrico da rede metálica e sobre um troço de
fio metálico com pelo menos 30 cm. O alongamento pré- rotura não deve ser inferior a 12%.
A malha será hexagonal de dupla torção do tipo 8x10 e o arame terá o diâmetro mínimo de 2,7
mm.
Material de enchimento:
A qualidade da pedra pode ser medida a partir dos ensaios de compressão simples e pelo
ensaio de abrasão tipo Los Angeles.
Não serão aceites materiais com características abaixo dos seguintes valores de ensaio :
Resistência à compressão de 50 MPa;
Perda de abrasão Los Angeles 35%;
Aplicações:
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Figura 3
Figura 4
Como norma geral, desenham-se os muros partindo de uma largura e altura de 1 metro para a
fiada superior de muro e aumenta-se 0,50 metros por cada metro de altura total que tenha o
muro.
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B = ⋅ (1 + H )
1
2
Onde:
H – Altura do muro
Calcula-se o muro com esta secção de acordo com os esforços que actuem sobre o mesmo.
Caso não se cumpra com as condições de estabilidade, far-se-á ampliação de base e novas
secções.
Para facilitar a execução da obra deve-se deixar na face exterior da obra um degrau no mínimo
de 0,15 metros, para se poderem utilizar cofragens na fase de montagem.
Deve-se evitar que as juntas dos gabiões coincidam verticalmente e aconselha-se que no
desenho dos muros de suporte se disponham de forma a que se cruzem as fiadas.
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- Económica porque os gabiões não requerem mão de obra especializada e são executados
com o auxilio de equipamento mecânico normalmente disponível nas obras. Não requer a
mistura de materiais mas sim a combinação destes. A disponibilidade da pedra britada,
normalmente próxima da obra, permite economia nos transportes. Os trabalhos de manutenção
são mínimos; mesmo quando por causa acidental se verifique a ruptura de qualquer fio, a
simples sobreposição de um pedaço de rede, atado a rede sã, pode ser executado facilmente,
sem comprometer a resistência da estrutura. As obras em gabiões podem ser também
modificadas (aumentadas ou diminuídas) com o decorrer do tempo, em função das
necessidades, mantendo inalteradas as características de homogeneidade e resistência da
estrutura.
Figura 9 - Cobertura vegetal que cresceu alguns meses após a construção do talude em
gabiões colchão.
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Figura 10 - Cobertura vegetal que cresceu alguns meses após a construção de um muro de
gabiões armado, para contenção de talude (“Retail park” – Leiria).
Outras aplicações:
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Preparação do gabião:
No local próximo da sua colocação final abrir e desdobrar o gabião sobre uma superfície dura e
plana. Eliminar os vincos resultantes da optimização dos fardos para transporte.
Poderão usar-se réguas de madeira para realizar novos vincos para a sua forma final.
Levantar os painéis laterais e os diafragmas afim de obter a forma de uma caixa aberta,
segurá-lo em pé através da dobragem das extremidades do fio de reforço das arestas de modo
que o gabião se mantenha em pé por si mesmo.
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Os gabiões são unidos, utilizando agrafos ou fio metálico. O fio metálico deverá ser passado
através de todas as malhas fazendo uma volta dupla em cada duas malhas.
A união entre gabiões deve ser feita entre todas as arestas e é aconselhável efectuar esta
operação antes do seu enchimento. Toda e qualquer camada de gabiões deverá ser ligada à
camada subjacente na frente e no tardoz do muro.
Pôr em tensão o conjunto de gabiões vazios a fim de ficar com o painel da frente bem esticado.
Na frente e na traseira dos gabiões, colocar a cofragem, atando-a com fio de ligadura de modo
que a rede esteja bem esticada e junta uniformemente com a cofragem. Esta operação é
essencial para garantir um paramento plano e uniforme.
Pedras em blocos arrumados à mão e deitadas na horizontal nas fiadas dos parâmetros
visíveis de modo a assegurar um bom aspecto final.
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em duas camadas. Manter sempre o último gabião vazio para facilitar a montagem do gabião
seguinte
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Deve ser prestada particular atenção ao enchimento dos cantos para não permitir a
deformação dos painéis laterais;
O gabião deve ser fechado e a tampa unida aos painéis laterais com as operações de união
atrás descritas e de modo que fique bem esticada; aconselha-se de unir em primeiro lugar os
dois cantos da tampa com os dois cantos da base do gabião e só depois ligar completamente a
tampa à base.
Para não haver folgas e para compensar o inevitável assentamento devido ás cargas
transmitidas pelas fiadas sucessivamente sobrepostas, o enchimento dos gabiões deve
ultrapassar a sua capacidade em altura, em pelo menos 5 cm.
Uma vez o gabião cheio e antes de fechá-lo, as caixas podem ser postas de nível com pedras
mais pequenas para permitir um bom assentamento do nível superior.
Ferramentas:
Agrafos:
- agrafos de liga zinco- alumínio, a utilizar com as estruturas galvanizadas na mesma liga;
- inox, para estruturas em liga zinco- alumínio e revestidas a PVC.
Figura 20 Figura 21
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Introdução:
Os gabiões colchão são produzidos a partir de uma rede em malha hexagonal de dupla torção.
São principalmente utilizados para a execução de obras hidráulicas e revestimentos de taludes.
São colchões de 0,20 e 0,30 m de espessura, cujas aplicações principais são o revestimento
de margens de rios e canais, protecção de apoios a pontes, plataformas de cimentação, etc.
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O revestimento dos gabiões colchão é realizado em liga zinco- alumínio que garante uma
resistência à corrosão cinco vezes superior à normal galvanização.
Especificações:
Estas especificações têm por objectivo definir as características dos materiais constituintes dos
gabiões colchão, que se destinam à execução de estruturas de revestimento de taludes.
Gabiões colchão:
Os gabiões colchão são estruturas em forma de paralelepípedo recto, com tampa separada,
fabricada com rede metálica em malha hexagonal de dupla torção, e cheio com material
rochoso de boa qualidade.
Podem ter dimensões variadas no seu comprimento, sendo a largura sempre de 2.00 m. A
espessura é normalmente de 0,17, 0,23 ou 0,30 m. Possuem diafragmas de parede dupla em
cada metro, com o mesmo tipo de rede da base e da tampa, que o dividem em células com
dois metros quadrados.
No acabamento da rede todos os bordos devem ser reforçados por fios de diâmetro maior,
para aumentar a resistência dos mesmos.
As tolerâncias admissíveis para as dimensões dos gabiões colchão são de mais ou menos 3%
no comprimento, mais ou menos 3% na largura e mais ou menos 8% na espessura.
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O fio metálico a empregar no fabrico da rede e na junção entre partes dos gabiões colchão
deve ser revestido em liga de zinco/alumínio.
A aderência do revestimento deve ser tal que resista ao impacto durante o enchimento dos
gabiões colchão, de forma que a superfície da camada de revestimento não apresente fissuras,
brechas, esfoliações ou escamação.
Após galvanização o arame pode ser revestido com PVC. Utilizam-se gabiões colchão
revestidos em PVC nas condições ambientais que apresentam graves sinais de poluição ou
águas salinas.
Qualquer fio metálico empregue no fabrico dos gabiões colchão e das suas uniões deve ter
uma resistência à tracção que se situa entre 380 e 500 MPa, de acordo com as normas Bs
1052/80.
O ensaio de alongamento deve ser feito antes do fabrico da rede metálica e sobre um troço de
fio metálico com pelo menos 30 cm. O alongamento pré- rotura não deve ser inferior a 12%.
A malha será hexagonal de dupla torção do tipo 6x8 e o arame terá o diâmetro mínimo de 2,2
mm.
A qualidade da pedra pode ser medida a partir dos ensaios de compressão simples, e pelo
ensaio de abrasão tipo Los Angeles.
Não serão aceites materiais que se possam considerar inferiores ao material com as seguintes
características:
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No local próximo da sua colocação final, abrir e desdobrar os gabiões colchão sobre uma
superfície dura e plana. Eliminar os vincos resultantes da optimização dos fardos para
transporte. Levantar, dobrando os diafragmas e os painéis laterais. A ligação entre os painéis
dos topos e os painéis laterais, assim como os diafragmas, é feita através da sobreposição dos
prolongamentos de todas as redes. Nesta sobreposição devem ser dados 2-3 pontos (manuais
ou mecânicos) de forma a unir as duas redes.
Após a montagem da base dos gabiões colchão, estes são colocados no seu local de aplicação
definitivo, atados entre eles com o objectivo de evitar aberturas entre os mesmos onde possam
cair pedras durante o enchimento.
A colocação dos gabiões colchão no terreno deve ser feita, na medida do possível, e se o
desenho de projecto o permitir, desta forma:
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Terminado o enchimento dos gabiões colchão, coloca-se a tampa que é cozida ao longo de
todos os bordos e diafragmas.
Os pontos e a ligação são executados utilizando o fio com as características acima descritas e
passando-o (quando se utiliza arame) através de todas as malhas dando uma volta dupla por
cada duas malhas.
A união entre os gabiões colchão deve ser feita entre todas as arestas horizontais que ligam a
tampa ás paredes verticais. É aconselhável efectuar esta operação ao mesmo tempo que se
cozem as tampas para que de uma só vez se faça a ligação entre as bases dos gabiões
colchão e as tampas. È essencial ligar os vários componentes conforme a descrição efectuada,
de forma a obter-se uma estrutura monolítica capaz de resistir a cargas e deformações
severas.
No enchimento dos gabiões colchão devem ser respeitadas as seguintes ordens e regras de
execução:
Os gabiões colchão devem ser fechados, e a tampa unida aos bordos de todos os painéis da
base com as operações de união atrás descritas;
O enchimento dos gabiões colchão deve ultrapassar a sua capacidade em altura, em pelo
menos 3 cm, na parte central, de modo que a tampa, uma vez fechada, fique bem esticada.
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A colocação de geotextil é indispensável sob os gabiões colchão, e deverá ser feita de modo a
evitar dobras e rasgamentos e sobreposto a favor do sentido do fluxo da agua, ou seja, o pano
de montante sobrepõe o pano de jusante.
O geotextil deve ser do tipo tecido não tecido, agulhado, em polipropileno ou poliester e com
densidade entre 190 e 400 gr/m² (consoante as características do terreno e a espessura dos
gabiões colchão).
Fundação:
A fundação é directa e o plano de apoio dos gabiões colchão deve ser regularizado com a
configuração definitiva da obra, após a colocação dos gabiões colchão visto que estes se
moldam ao terreno que encontrar.
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3.Gabiões armados:
Pode-se reduzir a secção dos muros de suporte com a armação dos gabiões (gabião armado),
utilizando-se faixas horizontais de rede de tripla torção, cosidas entre as diferentes fiadas de
gabiões, em largura, superior ao ângulo de atrito interno do terreno, e devidamente
compactadas. Considerar-se-á para esta aplicação uma tensão de 3 Ton. por metro linear.
Aplicações:
Os gabiões armados são produzidos a partir de uma rede em malha hexagonal de dupla
torção, revestida em PVC.
Isto porque durante a construção, sobretudo por efeito do aterro, qualquer pequena deslocação
do paramento, seria muito mais visível com paramento 100% vertical.
A malha hexagonal de dupla torção é do tipo 8x10 e o diâmetro do arame de 2,7 mm protegido
por um revestimento zinco- alumínio e PVC.
Especificações:
Estas especificações têm como objectivo definir as características dos materiais que se
destinam a execução de muros em aterro reforçado:
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Gabiões armados:
Os Gabiões armados são estruturas em forma de paralelepípedo recto, com tampa (gabião) e
com o prolongamento da rede da base do gabião que serve de ancoragem no aterro; o
comprimento da rede de ancoragem é variável.
Os gabiões armados são fabricados com rede metálica de malha hexagonal de dupla torção,
galvanizada e revestida a PVC.
O gabiăo deve ser dividido em células, por diafragmas dispostos em cada metro.
A presença do diafragma facilita o enchimento do gabião, limitando as deformações do painel
exterior.
No acabamento da rede todos os bordos devem ser reforçados por fios de diâmetro maior para
aumentar a resistência.
As tolerâncias admissíveis para as dimensões dos gabiões armados são de mais ou menos 3%
no comprimento e 5% na largura e altura em relação ás dimensões especificadas no projecto.
O fio metálico a empregar no fabrico da rede dos gabiões armados deve ter um diâmetro
mínimo de 2.7 mm e ser revestido a PVC. A espessura do revestimento em PVC deve ser
superior ou igual a 0.4 mm. A malha é hexagonal de dupla torção tipo 8x10.
A aderência do revestimento deve ser tal que resista ao impacto durante o enchimento dos
gabiões armados de forma que a superfície da camada de revestimento não apresente
fissuras, brechas, esfoliações ou escamação.
Qualquer fio metálico empregue no fabrico dos gabiões armados, e das suas uniões deve ter
uma resistência á tracção de 400 MPa, de acordo com as normas BS 1052/80.
O ensaio de alongamento deve ser feito antes da execução da rede metálica e sobre um troço
de fio com pelo menos 30 cm.
O alongamento pré-rotura não deve ser inferior a 12%.
Material de enchimento:
Os gabiões armados são cheios com pedra britada ou rolada. É recomendável a utilização de
material de enchimento duro e de peso específico elevado ou seja superior a 22 KN. Não é
aceite que este material seja friável ou possa gelificar.
A qualidade da pedra pode ser medida a partir dos ensaios de compressão simples e pelo
ensaio de abrasão Los Angeles.
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Não serão aceites materiais com características abaixo dos seguintes valores de ensaio :
Geotêxtil:
A colocação de geotêxtil no tardoz dos gabiões armados, deverá ser feita de forma a evitar
dobras e rasgamentos.
O geotêxtil deve ser do tipo tecido não tecido, agulhado, em polipropileno ou poliester e com
densidade entre 270 e 400 gr/m².
Aterro estrutural:
O terreno utilizado para a construção do aterro faz parte integrante da obra e por isto tem uma
influência directa no comportamento da estrutura e razão pela qual deve ser de boa qualidade.
Serão excluídos portanto os solos sensíveis a água, argilosos e com granulometria superior a
250 mm, solos degradáveis e friáveis. O máximo diâmetro dos elementos do solo deverão ser
inferiores a 2/3 da espessura da camada a compactar.
O comportamento no tempo dos materiais deverá ser compatível com o prazo de serviço da
obra, em especial modo para os materiais evolutivos. O aterro não deverá conter terra vegetal,
materiais putrescíveis ou lixo doméstico.
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que este pode provocar deformações no paramento em gabiões, devido á vibração das pedras.
Modos de Execução:
Preparação do terreno:
O terreno natural onde apoiará o muro na sua totalidade será escavado até a cota prevista no
projecto, ou mais fundo, no caso em que à cota prevista ainda se encontre terra vegetal ou
imprópria para a fundação. Assim sendo, deverá ser feito um enchimento com material de boa
qualidade, devidamente compactado. Para muros de alturas elevadas é aconselhável uma
fundação sobre rocha ou terreno que tenha as características mínimas de resistência exigidas
nos cálculos de dimensionamento.
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No entanto, pode ser executado um plano de apoio em betão de regularização com superfície
rugosa e com 15 ou 20 cm de espessura, quando o terreno apresentar grandes irregularidades.
Neste caso deverá ser prestada particular atenção para que o nível do betão de regularização
seja perfeitamente coincidente com o nível do terreno de fundação compactado que lhe fica
atrás; isto para evitar que durante a compactação da primeira camada de aterro a rede de
ancoragem do Modulo se danifique naquele ponto de contacto.
Drenagens:
A execução de um muro em gabiões armados deverá ser feita com o máximo cuidado uma vez
que vários elementos e factores (humanos e mecânicos) concorrem à sua boa realização.
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A união entre módulos deve ser feita entre todas as arestas e é aconselhável efectuar esta
operação antes do seu enchimento. Toda e qualquer camada de módulos deverá ser ligada á
camada subjacente na frente, no tardoz e lateralmente, segundo o especificado no parágrafo
anterior.
È essencial ligar os vários componentes conforme a descrição efectuada por forma a obter-se
uma estrutura monolítica capaz de resistir a cargas e deformações severas.
No caso em que no muro se preveja a utilização de geogrelhas de reforço, estas deverão ser
colocadas sempre antes dos módulos de gabiões armados. O travamento das geogrelhas é o
resultado da sobreposição de um módulo com outro. Na primeira fiada a geogrelha apoia
directamente sobre o terreno de fundação e o primeiro módulo sobrepõe em toda a largura um
metro.
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Para não haver folgas e para compensar o inevitável assentamento devido ás cargas
transmitidas pelas fiadas sucessivamente sobrepostas, o enchimento dos gabiões deve
ultrapassar a sua capacidade em altura, em pelo menos 5 cm.
Depois de cheia a primeira fiada de módulos, será colocada na sua traseira o geotêxtil previsto
no projecto de modo a criar uma total separação entre os gabiões armados de pedra e o aterro
que será realizado.
A colocação do material de aterro será feita com particular atenção para que os meios
mecânicos não pisem a rede de ancoragem dos módulos e as geogrelhas de reforço e que o
espalhamento permita manter esticadas as mesmas. Por isso, é aconselhável que o
espalhamento seja feito progressivamente a partir do paramento e afastando-se dele.
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Por outro lado, a compactação, efectuada em paralelo do paramento, deverá sempre começar
a montante aproximando-se do paramento, deixando a zona de 1,00m contígua ao paramento,
a última a ser compactada.
Para a restante zona de aterro a compactação pode ser executada com meios mais pesados e
vibrantes. Em ambas as zonas é bastante importante que os meios utilizados não entrem em
contacto com os materiais de reforço e que o terreno (especialmente quando este for de
granulometria elevada) não os danifique.
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São gabiões armados produzidos a partir de uma rede em malha hexagonal de dupla torção,
revestida em PVC.
São utilizados para a execução de obras de suporte de aterros, em especial, rodoviário, onde
se quer que a vegetação desenvolva rapidamente.
O seu paramento é composto por uma geomanta em fibras de coco que facilita a contenção da
terra vegetal colocada no tardoz.
Especificações:
Estas especificações têm como objectivo definir as características dos materiais que se
destinam a execução de muros em aterro reforçado neste sistema de gabiões.
São módulos fabricados com rede metálica em malha hexagonal de dupla torção, galvanizada
e revestida a PVC.
O paramento é por sua vez recoberto, no interior, por uma esteira em fibras de coco e possui
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No acabamento da rede todos os bordos devem ser reforçados por fios de diâmetro maior para
aumentar a resistência.
O fio metálico a empregar no fabrico da rede deve ter um diâmetro mínimo de 2.7 mm e ser
revestido a PVC. A espessura do revestimento em PVC deve ser superior ou igual a 0.4 mm. A
malha é hexagonal de dupla torção tipo 8x10.
Qualquer fio metálico empregue no processo de fabrico e suas uniões deve ter uma resistência
á tracção de 400 MPa, de acordo com as normas BS 1052/80.
O ensaio de alongamento deve ser feito antes da execução da rede metálica e sobre um troço
de fio com pelo menos 30 cm.
O alongamento pré-rotura não deve ser inferior a 12%.
Aterro estrutural:
O terreno utilizado para construção do aterro faz parte integrante da obra e por isto tem uma
influência directa no comportamento da estrutura e razão pela qual deve ser de boa qualidade.
Serão excluídos portanto os solos sensíveis a agua, argilosos e com granulometria superior a
250 mm, solos degradáveis e friáveis. O máximo diâmetro dos elementos do solo deverá ser
inferior a 2/3 da espessura da camada a compactar.
O comportamento no tempo dos materiais deverá ser compatível com o prazo de serviço da
obra, em especial modo para os materiais evolutivos. O aterro não deverá conter terra vegetal,
materiais putrescíveis ou lixo doméstico.
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Modo Execução:
Preparação do terreno:
O terreno natural onde apoiará o muro na sua totalidade será escavado até a cota prevista no
projecto, ou mais fundo, no caso em que à cota prevista ainda se encontre terra vegetal ou
imprópria para a fundação. Assim sendo, deverá ser feito um enchimento com material de boa
qualidade, devidamente compactado, conforme indicado mais a frente. Para muros de alturas
elevadas é aconselhável uma fundação sobre rocha ou terreno que tenha as características
mínimas de resistência exigidas nos cálculos de dimensionamento.
Os Módulos de gabiões podem ser colocados directamente em contacto com o terreno natural
tendo em atenção que o nível da fundação permita o perfeito alinhamento da primeira fiada.
Qualquer desalinhamento inicial prejudicará, no seguimento da obra, as outras fiadas de muro.
No entanto, pode ser executado um o plano de apoio em betão de regularização com superfície
rugosa e com 15 ou 20 cm de espessura, quando o terreno apresentar grandes irregularidades.
Neste caso deverá ser prestada particular atenção para que o nível do betão de regularização
seja perfeitamente coincidente com o nível do terreno de fundação compactado que lhe fica
atrás; isto para evitar que durante a compactação da primeira camada de aterro a rede de
ancoragem do módulo se danifique naquele ponto de contacto.
Drenagens:
Figura 42 - Exemplo de muro de gabiões com drenagem na parte inferior (“Retail park” –
Leiria).
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A execução de um muro em deverá ser feita com o máximo cuidado uma vez que vários
elementos e factores (humanos e mecânicos) concorrem à sua boa realização.
No local de construção cada módulo é montado levantando o painel da frente (recoberto pelas
fibras de coco) e de cima. São unidos, lateralmente e ao longo da rede de ancoragem,
utilizando o fio de amarração fornecido e passando-o através de todas as malhas fazendo uma
volta dupla por cada duas malhas.
Só serão aceites ligações mecânicas se estas forem recomendadas pelo fabricante dos
gabiões.
Os triângulos de reforço são atados à rede de ancoragem de modo que o paramento externo
se mantenha esticado e com a inclinação prevista.
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No caso em que no muro se preveja a utilização de geogrelhas de reforço, estas deverão ser
colocadas sempre antes do módulo. O travamento das geogrelhas é o resultado da
sobreposição, na vertical, de um módulo com outro.
A colocação do material de aterro será feita com particular atenção para que os meios
mecânicos não pisem a rede de ancoragem dos módulos e as geogrelhas de reforço e que o
espalhamento permita manter esticadas as mesmas. Por isso, é aconselhável que o
espalhamento seja feito progressivamente a partir do paramento e afastando-se dele.
Por outro lado, a compactação, efectuada em paralelo do paramento, deverá sempre começar
a montante aproximando-se do paramento, deixando a zona de 1,00m contígua ao paramento,
a última a ser compactada.
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Para a restante zona de aterro a compactação pode ser executada com meios mais pesados e
vibrantes. Em ambas as zonas é bastante importante que os meios utilizados não entrem em
contacto com os materiais de reforço e que o terreno (especialmente quando este for de
granulometria elevada) não os danifique.
Figura 47
Figura 48
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A medida que o aterro cresce será necessário colocar, manualmente, terra vegetal, na zona
triangular encostada ao paramento, calcando-a o mais possível. A função da terra vegetal é de
permitir um rápido crescimento da vegetação. Por isso é aconselhável, no fim da obra, a
execução de uma hidro-sementeira.
Figura 49
Figura 50
Figuras 49 e 50 – O mesmo muro de gabiões das figuras 47 e 48, mas após alguns meses, já
com vegetação desenvolvida (“Retail park” – Leiria).
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5.Gabiões Saco:
São gabiões produzidos a partir de uma rede em malha hexagonal de dupla torção.
São principalmente utilizados para obras de emergência, de difícil acesso, diques, ou para criar
uma soleira, em presença de agua, para um muro em gabiões em solos de baixa capacidade
de suporte.
A malha hexagonal de dupla torção é do tipo 8x10 e o diâmetro do arame de 2,7 mm.
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Para o revestimento dos gabiões deve-se utilizar uma liga de zinco-alumínio que garante uma
resistência à corrosão cinco vezes superior à normal galvanização.
Para aplicações em ambientes poluídos ou agressivos, o arame é ulteriormente revestido em
PVC.
Especificações:
Estas especificações têm por objectivo definir as características dos gabiões saco, que se
destinam a execução de obras hidráulicas.
Gabião:
O gabião saco é uma estrutura cilíndrica, fabricada com rede metálica em malha hexagonal de
dupla torção e cheio com material rochoso de boa qualidade.
Todos os bordos dos gabiões saco devem ser reforçados por fios de diâmetro maior para
aumentar a resistência.
O fio metálico a empregar no fabrico da rede, e para a ligação da mesma, deve ser revestido
em liga de zinco-alumínio.
A aderência do revestimento deve ser tal que resista ao impacto durante o enchimento do
gabião de forma que a superfície da camada de revestimento não apresente fissuras, brechas,
esfoliações ou escamação.
Após galvanização, o arame pode ser revestido com PVC. Utiliza-se gabiões saco revestidos
em PVC em condições ambientais que apresentam graves sinais de poluição ou águas salinas.
Qualquer fio metálico empregue no fabrico dos gabiões saco e das suas uniões deve ter uma
resistência à tracção que se situa entre 380 e 500 MPa de acordo com as normas Bs 1052/80.
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O ensaio de alongamento deve ser feito antes do fabrico da rede metálica e sobre um troço de
fio metálico com pelo menos 30 cm. O alongamento pré- rotura não deve ser inferior a 12%.
A malha será hexagonal de dupla torção do tipo 8x10 e o arame terá o diâmetro mínimo de 2,7
mm.
Material de enchimento:
O gabião saco é cheio com pedra britada ou rolada. É recomendável a utilização de material de
enchimento duro e de peso específico elevado ou seja superior a 22 KN. Não é aceite que este
material seja friável ou possa gelificar.
A qualidade da pedra pode ser medida a partir dos ensaios de compressão simples e pelo
ensaio de abrasão tipo Los Angeles.
Não serão aceites materiais com características abaixo dos seguintes valores de ensaio :
Modo de Execução:
A primeira operação para a preparação de uma obra com gabiões saco é montar uma estrutura
que permita o enchimento dos mesmos. Existem vários tipos de estruturas e a escolha
depende principalmente da quantidade de gabiões saco que devem ser montados.
Uma das soluções é de fabricar um cilindro em chapa com o mesmo diâmetro e a mesma
altura dos gabiões saco.
Tal cilindro deve ser constituído por duas chapas semi-circulares com dobradiças num lado e
com um fecho na parte oposta.
Isto permite que uma vez cheio o gabião saco possa ser facilmente retirado abrindo o cilindro.
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Os gabiões saco, fornecidos em fardos, apresentam-se como um painel de rede. Deve ser
enrolado e, com o próprio arame nele presente, fechado numa extremidade e
longitudinalmente. Depois de tê-lo colocado no cilindro fechado, é cheio, com uma máquina,
com a pedra apropriada. No fim de cheio é fechado da mesma forma na outra extremidade e,
uma vez aberto o cilindro, deixa-se cair no chão.
O gabião saco é assim pronto para ser levantado com uma máquina que poderá agarra-lo na
própria rede e deposita-lo no local definitivo.
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Ficha Técnica:
A rede para aplicação em taludes rochosos é produzida em rolos, a partir de uma malha
hexagonal de dupla torção. É principalmente utilizada para protecção contra a queda de
pedras.
Figura 58
Figura 59
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Figura 60
Comprimento Malha/Diam.
Largura (m)
(m) arame
25-50-100 2-3-4 6x8/2,7
25-50-100 2-3-4 ou
25-50-100 2-3-4 8x10/2,7
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Para o revestimento das redes utiliza-se uma liga de zinco- alumínio que garante uma
resistência à corrosão cinco vezes superior à normal galvanização.
Para aplicações em ambientes poluídos ou agressivos, o arame é ulteriormente revestido em
PVC.
Especificações:
Rede:
A rede para aplicação em taludes rochosos é produzida em malha hexagonal de dupla torção
do tipo 6x8 ou 8x10 e o arame tem o diâmetro mínimo de 2,7 mm
Arame:
O fio metálico a empregar na fabrico da rede (ø 2,7 mm) e na junção entre rolos (ø 2,2 mm)
deve ser revestido em liga de zinco- alumínio).
A aderência do revestimento deve ser tal que resista ao impacto durante o manuseamento de
forma que a superfície da camada de revestimento não apresente fissuras, brechas,
esfoliações ou escamação.
Qualquer fio metálico empregue no fabrico da rede e das suas uniões deve ter uma resistência
à tracção que se situa entre 380 e 500 MPa de acordo com as normas BS 1052/80.
O ensaio de alongamento deve ser feito antes do fabrico da rede metálica e sobre um troço de
fio metálico com pelo menos 30 cm. O alongamento pré- rotura não deve ser inferior a 12%.
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Figura 62 Figura 63
A partir da crista do talude e para montante a rede deve ser estendida com um comprimento
mínimo de 1,0 m e enfiada em ancoragens preventivamente espetadas, parcialmente, no solo,
e com 20-30 cm de sobra. As ancoragens são produzidas com varões de aço de 20 mm de
diâmetro em forma de bengala.
Figura 64 Figura 65
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A rede deste modo desenrolada ao longo do talude deverá ser atada rolo com rolo, com o
arame de ligadura fornecido ou com agrafos postos por meio de um equipamento de ar
comprimido.
Os rolos de rede são unidos, utilizando o fio metálico e passando-o através de todas as malhas
fazendo uma volta dupla por cada duas malhas.
No caso de utilização de agrafos, deverá ser colocado um agrafo em cada 8-12 cm.
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