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CENTRO DE EDUCAÇÃO
MODALIDADE A DISTÂNCIA
CONDE- PB
2013
MARIA HELENA VIEIRA RODRIGUES
CONDE – PB
2013
R696c Rodrigues, Maria Helena Vieira.
40f
BANCA EXAMINADORA
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_____________________________________________________
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CONDE – PB
2013
Dedico este trabalho a todas as crianças da educação infantil, todos que
contribuíram com a construção dos conhecimentos neste curso. A ex-
secretária de educação do município de Conde e coordenadora do Polo
presencial de Conde, Elizete de Melo, que tanto se dedicou ao projeto, a
minha primeira tutora presencial Rosires, que tanto orientou a mim e
demais colegas, a todos os meus professores, tutores, colegas e a minha
querida família.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela sua sabedoria e bondade por me conceder mais uma vitória, a meus pais
Manoel e Josefa (in memória), por me ensinar em a dar os meus primeiros passos na vida , em
busca do conhecimento, todos os meus professores , especialmente a minha orientadora Ivana
Maria Medeiros de Lima , pela dedicação e compreensão na construção do TCC, a meus colegas,
especialmente a Neide Maranhão pela sua solidariedade comigo e demais colegas do curso, a meu
esposo Francisco, pela sua compreensão e apoio, quando tive que me ausentar em busca de
conhecimentos, e sem esquecer da minha querida filha Ana Hélen, pela sua boa vontade, nas horas
que mais precisei de sua ajuda na realização deste trabalho.
“o contador de história é aquele que traz o coração nas mãos”.
Maria da Penha
Este trabalho enfoca a contação de história na educação infantil, compreendendo que esta prática
nesta modalidade de ensino é uma forma de ampliar os conhecimentos em busca de melhores ações
educativas com as crianças, visto que a contação de história na infância poderá proporcionar a
criança oportunidades de desenvolver outras habilidades contextualizadas com a história ouvida. A
criança poderá; criar, se expressar, dramatizar, vivenciar de forma imaginária as ações dos
personagens das histórias contadas e relacionar as ações dos personagens com os fatos reais do seu
cotidiano, como forma de expressar, construir e aprender novos conhecimentos de forma coletiva. O
trabalho está dividido em seis capítulos os quais abordam o conceito de infância e o surgimento da
contação de história, a importância dessa prática na educação infantil, e na aprendizagem
significativa dessa modalidade de ensino, e a forma com se dá essa prática na escola e na sala de
aula, como também a forma do educador mediar essa ação. A metodologia adotada nessa pesquisa é
bibliográfica a luz dos autores: Silva; Hermida e Calàbria, (2009), Severino (2007), Santos (2005),
Barbosa; Santos (2009), Sisto (2005), Nascimento (2007), Otte E Kosàcs (2013), Costa; Chaves; Teixeira
(2012), Silva (2008), Silveira (2012) Gotlib (2006), entre outros.
ABSTRACT
This work focuses on storytelling in Early Childhood Education , Understanding that practice this
type of education is a way to expand knowledge in search of better educational activities with
young children , as the storytelling in childhood can provide children with opportunities to develop
other skills in context with the story heard. The child may: create , express themselves , dramatizing
, experience of imaginary shape the actions of the characters of the stories and relate the actions of
the characters with the real facts of everyday life as a way to express themselves, build and learn
new knowledge collectively. The work is divided into six chapters which dealt with the concept of
childhood and the emergence of storytelling , the importance of this practice in early childhood
education , and learning siginificativa this type of teaching , and the way it gives the practice in the
school and in the classroom class , also with the way the average educator this action. The
methodology adopted in this research is light literature of authors : Silva ; Hermida and Calàbria,
(2009) , Severino (2007) , Santos (2005), Barbosa, Santos (2009 ) , Sisto (2005) Birth (2007) , And
Kosàcs Otte (2013), Costa, Keys, Teixeira (2012), Bueno e Oliveira (2011), Silveira (2012) Gotlib
(2006), among others.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 09
5. METDOLOGIA ...................................................................................................... 35
5.1 Pesquisa Bibliográfica ............................................................................................. 35
5.2 Caracterização da pesquisa ...................................................................................... 35
REFFERÊNCIAS ....................................................................................................... 39
1. INTRODUÇÃO
Vivemos em uma sociedade globalizada a qual tem contribuído para que a
educação seja valorizada e se torne prioridade desde a educação infantil. Pois, esta vem
se transformando a cada dia, levando-nos a repensar e criar formas de valorização das
crianças como seres que possuem direitos e deveres. É nesse contexto que diversas
atitudes são tomadas em relação à forma de cuidar e educar nossas crianças.
Considera-se criança da educação infantil creche e pré-escolar, crianças de 0 a 5
anos de idade, mas para esta pesquisa priorizaremos as crianças da Pré-Escola, ou seja,
as que possuem de 04 a 05 anos de acordo com a Lei d Diretrizes e Bases da Educação
(1996). O ser humano em fase de crescimento físico e intelectual necessita ser cuidada e
educada pelos adultos (famílias, instituições e sociedade). Toda criança deve ser
respeitada e valorizada na perspectiva de desenvolver-se plenamente e vir a ser um
adulto responsável e autônomo.
Antigamente, as crianças eram pouco valorizadas, o conceito de infância
praticamente não existia, havia muita mortalidade infantil, fato visto pela sociedade da
época como algo divino, em outras situações as crianças eram vistas como adultos em
miniatura. Logo aos sete anos de idade começavam a trabalhar como ajudantes nas
residências de pessoas que tinham melhores condições financeiras, em troca, recebiam
alimentos e objetos pessoais, não estudavam e se vestiam como adultas, as mesmas
eram impedidas de crescer intelectualmente.
Hoje, a concepção da sociedade em relação à infância mudou, percebe-se que na
sociedade atual as crianças são mais valorizadas e respeitadas como potencial. É nesta
concepção que se tem buscado ampará-las e oferecer melhorias nesse sentido.
No Brasil diversas leis foram criadas como forma de assegurar os direitos das
crianças e adolescentes. A Constituição Federal (CF) de 1988, assegura o direito as
crianças de 0 á 6 anos de frequentar a creches e pré escolas; A LDBN/96 define a
educação infantil como a primeira etapa da educação básica, e tem por finalidade
promover o desenvolvimento integral da criança até os 5 anos de idade.
Considerando-se a infância como sendo a primeira fase da vida do ser
humano, etapa em que o mesmo encontra-se em fase de descobertas cognitivas e a
prática do lúdico como característica principal desta fase de existência.
A partir desses pressupostos resolvemos pesquisar sobre a contação de história
na educação infantil, por acreditar que a mesma trata de uma atividade que envolve a
9
ludicidade e gera outras atividades prazerosas, inclusive a arte de contar histórias, que
pode contribuir de forma significativa no desenvolvimento físico-psicológico e
cognitivo da criança. Então esse trabalho propõe responder a seguinte problemática:
como a contação de história na educação infantil pode ajudar na aprendizagem das
crianças?
Tratando-se da educação escolar, busca-se atualmente oferecer educação de
qualidade, com elementos básicos inovadores que possa proporcionar a criança o prazer
em aprender conforme sua fase de desenvolvimento. É nessa perspectiva que essa
pesquisa tem como objetivo geral: Analisar os benefícios da contação de história na
Educação Infantil e como Objetivos específicos: Refletir sobre a contação de história
na Educação Infantil; Discutir os benefícios que a contação de história aponta para a
Educação Infantil; e Analisar o conhecimento dos teóricos sobre a contação de história
na educação infantil.
Compreende-se que a contação de história nesta modalidade de ensino é uma
forma de ampliar os conhecimentos em busca de melhores ações educativas com as
crianças, visto que a contação de história na infância poderá proporcionar a criança
oportunidades de desenvolver outras habilidades contextualizadas com a história
ouvida. Ela poderá; criar, se expressar, dramatizar, vivenciar de forma imaginária as
ações dos personagens das histórias contadas e relacionar as ações dos personagens com
os fatos reais do seu cotidiano, como forma de expressar, construir e aprender novos
conhecimentos de forma coletiva.
Este trabalho está dividido em capítulos. O primeiro capítulo descreve sobre a
contação de história e a criança com conceitos e um breve histórico sobre os mesmos e
qual a relação entre a contação de história e a criança no meio onde ela está inserida
O segundo capítulo trata da contação de história e a sua relação com a sociedade,
qual o papel da sociedade no resgate dessa ação tão histórica e importante para o
desenvolvimento cognitivo e aprendizagem da criança, e dentro desse contexto reflete
sobre a significação da aprendizagem para as crianças a partir da contação de histórias.
O terceiro capítulo trata da escola dentro desse processo e de como a escola se
relaciona com a contação de história, como o educador promove essa arte dentro da sala
de aula e como é a sua relação com as crianças ao narrar as histórias.
No quarto capitulo enfatizamos a Metodologia, a qual utilizamos para a
realização deste trabalho abordamos as idéias de autores que tratam sobre a Contação de
historia, os quais destacam-se: Sisto,(2005), Silveira, Dias, Silva e Teixeira (2012),
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Gottlib ( 2006), Hermida, (2009), e outros que abordam o referido tema. Pois trata-se
de uma pesquisa bibliográfica. E por final temos as considerações finais onde
apontamos sugestões e propostas de estratégias para a contação de historia.
A contação de história a partir da contribuição dos autores utilizados na
construção desse trabalho monográfico nos ajuda a compreender que a contação de
história é um elemento fundamental no desenvolvimento da criança nos aspectos sociais
e educativos. Neste sentido, os autores utilizados neste trabalho, tem sua relevância
sobre o tema e compreendem da seguinte forma a contação de história:
Silveira (2012) nos traz os gêneros textuais, como elementos mediados do
processo de aprendizagem das crianças através da contação de história como fábulas e
contos, compreende o processo histórico do conceito de infância e de leitura.
Sisto (2005) nos revela a magia e o poder da contação de história de como surgiu
e as formas de como acontecia tamanha arte e de como acontece atualmente. Gotlib
(2006) em sua obra teoria do conto nos faz refletir o conceito do conto e de como inclui-
lo dentro das narrativas literárias, mostrando, a partir da contribuição de outros autores
o trajeto do conto na sociedade desde quando os adultos e crianças se reuniam ao redor
da fogueira e contavam e ouviam histórias, até a transformação em literatura.
Silva, Hermida e Calábria (2009), nos apresentam o conto como uma cultura
tradicional de um povo que se difundia com o modo de viver desse povo. Reflete
também, sobre a perca dessa tradição, tanto na sociedade como no contexto
educacional. Barbosa e Santos (2009), veem na contação de história uma prática eficaz
de se aprender, relacionando a prática pedagógica e a familiar na construção da
aprendizagem das crianças, a porta da contação de história.
Bueno e Oliveira (2011) nos permite conhecer e observar a aprendizagem das
crianças a partir da contação de história, que relaciona o real com o imaginário, onde a
criança desenvolve habilidades e constrói a sua identidade. Otte e Kovács (2013) tratam
a contação de histórias como um elemento de socialização da criança com a família,
fortalecendo o diálogo e a interação. Nascimento (2007) nos traz a contação de história
como meio de despertar as habilidades das crianças e mostra meios práticos e eficazes
de se fazer uma boa narrativa.
Percebe-se que os autores têm a contação de história como uma prática que
desperta a imaginação e o prazer de ouvir e contar e recontar as histórias contadas ou
narradas, ao falar da aprendizagem todos concorda quando se refere ao crescimento do
nível de aprendizagem e no desenvolvimento sócio cognitivo da criança.
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2. A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E A CRIANÇA
2.1 Conceito e histórico da Contação de História.
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alunos. Meios que façam com que os alunos, principalmente da educação infantil, alvo
desse estudo, interajam com o professore e socializem os sentimentos e expressam sobre
o que está aprendendo e vivenciando em seu dia a dia. Temos como um meio muito
eficaz a contação de histórias, que busca de forma lúdica e dinamizada fazer com que o
aluno da educação infantil viagem na imaginação e desenvolva a oralidade e a
habilidade da interpretação. “Ouvir e contar histórias são atividades que, ao longo do
tempo, tem feito a alegria de muitas pessoas”. (SILVEIRA, 2012, p.167).
Contar história é uma arte popular, que expressa prazer e sentimentos ao serem
contadas e ouvidas. Então contar histórias é uma prática social, educativa e interativa
que faz com que a criança da educação infantil desenvolva a concentração e a oralidade.
Pois, o ato de contar história faz com que as crianças despertem o imaginário,
desenvolvendo as habilidades do falar e do ouvir, onde a criança e o adulto concentram-
-se, e a partir do que ouvem, imaginam e recriam novas histórias, assim as crianças que
não dominam a leitura tem na contação de história uma antecipação do concreto, o ato
de ler oralmente o que está escrito.
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Compreende-se que ao ouvir histórias as mesmas viajam pelo imaginário mundo
da emoção onde a ficção se transforma em realidade Segundo Cavalcante (2002, apud
SILVEIRA, 2012, p16),
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Para entender o ato de contar história na sociedade atual, se faz necessário
conhecer como surgiu e se originou a contagem de história no passado, quem contava e
para quem, e qual a importância social para os sujeitos que ouviam as histórias.
Segundo a teoria de Propp (1978 apud GOTLIB, 2006 p. 23-24):
[...] reconhece duas fases na revolução do conto. Uma primeira ,sua pré-
história, em que o conto e o relato sagrado – conto/mito/rito – se
confundiam. Entende mito no sentido de “relato sobre a divindade ou
seres divinos em cuja realidade o povo crê. “E rito, tal como costume e
segundo Engels, ou seja, como ‘atos ou ações cuja finalidade é operar
sobre a natureza e submetê-la”. Propp conclui que a maior parte dos
motivos dos contos refere-se a dois ciclos ritualísticos: o da iniciação e
o das representações da morte.
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Deste modo o processo histórico do conto vem desde a criação do mundo que de
forma oral vem sendo reproduzido até os dias atuais, variando de acordo com o tempo e
momento em que se encontra a sociedade, seja ele político, cultural, econômico, enfim
permeia a realidade atual vivenciada.
As crianças não tinham uma identidade que as identificassem como seres que
precisam de atenção e atividades direcionadas para se desenvolverem como sujeitos que
faziam parte da sociedade. Da mesma forma eram vistas pelo setor educacional,
conforme Silveira (2012, p.141):
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o passar do tempo foram publicados como textos literários com o objetivo de se tornar
um acervo cultural e não serem esquecidos pelo povo.
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Com o passar do tempo os contos e as narrativas passaram a ser especificados
baseados na moral e nos bons costumes sociais e familiares, em que estes textos eram
feitos para as crianças e por elas interpretados oralmente, como uma forma de incentivo
ao gosto pelo mundo literário. A contação de historia para as crianças é uma forma de
aprendizagem lúdica e que desenvolvem nelas varias habilidades tanto metais como
físicas através do ato de ouvir.
Segundo Barcellos e Neves (1995, apud, BARBOSA; SANTOS, 2009, p.25)
“Além disso, a criança que ouve histórias com frequência educa sua atenção,
desenvolve a linguagem oral e escrita, amplia seu vocabulário e principalmente aprende
a procurar, nos livros, novas histórias para o seu entretenimento”. E ainda Silva,
Hermidia e Calábria (2009, p.146) dizem em seu livro que:
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Outro ponto em que atua é no desenvolvimento comunicativo devido a
sua provocação de oralidade que leva a criança a dialogar com seus
colegas ouvintes e a (re) contar a história para seus amigos que não
estavam presentes naquele momento. Com isso também é desenvolvida
a interação sócio-cultural da criança ao proporcionar essa interação
entre crianças e a criação de laços sociais e formação de gosto pela
literatura e artes. A criança recebe influência até em seu
desenvolvimento físico-motor, devido à manipulação do corpo e da voz
de que faz uso ao ouvir e recontar as histórias.
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3 A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA E A APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS
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ou seja, a criança começa a desenvolver sentimentos pelo que está ouvindo e pelo que se
poderá produzir após ouvir as narrativas. Esta atividade desperta na criança a emoção do
sentir, ouvir, refletir e criar usando a imaginação.
Entende-se que os contos narrados e ouvidos pela criança são por elas recriados
de uma forma mais real e concreta, ou seja, as crianças espontaneamente começam a
interpretar os contos de uma forma real em que na maioria das vezes os personagens
bons e heróis passam a ser o que elas querem ser, ter uma vida igual à deles e assim por
diante.
21
Os contos e as fábulas acabam que por interagir com a vida social da criança em
que, na fase infantil estão construindo a sua identidade e conhecendo o seu espaço
cultural com seus costumes e tradições ali existentes.
Segundo Silva; Hermida e Calábria (2009, p.148):
A contação é vista como uma arte popular que era contada a partir da realidade
vivenciada no momento em que a sociedade se encontrava. Desse modo, de acordo com
Costa, Chaves e Teixeira (2012, p.95): “A arte se faz essencial ao desenvolvimento da
criança e na forma de perceber e se expressar com e no mundo que a circunda.” Assim
sendo a contação de história uma arte, ela também é essencial para o desenvolvimento
da criança. Podendo a criança ter conhecimento sobre outras culturas e poder de pensar
e interpretar com um olhar mais critico.
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Em uma sociedade tecnológica como a sociedade atual, contar e ouvir
histórias são uma possibilidade libertária de aprendizagem e uma atividade
de suma importância na construção do conhecimento e do desenvolvimento
ético e significativo da criança.
.
Assim podemos dizer que a sociedade atual não valoriza essa prática cultural
como algo que auxilie na promoção de uma transformação social e educativa do ser
infantil, como também em sua autonomia enquanto ser em constante aprendizado e
formador de opinião.
De acordo com a leitura lida e ouvida e de como ela é narrada é que a criança
despertará o interesse de ouvir histórias e de recontá-las, fazendo com que se permita,
1 Para maior compreensão e aprofundamento consultar a obra de Emília Ferreiro e Jean Piaget.
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de forma espontânea e natural, entender e participar de forma ativa do processo de
contação de história, em que ela poderá se questionar e questionar a quem está lendo
como e aonde acontece a história, para que ela possa recriá-la em sua imaginação.
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vendo os contos de fada como “suporte metafórico”, Silva, Hermida e Calàbria (2009,
p.154), nos afirmam que:
25
A discussão do conto com as crianças devem buscar o posicionamento
e a participação efetiva delas, problematizando e buscando formular
perguntas geradoras para a discussão do texto narrado e possibilitando
a construção de novos textos com finais criados pelas crianças. A
ligação desse momento com as possibilidades de
interdisciplinaridades, de trabalhar diversas temáticas a partir de um
conto, é possível e conduz a uma ação pedagógica prazerosa. A
produção de novos contos, através da visão e da criatividade da
criança, motiva a construção e fortalecimento do sujeito leitor e
construtor de textos.
26
4. A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NO CONTEXTO EDUCACAIONAL
ESCOLAR
4.1 A contação de história e a escola
27
abrangente e criativa, com recursos necessários, outras linguagens são desenvolvidas
ênfase na aprendizagem.
Por se tratar de uma atividade lúdica que trabalha diversas áreas do
conhecimento, e envolve outras linguagens além da oral, considera-se pertinente os
diversos recursos e diversas formas de desenvolver as linguagens que são exploradas
podendo contribuir na aprendizagem das crianças. Nos contos de fadas e por meio das
fábulas, as crianças ao ouvir, desenvolvem tanto a linguagem oral, corporal e a visual.
Movidos pela emoção a criança interpreta os personagens de forma lúdica e
prazerosa, as mesmas ao seu modo, usam sua criatividade. Praticando o que
apreenderam da história ouvida, as crianças se enchem de ideias ao ouvir uma história,
deste modo, diversas outras atividades surgem no contexto lúdico no momento em que
uma história é contada e ouvida.
A escola é um espaço em que a prática deve ser um elemento mediador da ação
com o educador e o aluno. Neste sentido podemos dizer que a escola deveria promover
mais espaço tanto físico como pedagógico na arte de contar histórias onde a criança
pudesse se sentir livre e autônoma ao interpretar e socializar uma história por ela ouvida
ou até mesmo criada.
Compreendendo que para o processo de aprendizagem se desenvolver de forma
positiva obtendo resultados favoráveis a aprendizagem das crianças, deve-se ter um
espaço adequado e favorável ao desenvolvimento cognitivo da criança, permitindo que a
mesma possa se sentir a vontade e ter liberdade para pensar, imaginar e criar e recriar as
histórias contadas e narradas, a sala de aula deve ser um espaço que favoreça e dê
suporte no processo pedagógico na realização da contação história como um espaço que
faça parte da história contada.
A contação de história na sala de aula é uma forma mais lúdica e dinâmica de
fazer com que a aula seja menos fadigada e cansativa e o aprendizado se torne mais
eficiente.
O processo de ludicidade é um ponto de suma importância para que a contação
de história em sala de aula seja mais emocionante e façam com que as crianças
interajam mais de forma participativa.
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envolvimento afetivo com a ludicidade contribui de forma efetiva para a
aprendizagem da leitura e escrita de forma prazerosa e significativa para
o mundo infantil. (SILVA; HERMIDA; CALÀBRIA, 2009, P.153).
Compreende-se também que, aquele que conta a história também está apto a
aprender e isso faz com que a prática se torne mais prazerosa e torna o professor um
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elemento formador, pois os alunos que gostam de ouvir e futuramente também lerão
histórias,
Considerando que o contador, através da leitura expressiva, estimula na
criança, com espontaneidade e encantamento, o gosto pela leitura, nota-
se que o professor contando histórias, durante sua prática educativa,
atua como um agente formador de alunos leitores, proporcionando e
permitindo que eles se tornem sujeitos ativos e responsáveis pela
construção de seus conhecimentos. (BARBOSA; SANTOS, 2009,
p.32).
Para se contar história na educação infantil se faz necessário que o narrador faça
a mediação entre o aluno e a narrativa a ser contada. O processo metodológico para
contar histórias tem sua relevância, pois dependo da maneira como se conduz esse
processo, é que a criança irá sentir prazer e vontade de participar ativamente em
conjunto com todos. Desse modo cabe ao educador, mediar de forma criativa o
momento da contação de história.
O ser criativo perpassa por uma atividade consciente do que quer fazer
ou encontrar nele uma solução ou forma de expressão. A criatividade é
um potencial intrínseco ao ser humano, e sua existência é inerente a ele,
porém deve ser cultivada através de problemáticas e temas que
incentivem o pensamento do estudante. (COSTA; CHAVES;
TEIXEIRA, 2012, P.97).
30
até que apareçam aquelas que no digam coisas de uma forma toda
especial.
Contar histórias é uma arte. Muitas pessoas têm um dom especial para
esta tarefa. Mas isso não significa que pessoas sem esse dom
excepcional não possam tornar-se bons contadores de histórias. Com
algum treinamento e alguns recursos práticos qualquer pessoa é capaz
de transmitir com segurança e entusiasmo o conteúdo de uma história
para pequenos. (OTTE; KOSÀCS, 2013, p.05).
31
Sisto (2005, p.45-46) nos traz como três elementos que auxiliam na contação de
história a voz, os gestos e o olhar.
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A dinâmica do trabalho do professor é sustentada principalmente pelas
relações que estão estabelecidas com as crianças e entre elas. Para se
construa um ambiente de confiança, cooperação e autonomia, as formas
de agir dos professores precisam estar pautadas por firmeza, segurança
e uma relação afetiva forte com as crianças.
O que a autora nos transmite significa que o educador deve gostar do que faz
como também está preparado para executar a atividade de forma segura e precisa,
passando para os alunos o real sentido do que está sendo narrado, criando e fortalecendo
laços afetivos com os seus alunos.
A formação do educador tem que ser contínua, pois à medida que a sociedade
muda também muda os costumes e os valores que são ensinados as crianças, dentro de
um aspecto social, podem dizer que a escola atualmente é responsável pela educação
moral e social da criança, é quem forma para vida e para a sociedade, seja para a
humanização como para o mercado de trabalho no modelo tecnicista.
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5. METODOLOGIA
Esta pesquisa é de teor bibliográfico que traz como contribuição para elaboração
desse trabalho os pensamentos dos seguintes autores: Silva; Hermida e Calàbria, (2009),
Severino (2007), Santos (2005), Barbosa; Santos (2009), Sisto (2005), Nascimento (2007),
Otte e Kosàcs (2013), Costa; Chaves; Teixeira (2012), Bueno e Oliveira (2011), Silveira
(2012) e Gotlib (2006).
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publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de
comunicação orais: rádios, gravações em ita magnética e audiovisuais:
filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato
direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado
assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham sido
transcritos por alguma forma, quer publicadas quer gravadas.
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A pesquisa bibliográfica é feita a partir da reflexão, análise e compreensão de
outros autores, onde o pesquisador pode se aprofundar e relacionar o seu pensamento
com os demais.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Introduzir a contação de história periodicamente na sala de aula com
atividades lúdicas, diversificadas e interdisciplinares;
Planejar e organizar com atenção cada atividade que envolva a contação
de história;
Explorar e utilizar os recursos disponíveis na escola, nos momentos da
contação de história;
Inovar a metodologia com diversos gêneros textuais e materiais
adequados à faixa etária do publico expectador;
Organizar bem o espaço do cantinho da leitura com cartazes atrativos e
vários gêneros literários, colocar tapetes, travesseiros, bichinhos de
pelúcias, em fim, preparar o espaço e torná-lo atrativo e aconchegante
para os alunos da educação infantil;
Dentro deste cenário a escola tem que buscar meios que promovam a prática da
contação de história em sala de aula, tornando-a mais interessante e despertando a
curiosidade das crianças a aprender a ter mais criatividade e imaginação para criar e
recriar as histórias ouvidas. A escola tem que dar meios para que os
professores/contadores de história preparem as crianças como seres sociais que
busquem a interação e o trabalho coletivo entre elas, em que a socialização e a
humanização sejam valorizadas. Os contos de fadas e as fábulas são maneiras lúdicas
nas quais as crianças podem conhecer os problemas sociais, as decepções, as alegrias,
tirando lições de vida.
Sendo assim, a escola em seu setor pedagógico deve criar meios de incluir no
currículo atividades que promovam a contação de história como proposta pedagógica a
ser trabalhada em sala de aula, através de um projeto de leitura, que incentive a
educação infantil a ouvir história e recriá-las de acordo com o seu potencial,
promovendo a interação com os colegas na escola. Outra atividade, que o setor
pedagógico deveria promover seriam rodas de contação de histórias que ajudassem as
crianças a compreender de forma mais divertida a narrativa.
Assim como o setor pedagógico a escola também deve dar subsídios ao
educador, para que ele possa realizar o seu trabalho de forma mais lúdica e dinâmica,
com a utilização de fantoches, dramatizações e apresentações sobre a história que está
sendo contada, pois o visual chama a atenção das crianças e faz com que as mesmas
assimilem a cena visualizada por elas, despertando o imaginário da criança.
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Diante do que fora pesquisado, entende-se que a contação de história acontece
de forma espontânea e que contribui na aprendizagem das crianças da educação infantil,
sendo necessário que todo o corpo envolvido na escola e na realização desta ação
participe e planeje de forma coletiva, tendo como objetivo promover um ensino de
qualidade e que priorize o bem estar da criança, desenvolvendo a sua aprendizagem e
habilidades como ouvir, falar, socializar, a comunicar-se e a ter mais expressões críticas
e construtivas.
Portanto a contação de história é um elemento de suma importância para o
universo infantil, que começou a ter destaque dentro da sociedade que vivemos, pois a
partir delas, as crianças são capazes de pensar, agir, criar e questionar sobre a situação
em que vive. Sabendo que as crianças desenvolverão sua criatividade, oralidade,
sociabilidade e interatividade.
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REFERÊNCIAS
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Positivo, 2005.
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