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Celebremos com alegria esta Páscoa Semanal !Dela recebemos o dom do Espírito Santo que
D E A N O
nos vivifica e fortalece em nossa vida diária. A liturgia do 3.º Domingo do Tempo Comum
lembra-nos que Deus conta connosco para sermos arautos, no mundo, da sua Vida e da sua
salvação; e desafia-nos a acolher de braços abertos o chamamento que, nesse sentido, Deus
nos dirige.
V E R
ORAÇÃO COLETA
Deus todo-poderoso e eterno, dirigi a nossa vida segundo a vossa vontade, para que mereça-
mos produzir abundantes frutos de boas obras, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
C O R
Filho. Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os
séculos dos séculos.
C O M U M
penitência, isto é, à conversão. Daí que esta primeira leitura nos apresente igualmente a
mensagem da penitência, tão claramente anunciada pelo profeta e tão exemplarmente
escutada por aqueles a quem ele a dirigiu.
Leitura da Profecia de Jonas
A palavra do Senhor foi dirigida a Jonas nos seguintes termos: «Levanta-te, vai à grande
cidade de Nínive e apregoa nela a mensagem que Eu te direi». Jonas levantou-se e foi a
D O
Nínive, conforme a palavra do Senhor. Nínive era uma grande cidade aos olhos de Deus;
levava três dias a atravessar. Jonas entrou na cidade, caminhou durante um dia e começou a
pregar, dizendo: «Daqui a quarenta dias, Nínive será destruída». Os habitantes de Nínive
acreditaram em Deus, proclamaram um jejum e revestiram-se de saco, desde o maior ao mais
D O M I N G O
pequeno. Quando Deus viu as suas obras e como se convertiam do seu mau caminho, desistiu
do castigo com que os ameaçara e não o executou. Palavra do Senhor.
Lembrai-Vos de mim segundo a vossa clemência, por causa da vossa bondade, Senhor. Refrão
3-O Senhor é bom e recto, ensina o caminho aos pecadores. Orienta os humildes na justiça e
dá-lhes a conhecer os seus caminhos. Refrão
LEITURA II 1 Cor 7, 29-31
«O cenário deste mundo é passageiro»
Como já no Domingo anterior, a secção da carta apostólica que lemos como segunda leitura
começa por se ocupar de casos concretos da comunidade a quem se dirige. Hoje, a propósito
da atitude dos cristãos perante o casamento e o celibato consagrado, de que tratará no
próximo Domingo, o Apóstolo começa por nos fazer reflectir sobre o sentido não definitivo da
vida neste mundo.
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo S. Paulo aos Coríntios
O que tenho a dizer-vos, irmãos, é que o tempo é breve. Doravante, os que têm esposas
procedam como se as não tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que andam
alegres, como se não andassem; os que compram, como se não possuíssem; os que utilizam
este mundo, como se realmente não o utilizassem. De facto, o cenário deste mundo é
passageiro. Palavra do Senhor.
ALELUIA Mc 1, 15
Está próximo o reino de Deus; arrependei-vos e acreditai no Evangelho. Refrão
EVANGELHO Mc 1, 14-20
«Arrependei-vos e acreditai no Evangelho»
A Boa Nova do Evangelho de Jesus Cristo traz aos homens um ideal novo e nova luz para os
seus caminhos. É por este caminho novo, que a palavra do Filho de Deus lhes aponta, que os
homens hão-de sair da prisão escura em que o pecado os mantém e ser conduzidos ao mundo
novo a que o Senhor os quer levar. Para isso, é necessário deixar para trás muita coisa e
seguir o Senhor que chama, como logo fizeram os primeiros discípulos que Jesus chamou e
que logo O seguiram.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a proclamar o Evangelho
de Deus, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e
acreditai no Evangelho». Caminhando junto ao mar da Galileia, viu Simão e seu irmão André,
que lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e
farei de vós pescadores de homens». Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus. Um pouco
mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam no barco a consertar
as redes; e chamou-os. Eles deixaram logo seu pai Zebedeu no barco com os assalariados e
seguiram Jesus. Palavra da salvação.
ACTUALIZAÇÃO DO EVANGELHO
A reflexão pode partir dos seguintes elementos:
-A nossa experiência de todos os dias mostra-nos a existência de sombras que desfeiam o
mundo e que ameaçam a nossa existência tranquila. E nós, ameaçados por essas sombras,
deixamos que a angústia, a desilusão e o desespero se apossem de nós. Para onde caminhamos?
Para um beco sem saída? Para um qualquer final dramático e infeliz? Jesus veio dizer-nos que,
no projeto de Deus, está um mundo diferente – um mundo de harmonia, de justiça, de
reconciliação, de amor e de paz. A esse mundo novo, Jesus chamava o “Reino de Deus”. E foi
essa a realidade que Ele colocou no horizonte da história dos homens. Ora, esse Reino não
morreu naquela cruz onde tentaram calar Jesus e o seu projeto. Reparemos nos sinais da
presença do Reino de Deus na nossa história do séc. XXI. Por cada gesto de violência e de
maldade que desfeia o nosso mundo, há mil outros gestos de amor, de partilha, de perdão, de
cuidado que tornam o mundo mais bonito, mais humano e mais feliz. O Reino está a fazer-se,
todos os dias. Somos testemunhas desse Reino? Somos arautos da esperança?
- Para que o “Reino de Deus” se torne uma realidade cada vez mais impactante, o que é
necessário fazer? Na perspetiva de Jesus, o “Reino de Deus” exige, antes de mais, a
“conversão”. Converter-se implica alterar as nossas atitudes de egoísmo, de orgulho, de
autossuficiência, de comodismo e de voltar a escutar Deus e as suas propostas, para que
aconteça, na nossa vida e à nossa volta, uma transformação radical – uma transformação no
sentido do amor, da justiça e da paz. Pessoalmente, o que devo mudar na minha maneira de
pensar e de agir para que o Reino de Deus seja uma realidade mais presente na minha vida e na
vida dos que me rodeiam? E, no que diz respeito aos valores que a sociedade de que faço parte
cultiva, quais favorecem e quais impedem a construção do Reino de Deus?
- Para que o Reino aconteça é preciso também “acreditar” no Evangelho. Em concreto, isso
significa aderir a Jesus, acolher o seu projeto, escutar as suas palavras, aprender com os seus
gestos de amor, de serviço, de doação, de perdão. As palavras e os gestos de Jesus estão
integrados na minha vida e transparecem na minha forma de tratar, de servir e de cuidar
aqueles irmãos e irmãs que caminham ao meu lado? Os meus gestos e palavras dão testemunho
desse mundo mais humano e mais fraterno que Jesus nos veio ensinar a construir?
-Desde que começou a anunciar o Reino de Deus, Jesus rodeou-se de discípulos. Pedro, André,
Tiago, João e alguns outros cruzaram-se com Jesus, ouviram o seu chamamento e foram com
Ele. Eram homens simples, com defeitos e virtudes, como qualquer um de nós; mas tiveram a
coragem de corresponder ao convite de Jesus e de embarcar com Ele na aventura de construir o
Reino de Deus. A nós, Jesus lança todos os dias o mesmo convite. Estamos dispostos a fazer da
construção do Reino a nossa prioridade? Estamos dispostos a ir atrás de Jesus, mesmo que isso
implique deixarmos para trás certos projetos pessoais? Aquele compromisso que, no dia do
nosso batismo, assumimos com Jesus, está a ser concretizado na nossa vida?
-Jesus confia aos seus discípulos – quer àqueles que chamou nas margens do mar da Galileia,
quer a nós – a missão de serem “pescadores de homens”. É uma missão que não passou de
moda: hoje, como ontem, há muitos irmãos nossos que vivem mergulhados nas águas revoltas
do egoísmo, da violência, da exploração, da solidão, da doença… E Jesus conta connosco para
lhes dar a mão, para aliviar o seu sofrimento, para lhes levar esperança, para humanizar as suas
vidas. Sentimos a responsabilidade desta missão? Sentimo-nos responsáveis por levar alívio e
esperança a cada homem ou a cada mulher que sofre? Sabemos que também por aí passa a
construção do Reino de Deus?
PERMANECEI
NA MINHA
PALAVRA