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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

TERMO DE REFERÊNCIA

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 11 DE JANEIRO DE 2024

PORTARIA DO MJSP Nº 01, DE 30 DE JANEIRO DE 2024

Dispõe sobre a Diretriz Administrativa-Operacional


no âmbito da Diretoria da Força Nacional de
Segurança Pública (DFNSP).

O MINISTRO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA, no exercício das incumbências que lhe


confere o art. 13, MEDIDA PROVISÓRIA Nº4, DE 08 DE JANEIRO DE 2024

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Diretriz Administrativa-Operacional da DFNSP, anexa a esta Portaria.

Art. 2º Aprovar e fixar em orçamento, soldo dos mobilizados em R$1.550 com bônus de
periculosidade de R$500 por dia de mobilização a ser pago na data de desmobilização.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

CYBERDARKBR

Documento assinado eletronicamente por CYBERDARKBR, Ministro


de Estado da Justiça e Segurança Pública, em 30/01/2024, às 16:46.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA


MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

DIRETRIZ ADMINISTRATIVA-OPERACIONAL DA
DIRETORIA DA FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

CAPÍTULO I

1. Introdução
A Diretriz Administrativa-Operacional da Diretoria da Força Nacional tem
a finalidade de estabelecer normas gerais de padronização, funcionamento e execução
das atividades e ações desenvolvidas pela Diretoria da Força Nacional de Segurança
Pública (DFNSP).

1.1 Considerações gerais


O contingente mobilizável da Força Nacional será composto, via de regra,
por profissionais integrantes dos órgãos de segurança pública dos Estados e do Distrito
Federal que tenham aderido ao programa mediante treinamento especial para atuação
conjunta.
As atribuições dos integrantes dos órgãos de segurança pública envolvidos

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em atividades da Força Nacional são aquelas previstas no art. 87 da Constituição e na
legislação em vigor.
A movimentação de material afeto à Força Nacional, por cessão de uso,
ocorrerão na forma da legislação em vigor, desde que não haja prejuízos ao planejamento
das ações e treinamentos da Força Nacional.
A estrutura hierárquica existente nos órgãos de segurança pública da
União, dos Estados e do Distrito Federal e o princípio da unidade de comando serão
observados nas operações da Força Nacional.

CAPÍTULO II

2. Dos Princípios
Os princípios norteadores do emprego da Força Nacional de Segurança
Pública estão esculpidos no seguinte sentido:
I - respeito aos direitos individuais e coletivos, inclusive à integridade
moral das pessoas;
II - uso moderado e proporcional da força;
III - unidade de comando;
IV - eficácia e eficiência;
V - pronto atendimento;
VI - emprego de técnicas proporcionais e adequadas de controle de
distúrbios civis; e
VII - qualificação especial para gestão de conflitos;

CAPÍTULO III

3. Da estrutura e competências da DFNSP


A DFNSP está diretamente subordinada ao MJSP e sua estrutura e
competências estão descritas na MEDIDA PROVISÓRIA DE Nº 5 DE 7 DE JANEIRO
DE 2024

3.1. Estrutura da DFNSP:


a) Coordenação-Geral de Planejamento e Operações da Força Nacional

b) Coordenação-Geral de Administração - CGAD:

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c) Coordenação-Geral de Polícia Judiciária e Perícia - CGPJ:

As funções exercidas pelos agentes de segurança pública que compõem a


Força Nacional são de cunho operacional, estando todos em condições de pronto
emprego.

A comunicação entre as Coordenações-Gerais será estabelecida entre os


seus titulares, ou por profissionais autorizados, com vista a estabelecer um canal de
ligação único.

Os mobilizados quando necessitarem realizar contatos, sobre assunto


atinentes a DFNSP, externos à Diretoria, deverão obedecer a estrutura hierárquica.

3.2. Compete a DFNSP:


I - atuar em atividades destinadas à preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, nas hipóteses previstas na
legislação;
II - coordenar e planejar a seleção, o recrutamento, a mobilização, o
preparo, o emprego e a desmobilização dos efetivos de polícia ostensiva
e preventiva, de bombeiros, de defesa civil, de polícia judiciária e de
perícia;
III - propor e desenvolver, ações de capacitação, formação e
nivelamento destinados aos efetivos de polícia ostensiva e preventiva,
de bombeiros militares, de defesa civil, de polícia judiciária e de
perícia, no âmbito da Força Nacional;
IV - realizar o planejamento operacional referente ao emprego
dos efetivos;
V - instaurar e instruir procedimentos administrativos de Averiguação
Preliminar, de averiguação preliminar de saúde e de inquérito técnico,
no âmbito da Diretoria;
VI - planejar, organizar, coordenar, controlar e fiscalizar a distribuição,
a segurança e o uso dos armamentos, das munições, dos equipamentos,
das viaturas e dos materiais da Força Nacional;
VII - elaborar estudos relativos às necessidades logísticas,
administrativas e de emprego operacional concernentes à atuação da
Força Nacional;
VIII - realizar ações de inteligência operacional destinadas à sua
atuação;
IX - propor, elaborar e expedir atos administrativos, por meio de

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portarias e documentos técnicos, de acordo com as necessidades
administrativas e operacionais da Força Nacional;
X - promover as atividades de redação e de revisão de documentos e
dos atos administrativos, no âmbito da Diretoria; e
XI - coordenar os procedimentos administrativos de averiguação
preliminar e de inquérito técnico.

3.2.1. Compete a Coordenação-Geral de Planejamento e Operações da


Força Nacional - CGPLANFN:
I - planejar, coordenar e fiscalizar o emprego operacional do efetivo em
articulação com a Coordenação-Geral de Polícia Judiciária e Perícia
(CGPJ);
II - adotar as medidas necessárias para o cumprimento dos objetivos
específicos de cada operação;
III - promover os controles ético, disciplinar e operacional do efetivo
nas operações desencadeadas em articulação com a CGPJ;
IV - gerenciar e monitorar o andamento de todas as operações e as
ocorrências envolvendo a Força Nacional;
V - desenvolver atividades de inteligência operacional e gestão das
informações produzidas pelos órgãos de segurança pública, voltadas
para as ações da Força Nacional; e

3.2.2. Compete a Coordenação-Geral de Administração - CGAD:


I - gerenciar, administrar e fiscalizar os bens e o patrimônio sob a
responsabilidade da DFNSP;
II - gerenciar, administrar e fiscalizar a execução orçamentária e
financeira no âmbito da DFNSP;
III - analisar as demandas, realizar estudo técnico preliminar e elaborar
termos de referência, notas técnicas e projetos básicos para aquisição e
contratação de bens e serviços;
IV - planejar, controlar, executar e supervisionar os serviços, a logística
de suprimentos e de transportes no âmbito da DFNSP;
V - orientar o desenvolvimento de soluções tecnológicas necessárias à
execução das atividades da Força Nacional; e
VI - realizar a solução em primeiro grau de decisão de processos
administrativos de logística.

3.2.3. Compete a Coordenação-Geral de Polícia Judiciária e Perícia - CGPJ:


I - planejar, coordenar, implementar, acompanhar e supervisionar as
atividades operacionais de Polícia Judiciária e de Perícia, incluindo as

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de administração de material, pessoal e de patrimônio;
II - planejar, coordenar e fiscalizar o emprego operacional do efetivo da
Força Nacional nas atividades de polícia judiciária e perícia;
III - elaborar relatórios técnicos que subsidiem a tomada de decisões no
que concerne ao início, desenvolvimento e encerramento das operações
de Polícia Judiciária e Perícia;
IV - propor atos normativos e a documentação técnica pertinente ao
desenvolvimento das operações de Polícia Judiciária e Perícia; e
V - gerenciar e monitorar o andamento das ocorrências envolvendo as
operações de Polícia Judiciária e Perícia;

CAPÍTULO IV

4. Da composição do efetivo da Força Nacional


A Força Nacional é composta, via de regra, por servidores civis e militares
das atividades fim dos órgãos de segurança pública e dos órgãos de perícia criminal dos
entes federados.
Se forem insuficientes para suprir a previsão do efetivo da Força Nacional
e, em face da necessidade de excepcional interesse público, as atividades poderão ser
desempenhadas em caráter voluntário:
I - por militares e por servidores das atividades-fim dos órgãos de
segurança pública e dos órgãos de perícia criminal da União, dos
Estados e do Distrito Federal que tenham passado para a inatividade;
II - por reservistas que tenham servido como militares temporários das
Forças Armadas e passado para a reserva;

4.1. Do efetivo
Será realizada a previsão do efetivo da Força Nacional pelo MSP, com
prioridade para a mobilização.

4.2. Dos critérios para mobilização


Observarão os seguintes critérios para mobilização dos profissionais civis
e militares para atuação em operações da Força Nacional:
I - ter vínculo com a administração pública e experiência mínima na
atividade a ser desempenhada na Força Nacional;
II - não ser cônjuge, companheiro ou parente em linha reta ou colateral,
por consanguinidade ou afinidade, até o terceiro grau, inclusive do
Ministro de Estado da Segurança Pública, do Secretário Nacional de
Segurança Pública, do Diretor da Força Nacional, do Secretário

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Estadual ou Distrital de Segurança Pública ou do dirigente máximo do
órgão de segurança pública ao qual pertença;
III - não estar respondendo processo administrativo disciplinar ou penal
na Justiça Comum ou Militar;
IV - não ter sido condenado pela prática de infração administrativa de
natureza grave, ou possuir condenação penal;

4.3. Da desmobilização
A desmobilização dos profissionais que atuam junto à Força Nacional
dar-se-á nas seguintes hipóteses:
I - no interesse da Administração Pública Federal;
II - para fins de tratamento de saúde;
III - para responder a processo penal ou procedimento
administrativo disciplinar;
IV - por insuficiência técnica; e
V - Término da Mobilização Determinada.

4.4. Do tempo de mobilização


Os profissionais mobilizados na Força Nacional poderão nela permanecer
pelo prazo máximo de mobilização determinada.
O prazo acima descrito poderá ser prorrogado por ato do Ministro de
Estado da Segurança Pública, observando as necessidades;

4.5. Das previsões gerais do efetivo


O profissional mobilizado que venha a responder a inquérito policial ou a
processo judicial em função do seu emprego nas atividades e serviços, serão
representados judicialmente pela Advocacia-Geral da União;
Todos os profissionais mobilizados estão autorizados a cautelar seu
armamento, devendo ser observado que:
a) não é permitido o uso de arma particular durante o serviço, o qual
será exclusivamente realizado com o armamento da Força Nacional;
b) a identificação pessoal e o Cartão de Identificação de Mobilizado -
CIM, expedido pela DFNSP, são documentações obrigatórias para que o
profissional porte armamento da Força Nacional, estando ou não de
serviço;
c) durante todos os tipos de dispensas ou atestados médicos, o
profissional deverá desacautelar o armamento na unidade responsável,
na operação que estiver lotado;
d) em situação de sobreaviso ou prontidão, não poderão portar arma de

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fogo da Força Nacional, bem como a de propriedade particular, de
maneira ostensiva ou com ela adentrar ou permanecer em locais
públicos (igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes, boates ou outros
locais de grande aglomeração de pessoas, em virtude de eventos de
qualquer natureza);
e) a autorização da cautela de arma de fogo perderá automaticamente
sua eficácia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de
embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas,
onde responderá na forma da lei; e
f) é obrigatório o registro de ocorrência policial e a comunicação à
Força Nacional, sobre eventual perda, furto, roubo ou outras formas de
extravio de armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua
guarda, nas primeiras vinte e quatro horas depois de ocorrido o fato.

CAPÍTULO V

5. Do treinamento e da capacitação
I - Instrução de Nivelamento de Conhecimento - INC; e
II - Estágio de Readaptação.

A INC é o treinamento especial necessário para atuação na Força Nacional,


enquanto o Estágio de Readaptação é o treinamento especial para aqueles que já possuem
INC, porém estão afastados da atuação na Força Nacional, sendo necessário sempre que o
profissional for mobilizado após o afastamento superior a um mês.
A partir da data de publicação desta Diretriz, a INC será o único tipo de
instrução de nivelamento de conhecimento aplicado pela Força Nacional para fins de
habilitação para a atuação na Força Nacional. A aprovação em INC é requisito
indispensável para atuação na Força Nacional, nos casos de profissionais que não a
possuam, e o Estágio de Readaptação, nos casos dos profissionais que já possuem INC.
O profissional não aprovado na INC ou no Estágio de Readaptação não
poderá permanecer na Força Nacional.
Os critérios para aprovação na INC e no Estágio de Readaptação, serão
propostos pela DFNSP.

A INC tem os seguintes objetivos:


I - capacitar os profissionais civis e militares para atuação junto à Força
Nacional, inclusive no que concerne à utilização e manutenção dos
armamentos e equipamentos; e
II - padronizar os procedimentos técnicos e táticos operacionais de
atuação da Força Nacional.

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O Estágio de Readaptação objetiva capacitar e aperfeiçoar os profissionais
civis e militares nas técnicas para atuação junto à Força Nacional, inclusive no que
concerne à utilização e manutenção dos armamentos e equipamentos, e novos
procedimentos táticos e operacionais, atualizando a padronização.

CAPÍTULO VI

6. Do serviço
A atuação do efetivo no âmbito da Força Nacional poderá ser em regime de:
I - expediente;
II - escala de serviço;
III - prontidão; e
IV - sobreaviso.
As especificidades dos regimes de atuação serão previstas nos instrumentos
específicos.

6.1. Dos afastamentos


Os afastamentos do serviço no âmbito da Força Nacional, para todos os
profissionais mobilizados, poderão ser:
I - dispensa regulamentar;
II - dispensa emergencial; e
A dispensa caracteriza-se por interrupção temporária dos serviços
prestados pelo profissional mobilizado sem que haja a sua desmobilização e sem ônus
para a União.
Incumbe aos Chefes imediatos (Diretor e Coordenadores-Gerais) o
deferimento do afastamento previsto no inciso II e incumbe ao Diretor da Força
Nacional, ou ao seu substituto legal, nos casos de afastamentos ou impedimentos legais,
o deferimento do afastamento previsto no inciso I.

6.2. Dos tipos de viaturas


Compõem a frota da Força Nacional:
I - veículos leves caracterizados;
II - veículos leves descaracterizados;
III - veículos de transportes de tropa;
IV - veículo blindado de combate;
V - motocicletas;
VI - aeronaves; e
VII - embarcações.

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6.3. Dos armamentos e equipamentos
O armamento da Força Nacional é o de uso policial, dividindo-se em:
I - armas de porte e portáteis;
II - armas de emprego individual e coletivo; e
III - instrumentos de menor potencial ofensivo.
As especificidades dos armamentos e dos equipamentos serão previstas nos
respectivos instrumentos das áreas técnicas da Força Nacional.

6.4. Do processo administrativo


Nos processos administrativos eletrônicos do DFNSP, os atos processuais
deverão ser realizados em meio eletrônico, exceto nas situações em que este procedimento
for inviável ou em caso de indisponibilidade do meio eletrônico cujo prolongamento cause
dano relevante à celeridade do processo.

CAPÍTULO VII

7. Modalidades de emprego
As modalidades de emprego no âmbito da Força Nacional poderão ser:
I - policiamento ostensivo;
II - cumprimento de mandados de prisão;
III - o cumprimento de alvarás de soltura;
IV - a guarda, a vigilância e a custódia de presos;
V - os serviços técnico-periciais, qualquer que seja sua modalidade;
VI - o registro e a investigação de ocorrências policiais;
VII - as atividades relacionadas à segurança dos grandes eventos;
VIII - auxílio na ocorrência de catástrofes ou desastres coletivos,
inclusive para reconhecimento de vitimados;
IX - o apoio às atividades de conservação e policiamento ambiental;
X - o apoio às atividades de segurança de autoridades e patrimônio
público.

CAPÍTULO VIII

8. Das operações
As operações no âmbito da Força Nacional poderão ser executadas,
integradas ou separadas, por:

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I - policiais militares;
II - bombeiros militares;
III - policiais civis;
IV - profissionais de perícia;
V - inativos e reservistas, preferencialmente em conjunto.
O Comando da Operação respeitará as peculiaridades das instituições e
será definido pela Coordenação-Geral responsável.
A Força Nacional utiliza a liderança situacional como forma de comando
a ser exercida pelos responsáveis nas operações.
O plano de emprego acima mencionado, observará o processo de gestão
de risco e de planejamento estruturado com o objetivo de definir com clareza um
conjunto de ações e iniciativas necessárias para apoiar a tomada de decisão quanto à
alocação da Força Nacional.
Demais especificidades operacionais serão previstas nos respectivos
instrumentos das áreas técnicas da Força Nacional.

CAPÍTULO IX

9. Conduta do profissional mobilizado na Força Nacional


As normas de conduta, os deveres e as vedações aplicadas ao profissional
mobilizado:
As obrigações do profissional mobilizado são:
I - agir sob a égide da lei e do respeito aos direitos humanos;
II - respeitar e tratar com urbanidade as pessoas, inclusive superiores,
colegas e
II - respeitar e tratar com urbanidade as pessoas, inclusive superiores,
colegas e subordinados;
III - respeitar as diversidades culturais;
IV - atuar com equilíbrio e isenção;
V - manter sigilo em relação às informações a que tiver conhecimento
em razão da função;
VI - zelar pela utilização adequada dos recursos materiais da Força
Nacional e pela preservação do patrimônio público;
VII - manter-se atualizado acerca das instruções, das normas de serviço e
da legislação pertinente às suas atividades, zelando pelo seu fiel
cumprimento;
VIII - compartilhar informações e documentos pertinentes às suas tarefas

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com os demais colegas, exceto as informações classificadas como
sigilosas, na forma da lei;
IX - exercer sua função, autoridade ou prerrogativa e atender
exclusivamente o interesse público;
X - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de
que tiver ciência em razão da função;
XI - exercer com zelo e dedicação as atividades desenvolvidas no âmbito
da Força Nacional;
XII - ser leal e agir em conformidade à moralidade administrativa; XIII -
cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
XIV - ser assíduo e pontual ao serviço; e
XV - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

É vedado ao profissional mobilizado:


I - ausentar-se do serviço, sem prévia autorização do comandante ou do
chefe imediato;
II - afastar-se da área da operação, sem autorização competente;
III - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da operação;
IV - opor resistência injustificada à execução de serviço;
V - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
VI - receber propina, comissão, presente, brinde ou vantagem de
qualquer espécie ou valor, em razão de suas atribuições;
VII - proceder de forma desidiosa;
VIII - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado;
IX - utilizar para fins particulares recursos, serviços ou pessoal
disponibilizados pela Força Nacional ou pelo ente federado;
X - envolver-se em atividades particulares que conflitem com o horário
de expediente ou escala de serviço estabelecida;
XI - usar artifícios para prolongar a resolução de uma demanda ou
dificultar o exercício regular de direito por qualquer cidadão;
XII - apresentar-se no expediente administrativo ou no cumprimento à
escala de serviço sob efeito de substâncias químicas sem prescrição
médica;
XIII - propor ou obter troca de favores que origem compromisso pessoal

ou funcional, conflitante com interesse público;

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XIV - utilizar-se da função de chefia, de direção ou de comando, do
posto ou da graduação, de amizade ou de influência em benefício
próprio, para obtenção de vantagem indevida;
XV - prestar assistência ou consultoria de qualquer espécie a empresas
contratadas, fiscalizadas, fornecedoras, prestadoras de serviços ou que
estejam participando de licitações para fornecimento de materiais ou
serviços para a Força Nacional;
XVI - usar ou repassar a terceiros, por intermédio de quaisquer meios
de comunicação, informações, tecnologias ou conhecimentos obtidos
em razão da função, sem o conhecimento prévio e a autorização
expressa da chefia, direção ou comando;
XVII - utilizar-se de informações privilegiadas obtidas em razão do
desempenho de suas funções na Força Nacional, ainda que depois de
sua desmobilização;
XVIII - utilizar-se da hierarquia ou da função de chefia, direção ou
comando que exerça, para constranger profissionais mobilizado ou
agente público a praticar ato irregular ou distinto de suas atribuições
legais ou regulamentares;
XIX - utilizar-se de sua função, poder, autoridade ou prerrogativa com
finalidade estranha ao interesse público;
XX - envolver-se em situações que possam caracterizar conflito de
interesses, em razão do desempenho de suas funções na Força Nacional;
e
XXI - ser conivente, ainda que por solidariedade, com infração disposta
nesta Diretriz ou na legislação pátria.

9.1. Da Averiguação Preliminar


A averiguação preliminar será necessária sempre que as autoridades
tenham ciência da conduta do profissional mobilizado que infrinja a lei ou normas
previstas nesta Diretriz, sem que disponham de elementos detalhados ou mesmo de
certeza quanto ao fato e à autoria;
Será dispensada a instauração de averiguação preliminar quando a
comunicação de fato de possível prática irregular de mobilizado estiver acompanhada de
manifestação da chefia imediata e documentação e/ou elementos de informação
suficientes para o convencimento da autoridade competente quanto a desmobilização, no
interesse da Administração Pública Federal, ou o arquivamento do fato.
São competentes para proceder à averiguação preliminar dos fatos:
I - o Diretor da DFNSP, em relação a fatos que envolvam todo o
efetivo mobilizado;

II - os Coordenadores-Gerais, em relação a fatos que envolvam seus


subordinados;

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III - os Comandantes e os Chefes de Operações, em relação a fatos que
envolvam suas respectivas unidades e os servidores sob suas ordens diretas.
As autoridades supracitadas poderão, por meio de despacho, determinar
que outro profissional proceda à averiguação.
Ao Apoio Administrativo de Controle e Análise Documental caberá
controlar a numeração das averiguações preliminares instauradas e confeccionar a
sugestão de Manifestação do Diretor, que será encaminhada ao Ministério de Justiça e
Segurança Pública para decisão.
Compete ao responsável por instruir à averiguação preliminar:
I - dirigir-se, quando possível, ao local dos fatos, deles
inteirando-se;
II - notificar os interessados para que apresentem a sua versão no prazo de
dois dias úteis;
III - ouvir, por meio de termo de declaração, aquele que trouxer dados
relevantes à busca da verdade;
IV - coletar documentos e indícios materiais disponíveis; e
V - elaborar relatório de todo o apurado.
O relatório de que trata o inciso VI, deverá conter:
I - descrição sintética dos fatos apurados;
II - relação dos documentos e indícios coletados durante as diligências;
III - resumo das entrevistas realizadas;
IV - resumo dos termos de declarações, quando houver;
V - situação do profissional (se mobilizado ou desmobilizado);
VI - avaliação de desempenho do profissional; e
VII - conclusão.
A averiguação preliminar deverá ser encerrada, com o devido relatório, no
prazo máximo de cinco dias, a contar do recebimento dos autos pelo profissional
responsável pela apuração, e deverá sugerir:
I - o arquivamento do procedimento; ou
II - a desmobilização do profissional mobilizado, com a sugestão de envio
do procedimento à autoridade competente.
O prazo de dez dias poderá ser prorrogado uma vez, por mais cinco dias,
desde que devidamente justificado.
O deferimento/indeferimento da prorrogação mencionada caberá ao Diretor
da Força Nacional e, em casos excepcionais, a profissional por este indicado.
Se a conduta estiver capitulada como crime ou contravenção penal, o
procedimento será remetido ao Ministério Público competente, com cópia para o órgão de
origem.
Se a conduta for de natureza disciplinar, o procedimento deverá ser
remetido às autoridades do órgão de origem para adoção das providências cabíveis.

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Se a conduta tiver provocado dano ao erário, o procedimento receberá a
forma de inquérito técnico e será remetido à Advocacia-Geral da União para conhecimento
e providências cabíveis, nos casos em que não houver o ressarcimento.
No caso do profissional mobilizado encontrar-se temporariamente apto
apenas para desenvolvimento de atividades de apoio administrativo, sua permanência ou
não, na Força Nacional, ficará a critério do Diretor, o qual poderá decidir valendo-se da
manifestação do superior imediato do profissional em questão, no interesse da
administração pública.
O profissional desmobilizado em razão de crime ou contravenção penal ou
conduta de natureza disciplinar somente poderá ser novamente mobilizado para atuar na
Força Nacional, após solução do procedimento e/ou processo e de manifestação formal
acerca do fato, expedido pelo órgão competente, de acordo com a natureza da
desmobilização.
No caso de flagrante de crime militar, a lavratura do auto de prisão em
flagrante delito será presidida por autoridade de polícia judiciária militar com circunscrição
sobre o local do cometimento do delito, nos termos da legislação processual penal militar
em vigor, homologado pela autoridade judicial da Justiça Militar a que pertence o militar.
Hipótese esta que ensejará, sem a instauração de averiguação preliminar, a imediata
desmobilização do profissional a contar da data da situação flagrancial e, dentro do
possível, sua apresentação na instituição de origem.

No caso de flagrante de crime de competência da justiça comum, ocorrendo ou não a


lavratura do auto de prisão em flagrante delito, está presidida por autoridade
de polícia judiciária com circunscrição sobre o local do cometimento do delito, nos termos
da legislação processual penal em vigor, ensejará, sem a instauração de averiguação
preliminar, a imediata desmobilização do profissional e, dentro do possível, sua
apresentação à instituição de origem.

Demais especificidades quanto a averiguação preliminar serão previstas em


instrumento específico.

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