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Sermão 21/09

Tema: Esteja pronto para servir mesmo em meio a crise


Texto base: 1 Reis 17:8-16

Boa noite aos irmãos! Espero que você esteja se sentindo acolhido na casa do Senhor porque este é
o melhor lugar do mundo que você poderia estar neste momento. Vamos iniciar nossa reflexão desta
noite abrindo nossas Bíblias no livro de 1 Reis 17: 8-16. (Esperar um tempo). Antes de lermos,
vamos fazer uma oração? Senhor Jesus, amado Pai, graças te damos, meu Deus, pela benção de
estarmos vivos mais um dia. O Senhor nos deu um privilégio maravilhoso, que é o de podermos estar
em sua presença para te honrar e engrandecer. Peço-te agora, Senhor, que envies o Espírito Santo
ao nosso coração para que ele nos instrua ao real conhecimento de Sua Palavra. Que não seja eu
quem fale, mas o Senhor. Em nome de Jesus que te oro, amém.
1 Reis 17:8-16: Então veio a ele a palavra do Senhor, dizendo:
Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva
que te sustente.
Então ele se levantou, e foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher
viúva apanhando lenha; e ele a chamou, e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco de água
que beba.
E, indo ela a trazê-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua
mão.
Porém ela disse: Vive o Senhor teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de
farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou
prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos.
E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um
bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu filho.
Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija
não faltará até ao dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra.
E ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias.
Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; conforme a palavra do Senhor, que
ele falara pelo ministério de Elias.
O que estava acontecendo aqui nessa cena? Vamos contextualizar. O povo de Israel estava, mais
uma vez, sendo infiel à Deus, e caindo na idolatria. O rei dessa época era Acabe, e ele havia se casado
com uma princesa dos Sidônios, Jezabel, que tinha costumes idólatras. Por isso, pouco a pouco os
profetas do deus baal foram se espalhando por toda parte, bem como seus altares de sacrifiício.
Então, Deus enviou Elias para alertar o povo sobre os pecados deles. Deus ordenou que Elias
profetizasse sobre o tempo, para que não chovesse sobre a terra durante determinado período. Então,
como diz do verso 3 em diante, Elias teve de fugir de sua terra por causa da fúria do rei Acabe e de
sua esposa. Foi para um riacho, onde foi sustentado por corvos durante alguns dias. Porém, nesse
meio tempo o riacho secou, por causa da ausência de chuvas, e ele teve de se dirigir para outra
cidade, Sarepta, onde ele encontrou a viúva da nossa história.
Eu estive lendo um livro recentemente, e tem muito a ver com o que vamos falar aqui hoje, que é este
aqui: Um Homem Rico em Israel. Esse livro conta um pouco da história de Milton Afonso, que muitos
conhecem, o fundador da Golden Cross. Esse livro traz 7 princípios bíblicos que guiaram o sucesso
financeiro obtido por Milton. Todos os segredos são incrivelmente interessantes, eu recomendo
bastante a leitura, mas hoje eu vou me ater ao terceiro segredo. “Teve sucesso em sua vida financeira
porque adotou o sistema financeiro de Deus, não o do mundo”.

Ouve-se por todos os lados que, se vc deseja adquirir riquezas, tem que dar duro. Esse é o sistema
financeiro que o mundo apresenta, baseado no esforço pessoal e desconsiderando totalmente a
atuação divina. Esse sistema mundano visa somente à exaltação própria do ser humano, que procura
nos bens materiais a autorrealização e o reconhecimento, tendo o acúmulo por bens como uma
forma de interpretar o sucesso. Ele é ganancioso e egoísta, tendo seu princípio na armazenagem e no
estoque, medidas que geralmente são tomadas pelo medo.

Abra sua Bíblia em provérbios 11:24. Diz assim: Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas
riquezas; outro retém o que deveria dar, e cai na pobreza. Muitos livros circundam o mercado hoje em
dia presumindo que a riqueza é a consequência da economia, da aplicação em bolsas, entre outros
métodos. Apesar disso ser uma verdade para o mundo, não é para o cristão sincero. Esse sistema
financeiro secular procura acumular o máximo de riquezas e evitar, a todo e qualquer custo, as
perdas, mesmo que estas sejam mínimas, a fim de que elas não venham a minar os proventos de
alguma forma.

Aparentemente, não existe nada de errado em procurar evitar as perdas. O problema está em não
fazer a distinção entre o que é perder e o que é ganhar. Vou dar um exemplo: no sistema puramente
secular, gastar dinheiro com bebidas alcoólicas, cinema, festas, teatros e outras atividades afins é
considerado um investimento pessoal que dá glamour à vida. Em contrapartida, a disposição em
ajudar a família de um funcionário que esteja com alguma necessidade, pagar salários justos, ajudar
aos pobres, dar uma oferta ou devolver o dízimo são considerados como perdas, que devem ser
evitadas a todo custo. A máxima do mundo é: quanto mais se acumula bens materiais, maior o poder
de conquista. A inversão dos valores é nítida.
Os que advogam o secularismo financeiro podem ser divididos em dois grupos. O primeiro é
constituído por aqueles que procuram, incansavelmente, desfrutar de uma vida de luxo, frequentar os
melhores restaurantes, usar roupas de grife, obter status social, adquirir mansões e apartamentos
suntuosos em grandes centros, dirigir automóveis luxuosos, ou fazer turismo nos lugares mais
concorridos do mundo. O segundo grupo é composto por aqueles que juntam o dinheiro apenas pelo
prazer de possuí-lo. Eles investem em fortunas e são colecionadores de contas bancárias. Em
qualquer um dos casos, o problema está no fato de as pessoas colocarem suas posses acima de
Deus.
Por esse ponto de vista, vejo bastante semelhança entre a viúva de Sarepta e a história de Milton
Afonso. Ele começou a vida em um bairro muito pobre na região metropolitana de Belo Horizonte.
Pagou os estudos com muito custo através da colportagem, mas ao mesmo tempo que pagava o
seu, ajudava mais colegas de faculdade a terminarem o curso. Ele conta que chegou a ajudar
simultaneamente 8 mil estudantes em todos os níveis acadêmicos. Já na história bíblica, me deparo
com uma mulher que já tinha perdido tudo (esposo, renda). Não tinha mais nada para comer além
daquele bocado pequeno de trigo. Mesmo assim, deu tudo o que tinha para fazer a obra que Deus
lhe confiara. Creu na providência divina apesar da baixa probabilidade de solução.
Ellen White, no seu livro “Conselhos Sobre Mordomia, pg 36” afirma: Se os homens se tornarem
condutos pelos quais possam as bênçãos dos Céus fluir para os outros, o Senhor conservará suprido
tal canal.
Certa vez, li uma mensagem que quero compartilhar com você "Na Palestina existem dois mares.
Um é doce, e em suas águas abundam os peixes, prados, bosques e jardins enfeitam suas margens.
As árvores estendem sobre ele seus ramos, e avançam suas raizes sedentas para beber as águas
saudáveis. Em suas praias brincam aos grupos as crianças como o faziam quando Jesus ali estava.
Ele amava este mar: Contemplando sua prateada superficie, muitas vezes ensinou Suas parábolas.
Num vale vizinho, deu de comer a cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes
As cristalinas águas espumantes de um braço do Jordão, que descem saltitando dos cerros, formam
esse mar que ri e canta sob a caricia do Sol. Os homens edificam suas casas perto dele, e os
pássaros, seus ninhos E tudo que ali vive é feliz so por estar as suas a as margens

"O Jordão desemboca ao sul em outro mar. Ali não há movimento de peixes, nem sussurro de folha,
nem canto de pássaros, nem risos infantis Os viajantes evitam essa rota, a menos que a urgència de
seus negócios os obrigue a segui-la. Uma atmosfera densa paira sob as águas desse mar que nem o
homem, nem a ave bebem jamais.
"A que se deve essa enorme diferença entre dois mares vizinhos? Não se deve ao rio lordão; tão boa
e a agua que lança num como no outro. Também não se deve ao solo que lhes serve de leito e nem
às terras que os circundam. A diferença se deve a isto: o mar da Galileia recebe as águas do no
Jordão, mas não as retém ou as conserva em seu poder Para cada gota que entra, sai uma gota. O
dar e receber se cumprem ali em idèntica medida O outro mar é avaro e retém com ciumes o que
recebe lamais e tentado por qualquer impulso generoso. Cada gota que ali cai, ali permanece O Mar
da Galileia da e vive O outro não dá nada Chama-se Mar Morto Com o sistema financeiro de Deus, a
gente adquire bens e os administra, reconhecendo que eles vieram das mãos do próprio Deus, que é
mantenedor de todas as coisas. Esse sistema está fundamentado no compartilhamento de bens a fim
de ajudar ao próximo e promover a obra divina. O cristão confia os recursos que chegam às suas
mãos ao serviço do Senhor e ao auxilio do próximo, não retendo esses bens para beneficio próprio.
Eu acredito nesse sistema.

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