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Prevalência dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao

Trabalho em Profissionais de Enfermagem nos Leitos de


Atendimento Adultos de um Hospital Universitário

Jade Victória Henrique Silveira - Universidade Federal dos Vales do


Jequitinhonha e do Mucuri (UFVJM)
Guilherme Henrique M. Amaral - Programa de Mestrado em Ergonomia da
UFPE
Fernanda Elisa Barros - Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e do Mucuri (UFVJM)
Eduarda Rodrigues de S. Soares - Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e do Mucuri – UFVJM
Sandy Toledo Moreira - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do
Mucuri – UFVJM
Marcio Alves Marçal - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do
Mucuri - UFVJM

A equipe de enfermagem que atua no atendimento aos pacientes adultos


desenvolve suas atividades à mercê de condições de trabalho que implicam em
multiplicidade de funções repetitivas, ritmo intenso e excessivo de trabalho,
esforços físicos desgastantes, longas jornadas de trabalho, monotonia,
posições incômodas, trabalho em turnos exaustivos, nos rodízios e na
separação do trabalho intelectual e manual. Fatores estes que favorecem ao
aparecimento dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho
(DORT). Os objetivos deste trabalho são de avaliar a prevalência de dores e
desconfortos osteomusculates e identificar os principais fatores de risco
ocupacionais associados as queixas. Este trabalho foi realizado nas
enfermarias de paciente adulto do Hospital das Clinicas da UFPE com
participação de 35 profissionais que integram a equipe de enfermagem. O
projeto foi aprovado pelo CEP da UFPE, através do Parecer Consubstanciado
N. 2.337.226. Foi aplicado questionário avaliando o perfil do trabalhador e as
características ocupacionais e ergonômicas da atividade. Para avaliar a
prevalência da DORT foi aplicado o Questionário Nórdico Padrão. O teste Qui-
Quadrado (χ2) foi utilizado com o nível de significância de 5% (p-valor < 0,05)
para avaliar se existe associação entre a queixa de dor e os fatores de riscos
ocupacionais. Verifica-se que a maioria possui idade de 36 a 50 anos (45,0%),
apresenta sobrepeso (50,0%), é do sexo feminino (85,0%) e não pratica
atividade física regular (60,4%). Um total de 60,5% trabalha em outra
instituição. A prevalência de dor/desconforto osteomuscular nos últimos 12
meses foi de 90%. Foi encontrada maior prevalência de dor/desconforto no
pescoço (88,4%), região lombar (89,8%) e nos ombros (76,5%). A limitação
para trabalhar devido a dor foi relatado por 65,0% dos profissionais. Os fatores
de risco ocupacionais que tiveram diferença significativa (p-valor < 0,05) no
teste Qui-Quadrado são: Movimentação e o transporte de pacientes, posturas
inadequadas, postura de pé prolongada, estresse da atividade e conflito com a
chefia. Este estudo nos permite concluir que a queixa de dor/desconforto
osteomuscular afeta 90% dos profissionais de enfermagem que atuam nas
enfermarias adulto. Estudo mostrou a importância da implementação de
medidas preventivas visando a redução das DORT bem como aumentar o nível
de bem-estar e desempenho individual, elevando a qualidade do serviço
prestado.
Descritores: DORT, Equipe de Enfermagem, Saúde do Trabalhador,
Ergonomia

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