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Ciencia y Enfermería

ISSN: 0717-2079
rev-enf@udec.cl
Universidad de Concepción
Chile

YASSUKO MURASSAKI, ANA CLAUDIA; DE MELO, WILLIAN AUGUSTO; MATSUDA,


LAURA MISUE
INFLUÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E OCUPACIONAIS
EM TRABALHADORES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM COM UM EMPREGO E
MULTIEMPREGO
Ciencia y Enfermería, vol. XIX, núm. 2, 2013, pp. 89-98
Universidad de Concepción
Concepción, Chile

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=370441813009

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CIENCIA Y ENFERMERIA XIX (2): 89-98, 2013 ISSN 0717-2079

INFLUÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E


OCUPACIONAIS EM TRABALHADORES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
COM UM EMPREGO E MULTIEMPREGO1

THE INFLUENCE OF SOCIO-DEMOGRAPHIC AND OCCUPATIONAL


CHARACTERISTICS IN NURSING TEAM WORKERS WITH A JOB AND
MORE THAN ONE JOB

INFLUENCIA DE LAS CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS Y


OCUPACIONALES EN TRABAJADORES DEL EQUIPO DE ENFERMERÍA
CON UN EMPLEO Y MULTIEMPLEO

Ana Claudia Yassuko Murassaki *


Willian Augusto de Melo **
Laura Misue Matsuda ***

RESUMO

Estudo transversal, pré-experimental por comparação com grupo estático, que teve como objetivo verificar a
associação de características sociodemográficas e ocupacionais em trabalhadores de enfermagem com um em-
prego e multiemprego. Aplicou-se um questionário, adaptado do “Inventário Sócio-Demográfico e Ocupacio-
nal” e “Índice de Capacidade para o Trabalho”, a 208 trabalhadores de enfermagem com um emprego e 52 com
multiemprego, que atuavam em um hospital universitário público. Na análise dos dados, realizaram-se o teste
Exato de Fisher e teste Qui-Quadrado de Yates Corrigido, com intervalo de confiança de 95% e nível de signifi-
cância de 5%. Constatou-se que existe associação significativa entre o número de empregos e algumas variáveis
sociodemográficas e ocupacionais (sexo masculino; não realização de horas extras e afastamento por doença
relacionada ao trabalho); o sexo masculino e a não realização de horas extras aumentam a razão de chance em
3,09 e 6,43, respectivamente, de ter multiemprego; e o afastamento por doença relacionada ao trabalho consiste
em fator de proteção para não assumir mais de um emprego. Concluiu-se que a maioria das variáveis sociode-
mográficas e ocupacionais investigadas não exerce influência significativa nos trabalhadores com multiempre-
go, mas é necessário melhorar o aporte teórico acerca dessa condição e suas consequências para que, a partir
disso, se estabeleçam estratégias que auxiliem no seu enfrentamento e promovam a saúde de seus trabalhadores.

Palavras chave: Carga de trabalho, trabalhadores, enfermagem, avaliação da capacidade de trabalho.

ABSTRACT

Cross-sectional study, pre-experimental by comparison with static group, which aimed to check the association
of socio-demographic and occupational characteristics in nursing workers with one job and more than one job.
A questionnaire adapted from “Socio-Demographic and Occupational Inventory” and “Work Ability Index”, to

1
Parte da Dissertação de Mestrado de título “Capacidade para o trabalho de trabalhadores de enfermagem com um e mais
empregos”.
*
Enfermeira. Docente da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Maringá, Paraná, Brasil. Email: anamurassaki@yahoo.
com.br.
**
Enfermeiro. Docente do Centro Universitário de Maringá (Cesumar). Brasil. Email: profewill@yahoo.com.br.
***
Enfermeira. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Maringá, Paraná,
Brasil. Email: lmmatsuda@uem.br.

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208 nursing workers with a job and with 52 with more than one job, who worked in a public university hospital,
was applied. For data analysis, the Fisher’s Exact test and Yates’ Chi-square test, were used with an interval of
95% and significance level of 5%. It was noticed that there is a significant association between the number of
jobs and some socio-demographic and occupational variables (male, non-completion of overtime and sick
leave related to work), the male and non-completion of overtime increase the odds ratio at 3.09 and 6.43,
respectively, of having multi-role job; and the sick leave related to work turns out to be a protective factor for
not taking more than one job. It was concluded that most socio-demographic and occupational study variables
did not significantly influence in workers with more than one job, but it’s necessary to improve the theoretical
basis about this condition and its consequences so from this issue on, the strategies to assist in their achievement
and promote the health of their workers can be established.

Key words: Workload, workers, nursing, work capacity evaluation.

RESUMEN

Estudio transversal, pre-experimental por comparación con el grupo estático, que tuvo como objetivo verificar
la asociación de características sociodemográficas y laborales en trabajadores de enfermería con un empleo y
multiempleo. Se aplicó un cuestionario adaptado del “Inventario sociodemográfico y ocupacional” e “Índice de
capacidad de trabajo”, a 208 trabajadores de enfermería con un empleo y con 52 trabajadores con multiempleo,
que trabajaban en un hospital universitario público. En el análisis de datos se utilizó la Prueba exacta de Fisher
y la Prueba de Chi-cuadrado de Yates corregida, con un intervalo de 95% y un nivel de significación de 5%. Se
encontró que existe una asociación significativa entre el número de empleos y algunas variables sociodemográ-
ficas y ocupacionales (hombres, la no realización de las horas extras y alejamiento por enfermedad relacionada
con el trabajo); el sexo masculino y la no realización de horas extras aumentan la odds ratio a 3,09 y 6,43, res-
pectivamente, de tener multiempleo; y el alejamiento por enfermedad relacionada con el trabajo constituye en
factor de protección para no asumir más de un empleo. Se concluyó que la mayoría de las variables sociodemo-
gráficas y laborales investigadas no influenciaron significativamente en los trabajadores con multiempleo, pero
es necesario mejorar la base teórica acerca de la enfermedad y sus consecuencias para que, a partir de esto, se
establezcan estrategias que ayuden en su enfrentamiento y promuevan la salud de los trabajadores.

Palabras clave: Carga de trabajo, trabajadores, enfermería, evaluación de capacidad de trabajo.

Fecha recepción: 23/11/11 Fecha aceptación: 18/03/13

INTRODUÇÃO saúde, sobretudo da enfermagem, o risco de


sobrecarga de trabalho e de contrair doenças
é ainda maior porque, os seus trabalhadores,
Na contemporaneidade, o sistema capitalista quase sempre atuam por longos períodos (3)
marcado pelo processo de globalização; au- e em contanto frequente com fatores que po-
mento da competitividade; intensificação do dem causar dano à sua saúde física e mental,
ritmo laboral; busca por melhores condições tais como: longa jornada laboral; trabalho
de vida e; acumulação de bens, tem levado noturno; manipulação de produtos quími-
os indivíduos a trabalharem excessivamen- cos; exposição à radiação ionizante; susten-
te (1). Apesar da importância do trabalho à tação de excesso de peso durante a assistên-
vida do Homem e à sociedade, a busca pela cia ao paciente; dentre outros (4).
produtividade descomedida tem ocasionado Além dos fatores citados, o processo de
riscos à saúde, sofrimento e adoecimento do produção-trabalho da enfermagem é repre-
trabalhador (2). sentado pelo trabalho manual, que tem evo-
Em se tratando de profissões da área da luído pouco tecnologicamente, inserido em

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Influência das características sociodemográficas e ocupacionais em trabalhadores da equipe de enfermagem com um... / A. Yassuko, W. de Melo, L. Misue

uma organização e divisão que visa à inten- conhecimento acerca do tema, identifican-
sificação do ritmo de trabalho, ao aumento do-se os fatores associados ao multiemprego
da produtividade, à prática parcelada e roti- entre trabalhadores de enfermagem para, a
nizada, aliado ao trabalho em turnos, o qual partir disso, instituírem-se estratégias que
facilita a conciliação e o exercício de duas ou auxiliem no enfrentamento ou minimização
mais escalas de trabalho (4). dos seus efeitos.
Sabe-se que o excesso ou sobrecarga de Como questão que direciona a presente
trabalho, decorrente de duas ou mais jor- investigação, estabeleceu-se: Os fatores so-
nadas, também denominado multiemprego, ciodemográficos e ocupacionais influenciam
pode exigir muito do organismo do traba- no número de empregos em profissionais de
lhador e dificultar a sua recuperação, expon- enfermagem? Para responder a essa indaga-
do-o, inclusive, ao risco de morte (1). ção, propõe-se a realização deste estudo, que
No que se refere ao absenteísmo por doen- tem como objetivo verificar a associação de
ça na enfermagem, à literatura aponta que os características sociodemográficas e ocupa-
trabalhadores que têm multiemprego apre- cionais de trabalhadores de enfermagem
sentam maior índice de absenteísmo-doença com um emprego e com multiemprego.
quando comparados àqueles com apenas um
emprego (5) e esse fato, em parte, pode ser
explicado pelo maior tempo de permanência METODOLOGIA
do profissional no ambiente hospitalar e em
contato com o paciente, expondo-o por mais
tempo a cargas psíquicas, biológicas, quími- Estudo transversal, pré-experimental por
cas, físicas, mecânicas e fisiológicas (3). comparação com grupo estático, realizado
Pesquisas indicam que os profissionais de em um hospital universitário público do
enfermagem com multiemprego são mais Norte do Paraná, nos meses de fevereiro a
propensos ao estresse, pois não descansam abril de 2011, com trabalhadores de enfer-
tempo suficiente entre as jornadas de traba- magem lotados na Diretoria de Enfermagem.
lho e, associado ao pouco tempo para se de- Para fins deste estudo, o Grupo 1, consi-
dicarem ao autocuidado e ao lazer, têm a sua derado grupo controle estático, é formado
qualidade de vida prejudicada (1, 5). por profissionais de enfermagem com um
Ao ponderar que a enfermagem foi elei- emprego e o Grupo 2 é aquele composto por
ta pela Health Education Authority como a trabalhadores que mantêm multiemprego.
quarta profissão mais estressante (6), acredi- Para a composição da amostra, primei-
ta-se que o aumento da jornada de trabalho ramente, realizaram-se visitas em todas as
decorrente do multiemprego pode acarretar unidades, nos três turnos de trabalho e inda-
riscos à saúde destes profissionais, os quais, gou-se aos enfermeiros supervisores quantos
não raro, apresentam sinais de sofrimento e funcionários sob sua supervisão mantinham
até mesmo psicopatologias advindas do tra- multiemprego. O resultado foi 141 trabalha-
balho (1). dores de enfermagem com multiemprego e
Cumpre salientar que a produção cien- 542 com apenas um emprego.
tífica referente ao multiemprego entre pro- De posse desses dados, calculou-se uma
fissionais de enfermagem necessita ser mais amostra estratificada proporcional, na qual
explorada, sobretudo no que diz respeito à foi respeitada a proporcionalidade de cada
capacidade para o trabalho daqueles que se categoria profissional – Enfermeiro (Enf);
encontram nessa condição. Perante esse fato, Técnico de Enfermagem (TE); Auxiliar de
a presente pesquisa se justifica porque é im- Enfermagem (AE) e Atendente de Enferma-
portante e necessário melhorar o aporte de gem (At E), em ambos os grupos.

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O Grupo 1 se constituiu com 236 pro- relativas às exigências físicas e mentais do


fissionais, distribuídos da seguinte maneira: trabalho, ao estado de saúde, bem como aos
17 At E; 120 AE; 59 TE e 40 Enf e o Grupo recursos individuais do trabalhador para o
2, com 59 trabalhadores: 01 At E; 29 AE; 19 enfrentamento do trabalho (9) e no Brasil,
TE e 10 Enf. A somatória de sujeitos nos dois esse instrumento foi traduzido por um gru-
Grupos perfizeram um total de 295 traba- po de pesquisadores liderados pela Dra. Fri-
lhadores, com margem de segurança de 20% da Marina Fischer (9) e recentemente, teve
devido a eventuais perdas. testado a sua validade de construto e de con-
Vale destacar a presença da categoria fiabilidade, em profissionais de enfermagem
Atendente de Enfermagem (At E) que, de (10).
acordo com a Lei Federal 7498/1986 (7), de- No ICT, o escore pode variar de 7 a 49
veria ser extinta em dez anos, a partir da data pontos e a capacidade para o trabalho é clas-
da sua promulgação. No entanto, a Lei Fe- sificada em Adequada e Inadequada, utili-
deral 8967/1994 (8) alterou a redação da lei zando-se o limite de referência de 41, para
anterior e assegurou o direito do exercício da trabalhadores com idade igual ou inferior a
Enfermagem a quem tivesse sido admitido 35 anos e, 37, para maiores de 35 anos.
antes da vigência da lei 7498/1986 (7). No tratamento dos dados, utilizou-se o
Ressalta-se que a legislação brasileira (8) programa Microsoft Office Excel 2007® e, na
permite que os Atendentes de Enfermagem análise estatística descritiva e inferencial, o
realizem atividades elementares relacionadas programa StatSoft Statística 8.0®. Conside-
à promoção da assistência de enfermagem rou-se como variável dependente o número
eficiente, mas não deve envolver o cuidado de empregos e como variáveis independen-
direto ao paciente. tes, o perfil sociodemográfico, ocupacional
Para a coleta de dados, utilizou-se um e o ICT propriamente dito. Além disso, na
instrumento constituído de duas Partes: a análise inferencial dos dados, aplicou-se o
Parte I foi adaptada a partir do “Inventá- Teste Exato de Fischer para as variáveis bino-
rio Sócio-Demográfico e Ocupacional” ela- miais e o Teste Qui-Quadrado de Yates Cor-
borado por Domansky2 é composta por 20 rigido para as demais variáveis, consideran-
questões estruturadas e semiestruturadas, as do o intervalo de confiança de 95% e nível de
quais buscam informações relacionadas ao significância de 5%, em ambos os testes.
perfil sociodemográfico e ocupacional dos Cabe mencionar que, para a realização
sujeitos. Já a Parte II do instrumento, o “Ín- desta pesquisa, todas as exigências estabe-
dice de Capacidade para o Trabalho” (ICT), lecidas na Resolução 196/1996 (11) foram
é composto por dez questões fechadas que respeitadas e o Parecer favorável foi emitido
avaliam a capacidade para o trabalho, a partir pelo Comitê de Ética em Pesquisas Envolven-
da percepção do próprio trabalhador, sendo do Seres Humanos (CEP), da Universidade
constituída por um questionário autoaplicá- Estadual de Londrina (UEL), sob o Parecer
vel, elaborado e validado por pesquisadores n0 253/2010.
finlandeses (9).
A saber, o ICT é composto por questões
RESULTADOS
2
O instrumento não foi publicado na literatura científica,
porque foi elaborado especificamente para os trabalhadores
da própria instituição (Universidade Estadual de Londrina
Dentre os 295 trabalhadores investigados,
- UEL), considerando as suas particularidades. Cabe ressal- 6 encontravam-se de licença-médica; 3 de
tar que este instrumento foi elaborado no ano de 2007, por licença-maternidade ou adoção; 6 de licença-
Rita de Cássia Domansky, enfermeira gerente da Divisão de
Assistência à Saúde da Comunidade (DASC). prêmio; 03 de férias ou licença-coletiva; 1

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Influência das características sociodemográficas e ocupacionais em trabalhadores da equipe de enfermagem com um... / A. Yassuko, W. de Melo, L. Misue

havia solicitado demissão e 16 se recusaram a jeitos, bem como aquelas que se associaram
participar, totalizando 35 perdas. Os demais ao número de empregos.
260 trabalhadores aceitaram participar da No tocante aos resultados das variáveis
pesquisa. ocupacionais e a classificação da capacida-
Na Tabela 1 constam as informações refe- de para o trabalho, observa-se na Tabela 2
rentes às variáveis sociodemográficas dos su- associação significativa entre o número de

Tabela 1. Distribuição das variáveis sociodemográficas, de acordo com o número de emprego dos
profissionais de enfermagem (n=260), de um hospital universitário público do Norte do Paraná.
Brasil, 2011.
NÚMERO DE EMPREGO
Multiemprego Um Emprego Análise Estatística
VARIÁVEIS n % n % OR‡ IC† 95% p-valor
Sexo 3,09 (1,51 – 6,34) 0,0011*
Masculino 20 7,69 35 13,46
Feminino 32 12,31 173 66,54
Faixa etária 0,83 (0,33 – 2,14) 0,6540*
≤ 35 anos 8 3,1 27 10,47
> 35 anos 44 17,05 179 69,38
Estado Civil 0,87 (0,43 – 1,77) 0,7424*
Casado 35 13,89 132 52,38
Não casado 16 6,35 69 27,38
Escolaridade 1,16 (0,60 – 2,22) 0,6453*
Superior 25 9,73 106 41,25
Não superior 27 10,51 99 38,52
Renda Familiar 1,4 (0,71 – 2,77) 0,3351*
> R$ 3600# 27 11,25 92 38,33
≤ R$ 3600# 21 8,75 100 41,67
Dependentes 1,54 (0,64 – 3,82) 0,3430*
Não 8 3,1 45 17,44
Sim 44 17,05 161 62,4
* Nível descritivo para o Teste Exato de Fisher (p-valor significativo ≤ 0,05).
† IC - Intervalo de Confiança 95%.
‡ OR - Odds Ratio (Razão de Chance)
#
US$1,00 (Dólar) = R$ 2,29 (Reais)

Tabela 2. Distribuição das variáveis ocupacionais, de acordo com o número de emprego dos profissio-
nais de enfermagem (n=260), de um hospital universitário público do Norte do Paraná. Brasil, 2011.

NÚMERO DE EMPREGO
Multiemprego Um Emprego Análise Estatística
VARIÁVEIS n % n % OR‡ IC† 95% p-valor
Ocupação
Atendente 1 0,38 14 5,38 0,27 (0,01 – 2,05) 0,3170**
Auxiliar 24 9,23 106 40,77 0,82 (0,43 – 1,58) 0,6418**
Técnico 17 6,54 53 20,38 1,42 (0,70 – 2,88) 0,3821**
Enfermeiro 10 3,85 35 13,46 1,18 (0,50 – 2,72) 0,8376**

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CIENCIA Y ENFERMERIA XIX (2), 2013

Continuação Tabela 2.

Tempo na instituição 1,82 (0,92 – 3,59) 0,0644*


≤ 16 anos 34 13,08 106 40,77
>16 anos 18 6,92 102 39,23
Turno
Diurno 36 13,85 119 45,77 1,68 (0,84 – 3,40) 0,1550**
Noturno 11 4,23 69 26,54 0,54 (0,24 – 1,17) 0,1306**
Revezamento 5 1,92 20 7,69 1 (0,31 – 3,02) 0,7925**
Horas extras 6,43 (3,11 – 13,35) 0,0000*
Não 26 10 28 10,77
Sim 26 10 180 69,23
Estuda 1,11 (0,56 – 2,21) 0,8722*
Não 34 13,08 131 50,38
Sim 18 6,92 77 29,62
Problema de saúde relacionado ao trabalho 1,27 (0,62 – 2,63) 0,5103*
Não 15 5,88 74 29,02
Sim 34 13,33 132 51,76
Afastamento por doença relacionada ao trabalho 0,39 (0,16 – 0,92) 0,0246*
Não 44 16,92 142 54,62
Sim 8 3,08 66 25,38
Acidente de trabalho 0,92 (0,48 – 1,78) 0,8763*
Não 30 11,54 116 44,62
Sim 22 8,46 92 35,38
Capacidade de trabalho 0,47 (0,18 – 1,16) 0,0953*
Adequada 39 15 120 46,15
Inadequada 13 5 88 33,85
* Nível descritivo para o Teste Exato de Fisher (p-valor significativo ≤ 0,05)
** Nível descritivo para o Qui-quadrado de Yates Corrigido
† IC - Intervalo de Confiança 95%.
‡ OR - Odds Ratio (Razão de Chance)

empregos com a “realização de horas extras”, raigada a visão tradicional de que o homem
bem como “afastamento por doença relacio- tem a responsabilidade de ser o provedor da
nada ao trabalho”. família, não surpreende o fato de se ter obti-
do uma razão de chance para o multiempre-
go de 3,09 vezes maior em homens do que
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO em mulheres. Apesar de ser evidente a trans-
formação na composição do domicílio, re-
velada pelo crescimento relativo de famílias
Ao examinar as características sociodemo- chefiadas por mulheres nos últimos anos, o
gráficas dispostas na Tabela 1, observa-se que modelo patriarcal, como mostra este estudo,
o sexo foi à única variável a qual se associou ainda não foi superado (12).
significativamente ao número de empregos. Ressalta-se que o trabalho doméstico tem
Segundo dados da referida Tabela, embora o papel preponderante na vida das mulheres
número de mulheres com multiemprego (32 trabalhadoras, as quais são maioria na enfer-
= 12,31%) seja maior do que o de homens magem, pois o lugar delas permanece atribu-
(20 = 7,69%), proporcionalmente houve ído ao lar, à maternidade e ao do cuidar dos
predominância masculina nessa condição. outros (13). Os múltiplos papéis assumidos
Ao considerar que a sociedade traz ar- pelas mulheres trabalhadoras tendem a gerar

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situações de conflito e estresse, ainda mais mento da vida privada, revelada pela extensa
quando a trabalhadora mantém multiem- carga horária advinda dos múltiplos empre-
prego, visto que a sua inserção no mercado gos, tem reduzido o tempo de lazer, de conví-
de trabalho não a desvinculou dos afazeres vio social e de integração familiar entre esses
domésticos e da educação dos filhos, resul- profissionais (1). Essa condição necessita ser
tando em acúmulo de atribuições (1, 13). melhorada porque, a sobrecarga de trabalho
Vale destacar que dentre os 52 trabalha- e o estresse, tendem a resultar em prejuízos à
dores que mantinham multiemprego, 44 saúde do profissional e ao seu trabalho (14).
(84,6%) possuíam mais de 35 anos. Esse De acordo com a Tabela 2, as variáveis
dado pode se pautar no fato de que, geral- ocupacionais que se associaram significati-
mente, pessoas nessa faixa etária já constitu- vamente com o número de empregos foram:
íram família e, por sofrerem com problemas “realização de horas extras”; e “afastamento
de baixa remuneração, muitas vezes, neces- por doença relacionada ao trabalho”.
sitam de outro(s) emprego(s) para comple- A variável “realização de horas extras” in-
mentar a sua renda (1). dica que os profissionais que não faz horas
O achado antes mencionado merece aten- extras possuem razão de chance para manu-
ção porque a enfermagem, por si só, é uma tenção de multiemprego 6,43 vezes maior do
profissão desgastante dada à sobrecarga de que aquele que faz hora extra. Isso, possivel-
trabalho, a qual se acentua com a manuten- mente, deve-se ao fato de que aqueles os quais
ção do multiemprego (14). Aliado a isso, um acumulam jornadas de trabalho têm menos
estudo finlandês apontou que a capacidade tempo para assumir responsabilidades após
para o trabalho tende a reduzir com o passar o término do expediente de trabalho.
da idade e, a partir dos 35 anos, a capacidade A literatura aponta o multiemprego como
para o trabalho tende a declinar-se (15). fonte de estresse físico e emocional (18) que
A Tabela 1 evidencia também que den- pode fragilizar a saúde dos trabalhadores
tre o grupo de trabalhadores com multiem- nessa condição. Desse modo, a opção de não
prego, a maioria (35 = 13,89%) era casado fazer hora extra, pode ser uma medida de
e possuía dependentes (44 = 17,05%). Esses defesa adotada pelos profissionais com mul-
resultados corroboram com os dados de um tiemprego, para não se exporem aos riscos e
estudo realizado em um hospital de oncolo- às condições de trabalho desfavoráveis além
gia pediátrica (16), o qual apontou que os do tempo normal de trabalho.
mais jovens e solteiros pertenciam ao grupo Destaca-se, ainda, que os profissionais de
que exerciam apenas um emprego. enfermagem os quais mantêm outros em-
Diante das maiores responsabilidades pregos, geralmente o faz em busca de melho-
afetiva e financeira, demandadas pela famí- res salários (19), e isso pode ser um provável
lia, o profissional que detém multiemprego motivo que explica o fato de os trabalhadores
tende à maior satisfação por estar menos nessa condição não realizarem horas extras.
preocupado com suas finanças e ser mais A segunda variável ocupacional (Tabela
reconhecido pelos seus colegas de trabalho, 2) associada ao multiemprego foi o “afas-
em detrimento dos momentos de lazer. Isso tamento por doença relacionada ao traba-
possivelmente ocorre porque o modelo capi- lho”, apontada como fator de proteção para
talista pode induzir o trabalhador ao escra- a manutenção de multiemprego, ou seja, os
vismo do consumo, imprimindo a ideia de profissionais que apresentaram afastamento
que o homem digno é aquele que trabalha por doença relacionada ao trabalho possuem
muito, sobretudo se for o responsável pela menor razão de chance (0,39) de manter
subsistência da família (17). multiemprego se comparados àqueles que
A ênfase na vida profissional em detri- não relataram afastamento.

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A relação antes mencionada pode ter desde que haja equilíbrio entre a carga psí-
ocorrido devido ao corte transversal utili- quica causada pelo trabalho e a descarga
zado neste estudo, que permite apenas uma dela (22). Nessa perspectiva, o trabalho nem
avaliação pontual de determinado evento e, sempre é patogênico, pois pode estabelecer
por isso, deve-se considerar a limitação do o equilíbrio da saúde física e/ou mental do
“efeito do trabalhador sadio” que correspon- trabalhador e, ainda, fortalecer a sua identi-
de ao risco de subestimar a ocorrência dos dade pessoal por manter contato com meio
problemas de saúde, uma vez que os traba- produtivo e também, com os outros que fa-
lhadores em atividade seriam aqueles mais zem parte do seu mundo de socializações
saudáveis e aptos para o labor (20). (23).
Os dados referentes à variável “afasta- Dentre os profissionais acometidos, ao
mento por doença relacionada ao trabalho”, analisar os problemas de saúde relaciona-
obtidos neste estudo, contrastam com a lite- dos ao trabalho, percebeu-se que não há di-
ratura alusiva, a qual aponta que os profis- ferença entre os grupos, pois tanto o grupo
sionais com multiemprego estão mais pro- de trabalhadores com multiemprego como
pensos a apresentar absenteísmo-doença, se o grupo com apenas um emprego apontou
comparados àqueles com apenas um em- os acometimentos no sistema músculo-es-
prego (5). quelético como sendo os mais frequentes, se-
No que se refere ao tempo de serviço na guidos dos transtornos mentais e problemas
instituição, embora os testes estatísticos não respiratórios. Esse dado corrobora com os
tenham apresentado significância, percebe- resultados de um estudo realizado com 528
se (Tabela 2) que dentre os 52 trabalhadores trabalhadores de enfermagem de um hos-
com multiemprego, 34 (13,08%) apresen- pital universitário do Rio Grande do Sul, o
taram menor tempo de serviço (≤16 anos), qual aponta que o ambiente hospitalar im-
enquanto 18 (6,92%) trabalhavam há mais põe condições desgastantes com conseqüên-
tempo na instituição. Esse resultado pode ser cias danosas à saúde osteomuscular desses
decorrência do envelhecimento natural da profissionais (24).
idade, condição diminuidora da tolerância Outro fator importante observado na Ta-
às altas cargas de trabalho, associada ao bela 2, é a capacidade para o trabalho dos
surgimento de doenças crônicas comuns profissionais com multiemprego, pois consta
nessa fase da vida (21). que 39 (15%) trabalhadores nessa condição
No âmbito dos problemas de saúde rela- apresentaram capacidade adequada e apenas
cionados ao trabalho, no grupo de trabalha- 13 (5%) apontaram capacidade inadequada.
dores com multiemprego, 15 (5,88%) nega- Esses dados não condizem com a literatura
ram apresentar qualquer tipo de problema, alusiva, a qual evidencia maior proporção de
enquanto 34 (13,33%) admitiram ter algum boa capacidade para o trabalho em traba-
acometimento. O presente estudo não apon- lhadores que possuem apenas um emprego
tou diferença significativa entre os grupos (25).
com um emprego e multiemprego, e uma O fato de a maioria dos profissionais
possível justificativa para esse achado pode com multiemprego, investigados neste es-
estar pautada no fato de que neste estudo, fo- tudo, apresentar adequada capacidade para
ram incluídos somente os trabalhadores “sa- o trabalho pode ser explicada porque ela (a
dios” ou que estavam trabalhando, excluin- capacidade para o trabalho) é um constru-
do-se aqueles em licença-médica. to multidimensional constituído pela asso-
É importante destacar que o trabalho ciação entre recursos humanos individuais
pode ser prazeroso e mediador da saúde, (saúde, capacidade funcional, experiência

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Influência das características sociodemográficas e ocupacionais em trabalhadores da equipe de enfermagem com um... / A. Yassuko, W. de Melo, L. Misue

profissional, valores e atitudes) em relação às REFERÊNCIAS


demandas do trabalho (ambiente, condições
de trabalho, organização e supervisão) (15).
Além disso, o fenômeno “efeito do trabalha- 1. Robazzi MLdoCC, Mauro MYC, Dalri
dor sadio”, mencionado anteriormente, tam- RdeCdeMB, Silva LAda, Secco IAdeO,
bém deve ser considerado. Pedrão LJ. Exceso de trabajo y agravios
Verificou-se que houve associação esta- mentales a los trabajadores de la salud.
tisticamente significativa entre o número de Rev Cubana Enferm. 2010; 26(1): 52-64.
empregos dos trabalhadores de enfermagem 2. Fernandes SMBA, Medeiros SM, Ribeiro
com a variável sociodemográfica “sexo”; com LM. Estresse ocupacional e o mundo do
as variáveis ocupacionais “realização de ho- trabalho atual: repercussões na vida coti-
ras extras”; e “afastamento por doença re- diana das enfermeiras. REE-Bra- [Inter-
lacionada ao trabalho”. Ainda com relação net]. 2008 [citado 20 nov 2011]; 10(2):
à variável sociodemográfica, evidenciou-se 414-27. Disponível em: http://www.fen.
que o sexo masculino possui maior razão de ufg.br/revista/v10/n2/v10n2a13.htm
chance para ter multiemprego, o que era es- 3. Umann J, Guido LdeA, Freitas EdeO.
perado, já que o homem ainda é visto social- Produção de conhecimento sobre saúde
mente como o provedor da família. e doença na equipe de enfermagem na
Quanto à realização de horas extras, os assistência hospitalar. Ciênc. cuid. saúde.
dados apontaram que a não realização destas 2011; 10(1): 162-8.
também consiste em maior razão de chance 4. Manetti ML, Marziale MHP, Robazzi
para a condição de multiemprego, poden- MLdoCC. Revisando os fatores psicos-
do esse dado ser explicado, pelo menos em sociais do trabalho de enfermagem. Rev
parte, pelo fato de que aqueles que possuem Rene. 2008; 9(1): 111-9.
mais de uma jornada de trabalho têm pouco 5. Costa FM, Vieira MA, Sena RR. Absente-
tempo disponível para trabalhar após o tér- ísmo relacionado às doenças entre mem-
mino do expediente normal. bros da equipe de enfermagem de um
No que se refere ao afastamento por do- hospital escola. Rev. bras. enferm. 2009;
ença relacionada ao trabalho, observou-se 62(1): 38-44.
que os trabalhadores com afastamento ante- 6. Teixeira RC, Mantovani MF. Enfermeiros
rior possuem menor razão de chance para a com doença crônica: as relações com o
manutenção de multiemprego. A associação adoecimento, a prevenção e o processo
antes mencionada contrasta com a literatura de trabalho. Rev. Esc. Enferm. USP. 2009;
alusiva, e pode ter ocorrido devido ao “efeito 43(2): 415-21.
do trabalhador sadio”, limitação comum em 7. Dispõe sobre a regulamentação do exer-
estudos de corte transversais. cício da enfermagem e dá outras provi-
Apesar de se ter encontrado poucas as- dências Brasil. Lei 7498/25 de junho de
sociações significativas entre o número de 1986. Diário Oficial da União, Brasília
emprego e as variáveis sociodemográficas e (DF), Seção 1, v.119, n.124, p.9273-5,
ocupacionais, conclui-se que é preciso me- (26-06-1986).
lhorar o aporte teórico acerca do multiem- 8. Altera a redação do art. 23 da lei 7498/86.
prego e suas consequências na enfermagem, Lei 8967/28 de dezembro de 1994. Diário
por meio de estudos longitudinais para que, Oficial da União, Brasília (DF), Seção 1,
a partir disso, se estabeleçam estratégias que n.247, p.20829, (29-12-1994).
auxiliem no enfrentamento dessa condição e 9. Tuomi K, Ilmarinen J, Jahkola A, Kataja-
promovam a saúde de seus trabalhadores. rinne L, Tulkki A. Índice de capacidade

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