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VENCENDO

GIGANTES
JORGEVAN ALVES DA SILVA

ÍNDICE

1 - Introdução

2 - Seja Um Sonhador

3 - Não Dê Ouvidos aos Que Querem Desanimar


4 - Mantenha Viva a Esperança nAquele Que Te Livra das Garras do
Leão

5 - Livre-se das Coisas Que Te Atrapalham

6 - Aproprie-se das Armas Concedidas Por Deus

7 - Lute em Nome do Senhor

8 - A Luta Não é Contra Você

9 - A Vitória é Para Hoje

10 - O Gigante Tombará Diante de Ti

11 - Conclusão
Àqueles que vivem na expectativa de
dias melhores, que se alimentam da fé e
da esperança de ver os problemas
sucumbirem ante a soberania do Deus
Altíssimo.

A Soy (minha esposa) quem muito me


inspira.
1 - INTRODUÇÃO

Aproximadamente três metros de altura, no peito uma couraça que


pesava cinquenta e sete quilos, nas mãos uma lança cuja ponta tinha o peso
de quase sete quilos. Um gigante. Um verdadeiro tanque de guerra, não só
pelo seu tamanho e força, mas, sobretudo, porque esses diferenciais eram
utilizados em conjunto com as técnicas de guerras que havia aprendido desde
sua infância.

Era essa a visão que o povo de Israel tinha do “poderoso” Golias. Para
aqueles homens ele era aparentemente invencível, mas para Deus era tão
frágil que uma pequena pedra era o bastante para destruí-lo. Assim são os
nossos maiores gigantes: insignificantes diante de Deus.

O que é o teu “gigante”? Qual o tamanho dele? Ele te afronta?


Amedronta-te? Independentemente do que seja e da sua dimensão ou do
medo que ele possa gerar em você, uma coisa é certa: Deus é suficientemente
poderoso para, (semelhante ao que aconteceu com Golias) fazê-lo cair com o
rosto em terra.

Este livro é fruto de uma mensagem onde nos baseamos na história de


Davi e Golias, mas especificamente no texto que se encontra em I Samuel
17.32 a 50, com o fim de tirarmos lições preciosas para nos fortalecer e nos
encorajar a lutar contra as atrocidades da vida, que às vezes surgem e nos
conduz ao desanimo e pensamentos negativistas.
A nossa proposta, portanto, é levá-lo a perceber que através da
história de Davi é possível aprender lições que, se colocadas em práticas,
serão satisfatórias para você sair vitorioso nos problemas que aparecem, e
destruir os “gigantes que te afronta”. Não queremos, portanto, argumentar
que o cristão não possa passar por problemas, até porque encontramos na
própria Palavra de Deus diversos exemplos de servos fiéis (Jó, Daniel,
Estevão, Paulo, entre tantos outros) que tiveram momentos de turbulência em
suas vidas, mas gostaríamos de afirmar, com base, ainda na Palavra de Deus,
que em todas podemos sair vitoriosos, pois muitas são as aflições do justo,
mas o Senhor o livra de todas. (Salmos 34.19)

2 - SEJA UM SONHADOR

Quando passamos por problemas realmente sérios, normalmente


temos a sensação de que eles são maiores que os dos outros, e às vezes os são
de fato, mas há no ser humano esta tendência natural de superdimensionar os
problemas e subestimar os meios pelos quais podemos resolvê-los. Quase
sempre, quando nos encontramos nestas situações complicadas, temos a
nossa visão ofuscada e não conseguimos encontrar a “porta de saída”.

Na história de Golias vemos os israelitas desesperados com a afronta


daquele gigante. Nos versículos inicias, após apresentar a figura do gigante e
a afronta que ele fez ao povo de Deus, encontramos um rei e seu povo
tremendo de medo (I Samuel 17.11), não havia entre os homens um
sonhador, alguém que acreditasse na hipótese de sair vitorioso daquela
batalha, é então que surge a figura de Davi, um jovem ruivo e de aparência
boa, que não possuía conhecimentos de guerras e técnicas com as armas que
os soldados usavam, mas possuía uma diferença preponderante em relação a
todo exército de Israel: ele era um sonhador.

Davi acreditava na possibilidade de vencer o temível gigante. No


versículo 32, de I Samuel 17, o texto nos revela que Davi falou para o rei
Saul:

Não desfaleça o coração de ninguém por causa


deste filisteu; o teu servo irá e pelejará contra
ele.

Ser um sonhador não é ser um lunático, mas é ser alguém cheio de


esperança, alguém que acredita na possibilidade de sair bem diante das
situações adversa, alguém que, às vezes, anda na contramão de direção, pois
enquanto todos dizem que não será possível, ele crê que será, afinal sabe em
quem tem crido e que Este é poderoso para fazer infinitamente mais do que o
homem é capaz de imaginar.

Quantas vezes agimos exatamente como o povo de Israel quando


passaram por aquela situação? Não acreditamos que as coisas possam
melhorar, que possam mudar e ter novo rumo. Quantas vezes já declaramos
com nossos lábios que não há mais jeito para o Brasil? Com isso declaramos
no nosso consciente e inconsciente a falência do nosso país. Ou pior, quantas
vezes agimos com a mesma descrença em relação a nossa igreja, nosso
trabalho, nossa família... nossa vida? E em todas estas situações, igualmente,
declaramos irrefletidamente a falência destas coisas. Precisamos acreditar,
precisamos ser sonhadores, pessoas em busca da realização dos seus
objetivos, independente do quanto pareça difícil alcançá-los.

Davi, apesar de pequeno em estatura, não via Golias como um gigante


tão grande assim, ao menos não tão grande que não pudesse ser derrotado.
Minimize seus problemas, e uma boa maneira de começar a diminuí-los é
sendo um sonhador, não os veja como barreiras intransponíveis, como
batalhas invencíveis, mas acredite que é possível superá-los e sair ileso da
peleja.

A Bíblia está cheia de sonhadores, Davi não foi o único com esta
característica, podemos encontrar vários personagens. Noé, certamente foi
visto como um velho maluco quando começou a construir o sonho (a arca) de
salvar sua vida, a da sua família, e das demais espécies existentes. Só um
sonhador poderia acreditar que dos céus cairiam chuvas em abundância, o
suficiente para destruir a Terra e que seu “barquinho” poderia suportar o
temporal e salvá-los. Aquele barco não foi construído em um dia, ou em
poucos dias, mas as críticas, que certamente os curiosos fizeram, não foram
suficientes para que ele abandonasse seu sonho.

Abraão é um outro grande exemplo. Só mesmo alguém, que acredita


que as coisas podem acontecer; que idealiza um futuro melhor, poderia deixar
sua família para ir à busca de uma promessa, que aos olhos humanos era
aparentemente impossível –até porque ele e sua esposa já estavam com idade
avançada para ter um filho–, sem falar que partiam para um lugar
desconhecido. Mas ele abraçou com toda sua força o sonho de dar
continuidade a sua descendência. O sonho de Abraão, portanto, deu origem à
nação Israel, e a uma pátria muito maior: a nova “Israel de Deus”, da qual
todos os servos do Senhor fazem parte.

Poderiam ser citados tantos outros como José, os juízes de Israel, os


profetas, os discípulos e o próprio Jesus, o qual sonhou em nos dar uma nova
vida. A saber que todos que acreditam neste sonho já a possui.

Importa, entretanto, que percebamos que Deus sempre busca pessoas


que creem na possibilidade de alcançar o que deseja, e mais, Ele está disposto
a nos ajudar na realização dos nossos sonhos. E é por isso que há o registro
de tantos que creram que podia influenciar sua sociedade, seu tempo, sua
história. Só para não ficar sem citar, o Rev. Martin Luther King é sem dúvida
um dos maiores exemplos, da era mais recente, de alguém que tinha um
sonho, o qual concretizado marcou profundamente a história do seu país,
graças a sua persistência em lutar pelos seus ideais e viver em função daquilo
que ele mesmo chamava de sonho, ou seja, extinguir a segregação racial nos
Estados Unidos, tema que abordou com toda propriedade no mais famoso dos
seus discursos: “Eu Tenho Um Sonho”.

Como Davi que creu na vitória contra Golias, como Noé que se
dedicou por um longo tempo na construção de um barco que salvaria a raça
humana; como Abraão que em obediência ao chamado de Deus deixou sua
terra natal e os familiares, para realizar seus ideais; como vários outros
personagens bíblicos que viveram em busca das suas aspirações; como Jesus
que abriu mão da sua glória, vindo ao mundo concretizar o sonho de unir
novamente o homem a Deus; como tantos outros: missionários, líderes e
pastores. Seja você também um sonhador. Acredite! O Senhor é contigo.
3 - NÃO DÊ OUVIDOS AOS QUE QUEREM
DESANIMAR

Na nossa vida sempre vamos encontrar aqueles que têm uma palavra
de desânimo. Poucos, na verdade, são os que trazem uma palavra de conforto
e apoio, foi assim com Jó: após ter passados pelas piores situações, as mais
inimagináveis possíveis, seus “amigos” veem lhes visitar com palavras, que
ao invés de consolá-lo e animá-lo, o acusava e o humilhava. É bem verdade
que sempre deixavam uma palavra de encorajamento, mas todas com tom de
acusação, sempre dando a entender que os problemas de Jó eram oriundos do
pecado ou de sua negligência. Não conseguiam ver, como Jó, que o Senhor é
soberano sobre todas as coisas, que foi ”Ele quem deu, Ele quem tomou, por
isso bendito seja o nome do Senhor”. (Jó 1.21)

Elifaz diz: “lembra-te: Quem, sendo inocente, jamais pereceu? Onde


foram os retos destruídos? Segundo tenho visto, os que lavram a iniquidade e
semeiam o mal, isso mesmo segam” (Jó 4.7 e 8); Bildade, por sua vez fala
para Jó “se tu de madrugada buscares a Deus, e ao Todo-poderoso pedires
se fores puro e reto, certamente logo despertará em teu favor, e te restaurará
a tua justa morada” (Jó 8.5 e 6). E Zofar chega a ser mais duro dizendo
“Sabe isto: Deus exige-te ti menos do que merece a tua iniquidade” (Jó
11.6b).
Poderíamos citar vários outros fragmentos das conversas entre Jó e
seus “amigos” que serviriam como exemplo de acusação e humilhação feitas
a Jó, ao ponto de ele exclamar: “Falaria eu também como vós falais, se a
vossa alma estivesse em lugar da minha? ” (Jó 16.4); “Até quando
entristecereis a minha alma...? Já dez vezes me humilhastes; vergonha não
tendes de me atacar” (Jó 19.2 e 3). Mas estes são suficientes para que
percebamos que o homem é tendente a atribuir nossos problemas a deslizes
espirituais, ou seja, se não vamos bem, logo alguém pensa: ”fulano está em
pecado“, foi o que ocorreu com Jó.

Nós sabemos pelos relatos bíblicos que se tratava de um homem justo,


mas na ideia dos seus contemporâneos só alguém cheio de pecados poderia
passar por problemas tão sérios.

Também encontramos os discípulos de Jesus ao ver um cego de


nascença interrogando ao Mestre: Quem pecou, este ou seus pais para que
nascesse cego? (João 9.2). Estes exemplos nos levam a concluir, portanto,
que às vezes deixamos de auxiliar pessoas que passam por problemas, ou
mesmo não nos permitimos ser ajudados, por causa dos nossos preconceitos.
Não obstante, também não possamos negar que muitos dos problemas vividos
pela humanidade, tenham suas origens em atos pecaminosos.

No caso de Davi e Golias o que vemos não é nenhuma acusação de


pecado, mas Saul, dirigindo-se a Davi com palavras desencorajadoras, que se
levadas a sério, seu efeito só poderia servir de desânimo.

Respondeu Saul: Contra este filisteu não


poderás ir pelejar com ele; tu ainda és moço, e
ele homem de guerra desde a sua mocidade. (I
Samuel 17.33)

Era como se Saul falasse a Davi: ô menino, você não tá vendo que
não dá pra ganhar daquele grandalhão? O problema aqui é que Saul olhava
para Davi como olhamos para as pessoas, mas nós não olhamos como Deus
nos olha. Há um texto em Amós no capítulo 7 e versículo 14, realmente
impressionante, após o sacerdote Amazias, como que questionando a
autoridade do profeta Amós, ter exigido a sua saída da cidade de Betel por
causa das palavras duras lançadas contra a cidade e seu rei, Amós diz que
realmente “não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de
sicômoros”, porém o Senhor o tirou de após o gado e disse: “vai, profetiza ao
meu povo Israel”.

Este texto é impressionante justamente porque ele revela que Deus


não nos ver como os outros nos veem. O sacerdote via Amós como um
homem simples, e sem história familiar que lhe concedesse autoridade para
profetizar contra a cidade, mas Deus o viu como um profeta, porque Deus nos
ver diferente. As pessoas podem te ver como um derrotado, como alguém
incapaz, como um fraco que não poderá superar os problemas, nem vencer as
tentações, mas Deus olha para você e afirma: Eu vejo um vencedor!

Não podemos desanimar com as palavras dos outros ao nosso


respeito, se Davi desistisse ali, provavelmente não conheceríamos a sua
história, certamente não passaria de um simples pastor de ovelhas e jamais
chegaria a ser o mais nobre dos reis de Israel. Quase sempre deixamos de ter
grandes conquistas e de escrever o nosso nome na história porque
abandonamos nossos alvos logo que ouvimos a primeira palavra contraria ao
que cremos.

4 - MANTENHA VIVA A ESPERANÇA NAQUELE


QUE TE LIVRA DAS GARRAS DO LEÃO

“O Senhor que me livrou das garras do leão,


(...) me livrará das mãos deste filisteu” (I
Samuel 17.37)

Os versículos 34 a 37 de I Samuel 17, chegam a apresentar um


romantismo no texto. É até possível, sem esforço, vislumbrar a cena relatada
por Davi, ele perseguindo o urso, o leão, pegando-os pela barba, girando
sobre sua cabeça e lançando-os longe.

É óbvio que nosso relato é figurativo, pois Davi não pegava os leões
necessariamente pelas barbas, entretanto também não resta dúvida de que o
texto bíblico nos revela que Deus sempre lhe dava o socorro, e que Davi na
defesa por suas ovelhas sempre conseguia sair ileso e vitorioso contra as feras
que investiam contra seu rebanho. Essas experiências de Davi com Deus
bastavam para manter acessa a sua esperança e a certeza de vitória contra o
gigante Golias.

É necessário, ao passar por dificuldades, trazer à memória os


livramentos que o Senhor já nos deu, até porque se esquecermos desses
benefícios estaremos dando uma demonstração de ingratidão, e Ele espera
que reconheçamos e sejamos gratos pelos Seus feitos, inclusive que sejamos
gratos nos momentos difíceis da vida pois em tudo devemos dar graças,
conforme nos ensina a Sua Palavra.

Quantas vezes você já passou por situações difíceis e que não


representaram o fim por que o Senhor te livrou? Ou mesmo, quantas vezes
você se encontrou em situação de risco e ainda sem saber ou perceber o
Senhor proveu libertação? Às vezes, diante dos problemas, não conseguimos
lembrar o quanto Deus nos ama, o quanto nos deseja ver bem e o quanto fez,
faz e fará para que isto aconteça.

Há uma música no cantor cristão, ainda utilizado por algumas igrejas


batistas, em que o poeta diz:

Se da vida as vagas procelosas são,


Se com desalento julgas tudo vão,
Conta as muitas bênçãos, dize-as duma vez,
Hás de ver, surpreso, quanto Deus já fez.

Conta as bênçãos, conta quantas são,


Recebidas da divina mão;
Uma a uma, dize-as de uma vez,
Hás de ver surpreso, quanto Deus já fez.[1]

A tentativa de enumerar a quantidade de vezes em que Deus já agiu


em nosso favor para nos abençoar ou nos livrar, nos levaria a perceber o
quanto Deus se importa conosco e quão grande é seu amor e misericórdia.
Davi sabia que não era necessário se dar ao trabalho de tentar contar
os livramentos concedidos por Deus, mesmo porque seria impossível
enumerá-los. Ele sabia de uma coisa e isso para ele era inquestionável: o
Deus que nos livra do leão é poderoso para fazer cair por terra o gigante que
nos afronta.

Apesar do texto ser claro e estar se tratando de um animal selvagem é


importante lembrar que a Bíblia também faz referência a Satanás como sendo
semelhante a um leão que anda ao nosso derredor, rugindo e buscando a
quem possa tragar, (I Pedro 5.8) e contra este leão o Senhor Jesus também já
nos deu o livramento quando ofereceu a sua vida em sacrifício na cruz.
Justamente por isso podemos depositar nossa esperança em Deus, porque o
mal já foi vencido, e em Cristo fomos feitos mais que vencedores, nisto
devemos nos respaldar para depositar a nossa esperança.

Ver nossos ideais realizados pode delongar, mas não importa o quanto
de tempo será necessário para que o gigante caia, o que importa é que a
demora não deve nos separar da esperança de ver a vitória do Senhor.
Podemos confiar que Deus, no seu tempo, destruirá o que nos afronta. Esta
deve ser a nossa confiança.

5 - LIVRE-SE DAS COISAS QUE TE ATRAPALHAM


“Então Saul vestiu a Davi com a sua própria
armadura, e lhe pôs sobre a cabeça um capacete
de bronze, e o fez envergar a couraça. Davi
cingiu a espada sobre a armadura, e tentou
andar, porque não estava acostumado a usar
essas coisas. Disse Davi a Saul: Não posso
andar com tudo isto, pois não estou acostumado.
Assim tirou Davi aquilo de sobre si”. (I Samuel
17.38-39)

Imagine um soldado numa guerra carregando na sua mochila uma


porção de bugigangas desnecessária para o combate, provavelmente esse
excesso só serviria para torná-lo uma presa fácil. Às vezes o cristão sente o
sabor amargo da derrota porque na sua “mochila” só há bugigangas, coisas
desnecessárias ou mesmo prejudiciais à vida espiritual do homem.

Davi percebeu que aquela veste de combate não lhe daria nenhuma
proteção, na verdade iria atrapalhá-lo até a andar, era necessário, então,
livrar-se de tudo aquilo. O texto nos traz duas lições práticas: primeiro, nem
sempre o que serve para as outras pessoas tem a mesma serventia para nós.
Segundo, se temos algo que em nada nos ajuda, devemos nos livrar disso.

No primeiro momento o texto apresenta o que pode ser visto como a


boa vontade de Saul em ajudar, oferecendo sua própria veste de combate para
Davi, entretanto não se pode negligenciar as diferenças entre esses dois. Saul,
segundo o relato bíblico em I Samuel, capítulo 9, era um homem que se
destacava em estatura em relação ao seu povo. O versículo 2 diz que “desde o
ombro para cima sobressaía em altura a todo o povo”, ou seja, os mais altos
chegavam à altura do ombro de Saul. Davi, por sua vez, é caracterizado pela
sua “fragilidade”, diz a bíblia que ele era o menor dos irmãos, era ruivo, de
belos olhos e de boa aparência. A roupa de Saul não caberia em Davi, a
estrutura física deles era totalmente diferente.

O que deve ser destacado neste momento é que nem sempre o que é
útil ou bom para alguém, será também para mim, ou seja, não adianta querer
imitar alguém ou seus atos na expectativa de que vamos, igualmente, nos dar
bem em algo, porque somos diferentes uns dos outros. Assim como aquela
roupa não era adequada para Davi, as fórmulas criadas por alguém para
melhorar seu relacionamento, seus negócios, sua igreja e etc., não significa
que serão ideais para que você tenha o mesmo sucesso na vida. É necessário,
portanto, buscar em Deus o melhor meio para lutar contra nossos problemas e
entender quais são os propósitos do Pai para você nas circunstâncias.

A segunda lição prática que tiramos do texto diz respeito à


necessidade de nos livrar, literalmente, das coisas que nos impedem de
progredir. “Assim tirou Davi aquilo de sobre si” pode ter um amplo
significado para nossa vida. Pode variar desde pensamentos maliciosos até
atos pecaminosos praticados.

Quem sabe um excesso de orgulho que impede-nos de aceitar ajuda;


objetivos particulares que destoam dos que Deus traçou para nós; pecados
corriqueiros, e tão corriqueiros que se tornam habituais e já não se sente
constrangimento em cometê-los, (esses são especialmente perigosos porque
não há mais sentimento de culpa e por conseguinte não há pedido de perdão)
não é necessário que se tenha “dom de revelação” para poder afirmar que
entre nós há uma quantidade assustadora de pessoas, ditas cristãs, praticando
todo tipo de conduta imprópria. Desde fornicação, adultério, atos desonestos,
mentiras, além dos que, como muita naturalidade, falam palavras torpes[2] e
que compactuam consciente e inconscientemente com mal. Como poderão
estes crescer se nem se quer nasceram de novo? Há ainda aqueles que
precisam se livrar do passado que os impede de avançar. São tantos os que
almejam uma família estruturada, mas jamais conseguiram perdoar algo do
passado, tantos que esperam por uma cura interior realizada por Deus, mas
não a terá porque ele mesmo não consegue se perdoar, muitos que buscam e
esperam uma libertação espiritual e vivem presos ao seu passado, é preciso
que as coisas do passado fiquem lá, para que possamos viver o presente.

Indubitavelmente existe uma infinidade de coisas que podem


representar aquilo que nos impedem de ir adiante em busca do triunfo contra
o gigante, elas não se resumem apenas em orgulho, objetivos mal
estruturados, atos pecaminosos ou o passado, mas uma coisa é certa só
consegue avançar aquele que se desfaz das coisas que o atrapalha, mesmo
que isso lhe pareça custar muito caro, pois não é fácil abrir mão dos bens,
coisas ou pessoas a que estamos apegados, entretanto, às vezes, é requisito
básico para que se obtenha a vitória.

6 - APROPRIE-SE DAS ARMAS CONCEDIDAS POR


DEUS

Da mesma forma que é necessário lançar fora as coisas que nos


prendem a este mundo, é indispensável tomar posse das armas que Deus
proveu para guerrearmos. O versículo 40 de I Samuel 17, diz que Davi tomou
seu cajado, escolheu cinco pedras, e lançou mão da sua funda. Eram essas
suas armas para aquela luta.

É importante que se tenha em mente que todas as lutas que o cristão


passa aqui na terra (e entenda-se por lutas as mais diversas formas de
problemas enfrentados pelo ser humano) tem relação direta com o reino
espiritual, não dá para desassociar o ser físico do espiritual pois nossa
essência é espírito, assim fomos gerados por Deus, porquanto ao pensarmos
em guerra, logo somos reportados para o livro de Efésios capítulo 6, onde
temos a representação completa da armadura concedida por Deus para o
cristão. Ali encontramos cada item para atacarmos e nos proteger das
investidas das hostes do mal contra nossa vida.

A primeira peça da armadura que devemos utilizar é a verdade, vestir-


se da verdade é a orientação dada pelo texto. A verdade pode e deve ser
entendida aqui de duas maneiras. Primeiro que se vestir da verdade é
incorporar a pessoa de Jesus (Ele mesmo disse: Eu sou a Verdade, João 14.6),
isto é: ter uma vida pautada nos ensinos de Cristo e nas suas doutrinas,
desprezando todas as fábulas, e falsos ensinos criados por mente humana.
Portanto revestir-se da verdade, neste sentido, é aceitar os ensinos bíblicos
como sendo suficientes para as necessidades espirituais do homem. Nenhum
outro livro tem autoridade complementar, igual ou superior a Bíblia Sagrada.
As suas orientações são imprescindíveis, por tratar-se do único “manual”
escrito pelo Criador do homem.

O segundo sentido de vestir-se da verdade, é ter uma vida


comprometida com a verdade em detrimento do não compactuar com a
mentira. Há pouco nos referimos a pessoas que estão tão acostumadas em
cometer certos atos pecaminosos que já não se sentem culpados, da mesma
forma existem aqueles que de tanto se envolver com mentiras, nem eles
conseguem identificar quando falam a verdade ou estão mentindo. Não é
aceitável que alguém que queira ter sucesso, sobretudo na vida espiritual,
tenha vínculos com a mentira que é apontada pela Palavra de Deus como
sendo filha do Diabo (João 8.44)

Colocar no peito a couraça da justiça é o próximo item. No nosso


peito deve estar não só o mais profundo desejo de ser justo e viver na justiça
e pela justiça, mas também a volição de não se conformar com a injustiça
praticada pelo mundo, pois feliz o que tem fome e sede de justiça, estes serão
fartos, nos ensina o Senhor Jesus (Mateus 5.6). O cristão tem um papel
preponderante na influência da sociedade ao combate da injustiça social,
quando não realizando práticas sociais que diminuam o sofrimento humano,
se não, necessariamente, cobrando das autoridades que se sensibilizem frente
às necessidades do povo, pelo menos praticando a justiça, como prova de que
todos somos capazes de sermos justos uns com os outros.

Depois de vestir-se da verdade e proteger o peito com a couraça da


justiça somos instigados a calçar nossos pés com o evangelho da paz. Todo o
corpo precisa estar protegido e os pés sobretudo, pois no campo de guerra os
destroços são comuns. Um soldado descalço não conseguirá avançar, haja
vista, o risco de acidentes. As botas do evangelho da paz têm, portanto, a
função de garantir nosso avanço entre as trincheiras da vida, além de
representar nosso compromisso com a proclamação do evangelho da paz
enquanto estivermos nesta caminhada da vida.
Na nossa caminhada cristã encontraremos momentos de dúvidas e
questionamentos a respeito daquilo que cremos, inclusive quando nos
confrontamos com textos da bíblia em que outras pessoas apresentam
interpretações divergentes das que cremos. Isto é normal, o que não pode ser
normal é a permanência e crescimento dessas dúvidas, pois nos foi dado
como arma de defesa o escudo da fé para que possamos apagar os dardos
inflamados que o maligno lança. O Diabo sempre tentará destruir a alma
humana. Quando o homem reconhece que necessita do perdão de Deus,
entende e aceita o sacrifício de Cristo na cruz, o mal não tem mais direito
sobre seu espírito, por conseguinte as potestades do mal tentarão até a última
instância convencer o cristão de que tudo isso é uma bobagem. Uma das
formas que se utiliza é justamente lançando dardo contra nós, dúvidas a
respeito de Deus e da bíblia. Impressionante que é possível encontrar aqueles
que se embaraçaram na fé por questionamentos tão mesquinhos como: Quem
foi a mulher de Caim? Ou, como uma baleia que tem uma garganta tão
estreita poderia engolir (Jonas) um homem? E outros semelhantes.

Não vamos nos deter aqui na tentativa de explicar esses


questionamentos, mas nos dois casos, existem esclarecimentos bíblicos e
científicos que podem dissipar qualquer dúvida, entretanto o que devemos ter
em mente é que não dá para viver o cristianismo sem ter fé, ela é o nosso
escudo contra o medo, sentimento de culpa e as dúvidas que surgirem. E isso
não significa alienação, mas certeza das coisas que esperamos com base
naquilo que já vimos e que são provenientes de Deus.

O soldado também não pode ficar com a cabeça sem a devida


cobertura, portanto deve utilizar-se do capacete da salvação. Aqui se encontra
um item indispensável ao nosso traje de guerra, se cremos em Jesus e no seu
sacrifício, não pode haver na nossa mente dúvidas quanto a nossa salvação,
caso contrário estamos duvidando do poder salvador de Cristo.

Logo quando aceitei a Cristo, ouvi uma missionária num dos seus
programas de TV afirmando que “...se quando você aceitou a Jesus não sentiu
como se tivesse sido arrebatado, se você não lembra daquele dia e se no dia
seguinte tudo não estava diferente é porque você ainda não teve uma
experiência com Cristo, e precisa se converter...”, para mim aquelas palavras
foram assustadoras porque, apesar da minha certeza de salvação, as coisas
não haviam sido assim arrebatadoras, (não obstante a alegria e emoção
sentida naquele momento) por alguns dias fiquei preocupado, até que uma
outra palavra, vinda de Deus, me fez arrancar da mente qualquer dúvida a
este respeito, decidi fazer uso a partir daquele dia do capacete da salvação.
Talvez você não tenha vivido uma experiência arrebatadora na sua conversão,
talvez nem se quer lembre a mensagem ou dia, há ainda aqueles que
nasceram em lares evangélicos e suas experiências foram na infância, mas o
que importa é que você deve ter em mente que a caracterização da salvação
está na prática de vida que levamos, refletindo a pessoa de Cristo, e na
certeza de que Ele é o Salvador, de que não há outro nome pelo qual devamos
ser salvos.

Acreditamos que devem se preocupar com sua situação espiritual,


aqueles que não sentem necessidade do perdão de Jesus, os que têm dúvidas
se realmente são salvos e os que praticam, com prazer, atos de pecados.
Quanto a nós, que já recebemos a purificação, carecemos manter a busca
constante de maior santificação, pois quem é justo, faça justiça ainda; e quem
é santo, santifique-se mais (Apocalipse 22.11), porquanto aquele que já se
libertou das trevas não sente prazer em pecar, e esta é, com certeza, a maior
prova de que temos a salvação em Cristo, pois como nos revela a Palavra de
Deus “nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos nele?”,
portanto não se perde salvação, mas jamais se teve quando há prazer no
pecado e o pratica por opção.

A espada do Espírito, é uma das armas mais poderosas concedida ao


cristão. Com ela pode-se combater tanto no ataque, quanto na defesa. O texto
é claro, a espada do Espírito trata-se da Bíblia Sagrada, com a qual podemos
nos defender das ciladas de Satanás – observe que Jesus no período da
tentação, registrada no livro de Mateus capítulo 4, Marcos 1 e Lucas 4,
sempre faz referência à Palavra de Deus para se proteger das armadilhas do
inimigo. Por outro lado, também é utilizada para atacar o mal, pois os seus
ensinos fortalecem o indivíduo espiritualmente, para a destruição de toda
hoste e potestade celestiais.

Davi utilizou como arma para a luta contra o gigante Golias uma
funda e pedras, nós temos uma armadura espiritual dada por Deus com a qual
podemos vencer as mais terríveis batalhas, portanto tome posse dessa
armadura, vista-se com a camiseta da verdade, revista-se com a couraça da
justiça, calce seus pés com as botas do evangelho da paz, aproprie-se do seu
escudo da fé, coloque o capacete da salvação e avance com a espada do
Espírito em punho na certeza da vitória.

O mesmo texto em Efésios no versículo 18 ainda apresenta a forma de


como se tirar o maior proveito dessa armadura: orando em todo o tempo. As
armas de um soldado só poderão ser totalmente eficazes se estiverem
corretamente munidas, e a munição para a nossa armadura espiritual é a
oração, com ela temos acesso ao Pai, daí a importância do cristão encontrar-
se em constante estado de oração e súplica no Espírito, conforme o texto em
Efésios nos orienta.

7 - LUTE EM NOME DO SENHOR


“Disse Davi ao filisteu: Tu vens a mim com
espada, com lança, e com escudo, mas eu venho
a ti em nome do Senhor dos exércitos...” (I
Samuel 17.45)

É muito comum ouvir alguém fazer referência à importância de se


orar em nome de Jesus, mas o que seria orar em nome de Jesus? Será que é
apenas encerrar as suas orações dizendo: ...nós te oramos em nome de Jesus?
Como se estas fossem “palavrinhas mágicas”? Orar em nome de Jesus, assim
como lutar em nome do Senhor, vai muito além do uso do nome de Jesus nas
suas orações e de ir ao encontro dos “gigantes” dizendo que vai em nome do
Senhor.

Tiago na sua epístola no capitulo 4, versículo 3 diz que alguns pedem


e não recebem, porque pedem mal, pedem para seu próprio deleite. Neste
versículo é possível entender perfeitamente o que significa orar em nome de
Jesus, ou lutar em nome do Senhor, ou seja, isto significa fazer as coisas
dentro do propósito de Deus para o Seu reino, para a vida dos outros e para
nossa própria vida.
Lutar em nome do Senhor, portanto, é colocar o reino de Deus em
primeiro lugar, é viver pelos propósitos de Deus. Logo, lutar em nome do
Senhor não é tarefa tão fácil como possa aparentar, haja vista existir
momentos em que o cristão necessitará cumprir a vontade do Pai, subjugando
a sua própria vontade. Consequentemente lutar em nome do Senhor requer
obediência, desprendimento e submissão.

Naquela batalha foi fácil para Davi lutar em nome do Senhor, isso
porque era propósito de Deus a vitória contra os filisteus, entretanto nem
sempre as coisas foram tão simples assim para Davi. Podemos imaginar que
não foi nada fácil para ele, ter um dos seus grandes ideais frustrados por Deus
quando lhe negou o direito de construir o templo, sob a alegação de que Davi
era sanguinário e de que esta tarefa ficaria a cargo do seu filho Salomão. Em I
Crônicas no capítulo 28 Davi convoca o povo e se lamenta por não ter tido a
autorização do Senhor de concretizar o desejo de edificação do templo de
Deus.

Em outras situações, Davi conheceu a experiência de desprender-se


da sua própria vontade, ser obediente e submisso a Deus para então poder
agir. Um grande exemplo disto fica por conta do episódio que ocorre quando
o exército de Davi está retornando vitorioso de diversas batalhas e ao chegar
na sua cidade (Ziclague) a encontra saqueada e totalmente destruída (I
Samuel, capítulo 30).

A decisão a ser tomada poderia parecer óbvia: “Nós, que temos tido
tantas vitórias nestes dias, concedidas pelo Senhor, vamos ao encalce desses
saqueadores rever nossas famílias e nossos bens, pois certamente Deus nos
restituirá”. Entretanto não foi assim, no ímpeto, que Davi agiu. Só após ter
chorado até não encontrar mais forças, decidiu consultar a Deus para entender
os seus propósitos para aquela situação. Os versículos 7 e 8 relatam que Davi
chamou o sacerdote Abiatar e lhe falou: “traze-me aqui a estola sacerdotal. E
consultou ao Senhor: Perseguirei eu a esta tropa? Alcançá-la-ei? Respondeu-
lhe o Senhor: Persegue-a. De certo a alcançarás, e tudo libertarás”.

Mais uma vez estava Davi lutando em nome do Senhor. Cumprindo


os propósitos de Deus para sua vida e a do seu povo, graças ao seu bom
senso, não deixando se levar pelo calor do momento, mas fazendo as coisas
de forma pensada e sob a orientação do Pai. Mesmo quando temos certeza da
aprovação de Deus para algo, agir no impulso sempre será perigoso, é
necessário que se tenha cautela para que não coloquemos a “carroça na frente
dos burros”, como diz o dito popular.

Davi, também sofreu decepções, profundamente amargas, por


desviar-se dos desígnios de Deus para sua vida. A principal delas pode ser
encontrada no livro de II Samuel nos capítulos 10 e 11, onde há o relato do
envolvimento de Davi com Bate-Seba, fato que lhe gerou grandes problemas
e consumou com a morte do esposo daquela mulher e do filho gerado por
Davi em adultério. O clamor de Davi não foi aceitável para mudar a decisão
de Deus em relação à morte daquela criança. Davi precisava relembrar que na
vida do homem de Deus as coisas não podem acontecer segundo seus
próprios desejos, pois as nossas vontades devem estar atreladas às de Deus.
Isso nos faz refletir sobre a realidade de que não existe cristão que possa
viver segundo suas próprias concepções, todos temos que viver baseados nos
padrões de vida que Deus estabeleceu para o homem.

Como saber se estamos dentro dos propósitos Deus ante à necessidade


de tomar alguma decisão? Essa é a grande dúvida que pode surgir no coração
humano ao se defrontar com este tema.

Há situações ou decisões a serem tomadas em que a vontade de Deus


pode não estar explícita. Nestes casos é necessário que sempre se faça
algumas perguntas na expectativa de verificar se Deus aprova nossa decisão.
Perguntas como: Esta ação ou decisão seria a que Jesus tomaria se passasse
por isso? As minhas decisões não são contrárias ao que creio? As ações que
irei fazer não gerarão prejuízos (morais, espirituais, psicológicos, etc.) para
mim ou para outros? Meus atos não se caracterizarão como desobediência a
Deus, à minha igreja ou líderes? O que irei fazer poderia ser de conhecimento
público ou terei que ocultar meus atos para que outros não saibam o que fiz?
Além de outras perguntas que poderão ser elaboradas e que ajudarão a
apontar o melhor caminho a percorrer.

No entanto, na maioria das situações que passamos não será difícil


entender os propósitos de Deus, isso porque a bíblia já se encarrega de dar as
devidas orientações de como devemos agir. Nela pode-se encontrar
orientações detalhadas sobre como cada componente da família deve agir e
assumir responsabilidades; como atuar nos diversos ministérios da igreja;
como se comportar em relação ao pecado, ao relacionamento afetivo, ao
culto, louvor e tudo mais que envolva questões espirituais, além de nos trazer
consolo e conforto em momentos de crise. Portanto a leitura da palavra de
Deus é insubstituível para os que querem viver segundo a Sua vontade.

Não obstante, existem outras formas de Deus nos revelar seus


propósitos, uma das principalmente maneiras que Deus se utiliza para nos
alcançar é através de mensagens proclamadas nos cultos, ou ainda por meio
de uma conversa despretensiosa com um irmão quando somos levados a
orientar ou ser orientados, mediante a presença do Espírito Santo que habita
em nós.

Nos resta, então, reconhecer que precisamos internalizar a verdade de


que nós só venceremos os gigantes quando estivermos dispostos a abrir mão
da nossa própria vontade em função da realização da vontade de Deus, pois a
nossa vitória também deve ser do Senhor. De nada adiantará você se sentir
um pseudo-vencedor, se Deus sair “perdendo” neste negócio, pois em última
instância você será o derrotado, pois a vontade de Deus é o melhor para nós,
afinal qual pai que o filho lhe pedindo pão lhe dará uma pedra ou lhe pedindo
um peixe lhe dará uma serpente? ¾ Marcos 7.9 e 10, Deus sempre nos
reservará e oferecerá o melhor.

8 - A LUTA NÃO É CONTRA VOCÊ


Quando estamos vivendo segundo os propósitos de Deus não
devemos temer. A vitória é certa, porque a luta não é nossa, nem é contra nós,
mas contra o Senhor. O texto que temos analisado no decorrer deste livro nos
revela que aquela luta não era contra Davi ou contra o povo israelita, mas
contra o próprio Deus, isso porque Deus toma as nossas dores.

“Eu venho a ti em nome do Senhor dos


exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem
tens afrontado. ” (I Samuel 17.45b)
Quando se levantam contra nós, quando o inimigo maquina
contra o cristão, quando os problemas, de qualquer ordem, surgem em nossa
vida, Deus se manifesta em nosso favor.

As informações que a bíblia nos fornece, dispensa uma análise


profunda para poder afirmar que numa luta, sem a ajuda de Deus, Davi
jamais venceria Golias. Seria semelhante a colocarmos o lutador de peso
pesado do UFC, Fabrício Werdum para lutar num ringue com um jóquei
(corredores de cavalo, que em geral medem um pouco mais que um metro e
meio de altura). Não seria necessário assistir esta luta para se pressupor que
acabaria ainda no primeiro round com vitória do “gigante” do UFC. Sem
Deus, Davi teria a mesma sorte, nós, semelhantemente, sem Deus, não
podemos vencer os gigantes.

Não é difícil encontrar pessoas que lutam contra o adultério, contra


drogas, contra relacionamentos afetivos impróprios, contra doenças
psicossomáticas, entre tantas outras coisas, e continuam sendo vencidas
porque, talvez, não estejam lutando com Deus. Pensam que é possível, com
seus próprios esforços vencer estes gigantes. Pessoas que afirmam que
viverão para Cristo só depois que resolverem algumas pendências: quando eu
parar de beber; quando eu parar de fumar; quando eu me libertar disso ou
daquilo... Grande engano! Sem Deus nestas batalhas não será possível sair
vitorioso.

Quando Abraão foi convidado por Deus para partir para uma nova
terra, onde o Senhor o faria prosperar abundantemente, e aceitou, ele recebeu
uma poderosa promessa: “Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei
os que te amaldiçoarem”, (Gênesis 12.3) disse o próprio Deus.

Esta promessa hoje, recai sobre nós, filho de Abraão na fé, “pois os
que são da fé são filhos de Abraão” (Gálatas 3.7), de forma que os que nos
abençoam são abençoados por Deus e sempre que enfrentamos problemas,
Ele toma partido em nosso favor.

De igual modo, quando Moisés recebeu a missão de libertar o povo da


escravidão egípcia, Deus lhe declarou que “certamente Eu serei contigo” e
quando Moisés insistir dizendo que não saberia como chegar a Faraó, nem os
argumentos que utilizaria na presença daquela autoridade, pois quem era ele
para ir à presença de Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel? Deus lhe
respondeu: Quem você é, eles podem até não saber, mas uma coisa eles
saberão: “EU SOU O QUE SOU”.

O Senhor é com os seus sempre. Independentemente das situações,


sempre teremos o auxílio de Deus quando estivermos vivendo nos Seus
propósitos. Sempre que no nosso íntimo estiver o mais sincero desejo de
fazer a vontade de Deus estaremos caminhando em direção ao triunfo.

Abraão e Moisés, tiveram êxito nos seus intentos porque aquelas


batalhas não lhes pertenciam. Os problemas enfrentados por Abraão durante a
sua vida não eram seus propriamente ditos, mas pertenciam a Deus. As
afrontas que Faraó fez a Moisés, não fez de fato a ele, mas ao Deus de Israel.

As diversidades que vez por outra enfrentamos, por mais terríveis que
sejam, devemos confiar ao Senhor, pois elas não nos pertencem, são afrontas
ao nosso Deus. Cremos nisto porque entendemos que na vida do cristão,
nada, absolutamente nada, está desassociado do reino espiritual, como já
dissemos antes, portanto muitos dos nossos problemas têm raízes em ações
de hostes espirituais com o fim de nos atingir, e sabendo disto não devemos
tentar resolver nossas questões na força, mas dar vazão para que Deus aja em
nosso lugar.

9 - A VITÓRIA É PARA HOJE


“Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha
mão, e te ferirei” (I Samuel 17.46)

As promessas de Deus para seu povo também são para


acontecer aqui, na terra, não apenas na vida futura. Isto não significa dizer
que o cristão não passará por problemas na sua vida, acreditar nisto é ser
ingênuo e pregar isto é ser mentiroso, pois a Palavra de Deus nos fornece
uma série de versículos que revelam que as dificuldades são passíveis a todos
os servos de Deus. Por outro lado, não podemos nos desvendar como
pessimistas sombrios, pois a mesma bíblia, também nos apresenta promessas
imensuráveis.

Da mesma maneira, que aqueles que esperam de Deus apenas nesta


vida é o mais infeliz dos homens, não buscar as bênçãos do Pai nesta vida
constitui-se um grande equívoco. O erro não está em pensar que Deus nos
abençoará nesta vida, mas em pensar que Ele terá, por exemplo, que pagar a
minha dívida (sei lá como) sem que eu queira trabalhar; que Deus cure minha
enfermidade, sem que eu procure um tratamento (procurar um especialista
não é uma atitude de quem não crê em milagres, mas de quem busca as
diversas formas de manifestação de Deus em seu favor); de que Deus mude
meu caráter, sem que haja quebrantamento, e etc.

Deus não tem obrigação de manifestar bênçãos em favor do homem,


se o faz é pela sua graça (favor imerecido) e por que a sua misericórdia não
tem fim. Deus abençoa o homem por que Ele é fiel à sua palavra, e mesmo
que sejamos infiéis Ele permanece fiel. Portanto, trata-se de um grande
equívoco pensar que Deus lhe dará algo obrigatoriamente, só porque se
tornou filho de Deus, como se agora o tivéssemos nas mãos semelhante a um
fantoche, que podemos manipular.

Não obstante, Deus tem promessas para nós que deverão acontecer
hoje, ou seja, nesta vida. Talvez o hoje do Senhor, não seja para este dia,
afinal o tempo cronológico não existe para Ele, mas no Seu tempo, no melhor
momento.

Na melhor oportunidade para nós Ele se manifestará, cabendo,


portanto, ao servo de Deus apenas esperar confiantemente. É bem verdade
que esperar no Senhor, não é tarefa das mais fáceis, como possam pensar
alguns, pois esperar no Senhor não é um ato de ociosidade, mas de ação
continuada para que as oportunidades venham a se tornar realidades. Davi
esperava em Deus a vitória contra Golias, mas o seu esperar não o levou a
armar uma rede e deitar até que o gigante tombasse, ele precisou ir ao campo
de batalha. Nós precisamos lutar para alcançar as vitórias que buscamos.
Como diz um chavão bem popular, não existem vitórias sem lutas.
Quem acredita que Deus está disposto a ofertar bênçãos para serem
usufruídas nesta vida, também precisamos viver equilibradamente.
Infelizmente existem aqueles que pensam que tudo cairá do céu, que não
precisam mais se preocupar pois possuem uma conta corrente no céu e um
cheque ao portador, em branco, assinado por Deus, para toda vez que
precisar, realizar um saque. Da mesma maneira encontramos aqueles que
podem ser chamados de pessimistas nebulosos, estes, inclusive, são em
número alarmante, é possível encontrar um, em cada esquina. Tudo para eles
não tem mais jeito, são facilmente reconhecidos. Suas frases prediletas são:
“é assim mesmo”; “não tem mais jeito”; “enquanto estivermos neste mundo
só padeceremos”. Você pergunta se está tudo bem e nunca ouve que as coisas
vão bem, quando muito eles dizem: “vai mais ou menos”.

São pessoas que parecessem que amam lançar maldições sobre si e


vivem para se lamentar e murmurar. Não conseguem enxergar uma só
manifestação de bênção em seu favor e vivem como se Deus, por muita
misericórdia, tivesse lhes livrado do inferno como que os arrebatando do
fogo, mas que não se interessasse nem um pouco com seus problemas.

Se pensar que Deus tem obrigação de nos dar algo é errado, imaginar
que Ele não poderá fazer nada para nós ajudar é torná-lo impotente. Em
ambos os casos o indivíduo está mantendo um relacionamento equivocado
com Deus, pois Ele é nosso Pai, e como pai, somos nós, os filhos, que
devemos explicações. Da mesma maneira, sendo Deus nosso Pai, Ele nutre
um amor incondicional por nós, o que o faz interessar-se por nossas
dificuldades.

Portanto, viva com maturidade espiritual. Discernindo seus deveres e


direitos, e certo de que não estás aqui apenas para passar por tribulações. Elas
podem vir, mas temos um Consolador, elas podem até durar uma noite, mais
o sol nascerá pela manhã para dissipar as trevas. Recuse-se a viver apenas
para se lamentar e murmurar, comece a ter vitórias sobre os gigantes ainda
hoje, lutando contra todo tipo de sentimentos e situações que o jogue para
baixo, espere no Senhor, o qual te promete e te dará a vitória no tempo
oportuno.

10 - O GIGANTE TOMBARÁ DIANTE DE TI


Aqui temos, então, um apelo de fé, porque o gigante só tombará se
você for capaz de crer nisto. De nada adianta conhecimento teológico, bíblico
ou orientações espirituais se não formos capazes de crer que Aquele que está
conosco é maior do que os que veem contra nós.

Davi quando foi ao campo de batalha se encontrar com o gigante


Golias, com certeza não foi confiado na sua funda e nas cinco pedrinhas que
carregava no bolso, tão pouco no conhecimento que tinha sobre Deus, mas
foi confiado no Deus que ele conhecia.

O grande diferencial de Davi era sua fé no Deus que é maior do que


qualquer gigante. Davi sabia que apenas uma pedrinha daquelas, não poderia
destruir aquele homem, contudo tinha convicção que as pequenas coisas, nas
mãos de Deus se tornam grandes. Portanto não foi a pedra que fez o gigante
tombar, também não foi Davi, mas o Senhor que honrou a fé de Davi no Seu
poder.

Quem sabe, você imagine que para sair de certas situações em que se
encontre precisará de coisas grandes, que as “pedrinhas” não serão capazes
para destruir o teu gigante. Já ouvi muitas pessoas afirmarem que não irão ao
culto da sua igreja, pois irão à outra igreja porque estão precisando de
“orações fortes”, outros que participarão de uma corrente realizada pela igreja
tal para alcançarem as bênçãos que almejam. Estas pessoas desconhecem que
Deus pode fazer muito no pouco que temos.

O versículo 50 de I Samuel 17 diz que “assim Davi prevaleceu contra


o filisteu, com uma funda e com uma pedra”. Deus transformou aquela funda
e a pedra na mais terrível arma bélica que um homem poderia usar para
aquela batalha.

É bom que se saiba que o milagre começa com o que temos. Há dois
exemplos clássicos na bíblia em relação a esta verdade, ambos tendo como
figura principal uma viúva. O primeiro, registrado em I Reis capítulo 17, nos
mostra que em meio a uma terrível estiagem que ocorria na região, o profeta
Elias pede a uma viúva que lhe sirva algo para comer e tem como resposta
daquela senhora: “não tenho nem um bolo, senão somente um punhado de
farinha e um pouco de azeite. E vou prepará-lo para mim e para meu filho, a
fim de que o comamos e morramos”. O profeta então a orientou para que o
servisse primeiro, pois havia uma promessa do Senhor para ela se assim o
fizesse: aquele pouco de farinha e de azeite não acabaria enquanto a seca
durasse. A mulher cumpriu a ordem e foi abençoada com o pouco que tinha.
No ímpeto ela afirmou que nada possuía para comer, sem saber que Deus
começa o milagre com o que temos. Que Deus pode transformar o pouco no
infinito.

O segundo exemplo, em II Reis capítulo 4, assemelha-se muito com


o primeiro. Uma viúva necessitada encontra-se com um profeta, desta feita
Eliseu, e clama por ajuda. Quando questionada em relação ao que ela possuía
para que o milagre acontecesse, responde: “tua serva não tem nada em casa,
senão uma botija de azeite”, mas quem disse que uma botija de azeite é pouco
para Deus? O milagre aconteceu! O azeite foi multiplicado o suficiente para
que aquela viúva pagasse suas dívidas e pudesse viver o resto dos seus dias
em paz.

Nos dois casos as viúvas não puderam, de imediato, perceber que


nada é tão pouco nas mãos de Deus que não possa ser multiplicado, por isso
ambas iniciaram dizendo não ter nada em casa, para depois retificar que na
verdade tinham, mas tão pouco que não deveria ser considerado.

A grande lição que devemos tirar aqui é que se tivermos uma fé tão
pequena quanto um grão de mostarda, ela, ainda assim, será o necessário para
que vejamos o gigante tombar diante de nós, pois o milagre começa com o
que temos.

Ao invés de ficar lamentando-se, de buscar soluções em diversos


lugares, de achar que sua igreja não tem cultos que possam resolver seus
problemas, de pensar que sua fé é tão pequena que não poderá lhe ajudar,
conscientize-se de que Deus pode realizar milagres onde você está, de que os
outros não podem cultuar por você, pois a adoração é uma questão pessoal. E
mais, conscientize-se de que a bíblia não prever um cristão, um servo de
Deus, que não tenha fé, pelo contrário, diz que se a fé que temos for tão
pequena quanto um grão de mostarda, ainda assim temos autoridade para
remover montanhas.

Se as diversidades estão insistindo em permanecer na sua vida, isso


não significa que você é incapaz ou que Deus não esteja ouvindo suas
orações, muito provavelmente ainda não chegou o momento de Deus te livrar
definitivamente do que possa estar te afligindo, contudo não desista, creia tão
somente e verás a glória de Deus (João 11:40).

11 - CONCLUSÃO

Não podemos saber por qual problema você tem passado


ultimamente, mas não é difícil imaginar os principais gigantes que afronta o
ser humano na atualidade. Quem sabe uma enfermidade desanimadora,
inclusive com diagnósticos assustadores; o desemprego que bateu à porta; as
finanças que andam em ruínas; uma crise afetiva ou conjugal; o pai, mãe,
filhos, o esposo ou mulher que resiste em se render ao Senhor; quem sabe
sejam as algemas das drogas; da impureza sexual; do alcoolismo; talvez a
doenças psicossomáticas; mudanças inesperadas no ambiente profissional.
Enfim, o que não faltam são problemas que surgem na vida do ser humano
como verdadeiros gigantes, mas podemos afirmar, com toda convicção, que
nenhum deles podem ficar de pé se Deus intervir. Não há gigante que não
desmorone diante de nós, se esta é a vontade de Deus.
A história da luta entre Davi e Golias, nos mostra que é possível
vencer os problemas. Mais que isto, nos ensina algumas táticas de guerra que
devemos ponderá-las quando nos sentir à frente de gigantes. Acreditar que
podemos sair vitorioso nestas batalhas é o primeiro fundamento, e para isso
teremos, quase sempre, que tapar os ouvidos para aqueles que veem com
palavras desanimadoras –um sonhador não deve se deter às palavras de quem
não crê no “impossível”.

Além disso, a nossa esperança deve se manter acesa em Deus. Isso


quer dizer que não podemos desistir das coisas tão facilmente, em alguns
casos pode até parecer que o Senhor não está cuidando da situação, mas Ele
nunca esquece dos seus filhos: “Porventura pode uma mulher esquecer-se de
seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas
ainda que esta se esquecesse dele, contudo Eu não me esquecerei de ti”, diz o
Senhor (Isaías 49.15)

Conheço pessoas que têm sérias enfermidades e que não tiveram até
então uma cura, e algumas delas inclusive morrerão por causa dessas
doenças, no entanto o Senhor permite que elas tenham uma vida normal
apesar da constatação da enfermidade. Essas pessoas são alimentadas pela
esperança em Deus, de serem curadas ou de viverem até o dia que o Senhor
determinar, o que importa é que vivem bem porque já vislumbram, na sua
esperança, o gigante derrotado.

Uma outra tática que identificamos é a de livrar-se das coisas que


não prestam, que nos prendem ao sistema deste mundo. Há crentes que
passam por sérios problemas na área sexual, são facilmente atraídos pela
pornografia. Não conseguem passar em frente a uma locadora, não podem
acessar a internet, nem ver uma banca de revistas. Livre-se das coisas que te
atrapalham avançar. Quebra teu DVD, se for necessário; cancela o contrato
de acesso à internet; evita as calçadas onde há uma banca de revistas. Há
também pessoas que não conseguem evitar as compras, chegando ao final do
mês com mais débitos do que créditos. Alguns chegam ao cúmulo de ter seu
nome nos registros de proteção ao crédito. O que fazer? Cancela o cartão de
crédito; rasga o talão de cheque; evita os shoppings; passa a compra apenas à
vista e etc.

O que queremos é que você perceba a existência de alguns dos


nossos problemas, conceituados como gigantes, que tem sua origem nos
nossos próprios atos, e ainda temos a discrepância de nos lamentar e
murmurar diante de Deus. Livre-se do que te atrapalha, este ato irá eliminar
uma série de problemas que você poderia passar.

Em outros casos as coisas são bem mais sérias, nos livrar de algo
não será o bastante, teremos que nos apropriar de outras, a saber as armas que
Deus nos fornece para lutar contra as ciladas que Satanás maquina contra
nossas vidas. É importante que você saiba que as armas apontadas na carta
aos Efésios capítulo 6, e abordadas aqui, não são as únicas que Deus nos dá
para combater o mal, há outras que também devem ser utilizadas. Entre elas
está o amor, a qual sem dúvida é a mais poderosa de todas. O Diabo nada
pode, ele fica neutralizado ante nosso amor pelo Pai e ao amor de Deus
dispensado a nós. Ainda temos os dons concedidos pelo Espírito Santo e os
frutos do Espírito (gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade...), todas essas armas tornam-se um verdadeiro arsenal contra as
hostes malignas na guerra espiritual.
Colocar o reino de Deus em primeiro lugar é mais uma tática
infalível, basta dizer que o próprio Jesus nos orienta a “buscar primeiro o
reino de Deus, e a sua justiça, e as demais coisas nos serão acrescentadas”
(Mateus 6.33). Deus conhece nossas necessidades e trata de supri-las à
medida que nos envolvemos com seus negócios e vivemos segundo a sua
vontade –Isso é ir à luta em nome do Senhor.

Quando lutamos em nome do Senhor somos levados a entender que


não estamos sós nesta luta, pois toda afronta feita a um servo de Deus é feita
diretamente ao próprio Deus, visto que, Ele mesmo busca o melhor para nós.

Portanto se cremos que o Senhor está presente no meio das


turbulências, podemos crer que a vitória está muito próxima a se concretizar,
que é para estes dias e que o gingante não ficará de pé para sempre perante a
nossa presença. Não importa a dimensão dos problemas, todos podem parecer
um gigante invencível, contudo, acredite que não há gigante que não caia
diante de Deus. Então creia nesta verdade, viva e espere pela concretização
desta verdade e o Senhor te dará a vitória.

[1]1 Conta as Bênçãos, Letra de Johnson Oatman Jr. – Hino de nº 329 do cantor cristão.
O Cantor Cristão é um livro de músicas, comumente utilizado em Igrejas Batistas da Convenção
Batista Brasileira.
[2] As vezes mencionamos com frequência o termo e sequer sabemos o que significa, então vai aí o
significado de PALAVRAS TORPES, conforme dicionário: que contraria ou fere os bons costumes, a
decência, a moral; que revela caráter vil; ignóbil, indecoroso, infame, que causa repulsa; asqueroso,
nojento.

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