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RELATÓRIO

MASP
Linguagens e Relações Estéticas

escrito por
CAMILLA MELLO
NOME: Camilla Ferreira de Mello.
RA: 1252221167
CURSO: Publicidade e Propaganda
TURMA: Linguagens e Relações
Estéticas.
RELATÓRIO MASP 01

No dia 26 de setembro de 2023, em uma terça-feira, foi


realizado uma visitação ao Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateaubriand, popularmente conhecido como MASP. Mesmo
morando em São Paulo a minha vida toda, nunca havia tido a
oportunidade de conhecer esse lugar que traz conteúdos,
obras e mensagens tão enriquecedoras. Me senti em uma
viagem no tempo, onde em cada reportório me dava a
oportunidade de experimentar diversas sensações, desde
felicidade, paixão, até angústia e tristeza.
RELATÓRIO MASP 01

Fiquei deslumbrada por tantas obras que lotei a galeria do


meu celular de fotos, mas uma das primeiras que visualizei, de
alguma forma, me chamou atenção e ficou muito marcada. A
tela “Autorretrato” é de autoria da Lucy Citti Ferreira,
brasileira que passou a infância e adolescência na Europa, e
estudou arte na França. Em suas obras, ela tratava sobre
temas da vida real, como: Maternidade, tensões sociais,
família, retratos e guerra, usando seus amigos e a si mesma
em muitas de suas obras por não ter dinheiro para contratar
modelos.
RELATÓRIO MASP 01

Logo quando olhei para a pintura, mesmo sem nem ao menos observar os detalhes, foi
como se houvesse sentido cheiro de café, por mais maluco que isso possa soar. Senti
uma sensação daquelas tardes em que tomamos café em dias chuvosos. A paleta de
cor e os objetos desenhados refletiram isso, pela utilização de tons de marrom e
xícaras e garrafas postas na mesa. Mas apesar de sentir um ar de lar aconchegante,
ao olhar para o rosto da mulher, vi algo vazio em seus olhos. Uma sensação de
cansaço e tristeza que finca no fundo da nossa alma. Era como se o olhar dela
atravessasse a tela, e eu conseguisse captar toda a angústia e esgotamento que ela
parecia sentir. Conforme vamos observando, notamos que essa mulher está pintando,
esse detalhe se torna nítido ao repararmos em suas mãos, e por esse tipo de
passatempo ser um dos meus favoritos nas minhas horas vagas, acho que senti
proximidade com essa obra.

O ambiente onde ela está parece ser a sua casa, tive essa impressão ao ver o traje
que ela vestia, pois pareciam ser confortáveis. Muito provavelmente ser artista era a
sua profissão, pois como dito anteriormente, Lucy se inspirava até mesmo em cenários
de sua vida para retratar em seus trabalhos, então, a arte por meio dos pinceis veio a
ser sua inspiração.

Pintar é transmitir o que tem dentro de você, e no momento em que você toca no
pincel, toda energia é depositada ali. O que me fez ficar parada por minutos
observando o “Autorretrato”, focada e interessada, foi refletir sobre o que essa mulher
estaria prestes a pintar. Que tipo de coisa ela queria retratar naquela tela e se
realmente ela estava abatida ou aqueles eram apenas seus traços. Se ela era solteira,
casada e até mesmo mãe. Se os seus cabelos eram longos, pois no desenho eles
estão postos para trás. O perfil que eu imaginei era de uma mulher com filhos, sem
tempo para si, mas que parecia ter uma personalidade enorme e criativa. Uma
infinidade de possibilidades ultrapassam a nossa imaginação quando analisamos
esses tipos de obras, pois tudo pode vir a ser uma analise muito pessoal, assim como a
minha nesse “Autoretrato” e creio que esse é um dos principais motivos de ser tão
interessante e única a experiencia, já que o olhar varia de pessoa para a pessoa.
RELATÓRIO MASP 01

Com isso, os principais sentimentos que sentir ao olhar a obra sâo: Nostalgia,
Cansaço e tristeza. O seu olhar me propôs a viajar por uma casa
aconchegante e com toda certeza nunca irei esquecer da imensidão que
seus olhos traziam. Toda vez que eu for pintar, certamente me lembrarei
dessa obra.

Obrigada pela aula, professor! Amei demais!

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