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INTRODUÇÃO

● Apresentação
● Tema: Ideologia de Gênero
● O que é Ideologia de Gênero?
● Existem diversas abordagens possíveis. Hoje eu gostaria de abordar o gênero na
perspectiva de Jesus.

DESENVOLVIMENTO

Parte 01: O que Cristo quer fazer em nós

Marcos 8, 22-26

● cego, não de nascença: aquele homem um dia viu as coisas como elas são;
● nós estamos com este cego: não conseguirmos ver a realidade
● Jesus tomou-o pela mão: o toque amoroso de Jesus que quer trazer cura. Ao
mesmo tempo, Jesus aparece como aquele que quer conduzir o cego. É isso que
Ele quer fazer conosco
● retira-o da aldeia: a primeira coisa que Cristo quer fazer conosco, para que
recuperemos a visão, é tirar-nos da aldeia, do meio, do grupo. Nós somos muito
influenciados pelo meio. Não pensamos por nós mesmos, mas replicamos aquele
pensamento da massa. Jesus quer nos tirar daí.
● Jesus ungi com saliva e impõe as mãos: gestos sacramentais. Ora, o lugar prioritário
de cura é nos sacramentos. Talvez hoje você esteja cego e não esteja vendo as
coisas como são. Faça uma experiência: tenha uma vida na Graça e frequente
assiduamente os sacramentos. Através dos sacramentos Deus restituirá sua visão.
● Mas mesmo sendo ungido por Cristo e recebendo Seu toque aquele homem ainda
não havia sido curado completamente. Ela já via alguma coisa, mas via de forma
confusa. Este é o estado de muitas almas cristãs hoje, em especial entre os jovens.
Embora estejamos sendo tocados por Cristo nos sacramentos, ainda não vemos as
coisas direito. Nosso olhar está turvo pela confusão.
● Jesus quer tocar diretamente nossos olhos. Cristo quer nos devolver a capacidade
de VER.

● A ideologia de gênero nos impede de ver a realidade. Vamos entender como essa
cegueira contemporânea atua.
Parte 02: O que é a ideologia de gênero
“não há identidade de gênero por trás das expressões do gênero; essa
identidade é performativamente constituída pelas próprias expressões tidas
como seus resultados”1.

Entenderemos, no decorrer do nosso estudo, que não existe uma definição oficial a respeito
da teoria de gênero. Mas, para efeitos metódicos, com base nos escritos de Judith Butler,
podemos compreender o gênero como a expressão cultural da sexualidade, que não
está conectado com o sexo biológico. Ou seja, para a teoria de gênero, uma coisa é o
sexo que a pessoa nasce e outra é sua “identidade” de gênero, ou seja, a forma como a
pessoa se compreende.

● Masculinidade e feminilidade, nessa visão, são gêneros construídos pela cultura,


pelo meio. Assim como existem gêneros não-binários que podem não se encaixar
numa classificação masculina-feminina. O gênero está dissociado do corpo.

● Parando aqui, é claro que a doutrina cristã faria algum tipo de oposição, mas a priori
não os parece tão grave, não é mesmo? O problema é que a teoria de gênero não é
só isso.
● Citando Nietzsche, Butler diz:

“não há ser por trás do fazer, do realizar e do tornar-se”2

● O que Butler está afirmando é que por detrás do conceito de gênero existe a
negação do ser. O ser é a essência, a identidade de algo.
○ Negar o ser, portanto, é negar a identidade das coisas.
● Crer na teoria de gênero é bater no peito e solenemente declarar: “Eu não existo!”.
Se você crê que você existe, é impossível crer na teoria de gênero;

Parte 03: Consequências da ideologia de gênero


● Primeiro impacto: abolição da moral
● O grande objetivo, segundo a própria Butler, é libertar o desejo humano da
racionalidade3.
○ Se você crê que existe certo e errado, a teoria de gênero é um absurdo para
você. Porque se o desejo deve ser dissociado da racionalidade, significa que
as pessoas poderão dar vazão aos seus desejos, sejam eles quais forem.
■ Pedofilia: uma pessoa que tem o desejo de ter relações sexuais com
uma criança, segundo o pressuposto da ideologia de gênero, não
deveria ter a razão e a moral como entraves;
● Segundo impacto: perda de sentido da vida

1
BUTLER, J. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade, 6ª ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2015, p. 55;
2
BUTLER, J. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade, 6ª ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2015, p. 46
3
BUTLER, J. Subjects of desire. Nova York: Columbia University Press, 1987, p. 15
● Se identidade é o que a coisa é, esta identidade precisa ser minimamente estática.
Ter uma identidade fluída significa viver uma vida perdida, sem referências e
vazia de sentido. Uma identidade que não está ancorada em algo fixo pode
conduzir a pessoa à perda total do sentido de existência.
● Outros impactos:
○ objetificação das pessoas (se não existe identidade, o outro não é alguém.
Se o outro não é alguém tudo bem eu usá-lo simplesmente como meio para
obter prazer)
○ abolição da família (se não há identidade masculina e feminina, perde-se as
duas colunas fundantes da instituição familiar)
○ Destruição da imagem de Deus

Parte 04: O que Jesus fala da ideologia de gênero


● Mateus 19 [divórcio, portanto, temática relacionada à sexualidade / “É por causa da
dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no
princípio não foi assim"
○ Dureza de coração diz respeito a nossa condição atual de pecado. Jesus
está nos dizendo que nosso estado atual não é a totalidade. O Plano de
Deus para a sexualidade humana é muito maior do que vivemos dentro das
nossas fraquezas hoje
○ Moisés quis resolver os problemas do relacionamento entre homem e mulher
com a Lei do divórcio. Nós hoje queremos resolver os problemas e as
confusões de identidade com a ideologia de gênero. Mas assim como Jesus
não aceitou a postura de Moisés, ele não aceita nossa postura hoje.
○ Assim como a referência para o problema do divórcio é o Princípio, também
hoje, para resolvermos os problemas relacionados à compreensão da
sexualidade o nosso referencial é o Princípio;
○ Nossa identidade não está nas ideologias, mas no Princípio!

Gênesis 2, 21-24
● O homem (adam) cai em sono profundo. Ele dorme adam, mas acorda ish
(masculino) e isha (feminino);
● João Paulo II vê nesse sono um regresso àquele estado anterior à criação. O ser
humano está completo na diferenciação sexual.
● “tornar-se uma só carne” é a reintegração da humanidade. Nas masculinidade e
feminilidade, o ser humano está inteiro.
● A união em uma só carne não é apenas biológica, mas também espiritual e
teológica.
● Teológica: porque Deus é comunhão de pessoas, e só o homem e a mulher unidos,
na complementaridade própria dessa união, podem manifestar na terra essa
comunhão.

CONCLUSÃO
● Marcos 8, 26: não entres na aldeia. Não volte para a massa. Cristo não quer você na
massa, Deus te quer no Princípio.

Avisos no final:
● curso ideologia de gênero (aspecto racional, inclusive)
● livros

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