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GLOSSÁRIO INCLUSIVO

Núcleo de Apoio à Acessibili- 11 de maio de 2018 [Edição 1, Volume 1]


dade – NACE da Faculdade
Anísio Teixeira – FAT

NACE – FAT Principais atividades


O NACE tem por finalidade nários e componentes da do NACE
prestar apoio à comunidade comunidade externa, garan- 
acadêmica e orientá-la no tindo-lhes acessibilidade
✓ Recepção de calouros
processo de inclusão de estu- pelas atividades de ensino,
(juntamente com o NAPE);
dantes, professores, funcio- pesquisa, extensão, servi-
ços e infraestrutura. ✓ Promover ações inclusi-
vas na Instituição para sen-
sibilização da comunidade
O que é Inclusão? Acadêmica;

✓ Acolhimento de solicita-
ções, reclamações e su-
A educação inclusiva constitui um paradigma educaci- gestões de estudantes com
deficiências, dificuldades
onal fundamentado na concepção de direitos huma- de locomoção e mobili-
nos, que conjuga igualdade e diferença como valores dade;

indissociáveis, e que avança em relação à ideia de ✓ Acompanhamento e ori-


equidade formal ao contextualizar as circunstâncias entação de alunos, profes-
sores e funcionários com
históricas da produção da exclusão dentro e fora da deficiências;
escola (BRASIL, 2008, p. 1).
✓ Estimular o desenvolvi-
mento de projetos de en-
sino, pesquisa, extensão e
apoiar a realização de cur-
A construção de uma soci- a atuação e postura das sos e eventos cuja a abor-
edade inclusiva requer dos pessoas que atuam direta dagem seja inclusão e
acessibilidade de pessoas
sujeitos uma postura inclu- ou indiretamente com com deficiências;
siva. Essa postura pode pessoas com deficiên-
ser refletida nas atitudes di- cias, o NACE apresenta ✓ Aquisição e desenvolvi-
árias e, principalmente, na este glossário com pala- mento de material didático
e pedagógico acessíveis;
linguagem. Como nos refe- vras e/ou expressões cor-
rimos à pessoa com defici- retas para evitarmos ter- ✓ Aquisição e adequação
ência, voluntariamente ou mos equivocados em de mobiliários para a ga-
involuntariamente, expres- nossas falas e, também, rantia da acessibilidade.
sará respeito ou discrimin- nas produções escritas.
ação em relação a elas.
Com objetivo de subsidiar
suas necessidades especí- Cegueira: quando a defici-

A
ficas. As atividades desen- ência visual é total.
volvidas no atendimento
educacional especiali- Classe comum e/ou classe
regular: não se usa o termo
zado diferenciam-se da-
quelas realizadas na sala classe normal.
de aula comum, não Criança com deficiência
sendo substitutivas à esco- intelectual: não se usa
larização. Esse atendi- mais o termo criança ex-
Acessibilidade: “A fim de mento complementa e/ou cepcional para designar
possibilitar às pessoas com suplementa a formação pessoas deficientes men-
deficiência viver de forma dos estudantes com vistas tais.
independente e participar à autonomia e indepen-
plenamente de todos os dência na escola e fora
aspectos da vida, os Esta- dela” (BRASIL, 2008, p.11).

D
dos Partes tomarão as me-
didas apropriadas para as-
segurar às pessoas com

B
deficiência o acesso, em
igualdade de oportunida-
des com as demais pes-
soas, ao meio físico, ao
transporte, à informação e Deficiências: usar – pes-
comunicação, inclusive soas com deficiências
aos sistemas e tecnologias (quando não especificar o
da informação e comuni- Baixa visão: perda parcial tipo de deficiência).
da visão. Não se usa mais o
cação, bem como a ou-
termo visão subnormal. Deficiência auditiva: “con-
tros serviços e instalações
sidera-se deficiência audi-
abertas ao público ou de
tiva a perda bilateral, par-

C
uso público, tanto na zona
cial ou total, de quarenta e
urbana como na rural”
um decibéis (dB) ou mais,
(BRASIL, 2014, p. 33-34).
aferida por audiograma
Aluno sem deficiência/ nas frequências de 500Hz,
aluno com deficiência: 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz”
não se usa o termo nor- (BRASIL, 2005).
mal ou anormal, se cons-
titui em um conceito ul- Doença mental: (referindo-
trapassado e questioná- Cadeira de rodas motori- se à pessoa com trans-
vel. zada: não se usa o termo torno mental), usar – pes-
Atendimento educacional cadeira de rodas elétricas, soa com doença mental,
especializado (AEE): “tem pois esta cadeira está pessoa com transtorno
como função identificar, equipada com motor. mental, paciente psiquiá-
elaborar e organizar recur- trico.
Cego: usar – pessoa cega,
sos pedagógicos e de
pessoa com deficiência vi-
acessibilidade que elimi-
sual, deficiência visual.
nem as barreiras para a
Não se usa termo pejora-
plena participação dos es-
tivo como ceguinho.
tudantes, considerando
Doente mental: (referindo- dade para todos. Reco- para se referir às pessoas
se à pessoa com déficit in- nhece a diferença como com deficiências.
telectual), usar – pessoa um valor e um direito de
com deficiência mental, cada um de ser como é. Público-alvo da educação
especial: de acordo com
pessoa deficiente mental,

L
pessoa com déficit intelec- a Política de Educação Es-
pecial na Perspectiva da
tual.
Educação Inclusiva, o seu
Desenho Universal: con- público-alvo são alunos
cepção de produtos, pro- com deficiência, altas ha-
gramas, serviços e ambien- bilidades/superdotação e
tes criados, originalmente, transtornos globais do de-
para que sejam acessíveis LIBRAS: Língua Brasileira de senvolvimento. Considera-
a todas as pessoas. O De- Sinais. “Entende-se como se pessoa com deficiência
senho Universal visa con- Língua Brasileira de Sinais - aquela que tem impedi-
templar e atender a reali- Libras a forma de comuni- mentos de longo prazo, de
dade da diversidade hu- cação e expressão, em natureza física, mental ou
mana. que o sistema linguístico de sensorial que, em intera-
natureza visual-motora, ção com diversas barrei-
Desenho Universal para a com estrutura gramatical ras, podem ter restringida
aprendizagem: conjunto própria, constitui um sis- sua participação plena e
de princípios que visa a tema linguístico de trans- efetiva na escola e na so-
constituição de um mo- missão de ideias e fatos, ciedade. Os estudantes
delo prático que amplie as oriundos de comunidades com transtornos globais do
oportunidades de aprendi- de pessoas surdas do Bra- desenvolvimento são
zagens adequadas para sil” (BRASIL, 2002). aqueles que apresentam
todos os educandos. Pro-
alterações qualitativas das

P
põe a elaboração e esco-
interações sociais recípro-
lha de materiais e metodo-
cas e na comunicação,
logias eficientes, e o de-
um repertório de interesses
senvolvimento de propos-
e atividades restrito, estere-
tas avaliativas que garan-
otipado e repetitivo. In-
tam o progresso dos estu-
cluem-se nesse grupo estu-
dantes.
dantes com autismo, sín-

E
Paralisia Cerebral: usar –
dromes do espectro do au-
pessoa com paralisia cere-
tismo e psicose infantil. Es-
bral. A paralisia cerebral
tudantes com altas habili-
não é uma doença, e sim,
dades/superdotação de-
uma condição.
monstram potencial ele-
Pessoas “ditas” normais: vado em qualquer uma
não deve ser usado, o das seguintes áreas, isola-
Educação Inclusiva/Inclu- termo correto é: pessoas das ou combinadas: inte-
são escolar: se constitui sem deficiências ou pes- lectual, acadêmica, lide-
como uma concepção de soas não-deficientes. rança, psicomotricidade e
ensino que tem como ob- artes, além de apresentar
Portador: termo em de- grande criatividade, en-
jetivo principal garantir
suso. Não deve ser usado volvimento na aprendiza
uma educação de quali-
riências visuais, manifes- os termos Autismo, Trans-
tando sua cultura princi- torno Global do Desenvol-
palmente pelo uso da Lín- vimento Sem Outra Especi-
gem e realização de tare- gua Brasileira de Sinais – Li- ficação ou Síndrome de
fas em áreas de seu inte- bras” (BRASIL, 2005). Não Asperger, por exemplo. O
resse” (BRASIL, 2008, p.11). se deve se referir ao surdo diagnóstico é de Trans-
como: mudinho, surdinho torno do Espectro do Au-

S
ou surdo-mudo. São con- tismo (TEA), mas acompa-
ceitos pejorativos e ultra- nhado de um relato do
passados. médico se os sintomas que
a pessoa apresenta são le-

T
ves, moderados ou seve-
ros” (MELLO, 2016, p.57).

Sala de aula comum e/ou


sala de aula regular: não
se usa o termo “sala de REFERÊNCIAS
aula normal”.
Tecnologias assistivas: “de-
BERSCH, Rita. Introdução à
Sala de recursos multifun- vem ser entendidas como Tecnologia Assistiva. Assis-
cionais – SRM: são salas lo- um auxílio que promoverá tiva; Tecnologia e Educa-
calizadas em escolas de a ampliação de uma habi- ção. Porto Alegre: RS, 2017.
educação básica, que lidade funcional deficitária Disponível em:
têm como finalidade prin- ou possibilitará a realiza- http://www.assis-
cipal realizar o atendi- tiva.com.br/Introdu-
ção da função desejada e
cao_Tecnologia_Assis-
mento educacional espe- que se encontra impedida
tiva.pdf Acesso em: 10 de
cializado para os educan- por circunstância de defi- maio de 2018.
dos público-alvo da edu- ciência” (BERSCH, 2017,
cação especial (BRASIL, p.2). Constituem-se como
2010). recursos e/ou ferramentas BRASIL. Manual de Orienta-
que contribuem na ampli- ção: Programa de Implan-
Síndrome de Down: é uma tação de Sala de Recursos
ação das habilidades fun-
alteração genética carac- Multifuncionais. Brasília:
cionais das pessoas com MEC/SEESP, 2010.
terizada pela presença de
deficiências.
um cromossomo a mais no
BRASIL. Diretrizes de aten-
par 21 (trissomia do cro-
ção à pessoa com Sín-
mossomo 21). A pessoa Transtornos do Espectro drome de Down / Ministério
com SD possui 47 cromos- Autista – TEA: “O DSM-5 usa da Saúde, Secretaria de
somos em suas células, di- o termo Transtorno do Es- Atenção à Saúde, Depar-
ferente da maioria da po- pectro do Autismo (TEA) e a tamento de Ações Progra-
pulação, que possui 46 máticas Estratégicas. – 1.
numeração 299.00. O termo
ed., 1. reimp. – Brasília: Mi-
(BRASIL, 2013). ‘Espectro’ é para mostrar que nistério da Saúde, 2013.
Surdo: “considera-se pes- há uma variação muito
soa surda aquela que, por grande no grau e na ma-
ter perda auditiva, com- neira que o autismo se ma-
preende e interage com o nifesta em cada pessoa.
mundo por meio de expe- No DSM-5 não existem mais
BRASIL. Política Nacional
de Educação Especial na
Para pesquisar
perspectiva da Educação
Inclusiva. Brasília: MEC/SE- 
CADI, 2008. Lei Brasileira de Inclusão
http://www.pla-
BRASIL. Convenção sobre nalto.gov.br/cci-
os Direitos das Pessoas vil_03/_ato2015-
com Deficiência (2007). Vi- 2018/2015/lei/l13146.htm
tória:
Ministério Público do Tra- Declaração Universal dos
balho, Projeto PCD Legal,
Direitos Humanos
2014.
http://www.onu.org.br/img/2
BRASIL. Decreto nº 5.626, 014/09/DUDH.pdf
de 22 de dezembro de
2005. Regulamenta a Lei nº Declaração de Salamanca
Organização:
10.436, de 24 de abril de http://por-
2002, que dispõe sobre a tal.mec.gov.br/seesp/arqui-
Língua Brasileira de Sinais - vos/pdf/salamanca.pdf
Libras, e o art. 18 da Lei nº
10.098, de 19 de dezembro Constituição Federal
de 2000. Brasília, DF, 2005. http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/cons-
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 tituicao/constituicaocompi-
de abril de 2002. Dispõe so-
lado.htm
bre a Língua Brasileira de
Sinais - Libras e dá outras
providências. Brasília, DF, Convenção sobre os direi-
2002 tos das pessoas com defi-
ciência – Cartilha
MELLO, Ana Maria S. Ros
de. Autismo: guia prático http://www.pcdle-
8.ed. São Paulo: AMA; Bra- gal.com.br/convencao-
sília: CORDE, 2016. onu/wp-content/the-
mes/convencaoonu/down-
loads/ONU_Cartilha.pdf
SASSAKI, Romeu Kazumi
Terminologia sobre defici-
ência na era da inclu-
são. Revista Nacional de SECADI
Reabilitação, São Paulo, http://portal.mec.gov.br/in-
v.5, n.25, p.5-14. mar.-abr. dex.php?option=com_con-
2002. tent&view=arti-
cle&id=290&Itemid=816P

Associação Brasileira de
Autismo
http://www.autismo.org.br/

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