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OBESIDADE

Definição

ADULTOS
Peso normal: IMC 18,5 – 24,9
Sobrepeso: IMC 25 – 29,9
Obesidade grau I: IMC 30 – 34,9
Obesidade Grau II: IMC 35 – 39,9
Obesidade Grau III: IMC 40 ou mais (mórbido)

CRIANÇAS
IMC > P85 e < P 95: sobrepeso
IMC > P 95 : obesidade
 Mais de 65% da população nos USA está com
sobrepeso e 30% está obesa
5% com obesidade mórbida mortalidade
é 3,9 vezes maior do que nos não obesos

 Custos com sobrepeso e obesidade são de mais de


117 bilhões de dólares ao ano

 Sem intervenção, até 2020, mais de 60% da


população será obesa e o custo dobrará
Diabetes Síndrome metabólica Hipertensão
Dislipidemia Apnéia do sono Litíase biliar
Doenças ortopédicas Distúrbios psicológicos

Doenças cardiovasculares
Obesidade e resistência à insulina

Resistência
à insulina Obesidade

Hiperinsulinismo
Síndrome Metabólica
Fatores genéticos
Obesidade
Sedentarismo

Resistência à insulina
hiperinsulinemia

• DM tipo 2 • Hiperlipemia
• HAS Triglicerídeos
• Aterosclerose HDL-c
- doença vascular
Adaptado de Reaven. Phys. Rev. 1995, 75:473-86
evalência de obesidade em mães de filhos obe
Obesidade nos filhos x peso dos pais

 Nenhum pai obeso: 7%


 1 pai obeso: 40%
 Ambos os pais obesos: 80%

A obesidade materna é o indicador + importante


Genética e ambiente

NIH, 1999
Complicações da obesidade
infantil

Diabetes mellitus tipo 2


Síndrome
Dislipidemia Metabólica
Hipertensão arterial
Problemas do aparelho
respiratório
Distúrbios ortopédicos
Alterações dermatológicas
Distúrbios psico-sociais
Segundo a O.M.S.:
• Sobrepeso: entre P85 e

P95
P95

P85 • Obesidade: acima de


P50 P95

www.cdc.gov/growthcharts
Tratamento
Pontos importantes a considerar:
 Dificuldade – melhor prevenção
 Fracasso comum – questões de ordem
pessoal, social, psicológica, educacional,
familiar
 Perda de 10% do peso – prevenção e melhora
de complicações
 Perda de forma moderada e progressiva
 Objetivo – modificação de comportamento –
resultados mantidos a longo prazo
 Terapias comportamentais modificar
atitudes e hábitos relacionados à
alimentação.

 Exercícios aumento gasto calórico.

 Orientação nutricional redução


consumo calórico (gorduras).
METFORMINA
• 32 adolescentes (12-19 anos), IMC > 30,
6 meses Freemark M & Bursey
– 14 tratados com metformina D, Pediatrics 2001,
– 15 placebo 107(4)
• Insulina de jejum > 15 mU/ml
• pai, irmão ou avô com DM2
• glicemia de jejum normal
• 1 gr por dia (2 cp 500 mg por dia)

• IMC
– Grupo tratado: declínio de 0,12 dp no
IMC (0,5 kg/m2);
– Grupo placebo: aumento de 0,23 dp
(0,9 kg/m2)
• HOMA
– Grupo tratado: 119 para 64
– Grupo placebo: 96 para 95
METFORMINA

• Não é “remédio para emagrecer”

• Só é indicada em casos específicos

• Pode levar à acidose lática

• Dose: 500 a 1700 mg/dia


SIBUTRAMINA

• Somente acima de 16 anos

• Ação esperada: redução da fome

• Dose inicial de 10 mg

• Dose máxima de 15 mg
ORLISTAT

• Estudo piloto
Norgren e col., Acta
• 11 crianças (8 a 12 anos) Pediátrica, junho de
• 3 cp por dia 2003
• 12 semanas

• Boa tolerabilidade
• Média de perda de peso: 4 kg
• Perda de “massa gorda” demonstrada
• Detectado maior auto-controle ao comer
ORLISTAT

• Risco de hipovitaminoses
• Associação obrigatória a plano
alimentar
• Ação esperada:
– Redução na absorção de gorduras
– Efeito “comportamental”

• 1 cp antes de café, almoço e jantar


Desmistificação da terapia
medicamentosa como curativa

Obesidade é doença crônica.

Doença crônica, requer tratamento crônico.

Tratamento crônico é aquele que quando cessa,


os sintomas voltam.
AGENTES NORADRENÉRGICOS

Comparação com Placebo :


Perda de Peso maior
2 a 10 Kg
YANOWSKY.NEJM 2002;346591

•EFEITOS COLATERAIS:
•Insônia
•Boca Seca
•Constipação
•Euforia
•Palpitação
•Hipertensão

Physicians Desk Reference-55th ed 2001


DIETILPROPIONA ,MAZINDOL E FEMPROPOREX
NÃO SÃO ANFETAMINAS

DERIVADOS DOPAminérgicos
(Di-Oxo-Phenyl-Alanine-German)
ESTUDOS COM MAZINDOL
(Absten)
Niskikawa et al. Endocr.J.1979;43:671

AUMENTA A SENSIBILIDADE A INSULINA


EM HUMANOS OBESOS
ESTUDOS COM MAZINDOL
Sanders e Breidbol,1976, Weintroub e Lasagne,1990

EFICAZ E EFETIVO
PARA PACIENTES OBESOS E DIABÉTICOS

MEDICAMENTO DE ESCOLHA
DIABESIDADE
DIETILPROPIONA

O MAIS SEGURO
DOENÇA CARDIOVASCULAR
E
HIPERTENSÃO ARTERIAL
DISPONÍVEIS NO BRASIL

meia-vida dose diária

DIETILPROPIONA 4 / 6 horas 50 – 150 mg

FEMPROPOREX 12 /12 horas 30 – 50 mg

MAZINDOL 20 horas 0,5 – 3 mg


MEDICAMENTO IDEAL ANTI-OBESIDADE (BRAY)

SIBUTRAMINA ORLISTAT CATECOLAMINÉRGIC


OS

ATIVO VIA ORAL

DOSE/SUFICIENTE PARA
DIMINUIR O % DE GORDURA
CORPORAL
REDUÇÃO DA GORDURA
VISCERAL
CUSTOS

AÇÃO x TEMPO OU

NÂO-TOXICIDADE
?
POUCO OU NENHUM EFEITO
COLATERAL
FEMPROPOREX

EFEITOS ADVERSOS
Agitação- 66 pacientes
Palpitação – 5 pacientes
Insônia- 32 pacientes
Disfunção sexual- 3

TOTAL: 106 pacientes (13,43%)


DIETILPROPIONA

EFEITOS ADVERSOS
Agitação-131 pacientes
Palpitação – 11 pacientes
Insônia – 6 pacientes
Disfunção sexual- 26 pacientes

TOTAL- 174 pacientes (17,52%)


MAZINDOL

EFEITOS ADVERSOS
Agitação-26 pacientes
Palpitação – 63 pacientes
Insônia – 16 pacientes
Disfunção sexual- 61 pacientes

TOTAL- 166 PACIENTES (29,59%)


O MAIS IMPORTANTE ARGUMENTO
A FAVOR :

DOSAGEM DIÁRIA CUSTO DIÁRIO


(U.S.DÓLAR)
ORLISTAT 2,66

SIBUTRAMINA 1,17

DIETILPROPIONA 0,37

MAZINDOL 0,19

FEMPROPOREX 0,10
Cirurgia Bariátrica

Pacientes obesos grau III

Indicação clínica

Avaliação psicológica

Cirurgia
Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica

Ingestão
Ingestão deMicronutrientes
micronutrientes Calcio
Ferro
150
Zinco

100
%ingerida
ingerida

50
%

0
pré 1 mês 3 meses 6 meses 8 meses 1 ano
pós pós pós pós

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002


Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica

Evolução Bioquímica
Albuminemia
Albumina Proteínas Totais
Proteínas totais
6
12
4
8
g %g %

gg%%
2
4

0 0
pré 1 mês 3 meses 8 meses 1ano pré 1 mês 3 meses 8 meses 1ano
pós pós pós pós pós pós

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002


Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica

Evolução Bioquímica

Glicemia Triglicérdes
Triglicérides
220,0 200,0

150,0

110,0
mg %

100,0
mg%%
mg
50,0
0,0
0,0
pré 3 m pós 6 m pós 8 m pós 1 a pós pré 3 m pós 6 m pós 8 m pós 1 a pós

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002


Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica

Evolução Bioquímica
LDL-Colesterol
Colesterol Total LDL colesterol
250,0 160,0
140,0
200,0 120,0
150,0 100,0
mg %

80,0

mg %
100,0
mg %
60,0
40,0
50,0
20,0
0,0 0,0
pré 3 m pós 6 m pós 8 m pós 1 a pós pré 3 m pós 6 m pós 8 m pós 1 a pós

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002


Tratamento Cirúrgico

• Indicado a indivíduos com IMC > 40 kg/m2 ou > 35 kg/m2


com co-morbidades, refratários ao tratamento
combinado: dieta, atividade física e medicamento
• Contra-indicações:
- doenças psiquiátricas
- abuso de drogas
- não aderência a tratamentos prévios
- idade > 60 anos

Sempre associado a dieta, aumento da atividade


física, e psicoterapia
Benefícios do tratamento cirúrgico

 Perda de 50 a 60 % do excesso de peso


 Controle do DM - 90 %

 Controle da HAS - 70 %

 Melhora do perfil lipídico

 Melhora da ICC

 Desaparecimento da apnéia do sono

 Melhora refluxo GE

 Alívio dos sintomas de artropatia

 Aumento da tolerância ao exercício

Schirmer. Surg Clin Nor Am 2000; 80: 1253


Complicações do tratamento cirúrgico

Evolução após “By pass” gástrico (14 anos)


Deficiência de Vitamina B12 40,0%
Anemia 39,0%
Re-admissão hospitalar por quaisquer razões 38,1%
Disfunção da técnica cirúrgica t 24,8%
Hérnia Incisional 23,9%
Depressão 23,4%
Gastrite 13,2%
Colecistite 11,4%
Desnutrição e desidratação 5,8%

Pories. Ann Surg 1995; 222: 339


PESQUISA EM CANTINAS ESCOLARES DA REDE
PRIVADA DE ENSINO Recife - PE

Departamento de Nutrição da SBC


12 Estabelecimentos de Ensino

Lanches oferecidos pelas cantinas:

Coxinha / pão de queijo 100%

Pastel 90%

Sanduíches e cachorro quente 83,3%

Frutas in natura 0%

Bebidas oferecidas pelas cantinas:

Refrigerante 100%
Objetivos

 Desenvolver e implementar um
programa de educação nutricional
para o escolar
 Estimular a atividade física

Prevenir e combater a obesidade, o erro


alimentar e o sedentarismo.
Melhorar a qualidade de vida dos
estudantes.
Incentivar a criança como agente
Kopelman, Peter G
Nature, 2000

A obesidade não é uma doença


única mas um grupo
heterogêneo de condições,
com causas múltiplas.

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