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Referencial de boas
práticas na prestação
de cuidados de saúde
nas Estruturas
Residenciais para
Pessoas Idosas
GRUPO DE TRABALHO COLABORATIVO
Grupo de Trabalho
Marília Pascoal
Vanda Santos
Alexandre Lourenço
Carla Gonçalves
Tânia Cordeiro
Sumário Executivo
contemple registos completos e claros dos serviços prestados, inclua a avaliação inicial e
regular do grau de dependência, do risco de queda, do risco de ulcera de pressão, do risco
de desidratação que, neste último caso, pode ser um sintoma de malnutrição. No mesmo
capítulo é também dedicada particular atenção à avaliação e intervenção nutricional, face à
obrigatoriedade de garantir que as necessidades nutricionais das pessoas idosas são
satisfeitas de acordo com a sua condição clínica, recomendando-se a identificação do risco
nutricional, seguida da avaliação e intervenção no estado nutricional dos utentes, bem como
a sua monitorização e registo dos resultados.
De idêntica forma se destaca a área do medicamento e farmácia, salientando a urgência na
modificação do paradigma de cuidados de saúde neste contexto, no qual muitas das pessoas
idosas exibem pluripatologias e estão polimedicadas, apresentando um risco acrescido para
problemas relacionados com a sua medicação, requerendo, em consequência, intervenções
pluridisciplinares. São enunciadas as boas práticas relacionadas com o aprovisionamento,
distribuição/dispensa de produtos farmacêuticos, otimização da terapêutica medicamentosa,
educação e informação sobre medicamentos e enunciadas recomendações associadas às
boas práticas.
No plano da segurança do doente, considera-se essencial a implementação de uma política
de prevenção e controlo de infeções associadas à prestação de cuidados, devidamente
articulada com as unidades de saúde pública, responsáveis pela sua monitorização e
avaliação anuais, boas práticas no âmbito do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções
e de Resistência aos Antimicrobianos, bem como a existência de uma política de saúde
ambiental e desinfeção conhecida por todos e efetivamente implementada.
Índice
1.Referencial normativo................................................................................................................ 72
2.Referencial documental............................................................................................................. 73
3.Referencial COVID-19 ............................................................................................................... 74
Anexo II - Vigilância e rastreios ....................................................................................................76
1.Rastreios Oncológicos .............................................................................................................. 76
1.1. Rastreio do Cancro do Cólon e Reto ............................................................................... 76
1.2. Rastreio do Cancro da Mama ........................................................................................... 76
1.3. Rastreio do Cancro da Próstata ....................................................................................... 77
2.Vigilância em utentes com fatores de risco cardiovasculares ............................................ 77
2.1. Rastreio de Hipertensão arterial em Adultos .................................................................. 77
2.2. Rastreio de Diabetes em Adultos ..................................................................................... 78
2.3. Rastreio de Dislipidemia em Adultos ............................................................................... 79
2.4. Vigilância do utente Hipertenso sem complicações ...................................................... 79
2.5. Vigilância do utente com Diabetes mellitus .................................................................... 80
2.6. Vigilância do utente com Dislipidemia ............................................................................. 81
2.7. Vigilância do utente com Insuficiência Cardíaca ........................................................... 81
3.Vigilância do utente com Doenças Respiratórias.................................................................. 81
3.1. Vigilância do utente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica................................. 81
3.2. Vigilância do utente com Asma ........................................................................................ 82
4.Rastreio da Osteoporose .......................................................................................................... 82
5.Vigilância do utente com Demência ........................................................................................ 82
5.1. Intervenção nos fatores de risco modificáveis na demência ....................................... 83
5.2. Planeamento de cuidados ................................................................................................. 83
5.3. Intervenção terapêutica ..................................................................................................... 83
5.4. Formação ............................................................................................................................. 83
6.Rastreio de Risco Nutricional ................................................................................................... 84
6.1. Vigilância do utente com obesidade ................................................................................ 84
6.2. Vigilância do utente em risco nutricional ......................................................................... 84
Anexo III - Boas Práticas sobre medicamentos e outras tecnologias de saúde ..................85
Anexo IV – Anafilaxia: Diagnóstico, Tratamento e Equipamento .......................................... 87
Anexo V – Equipamento e mobiliário específico para prestação de cuidados de saúde .. 94
Anexo VI - Manifestação de interesse ........................................................................................95
Figura 1: Evolução do número das principais respostas para as pessoas idosas em Portugal
Continental entre 2000 - 2020 ..............................................................................................22
Figura 2: Taxa de cobertura das principais respostas sociais para pessoas idosas por
Concelho, 2020 ....................................................................................................................23
Figura 3: Distribuição percentual dos utentes das principais respostas sociais para as
Pessoas Idosas por escalão etário, Portugal Continental 2020 ............................................24
Figura 4: percentagem de utentes com complementos por dependência em ERPI ..............24
Figura 5: percentagem de utentes com dependência em ERPI, desagregado por intervalo de
idade ....................................................................................................................................25
Siglas e acrónimos
Glossário
Atividades da vida diária nas vertentes de funcionamento cognitivo e social, as quais incluem
ir às compras, cozinhar, efetuar as tarefas de casa, gerir o dinheiro, tomar medicamentos e
utilizar o telefone.
«Dependência»
A “(…) situação em que se encontra a pessoa que, por falta ou perda de autonomia física,
psíquica ou intelectual, resultante ou agravada por doença crónica, demência orgânica,
sequelas pós-traumáticas, deficiência, doença severa e ou incurável em fase avançada,
ausência ou escassez de apoio familiar ou de outra natureza, não consegue, por si só, realizar
as atividades da vida diária” (Ministério da Saúde, 2006).
Para além do referido, a estrutura residencial destina-se, nos termos do n.º 3 do citado artigo
5.º “a proporcionar alojamento em situações pontuais, decorrentes da ausência, impedimento
ou necessidade de descanso do cuidador”.
«Doença crónica»
A “doença de curso prolongado, com evolução gradual dos sintomas e com aspetos
multidimensionais, potencialmente incapacitante, que afeta, de forma prolongada, as funções
psicológica, fisiológica ou anatómica, com limitações acentuadas nas possibilidades de
resposta a tratamento curativo, mas com eventual potencial de correção ou compensação e
que se repercute de forma acentuadamente negativa no contexto social da pessoa por ela
afetada” (Ministério da Saúde, 2006).
«Domicílio»
A “residência particular, o estabelecimento ou a instituição onde habitualmente reside a
pessoa em situação de dependência” (Ministério da Saúde, 2006).
«Funcionalidade»
A “capacidade que uma pessoa possui, em cada momento, para realizar tarefas de
subsistência, para se relacionar com o meio envolvente e para participar socialmente”
(Ministério da Saúde, 2006).
«Interdisciplinaridade»
Abordagem prestada por profissionais de diferentes áreas, em estreita colaboração, centrada
na pessoa idosa que necessita de cuidados diferenciados e multidisciplinares, com vista à sua
recuperação e, ou manutenção de estado de saúde.
«Multidisciplinaridade»
Refere-se à complementaridade de atuação entre diferentes especialidades profissionais
(Ministério da Saúde, 2006).
continuados integrados, constituído pelas unidades de saúde familiar, ou, enquanto estas não
existirem, pelo próprio centro de saúde, pelos serviços locais de segurança social, pelas
autarquias locais e por outros serviços públicos, sociais e privados de apoio comunitário que
a ele queiram aderir” (Ministério da Saúde, 2006).
Podem, ainda, ser disponibilizados outro tipo de serviços, visando a melhoria da qualidade de
vida da pessoa idosa, nomeadamente, fisioterapia, hidroterapia, cuidados de imagem e
transporte.
A estrutura residencial deve ainda permitir a assistência religiosa, sempre que a pessoa idosa
o solicite, ou, na incapacidade deste, a pedido dos seus familiares ou representante legal.
Capítulo I: Introdução
dos melhores níveis de saúde possíveis de cada pessoa idosa, bem como para o
desenvolvimento de uma cultura de aprendizagem nesta área.
A pandemia COVID-19 tornou evidente a vulnerabilidade dos sistemas dirigidos aos mais
idosos, que se encontram fragmentados e mal monitorizados, por falta de uma perspetiva
integrada, o que resultou na propagação descontrolada da infeção e de taxas de mortalidade
devastadoras para a população idosa, mais frágil e com mais comorbilidades, com impactos
significativos para o bem-estar e saúde dos utentes, dos cuidadores, das famílias e das suas
comunidades (União Europeia; Comissão Europeia, 2021a).
O impacto desproporcionado da pandemia nas pessoas idosas – em termos de
hospitalizações e mortes – evidenciou alguns dos desafios que o envelhecimento da
população coloca aos setores da saúde e da proteção social (União Europeia; Comissão
Europeia, 2021a), entre eles o de uma maior adequação dos cuidados de saúde prestados,
para o qual esperamos que este referencial constitua uma mais-valia, em particular no que se
refere à integração de melhores práticas na operacionalização e atuação de todos os
intervenientes.
1.2. Finalidade
O presente projeto tem como objetivo a criação de um Referencial de Boas Práticas na
Prestação de Cuidados de Saúde nas ERPI, centrado na pessoa idosa, baseado na
integração de cuidados e no conhecimento partilhado pelas entidades envolvidas,
identificando práticas inovadoras com resultados comprovados e aproveitando as
oportunidades proporcionadas pelas tecnologias digitais.
De idêntica forma, pretende-se que o Referencial que se apresenta sustente processos de
mudança, necessários em todos os setores, contextos e realidades, com vista à
implementação de uma política de “melhor cuidado”.
1.3. Resultados
a) Referencial de Boas Práticas na Prestação de Cuidados de Saúde nas ERPI, com
vista a potenciar a melhoria contínua do processo de cuidados e a apoiar as atividades
inspetivas;
b) Plano de capacitação destinado a promotores/as, diretores/as técnicos/as e aos
colaboradores das ERPI;
c) Plano de comunicação do Referencial de Boas Práticas na Prestação de Cuidados de
Saúde nas ERPI.
Segurança Social, I.P.) sociais e privadas (da Rede Solidária e da rede lucrativa), tendo o
Estado por principal incentivador (Franco, 2019).
Neste contexto, o Plano Nacional de Saúde 2012-2016 previa, no âmbito das estratégias para
a saúde, “Ações e Recomendações para a promoção da cidadania em saúde”, a criação e
desenvolvimento de programas específicos na área da educação para a saúde, autogestão
da doença e capacitação dos cuidadores informais para a saúde e em particular no contexto
da gestão da doença crónica (Direção-Geral da Saúde, 2013).
Em julho de 2018, a Assembleia da República aprovou, sob a forma de Recomendação ao
Governo, a adoção de medidas de apoio aos cuidadores informais e a aprovação do seu
estatuto (Assembleia da República, 2016), recomendação esta concretizada pela entrada em
vigor da Lei n.º 100/2019, de 6 de setembro, que veio aprovar o Estatuto do Cuidador Informal
(Assembleia da República, 2019),e sua regulamentação, publicada no Decreto Regulamentar
n.º 1/2002, de 10 de janeiro (Presidência do Conselho de Ministros, 2022) .
O Cuidador não deverá substituir-se aos profissionais de saúde indicados para o
acompanhamento e, ou tratamento da situação clínico-funcional do doente, mas antes, prestar
apoio em articulação e com orientação de profissionais da área da saúde, solicitando apoio
sempre que necessário, e atuando como elemento central na preservação dos ganhos
funcionais obtidos pela intervenção dos agentes de saúde, conforme artigo 6.º do Estatuto do
Cuidador Informal, publicado em anexo à Lei n.º 100/2019, de 6 de junho (Assembleia da
República, 2019).
A crise financeira e económica veio obrigar a uma maior reflexão, evidenciando a necessidade
de otimizar a eficiência dos serviços, através de uma gestão mais rigorosa dos recursos
disponíveis.
É importante que todos sejamos conscientes de que se avizinham tempos difíceis em todas
as áreas e sectores, e muito particularmente nas áreas da proteção social e da saúde, pelo
que, a implementação de políticas de saúde e de proteção social que permitam desenvolver
ações mais próximas das pessoas idosas em situação de dependência, investindo no
desenvolvimento de cuidados de longa duração, qualificando e humanizando a prestação de
cuidados, potenciando os recursos localmente existentes e investindo em serviços de base
comunitária de proximidade, deve constituir um objetivo a atingir a curto e médio prazo. (World
Health Organization, 2021).
Para este efeito, poderá ser necessário o recurso a entidades e serviços de natureza privada,
reforçando o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em áreas com menor capacidade de atuação,
salvaguardando o interesse público e trazendo novos recursos e potenciais inovações.
Figura 1: Evolução do número das principais respostas para as pessoas idosas em Portugal
Continental entre 2000 - 2020
Figura 2: Taxa de cobertura das principais respostas sociais para pessoas idosas por
Concelho, 2020
Acresce que em 63% dos casos, por Concelho ou Distrito, os utentes encontram-se
deslocados das suas zonas de residência.
Figura 3: Distribuição percentual dos utentes das principais respostas sociais para as Pessoas
Idosas por escalão etário, Portugal Continental 2020
Quanto ao nível da capacidade para realização de atividades básicas da vida diária, os dados
reportados pelas entidades sugerem que é na resposta social de ERPI que existem níveis de
dependência mais elevados
Do cruzamento efetuado entre os dados dos utentes em ERPI e as pessoas que têm
complemento por dependência de 1.º e 2.º grau é possível, observar que mais de 65% dos
utentes que estão acolhidos em respostas com acordo de cooperação são dependentes.
ERPI
45%
40%
35%
30%
25% Autónomo
20% Dependente
15%
10%
5%
0%
<65 66-79 80-94 >95
Decorre deste dever uma obrigação legal e contratual, concreta, de assegurar a prestação de
todos os cuidados adequados às necessidades das pessoas idosas, designadamente
alimentação, cuidados de higiene e conforto, de ocupação, médicos e de enfermagem, tal
como decorre da aplicação conjunta dos artigos 3.º, 4.º, 8.º e 9º da Portaria n.º 67/2012, de
21 de março, de cujo regime decorre ainda a disponibilização de serviços permanentes e
adequados à situação das pessoas idosas que aí se encontram internadas, conforme alínea
a) do artigo 3.º do citado diploma.
Este dever geral de proteção, vigilância e salvaguarda que onera os responsáveis pelas ERPI
não é suscetível de ser afastado ou negado na sua concretização a todos e a cada um dos
utentes destas estruturas, impondo-se de forma particular a obrigação de proporcionar os
cuidados de saúde adequados às necessidades de cuidados identificadas de acordo com as
boas práticas recomendadas.
Para além do referido, o dever de garantir condições de saúde e segurança que permitam a
prestação de cuidados de saúde de acordo com a evidência disponível obriga a que, na
organização e gestão dos processos de trabalho e recursos existentes, as ERPI garantam a
existência de condições de trabalho que assegurem o respeito pela deontologia, princípios e
praxis das profissões envolvidas e da legislação em vigor, em particular, no que se refere ao
respeito pela autonomia técnica e científica de cada uma das profissões.
No contexto das ERPI, a integração de cuidados deve abranger três dimensões essenciais, a
integração com os serviços e unidades no âmbito da segurança social, o envolvimento,
participação e responsabilização da família/cuidador de acordo com as suas características e
condições, bem como a articulação entre a atividade assistencial prestada na ERPI e os
serviços e unidades de saúde geograficamente competentes.
A prestação integrada de cuidados entre a saúde e a segurança social, de base comunitária,
na qual se situam as ERPI, é fundamental para a resiliência e equilíbrio dos sistemas, uma
vez que a fronteira de cada sector representa uma alteração a vários níveis, nomeadamente
nos incentivos financeiros, nos valores e cultura, no desenvolvimento dos processos e dos
organismos que regulam as respostas. Além disso, a falta de articulação de forma integrada
traduz-se na utilização de mais recursos, mas menos eficazes, assim como no aumento dos
custos (World Health Organization, 2021).
Para se alcançar uma melhoria do impacto dos cuidados, é imprescindível o investimento na
articulação entre a saúde e segurança social, de forma coordenada e centrada na pessoa e
nas suas necessidades de cuidado, para que seja encontrada a melhor resposta à satisfação
das suas necessidades.
A intervenção integrada a nível local permite, ainda, um melhor conhecimento da realidade,
respostas mais rápidas e eficientes e o desenvolvimento de soluções mais adequadas e de
proximidade, que são essenciais para os processos de tomada de decisão relativos ao bem-
estar das pessoas idosas.
Os vários níveis de cuidados não devem ser encarados como substitutos uns dos outros, mas
como complementares, interligados, cobrindo eficazmente as necessidades individualizadas
de cada utente, o qual deve ter a possibilidade de transitar numa dinâmica interdisciplinar, em
função das necessidades de saúde.
Dependendo das necessidades específicas de cada pessoa e das condições subjacentes que
conduzem à perda de funcionalidade, será necessária uma combinação de todos ou de alguns
destes serviços, que vão desde o apoio ambulatório, domiciliário, passando pelas instituições
residenciais para pessoas idosas, serviços de saúde e as unidades de cuidados continuados
integrados.
As boas práticas neste domínio reconhecem que as pessoas idosas não são um grupo
homogéneo, têm diferentes necessidades, preferências e oportunidades ao longo da sua vida,
que a violência contra estas pessoas pode manifestar-se de diversas formas, incluindo o
abandono e a negligência, ocorrendo frequentemente no ambiente doméstico ou em contexto
institucional, e que as expetativas e necessidades das pessoas idosas devem ser
contempladas nos diferentes níveis de planeamento e decisão, assim como deve estar
assegurado o acesso a cuidados de proximidade, individualizados, centrados na pessoa e
integrados nos diferentes níveis de cuidados, com a sua participação e envolvimento.
A desejada abordagem integrada (mainstreaming) do envelhecimento implica não apenas
combater o idadismo nas suas diversas formas, mas também promover o acesso a cuidados
de qualidade e de longa duração, centrados na integralidade das pessoas e não na doença,
garantindo uma intervenção integrada das áreas da saúde e da segurança social que
contemple, também, as medidas previstas na estratégia para os direitos das pessoas com
deficiência 2021-2030, dando-se assim particular atenção às pessoas idosas com deficiência
(União Europeia.Comissão Europeia, 2021b).
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) tem vindo a alertar para a
vulnerabilidade das pessoas idosas que residem em instituições coletivas, exigindo uma
particular atenção sobretudo ao fator “saúde mental”, defendendo que “a tutela da dignidade
da pessoa humana nesta fase da vida e nestas circunstâncias exige uma proteção acrescida
dos seus direitos e uma atenção especial aos aspetos relacionais dos cuidados” (CNECV,
2014).
Por seu turno, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a propósito da estratégia para o
envelhecimento ativo, defende cuidados de proximidade para o envelhecimento, uma
abordagem centrada na pessoa e integrada, que garanta a promoção e vigilância da saúde,
a prevenção da doença, o diagnóstico e tratamento dos doentes e a reabilitação clínica e
social, salientando a necessidade de orientar os serviços para as necessidades das pessoas
idosas institucionalizadas (Organização Mundial de Saúde, 2015).
Para garantir o acesso a cuidados centrados nas pessoas idosas, os sistemas devem
conhecer e organizar-se em torno das suas necessidades e preferências, garantir o
envolvimento da família e consequente assunção da sua responsabilidade, de outros
cuidadores e da comunidade, integrar diferentes serviços e assegurar cuidados de longa
duração.
As principais ações que podem ajudar a alcançar esse objetivo são: a avaliação abrangente
da saúde das pessoas idosas, a elaboração de planos individuais de cuidados para otimizar
sua capacidade, o desenvolvimento de serviços de proximidade do local da sua residência
pessoal ou institucional, o fornecimento de serviços comunitários, a criação de estruturas de
serviços que promovam cuidados por equipas multidisciplinares, o apoio no autocuidado e o
aumento da literacia em saúde.
Para prestarem cuidados de saúde de qualidade e integrados, os profissionais de saúde
devem desenvolver competências gerontogeriátricas, bem como as competências
necessárias para trabalhar com sistemas de saúde, incluindo trabalho em equipa, tecnologias
de informação e comunicação.
Verifica-se, no contexto da prestação de cuidados de saúde, a inexistência de normativos e
orientações técnicas unificadoras e orientadoras no âmbito dos cuidados de saúde prestados
nas ERPI, contribuindo para a existência de uma heterogeneidade de procedimentos neste
âmbito, que urge começar a resolver. O contexto epidemiológico recente, veio evidenciar a
necessidade de agregar boas práticas dispersas, uniformizar os cuidados de saúde essenciais
a serem assegurados nas ERPI, incluindo quanto à identificação de medidas de prevenção
da doença e promoção da saúde.
i
Veja-se o artigo 278.º da Lei n.º 75-B/2020, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento do Estado para
2021.
O número de pessoas com demência aumenta anualmente, prevendo-se que duplique até
2030 (World Health Organization, 2012).
A demência constitui, neste momento, um dos principais desafios de saúde pública à escala
global, exigindo uma resposta integrada das sociedades e dos decisores, considerando os
custos sociais, familiares e económico-financeiros associados.
No contexto dos países da OCDE, Portugal encontra-se entre aqueles que apresentam maior
prevalência de casos de demência (OECD, 2019), constituindo a saúde mental um importante
desafio quer para o sistema de saúde quer para o sistema de proteção social.
Associada ao processo de envelhecimento, a demência, as doenças degenerativas e outros
problemas de saúde mental, têm-se agravado de forma significativa nas últimas décadas,
apresentando um aumento exponencial no grupo etário com mais de 65 anos (OECD, 2019).
O aumento da incidência constatado determina a necessidade de dotar as ERPI e os seus
profissionais de meios, recursos, competências e conhecimentos adequados à sua
abordagem, tratamento e aumento acentuado nas necessidades de cuidados, conforme
reconhecido no Decreto-Lei n.º 8/2010, de 28 de janeiro que veio criar um conjunto de
unidades e equipas de cuidados continuados integrados de saúde mental (Ministério da
Saúde, 2010).
As ERPI devem, na sua atuação, articular-se com diferentes serviços ou equipas comunitárias
de saúde mental contribuindo, deste modo, para que a prestação de cuidados de saúde
mental seja centrada na pessoa idosa, “reconhecendo a sua individualidade, necessidades
específicas e nível de autonomia, assim como evitando a sua estigmatização, discriminação
De forma a melhorar a qualidade dos cuidados de saúde prestados nas ERPI, tem sido
evidenciada a necessidade de implementar uma alteração efetiva do modelo de prestação de
cuidados, abandonando uma visão reativa e implementando uma abordagem proactiva,
centrada nas necessidades da pessoa idosa, suas famílias/cuidador e profissionais
envolvidos, definida pela equipa de saúde da ERPI, atualizada de forma permanente e
espelhada nos registos existentes no plano individual de cuidados de cada pessoa.
ii
Veja-se o artigo 1874.º do Código Civil.
Sendo essencial para os processos de tomada de decisão, a avaliação dos sinais vitais
indicadores do estado de saúde e da garantia das funções cardio-circulatória, respiratória,
neurológica e endócrina, contribuem para uma avaliação rigorosa da condição de saúde da
pessoa concretamente ponderada (Teixeira, et al., 2015).
De entre os sinais vitais, a avaliação da dor e o seu controlo, exigem uma avaliação rigorosa
pelos enfermeiros, de acordo com as orientações técnicas da Direção-Geral de Saúde (DGS),
incluindo quanto ao registo sistemático, utilização de escalas validadas e inclusão na folha de
registo de espaço próprio para o registo da intensidade da dor, prevenindo situações que
possam colocar em risco a qualidade de vida, bem-estar e saúde da pessoa idosa (Direção-
Geral da Saúde, 2003).
A avaliação inicial criteriosa, com uma componente, também interdisciplinar, deve abranger o
estado de saúde da pessoa idosa, a envolvente familiar e os recursos disponíveis.
Neste contexto compete ao enfermeiro supervisionar e desenvolver intervenções que
capacitem os cuidadores sobre o que fazer, como fazer, quando fazer e depois informando
sobre as principais dificuldades e sobre o papel do cuidador em geral, fornecendo a
informação necessária para que aqueles que prestam cuidados sejam agentes ativos da
execução das intervenções, contribuindo para a segurança da pessoa a cuidar.
4.4.6. Autocuidados
4.4.6.1. Cuidados de higiene e conforto
Os utentes de ERPI são, de acordo com a evidência disponível, aqueles que apresentam
idade mais avançada, níveis de dependência mais elevados e maior tempo de permanência
nas instituições. Vinculadas à obrigação de avaliar integralmente as necessidades dos
residentes, bem como de prestar cuidados adequados à situação da pessoa idosa, compete
aos enfermeiros, neste contexto, a avaliação e respetivo registo, do estado de cada utente,
incluindo as condições de integridade e hidratação da pele e mucosas (Administração Central
do Sistema de Saúde, I.P., 2011), definindo os cuidados de higiene e conforto adequados a
cada pessoa.
4.4.6.2. Eliminação
Os processos de eliminação assumem uma particular importância quando na presença de
pessoas idosas com dependência, sendo um fator essencial de avaliação de forma a prevenir
complicações clínicas evitáveis.
O plano de intervenção dos enfermeiros integra, na prestação diária de cuidados, a
monitorização dos processos de eliminação naturais e com recursos a dispositivos próprios,
procedendo à sua avaliação de acordo com o plano individual de cuidados definido, ajustando
as estratégias e intervenções necessárias para o controlo dos processos de eliminação
sempre que clinicamente adequado de acordo com o nível de dependência da pessoa idosa
(Administração Central do Sistema de Saúde, I.P., 2011).
4.5.2. Hidratação
Manter um correto estado de hidratação é fundamental para potenciar a saúde, especialmente
no envelhecimento devido às alterações fisiológicas associadas (Maughan, 2012).
A desidratação pode ser considerada como uma situação de malnutrição, pelo que é
fundamental realizar regularmente exame físico para identificar, precocemente,
sintomatologia que possa estar associada à desidratação, nomeadamente, diminuição da
produção de suor, mucosa oral seca, redução da elasticidade da pele, urina com cor e odor
intensos e diminuição do débito urinário (Woodward, 2013).
A monitorização para a ingestão hídrica diária deve ser uma prática regular nas ERPI, pelo
que devem ser desencadeadas as necessárias estratégias para a otimização do estado de
hidratação do utente, assim como da sua situação clínica.
As estratégias poderão passar, a título de exemplo, por providenciar águas aromatizadas
(com ervas aromáticas, citrinos, canela, …), chás e infusões, sopas, produtos lácteos como o
leite ou iogurtes líquidos, frutos e sumos de fruta sem adição de açúcar, ou pela utilização de
águas gelificadas, em situações de disfagia (Bunn, Jimoh, Wilsher, & Hooper, 2015).
(MNA-SF). (Nestlé® Nutrition Institute, 2009), (Volkert, et al., 2019), permite sinalizar os
indivíduos que estão desnutridos ou em risco de desnutrição, determinando a necessidade de
proceder à avaliação do estado nutricional, e consequente intervenção nutricional
personalizada. Para tal, importa criar dinâmicas internas que promovam o trabalho
colaborativo e interdisciplinar.
A identificação do risco nutricional deve ocorrer (Ordem dos Nutricionistas, 2021):
a) Até 48 horas após a admissão do utente na ERPI;
b) Trimestralmente;
c) Sempre que ocorram eventos significativos com o utente (p.ex. internamento
hospitalar, intercorrência infeciosa, luto).
iii
Convenção para a protecção dos direitos do homem e da dignidade do ser humano face às aplicações da
biologia e da medicina: Convenção sobre os Direitos do Homem e a Biomedicina
saúde em vigor, em cada instituição, através de suporte próprio, que obedeça aos requisitos
legais e normas em vigor, devidamente registado.
Outros profissionais da ERPI que, no exercício das suas funções, venham a ter conhecimento
de dados e informação constantes de documento de directivas antecipadas de vontade ou de
procuração de cuidados de saúde, ficam obrigados a observar sigilo profissional, ainda que
venham a cessar funções na referida ERPI, conforme artigo 18.º da Lei n.º 25/2012, de 16 de
julho (Assembleia da República, 2012).
Recomenda-se que em cada ERPI esta medida, pela sua componente técnica e implicações
na organização e prestação de cuidados, seja implementada por profissional de saúde com
competência reconhecida em controlo de infeção.
A estratégia de prevenção e controlo de infeções nas ERPI deve integrar (Ontario Agency for
Health Protection and Promotion (Public Health Ontario), 2020); (NYC Department of Health
and Mental Hygiene., [...]):
Deve ser garantido que as áreas em que são prestados cuidados de saúde são seguras para
a prestação, em particular no que se refere à limpeza de superfícies, equipamento e material
clínicos e manutenção ambiental (Direção-Geral da Saúde, 2012).
1. A limpeza dos espaços deve ser definida de acordo com as áreas e sua utilização,
conforme um horário previamente definido e conhecido por todos;
2. A limpeza dos materiais e equipamentos deve obedecer às recomendações do
fabricante e especificações técnicas;
3. A limpeza e desinfeção de superfícies deve ser realizada com os produtos adequados
e de acordo com o plano definido pelos responsáveis pelo controlo de infeção,
conforme os riscos identificados;
4. Toda a roupa usada, de residentes e profissionais, deve ser manuseada e
acondicionada de forma adequada conforme procedimentos de manuseamento
previamente definidos em documento próprio.
iv
Boletim do Trabalho e do Emprego n.º 31, de 22.08.2015
v
A existência de dispositivos de monitorização nas ERPI e a existência de uma plataforma adequada,
permitem a transmissão automática dos dados biomédicos de cada residente e o acompanhamento,
em tempo real, pelos profissionais do serviço de saúde adequado, de acordo com critérios de inclusão
e de exclusão previamente definidos.
vi
Consulta realizada através do recurso a meios electrónicos.
vii
Permite aos profissionais de saúde da ERPI e dos serviços de saúde a partilha de informação,
aconselhamento e esclarecimento, essenciais aos processos de tomada de decisão, de acordo com a
situação clínica da pessoa idosa e as suas necessidades de cuidados.
Para além destes normativos, são ainda aplicáveis as normas decorrentes do regime jurídico
e deontológico das profissões envolvidas, em particular as relativas ao sigilo profissional,
sempre que aplicável.
Referências
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1.Referencial normativo
a) Portaria n.º 67/2012, de 21 de março, define as condições de organização, funcionamento
e instalação das estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI), estabelecendo que
a fiscalização incumbe ao ISS, I.P.
Disponível em https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-
/search/553657/details/normal?q=Portaria+n.%C2%BA%2067%2F2012%2C%20de+21+
de+mar%C3%A7o;
c) Portaria n.º 196-A/2015, de 1 de julho: define os critérios, regras e formas em que assenta
o modelo específico da cooperação estabelecida entre o ISS, I.P. e as instituições
particulares de solidariedade social ou legalmente equiparadas.
Foi alterada e republicada, com efeitos a 1 de julho de 2019 pela Portaria n.º 218-D/2019
- Diário da República n.º 133/2019, 1º Suplemento, Série I de 15 de julho de 2019 que
procede à republicação da referida portariaviii.
Disponível em https://dre.pt/web/guest/analisejuridica/-
/aj/123185803/init/normal?p_p_auth=RwaIw9cd&_AnaliseJuridica_WAR_drefrontofficep
ortlet_mode=dt
Alterada pela Portaria n.º 199/2021, de 21 de Setembro.
2.Referencial documental
a) Recomendação da comissão setorial para a saúde do sistema (RECCS09/01/2014),
sobre Gestão da Medicação nas Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas.
Disponível em
http://www1.ipq.pt/PT/SPQ/ComissoesSectoriais/CS09/Documents/Recomendacao_para
GT_ERPI.pdf.
viii
Nos termos do artigo 7.º, o Conselho Diretivo do ISS, I. P., deveria ter aprovado, no prazo de 30 dias a contar da data da
entrada em vigor da portaria, as orientações técnicas necessárias à sua aplicação
Disponível em
http://www1.ipq.pt/PT/IPQ/Publicacoes/PublicacoesDownload/Documents/QualIdade/MG
Q_LI.pdf
d) Manual de Boas Práticas. Um guia para o acolhimento residencial das pessoas mais
velhas, para dirigentes, profissionais, residentes e familiares.
Disponível em https://www.seg-
social.pt/documents/10152/14714/acolhimento_residencial_pessoas_mais_velhas/cab53
2a6-b2c8-4ab8-b164-ef0235b894c7
3.Referencial COVID-19
a) Despacho Conjunto n.º 5436/2020, de 12 de maio: determina que o Despacho n.º 4097-
B/2020, de 2 de abril, publicado no Diário da República, 2.ª série, 2.º suplemento, n.º 66,
de 2 de abril de 2020, mantém-se em vigor enquanto perdurar a situação epidemiológica
nacional provocada pela infeção por SARS-CoV-2, causadora da doença COVID-19.
Disponível em https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-
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circulares-normativas/norma-n-0022021-de-30012021-pdf.aspx
1.Rastreios Oncológicos
1.1. Rastreio do Cancro do Cólon e Reto
Entre os 50 e 74 anos de idade deverá ser realizada a pesquisa de sangue oculto nas fezes
(PSOF), pelo método imunoquímico a realizar cada 2 anos. Aos casos positivos deve ser
proposta a realização de colonoscopia total, a qual deve obedecer a critérios de qualidadei.
mamografia em 2 anos Utentes com mamografias classificadas com BI-RADS 3 devem ser
referenciadas para consulta de aferição, bem como os resultados díspares em dupla leitura
(recomendada repetição de mamografia em 6 meses). Utentes com mamografias
classificadas com BI-RADS 4 ou 5 devem ser referenciadas para consulta de patologia
mamáriaii.
ii
Ver nota supra.
iii
Direção-Geral da Saúde. (29 de dezembro de 2011). Norma n.º 060/2011. Prescrição e
determinação do antigénio específico da próstata – PSA. Lisboa: DGS.
A população alvo é:
• Doença Cardiovascular (DCV) aterosclerótica clinicamente evidente;
• Diabetes mellitus;
• História familiar de DCV prematura: indivíduos do sexo masculino < 55 anos ou
do sexo feminino < 60 mL/min/1,73m2;
• Fatores de risco clássicos para DCV, para além de diabetes mellitus:
o Hábitos tabágicos;
o Hipertensão arterial (HTA);
o IMC ≥ 30 kg/m2 ou perímetro da cintura ≥ 94 cm nos homens e ≥ 80 cm
nas mulheres;
• Doentes sem fatores de risco cardiovascular identificados nem DCV conhecida:
homens com idade ≥ 40 anos e mulheres com idade ≥ 50 anos ou na pós-
menopausa;
A Periodicidade:
• Se c-LDL não alterado - repetir em 5 anos se Avaliação
do Risco Cardiovascular SCORE (Systematic Coronary Risk Evaluation) < 1%;
• Anualmente se SCORE ≥ 1 e <10%vii.
vii
Direção-Geral da Saúde. (30 de dezembro de 2011). Norma n.º 066/2011. Prescrição de exames
laboratoriais para avaliação de dislipidemias no adulto. Lisboa: DGS.
viii Ver nota iv
ix Ver nota v.
x Direção-Geral da Saúde. (19 de fevereiro de 2013). Informação n.º 001/2013. Processo Assistencial
Integrado da Diabetes Mellitus tipo 2. Lisboa: DGS
xi Ver nota x.
xii Direção-Geral da Saúde. (13 de Setembro de 2018). Norma n.º 016/2018. Rastreio da Retinopatia
É objetivo terapêutico, na pessoa com um risco cardiovascular baixo (SCORE < 1%) a
moderado (SCORE 1% a < 5%), manter o valor de c-total inferior a 190 mg/dla e c-LDL
inferior a 115 mg/dl. Na pessoa assintomática e com um risco cardiovascular alto (SCORE ≥
5% a < 30 ml/min/1.73 m2] ou um nível de SCORE ≥ 10%) deveremos obter um c-LDL alvo
inferior a 70 mg/dlxiii.
xiii
Direção-Geral da Saúde. (28 de Setembro de 2011). Norma n.º 019/2011. Abordagem Terapêutica
das Dislipidemias no Adulto. Lisboa: DGS
xiv European Society of Cardiology. (14 de Julho de 2016). 2016 ESC Guidelines for the diagnosis and
treatment of acute and chronic heart failure. European Heart Journal, 37(27), pp. 2129-2200
xv Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. (2020). Global Strategy for the Diagnosis,
Management, and Prevention of Chronic Obstructive Pulmonary Disease 2021 Report. GOLD
4.Rastreio da Osteoporose
A realização da osteodensitometria (DEXA) está recomendada em: Mulheres com idade
superior a 65 anos e homens com idade superior a 70 anos. Algumas exceções serão:
Mulheres pós-menopausa com idade inferior a 50 anos se apresentarem 1 fator de risco major
ou 2 minor, bem como mulheres pré-menopausa e homens com superior a 50 anos apenas
se existirem causas conhecidas de Osteoporose secundária ou fatores de risco majorxix.
xvi Direção-Geral da Saúde. (26 de Agosto de 2019). Norma Clínica 005/2019. Diagnóstico e
Tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica no Adulto. Lisboa: DGS
xvii
Direção-Geral da Saúde. (26 de Junho de 2017). Orientação n.º 011/2017. ASMA – Descrição,
diagnóstico diferencial, comorbilidades e codificação. Lisboa: DGS
xviii Global Iniciative for Asthma. (2020). A pocket guide for asthma management and prevention: for
• Estudo analítico;
• TAC crânio-encefálico.
5.4. Formação
Considerando as especificidades que a saúde mental apresenta, recomenda-se o
desenvolvimento de formação no âmbito da área da saúde, para os utentes da comunidade,
cuidadores e profissionais de saúde, visando os princípios bioéticos compensadores da perda
de autonomia respeitando diretivas antecipadas de vontade e promovendo a nomeação do
procurador dos cuidados de saúde, bem como a efetiva implementação do estatuto do maior
acompanhado.
Para que a mesma seja aplicada com a regularidade necessária, importa criar dinâmicas
internas que promovam o trabalho colaborativo e interdisciplinar.
xxi
Volkert, D., Beck, A. M., Cederholm, T., Cruz-Jentoft, A., Goisser, S., Hooper, L., . . . Bischoff, S. C.
(February de 2019). ESPEN guideline on clinical nutrition and hydration in geriatrics. Clinical Nutrition,
38(1), pp. 10-47. doi:https://doi.org/10.1016/j.clnu.2018.05.024
xxii
Nestlé® Nutrition Institute. (2009). Um Guia para completar a Mini Avaliação Nutricional®. [em
linha]. Obtido de https://www.mna-elderly.com/sites/default/files/2021-10/mna-guide-portuguese.pdf
xxiii
Ver notas xxi e xxii
xxiv
Ordem dos Nutricionistas. (2021). Guia Orientador “Intervenção do nutricionista em
estabelecimentos de apoio social para pessoas idosas“. GO 01/2021. Versão 01. Porto:
Departamento da Qualidade, Ordem dos Nutricionistas. Obtido de
https://www.ordemdosnutricionistas.pt
xxv
Direção-Geral da Saúde (16 dezembro 2012). Norma n.º 014/2012. Anafilaxia: abordagem clínica.
atualizada em 18. Dezmebro 2014. Lisboa: DGS.
Direção-Geral da Saúde. (27 setembro 2020). Norma n.º 018/2020. Programa Nacional de Vacinação
2020. Lisboa: DGS. Anexo Reação anafilática: Diagnóstico, Tratamento e Equipamento.