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Discente:
Raul Bernardo;
Victor Cossa;
Zeferino Gravata.
Discente:
Raul Bernardo;
Victor Cossa;
Zeferino Gravata.
Docente:
Eng°. Stélio Moutinho, MSc.
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Resumo
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Índice
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Capítulo I: INTRODUÇÃO
O filtro de areia é uma das tecnologias mais comuns de tratamento de águas cinza
(Allen, Christian-Smith &Palaniappan, 2010). No Reino Unido a filtração em filtro de areia
seguida por desinfecção é a técnica mais utilizada para tratamento de águas cinza residenciais
(Jeffersonet al., 2000). No Brasil, recomenda-se o filtro de areia quando se deseja um sistema
de pós-tratamento simplificado (ABNT: NBR13969, 1997).
Este sistema consiste num tanque preenchido de areia e outros meios filtrantes, com
fundo drenante e com esgoto em fluxo descendente, onde ocorre a remoção de poluentes, tanto
por ação biológica quanto física (ABNT:NBR 13.969/1997).
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Capítulo II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1.1 Aplicação
De acordo com a norma brasileira que regula o dimensionamento e utilização dos filtros
de areia, NBR 13969 (1997), o sistema de filtração se caracteriza por permitir o elevado nível
de remoção de poluentes, com operações intermitentes. A Norma também relaciona alguns
casos que esse tipo de tratamento pode ser utilizado:
a) quando o solo ou as condições climáticas do local não recomendam o emprego de vala de
infiltração ou canteiro de infiltração ou sua instalação exige uma extensa área não disponível;
b) a legislação sobre as águas dos corpos receptores exige alta remoção dos poluentes dos
efluentes do tanque séptico;
c) por diversos motivos for considerado vantajoso o aproveitamento do efluente tratado, sendo
adotado como unidade de polimento dos efluentes dos processos anteriores.
A falta de necessidade de operadores e simples manutenção são fatores que favorecem
a opção por esse método. Outros fatores, de acordo com MICHELS (1996) apud TONETTI
(2004), são o pequeno espaço requerido para instalação, em comparação a outros métodos de
tratamento, como as lagoas de estabilização, e baixo consumo de energia elétrica, por não ser
necessário o uso de aeradores, visto que o ar entra pela tubulação de descarte, mantendo um
ambiente favorável para a atuação dos microrganismos.
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No entanto, dada a necessidade de limpeza do filtro, não é recomendável a frequente
utilização da retrolavagem, tendo em vista a possibilidade de desagregação dos grãos do leito
de areia, podendo comprometer a qualidade do tratamento.
3.1.2 Funcionamento
O sistema funciona basicamente na aplicação de efluente, de forma intermitente, em
uma camada de areia, onde os contaminantes são removidos por processos físicos, químicos e
biológicos. O tratamento físico ocorre pela retenção, ou peneiramento, das partículas pela areia,
enquanto o químico pela adsorção dos compostos. Porém, a principal etapa desse processo se
dá pela oxidação bioquímica pelos microrganismos presentes.
O filtro de areia tem capacidade 6,5m³/h cada. O uso dos dois equipamentos em série
tem por objetivo um efluente de maior qualidade para o tratamento nas membranas de
ultafiltração. A profundidade do elemento filtrante é um dos parâmetros mais importantes para
a qualidade de filtragem. Devido à profundidade de 40 cm e ampla área de superfície da camada
do elemento filtrante, as partículas de sujeira e materiais orgânicos são retidas no elemento
filtrante. A maioria da sujeira irá parar na superfície superior. As outras partículas menores e
materiais orgânicos serão retidos na superfície das partículas do elemento filtrante ao longo dos
40 cm de profundidade.
Os filtros de areia utilizados são do modelo Nautilus para piscina F450X e tem
capacidade 6,5m³/h cada. O uso dos dois equipamentos em série tem por objetivo um efluente
de maior qualidade para o tratamento nas membranas de ultafiltração. Há uma tubulação de
esgoto que recolhe a fração não aproveitada do filtro, e também água de lavagem, despejando
no tanque de rejeito, como é possível observar na Figura 20. A válvula seletora de comando
está sempre na posição ‘Filtrar’.
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Figura 20 - Ligação dos filtros de arei
O elemento filtrante dentro do filtro deve ter profundidade de 40 cm, não menos, mas
também não mais que isso.
A água que passa através do elemento filtrante será livre de toda sujeira e não entupirá
os acessórios de irrigação como emissores. Se a profundidade for menor que 40 cm, parte do
material orgânico passará e acumulará emissores.
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3.2.1 O processo de limpeza
O processo de limpeza é uma retrolavagem que deve ser realizada quando a diferença
de pressão atingir 7 m.c.a. / 0.7 bar ou de acordo com o controlador existente. O processo de
retrolavagem é feito pelo fechamento da entrada do filtro com a válvula de retrolavagem de 3-
vias. Isso cria uma situação onde a água filtrada entra pela saída. A água entra pelo fundo, passa
por todo o elemento filtrante, sai pela entrada e drena pela válvula de 3-vias de retrolavagem.
Portanto, como parte de uma rotina contínua de operações, nós limpamos o filtro. Com
intuito de limpar o filtro, nós alteramos a direção do fluxo de água, fazendo com que este passe
pelo filtro de baixo para cima, através de todo o elemento filtrante.
Esse processo precisa ser executado em uma velocidade que cause flutuação e
“movimentação” do elemento filtrante, ou seja, que este se mova dentro do filtro. Com esta
movimentação e flutuação, a sujeira será “sacudida” do elemento filtrante e será lavada do
sistema com a passagem do fluxo de água de baixo para cima.
Cada filtro de areia tem seu próprio critério e vazão específicos. Em cada caso, a vazão
atenderá aos critérios que a irrigação demandar. Por essa razão, o sistema de filtragem pode ser
um único filtro de areia ou uma bateria (série) de filtros. Nós instalamos os filtros se únicos ou
grandes baterias, como parte do sistema projetado e entregue.
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Cada sistema é fornecido e entregue com um romaneio detalhado. Quando você receber
o sistema, por favor, verifique que você tenha recebido todas as peças detalhadas no romaneio.
■ Filtro Secundário – um filtro de tela que pode ser instalado tanto na saída de cada
filtro de areia quanto na saída do sistema completo de filtragem de areia.
■ Manifold de Saída – coleta a água filtrada por todos os filtros e a leva ao sistema de
irrigação. ■ Válvula de Ar – retira o ar do sistema e mantém seu correto funcionamento
hidráulico.
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3.2.3 Instalação e operação
3.2.3.1 Instruções de segurança
4. Não realizar operações de manutenção ou abrir a tampa do filtro antes que a pressão
do sistema tenha sido totalmente liberada. Para despressurização, usar a válvula de drenagem
do Filtro de Tela Secundário, verificar no manômetro para se assegurar que a pressão esteja no
“0” antes de realizar este procedimento.
7. Usar somente peças originais que sejam fornecidas ou autorizadas pela RIVULIS.
8. Hipoclorito de Sódio:
c. Hipoclorito de Sódio líquido concentrado pode causar dano em metal, inclusive nos
filtros e seu revestimento. Ter cuidado quando aplicá-lo e evitar que seja derramado no metal
e nas partes revestidas. Caso o Hipoclorito de Sódio líquido venha a entrar em contato com as
partes de metal ou revestimento, lavar com água limpa e abundante.
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9. Conexões elétricas e fiação devem ser feitas somente por eletricistas autorizados.
NOTA: O sistema de filtragem de areia, enquanto estiver trabalhando com água, pesará de 250
kg até algumas toneladas. O projeto da base do sistema de filtragem deve levar em consideração
o peso do sistema trabalhando.
3.2.3.2 Instalação
3. Conectar os tubos de adaptação – da saída de cada filtro de areia para o filtro de tela
secundário.
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6. Conectar o “manifold” de entrada às válvulas de retrolavagem de acordo com as
marcas nos “manifolds” e esquemas de instalação.
NOTA: Este é o momento seguro para finalizar a instalação dos acoplamentos rápidos.
10. Instalar o conjunto para controle de água no bocal ¾” na entrada do “mani fold” de
entrada.
11. Confira se o suporte do controlador de retrolavagem está próximo ao con junto para
controle de água (tenha certeza que atenderá ambas as necessida des, de operação de
manutenção).
a. Da saída do “conjunto para controle” para a entrada comum chamada “ alta pressão”
dos solenoides.
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c. De uma das saídas do registro de esfera seletor de 3-vias que está no “conjunto para
controle” para a luva ¾” que está no manifold de saída do sistema de filtragem de areia.
d. Conecte um curto tubo de dreno (não mais de 2 metros) para a porta de dreno comum
da régua de solenoides.
e. As cintas de amarração do P.E. devem ser usadas para amarrar os tubos de comando
P.E. de 8mm em uma organizada faixa por todo o comprimento do sistema de filtragem.
14. Conectar o controlador à fonte de energia (AC – em uma tomada protegida de água,
DC – conecte as portas à bateria elétrica dentro do controlador).
Pizarro Cabello (1996) afirma que, para evitar a obstrução dos emissores, o meio
filtrante selecionado deve reter partículas maiores que 1/10 do diâmetro de saída dos
gotejadores e maiores que 1/5 do diâmetro de saída dos microaspersores. Ao se considerar um
diâmetro de saída médio de 0,6 mm (600 μm), para gotejadores, e de 1,5 mm (1.500 μm), para
microaspersores, o meio filtrante deve ser capaz de remover partículas maiores que 60 μm, para
gotejadores, e que 300 μm, para microaspersores.
De acordo com Tonetti et al (2012, p.2), apesar das vantagens e eficiência dos processos
empregados no Brasil, o efluente que sai das estações de tratamento não atende aos padrões
legais, por isso, necessita de um tratamento terciário posterior. A NBR 13.969/1997 (ABNT,
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1997) apresenta várias formas de pós-tratamento, dentre essas estações, merece atenção o filtro
de areia, uma vez que, para tratamento de esgoto, a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) recomenda a obtenção de dados da NBR 11.799/1990 (ABNT, 1990) cujas
especificações são voltadas para tratamento de água para abastecimento público, uma
finalidade mais nobre; demonstrando, para alguns casos de tratamento de esgotos, uma
inviabilidade financeira, devido a um possível superdimensionamento, e uma carência de
estudo técnico do uso desse filtro aplicado ao tratamento dos diversos tipos de águas
residuárias.
Diante de toda essa conjuntura apresentada, este trabalho tem como objetivos: construir
filtros-pilotos para tratamento de água cinza gerada no Instituto Federal de Sergipe (IFS), com
camadas filtrantes compostas de areia associada a vidro ou a blocos cerâmicos, moídos,
oriundos da construção civil; analisar a eficiência de cada um dos filtros com e sem decantação
prévia, e com alturas de camadas filtrantes diferentes das recomendadas pelas normas NBR
13.969 (ABNT, 1997) e NBR 12.216 (ABNT, 1992); além de verificar a eficiência do processo
de desinfecção do efluente oriundo dos filtros com concentrações de cloro variáveis,
correlacionando os resultados obtidos com os parâmetros exigidos pela legislação para as
diversas aplicabilidades desse tipo de esgoto tratado.
Por fim, com o princípio 11, sugere-se tentar aumentar a confiança dos operadores,
dizendo previamente o que é eles podem ganhar com a implementação da manutenção
autónoma, como por exemplo, maior independência sobre o controlo do equipamento, pois
torna-se responsável por ele e sugere-se também a utilização de uma linguagem simples e de
exemplos para um melhor entendimento dos processos.
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Capítulo V: CONCLUSÃO
Portanto, desta feita, conclui-se que o sistema de filtro de areia é composto por um
tanque de volume variável (dimensões dependentes da vazão com que se vai trabalhar), areia,
brita e em alguns casos carvão mineral. Logo, pode-se notar que os custos são muito baixos,
podendo até chegar quase a zero se reutilizar-se ou improvisar um tanque, visto que este deve
ter a maior participação nos custos.
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4.1 REFERÊNCIA
Filtros de areia: erros e falhas: Profs. Roberto Testezlaf, Fábio Ponciano de Deus e Marcio
Mesquita Publicado Irrigazine, Votuporanga, SP, p. 28 - 30, 23 dez. 2013.
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