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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIAS

ENGENHARIA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

Laboral, 3 º Ano, 6º Semestre

Operações Unitárias Mecânicas

Filtros de Areia. Estudo de caso: ETA

Discente:

Raul Bernardo;

Victor Cossa;

Zeferino Gravata.

Beira, Dezembro 2021


UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIAS

Filtros de Areia. Estudo de caso: ETA

Discente:

Raul Bernardo;

Victor Cossa;

Zeferino Gravata.

Docente:
Eng°. Stélio Moutinho, MSc.

Beira, Dezembro 2021

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Resumo

Devido às características climáticas tropicais e a utilização predominantemente de fontes


superficiais de captação de água (rios, lagos, represas, etc..), a maioria das propriedades
agrícolas requer a aplicação de sistemas de tratamento de água para viabilizar o uso da irrigação
localizada. Dentre os filtros que podem ser utilizados na irrigação, o filtro de areia é
recomendado pela capacidade de filtrar tanto material inorgânico como orgânico, removendo
inclusive partículas menores do que o diâmetro de seus poros devido à existência de forças de
atração entre as partículas a serem filtradas e os grãos de areia.
Entretanto, a ocorrência frequente de entupimentos de emissores em sistemas de irrigação
localizada que fazem uso de filtros de areia, provoca a desconfiança do produtor com relação
à eficácia desses equipamentos e sobrevaloriza a indicação dos fabricantes pelo uso de filtros
de tela e disco com limpeza automática, como solução para as condições encontradas nas
propriedades brasileiras.
Entendendo que filtros de areia ainda é a melhor opção de tratamento físico do tipo de água de
irrigação que temos e que a falta de conhecimentos sobre projeto e operação desses filtros era
um dos fatores que levavam a erros em seu uso, o Grupo de Pesquisa em Tecnologia de
Irrigação e Meio Ambiente da Faculdade de Engenharia Agrícola/UNICAMP, vem trabalhando
desde 2006 com apoio de empresas nacionais, no levantamento de informações que ajudem a
aprimorar as condições de dimensionamento e emprego desses equipamentos.
Essas pesquisas demonstraram, num primeiro momento, que os processos de entupimento de
emissores, verificados em propriedades que fazem uso de filtros de areia, ocorrem em parte por
procedimentos inadequados de sua operação.

Palavras – Chaves: Filtros de Areia, Operação de Filtros, Funcionamento de Filtros.

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Índice

Capítulo I: INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5


Capítulo II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 6
3.1 Filtros de areia no tratamento de efluentes ............................................................................. 6
3.1.1 Aplicação ........................................................................................................................ 6
3.1.2 Funcionamento................................................................................................................ 7
3.2 Filtragem de areia descrição dos processos ............................................................................ 8
3.2.1 O processo de filtragem .................................................................................................. 8
3.2.1 O processo de limpeza .................................................................................................... 9
3.2.2 Sistema de filtragem de areia: Estrutura e componentes ............................................... 9
3.2.3 Instalação e operação ................................................................................................... 11
3.3 Propriedade da suspensão a ser filtrada ................................................................................ 14
3.4 Eficiência dos Filtros de Areia .............................................................................................. 14
Capítulo V: CONCLUSÃO .................................................................................................................. 16
4.1 REFERÊNCIA ...................................................................................................................... 17

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Capítulo I: INTRODUÇÃO

O filtro de areia é uma das tecnologias mais comuns de tratamento de águas cinza
(Allen, Christian-Smith &Palaniappan, 2010). No Reino Unido a filtração em filtro de areia
seguida por desinfecção é a técnica mais utilizada para tratamento de águas cinza residenciais
(Jeffersonet al., 2000). No Brasil, recomenda-se o filtro de areia quando se deseja um sistema
de pós-tratamento simplificado (ABNT: NBR13969, 1997).

Este sistema consiste num tanque preenchido de areia e outros meios filtrantes, com
fundo drenante e com esgoto em fluxo descendente, onde ocorre a remoção de poluentes, tanto
por ação biológica quanto física (ABNT:NBR 13.969/1997).

O sistema de filtro de areia é composto por um tanque de volume variável (dimensões


dependentes da vazão com que se vai trabalhar), areia, brita e em alguns casos carvão mineral.
Logo, pode-se notar que os custos são muito baixos, podendo até chegar quase a zero se
reutilizar-se ou improvisar um tanque, visto que este deve ter a maior participação nos custos.

O filtro de areia favorece a adsorção de contaminantes do fluxo do efluente, além de


ser de simples operação, exigir pouca manutenção e baixo custo de operação (Allen, Christian-
Smith &Palaniappan, 2010). A eficiência do filtro de areia varia de acordo com a taxa de
aplicação, com a qualidade do efluente, com a espessura e granulometria das camadas filtrante
etc, havendo necessidade de construção de uma planta piloto para sua certificação.

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Capítulo II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Filtros de areia no tratamento de efluentes


O filtro de areia é um método de tratamento bastante antigo, inicialmente adotado na
remoção de turbidez para potabilização da água. A partir do século XIX, na Europa e nos
Estados Unidos, passou a ser aproveitado na depuração de esgotos domésticos, de acordo com
MICHELS (1996) apud TONETTI (2004).
O Filtro de Areia é um tanque com um diâmetro conhecido, que inclui uma abertura de
serviço superior, uma abertura de serviço lateral, um difusor superior para a entrada da água
(acima do nível da areia), meio filtrante (na maior parte das aplicações agrícolas será 40 cm de
basalto triturado No.1 ou Areia Quartzosa No.1), câmara de filtragem com fundo falso e
crepinas que impedem a passagem da areia, e uma abertura para a saída da água filtrada.

3.1.1 Aplicação

De acordo com a norma brasileira que regula o dimensionamento e utilização dos filtros
de areia, NBR 13969 (1997), o sistema de filtração se caracteriza por permitir o elevado nível
de remoção de poluentes, com operações intermitentes. A Norma também relaciona alguns
casos que esse tipo de tratamento pode ser utilizado:
a) quando o solo ou as condições climáticas do local não recomendam o emprego de vala de
infiltração ou canteiro de infiltração ou sua instalação exige uma extensa área não disponível;
b) a legislação sobre as águas dos corpos receptores exige alta remoção dos poluentes dos
efluentes do tanque séptico;
c) por diversos motivos for considerado vantajoso o aproveitamento do efluente tratado, sendo
adotado como unidade de polimento dos efluentes dos processos anteriores.
A falta de necessidade de operadores e simples manutenção são fatores que favorecem
a opção por esse método. Outros fatores, de acordo com MICHELS (1996) apud TONETTI
(2004), são o pequeno espaço requerido para instalação, em comparação a outros métodos de
tratamento, como as lagoas de estabilização, e baixo consumo de energia elétrica, por não ser
necessário o uso de aeradores, visto que o ar entra pela tubulação de descarte, mantendo um
ambiente favorável para a atuação dos microrganismos.

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No entanto, dada a necessidade de limpeza do filtro, não é recomendável a frequente
utilização da retrolavagem, tendo em vista a possibilidade de desagregação dos grãos do leito
de areia, podendo comprometer a qualidade do tratamento.

3.1.2 Funcionamento
O sistema funciona basicamente na aplicação de efluente, de forma intermitente, em
uma camada de areia, onde os contaminantes são removidos por processos físicos, químicos e
biológicos. O tratamento físico ocorre pela retenção, ou peneiramento, das partículas pela areia,
enquanto o químico pela adsorção dos compostos. Porém, a principal etapa desse processo se
dá pela oxidação bioquímica pelos microrganismos presentes.

3.1.3 Capacidade do filtro de areia

O filtro de areia tem capacidade 6,5m³/h cada. O uso dos dois equipamentos em série
tem por objetivo um efluente de maior qualidade para o tratamento nas membranas de
ultafiltração. A profundidade do elemento filtrante é um dos parâmetros mais importantes para
a qualidade de filtragem. Devido à profundidade de 40 cm e ampla área de superfície da camada
do elemento filtrante, as partículas de sujeira e materiais orgânicos são retidas no elemento
filtrante. A maioria da sujeira irá parar na superfície superior. As outras partículas menores e
materiais orgânicos serão retidos na superfície das partículas do elemento filtrante ao longo dos
40 cm de profundidade.

3.1.4 Características do filtro de areia

Os filtros de areia utilizados são do modelo Nautilus para piscina F450X e tem
capacidade 6,5m³/h cada. O uso dos dois equipamentos em série tem por objetivo um efluente
de maior qualidade para o tratamento nas membranas de ultafiltração. Há uma tubulação de
esgoto que recolhe a fração não aproveitada do filtro, e também água de lavagem, despejando
no tanque de rejeito, como é possível observar na Figura 20. A válvula seletora de comando
está sempre na posição ‘Filtrar’.

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Figura 20 - Ligação dos filtros de arei

(Fonte: Adaptado, 2017)

3.2 Filtragem de areia descrição dos processos

3.2.1 O processo de filtragem

A água entra no filtro é espalhada uniformemente sobre o elemento filtrante. No filtro


há uma camada de 40 cm de basalto triturado ou areia quartzosa com dimensão efetiva de 0.8
a 1.2 mm. A água flui través deste elemento filtrante.

O elemento filtrante dentro do filtro deve ter profundidade de 40 cm, não menos, mas
também não mais que isso.

A profundidade do elemento filtrante é um dos parâmetros mais importantes para a


qualidade de filtragem. Devido à profundidade de 40 cm e ampla área de superfície da camada
do elemento filtrante, as partículas de sujeira e materiais orgânicos são retidas no elemento
filtrante. A maioria da sujeira irá parar na superfície superior. As outras partículas menores e
materiais orgânicos serão retidos na superfície das partículas do elemento filtrante ao longo dos
40 cm de profundidade.

A água que passa através do elemento filtrante será livre de toda sujeira e não entupirá
os acessórios de irrigação como emissores. Se a profundidade for menor que 40 cm, parte do
material orgânico passará e acumulará emissores.

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3.2.1 O processo de limpeza

O processo de limpeza é uma retrolavagem que deve ser realizada quando a diferença
de pressão atingir 7 m.c.a. / 0.7 bar ou de acordo com o controlador existente. O processo de
retrolavagem é feito pelo fechamento da entrada do filtro com a válvula de retrolavagem de 3-
vias. Isso cria uma situação onde a água filtrada entra pela saída. A água entra pelo fundo, passa
por todo o elemento filtrante, sai pela entrada e drena pela válvula de 3-vias de retrolavagem.

O processo de limpeza é incorporado ao funcionamento do filtro. Quando é feito de


forma oportuna e com o procedimento correto, permite máxima eficácia na filtragem e
contribui para o prolongamento da vida útil do produto.

Como parte do processo de filtragem, o elemento filtrante é preenchido por


contaminantes que vão ficando retidos intencionalmente. Se não for observado, esse acúmulo
de sujeira causará entupimento parcial do filtro. Um filtro entupido, por sua vez, é incapaz de
parar a sujeira e o fluxo pode literalmente empurrar a sujeira através do meio filtrante. Essa
situação é mais provável de ocorrer quando a diferença de pressão (ΔP) através do filtro for
maior que 7 m.c.a. / 0.7 bar.

Portanto, como parte de uma rotina contínua de operações, nós limpamos o filtro. Com
intuito de limpar o filtro, nós alteramos a direção do fluxo de água, fazendo com que este passe
pelo filtro de baixo para cima, através de todo o elemento filtrante.

Esse processo precisa ser executado em uma velocidade que cause flutuação e
“movimentação” do elemento filtrante, ou seja, que este se mova dentro do filtro. Com esta
movimentação e flutuação, a sujeira será “sacudida” do elemento filtrante e será lavada do
sistema com a passagem do fluxo de água de baixo para cima.

3.2.2 Sistema de filtragem de areia: Estrutura e componentes

3.2.2.1 Componentes do sistema de filtragem

Cada filtro de areia tem seu próprio critério e vazão específicos. Em cada caso, a vazão
atenderá aos critérios que a irrigação demandar. Por essa razão, o sistema de filtragem pode ser
um único filtro de areia ou uma bateria (série) de filtros. Nós instalamos os filtros se únicos ou
grandes baterias, como parte do sistema projetado e entregue.

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Cada sistema é fornecido e entregue com um romaneio detalhado. Quando você receber
o sistema, por favor, verifique que você tenha recebido todas as peças detalhadas no romaneio.

O sistema inclui as seguintes peças:

■ Filtros de Areia – de acordo com a vazão designada.

■ Sacos de areia – como exigido pelo elemento filtrante.

■ Manifold de entrada – distribui a água da irrigação aos filtros.

■ Válvulas Hidráulica de Retrolavagems – nos permite controlar o processo de


filtragem e retrolavagem – uma válvula por filtro.

■ Filtro Secundário – um filtro de tela que pode ser instalado tanto na saída de cada
filtro de areia quanto na saída do sistema completo de filtragem de areia.

■ Manifold de Saída – coleta a água filtrada por todos os filtros e a leva ao sistema de
irrigação. ■ Válvula de Ar – retira o ar do sistema e mantém seu correto funcionamento
hidráulico.

■ Manifold de Drenagem – coleta a água de retrolavagem do filtro e a passa para o


dreno.

■ Válvula Hidráulica de Controle de Vazão – controla a vazão de retrolavagem e


previne que esta fique muito alta.

■ Conjunto para Controle – inclui um pequeno filtro para os acessórios de controle


hidráulico (solenoides e pressostato diferencial) uma válvula de esfera 3-vias (“Sagiv”), e um
manômetro para verificar a pressão de entrada e de saída do sistema.

■ Controlador Eletrônico de Retrolavagem com um Conjunto de Válvulas Solenoides


– controla os intervalos de retrolavagem e sua duração para cada filtro.

■ Tubo P.E. de Comando Hidráulico, Conectores, Acoplamentos, Vedações e Parafusos


– tudo o que for necessário para a instalação do sistema de filtragem de areia.

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3.2.3 Instalação e operação
3.2.3.1 Instruções de segurança

1. Antes de operar qualquer componente do sistema ler e seguir cuidadosamente as


instruções.

2. Observar que: A pressão de trabalho máxima do sistema de filtragem é 8 bar/ 80


m.c.a.

3. Verificar e se assegurar que as moto-bombas e válvulas não excederão a tolerância


do sistema e sejam compatíveis com as especificações de pressão e vazão deste.

4. Não realizar operações de manutenção ou abrir a tampa do filtro antes que a pressão
do sistema tenha sido totalmente liberada. Para despressurização, usar a válvula de drenagem
do Filtro de Tela Secundário, verificar no manômetro para se assegurar que a pressão esteja no
“0” antes de realizar este procedimento.

5. Antes de realizar os procedimentos de manutenção, tenha certeza que todas as


conexões elétricas do sistema estejam desligadas (controlador AC, moto-bombas, etc).

6. Trabalhar somente com ferramentas adequadas e padronizadas.

7. Usar somente peças originais que sejam fornecidas ou autorizadas pela RIVULIS.

8. Hipoclorito de Sódio:

a. AVISO: Hipoclorito de Sódio é um líquido corrosivo e tóxico. Armazenar e manusear


de acordo com as regras de segurança.

b. Antes de manusear o Hipoclorito de Sódio leia cuidadosamente todas as informações


sobre as especificações de segurança, proteção da saúde, e instruções de primeiros socorros.
Certificar-se de ter todos os itens de primeiros socorros no local da utilização do hipoclorito,
como consta nas instruções.

c. Hipoclorito de Sódio líquido concentrado pode causar dano em metal, inclusive nos
filtros e seu revestimento. Ter cuidado quando aplicá-lo e evitar que seja derramado no metal
e nas partes revestidas. Caso o Hipoclorito de Sódio líquido venha a entrar em contato com as
partes de metal ou revestimento, lavar com água limpa e abundante.

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9. Conexões elétricas e fiação devem ser feitas somente por eletricistas autorizados.

3.2.3.2 Antes da instalação

1. Certifique-se que o local de instalação seja acessível ao fornecimento de água, da


captação ao sistema, e do sistema ao local da irrigação. Verifique se todas as necessidades do
projeto (hidráulicas e agronômicas) foram atendidas.

NOTA: O sistema de filtragem de areia, enquanto estiver trabalhando com água, pesará de 250
kg até algumas toneladas. O projeto da base do sistema de filtragem deve levar em consideração
o peso do sistema trabalhando.

2. Na maioria dos casos, uma plataforma de concreto de 10 cm de espessura com reforço


adequado, ancorada ao chão, será suficiente.

3.2.3.2 Instalação

Todas as peças do sistema são enviadas ao local de instalação embaladas em paletes e


caixas com esquemas de instalação, manual do usuário, e romaneio. Os “manifolds” são
marcados com letras e números em suas embalagens, os quais estão referenciados nos
esquemas de instalação.

1. Posicione o filtro de areia na plataforma de acordo com as dimensões do esquema


anexado. Nota: Em sistemas onde são usados acoplamentos rápidos – mantenha todos os
parafusos dos acoplamentos rápidos soltos, até que todas as demais partes do sistema de
filtragem estejam montadas e encaixadas.

2. Instalar uma válvula de retrolavagem em cada filtro de areia. Conferir se a posição


de conexão esteja de acordo com a seta indicativa da direção do fluxo marcado na válvula.

3. Conectar os tubos de adaptação – da saída de cada filtro de areia para o filtro de tela
secundário.

4. Conectar o filtro secundário ao adaptador, conferir se as conexões estão de acordo


com os esquemas e com a seta indicativa de direção do fluxo no filtro.

5. Conectar os “manifolds” de saída aos filtros secundários de acordo com as marcas


nos “manifolds” e esquemas de instalação – usar suportes curtos para sustentar o “manifold”.

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6. Conectar o “manifold” de entrada às válvulas de retrolavagem de acordo com as
marcas nos “manifolds” e esquemas de instalação.

7. Conectar o “manifold” de drenagem às válvulas de retrolavagem de acordo com as


marcas nos “manifolds” e esquemas de instalação.

IMPORTANTE: Se a água drenada na retrolavagem precisar ser eliminada há uma


distância superior a 10 metros, então o tubo de drenagem deve ser de pelo menos 8” (200mm)
de diâmetro.

NOTA: Este é o momento seguro para finalizar a instalação dos acoplamentos rápidos.

8. Conectar a válvula hidráulica de controle de fluxo à saída do “manifold” de


retrolavagem - conferir se sua posição de conexão está de acordo com a seta indicativa da
direção do fluxo na válvula.

9. Conectar o “manifold” de entrada em “S” e testar, conectar a válvula de ar ao bocal


no topo do manifold “S”. Neste ponto fazer uma checagem final para confirmar se a posição
do sistema está onde deveria estar em relação à entrada e saída da tubula ção principal.

10. Instalar o conjunto para controle de água no bocal ¾” na entrada do “mani fold” de
entrada.

11. Confira se o suporte do controlador de retrolavagem está próximo ao con junto para
controle de água (tenha certeza que atenderá ambas as necessida des, de operação de
manutenção).

12. Confira se o controlador de retrolavagem e os solenoides estão no local do suporte.


Garanta que a posição do controlador esteja ao “nível dos olhos” para fácil uso. A régua dos
solenoides deve ser instalada no mesmo suporte e abaixo do controlador.

13. Conectar os tubos de comandos P.E. 8 mm:

a. Da saída do “conjunto para controle” para a entrada comum chamada “ alta pressão”
dos solenoides.

b. De cada saída chamada “comando” do solenoide para a válvula hidráulica de


retrolavagem.

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c. De uma das saídas do registro de esfera seletor de 3-vias que está no “conjunto para
controle” para a luva ¾” que está no manifold de saída do sistema de filtragem de areia.

d. Conecte um curto tubo de dreno (não mais de 2 metros) para a porta de dreno comum
da régua de solenoides.

e. As cintas de amarração do P.E. devem ser usadas para amarrar os tubos de comando
P.E. de 8mm em uma organizada faixa por todo o comprimento do sistema de filtragem.

14. Conectar o controlador à fonte de energia (AC – em uma tomada protegida de água,
DC – conecte as portas à bateria elétrica dentro do controlador).

3.3 Propriedade da suspensão a ser filtrada

Pizarro Cabello (1996) salienta que a remoção de partículas em suspensão na água


ocorre quando estas apresentam limite inferior de tamanho igual a 1/12 a 1/10 do diâmetro
efetivo do meio filtrante.

De acordo com o diâmetro efetivo das areias avaliadas no experimento, a remoção de


partículas para G1 é efetiva entre 46 e 55 μm; para G2, entre 64 e 77 μm; e para G3, entre 84 e
101 μm. Contudo, mesmo com o limite inferior indicado para a remoção de partículas de silte,
a areia mais fina (G1) não foi capaz de reter eficientemente partículas com esse diâmetro
presentes no afluente.

Pizarro Cabello (1996) afirma que, para evitar a obstrução dos emissores, o meio
filtrante selecionado deve reter partículas maiores que 1/10 do diâmetro de saída dos
gotejadores e maiores que 1/5 do diâmetro de saída dos microaspersores. Ao se considerar um
diâmetro de saída médio de 0,6 mm (600 μm), para gotejadores, e de 1,5 mm (1.500 μm), para
microaspersores, o meio filtrante deve ser capaz de remover partículas maiores que 60 μm, para
gotejadores, e que 300 μm, para microaspersores.

Com base na faixa de remoção observada no presente trabalho (remoção a partir de 60


μm), o filtro de areia avaliado, nas diferentes condições experimentais,

3.4 Eficiência dos Filtros de Areia

De acordo com Tonetti et al (2012, p.2), apesar das vantagens e eficiência dos processos
empregados no Brasil, o efluente que sai das estações de tratamento não atende aos padrões
legais, por isso, necessita de um tratamento terciário posterior. A NBR 13.969/1997 (ABNT,

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1997) apresenta várias formas de pós-tratamento, dentre essas estações, merece atenção o filtro
de areia, uma vez que, para tratamento de esgoto, a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) recomenda a obtenção de dados da NBR 11.799/1990 (ABNT, 1990) cujas
especificações são voltadas para tratamento de água para abastecimento público, uma
finalidade mais nobre; demonstrando, para alguns casos de tratamento de esgotos, uma
inviabilidade financeira, devido a um possível superdimensionamento, e uma carência de
estudo técnico do uso desse filtro aplicado ao tratamento dos diversos tipos de águas
residuárias.

Diante de toda essa conjuntura apresentada, este trabalho tem como objetivos: construir
filtros-pilotos para tratamento de água cinza gerada no Instituto Federal de Sergipe (IFS), com
camadas filtrantes compostas de areia associada a vidro ou a blocos cerâmicos, moídos,
oriundos da construção civil; analisar a eficiência de cada um dos filtros com e sem decantação
prévia, e com alturas de camadas filtrantes diferentes das recomendadas pelas normas NBR
13.969 (ABNT, 1997) e NBR 12.216 (ABNT, 1992); além de verificar a eficiência do processo
de desinfecção do efluente oriundo dos filtros com concentrações de cloro variáveis,
correlacionando os resultados obtidos com os parâmetros exigidos pela legislação para as
diversas aplicabilidades desse tipo de esgoto tratado.

Do princípio 25 pode-se sugerir a utilização da própria implementação da manutenção


autónoma como objeto de ensino, ou seja, tornar a educação bastante teórico-prática para captar
interesse dos operadores.

Por fim, com o princípio 11, sugere-se tentar aumentar a confiança dos operadores,
dizendo previamente o que é eles podem ganhar com a implementação da manutenção
autónoma, como por exemplo, maior independência sobre o controlo do equipamento, pois
torna-se responsável por ele e sugere-se também a utilização de uma linguagem simples e de
exemplos para um melhor entendimento dos processos.

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Capítulo V: CONCLUSÃO

Portanto, desta feita, conclui-se que o sistema de filtro de areia é composto por um
tanque de volume variável (dimensões dependentes da vazão com que se vai trabalhar), areia,
brita e em alguns casos carvão mineral. Logo, pode-se notar que os custos são muito baixos,
podendo até chegar quase a zero se reutilizar-se ou improvisar um tanque, visto que este deve
ter a maior participação nos custos.

O filtro de areia favorece a adsorção de contaminantes do fluxo do efluente, além de ser


de simples operação, exigir pouca manutenção e baixo custo de operação. A eficiência do filtro
de areia varia de acordo com a taxa de aplicação, com a qualidade do efluente, com a espessura
e granulometria das camadas filtrante, havendo necessidade de construção de uma planta piloto
para sua certificação.

O dimensionamento do filtro de areia para uso não potável da água cinza em


subirrigação de jardins do novo edifício do IRN resultou num filtro de areia com 4,4 m de
diâmetro e altura de1,90m de altura. O filtro de areia é um tratamento que pode ser utilizado
para tratar águas cinza de baixa carga poluidora e tem como vantagem o baixo custo de
implantação e a simplicidade de operação e manutenção.

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4.1 REFERÊNCIA

Filtros de areia: erros e falhas: Profs. Roberto Testezlaf, Fábio Ponciano de Deus e Marcio
Mesquita Publicado Irrigazine, Votuporanga, SP, p. 28 - 30, 23 dez. 2013.

ANÁLISE DE EFICIÊNCIA DE FILTRO COM LEITO DE AREIA ASSOCIADO A


RESÍDUOS DE BLOCOS CERÂMICOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA CINZA. João
Paulo Reis Barros 1; Caroline Lucas de Carvalho2 ; Raylline Costa da Cunha Lime3 ; Silmara
Nunes;

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT: NBR 13.969 - Tanques


sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos -
Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro, 1997

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