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rJi EECREIO DA TARDE fí"^<)

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JORNAL DE POESIAS, ROMANCES, fclIARADAS, NOTÍCIAS. ETC. .1: o>/
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XSSTGiV^rra^l; POR SÉRIE DF. 10 NÚMEROS 300 IiS., PAGOS ADJUNTAÍlb^íS^'

III TAnilK

Enviamos a.nossa modesta folha ;*


ANGRA. 20 DE MAIO.
» 1
todas as cm /condições de a
pessoas

Apparece mais ura assignirem, e a todas anxilio.'


pequeno jornal^ pedimos

nffo envolver-se Aquellas, nâo nos


era, pororn^ que quize-
que' pretendendo

rem tenham a bondade e d*-


sempre proteger,
trazem ò anui-
polemicas—que
Itóadeza d* a devolverem à typographiu
'
ila imprensa era Ingants
quillàmeuto
onde é editada..
Vi 'i
.
coim> este, entretanto, a
propõe-se*

dar aos seus assignantes, uma vez- na Fiizcm dirocção desta folha
da
p.vte

os typographos José fcuguslo de Lima o


semana, alguns instantes de leitura

Sifva, Edgar Oscar Cóutinho e An-


amena. Editado trcs artistas,,
por
touio Gomes Bittencourt dli Silva.

amantes do trabalho, o Recreia espera-

ser acolhido» e <xmesp*-


pelo publico, ttfccefoemas.|<> jErawip Juvenil,
pe-

ciai idade do bello sf.xo ; e*prwneíte riodico dos estuiíairtes ifo Atheneu
Que-

aíTastar-se se luzense. Ej um bem colla-


nâo do lim a ie jorua|zinho
q propõe-»
I . . . M ..Io A ' * rm «• X I t A A a* ^ A A A É < . •• m j« É« A
bondo e- lfortra aos
de romances., què jovens
como que
jornal poòsiasv
fazem* da sua* ròdaJção. Mnktt
parle
charadas, noticias, etc.
agradecemos aos nossos dignos eoltegas?

Oifcrece as suas* colutnmis \ todas


a honrada remessa. Perrautareinos.

as honral-as com
pessoas qne quizerem

vez enojam As snlemnid&des do Mtz tte Maria


seus vscriptos, uma
que

s',l° ,mí' concorridas. As


ellos de accordo com o es-!^n* jo>ens
pr^ramuia
l
se a canlar no còro os
que prestam
tabelecído.
hymnos religiosos, cada^z mais se de-

>r —
Ahi o tendes leil amparae-o
sembaraçanu Ainda no domingo subia

c«MH a vossa ao occasiâo de ser entoada*


proteção púlpito, por

¦
—— —mm

X9W1
FOI, IH lambera alcançar-nos, e ;*s vezes
para

adiante-..
passam-nos

As laajas. da hoje. As moças, especialmente,


parece qtio

frustraram os desígnios da natureza o

Até hoje dizia-se; as senhoras são*


adquirem, um desenvolvimento de ma-

sempre moças, desck os seis annos


pois
siadOk

só. crescem em altura. Hoje succedej

Desde o fundo e- severo valle


o asseguramos por
iHbeiiramsnfc) contrario;

onde a infaneia floresce, sòbem rapi-


as moças sào mulheres microsco- ,
que
daiuenteao cume da mtvrtfanha, onda
desde a hora em»
picas qiitó penetram
^ espera a sua missão de mulheres;
nos caminhos assignakuies.
pelos ph.y-
sal1" b,'us?,n" en><|ue arriscar*
iiuninice. ¦ perr^oso
siologos á

a tranqtuüuladfrdo.Qspirdoe a saúda
E'admiravef, mais ainda, ô espan-

Cürl)0*
toso, esta intelligencia, vae desa-
que

brochando na infaneia. t' assim a infaneia nas mulheres;


que

Nâo senão ao> iu?r como vae sendo mais viva do a luz do
parece que,. que

avançamos na senda do icrepusculo, a se havia


progresso, que justameuU»

alraz correm (comparado.


lOin. weJo de ficar e
1 ¦ROO» >«
t ( > <

logo a reinar entre as


Jo^-o ísade começou
respeitável conego
a Ave-Maria*#

boiiilo du>s
«Bi u^érève jovens.
llvgino, qno pias
» «il « 1 U<kHÍAànin /»/! m 4 húFinf.9 HIIA 1110.
a herança lho-
llortencia, com que
a aitoftçio dos seus
discurso, occnpon

natureza f <»
ora rica, a
e tieitu, porém,
exaltando as virl/iides glo
ouwintes,

fila ã^per-
«bjeclo com pródiga, quanto
(la Virgem ítlãria. sagrado jwirico
rias

miiitoao contrarie» d3
feições
imponente «olemnidade. physieas,
de tüo

ITfàa de seu tutor, cri


Armindh, que

um de formosura. .,
um „
Publicamos no lugKr.oiimpete«te portento

eiahargi» disto, Hortencia


.li(ibil Sem para
do sr» Napàítwo Jeolas,
anit.uuçi'»

se apresentavam sempre os
uesta é pre-
>sò actia q«ufe
cirurgião dentísU
que

tendentes. ,
v ? j
cidade.

chamado Mario, apfi-


Dm moço, que

se cowpromeite acabava de concluir seus estudos'


A direcçíto nas
(lo/íed^ió

da inefiiiâ medicina, e se mostrava muito


com as&igiiaturás, em
^ que
pagar

srs. Í.Hivaagrtlisla d* bina. *ssiiluo na casa, foi tutor,


#«fih i, aos pòst<> pelo

«;D»»íning.is lòsY- Jtesma Mortericia,


C. Villas-Bms A»r miúda*
Manuel fior |iefa

«na Jfctt* dos *lon«tores da rica hec-


Ribeiro,
firmes queflUianladament"

«Viislizeram seus reaílios ^o extincto df*ira. 4£ll« r a alto, moreno, dotado


jlo

ovltio c"inpro- ••xcellentes e de brilhantes


jP<m*cií<mw/)0, Nenhum
prendas.

relativamente ao fiem mais


ítdJfl o Uecreio puhçè,
iriisso qualidades, poivin

s^ni tnais riqtit^s do


iKlo recursos,
jimrôl.
-seu 'Coração a sua carreira,
e

vt nu: STitf? I Mario chegou a faztr uma sú ien-

¦ ¦¦ —-! ^—
no animo das duas Ilor-
pressão, jovens.

via com a seus o


tJmti UI«tK>í*Iifc tenciaSie gosto pés,

vez chtoou a
Arminía. »*imeira
«lolatrada de um pela
Hortencia, filha

inveja de «na am,S!}- Entretanto,


seus .bem
rico casal, pae&aindt»
perdeu per
nao havia «mia dito uma
pat.v
menina, Mario

vra, e deseupe»to uãok ttia sabido .iim


o ^coníiou-a
O uUifHo. *|«fe f«ii ipae,

sus|»iro de amw dirigido a Hor-


ao só
vellio-seu amigo,
. ;to morrer, a um

eui crçjas ktencia.


iiual seu tutor, e
nomeou

issa srçppunha menos Ar-


deixmi seu nutrimoiiio. Nem p«r
inãos

tinha as visitas assíduas do


de Hortencia. rainda, joVen
O ancião,4<itor q»e

idadede sua medico eram sua amiga,


uma fiiha 4a pu- por
também

—Para senão Uoriencia!


um a estreita e sincera amir para,
; e quem
jiilia

de scieucia iu irtíalibía', é
moças !..* Corpinhos or-.lw^l porque
Pobres

a- sciencia se abrande menos-


tão tfalicaía e fraca quaudo
que que
ganisaçio

suppnr-#eestuda» .
Tienas quebrar-re, .
pfidem,«em ..

a i-jivorancia das contas ifo


x*r e «aantyrkailas , Mas
lar o eoisUeló 9b já

.fnge ra^damenie do espirito


os eiMciws da mefca e
todos perUntwuto
por

Iwxo ! JLInrdsjdas «moças contemporanuás; deixando


as esiuavidões 4te
todas

unvOltas ma lugar ú maücia


angélicas e innocentes,

ciindúra, <0 nosce, le iir.psum do


«de uma iminaculada philosopho
nuvem
-nuvem
essa e da Pérsia é ema maxima
v a malicia rasgando grande quo

aquelle sóllo de <ítlas acokliem,por instineto


tomando assalto primeiro
por 'por
•virtudes íioinem convi-^wo. l'ara
em embr.yão do
que-#

»rodt^:; «encanta- conhecerem a si mesmas, em lugar de


Olhae oara ^sses

«enchem Wverenvse na alma, reveem-se ào és-


ii^s os fcntidoswer «e

^essas Uelho. K' is$o a oousa'


atiradhos.; mas conte»p*Ue que pHmejra]
de por

ceruti se, aprendem e conseguinte a


alma* s afflig^nos«» ^oria«s que por

[uliima esquecem, é Apreciar os'


4espi>iam da ánnoceuòia. que

sont%ra .da alma Ls^uaméritos o accrescehíuc a.


A ignorância, ma pessoaes

« unia sanas-1 s'«a bclleza


«a idade raéiocimadora fbyste».
^

mw.ta *V tahue' JL .
|
ó delia. Queira, ama n$o tom
dizia a formosa; seu amor
Ella é, aqui a rica. .... voi^gòtilia
Aconteceu que Armiada fosse passar —Fuja, fuja, minha gente,
alguns dias com uma parenta. Mario Que este mundo ó üma pamonha...
continuou còni suas visitas diárias. Dizem cobras e lagartos;
Isto sè foi basUnte pára cohfinriár as —Qaem atoa Mo tem vergonha.
suspeitas qdè se tír*ha,si estas Sujeitas Toda menina fobftita,
não houvesse |* passado à sèr pára Qnè nãò sabe acaranlòáha... )
todos 'lima realidade; pôVèrti Mfrno, ft jogar pela tabeliã..; s
4|tio muito frc(juoiUertiente ficava a &s —Quem ama não" tem vergonha.
com Uortèntjia, não se declarava.
?adres, freiras, fazendeiros,
A jovon, çue o amava «oi segredo, e i.

vendo Granáès nobres de Bolonha",


que amava de coração, soííria
demorar uma declaração tão desejada QuartÃo càntalrfi dizem logo:
—Quem üma não terii vergonha,
<
•e que Irnuvora cm-oado seus votos.
Varias vezes pareceu Mario estar a Velhos, l).spos, bacharéis,
o ms- Mèqitetrefes de peçonha,
ponto de faltar, tuas rio chegar
:trento, vacittova, balbutiava e acabava também cantam sua moda: J7.
—Quem ama não tem vergonha,
por nada dizer.
Quando Arminda regressou nada se —Peixes. aVes de rapina,
havia adiantado. Nos praieiros a cegonha
Xesle entretanto Kortencia se hia af- Comem bolas se lh'as dão...,
firulando em sua crença, e havia já —Quem atná não tem vergoaha.
chegado ao ponto de ser o amor de Ma- Ministros, créanças, todos,
rio slk* vida. A vida fazem derònha,
tima tarde ãhtrnn-lhe pelo quarto Chuckando no dedo é máu ;
um mimoso beija-tlor, mensageiro de —Quem ama mio tem vergonha,
boas novas, mas não para Uorlencia, Se todos amam o soíTrem,
porque a linda avesinha buscava a en- Se todos comem pamonha,
cantadora Arminda, e como • não en- Não julguem que azeite é óleo...
contrasse sahiu logo depois de esVoaçar —Quem'ama não tem vergonha.
por lodo o aposento das duas jovens.
Horas depois recebeu Ilorteneia uma Apánlia<los
carta, conheceu a letra do Homem que Um barbadinho estava pregando.
amava em segredo, e seu coração pul- Tinha na mão um crucifixo, e no furor
sou de ju ilo, de esperança e de amor. do accionado andava com elle para
—Por Sm '... disse : esta carta con- todos os lados parecendo qtib o ia ati-
têm sua declaração. rar á cara dos ouvintes.
I rompeu o enveloppe radiante de —Fòstes vós, dizia o bom (To frade,
alegria. que o insultasu ! fostes vós que o pre-
A carta era assim escrípta : gaste á cruz l fostes vós que o afcsassi-
«Querida tforteneja.—Muitas vezes nastes.
tenho querido dizer-vos o que sente E nisto sem reparar, deu com o cru-
meu coração, e outras tantas meus ciíixo na charnma de uma tocha quo
lábios le hão negado a abrir-se. Jlor- estava perto do púlpito.
lencia, minha amiga, estou loucamente —Ande 1 disse um ouvinte, deite-
enamorado de Arminda. Ella é minha lhe fogo agora, o depois diga também
felicidade e minha Vida : sem ella nada que fomos nòs.
vale o mundo' pafa niím. Seja vós mi-
nha prôtccton, seja4vós minha irmã, e Menina, dizia um marido cm tom
seja Vós mesma a interprete" de meu serio á sua caprichosa consorte, gosto
amornara com ella, ò pára Com'"sou pouco das visitas desse enfatuadó Al-
pie.-» . . perto, Todos os dias a impórtuiíar-rces
(Continua.) | com os mais tolos cuidados !

*
p.Ettiifeio iu TAnnn

—Ali!
tu lens ciúmes?..... E's O adous
pois

um ingrato.
Vejo chegar-se o instante,

—Tenho
ciúmes, sim, não ?
porque Instante dos sustos meus I

Parece-me tenho razão os


que para Como hei do viver sem ti,

sentir.
Como hei de dizer-te—adeus ?—

—Enganas-to vem aqui


O Alberto

Hei de em vão toda a


por parte
com a mais santa das intenções,—de-

Procurar os olhos teus


seja simplesmente casar-se comigo

Ah I meu ha de estallar-sa
peito
eu ficar viuva.
quando
eu fôr dizer-te—adeus.—
Quando
*

N'auseticia, entregue á saudade,


Em Berlim morreu um sujeito,
que
A' saudade... Não, oh céus !...
deixou o seguinte testamento :

expire a boea
Qtfeu quando
«lia seis annos era eu um
pobre
Abrir-se a dizer-te—adeus.—
diabo, detestado todos os meus
por pa-

rentes, viviam na abundancia,


que

apesar de nunca ter recorrido a elles,


jv ft»*:i>iiH>

lhes soccorro, senio uma


para pedir

vez, mc achava reduzido á


quando Charadas

maior miséria.

Todos os seres me tem,


Receberam-me com desdem e naJa

Porém nelles não estou cu,


me deram.

Se saber sou,
querem quem
Os estranhos vieram em meu auxilio;

Estou na luz venho do céu.


muitos deites eram absolutamente de-

Parti do Eterno» e mim


por
sinteressados, e não contavam cer-
por
Todo o orbe se formou !
to com o reombolso do seu di-

Desde então todo o universo


nheiro.

Por mim só se
governou.
O acaso fez-me uma fortuna
ganhar

monta a escudos. Deixo-a Em mim se


88,000 gera
que

em herança ás me valeram Prazer ou dor,


pessoas que

e desgraçado. Centro da vida


eu era
quando pobre

meus lego as numero- Templo do amor.


Aos
parentes

sas cartas me endereçaram, apenas


que

Eome de flor 2
souberam estava rico. Aprenderão
que
V>
Nome de mulher
assim um mais do
qne pequeno que

Nome de mulher.
elles ás vezes, tornar-se
pôde,

uliL »
*
O faz a chuva má
que

O nunca se acaba
que

Dá-se além da
paga.

A rosa l>i*anca

Solitaría, branca rosa, AWllH€IO§

Nem tens comtigo um botão 1

Pareces como
perdida

Das folhas na multidão. (j O CIRURGIÃO DENTISTA ^

E's como a lua no espaço,

6 NAPOLEÃO JEOLÀS
Tens a sua mesma côr;

Porém elia dura sempre, De esla cidade,


passagem por
^
E tú vives ó flor! n
pouco, u onde demorar-se
pretende pouco

tempo, ser encontrado na 9


y pode
Isolada em teus
perfumes
rua da Conceição n. 8i, os
Centro espinhos e folhagem ! para f)

misteres de sua
E's como um ai no deserto, (j profissão.
Q

£om;í n'auácncia uma imagem.

Typ. do Angrmw.

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