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UNIOESTE – CAMPUS DE TOLEDO

APOSTILA DE INFORMÁTICA
CAPÍTULO 1
Conhecendo o Computador e seus componentes

O Computador é uma máquina feita por pessoas e para servir às pessoas. Portanto, por mais
complicado que possa parecer, não é algo indecifrável e indomável.
Na verdade, vamos descobrir que é até algo muito simples, bastando conhecermos como ele
funciona.

Informática
A Informática está presente em quase tudo que nos cerca. Está em um forno microondas, por
exemplo, quando programamos o tempo de aquecimento de um alimento, ou ainda em um
aparelho de som ou TV, quando aumentamos o volume ou desligamos com o controle
remoto. Hoje em dia existem até elevadores inteligentes, programados para “decorar” os
hábitos das pessoas no edifício, de modo que possa “antever” quando alguém irá chamá-lo
até um andar.
Na verdade, a informática existe para nos servir: reduzir o tempo em que digitamos uma
carta, aumentar a certeza de nossos cálculos, diminuir o consumo de energia nessas
operações e baratear o preço das coisas e serviços. Daí o seu nome, Informática:
Informação Automática.
Foi a partir de meados dos anos setenta que os computadores ganharam fama. Nesse
período, avanços tecnológicos e pesquisas científicas foram capazes de produzir circuitos
elétricos cada vez mais aperfeiçoados, possibilitando miniaturizar o computador tornando-o
mais barato e acessível.
A partir desses avanços chegamos ao que é hoje conhecido como o Microcomputador, ou
PC (Personal Computer), uma máquina pequena, capaz de desenvolver os mais sofisticados
trabalhos, e que se aperfeiçoa cada vez mais.

Tipos de Computadores

Quanto ao tipo de informação processada:


Existem basicamente três tipos de computadores (em função direta do tipo de dado
manipulado), a saber: os analógicos, os digitais e os híbridos.

COMPUTADOR ANALÓGICO
COMPUTADOR DIGITAL

O computador analógico possui a característica de processar os dados mediante


comparações/analogias entre medidas de fenômenos físicos diferentes. É verdade que este
tipo de computador em alguns casos oferece maior velocidade de resposta, pois trabalha com
a unidade do fenômeno específico analisado. O computador analógico processa informações
contínuas, ou seja, que não possuem uma unidade mínima de processamento.
No caso do computador digital, este se vale de transformações e contagens de valores
unitários discretos para obter o processamento desejado. O computador digital processa
informações discretas, ou seja, que possuem uma unidade mínima de processamento.
Após estas considerações vale ressaltar que este trabalho prevê o foco sobre os
chamados computadores digitais (a grande maioria que serve nossa classe profissional).

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Para que possamos aproveitar ao máximo as considerações que serão tecidas
posteriormente, faz-se necessário agora discutir o cerne da estrutura do computador digital: o
conceito lógico fundamental de BIT.

Pergunta: O que é BIT?

Em primeiro lugar, discutindo o termo BIT, tem-se que é uma forma abreviada de
BInary digiT, ou dígito binário. O computador digital (o qual estaremos estudando) trabalha
com lógica binária ou seja, em seu limite, com dois estados da natureza: circuito ligado ou
desligado, passando ou não corrente elétrica, etc.
Assim o BIT deve ser visto como a menor unidade de dado, física e/ou sua
representação lógica, que é processada em um computador digital.
Como se sabe, a porção equipamento do computador é composta por fios, placas,
chips, cabos, circuitos, etc. nesse ambiente releva-se a passagem ou não de corrente elétrica.
Dessa forma, a identificação da passagem de corrente passa a ser a maneira de identificar
instruções, dados, informações, etc. com isso, diz-se que, quando determinada posição
nesses circuitos componentes do computador está permitindo passagem de corrente, existe
um dado BIT ligado (ou por convenção BIT com valor 1); caso contrário, sem passagem de
corrente, tem-se o BIT desligado (BIT com valor 0).

Pergunta: Se o computador trabalha com um sistema binário de numeração, como


pode armazenar e processar adequadamente os números que lhe são informados sob
o sistema decimal?

Isso se dá devido ao fato da possibilidade de conversão numérica entra as variadas


bases. Devemos lembrar que um computador pode trabalhar em seu dia-a-dia com vários
sistemas numéricos, por exemplo: binário, decimal, hexadecimal, etc...

SISTEMAS NUMÉRICOS USUAIS

BINÁRIO
DECIMAL
HEXADECIMAL

Em primeiro lugar vamos a verificar um exemplo simples de conversão entra as duas


principais bases numéricas: binária e decimal.

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Conversão de decimal para binário
Para realizar a conversão de decimal para binário, realiza-se a divisão sucessiva por 2
(base do sistema binário). O resultado da conversão será dado pelo último quociente (MSB) e
o agrupamento dos restos de divisão será o número binário.
Por exemplo, vamos converter o número 45 em binário:

A leitura do resultado é feita do último quociente para o primeiro resto. Sendo assim, o
resultado da conversão do número 45 para binário é: 101101.
Fonte: https://www.embarcados.com.br/conversao-entre-sistemas-de-numeracao/

Conversão de binário para decimal


Para convertermos o número binário para decimal usamos o seguinte método:
multiplicamos cada elemento do número por 2 elevado à potência correspondente à sua
posição, contando-se da direita para a esquerda. Por exemplo, para transformarmos 1011
binário para o seu correspondente na base dez(decimal) fazemos o seguinte:

1 0 11

1 x 20 = 1

1 x 21 = 2

0 x 22 = 0

1 x 23 = 8

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Assim podemos ter uma ideia das equações para conversão entre os vários sistemas
numéricos.

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Conversão de decimal para hexadecimal
O Sistema Hexadecimal é utilizado como uma representação do sistema binário, uma
vez que cada algarismo hexadecimal representa quatro bit´s do sistema binário.
Para converter um número decimal em hexadecimal realiza-se a divisão sucessiva por
16 (base do sistema hexadecimal), semelhante à conversão de decimal para binário.
Por exemplo, vamos converter o número 438 em hexadecimal:

O resultado é lido da direita para a esquerda a partir do último quociente. Assim. 438 é
igual a 1B6h.
Note que o resto da segunda divisão foi o número 11, que corresponde ao número B
em Hexadecimal.

Conversão de hexadecimal para decimal

1B6

6 x 160 = 6

11 x 161 = 176

1 x 162 = 256
438

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Conversão de hexadecimal para binário e de binário para
hexadecimal
A conversão de hexadecimal para binário também segue o princípio de conversão
digito a digito. Separa-se cada dígito hexadecimal e o converte para binário, conforme
a tabela a seguir:

Hexadecimal Binário
0 0000
1 0001
2 0010
3 0011
4 0100
5 0101
6 0110
7 0111
8 1000
9 1001
A 1010
B 1011
C 1100
D 1101
E 1110
F 1111
Cada dígito hexadecimal é convertido para um número em binário composto por 4
bits. Para exemplificar esse processo, vamos converter o número AD45h:

Hexadecimal A D 4 5
Conversão 1010 1101 0100 0101
Resultado AD4516 = 10101101010001012
O processo de conversão de binário para hexadecimal é feito de forma inversa.
Separa-se o número em grupos de 4 bits (a partir da direita) e converte para o número
hexadecimal correspondente, conforme a tabela. Assim, vamos converter o número
1110010011112 para hexadecimal:

Binários 1110 0100 1111


Conversão E 4 F
1110010011112= E4F16
Resultado
O procedimentos apresentados acima auxiliam no processo de conversão entre os
sistemas de numeração. É interessante entender os procedimentos apresentados e
aplicá-los. Hoje é fácil usar calculadoras e programas para conversão, porém é
5
importante entender e saber realizar tais conversões sem o uso de ferramentas. Com
o uso esse processo torna-se natural.

NÚMEROS NOS TRÊS SISTEMAS NUMÉRICOS

Decimal Binário Hexadecimal


1 0001 1
2 0010 2
3 0011 3
4 0100 4
5 0101 5
6 0110 6
7 0111 7
8 1000 8
9 1001 9
10 1010 A
11 1011 B
12 1100 C
13 1101 D
14 1110 E
15 1111 F

Somente a título ilustrativo mostraremos que as operações no sistema numérico


binário são mais simples que no sistema numérico decimal. Vejamos uma adição simples:
2+7

DECIMAL BINÁRIO
11
2 0010
+7 + 0111
9 1001

Isso que está sendo demonstrado agora é a base de qualquer computador digital,
portanto a idéia de liga x desligado, bem como sua representação via BIT, deve estar bem
clara para que se possa dar continuidade ao processo de entendimento do computador como
um todo.
Um termo bastante usado na informática é o BYTE. O termo BYTE nada mais
representa do que um conjunto de oito (08)

BYTE = CONJUNTO DE OITO BIT´s

O BYTE normalmente representa uma posição no comutador e seu conteúdo pode


caracterizar um algarismo, uma letra, um código, um símbolo etc. Esta unidade (byte) é
utilizada como unidade padrão de medida das mais variadas capacidades dos computadores.
Por isso, é bastante importante que se compreenda o que é um byte e como se estabelece na
forma de unidade padrão de medida de capacidade.

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Em termos de escala existem os múltiplos do byte, e os mais utilizados são os
seguintes (acompanhados de sua equivalência):

_____Byte (B) - conjunto de 8 bits; representa um caractere.


_____Kilobyte (Kb) - conjunto de 1024 Bytes.
_____Megabyte (Mb) - conjunto de 1024 Kb ou 1 048 576 Bytes.
_____Gigabyte (Gb) - conjunto de 1024 Mb ou 1 048 576 Kb ou 1 073 741 824 Bytes.
Terabyte (Tb) – conjunto de 1024Gb ou 1 048 576 Mb ou 1 073 741 824 Kb
ou 1 099 511 627 776 bytes

Como são representados/armazenados os caracteres, sons e


imagens no computador digital?

Caracteres ASCII
ASCII (acrônimo para American Standard Code for Information Interchange, que em
português significa "Código Padrão Americano para o Intercâmbio de Informação") é
uma codificação de caracteres de oito bits baseada no alfabeto inglês. Os códigos ASCII
representam texto em computadores, equipamentos de comunicação, entre outros
dispositivos que trabalham com texto. Desenvolvida a partir de 1960, grande parte das
codificações de caracteres modernas a herdaram como base.
A codificação define 128 caracteres, preenchendo completamente os sete bits disponíveis.
Desses, 33 não são imprimíveis, como caracteres de controle atualmente não utilizáveis para
edição de texto, porém amplamente utilizados em dispositivos de comunicação, que afetam o
processamento do texto. Exceto pelo caractere de espaço, o restante é composto por
caracteres imprimíveis.

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Os demais 128 caracteres são caracteres especiais específicos de cada idioma.

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Como o som é representado/armazenado na
memória do computador digital?
Transformação de Analógico para digital

Fonte: https://sabercomlogica.com/pt/o-som/

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Como uma imagem é representada/armazenada na
memória do computador digital?
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/pixel/7529-pixel-o-que-voce-precisa-saber-sobre-ele-.htm

Através dos Pixels.


A palavra Pixel é oriunda da junção dos termos Picture e Element, formando, ao pé da
letra, a expressão elemento de imagem. Ao visualizarmos uma imagem com alto índice de
aproximação, é possível identificar pequenos quadrados coloridos nela, que, somados,
formam o desenho completo.
Esses pontos, que são a menor parte de uma imagem, levam o nome de pixels. A
partir da noção do pixel como uma medida da qualidade das imagens, foi propagado o termo
“resolução” para atribuir quantos pixels em altura e largura uma foto tem.
Uma câmera de 1,3 Megapixels, por exemplo, é capaz de gerar
1.300.000 pixels dentro de uma única imagem, o que, em termos de resolução, equivale à
uma foto com 1280 pixels de largura por 1024 de altura, somando um total de 1.310.720
pontos.

3 5 3 8 4
5 3 8 4 7
3 8 4 7 9
5 3 8 4 2
5 3 8 4 7
Exemplo de Imagem Digital

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Tipos de Computadores Digitais
Quanto à sua finalidade e tamanho:

Os computadores digitais se distinguem pela sua finalidade e porte, se dividindo ao longo


desse período em dois tipos básicos:

Conhecidos dos anos setenta, são computadores de grandes


MAINFRAME empresas, realizando grandes tarefas e ocupando espaços
formidáveis, como salas inteiras.

O Computador Pessoal é o responsável pelo sucesso da


informática entre as pessoas e empresas atualmente. Cada
PC vez mais barato e acessível, realiza as principais tarefas
rotineiras e as mais avançadas. É o objeto de nosso estudo.

Hardware e Software
O termo “Computador” é utilizado hoje em dia para nos referirmos a um conjunto de
componentes que, juntos, formam a “máquina” que conhecemos.
Esses componentes se dividem em duas partes principais: Hardware e Software.

É a parte física da máquina, com seus componentes


HARDWARE
eletrônicos e peças.

São conjuntos de procedimentos básicos que fazem que o


SOFTWARE computador seja útil executando alguma função. A essas
“ordens” preestabelecidas chamamos também de programas.

É a combinação de Hardware e Software que faz nosso computador funcionar como


conhecemos, tomando forma e fazendo as coisas acontecerem, como se tivesse vida. Sem
um ou outro componente o computador não funciona.

Vamos ver agora os principais componentes físicos do computador: o Hardware

A CPU ou o Processador
É onde são processadas as instruções e os comandos. Pode-se dizer que é o “cérebro” do
computador. É quem comanda todas as demais partes da máquina de forma ordenada e
rápida. É onde ocorrem os cálculos e onde as informações são recebidas e processadas para
apresentar o resultado exigido.
A CPU é composta de uma unidade de aritmética e lógica (ULA), uma unidade de controle
(UC) e uma memória central (principal), e é considerada a parte mais importante de um
computador, pois é responsável pelo processamento de todos os tipos de dados e pela
apresentação do resultado do processamento.

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Atualmente, a CPU é implementada fisicamente no processador, que é um único chip,
constituído por milhões de transistores. Tem 3 funções básicas:
- Realizar cálculos de operações aritméticas e comparações lógicas.
- Manter o funcionamento de todos os
equipamentos e programas, pois a
unidade de controle interpreta e gerencia
a execução de cada instrução do
programa.
- Administrar na memória central
(principal) além do programa submetido,
os dados transferidos de um elemento ao
outro da máquina, visando o seu
processamento.
O processador se comunica com outros
circuitos e placas que são encaixadas nas
fendas, os "slots" ou seja, conectores da
placa-mãe. O caminho pelo qual se dá
essa comunicação entre o processador e
as outras placas é chamado de
barramento. Os padrões de barramento
mais comuns são dos tipos ISA ("Industry
Standard Architecture") e PCI ("Peripheral
Component Interconnect").
É importante notar que quanto mais
rápido for o processador, maior será a
velocidade com que os dados serão
trabalhados e mais rapidamente as
instruções serão executadas.
O que determina se um processador é
mais rápido que outro é a velocidade de execução de instruções, que geralmente é medida
pela unidade Hertz(Hz): é uma unidade de periodicidade que corresponde a um ciclo por
segundo.

Clock do Processador

Os Processadores são conhecidos também pela sua Velocidade, ou como os dados são
transmitidos em um computador. A essa velocidade dá-se o nome de Clock, que é medido
em Hz (ciclos por segundo).
Essa velocidade varia em cada modelo. Atualmente existem processadores cuja velocidade
chega a 3,6 GHz, ou 3,6 bilhões de ciclos por segundo.

A Memória RAM
Outro componente fundamental do Computador é a Memória RAM (do inglês Random
Access Memory, ou Memória de Acesso Aleatório). Quando falamos em memória de um
computador estamos nos referindo a Área de Trabalho do Processador. É na RAM que o
Processador realiza seus trabalhos, definidos nos programas, por exemplo.

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A Memória RAM é composta por Placas, que são formadas por chips, que juntos somam o
total de memória existente em um computador.
Quando se deseja executar um programa, é necessário que ele seja armazenado na memória
para que a CPU tenha acesso às suas instruções. Ou seja, a CPU só executa instruções se
elas estiverem na memória.
A RAM é também chamada de memória volátil, porque os dados que são armazenados nela
só permanecem lá enquanto a memória estiver energizada. Caso o computador seja
desligado ou ocorra uma queda de energia, o conteúdo da memória RAM será perdido.

A Memória ROM
A ROM-BIOS (Read Only Memory - Basic Input-Output Services - Memória Apenas de
Leitura - Serviço Básico de Entrada e Saída) é um chip de Memória responsável por
armazenar os procedimentos iniciais de checagem da situação de nosso computador e de
caminho do Boot (carregamento do Sistema Operacional). A memória ROM não é volátil,
portanto as instruções nela contidas permanecerão mesmo com o computador desligado. As
suas instruções vêm programadas de fábrica com a sequência de inicialização do
computador.
A ROM-BIOS possui ainda um pequeno chip de memória, permanentemente carregado por
uma Pilha Alimentadora, que armazena as características programáveis do SETUP, onde
são armazenadas as configurações alteráveis da máquina, como data, hora, sequência de
Boot, etc.

A Memória CACHE
Memória cache é um tipo de memória de alta velocidade que fica próxima à CPU e consegue
acompanhar a velocidade de trabalho da CPU. Por ser uma memória de alta velocidade ela é
difícil de ser produzida e por isso mesmo muito cara.
Níveis de cache
De acordo com a proximidade do processador são
atribuídos níveis de cache. Assim, a memória cache
mais próxima da CPU recebe o nome de cache L1
(do inglês "level 1" ou nível Se houver outro cache
mais distante da CPU este receberá o nome de
cache L2 e assim por diante.
A grande vantagem aqui é que essa divisão da
memória cache em níveis torna a busca de
informações do processador mais otimizada, uma
vez que as informações estão divididas em blocos
de prioridade, dentro de cada particionamento de
nível. Assim, a performance do computador fica
muito melhor.

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O Disco Rígido: HD ou SSD
Se o Processador é quem executa nossas ordens, e é na Memória que ele trabalha, será no
Disco Rígido ou HD (Hard Disk) onde ele armazenará as informações de modo permanente.
O Disco Rígido (podendo haver mais de um no mesmo computador) possui em média de
100 Gigabytes a 1 (ou mais) Terabytes de capacidade de armazenamento, e é onde o
computador lê as informações que serão processadas. Essas informações são armazenadas
sob a forma de Arquivos, que são a unidade de armazenamento de informação em discos.
Nossos Arquivos podem ser de Programas, de textos, de banco de dados, de figuras, etc. E
seu tamanho também varia. Quando o processador lê um arquivo, ele o faz armazenando o
arquivo na memória.
A operação de inserir um arquivo no HD chama-se Gravar, e a de remover um arquivo
chama-se Excluir ou Deletar.
Quando trabalhamos com o HD gravando arquivos, nosso disco gira milhares de vezes por
minuto, onde uma cabeça magnética de gravação insere os dados binários na estrutura do
disco, sem sequer tocá-lo.
Para que um Disco possa estar útil é preciso que esteja Formatado, ou seja, tenhamos
criado no Disco os lugares para o armazenamento magnético de nossos dados. Esses locais
são chamados trilhas e setores. As trilhas são círculos concêntricos na superfície do disco e
os setores são subdivisões das trilhas. No momento da formatação é criado também o
Diretório, local onde serão armazenados os dados dos arquivos ali existentes, tais como
nome, tamanho, data de criação, localização, etc.
Um “drive” SSD (sigla do inglês solid-state drive) ou unidade de estado sólido, tem a mesma
funcionalidade (salvar seus dados enquanto o sistema é desligado, reiniciado, etc), como
um HD, porém ao invés de discos magnéticos o sistema é composto por vários chips de
memória flash, que retém a informação quando o equipamento é desligado da energia, similar
à um “pen-drive”.

O CD-ROM ou DVD
Compact Disc - Read Only Memory (Disco Compacto - Memória Apenas de Leitura) é
uma unidade de armazenamento de dados, mas, como o próprio nome diz, somente é
possível ler o CD.
Em um CD podemos ter música ou quaisquer tipos de arquivos. Podemos ouvir nossas
músicas através de um computador multimídia e ler os arquivos através de nossos
programas.
O CD-ROM possui uma tecnologia de leitura ótica, onde o reflexo da vibração de um feixe de
luz no disco produz os números 0 ou 1, transmitindo a informação. Em um CD-ROM podemos
ter até 74 minutos de música ou 650 Mb de dados gravados.
Atualmente existe também o CD-R (Compact Disc - Recordable, ou Gravável), uma espécie
de CD onde é possível gravar apenas uma única vez. Existe também o CD-RW que é um CD
que pode ser gravado e regravado várias vezes (1000 vezes segundo a maioria dos
fabricantes).
DVD, sigla de "Digital Video Disc" (em português, Disco Digital de Vídeo) derivada da
expressão inglesa "Digital Versatile Disc",[1] (em português, Disco Digital Versátil) é um
formato digital para arquivar ou guardar dados, som e voz, tendo uma maior capacidade de
armazenamento que o CD, devido a uma tecnologia óptica superior, além de padrões
melhorados de compressão de dados, sendo criado no ano de 1995.

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Periféricos, Interfaces ou acessórios
Chamamos de Periféricos, Interfaces e Acessórios a todo equipamento utilizado pelo
computador para intercambiar dados ou se comunicar com seu usuário ou com outros
computadores. O monitor, teclado, modem, fax, impressora, mouse, dentre outros, são
periféricos de nosso computador, pois é através deles que ele se comunica.
Quando uma mensagem é exibida na tela de seu monitor, por exemplo, o computador está se
comunicando com você. Por outro lado, quando digitamos algo no teclado, estamos nos
comunicando com ele.

Dispositivos de entrada e saída de dados


Esses Periféricos são classificados também de acordo com sua finalidade: ou servem para
enviar dados para o usuário ou para o computador. Chamamos esses periféricos de
Dispositivos de entrada e saída de dados, conforme esta disposição.
Aos periféricos usados para transmitirmos informações ao computador chamamos de
Dispositivos de entrada de dados; aos periféricos usados para o computador se comunicar
conosco enviando dados chamamos de Dispositivos de saída de dados; e aos que servem
tanto para entrada quanto para saída de dados chamamos de Dispositivos de entrada e
saída de dados.
Esses dispositivos de entrada e saída de dados são fundamentais para o correto
funcionamento de nosso computador. Sem eles, de nada serviria nosso computador, pois não
haveria meios de nos comunicarmos com ele.

DISPOSITIVO: TIPO DE COMUNICAÇÃO DE DADOS :

Monitor de vídeo sensível ao entrada e saída de dados


toque
monitor de vídeo saída de dados
impressora saída de dados
teclado entrada de dados
scanner entrada de dados
mouse, trackball, mousepad entrada de dados

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CAPÍTULO 2 - Software
O Computador Trabalha para você.
Para seu Computador funcionar de fato, ou seja, servir a você, ele precisará “rodar”
programas que sejam de seu interesse. Quando dizemos “rodar” estamos utilizando um termo
da informática que significa Executar, fazer funcionar um programa ou software.

Tipos de softwares
É incontável a quantidade de softwares existentes atualmente. São programas com as mais
diversas funções. Por exemplo, existem programas que controlam as obturações realizadas
em um paciente por um dentista, programas que exibem um cadastro de clientes de uma
empresa, emitem cobrança, imprimem cartas de convite, controlam a operação dos geradores
de uma usina hidrelétrica, etc., etc.
Existem três grupos básicos de softwares: Sistemas Operacionais ou Software Básico,
Software Aplicativo e Desenvolvedores.

Software Básico ou Sistemas Operacionais


Um Sistema Operacional é o chefe dos Softwares. Sem ele nenhum software pode ser
executado.

O Windows é um Sistema
Operacional que executa
seus programas em
“janelas”, onde podemos
alternar entre elas na
realização de alguma
tarefa.
Ao mesmo tempo,
podemos utilizar dados,
imagens e textos de um
programa em outro,
atualizá-los e modificá-los.

Ele é uma espécie de “gerente” do computador, é o responsável por controlar toda a máquina
Ele gerencia seus discos e arquivos, controla como o monitor exibe a imagem, define as
prioridades de impressão de uma impressora, reserva um espaço da memória para cada
programa, enfim, ele organiza tudo para nós podermos executar os nossos programas.
O Sistema Operacional é o único software que entra em contato direto com o Hardware. Os
demais programas se comunicam com o hardware através do sistema operacional.
Existem alguns tipos de Sistemas Operacionais: MS-DOS (Microsoft Disc Operation
System), Windows 95, Windows NT, Windows 2000 (todos da Microsoft), OS2-Warp (da
IBM), Mac OS (da Apple, para computadores Machitosh), Unix, Linux, dentre outros.
Cada Sistema Operacional tem uma finalidade e é produzido para um determinado tipo de
computador. O Windows, por exemplo, é o principal Sistema Operacional para PCs mais
utilizado hoje em dia.

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Softwares Aplicativos
São programas que cumprem finalidades específicas para determinados grupos de pessoas
ou interesses individuais. Uma empresa, por exemplo, podem criar um software para controlar
o número de empregados, seus endereços, etc.
A seguir alguns exemplos dos Softwares Aplicativos mais comuns:

Editores de Texto
Produzem documentos, cartas, malas-diretas, jornais, livros, etc. Ajudaram a acabar com a
máquina-de-escrever, pois permitem corrigir um erro automaticamente, e melhorar o texto
quando bem desejar, aumentando o tamanho da letra, alterando a cor, dividindo em colunas,
inserindo um desenho ou foto, etc.
Os principais Editores de Texto são Word (produzido pela Microsoft), Word Pró (produzido
pela Lotus), Word Perfect (Produzido pela Corel), e Carta Certa.

O Word, da Microsoft , é um
Editor de Texto bastante
versátil, possuindo ajudas
que constróem o tipo de
documento que deseja
criar, além de ser o Editor
mais usado nas empresas.
Sua versão mais atual ele
produz documentos para a
Internet.
Neste exemplo, ele está
executando o Assistente de
Certificado.

Planilhas Eletrônicas
São Editores especiais, capazes de construir Planilhas de cálculos, envolvendo fórmulas que
você cria ou muitas outras científicas, financeiras, etc. As Planilhas Eletrônicas criam ainda
gráficos com variados recursos em 3D, dentre muitas outras aplicações.
Com as Planilhas você pode construir apresentações utilizando programação, sofisticando um
relatório financeiro com resultados de cálculos, botões que realizam movimentações e ações,
tudo em um único documento, ou Pasta, como é chamada.

O Excel, da Microsoft ,
permite criarmos Planilhas
para inúmeras
aplicações.
Podemos criar planilhas
com fórmulas que, com a
digitação de poucos
dados, nos exiba relatórios
de faturamento,
crescimento de vendas,
valores de produtos,
produção, etc.

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Editores Gráficos e Editoração Eletrônica
São programas específicos, com a capacidade de trabalhar com alta resolução gráfica e
produzir criações profissionais, como jornais, panfletos publicitários, etc., utilizando fotos,
imagens e layout próprio.
Destaca-se nos Editores de Desenhos o Corel Draw, Photo Style, MS Imager, Imager
Composer, etc. E entre os programas de Editoração Eletrônica o Page Maker, Publisher,
dentre outros.
O Imager Composer da
Microsoft permite
formarmos páginas de
fundo com imagens
isoladas, compondo-as,
como no exemplo ao
lado.
É um excelente
aplicativo de Edição
Gráfica.

Gerenciadores de Banco de Dados


São programas de uso específico para o controle e gerenciamento de dados.

O Access permite
controlarmos e
gerenciarmos um Banco
de Dados que pode se
entrelaçar nas
informações, gerando
inúmeros relatórios.

Servem, por exemplo, para uma empresa que deseja controlar seus clientes, endereço,
dados, e atrelá-los à diversos tipos de consulta e exibição, desde relatórios até o envio de
cobrança.
Como exemplos temos o Access (da Microsoft), Dbase, Approach e o Fox Pro, SQL
Server, Sybase, Oracle.

Softwares Desenvolvedores
São programas com a finalidade especial de criar programas. Muitos de nossos programas
foram criados por eles, e utilizam diferentes Linguagens de programação, dependendo da
finalidade desse programa.
Quando queremos criar algum programa, utilizamos estes Desenvolvedores, e digitamos ou
usamos seus recursos de criação. Ao criarmos o programa, o desenvolvedor Compila-o, ou
seja, transforma o editado em um arquivo de execução do programa.

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Dependendo do uso e como foi criado, os Desenvolvedores podem ser usados para distintas
situações.
Como exemplo, temos o Visual Basic (da Microsoft), o Visual C++, Active X, J++.
O C++Builder, da Borland
(ao lado), permite criarmos
aplicativos utilizando formas
e apresentações visuais.
Já o J++, um editor de
linguagem Java, está
revolucionando os
Desenvolvedores de
aplicativos, por permitir
compatibilidade de
aplicação nos atuais
Sistemas Operacionais
existentes.

Linguagens de Programação
As diversas Linguagens de Programação representam maneiras diferenciadas de atingir um
objetivo definido. As Linguagens de Programação podem ser divididas em três tipos:
• Linguagem de Máquina
• Linguagem de Baixo Nível
• Linguagem de Alto Nível
A Linguagem de Máquina é a única linguagem que o computador entende. È uma linguagem
feita especificamente para cada tipo de processador, pois contém o conjunto de instruções
que o processador pode executar. Esta linguagem existe apenas em código binário, pois é o
único tipo de código que a CPU entende.
A Linguagem de Baixo Nível, ou Linguagem Assembly, é uma representação gráfica da
Linguagem de Máquina, ou seja, para cada comando em Linguagem de Máquina existe um
símbolo correspondente em Linguagem Assembly. Isto é feito para facilitar a vida do
programador que necessita desenvolver programas na linguagem nativa do processador. Um
programa feito em Linguagem Assembly precisa ser “montado”, ou seja, traduzido para a
linguagem de máquina para ser entendido pelo processador e então executado.
A Linguagem de Alto Nível é uma linguagem desenvolvida de maneira a ser bastante
parecida com a linguagem natural do ser humano. Elas foram desenvolvidas para facilitar o
desenvolvimento de programas científicos e comerciais. As linguagens de Alto Nível (tais
como FORTRAN, Pascal, COBOL, C, Java, entre outras) precisam ser compiladas para a
linguagem assembly e depois traduzidas para a linguagem de máquina.

19
CAPÍTULO 3 - Dispositivos de distribuição de dados

Hub
O hub é um dispositivo que tem a função de interligar os computadores de uma rede
local. Sua forma de trabalho é a mais simples se comparado ao switch e ao roteador: o hub
recebe dados vindos de um computador e os transmite às outras máquinas. No momento em
que isso ocorre, nenhum outro computador consegue enviar sinal. Sua liberação acontece
após o sinal anterior ter sido completamente distribuído.
Em um hub é possível ter várias portas,
ou seja, entradas para conectar o cabo de rede
de cada computador. Geralmente, há aparelhos
com 8, 16, 24 e 32 portas. A quantidade varia de
acordo com o modelo e o fabricante do
equipamento. Caso o cabo de uma máquina seja
desconectado ou apresente algum defeito, a
rede não deixa de funcionar, pois é o hub que a "sustenta". Também é possível adicionar um
outro hub ao já existente.
Hubs são adequados para redes pequenas e/ou domésticas. Havendo poucos
computadores é muito pouco provável que surja algum problema de desempenho.

Switch
O switch é um aparelho muito semelhante ao hub, mas tem uma diferença
significativa: os dados vindos do computador de origem somente são repassados ao
computador de destino. Isso porque os switchs criam uma espécie de canal de comunicação
exclusiva entre a origem e o destino. Dessa forma, a rede não fica "presa" a um único
computador no envio de informações. Isso aumenta o desempenho da rede já que a
comunicação está sempre disponível, exceto quando dois ou mais computadores tentam
enviar dados simultaneamente à mesma máquina. Essa característica também diminui a
ocorrência de erros (colisões de pacotes, por exemplo).
Assim como no hub, é possível ter
várias portas em um switch e a quantidade
varia da mesma forma. O hub está cada vez
mais em desuso. Isso porque existe um
dispositivo chamado "hub switch" que possui
preço parecido com o de um hub convencional.
Trata-se de um tipo de switch econômico,
geralmente usado para redes com até 24
computadores. Para redes maiores mas que
não necessitam de um roteador, os switchs são mais indicados.

Roteadores
O roteador (ou router) é um equipamento utilizado em redes de maior porte. Ele é mais
"inteligente" que o switch, pois além de poder fazer a mesma função deste, também tem a
capacidade de escolher a melhor rota que um determinado pacote de dados deve seguir para
chegar em seu destino. É como se a rede fosse uma cidade grande e o roteador escolhesse
os caminhos mais curtos e menos congestionados. Daí o nome de roteador.

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Existem basicamente dois tipos de roteadores:
• Estáticos: este tipo é mais barato e é focado em escolher sempre o menor
caminho para os dados, sem considerar se aquele caminho tem ou não
congestionamento;
• Dinâmicos: este é mais sofisticado (e conseqüentemente mais caro) e
considera se há ou não congestionamento na rede. Ele trabalha para fazer o
caminho mais rápido, mesmo que seja o caminho mais longo. De nada adianta
utilizar o menor caminho se esse estiver congestionado. Muitos dos roteadores
dinâmicos são capazes de fazer compressão de dados para elevar a taxa de
transferência.
Os roteadores são capazes de interligar várias redes e geralmente trabalham em
conjunto com hubs e switchs. Ainda, podem ser dotados de recursos extras, como firewall,
por exemplo.

Redes sem fio(wireless)

Usar algum tipo de cabo, seja um cabo de par trançado ou de fibra óptica é a forma
mais rápida e em geral a mais barata de transmitir dados. Os cabos de par trançado que
podem transmitir dados a até 1 gigabit a uma distância de até 100 metros, enquanto os cabos
de fibra ótica são usados em links de longa distância, quando é necessário atingir distâncias
maiores. Mas, em muitos casos não é viável usar cabos. A solução nestes casos são as
redes sem fio que estão caindo de preço e por isso tornando-se bastante populares.
O padrão mais usado é o Wi-Fi, também chamado de 802.11b. A topologia deste tipo
de rede é semelhante a das redes de par trançado, com um Hub central. A diferença no caso
é que simplesmente não existem os fios. Existem tanto placas para notebooks quanto para
micros desktop. O que precisa prestar atenção na hora de comprar é se o modelo escolhido é
bem suportado no Linux. Caso a placa tenha um driver disponível a configuração será
simples, quase como a de uma placa de rede normal.
O Hub é chamado de ponto de acesso (access point em inglês) e tem a mesma função
que desempenha nas redes com fios: retransmitir os pacotes de dados, de forma que todos
os micros da rede os recebam. Em geral nos pontos de acesso não existe limite no número
de estações que podem ser conectadas a cada ponto de acesso, mas a velocidade da rede
decai conforme aumenta o número de micros conectados a ele, já que apenas uma pode

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transmitir de cada vez. A velocidade também é mais baixa que a de uma rede convencional:
apenas megabits (em situações ideais, cerca de 60% disso na prática), muito menos que os
100 megabits a que estamos acostumados nas redes com fios. Mas, a maior arma do
802.11b contra as redes cabeadas é a versatilidade. O simples fato de poder interligar os PCs
sem precisar passar cabos pelas paredes já é o suficiente para convencer algumas pessoas,
mas existem mais alguns recursos interessantes que podem ser explorados.

Sem dúvidas, a possibilidade mais interessante é a mobilidade para os portáteis.


Tanto os notebooks quanto handhelds e as futuras webpads podem ser movidos livremente
dentro da área coberta pelos pontos de acesso sem que seja perdido o acesso à rede. Esta
possibilidade lhe dará alguma mobilidade dentro de casa para levar o notebook para onde
quiser, sem perder o acesso à Web, mas é ainda mais interessante para empresas e escolas.
Nocaso das empresas a rede permite que os funcionários pudessem se deslocar pela
empresa sem perder a conectividade com a rede e bastaria se aproximar do prédio para que
fosse possível se conectar à rede e ter acesso aos recursos necessários. No caso das
escolas a principal utilidade seria fornecer acesso à Web aos alunos.
Algumas lojas e aeroportos pelo mundo já começam a oferecer acesso à internet
através de redes sem fio como uma forma de serviço para seus clientes. Um exemplo famoso
é o da rede de cafés Starbuks nos EUA e Europa, onde todas as lojas oferecem acesso
gratuito à web para os clientes que possuem um notebook ou outro portátil com uma placa de
rede sem fio. O alcance do sinal varia entre 15 e 100 metros, dependendo da quantidade de
obstáculos entre o ponto de acesso e cada uma das placas. Paredes, portas e até mesmo
pessoas atrapalham a propagação do sinal. Numa construção com muitas paredes, ou
paredes muito grossas, o alcance pode se aproximar dos 15 metros mínimos, enquanto num
ambiente aberto, como o pátio de uma escola o alcance vai se aproximar dos 100 metros
máximos. Se colocar o ponto de acesso próximo da janela da frente da sua casa por exemplo,
provavelmente um vizinho distante dois quarteirões ainda vai conseguir se conectar à sua
rede. A potência do sinal decai conforme aumenta a distância, enquanto a qualidade decai
pela combinação do aumento da distância e dos obstáculos pelo caminho. É por isso que
num campo aberto o alcance será muito maior do que dentro de um prédio por exemplo.
Conforme a potência e qualidade do sinal se degrada, o ponto de acesso pode diminuir a
velocidade de transmissão a fim de melhorar a confiabilidade da transmissão. A velocidade
pode cair para 5.5 megabits, 2 megabits ou chegar a apenas 1 megabit por segundo antes do
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sinal se perder completamente. Algumas placas e pontos de acesso são capazes de negociar
velocidades ainda mais baixas, possibilitando a conexão a distâncias ainda maiores. Nestes
casos extremos o acesso à rede pode se parecer mais com uma conexão via modem do que
via rede local. É possível aumentar o alcance máximo da rede usando antenas mais potentes,
que podem ser compradas separadamente. Wired-Equivalent Privacy, que como o nome
sugere traz como promessa um nível de segurança equivalente à das redes cabeadas. Na
prática o WEP também tem suas falhas, mas não deixa de ser uma camada de proteção
básica que sempre deve manter ativada. A opção de ativar o WEP aparece no painel de
configuração do ponto de acesso. O WEP se encarrega de encriptar os dados transmitidos
através da rede. Existem dois padrões WEP, de 64 e de 128 bits. O padrão de 64 bits é
suportado por qualquer ponto de acesso ou interface que siga o padrão WI-FI, o que engloba
todos os produtos comercializados atualmente. O padrão de 128 bits por sua vez não é
suportado por todos os produtos. Para habilitá-lo será preciso que todos os componentes
usados na sua rede suportem o padrão, caso contrário os nós que suportarem apenas o
padrão de 64 bits ficarão fora da rede.
Atualmente existem pesquisas que mostram que a internet wireless pode ser bem
mais rápida que a convencional através do uso de radiofreqüência. Os pesquisadores
obtiveram taxas de 15 Gbps em distâncias de um metro, 10 Gbps em dois metros e 5 Gbps
para distâncias de cinco metros.Se essa estrutura de rede funcionar, toda a rede baseada em
cabeamento se tornará obsoleta. Com uma velocidade de transmissão desse nível é possível
baixar o conteúdo de um DVD inteiro em apenas cinco segundos. O maior desafio para os
engenheiros da Georgia Tech, atualmente, é aumentar as taxas de transmissão e diminuir o
consumo de energia de uma rede como essa. A pesquisa pode resultar numa rede pessoal
(PAN, na sigla em inglês), usando freqüencias de 60 GHz para melhorar a conectividade em
redes caseiras ou em escritórios. A equipe norte-americana espera que o sistema esteja
funcionando em até três anos.Segundo os pesquisadores, essa rede terá compatibilidade
com as atuais redes WiFi e a radiação emitida não é nociva à saude humana. A freqüência de
60 GHz é detida pela pele e por obstáculos como paredes. Isso explica por que o foco da
pesquisa são redes de curta distância.

Cabo utilizado nas instalações: par trançado


Definições

O cabeamento por par trançado (Twisted pair) é um tipo de fiação na qual dois
condutores são trançados um ao redor do outro para cancelar interferências eletromagnéticas
de fontes externas e interferências mútuas (linha cruzada ou, em inglês, crosstalk) entre
cabos vizinhos. A taxa de giro (normalmente definida em termos de giros por metro) é parte
da especificação do tipo de cabo.
Quanto maior o número de giros, mais o ruído é
cancelado. Foi um sistema originalmente produzido
para transmissão telefônica analógica, que utilizou o
sistema de transmissão por par de fios. Aproveita-se
esta tecnologia que já é tradicional por causa do seu
tempo de uso e do grande número de linhas
instaladas.

Utilidades e vantagens
A rede feita com cabo de par trançado está substituindo as redes de cabo coaxial de
50 Ohms devido à facilidade de manutenção, pois neste último é muito trabalhoso achar um
defeito devido a um mau contato ou qualquer problema com as conexões em algum ponto da

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rede, que acaba por refletir em todas as máquinas da rede, o que não acontece em uma rede
de par trançado.
Outro motivo para adoção do cabo de par
trançado foi à vantagem em atingir maiores
taxas de transferência. Com cabos
convencionais haveria comunicação, mas
com ruídos prejudicariam em muito a
qualidade. As taxas usuais são:
• 10 Mbps;
• 100 Mbps (Fast Ethernet); ou
• 1000 Mbps (Gigabit Ethernet).
As placas são intercompatíveis, mas
ao usar placas de velocidades diferentes, as duas vão conversar na velocidade da placa mais
lenta.
Quando existem várias máquinas envolvidas, os dados só podem ser recebidos ou
enviados por uma máquina de cada vez, enquanto isso, as outras máquinas esperam para
enviar os seus dados. Se o pacote de dados chegar corrompido, a máquina que os recebeu
requer que eles sejam enviados novamente e isto custará mais tempo de espera das outras
máquinas, então quanto mais perfeita a linha de dados, mais rápida será a rede, utilizando-se
placas Fast Ethernet e cabos CAT 5 obtém-se taxas de 100 Mbs.
Com a popularização das conexões rápidas (ADSL, Cabo etc.) as placas de 100 Mbps
e os Hubs tornaram-se acessíveis no seu preço, portanto são ideais para uma pequena rede
ou rede doméstica, e também utilizando o cabo UTP CAT 5. Deve-se verificar também a
ligação do cabo de acordo com os sinais envolvidos. No conector RJ-45, para a ligação de
rede convencional (10 ou 100 Mbps) somente os pinos 1,2,3 e 6 são na verdade utilizados.
Dependendo da ligação ou não dos demais pares, pode ocasionar ruídos quando menos de
10 Mb/s, e não funcionar a 100 Mb/s ,podendo até travar os computadores da rede.
A vantagem principal na utilização do par de fios é seu baixo custo de instalação e
manutenção, considerando o grande número de bases instaladas.

Taxa de transmissão
A taxa de transmissão varia de acordo com as condições das linhas utilizadas Todo o
meio físico de transmissão sofre influências do meio externo acarretando em perdas de
desempenho nas taxas de transmissão.
Essas perdas podem ser atenuadas limitando a distância entre os pontos a serem
ligados. A indução ocorre devido a alguma interferência elétrica externa ocasionada por
centelhamentos, harmônicos, osciladores, motores ou geradores elétricos, mau contato ou
contato acidental com outras linhas de transmissão que não estejam isoladas corretamente,
ou até mesmo tempestades elétricas ou proximidades com linhas de alta tensão.

Tipos de Cabo Par Trançado


Unshielded Twisted Pair - UTP ou Par Trançado sem Blindagem: é o mais usado
atualmente tanto em redes domésticas quanto em grandes redes industriais devido ao fácil
manuseio e instalação, permitindo taxas de transmissão de até 100 Mbps, e pelo fato de que
o cabo CAT 5 é o mais barato. Para distâncias maiores que 150 metros; emprega-se cabos
de fibra óptica, que vêm barateando os seus custos. Sua estrutura é de quatro pares de fios
entrelaçados e revestidos por uma capa de PVC
Shield Twisted Pair - STP ou Par Trançado Blindado (cabo com blindagem): É
semelhante ao UTP. A diferença é que possui uma blindagem feita com a malha do cabo.
Sendo basicamente necessário em ambientes com grande nível de interferência
eletromagnética. É mais caro, menos usado e necessita de aterramento. Este gênero de
cabo, por estar revestido, diminui as interferências eletromagnéticas externas, protegendo
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mais da umidade. Deve-se dar preferência a sistemas com cabos de fibra ótica em grandes
distâncias ou com elevadas velocidades de transmissão, podem ser encontrados com
blindagem simples ou com blindagem par a par.
Screened Twisted Pair - ScTP também referenciado
como FTP (Foil Twisted Pair), os cabos são cobertos pelo
mesmo composto do UTP categoria 5 Plenum. Para este tipo
de cabo, no entanto, uma película de metal é enrolada sobre
todos os pares trançados, o que contribui para um maior
controle de EMI, embora exija maiores cuidados quanto ao
aterramento do mesmo.

Categoria dos cabos


Os cabos UTP foram padronizados pelas normas da EIA/TIA com a norma 568 e são
divididos em 5 categorias, levando em conta o nível de segurança e a bitola do fio, onde os
números maiores indicam fios com diâmetros menores:
• Categoria do cabo 1 ( Voz): possui medida 26 AWG. São utilizados por
equipamentos de telecomunicação e rádio e não devem ser usados para uma
rede local (padronizado pela norma EIA/TIA-568B). (Não é mais indicado pela
norma TIA/EIA)
• Categoria do cabo 2 (Dados - LocalTalk)): usado antigamente nas redes token
ring chegando a velocidade de 4 Mbps. (Não é mais indicado pela norma
TIA/EIA)
• Categoria do cabo 3: cabo padronizado foi usado para transmissão de dados
até a freqüência 16 MHz e dados a 10 Mbps Ethernet em redes da mesma
capacidade. (Não é mais indicado pela norma TIA/EIA)
• Categoria do cabo 4: pode ser utilizado para transmissão até a freqüência de
20 MHz e dados a 20 Mbps foi usado em redes token ring a uma taxa de 16
Mbps. (Não é mais indicado pela norma TIA/EIA)
• Categoria do cabo 5: usado em redes fast ethernet em freqüências de até 100
MHz com uma taxa de 100 Mbps.
• Categoria do cabo 5e: é uma melhoria da categoria 5. Pode ser usado para
freqüências de até 125 MHz em redes 1000BASE-T gigabit ethernet.
• Categoria do cabo 6: definido pela norma ANSI TIA/EIA 568B-2.1 possui bitola
24 AWG e banda passante de até 250 MHz e pode ser usado em redes gigabit
ethernet a velocidade de 1.000 Mbps.
• Categoria do cabo 6a – Subcategoria dentro do CAT6. Providência acima de
500 MHz.
• Categoria do cabo 7 – Ainda em testes.
Essa tecnologia será avaliada aproximadamente em 2013. Diz-se que esta categoria
possui uma melhor blindagem do que a CAT6, e uma freqüência maior que 600 MHz
Características físicas Os cabos contém 4 pares de fios, que são crimpados (ligados ao
conector) com uma determinada combinação de cores onde existem dois padrões: T568A, o
mais utilizado, e o 568B criado pela AT&T.
A seqüência de cores na prática não é importante, desde que toda a rede seja
instalada desta mesma forma, mas a norma EIA/TIA 568A determina. Essa seqüência deve
ser usada pra ligar um computador a um hub, ou switch. Para evitar confusões no ato a EIA-
TIA 568-B prescreve que o par Branco-Azul seja designado com número 1, o par Branco-
Laranja número 2, o Branco-Verde número 3 e o Branco- Marrom número 4.

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Atualmente por facilidade de instalação e conexão as normas brasileiras permitem
alternativas de identificação em clores claras. A cor branca do par 1 fica como azul claroazul,
o par 2 branco-laranja, o par 3 verde claro- verde e o par 4 marrom claro-marrom Obs:
Existem cabos com diferentes representações destes códigos de cores:
• O fio com a cor branca pode ser a cor mais clara;
• Fio branco com uma lista de cor;
• Fio completamente branco. Neste caso é necessário ter atenção aos cabos que estão
entrelaçados;
Existem também limites de comprimentos para esse tipo de cabo. É recomendado um
limite de 80 a 100 metros de comprimento para que não haja lentidão e perda de informações.
Obs.: A taxa de transmissão de dados correspondente depende dos equipamentos a serem
utilizados na implementação da rede.
Obs: Um outro tipo de ligação de cabos pode também aparecer, chamado de cross-over, que
permite ligar diretamente dois micros, sem precisar do hub.

Conectores RJ-45

Nas redes de cabos UTP, a norma EIA/TIA padronizou o


conector RJ-45 para a conectorização de cabos UTP. São
conectores que apresentam uma extrema facilidade de manuseio,
tempo reduzido na conectorização e confiabilidade, sendo que
estes fatores influem diretamente no custo e na qualidade de uma
instalação. Os conectores estão divididos em dois tipos: macho
(plug) e fêmea (jack). O conector RJ-45 macho possui um padrão
único no mercado, no que diz respeito ao tamanho, formato e em
sua maior parte material, pois, existem vários fabricantes deste
tipo de conector, portanto todos devem obedecer a um padrão para que qualquer conector
RJ-45 macho de qualquer fabricante seja compatível com qualquer conector RJ-45 fêmea de
qualquer fabricante. Já o conector RJ- 45 fêmea pode sofrer algumas alterações com relação
à sua parte externa.
Para a conectorização do cabo UTP, a norma EIA/TIA 568 A/B determina a pinagem e
configuração. Esta norma é necessária para que haja uma padronização no mercado.
Contudo, existem, no mercado, duas padronizações para a pinagem categoria 5, o padrão
568 A e 568 B, que diferem apenas nas cores de dois pares de condutores do cabo UTP.

EIA/TIA-568A EIA/TIA-568B
1. Branco-Verde 1. Branco-Laranja
2. Verde 2. Laranja
3. Branco-Laranja 3. Branco-Verde
4. Azul 4. Azul
5. Branco-Azul 5. Branco-Azul
6. Laranja 6. Verde
7. Branco-Marrom 7. Branco-Marrom
8. Marrom 8. Marrom

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