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CAPÍTULO 3

ELETRÔNICA ANALÓGICA E DIGITAL.


A diferença entre eletrônica analógica e digital é o tipo de sinal processado. O
sinal analógico tem como principal característica a não ter descontinuidade no
valor, ou seja, não variar bruscamente no tempo. Normalmente um circuito
analógico responde a múltiplos níveis detensão.
A figura abaixo apresenta um sinal analógico variando continuamente no
tempo (corrente alternada) e um sinal sem variação no tempo
(correntecontínua).

Já o sinal digital apresenta variações descontínuas no tempo, ou seja,


normalmente o sinal varia bruscamente entre níveis definidos e conhecidos. Os
circuitos digitais baseiam-se na representação de números (dígitos) binários.
Portanto, normalmente respondem a apenas dois níveis de tensão,
representativos destes números. Os gráficos abaixo demonstram dois sinais
digitais: O primeiro varia entre 0 e 5V e o segundo entre -5 e +5V.

Os circuitos analógicos e os digitais tem a mesma finalidade: processar os


sinais de entrada e fornecer sinais de saída. O que varia de um para outro é a
maneira de funcionamento. Cada tipo tem suas vantagens edesvantagens.
Atualmente, o circuito digital tem avançado em áreas antes dominadas por
dispositivos analógicos (como áudio e vídeo, por exemplo), devido ao aumento
do poder de processamento dos circuitos integrados.

SISTEMAS DE NUMERAÇÃO
O homem, através dos tempos, sentiu a necessidade da utilização de sistemas
numéricos. Existem vários sistemas numéricos, dentre os quais se destacam: o
sistema decimal, o binário e o hexadecimal. O sistema decimal é utilizado por
nós no dia-a-dia e é, sem dúvida, o mais importante dos sistemas numéricos.

SISTEMA DECIMAL
O sistema decimal de numeração é composto por 10 símbolos ou dígitos: 0,
1, 2,3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9; usando tais símbolos, podemos expressar qualquer
quantidade. O sistema decimal, também chamado de sistema de base 10, pois
ele usa 10 dígitos, evoluiu naturalmente como resultado do fato de os seres
humanos, terem 10 dedos. O sistema decimal é um sistema de valor posicional,
no qual o valor de um dígito depende de sua posição. Por exemplo, o número
594significa:
40
Neste exemplo podemos notar que o algarismo menos significativo (4)
multiplicaaunidade(1ou100),osegundoalgarismo(9)multiplicaadezena(10ou 101) e
o mais significativo (5) multiplica a centena (100 ou 102). A soma desses
resultados irá representar o número. Podemos notar ainda, que de maneira
geral, a
regrabásicadeformaçãodeumnúmeroconsistenosomatóriodecadaalgarismo
correspondente multiplicado pela base (no exemplo 10) elevada por um índice
conforme o posicionamento do algarismo nonúmero.

SISTEMA BINÁRIO
No sistema binário de numeração, existem apenas dois algarismos: 0 (zero) e
1(um). Por isso sua base é dois. Cada dígito ou algarismo binário é chamado de
bit (do inglês “binarydigit”, ou seja, dígito binário). Um bit é a menor unidade de
informação nos circuitosdigitais.
A tabela a seguiu mostra a correspondência entre números decimais
ebinários:

Empregando a propriedade do valor de posição do dígito, podemos


representar qualquer valor numérico com os dígitos 0 e 1. Como a base de
numeração binária é 2, o valor de posição é dado pelas potências de base 2,
como mostra a tabela aseguir:

O valor da posição é indicado pelo expoente da base do sistema numérico.


Esse valor aumenta da direita para a esquerda. O valor da posição do bit mais
significativo (de maior valor) será a base elevada a n-1 (n = número dedígitos).
Por exemplo, 101011 é um número binário de 6 bits. Ao aplicar a fórmula,
5
temos 6 – 1 = 5. Assim, o bit mais significativo terá como valor de posição2 .

41
42
Conversão do sistema binário para o decimal
Para converter um número binário em decimal, deve-se multiplicar cada bit
pelo seu valor de posição (que é indicado pelo valor da base) e somar
osresultados.

Exemplo:
Na conversão de 110012 para o sistema decimal, procede-se da seguinte forma:

EXERCÍCIOS
1 – Converta do Sistema Binário para o SistemaDecimal.

1)
a) ( ) 710
b) ( ) 810
c) ( ) 910
d) ( ) 1010

2)
a) ( ) 1310
b) ( ) 1510
c) ( ) 1610
d) ( ) 1810

3)
a) ( ) 6510
b) ( ) 9810
c) ( ) 10210
d) ( ) 10710

4)
a) ( ) 510
b) ( ) 610
c) ( ) 810
d) ( ) 1010

6)
a) ( ) 9810
b) ( ) 12110
c) ( ) 23310
d) ( ) 24110

43
Conversão do sistema decimal para o binário
A conversão de números do sistema decimal para o sistema binário é
realizada efetuando-se divisões sucessivas do número decimal pela base a ser
convertida (no caso 2) até o último quociente possível. O número transformado
será composto por este último quociente (algarismo mais significativo) e, todos
os restos, na ordem inversa àsdivisões.
Exemplo:

O último quociente será o algarismo mais significativo e ficará colocado à


esquerda. Os outros algarismos seguem-se na ordem até o 1ºresto.

EXERCÍCIOS

1 - Converta do Sistema Decimal para o SistemaBinário:

1)
a) ( ) 110012
b) ( ) 110112
c) ( ) 111012
d) ( ) 111102

2)
a) ( ) 10000012
b) ( ) 10000112
c) ( ) 10001012
d) ( ) 10001112

3)
a) ( ) 1100002
b) ( ) 1100012
c) ( ) 1100102
d) ( ) 1100112

4)
a) ( ) 1100100002
b) ( ) 1100100102
c) ( ) 1100101102
d) ( ) 1101100002

5)
a) ( ) 10001000012
b) ( ) 10001000102
c) ( ) 10001001002
d) ( ) 10001010002

44
SISTEMAHEXADECIMAL
O sistema hexadecimal tem a base 16. Os 16 símbolos que constituem a
numeração hexadecimal são os seguintes algarismos e letras: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,
7, 8, 9, A, B, C, D, E eF.
A tabela a seguir mostra relação entre numeração decimal ehexadecimal.

Este sistema é muito utilizado na área dos microprocessadores e também no


mapeamento de memórias em sistemas digitais, tratando-se de um sistema
numérico muito importante, sendo aplicado em projetos de software ehardware.

Conversão do sistema hexadecimal para o decimal


Esta conversão é realizada como nos outros sistemas, através da soma dos
dígitos hexadecimais multiplicados pela base 16 elevada ao valor de posição
contando da direita para a esquerda, começando em 0.

EXERCÍCIOS
1 – Converta do Sistema Hexadecimal para o SistemaDecimal.

1)
a) ( ) 16110
b) ( ) 16310
c) ( ) 16510
d) ( ) 16710

2)
a) ( ) 43210
b) ( ) 43510
c) ( ) 43610
d) ( ) 44310
45
3)
a) ( ) 8010
b) ( ) 8510
c) ( ) 9510
d) ( ) 9610

4)
a) ( ) 110
b) ( ) 910
c) ( ) 1010
d) ( ) 1610

5)
a) ( ) 25110
b) ( ) 25510
c) ( ) 26110
d) ( ) 26510

Conversão do sistema decimal para o hexadecimal


Da mesma forma que nos casos anteriores, esta conversão se faz através de
divisões sucessivas pela base do sistema a ser convertido.
Exemplo:

EXERCÍCIOS
Converta do Sistema Hexadecimal para o SistemaDecimal.

1)
a) ( ) FC16
b) ( ) FD16
c) ( ) FE16
d) ( ) FF16

2)
a) ( ) B9616
b) ( ) BA616
c) ( ) BC616
d) ( ) BD616

3)
a) ( ) 34616
b) ( ) 34B16
c) ( ) 35616
d) ( ) 35A16

4)
a) ( ) 2AF16
b) ( ) 2BE16
c) ( ) 2CE16
d) ( ) 2DF16

46
47
5)
a) ( ) ED16
b) ( ) EE16
c) ( ) EF16
d) ( ) FF16

Conversão do sistema hexadecimal para o binário


É análoga à conversão do sistema octal para o sistema binário, somente, neste
caso, necessita-se de 4 bits para representar cada algarismo hexadecimal.

EXERCÍCIOS
1 – Converta do Sistema Hexadecimal para o SistemaBinário.

1)
a) ( ) 1111011012
b) ( ) 1111011102
c) ( ) 1111011112
d) ( ) 1111101012

2)
a) ( ) 1101100111101002
b) ( ) 1101100111101012
c) ( ) 1101100111101102
d) ( ) 1101100111110012

3)
a) ( ) 1111000012
b) ( ) 1111100012
c) ( ) 1111110012
d) ( ) 1111111012

4)
a) ( ) 11101112
b) ( ) 11110012
c) ( ) 11110102
d) ( ) 11111002

5)
a) ( ) 100000002
b) ( ) 1000000002
c) ( ) 10000000002
d) ( ) 100000000002

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Conversão do sistema binário para o hexadecimal
É análoga à conversão do sistema binário para o octal, mas neste caso,
agrupamos de 4 em 4 bits da direita para a esquerda.

EXERCÍCIOS

1 – Converta do Sistema Binário para o SistemaHexadecimal.

1)
a) ( ) 916
b) ( ) A16
c) ( ) B16
d) ( ) C16

2)
a) ( ) 3016
b) ( ) 3516
c) ( ) 3916
d) ( ) 4016

3)
a) ( ) 6816
b) ( ) 7816
c) ( ) 7916
d) ( ) 8916

4)
a) ( ) 4E716
b) ( ) 4E816
c) ( ) 4F716
d) ( ) 4F816

5)
a) ( ) 1D116
b) ( ) 1E116
c) ( ) 1E216
d) ( ) 1F116

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AritméticaBinária
As operações aritméticas podem ser realizadas com números binários,
exatamente da mesma forma como com números decimais.
O computador manipula os dados (números) através de uma representação
binária. Aprenderemos agora a aritmética do sistema binário, a mesma usada
pelos processadores.

Adiçãobinária
A adição de dois números binários é executada exatamente da mesma
maneira que a adição de números decimais. Existem apenas quatro casos que
podem ocorrer na adição dos dígitos binários (bits) em qualquerposição.
São eles:
0 + 0 =0
0 + 1 =1
1 + 0 =1
1 + 1 = 0 Vai 1 para a próxima posição(10)
1 + 1 + 1 = 1 Vai 1 para a próxima posição(11)

A adição é a operação aritmética mais importante nos sistemas digitais, pois


as operações de subtração, multiplicação e divisão, da forma como elassão
executadas na maioria dos computadores digitais e calculadoras modernas, na
verdade usam apenas a adição como sua operaçãobásica.

EXERCÍCIOS

1 – Efetue as operações no Sistema Binário.

1) + =
a) ( ) 1000102
b) ( ) 1001002
c) ( ) 1001102
d) ( ) 1001112

2) + =
a) ( ) 10000001002
b) ( ) 10000010002
c) ( ) 10000100002
d) ( ) 1000100002

3) + =
a) ( ) 10110102
b) ( ) 10111012
c) ( ) 10111102
d) ( ) 10111112

50
4) + =
a) ( ) 1110102
b) ( ) 1110112
c) ( ) 1111002
d) ( ) 1111012

5) + =
a) ( ) 1002
b) ( ) 1012
c) ( ) 1102
d) ( ) 1112

Subtraçãobinária
Para subtração de números binários utilizamos as seguintes regras:
0 - 0 =0
0 - 1 = 1 Vai 1 para a próxima posição(11)
1 - 0 =1
1 - 1 =0
0 - 1 - 1 = 0 Vai 1 para a próxima posição(11)

Em muitos computadores grandes e na maioria dos minicomputadores, a


operação de subtração é realizada usando-se a operação de adição. Este
processo requer o uso da forma complemento de 2.O complemento de 2 de um
número binário é obtido trocando-se cada 0 por 1, e cada 1 por 0, e somando-se
1 ao resultado. O primeiro passo, a inversão de cada bit, é chamado
complementação de 1.
Por exemplo, o complemento 1 de 10110110 é01001001.
O complemento de 2 de um número binário é formado somando-se 1 ao
complemento de 1 do mesmo número. Por exemplo, o complemento de 2 de
10110110 é obtido como aseguir:

A operação de subtração pode ser executada convertendo-se o subtraendo (o


número a ser subtraído em seu complemento de 2 e, então, somando-se ao
minuendo (o número do qual se subtrai). Para ilustrar, considere a subtração de
10012(910) de 11002 (1210). Note que, o complemento de 2 de 1001 = 0111.

51
EXERCÍCIOS

1 – Efetue as operações no Sistema Binário.

1) - =
a) ( ) 10101012
b) ( ) 10101102
c) ( ) 10101112
d) ( ) 10110002

2) - =
a) ( ) 102
b) ( ) 112
c) ( ) 1002
d) ( ) 1012

3) - =
a) ( ) 00102
b) ( ) 00112
c) ( ) 01102
d) ( ) 01112

4) - =
a) ( ) 02
b) ( ) 12
c) ( ) 102
d) ( ) 112

5) - =
a) ( ) 010002
b) ( ) 011002
c) ( ) 011112
d) ( ) 100012

52
53
CAPÍTULO 4

FUNÇÕES E PORTAS LÓGICAS.


Funçõeslógicas
As funções lógicas derivam dos postulados da álgebra de Boole, sendo as
variáveis e expressões envolvidas denominadas de booleanas. Nas funções
lógicas, temos apenas dois estadosdistintos:

O estado 0 (zero) e O estado 1(um).

O estado 0 representará, Por exemplo: portão fechado, aparelho desligado,


ausência de tensão, chave aberta, não, etc. O estado 1 representará, então:
portão aberto, aparelho ligado, presença de tensão, chave fechada, sim,etc.
As funções lógicas se dividem em doisgrupos:

Funções lógicas básicas (1°grupo): Função “E” ou“AND”


Função “OU” ou“OR”
Função “NÃO” ou “INVERSORA” ou “NOT” ou“INVERTER”
Funções lógicas derivadas (2°grupo): Função “NÃO E” ou“NAND”
Função “NÃO OU” ou“NOR”
Função “OU EXCLUSIVO” ou “EXCLUSIVE OR” ou“XOR”
Função “NÃO OU EXCLUSIVO” ou “EXCLUSIVE NOR” ou“XNOR”

Variáveislógicas
As variáveis lógicas são todas as variáveis envolvidas em um circuito digital,
podem ser de dois tipos: de entrada e desaída.

Variável lógica de entrada


É uma variável que pode assumir apenas dois valores e podem ser
proveniente de uma chave, sensores etc. São injetadas no circuito para serem
processadas. São representadas por letrasmaiúsculas.

Variável lógica de saída


Também pode assumir apenas dois valores lógicos. É resultado das variáveis
de entrada processadas pelo circuito lógico. São representadas por letras
minúsculas.
Um circuito lógico deve processar os valores lógicos fornecidos por suas
entradas e acionar a saída, dependendo das combinações das variáveis de
entrada. Estas combinações são demonstradas em uma tabela chamada tabela
verdade. Cada linha desta tabela corresponde a uma das possíveis combinações
das variáveis de entrada. Para determinar o número de combinações possíveis,
com determinado número de variáveis de entrada, utilizamos a
seguinteequação:
n
C =2
Onde:
C = número decombinações
n = número de variáveis deentradas

3
Exemplo: em um circuito com três variáveis de entrada, será possível 2 ,
combinações.

54
3
C=2 =8

A tabela verdade a seguir representará as possibilidades decombinações:

A saída y depende da função que o bloco lógicoexecuta.

FUNÇÃO E OUAND
A função E é aquela que executa a multiplicação de duas ou mais variáveis
booleanas esta função também é conhecida como função AND, nome derivado
do inglês. Sua representação algébrica para duas variações é S = A . B, onde se
lê S = A eB.Para melhor compreensão, vamos utilizar e analisar o circuito
representativo da função E visto nafigura.

Convenções: chave aberta = 0 chave fechada = 1


Lâmpada apagada = 0 lâmpada acesa=1

Analisando as situações, concluímos que só teremos a lâmpada acesa quando


as chaves A e B estiveremfechadas.

Tabela da verdade de uma função E ou AND


Chamamos Tabela da Verdade um mapa onde colocamos todas as possíveis
situações com seus respectivos resultados. Na tabela, iremos encontrar o modo
como a função se comporta. A seguir, iremos apresentar a tabela da verdade de
uma função E ou AND para 2 variáveis deentrada:

A B S
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1

55
Porta e ou and
A porta E é um circuito que executa a função E, sendo representada na
prática, através do símbolo visto nafigura.

Como já foi dito, a porta E executa a tabela da verdade da função E, ou seja,


teremos a saída no estado 1 se, e somente se, as 2 entradas forem iguais a 1, e
teremos a saída igual a 0 nos demaiscasos.
Notamos que a tabela da verdade mostra as 4 possíveis combinações das
variáveis de entrada e seus respectivos resultados nasaída.
O número de situações possíveis a 2n, onde n é o número de variáveisde
entrada.
3
Exemplo: n=3 2 =8.

FUNÇÃO “OU” OU “OR”.


A função OU é aquela que assume valor 1 quando uma ou mais variáveis da
entrada forem iguais a 1 e assume valor 0 se, e somente se, todas as variáveis
de entrada forem iguais a 0. Sua representação algébrica para 2 variáveis de
entrada é S = A + B, onde se lê S = A ou B.O termo OR, também utilizado, é
derivado do inglês.
Para entendermos melhor a função OU, vamos representá-la através do
circuito dafigura.

Usaremos as mesmas convenções do circuito representativo da função E,


vistoanteriormente.
Notamos pelas situações que teremos a lâmpada ligada quando chAou chBou
ambas as chaves estiveremligadas.

Tabela da verdade da função “OU” ou “OR”


Nesta tabela da verdade, teremos todas as situações possíveis com os
respectivos valores que a função OU assume. A tabela apresenta a tabela da
verdade da função OU ou OR para 2 variáveis deentrada.

A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1

56
PORTA “OU” OU “OR”.
É a porta que executa a função OU. Representaremos a porta OU através do
símbolo visto nafigura.

A porta OU executa a tabela da verdade de função OU, ou seja, teremos a


saída igual a 1 quando uma ou mais variáveis de entrada forem iguais a 1 e 0
se, e somente se, todas as variáveis de entrada forem iguais a0.

FUNÇÃO NÃO OUNOT


A função NÃO é aquela que inverte ou complementa o estado da variável, ou
seja, se a variável estiver em 0, à saída vai para 1, e se estiver em 1, à saída vai
para 0. É representada algebricamente da seguinte forma: S = A, onde se lê A
barra ou NÃOA.
Esta barra ou apóstrofo sobre a letra que representa a variável significa que
esta sofre uma inversão. Também, podemos dizer que Ā significa à negação deA.
Para entendermos melhor a função NÃO vamos representá-la pelo circuitoda
figura.
Analisaremos utilizando as mesmas convenções dos casosanteriores.

Tabela da verdade da função NÃO ou NOT


A tabela apresenta casos possíveis da funçãoNÃO.

A S
0 1
1 0

PORTA INVERSORA
O inversor é o bloco lógico que executa a função NÃO. Suas representações
simbólicas são vistas nafigura.

FUNÇÃO NÃO E, NE OUNAND.


Como o próprio nome “NÃO E” diz: essa função é uma composição da função
E com a função NÃO, ou seja, teremos a função E invertida. É representada
algebricamente da seguinteforma:

Onde o traço indica que temos a inversão do produtoA.B.

57
Tabela da verdade da função NE OUNAND
A tabela apresenta a função NE para 2 variáveis deentrada.

A B S
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0

Pela tabela da verdade, podemos notar que esta função é o inverso dafunção
E.

FUNÇÃO NE OUNAND.
A porta NE é o bloco lógico que executa a função NE. Sua representação
simbólica é vista nafigura.

FUNÇÃO NÃO OU NOU OUNOR.


Analogamente à função NE, a função NOU é a composição da função, NÃO
com a função OU, ou seja, a função NOU será o inverso da função OU. É
representada da seguinteforma:

Onde o traço indica a inversão da soma booleana A +B.

Tabela da verdade da função NOU ouNOR


A tabela apresenta a função NOU para 2 variáveis deentrada.

A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0

Podemos notar pela tabela da verdade que a função NOU representa a função
ouinvertida.

PORTA NOU OUNOR


A porta NOU é o bloco lógico que executa a função NOU. Sua representação
simbólica é vista nafigura.

58
FUNÇÃO OUEXCLUSIVO.
A função que ele executa, como o próprio nome diz, consiste em fornecer 1 à
saída quando as variáveis de entrada forem diferentes entresi.

A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0

Da tabela obtemos sua expressão característica: S = A . B + A .B


A notação algébrica que representa a função OU Exclusivo é S = A B, onde
se lê A OU Exclusivo B, sendo S = A B = A . B + A . B. O circuito OU Exclusivo
pode ser representado também pelo símbolo visto nafigura.

Uma importante observação é que, ao contrário de outros blocos lógicos


básicos, o circuito OU Exclusivo só pode ter 2 variáveis de entrada, fato este
devido à sua definição básica. O circuito OU Exclusivo também é conhecido como
Exclusive OR (XOR), termo derivado doinglês.

FUNÇÃOCOINCIDÊNCIA.
A função que ele executa, como seu próprio nome diz, é a de fornecer 1 à
saída quando houver uma coincidência nos valores das variáveis deentrada.
Vamos, agora, montar sua tabela daverdade:

A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 1

A tabela gera a expressão:

A notação algébrica que representa a função Coincidência é S = A !B, onde se


lê A Coincidência B, sendo:

O símbolo do circuito Coincidênciaé visto na figuraabaixo:

59
Se compararmos as tabelas da verdade dos blocos OU Exclusivo e Coincidência,
iremos concluir que estes são complementares, ou seja, teremos a saída de um
invertido em relação à saída do outro. Assim sendo, podemosescrever:

O bloco Coincidência é também denominado de NOU Exclusivo e do inglês


ExclusiveNOR.
Da mesma forma que o OU Exclusivo, o bloco Coincidência é definido apenas
para 2 variáveis deentrada.

QUADRORESUMO

60
EXERCÍCIOS
1 - A porta lógica que produz uma saída A.B é:
a) ( ) E
b) ( ) OU
c) ( ) NE
d) ( ) NOU

2 - A porta lógica que produz uma saída A + B é:


a) ( ) E
b) ( ) OU
c) ( ) NE
d) ( ) NOU

3 - Qual função lógica representa o circuito abaixo?

a) ( ) OR
b) ( ) AND
c) ( ) NOT
d) ( ) NOR

61
4 - Qual função lógica executa a tabela-verdade abaixo?

A B S
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0

a) ( ) AND
b) ( ) NOT
c) ( ) NOR
d) ( ) NAND

5 - Qual função lógica possui a mesma função do circuito lógico abaixo?

a) ( ) NOT
b) ( ) NOR
c) ( ) NAND
d) ( ) AND

EXPRESSÕES BOOLEANAS OBTIDAS DE CIRCUITOS LÓGICOS.


Todo circuito lógico executa uma expressão booleana e, por mais complexo
que seja, é formado pela interligação das portas lógicas básicas. Podemos obter
a expressão booleana que é executada por um circuito lógico qualquer. Para
mostrar o procedimento, vamos obter a expressão que o circuito da figura
abaixo executa:

Para facilitar, vamos dividir o circuito em duas partes:

62
Na saída S, teremos o produto A . B, pois sendo este bloco uma porta E, sua
expressão de saída será: S1 = A . B. Como S1 é injetada em uma das entradas
da porta OU pertencente a segunda parte do circuito e na outra entrada está a
variável C, a expressão de saída será:
S = S1 + C.
Para determinarmos a expressão final, basta agora, substituirmos a expressão
S1 na expressão acima, obtendo então:S = A . B + C ( expressão que o circuito
representa).
Outra maneira mais simples para resolvermos o problema, é a de
escrevermos nas saídas dos diversos blocos básicos do circuito, as expressões
por estes executadas. A figura abaixo ilustra este procedimento.

S=A.B+C

EXERCÍCIOS

1 – Determine a expressão booleana característica dos circuitos abaixo:

1)

a) ( ) S = ( A . B ) . ( C . D )
b) ( ) S = ( A + B ) . ( C + D )
c) ( ) S = ( A + B ) + ( C + D )
d) ( ) S = ( A . B ) + ( C . D )

2)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

63
3)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

4)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

e)

a) ( )
b) ( )
C) ( )
d) ( )

64
f)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

CIRCUITOS OBTIDOS DE EXPRESSÕES BOOLEANAS.


Vimos, no tópico anterior, que podemos obter uma expressão booleana que
um circuito lógico executa. Podemos também desenhar um circuito lógico que
executa uma expressão booleana qualquer, ou seja, podemos desenhar um
circuito a partir de sua expressão característica.
O método para a resolução consiste em se identificar as portas lógicas na
expressão e desenhá-las com as respectivas ligações, a partir das variáveis de
entrada. Para exemplificar, vamos obter o circuito que executa a expressão S =
(A + B) . C . (B + D).
Solucionaremos respeitando a hierarquia das funções da aritmética elementar,
ou seja, iniciaremos a solução primeiramente pelos parênteses.
Para o primeiro parêntese, temos a soma booleana A + B, logo, o circuito que
o executa será uma porta OU. Para o segundo, temos a soma booleana B + D,
logo, o circuito será uma porta OU. Até aí, temos então:

A seguir, temos uma multiplicação booleana dos dois parênteses juntamente


com a variável C, sendo o circuito que executa esta multiplicação, uma porta E:

65
Substituindo as saídas e no bloco da figura acima, obtemos o circuito
completo, que é visto na figura abaixo.

EXERCÍCIOS

1 - Desenhe o circuito que executa as seguintes expressões booleanas:

a)

b)

c)

d)

e)

TABELAS VERDADE OBTIDAS DE EXPRESSÕES BOOLEANAS


Uma maneira de se fazer o estudo de uma função booleana é a utilização da
tabela da verdade, que, como vimos anteriormente, é um mapa onde se colocam
todas as situações possíveis de uma dada expressão, juntamente com o valor
por esta assumido.
Para extrairmos a tabela da verdade de uma expressão, acompanhamos o
seguinte procedimento:
1) Montamos o quadro de possibilidades.
2) Montamos colunas para os vários membros da expressão.
3º) Preenchemos estas colunas com seus resultados.
4º) Montamos uma coluna para o resultado final.
5º) Preenchemos esta coluna com os resultados finais.

66
Para esclarecer este processo, vamos utilizar a expressão:

Temos na expressão, quatro variáveis: A, B, C e D, logo, terãovinte e quatro


possibilidades de combinação de entrada.Vamos, a seguir, montar o quadro de
possibilidades com quatro variáveis de entrada, três colunas auxiliares, sendo
uma para cada membro da expressão, e uma coluna para o resultado final (S):

1º 1º 1º
Resultado
A B C D membro membro membro
Final S
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 1 1 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 1 1
0 1 1 0 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 1 1
1 0 0 0 0 1 0 1
1 0 0 1 0 0 0 0
1 0 1 0 1 1 0 1
1 0 1 1 1 0 0 1
1 1 0 0 0 1 0 1
1 1 0 1 0 0 0 0
1 1 1 0 0 1 0 1
1 1 1 1 0 0 0 0

Convém observar que na coluna relativa ao primeiro membro, colocamos


os resultados da multiplicação de A com o inverso da variável B e C (A . B . C)
.Na do segundo membro, o resultado de AD e na do terceiro, o resultado de A .
B. D. Na coluna de resultado final (S) colocamos a soma booleana (porta OU)
dos três termos da expressão.Um outro modo de resolução, porém mais prático,
consiste no preenchimento direto da coluna com o resultado final. Para isto,
basta montar o quadro de possibilidades conforme o número de variáveis,
reconhecer na expressão operações notáveis que permitem a conclusão do
resultado final de imediato e, por exclusão, ir executando as operações até o
preenchimento total da tabela.
Para melhor entendimento, vamos levantar a tabela da expressãoutilizando
o modo mais prático.

Primeiramente, vamos montar o quadro de possibilidade para as três


variáveis envolvidas na expressão:
A B C S
0 0 0
0 0 1
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1

67
Logo após, vamos preencher a tabela utilizando os casos notáveis, que
permitem a conclusão do resultado final imediato:

Nos casos onde , temos S = 1, pois, sendo , temos na


expressão: (qualquer que sejam os valores assumidos pela
variável B ou pelo termo ).

Nos casos remanescentes onde B =1, temos S = 1, pois da mesma forma que
nos casos anteriores .
O termo será igual a 1, somente no caso remanescente 100, levando
para este caso a saída da expressão para 1 (S = 1).
Por exclusão, ou ainda, por substituição dos valores, concluímos que no
último caso (101), temos na saída S = O.
A tabela a seguir apresenta o resultado com todos os casos preenchidos e
assinalados conforme a análise efetuada.

EXERCÍCIOS

1 - Monte uma única tabela verdade para provar as identidades das expressões
abaixo:
a)
b)
c)
d)

2 - Monte a tabela da verdade das expressões:

a)

b)

68
c)

3 - Monte a tabela da verdadedo circuito abaixo:

EXPRESSÕES BOOLEANAS OBTIDAS DA TABELA VERDADE.


Até aqui, vimos como obter expressões a partir de circuitos, circuitos a partir
de expressões e tabelas da verdade a partir de circuitos ou expressões.
Veremos, neste item, como podemos obter expressões e circuitos a partir de
tabelas da verdade, sendo este o caso mais comum em projetos práticos, pois,
geralmente, necessitamos representar situações através de tabelas da verdade e
a partir destas, obter a expressão booleana e consequentemente, o circuito
lógico.
Para demonstrar este procedimento, vamos obter a expressão da tabela:

A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 1
1 1 1

Observando a tabela, notamos que expressão é verdadeira (S = 1) nos casos


onde:
A = O e B = O ou A = 1e B = O ou A = 1e B = 1.
Para obter a expressão, basta montar os termos relativos aos casos onde a
expressão for verdadeira e somá-los:

Caso 00: S = 1 quando, A = 0 e B = 0 ( = 1 e =1)


Caso 10: S = 1 quando, A = 1 e B = 0 ( A = 1 e =1) A.
Caso 11: S = 1 quando, A = 1 e B = 1 A.B

S=

Notamos que o método permite obter, qualquer que seja a tabela, uma
expressão padrão formada sempre pela soma de produtos. No próximo capítulo,
relativo à álgebra de Boole, estudaremos o processo de simplificação desta, bem
como, de outras expressões booleanas, possibilitando a obtenção de circuitos
mais simplificados.

69
EXERCÍCIOS
1 - Determine a expressão booleana das tabelas verdade abaixo.
a)
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 1
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 1
1 1 1 1

b)
A B C D S
0 0 0 0 0
0 0 0 1 0
0 0 1 0 0
0 0 1 1 0
0 1 0 0 1
0 1 0 1 0
0 1 1 0 1
0 1 1 1 0
1 0 0 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 0
1 0 1 1 1
1 1 0 0 0
1 1 0 1 0
1 1 1 0 0
1 1 1 1 0

c)
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1

EQUIVALÊNCIA ENTRE BLOCOS LÓGICOS


Vamos estudar, neste tópico, como podemos obter circuitos equivalentes a
inversores a partir das portas NE e NOU, e ainda, como formar portas NOU e OU
utilizando portas NE , E e inversores, e por último, como obter portas NE e E
utilizando portas OU, NOU e inversores.
Todas estas equivalências são muito importantes na prática, na montagem de
sistemas digitais, pois possibilitam maior otimização na utilização dos circuitos

70
integrados comerciais, assegurando principalmente a redução de componentes e
a consequente minimização do custo dos sistemas.

71
INVERSOR A PARTIR DE UMA PORTA NE
Vamos analisar a tabela da verdade de uma porta NE:

A B S
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0

Podemos notar que no caso A = O e B = O, a saída assume valor 1, e no caso


A= 1 e B = 1, a saída assume valor O.
Interligando os terminais de entrada da porta, estaremos fornecendo o
mesmo nível às 2 entradas (A = B). Sendo este nível igual a O a saída é igual a
l, e sendo este nível igual a 1, a saída é O, estando assim, formado um inversor.
A figura abaixo mostra uma porta NE com as entradas curto-circuitadas,
formando um inversor, e a tabela que se segue, sua função lógica.

Uma outra maneira de realizar a mesma equivalência consiste em fixar uma


das entradas da porta NE no nível 1 e utilizar a outra como sendo a entrada do
inversor. A observação dos 2 últimos casos da tabela explica este modo de
ligação (sendo A= 1: B =O => S = 1 e B = 1 => S = O). A figura abaixo ilustra
o outro modo de se obter um inversor a partir de uma porta NE.

INVERSOR A PARTIR DE UMA PORTA NOU

Analogamente ao caso anterior, vamos analisar a tabela da verdade de uma


porta NOU:

A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0

Interligando A e B, cairemos num caso idêntico ao do item anterior,


transformando a porta NOU em um inversor. A figura e a tabela a seguir,
mostram esta situação.

72
Observando a tabela 2.25 nos dois primeiros casos, concluímos que uma
outra maneira é a de aterrar (fornecer nível O) uma das entradas e utilizar a
outra como sendo a entrada do inversor (A = O : B = O => S = 1 e B = 1 => S
= O). A figura abaixo apresenta esta outra maneira de se obter um inversor a
partir de uma porta NOU.

PORTAS NOU E OU A PARTIR DE E, NE E INVERSORES


Estas equivalências são obtidas a partir dos Teoremas de De Morgan a
serem estudados no capítulo relativo à álgebra de Boole, sendo um deles a
identidade:

mostrando que uma porta NOU pode ser formada por um E com suas
entradas invertidas. A figura mostra esta equivalência e a tabela prova a
igualdade.

A B
0 0 1 1
0 1 0 0
1 0 0 0
1 1 0 0

Colocando, agora, um inversor à saída de cada bloco da figura obtemos a


equivalência entre uma OU ( obtida pela anulação mútua dos inversores) e uma
NE com as 2 entradas invertidas, conforme mostra a figura abaixo.

A partir da identidade: (outro teorema de De Morgan) obtemos a


equivalência entre uma porta NE e a porta OU com suas entradas invertidas. A
figura mostra esta equivalência e a tabela prova a igualdade.
As equivalências podem ser estendidas para portas com mais de 2 variáveis
de entrada.

73
74
PORTAS NE E “E”, A PARTIR DE OU, NOU E INVERSORES

A B
0 0 1 1
0 1 1 1
1 0 1 1
1 1 0 0

Da mesma forma que no caso anterior, colocando um inversor à saída de cada


bloco, obtemos a equivalência entre uma E (obtida pela anulação mútua dos
inversores) e uma NOU com suas entradas invertidas, conforme mostra a figura
abaixo.

Também nestes casos, as equivalências podem ser estendidas para portas


com mais de 2 variáveis de entrada.

QUADRO RESUMO

EXERCÍCIOS
1 - Desenhe o circuito OU Exclusivo, utilizando apenas portas NE.

2 - Desenhe o circuito que


q executa a expressão, somente com portas NOU:

75
76
ÁLGEBRA DE BOOLE E MAPA DE VEITCH-KARNAUGH

ÁLGEBRA DE BOOLE
Consiste na aplicação de um conjunto de postulados e teoremas com os quais
desenvolvemos a simplificação de uma expressãológica.

POSTULADOS

Postulado da complementação

Postulado da adição

Postulado da multiplicação

Teorema da absorção (identidades auxiliares)

77
78
TEOREMAS DE MORGAN

Exemplo: A expressão abaixo será simplificada através da álgebra de Boole:

TABELA RESUMO

79
80
EXERCÍCIOS

1 – Minimize as expressões booleanas abaixo:

a)
a) ( ) S = A
b) ( ) S =
c) ( ) S = 1
d) ( ) Não há minimização, neste caso.

b)
a) ( ) A+B
b) ( ) AB
c) ( )
d) ( ) Não há minimização, neste caso.

c)
a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( ) Não há minimização, neste caso.

d)
a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( ) Não há minimização, neste caso.

81
e)
a) ( ) S = 0
b) ( ) S = A
c) ( ) S = A + B
d) ( ) Não há minimização, neste caso.

MAPAS DE VEITCH–KARNAUGH
São dispositivos práticos para simplificação de expressões lógicas com até
cincovariáveis.
Constitui-se numa forma diferente de escrever uma tabelaverdade.
n
É constituído por 2 células, onde “n” é o número de variáveis. Cada célula
corresponde a uma das alternativas das combinações possíveis das variáveis, e
em seu interior indicamos o nível alto oubaixo.
A seguir as configurações dos mapas para até quatro variáveis:

82
TÉCNICAS DE SIMPLIFICAÇÃO PORMAPAS
POR MINITERMOS
Uma vez mapeados os dados, começa-se a “laçar” o maior número de células
com “1” formando laços que contenham um número de células potência de 2 e
que sejam vizinhas. Esgotados os laços maiores, parte-se para os laços de
ordem imediatamente inferior até que todos os “1” tenham sido laçados.
Considera-se célula vizinha aquela em que apenas uma variável mudou. A
expressão simplificada será dada por uma função “ou” de funções “E” das
variáveis que nãomudaram.

POR MAXITERMO
O processo é semelhante ao anterior, ou seja, os “laços” são de “0” e não de
1. Neste caso considera-se verdadeira os “0” e falsos os “1”. Porém desta forma
obtemos o complemento da função, ou seja, a saídaS.

Se formos considerar a simplificação por minitermos, obteremos aexpressão:


S = A .B

83
DIAGRAMA DE VEITCH-KARNAUGH PARA DUASVARIÁVEIS

As possibilidades assumidas pelas variáveis A eB.

TRANSFERÊNCIA DA TABELA PARA O MAPA


Veremos a forma correta de transferência da tabela verdade para o mapa,
devemos observar caso a caso, onde cada linha corresponde a uma combinação
possível.

FORMAS DE AGRUPAMENTO

84
DIAGRAMA DE VEITCH-KARNAUGH PARA 3VARIÁVEIS

As possibilidades assumidas pelas variáveis A, B eC.

85
TRANSFERÊNCIA DA TABELA PARA O MAPA

FORMAS DE AGRUPAMENTO

86
DIAGRAMA DE VEITCH-KARNAUGH PARA 4VARIÁVEIS
As possibilidades assumidas pelas variáveis A, B, C eD.

87
TRANSFERÊNCIA DA TABELA PARA O MAPA

88
FORMAS DE AGRUPAMENTO

Exemplo:

89
90
EXERCÍCIOS

1 - Faça os agrupamentos corretos para cada Mapa de Karnaugh dado:

2 – A partir da Tabela da Verdade dada, monte o mapa de Karnaught.

91
3 - Escreva a expressão booleana minimizada para cada Mapa de Karnaugh
dado:

a)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

b)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

c)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )
92
d)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

e)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

f)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

93
g)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

h)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

i)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

94
j)

a) ( )
b) ( )
c) ( )
d) ( )

4 – Simplifique as expressões obtidas das tabelas a seguir, utilizando os


diagramas de Veitch-Karnaugh.

a)
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 1

b)
A B C S
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 1
1 1 1 0

95
c)
A B C D S
0 0 0 0 1
0 0 0 1 0
0 0 1 0 1
0 0 1 1 0
0 1 0 0 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 1
0 1 1 1 1
1 0 0 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 1
1 0 1 1 0
1 1 0 0 1
1 1 0 1 0
1 1 1 0 1
1 1 1 1 1

5- Minimize as expressões a seguir, utilizando os diagramas de Veitch-Karnaugh:

a)

b)

96
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

· Sistema Digitais – Princípios e Aplicação _ ToCCi.


· Eletrônica Digital – J Martin.
· Elementos Eletrônica Digital _ Capuano.
· Curso Básico de Eletrônica Digital _ Nelton C Braga.

97
98

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