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Simbologia de Elétrica:

Você conhece os principais tipos de simbologia elétrica para projetos? Esse é um assunto que
muitos profissionais têm dúvidas sobre a correta representação e norma a ser seguida.

São diversos os elementos que podem compor uma instalação elétrica residencial. Dentre eles
estão: interruptores, tomadas, pontos de iluminação, condutores, eletrodutos, quadros de
distribuição e caixas de passagem. Por isso, é muito importante que todo profissional, que lida
com projetos elétricos, saiba ler, interpretar e representar esses elementos em planta baixa.

Pensando nisso, elaboramos este artigo, onde iremos abordar mais sobre as principais
representações de simbologia elétrica, bem como as normas mais comuns utilizadas, a fim de
simplificar essa tarefa. Então, sinta-se à vontade para sempre consultar esse material quando
necessário. Nele você encontrará:

 A simbologia elétrica residencial


 O objetivo da norma NBR 5444
 Por que usar a NBR 5444 mesmo tendo sido cancelada?
 Principais representações de simbologia elétrica
 Simbologia dos eletrodutos
 Simbologia dos condutores
 Simbologia dos quadros de distribuição
 Simbologia das caixas de passagem
 Simbologia dos interruptores
 Simbologia dos pontos de luz
 Simbologia das tomadas

Aproveite a leitura!

A simbologia elétrica residencial


A simbologia elétrica residencial existe justamente para representar os componentes elétricos
através de diferentes símbolos dentro de um projeto. Ou seja, trata-se de uma representação
gráfica e escrita dos elementos que compõem o projeto elétrico residencial.

Ela é necessária porque, tendo em vista que uma planta baixa de um projeto encontra-se
sempre em uma escala de representação reduzida, seria impossível retratar os componentes
reais de uma instalação elétrica.

Desta forma, para simplificar, muitos acabam recorrendo à utilização das normas ABNT,
principalmente a NBR 5444.

O objetivo da norma NBR 5444


Em 1989, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) criou a NBR 5444, com o
objetivo de estabelecer os símbolos gráficos referentes às instalações elétricas prediais.
Sua principal finalidade é a de padronizar a simbologia elétrica residencial utilizada pelos
profissionais da elétrica, de forma que qualquer profissional habilitado seja capaz de
compreender e executar a instalação através do projeto.

Por que usar a NBR 5444 mesmo tendo sido cancelada?


Sabemos que, em 2014, a NBR 5444 foi cancelada pela ABNT, sem substituição, pelo motivo
de estar em um formato antigo e desatualizado. Então, por que usá-la mesmo tendo sido
cancelada?

O fato é que, a NBR 5444 continua sendo referência na simbologia elétrica residencial,
justamente pela sua facilidade de compreensão e por não existir outra norma que a substitua.
Atualmente a recomendação da ABNT é a utilização das normas internacionais: NBR IEC
60617 e NBR IEC 60417. No entanto, estas ainda não foram traduzidas para o português.

Por isso, a utilização da NBR 5444, não é uma obrigação, apenas uma sugestão, por ser de
conhecimento geral. Afinal, como toda simbologia deve ser especificada na legenda do
projeto, o profissional pode optar por utilizar uma simbologia própria.

Principais representações de simbologia elétrica


Então, vamos entender melhor a construção da simbologia da NBR 5444?

Esta norma é baseada em figuras geométricas simples para permitir uma representação
adequada e coerente dos dispositivos elétricos. Sendo eles: o traço, o círculo, o triângulo
equilátero e o quadrado.

O Traço
O segmento de reta representa o eletroduto. Os diâmetros normalizados são segundo a NBR
5626, convertidos em milímetros, usando-se a Tabela 1 a segu

Fonte: ABNT

O Círculo

Representa três funções básicas: o ponto de luz, o interruptor e a indicação de qualquer


dispositivo embutido no teto. O ponto de luz deve ter um diâmetro maior que o do interruptor
para diferenciá-los. Um elemento qualquer circundado indica que este localiza-se no teto. O
ponto de luz na parede (arandela) também é representado pelo círculo.

O Triângulo Equilátero

Representa tomadas em geral. Variações acrescentadas a ela indicam mudança de significado


e função (tomadas de luz e telefone, por exemplo), bem como modificações em seus níveis na
instalação (baixa, média e alta).

O Quadrado
Representa qualquer tipo de elemento no piso ou conversor de energia (motor elétrico). De
forma semelhante ao círculo, envolvendo a figura, significa que o dispositivo localiza-se no
piso.

Simbologia dos eletrodutos

Os eletrodutos são como caminhos para os condutores, pois são eles que comportam os
condutores e os levam por toda a construção.

Nos eletrodutos, para todas as dimensões em mm indicar a seção, se esta não for de 15 mm.

Ver tabela 2 completa da norma NBR 5444 clicando aqui.

Simbologia dos condutores

Os condutores são os caminhos onde a corrente elétrica percorre até o seu objetivo final, que é
a carga. Nos condutores de fase, neutro, terra e retorno, cada traço representa um condutor, e
deve se indicar a seção, a seção, nº de condutores, nº do circuito e a seção dos condutores,
exceto se forem de eletroduto 1,5 mm².
Fonte: ABNT

Ver tabela 2 completa da norma NBR 5444 clicando aqui.

Simbologia dos quadros de distribuição

O quadro de distribuição é onde a energia vinda do padrão é dividida em circuitos para toda a
construção. Essa organização em circuitos é prática pois possibilita a manutenção sem que a
energia toda seja desligada, além de ser segura pois se algum acidente ocorrer, apenas um
circuito é danificado.

Fonte: ABNT

Simbologia das caixas de passagem

“As caixas de passagem são pontos abertos entre os eletrodutos. Elas são usadas para facilitar
a passagem dos cabos por locais que têm curvas ou para oferecer uma possibilidade de
manutenção em caso de longas distâncias.”

As dimensões das caixas de passagem devem ser dadas em mm, e a caixa de passagem da
parede deve indicar a altura e se necessário fazer detalhe.
Fonte: ABNT

Simbologia dos interruptores

Os interruptores são dispositivos que têm a função de seccionar o circuito quando são
acionados, ligando ou desligando o mesmo.

Fonte: ABNT

Ver tabela 4 completa da norma NBR 5444 clicando aqui.

Simbologia dos pontos de luz

Os pontos de luz podem ser classificados e representados de acordo com muitos fatores como:
potência das lâmpadas, o circuito que a luminária pertence e a quantidade de lâmpadas e
outros.

Existem também diversos tipos de iluminação que podem impactar na representação das
mesmas.
Fonte: ABNT

Ver tabela 5 completa da norma NBR 5444 clicando aqui.

Simbologia das tomadas

As tomadas são dispositivos conectados à rede elétrica que oferecem um ponto de conexão
para dispositivos elétricos e eletrônicos, a fim de evitar a conexão direta deles na rede.

Fonte: ABNT

Ver tabela 6 completa da norma NBR 5444 clicando aqui.

Existem tantas premissas para a correta elaboração de um projeto luminotécnico residencial


e/ou elétrico e, neste artigo, apresentamos apenas uma delas. Agora que você já sabe como
representar a simbologia elétrica adequadamente, que tal se aprofundar em outros âmbitos do
tema?

Como, por exemplo, as diferentes temperaturas de cor de luz. Isso mesmo! Você sabia que a
escolha das lâmpadas pode influenciar diretamente no resultado do seu projeto? Inclusive, não
apenas a sua cor, como também a estimativa adequada de sua potência, fluxo luminoso e
quantidade necessária para cada ambiente.
Simbologia Elétrica: Desenho Elétrico.
Calculo de Resistência ohn.

A resistência de um condutor, cujo símbolo é R, consiste na oposição que um


material oferece à passagem de uma corrente elétrica, convertendo parte da sua
energia em calor. A resistência R de um condutor depende da sua secção A, do seu
comprimento L e da resistividade do material de que é formado ρ, fatores que se
encontram relacionados pela fórmula R = ρL/A.
A unidade SI de resistência de um condutor é o ohm (Ω) em homenagem ao físico
alemão Georg Simon Ohm (1787-1854).
Nos circuitos de corrente contínua, a resistência (resistência óhmica) é a soma das
resistências dos vários elementos que integram cada circuito. É calculada
indiretamente pela aplicação da lei de Ohm: R = U/I, onde R é a resistência óhmica
expressa em ohms, U é a diferença de potencial aplicada nos terminais do circuito
expressa em volts e I representa a intensidade de corrente que circula ao longo do
mesmo circuito em amperes.
Nos circuitos de corrente alternada, a resistência elétrica total recebe o nome de
impedância (Z), sendo constituída por uma componente resistiva ®, equivalente à
resistência óhmica dos circuitos com corrente contínua e uma componente reativa
(X) ou reactância, que se encontram ligadas pela expressão: .

Intensidade de corrente

A intensidade de corrente elétrica consiste na quantidade de carga elétrica que


atravessa a secção reta de um condutor na unidade de tempo. A intensidade de
corrente representa-se por I e a sua unidade SI é o ampere em homenagem ao
físico e matemático francês André Ampère (1775-1836). Uma corrente elétrica diz-se
muito intensa se, em cada unidade de tempo, a secção reta do condutor for
atravessada por uma grande quantidade de carga elétrica. Por outro lado, também
existem correntes elétricas pouco intensas, isto é, correntes cuja intensidade é muito
inferior a 1 A. Assim, visto que existem correntes muito intensas e correntes pouco
intensas, é habitual trabalhar com submúltiplos e com múltiplos da unidade ampere.
A intensidade de corrente é medida com aparelhos que se designam amperímetros
que podem ser analógicos ou digitais. Estes aparelhos instalam-se sempre em série
e nunca podem ser ligados diretamente a um gerador.
lei de Ohm

As primeiras investigações sobre a condução da corrente elétrica ficaram a dever-se


ao físico alemão Georg Simon Ohm. Este, em 1827, formulou uma lei que permite
calcular a intensidade de corrente elétrica.
Ohm comparou a intensidade de corrente elétrica que se desloca através de um fio
com o fluxo da água ao longo de um tubo, dum depósito situado a maior altura, até
outro situado a uma altura inferior.
A quantidade de água que flui pelo tubo por unidade de tempo, equivale à
intensidade da corrente elétrica (I). Em vez da diferença de alturas entre os níveis da
água de um depósito para o outro, utiliza-se a diferença de potencial (V), aplicada às
extremidades do condutor. A resistência à passagem do líquido no interior do tubo
equivale à resistência elétrica (R) do fio.
Graças a estas analogias, Ohm supôs que a intensidade da corrente elétrica é dada
pelo quociente entre a grandeza diferença de potencial e a resistência elétrica do
condutor:
I = V/R
Esta lei é conhecida pela Lei de Ohm e pode ser enunciada da seguinte forma: para
certos condutores metálicos, homogéneos e filiformes, a uma dada temperatura, é
constante a razão entre a diferença de potencial e a intensidade da corrente. Esta
constante é a resistência do condutor.
R = V/I
Como os condutores aquecem tanto mais quanto maior for a intensidade de corrente
elétrica que os percorre, é necessário manter a temperatura constante, para que a
Lei de Ohm se verifique.
Os condutores que obedecem à Lei de Ohm designam-se por condutores óhmicos
ou lineares. Para estes condutores existe proporcionalidade direta entre a diferença
de potencial nos seus extremos e a intensidade de corrente que os percorre.
Os metais são o melhor exemplo de condutores óhmicos.
Os condutores que não obedecem à Lei de Ohm designam-se por condutores não
óhmicos ou não lineares. Para estes condutores não existe proporcionalidade direta
entre a diferença de potencial nos seus extremos e a intensidade de corrente que os
percorre, isto é, a resistência elétrica não é constante.
São exemplos de condutores não óhmicos os semicondutores.

diferença de potencial

Quando um corpo fica eletrizado é porque captou ou cedeu eletrões. Se captou


eletrões, ficou carregado negativamente e se, pelo contrário, perdeu eletrões, ficou
carregado positivamente. Diz-se, então, que cada um desses corpos se encontra a
um dado potencial elétrico.
Assim, se tivermos dois corpos que não estejam igualmente carregados, dizemos
que entre eles existe uma dada diferença de potencial (d.d.p.). Como consequência,
se ligarmos esses dois corpos através de um fio de material bom condutor haverá
uma corrente elétrica no sentido do corpo que possui mais eletrões (potencial
negativo) para o que possui menos (potencial positivo). Essa corrente só existirá
enquanto houver diferença de potencial entre os corpos. Para que continue a existir
corrente elétrica é necessário haver um dispositivo que mantenha a diferença de
potencial entre os dois corpos. Esses dispositivos são os geradores.
O nome da unidade SI de diferença de potencial é o volt e surgiu em homenagem ao
físico italiano Alessandro Volta (1745-1827). Esta unidade é relativamente pequena,
isto é, vulgarmente trabalha-se com diferenças de potencial muito maiores que 1 V.
Assim, é necessário ter em atenção alguns múltiplos dessa unidade, como é o caso
do quilovolt (kV) e do megavolt (MV).
Para medir diferenças de potencial utiliza-se um aparelho designado por voltímetro.
Estes podem ser analógicos ou digitais e instalam-se em paralelo com o dispositivo
elétrico nos extremos do qual se quer determinar a diferença de potencial.

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