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CURSO DE HARDWARE E MONTAGEM – Curso técnico..

Prof.º Adriano Queiroz Sobrinho – Técnico em Informática – Manaus – AM – (092)236-1779

A PLACA MÃE –PECULIARIEDADES TÉCNICAS - REFORÇO


Os fundamentos da arquitetura modular do PC estão na placa-mãe, peça-chave do hardware, à qual são co-
nectados todos os demais componentes e os periféricos do computador. Sua importância explica-se pelo fato de
que ela constitui o elemento determinante da arquitetura interna do computador, ou seja, da forma pela qual se
comunicam todos os componentes da máquina. A placa-mãe é uma placa de circuito impresso formada por um
conglomerado de camadas de baquelita ou resina, entre as quais se intercalam os diversos circuitos elétricos que
compõem as linhas de conexão que intercomunicam todos os seus elementos. Em geral, todas essas linhas de
comunicação integram fisicamente os buses de dados. No entanto, a placa-mãe não é unicamente uma placa de
circuito impresso. Em sua superfície se concentram os vários elementos que gerenciam e determinam seu funcio-
namento, como o soquete no qual é encaixado o microprocessador, os slots para os módulos de memória, o chip-
set e, entre outros componentes, os conectores dos buses de expansão e seus circuitos de apoio.
TIPOS DE PLACA-MÃE
Os componentes incorporados em uma placa-mãe determinam seu desempenho. Por exemplo, aquelas que possu-
em um soquete de tipo 7 só podem usar micro-processadores que utilizem esse tipo de conector, o que impede o
emprego dos processadores Pentium III ou Athlon, que exigem soquetes do tipo SIot 1l , Socket 370 ou Slot A.
Igualmente, o chipset determinará o restante das características técnicas básicas da placa-mãe e portanto do PC,
como o tipo de memória a ser utilizado, a freqüência do bus do sistema ou o número e o tipo de seus slots de
expansão. Vale acrescentar também que alguns modelos de placa-mãe incorporam em sua estrutura periféricos,
como placas de vídeo ou de som, que, habitualmente, são instalados a posteriori, na forma de placas de expansão.
Com esse procedimento, os fabricantes buscam reduzir o custo total de um computador. Com isso, o usuário se
beneficia de um preço mais baixo. Em compensação, não pode remover as placas para ampliar o computador a
seu modo. Para assegurar-se de não estar adquirindo um desses produtos, é importante que o usuário saiba que
as placas-mãe com periféricos incorporados, ou então os computadores que as têm integradas, costumam identifi-
car-se na publicidade com frases do tipo ‘Com placa de vídeo integrada à placa-mãe’.
FREQÜÊNCIA E MULTIPLICADOR
O relógio que marca a freqüência de trabalho do microproces-
sador também fica situado na placa-mãe. Portanto, quando se
instala um novo processador é necessário reconfigurar a fre-
qüência de trabalho dessa placa. Os microprocessadores atuais
costumam trabalhar com freqüências que ultrapassam ampla-
mente 300 Megahertz (MHz), embora o bus do sistema opere
apenas com freqüências de 66, 100 ou 1 33 MHz. Para alcançar
a freqüência interna do microprocessador, a placa-mãe usa um
fator de multiplicação aplicado à freqüência do bus do sistema.
Assim, um micro-processador de 300 MHz conta com uma fre-
qüência de bus de 66 MHz e com um multiplicador de 4,5. Os
microprocessadores Pentium II e Pentium
III, com uma freqüência de 350 MHz ou
superior, incorporam um bus de sistema
de 1 00 MHz que melhora notavelmente
seus desempenhos gerais. Os processado-
res Pentium III do tipo B, conhecidos co-
mo “coppermine”, vão um pouco mais
adiante, trabalhando com um bus de 133
MHz. Um aumento de freqüência do pro-
cessador incrementa sua velocidade de
processamento e de cálculo, embora a
comunicação com os demais componen-
tes, como as placas conectadas ao bus
PCI, mantenha-se sempre igual a 33 MHz.
Por outro lado, um aumento de freqüência
do bus do sistema aumenta a capacidade
de transferência com a memória, com o
bus PCI e com o bus AGP. As placas-mãe
são concebidas para funcionar com o bus

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do sistema a uma determinada freqüência, normalmente 66, 100 ou 133 MHz. Na maioria delas é possível aumen-
tar a freqüência de origem para além dos valores padrões. Essa opção permite aumentar o desempenho do com-
putador forçando o processador. A técnica, conhecida pelo nome de overcloking (ultrapassar o relógio), será expli-
cada detalhadamente mais adiante. A configuração da freqüência do bus do sistema e do multiplicador costuma
ser feita por meio de dois grupos de jumpers da placa-mãe situados nas proximidades do microprocessador, em-
bora muitas placas também possam ser configuradas a partir do menu do BIOS, sem que se toque em nada (sis-
tema jumperless, ou seja, sem jumper). Um dos grupos permite especificar a velocidade do bus; o outro, o multi-
plicador. Vale mencionar que ajustar mal uma freqüência e um multiplicador pode danificar seriamente o micropro-
cessador.
SLOTS DE EXPANSÃO
Uma das funções mais importantes da placa-
mãe é favorecer a conexão de novos periféricos
ao computador. Por meio dos slots de expansão
pode-se ligar uma placa diretamente a um bus
de dados; cada um desses buses tem um tipo de
conector especifico que permite evitar erros nas
conexões. Na maioria dos PCs há dois tipos de
slots, ISA e PCI. Além deles, os sistemas de
última geração também incorporam um slot AGP
para a placa gráfica.
Os slots ISA mantêm a compatibilidade com
placas antigas, embora algumas atuais ainda
usem esse bus de pouca capacidade porque
operam com fluxo de dados muito pequeno e
porque, fazendo isso, evitam ocupar um slot
PCI. O bus ISA tem capacidade máxima de
transmissão de 1 6 Megabytes por segundo,
bem inferior aos 1 32 Mb do PCI, usado pela
maior parte das placas de expansão que exigem
altas taxas de transferência. Hoje as placas ISA
estão em franco retrocesso e tudo indica que
desaparecerão da superfície das placas-mãe em
poucos anos.
OUTROS SLOTS
Alguns tipos de buses de expansão estão hoje em desuso, mas vale recordá-los. O primeiro IBM PC incorporava
um bus ISA de 8 bits, que posteriormente passou para 16 bits, gerando o bus ISA hoje encontrado na maioria dos
PCs. Quando esse bus começou a demonstrar sua ineficiência para lidar com a avalanche de informação ad-
ministrada por um PC, surgiram várias alternativas. A proposta da IBM (com o nome de MCA — Micro Channel Arqui-
tecture, ou seja, arquitetura microcanal) oferecia um bus de 32 bits mas tinha como desvantagens o uso exclusivo
em PCs IBM e a total incompatibilidade com os buses ISA existentes. Por outro lado, o bus EISA Extended ISA, ISA
estendido) permitia usar no mesmo slot qualquer tipo de placa ISA, propiciando uma largura de banda de 32 bits
em modo E lSA. Infelizmente, o alto custo dificultou sua implantação. Mais recentemente, dois buses de 32 bits, o
Vesa Local Bus e o PCI, competiram durante curto período de tempo. As poucas melhoras em desempenho obtidas
com a instalação do Vesa Local Bus acabaram por favorecer a afirmação do bus PCI, que se tornou um padrão.
SÓ PARA OPERAÇÕES GRÁFICAS
O avanço das artes gráficas e o desenvolvimento das tecnologias multimídia têm levado a um constante aumento
nos desempenhos gráficos dos PCs. O último aporte da lntel nesse campo ocorreu, paralelamente ao lançamento
do Pentium II, com a incorporação às placas-mãe de um slot do tipo AGP (Accelerated Graphics Port, porta de
gráficos acelerada) para esse microprocessador. As placas gráficas que utilizam esse bus dedicado evitam a in-
formação que flui pelo bus PCI ao se conectar diretamente ao chipset e conseguir, com isso, acesso mais rápido
tanto ao processador como à memória RAM. Essa porta dedicada aumenta consideravelmente a velocidade das
operações gráficas e permite às placas aceleradoras de 3-D que utilizem a memória RAM do sistema para armaze-
nar texturas e melhorar outras funções de visualização e de cálculo em 3-D.
O PADRÃO ATX

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Esse padrão é um conjunto de especificações técnicas que definem parâmetros para o desenvolvimento das pla-
cas-mãe e de alguns de seus complementos, como o gabinete do computador ou a fonte de alimentação. Em rela-
ção à estrutura PC-AT, a norma ATX constitui um aperfeiçoamento de projeto que, basicamente, afeta a distribui-
ção espacial dos componentes. A localização do microprocessador nas placas ATX permite que todas as placas de
expansão possam ser de tamanho completo. Já o projeto AI não possibilitava o emprego dessas placas porque
tanto o microprocessador como seu ventilador inutilizavam muitos slots. A fonte de alimentação também varia um
pouco de posição no padrão ATX, passando a situar-se acima do microprocessador, de modo que seu ventilador
ajuda a gerar a corrente de ar que o refrigera. Além disso, os soquetes reservados para os módulos de memória se
localizam numa zona consideravelmente menos congestionada por conectores e cabos, e por esse motivo podem
ser manipulados com maior comodidade. Outra característica da disposição dos componentes em uma placa ATX é
a localização dos conectores dos dispositivos de armazenamento, que ficam bem perto dos dispositivos físicos, de
maneira que os cabos de conexão podem ser mais curtos, o que contribui para mais ordem dentro da CPU.
GERENCIAMENTO DE ENERGIA
Graças à mudança da fonte de alimentação, o padrão ATX introduziu também melhoras em outros aspectos. Por
exemplo, o próprio PC pode ligar ou desligar a fonte, de modo que o controle do consumo de energia é mais com-
pleto e funcional. Com a instauração do padrão ACPl (Advanced Control Power lnterface, interface avançada de
controle de energia), um computador pode dar o boot automaticamente e desligar-se por estímulo de uma chama-
da telefônica ou de outro computador. Isso é possível graças ao fato de que os computadores AIX não se desati-
vam totalmente; quando se desliga um equipamento desse tipo, a fonte de alimentação continua fornecendo à
placa-mãe uma pequena tensão elétrica que lhe permitirá atuar quando necessário. Embora esse mecanismo tenha
implicado vantagens para os usuários domésticos, muitas grandes empresas não aceitam a idéia de instalar com-
putadores que incorporem fontes ATX e sistemas de gerenciamento de energia. Elas explicam que, se todos os
seus PCs fossem do padrão ACPI, eles continuariam consumindo energia fora dos horários de trabalho, o que signi-
ficaria um acréscimo desnecessário no consumo de eletricidade.
DISPOSITIVOS INTEGRADOS
Outra das muitas vantagens da norma ATX é a incorporação à placa-mãe de componentes que, nas placas AI,
embora indispensáveis, tinham de ser instalados a pos teriori. Por exemplo, muitas das placas-mãe do tipo AI não
possuíam as conexões necessárias para os dispositivos de armazenamento nem para as portas de comunicação ou
as portas de impressoras. Tais conexões dependiam da instalação de placas de expansão adicionais. Na parte pos-
terior das placas-mãe do tipo ATX encontram-se agrupados todos os conectores externos dos dispositivos por estas
suportados, as portas de teclado e mouse tipo PS/2, duas portas seriais e uma porta paralela para impressora.
Opcionalmente, as placas do tipo AIX podem também incorporar dois conectores para bus USBl (Universal Serial
Bus, bus serial universal), conectores de entrada e de saída de áudio e, ainda, um conector de rede local (LAN).
Para que todos os conectores possam coincidir com a abertura traseira dos gabinetes, cada placa-mãe AIX vem
acompanhada de uma máscara de alumínio, com seus próprios orifícios. Essa máscara é encaixada no espaço vazio
padrão dos correspondentes gabinetes.

l
SLOT 1 – Soquete de conexão criado pela Intel para os processadores Pentium II / III. Todas as placas que pos-
suem esse tipo de slots geralmente se baseiam na tecnologia ATX.
l
USB – (Universal Serial Bus) – Bus serial Universal, bus serial de última geração que permite interconectar até
127 periféricos em cadeia conseguindo uma velocidade até 100 vezes maior que a comunicação serial comum.

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