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Instituto Federal Catarinense

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
Arquitetura de Computadores
Aluno: Gustavo Matos Corrêa

Trabalho Barramentos de
Intercomunicação

Rio do sul
2022
Sumário

1. Introdução

2. Porta Serial

2.1 Porta Paralela

2.2 ISA 8Bits

2.3 ISA16Bits.

3. VESA

3.1 PCI 32 bits (33Mhz e 66Mhz)

3.2 PCI 64 bits (33Mhz e 66Mhz)

4. IDE ATA 33, IDE ATA 66, IDE ATA 100, IDE ATA 133

5. SATA I, SATA II, SATA III, ESata

6. AGP (1x, 2x, 4x, 8x)

7. USB (1.0, 2.0, 3.0, 4X) e FIREWIRE (1.0, 2.0, 3.0)

8. PCI Express Versão 1.0, 2.0, 3.0, 4.0 e suas velocidades (1x, 2x, 4x, 8x, 16X)

9. mSATA, PCIe, M.2 (SATA e PCIe, NVM)

10. Bluetooth V1, V2, V3 V4X

11. SCSI (Fast SCSI, Ultra SCSI, Ultra2 Wide SCSI, Ultra-320 SCSI)

12. VGA, DVI, HDMI

13. DisplayPort, Tecnologia Light Peak (Thunderbolt)

14. Novos (Mobile High-Definition (MHL) e eDP (Embedded DisplayPort)

15. Raid 0, Raid 1, Raid 5, Raid 6, Raid 50, Raid 60

16. SAS

17. Conclusão

18. Fontes
1- Introdução

Barramento é um conjunto de linhas de comunicação (fios elétricos em paralelo) que


permitem a comunicação entre os dispositivos do sistema computacional, tais como:
CPU; Memória principal; HD e outros periféricos. O desempenho do barramento é
medido por sua largura de banda (o número de bits que podem ser transmitidos ao
mesmo tempo), geralmente uma potência de 2: 8 bits, 16 bits, 32 bits, 64 bits, etc.
Também com velocidade de transferência medida em bps (bits por segundo) por
exemplo: 10 bps, 160 Kbps, 100 Mbps, 1 Gbps etc. Diferentes tipos de barramentos
resultaram em dispositivos de comunicação de dados que analisaremos nos próximos
artigos.
2- Porta Serial: O termo serial designa um envio de dados através de um fio único: os
bits são enviados uns após os outros. No início, a porta serial apenas tinha permissão
para enviar dados, mas não receber. Assim, são criadas portas bidirecionais (como as
dos computadores atuais), que possuem dois fios para realizar o envio e recebimento
de dados.

A comunicação serial é feita de forma assíncrona, o que significa que nenhum sinal de
sincronização (chamado de relógio) é necessário, ou seja, os dados podem ser
enviados em intervalos de tempo arbitrários. Por outro lado, o periférico deve ser
capaz de distinguir um caractere (um caractere tem 8 bits) da sequência de bits
enviada a ele.

Figura 1: Porta Serial

2.1- Porta Paralela: A transmissão paralela envolve o envio de dados para vários canais
(linhas) ao mesmo tempo. Uma porta paralela em um computador permite que 8 bits
(um byte) sejam enviados por 8 fios simultaneamente.

As primeiras portas paralelas bidirecionais permitiam velocidades de


aproximadamente 2,4 Mb/s. No entanto, foram desenvolvidas portas paralelas
aprimoradas para atingir velocidades mais altas, como as portas EPP (Enhanced
Parallel Port), que permitem velocidades em torno de 8 a 16 Mbps, e as portas ECP
(Enhanced Capability Port) criado por uma colaboração entre a Hewlett Packard e a
Microsoft. Assume as características de uma porta EPP adicionando suporte "plug and
play", ou seja, permite que o computador reconheça os periféricos conectados. A
porta paralela, como a porta serial, está integrada na placa-mãe. O conector DB25
permite conectar componentes externos.
Figura 2: Porta Paralela

2.3- ISA 8Bits e ISA16Bits: O barramento ISA (Industry Standard Architecture) é


formatado usando slots de 8 bits e 16 bits por vez. Além disso, em placas-mãe mais
antigas, o barramento ISA era usado internamente para comunicação entre o
processador e certos chips na placa-mãe.

O barramento ISA sempre opera a 8 MHz e as velocidades da CPU variam. O


barramento ISA, também conhecido como ISA AT para distingui-lo do barramento
anterior, tem 16 bits de largura e uma taxa de transferência de até 8 megabytes por
segundo.

Um conector ISA de 8 bits possui 62 contatos (62 pinos no soquete), enquanto um


cartão de 16 bits possui 98 contatos (98 pinos no soquete). Assim, o slot ISA de 16 bits
possui apenas um conector adicional de 36 contatos, tornando todas as placas de 8 e
16 bits compatíveis com versões anteriores.

3- VESA: Também conhecido como VLB (VESA Local Bus), foi desenvolvido pela Video
Electronics Standards Association (daí a sigla VESA) e funcionava, fisicamente, como
uma extensão do padrão ISA (havia um encaixe adicional após o slot ISA nas placas-
mãe compatíveis com o padrão).

O VESA/VLB podia operar a 32 bits e a frequência de barramento externo do


processador (o padrão na época era 33 MHz), o que permitia que sua taxa de
transferência de dados chegasse a 132 MB por segundo. Ainda assim, a tecnologia não
durou muito graças ao barramento PCI.

3.1- PCI 32Bits: O barramento PCI foi introduzido pela Intel no início dos anos 90. Sua
principal característica é a capacidade de transferir dados a taxas de clock de 32 bits e
33 MHz, especificações que permitem que o padrão transfira dados a taxas de até 132
MB/s. Obviamente, os slots PCI são menores que os slots ISA, assim como o seu
dispositivo.

O barramento PCI também passou por uma evolução: foram lançadas versões em 64
bits e 66 MHz, com expansão em seus slots. Sua taxa máxima de transferência de
dados é estimada em 512 MB/s.

Ainda assim, o padrão PCI de 64 bits nunca chegou a ser popular. Uma das razões para
isso é que a especificação impõe mais custos aos fabricantes. Além disso, a maioria dos
dispositivos no auge do PCI não exigia altas taxas de transferência de dados.
3.2- PCI 64Bits: O PCI-X versão 1.0 foi introduzido em 1998 e era capaz de operar em
66 MHz, 100 MHz e 133 MHz. Neste último, o padrão pode atingir taxas de
transferência de dados de até 1.064 MB/s. Por outro lado, o PCI-X 2.0 também pode
funcionar em 266 MHz e 533 MHz. Com eles, as taxas de transferência podem chegar a
2.132 MB/s e 4.266 MB/s, respectivamente. Apesar de oferecer uma taxa de
transferência impressionante, o PCI-X não durou muito: o padrão foi substituído pelo
PCI Express.

4- IDE ATA 33, IDE ATA 66, IDE ATA 100, IDE ATA 133: Na placa-mãe você pode
encontrar duas portas IDE (primária e secundária). Embora a interface SATA tenha se
difundido, a interface IDE ainda está em placas recentes e deve demorar alguns anos
até que desapareça completamente. Cada porta permite a instalação de dois drives,
então podemos conectar um total de 4 discos rígidos ou CD-ROMs na mesma placa.

Algumas placas-mãe têm 4 portas IDE (permitindo até 8 drives) assim como um
controlador IDE PCI, que inclui duas portas extras para situações onde mais de 4 drives
IDE são necessários no mesmo PC. Para diferenciar entre dois drivers montados na
mesma porta, é utilizado um jumper, que permite que cada drive seja configurado
como “master” ou “slave”.

Dois drivers montados na mesma porta compartilham o barramento que ela fornece, o
que sempre resulta em uma pequena perda de desempenho. Portanto, ao usar apenas
dois drives (por exemplo, um HD e um CD-ROM), é melhor instalar cada drive em uma
das portas, "jumpeando" ambos como drive primário. Caso precise instalar uma
terceira unidade, poderá conectá-la à primeira ou segunda porta IDE, mas precisará
configurá-la como “slave” de qualquer maneira, alterando a posição do jumper.
Figura 3: Conexão IDE

O cabo IDE possui, normalmente três encaixes, um plugado na placa-mãe e os outros


dois, um para cada dispositivo. As interfaces antigas, usadas em micros 386/486 e nos
primeiros micros Pentium suportam (de acordo com seu nível de atualização),cinco
modos de operação, do modo PIO 0 ao modo PIO 4:

Figura 4 - Taxa de transferência de microcomputadores 386 e 486

As interfaces IDE/ATA mais recentes também suportam Multiword DMA, um modo de


acesso direto no qual um HD ou CD-ROM pode transferir dados diretamente para a
memória sem que o processador esteja diretamente envolvido na transferência.

O Multiword DMA não é muito usado porque o Windows 95 não o suporta


diretamente e os drivers desenvolvidos pelos fabricantes geralmente têm problemas
de estabilidade.

Esta solução vem com o padrão ATA-4 ratificado em 1998. Ele nada mais é do que o
padrão Ultra ATA/33 (o nome mais comum), e foi usado em placas de PC Pentium II e
K6-2 produzidas antes de 2000. Tem uma taxa de transferência máxima de 33 MB/s e
suporta o modo UDMA 33, que permite transferências diretas para a memória,
também a 33 MB/s.

Depois que o problema do DMA foi finalmente resolvido, os fabricantes se


concentraram em aumentar a velocidade da porta. Depois, há os padrões atualmente
usados ATA-5 (Ultra ATA/66), ATA-6 (Ultra ATA/100) e ATA-7 (Ultra ATA/133). Esses
padrões suportam os modos UDMA 66, UDMA 100 e UDMA 133, respectivamente,
mantendo a compatibilidade com os padrões anteriores.
Figura 5 - Modos de Operação ATA

5- SATA I, SATA II, SATA III, eSATA: SATA I, conhecido como SATA 1,5 Gb/s, é a
primeira geração de interface SATA e opera a 1,5 Gb/s. A interface suporta taxa de
transferência de largura de banda de até 150 MB/s.

SATA II é chamado de SATA 3Gb/s e é a segunda geração de interface SATA rodando a


3.0Gb/s. A interface suporta taxa de transferência de largura de banda de até 300
MB/s.

SATA III é conhecido como SATA 6Gb/s, e é a terceira geração de interface SATA que
opera a 6.0Gb/s. A interface suporta taxa de transferência de largura de banda de até
600 MB/s. Esta interface é compatível com a interface SATA 3Gb/s.

Conhecidos como "External SATA" ou "eSATA", cabos blindados de até 2 metros


podem ser usados fora do PC para aproveitar os benefícios de armazenamento da
interface SATA. O eSATA oferece maior desempenho do que as soluções existentes e é
Hot pluggable.

6- AGP (1x, 2x, 4x, 8x): O barramento AGP (Accelerated Graphics Port) apareceu em
chipsets baseados em Slot One e suporte baseado em Super 7 em maio de 1997 para
gerenciar o fluxo de dados gráficos que se tornaram críticos para o barramento PCI.

A versão 1.0 do barramento AGP opera a 3,3 V e oferece o modo 1X, que permite
enviar 8 bytes a cada dois ciclos, e o modo 2X, que permite transferir 8 bytes por ciclo.

Em 1998, a versão 2.0 do barramento AGP introduziu o modo AGP 4X, permitindo o
envio de 16 bytes por ciclo. Uma versão 2.0 do canal AGP alimentado por 1,5V, o
chamado conector universal (universal AGP 2.0) também apareceu neste período,
suportando ambas as tensões.

A versão 3.0 do barramento AGP, criada em 2002, duplica a taxa de transferência do


AGP 2.0, fornecendo o modo AGP 8x a 32 bytes por ciclo.
Figura 6: Quadro das diferentes características das versões e modos AGP

7- USB (1.0, 2.0, 3.0, 4X) e FIREWIRE: FireWire é uma tecnologia que permite que
vários dispositivos se conectem e se comuniquem em alta velocidade, especialmente
entre um computador e um ou mais dispositivos compatíveis. Foi desenvolvido pela
Apple, que trabalhou nessa tecnologia durante a década de 1990. Em 1995, a
tecnologia recebeu o padrão IEEE 1394.

USB 1.1 foi lançado em 1998, esta versão foi desenvolvida para incluir o tipo de
interface utilizada para conectar periféricos, já que o padrão 1.0, lançado em 1996,
definia as especificações técnicas de todos os dispositivos USB, mas não dizia nada
sobre o conector padrão para ser utilizado, existindo assim uma mesma interface de
uso comum de todos os dispositivos, mas com diferentes tipos de conectores.

As velocidades previstas variam de 1,5 Mbps a 12 Mbps, mesmo na época de seu


lançamento, o USB 1.1 trouxe uma velocidade que já era considerada lenta em relação
a outros barramentos, como firmware e SCSI, mas já era um grande avanço em relação
às portas seriais e paralelas e no uso universal de um conector padrão para periféricos.

A revisão do padrão USB para a versão 2.0 em 2000 deu um grande passo em sua
popularidade. Com velocidade máxima teórica de transferência de 480 Mbps, passou a
ser amplamente utilizado por dispositivos que precisavam de mais largura de banda,
como pen drives e discos rígidos externos e até monitores.

O USB 3.0 fornece uma taxa de transferência de dados (teórica) de até 4,8 Gbps e 80%
mais fornecimento de energia do que os padrões anteriores. Faz uso de um conector
de 9 pinos em vez dos 4 pinos usados nas versões anteriores para controlar melhor o
fluxo de dados e o gerenciamento de energia. Distingue-se do outros pelo seu
conector de cor azul.
Figura 7: USB 3.0

Anunciado em março de 2019, mas lançado oficialmente no início de setembro, o


padrão 4.0 foi implementado a partir de 2020. Esta versão inclui uma porta USB-C em
ambos os lados, ao contrário das versões anteriores. Isso significa que é necessário
usar um adaptador para conectar o cabo USB 4.0 a uma porta externa com saída USB
3.0 ou posterior.

O USB 4.0 é duas mais rápido que o padrão anterior, o USB 3.1. Todas essas variantes,
no entanto, possuem o mesmo conector de outros padrões com um indicador azul no
soquete e nove pinos.

Figura 8: As velocidades do padrão USB até o 4.0


8- PCI Express Versão 1.0, 2.0, 3.0, 4.0 e suas velocidades (1x, 2x, 4x, 8x, 16X): Em
2001, durante um evento da Intel, a empresa demonstrou a necessidade de criar uma
tecnologia capaz de substituir os padrões PCI e AGP: era o 3GIO (Third Generation I/O).

Nesse mesmo ano, um grupo de empresas formou o consórcio PCI-SIG para tratar
dessa questão. A primeira especificação do 3GIO foi aprovada lá. Em abril de 2002, o
PCI-SIG aprovou um conjunto mais abrangente de especificações. Foi nessa época que
a tecnologia 3GIO mudou seu nome para PCI Express.

Em julho de 2002, o consórcio aprovou a especificação final do padrão e, como


resultado, foi criado oficialmente o barramento PCI Express 1.0, posteriormente
revisado para PCI Express 1.1.

Se um determinado dispositivo usa apenas uma lanes, trata-se de PCIe x1. Se usar
quatro lanes de transferência de dados, é PCIe x4. Oito lanes é PCIe x8, 16 lanes, é PCI
x16. A maioria das placas de vídeo são baseadas em PCI Express x16. Porque, quanto
mais rotas, mais dados são vendidos ao mesmo tempo.

Figura 9: Taxas máximas teóricas

Em 2007, o grupo PCI-SIG introduziu o PCI Express 2.0. A principal característica desta
nova versão é a alta largura de banda (bandwidth) de cada canal: até 500 MB/s. Isso
significa que uma conexão PCIe 2.0 com x16 pode atingir 8 GB/s na transferência de
dados (16 x 500 MB/s).

O PCI Express 3.0 foi lançado em 2010, oferecendo o dobro do desempenho do PCIe
2.0. Esta versão funciona com 8 GT/s. A largura de banda de cada lane é de 1 GB/s. Isso
significa que um dispositivo PCIe 3.0 com x16 pode lidar com até 16 GB/s.

A especificação PCI Express 4.0 foi concluída em 2017. O PCI-SIG teve dificuldades para
dobrar seu desempenho com o PCIe 3.0 e manter a compatibilidade com versões
anteriores.

PCIe 4.0 é capaz de 16 GT/s e 2 GB/s por lane. Como resultado, a conexão PCI Express
4.0 x16 tem uma velocidade teórica de até 32 GB/s, a codificação é 128b/130b.
Figura 10: Velocidades do PCIe

9- mSATA, PCIe, M.2 (SATA e PCIe, NVM): SATA é a interface e protocolo mais comum,
permitindo uma velocidade de transferência teórica de 6 Gb/s (gigabits por segundo) e
taxas de transferência de aproximadamente 550 MB/s (megabytes por segundo).

Figura 11: SATA

mSATA é uma versão menor do padrão SATA, daí o “m”. O padrão foi projetado para
que os SSDs tenham conectores menores e possam ser compactos, especialmente para
atender às necessidades de economia de espaço dos notebooks.

Figura 12: mSATA


M.2 é o padrão atual para desktops e notebooks. Extremamente compacto, o formato
favorece a criação de notebooks ultrapequenos e se tornou um favorito da indústria.

O problema é que o M.2 funciona com os dois protocolos: PCIe e SATA. Nesse sentido,
se o computador tiver uma porta M.2 SATA e o usuário instalar um SSD M.2 PCIe,
haverá incompatibilidade.

Figura 13: M.2

A interface SATA Express usa o protocolo PCIe para obter velocidade. Apesar da
aparente diferença, é possível conectar um dispositivo SATA antigo à porta Express,
assim como um disco rígido externo USB 3.0 funciona com uma porta USB 2.0: a única
diferença é a velocidade de operação, que é baixa. Atinge velocidades de 10 Gb/s em
comparação com os 6 Gb/s da SATA.

Figura 14: SATA Express


O NVM usa o protocolo PCIe e pode ser encontrado em SSDs grandes ou compactos.
Em tese, o NVMe promete velocidade de 32 Gb/s e se posiciona como a interface do
futuro, pois, projetado para atender SSDs, corrige uma série de limitações das opções
anteriores. Atualmente, a Apple já está usando essa tecnologia em MacBooks.

Figura 15: NVM

10- Bluetooth V1, V2, V3 V4X: O Bluetooth 1.0 foi criado em 1994, a primeira versão
operava na frequência de 721 kbps. No início, o desempenho era muito bom,
conforme os aparelhos mudaram, o desempenho ficou obsoleto, surgiu, em 2001, a
variante 1.1 e, em 2003, a variante 1.2.

O Bluetooth 2.0 surgiu em 2004, a versão trouxe novas melhorias, tornando o serviço
muito rápido, para 3 Mb/s, além de baixíssimo consumo de energia. A taxa de EDR
(Enhanced Data Rate) foi outro recurso que triplicou a taxa de transferência de dados.
Embora não fosse obrigatório, sem ele, a velocidade de transferência era lenta. Em
2007 veio a versão 2.1, que oferece mais segurança aos usuários.

O Bluetooth 3.0 surgiu da busca por melhor velocidade, que apresentou o modelo em
2009, saltando para até 26 Mb/s. Este número só é possível com o sistema High Speed
(HS).

O Bluetooth 4.0 surgiu como resultado de uma série de reclamações de usuários, neste
caso, com foco no baixo consumo de energia. Se o recurso não for usado, mesmo que
esteja ativado, a bateria dos dispositivos móveis não consumirá tanto dinheiro quanto
antes.

Com a introdução da Internet das Coisas e a necessidade de maior segurança, a versão


4.1 chegou no final de 2013. Essa mudança foi importante para tornar o Bluetooth um
recurso básico dos dispositivos e não apenas um complemento.
11- SCSI (Fast SCSI, Ultra SCSI, Ultra2 Wide SCSI, Ultra-320 SCSI): Abreviação de Small
Computer System Interface, SCSI é uma tecnologia projetada para permitir a
comunicação entre dispositivos de computador de forma rápida e confiável. Seu uso é
mais comum em HDs (discos rígidos), embora outros tipos de dispositivos tenham sido
introduzidos usando essa tecnologia, como impressoras, scanners e drives de fita.

SCSI-2 (ou Fast SCSI) é uma versão lançada em 1990 para contornar algumas das
limitações do SCSI-1. Essa especificação incluía recursos que, na primeira versão, não
eram necessários, levando a problemas de compatibilidade. Entre eles está um
conjunto de cerca de duas dúzias de comandos chamado Common Command Set
(CSS). Esta versão do SCSI também se caracteriza por operar com frequências de até 10
MHz e 8 bits, resultando em uma taxa de transferência máxima de 10 MB/s. Aqui só é
possível trabalhar com até oito dispositivos no mesmo barramento.

O SCSI-3 foi oficialmente reconhecido em 1995, é caracterizado por várias


especificações. O primeiro, chamado simplesmente SCSI-3 ou Ultra SCSI, trabalha com
8 bits e frequência de 20 MHz, podendo transferir até 20 MB/s. Aqui, até oito
dispositivos podem ser conectados. Em seguida, veio o Wide Ultra SCSI, que também
possui frequência de 20 MHz, mas transfere 16 bits por vez, tornando esta versão uma
velocidade de 40 MB/s e suporte para até dezesseis dispositivos.

Há também o Ultra2 SCSI, que também possui uma taxa máxima de transferência de
dados de 40 MB/s, mas opera em uma frequência de 40 MHz e 8 bits. Muitos
conhecem esta versão como SCSI-4. O número de dispositivos suportados é oito.

Em seguida, vem o Wide Ultra2 SCSI, que opera em 16 bits e frequência de 40 MHz,
resultando em velocidade máxima de 80 MB/s e suporte para dezesseis dispositivos.

As versões Ultra160 SCSI, Ultra320 SCSI e Ultra640 SCSI apareceram posteriormente.


Os números nos nomes referem-se à taxa máxima de transferência de dados. Além
disso, essas versões fazem parte da série de revisões SCSI-3. Ultra320 SCSI tem clock
de 80 MHz, resultando em uma velocidade máxima de 320 MB/s.
Figura 16: Principais características das versões do SCSI

12- VGA, DVI, HDMI: Video Graphic Away (VGA) significa padrão gráfico de vídeo e é
usado para conectar, por exemplo, um computador à TV, entre outros monitores.
Inventado pela IBM no final da década de 1980, capaz de reproduzir 256 cores e com
resolução de 640X480 pixels, abandonou os monitores monocromáticos e abriu o
precedente para novas tecnologias de vídeo.

DVI significa Digital Visual Interface e é um cabo semelhante ao VGA, mas funciona
como um conector que utiliza um sinal digital para transmitir imagens de uma placa de
vídeo para um monitor, como uma TV LCD. Foi fundado por um conglomerado e seu
principal objetivo era transportar dados não compactados. A tecnologia é 100% digital,
diferente do VGA, que é analógico. Desta forma, o DVI traz mais qualidade ao display
de cristal líquido.

HDMI ou High Definition Multimedia Interface, é o mais popular entre os cabos de


conexão. É um transmissor de dados para dispositivos de alta resolução. Por exemplo,
ele pode ser usado para conectar um computador a TV. HDMI é um padrão que vem
sendo desenvolvido desde 2003, com versões de 1.2 a 2.0. A principal diferença entre
elas está na largura de banda de transferência de informações.
13- DisplayPort , Tecnologia Light Peak (Thunderbolt): Displayport é o único cabo de
computador padrão desenvolvido pela Video Electronics Standards Association (VESA),
foi criado para ser um padrão aberto, sem a necessidade do desenvolvedor pagar taxas
para colocar a interface em seu produto. Ele adiciona alguns recursos, como baixo
consumo de energia, alta capacidade de transferência de imagem, 2560 x 1600 pixels
(comprimento do cabo deve ser menor ou igual a 3 metros) com alta resolução e 8
canais de áudio. Graças à baixa tensão de 2V, a tecnologia permite que o Displayport
seja integrado diretamente no chipset, eliminando a necessidade de controladores
externos ou circuitos especiais, reduzindo custos e aumentando a lucratividade.

Thunderbolt é uma tecnologia de I/O super-rápida criada pela Intel para conectar
dispositivos que exigem largura de banda muito alta, como telas de alta definição.
Desenvolvido em colaboração com os responsáveis pelo hardware da Apple.
Inicialmente chamada de Light Peak, essa tecnologia foi desenvolvida em meados de
2009 e demonstrada em 2010. O padrão inclui na camada de aplicação dois outros
padrões já conhecidos e utilizados na indústria, PCI Express e DisplayPort. Portanto, ele
pode conectar monitores e dispositivos de armazenamento.

Cada porta Thunderbolt padrão possui dois canais full-duplex capazes de transmitir
dados em até 10 Gbps por canal. Isso é suficiente para transmitir um filme em alta
definição em menos de 30 segundos, segundo a própria Intel.

Figura 17: Velocidade Thunderbolt


14- Mobile High-Definition (MHL) e eDP (Embedded DisplayPort): MHL, ou Mobile
High Definition Link, é uma tecnologia de processamento de áudio e vídeo digital
projetada para conectar dispositivos móveis a dispositivos que usam alta definição
(HD). Com ele, o usuário pode conectar o smartphone à HDTV para assistir conteúdo
com qualidade 1080p, por exemplo. Lembrando que o HDMI inviabilizou o uso em
dispositivos portáteis (como smartphones), um consórcio formado por várias
empresas, como Nokia, Samsung, Sony, Toshiba e Silicon Image, quis criar uma
interface com um número pequeno de pinos, que era mais adequado para o tamanho
dos dispositivos móveis e ainda capaz de produzir o que o HDMI faz, e com um único
cabo.

Figura 18: Cabo MHL

Embedded DisplayPort, comumente conhecido como eDP, é baseado no padrão VESA


DisplayPort. O eDP oferece resoluções de exibição além de 4K. Projetado para
substituir a interface de exibição LVDS interna desenvolvida em meados da década de
1990, o eDP é usado em praticamente todos os novos computadores com exibição
interna, incluindo laptops, multifuncionais e muitos tablets de alta resolução e alta
qualidade.

O eDP foi introduzido pela primeira vez no final de 2008 como uma versão simplificada
do DisplayPort para monitores internos. O objetivo principal era uma interface de
exibição comum que pudesse ser usada para exibições externas e internas. Pouco
tempo depois, os principais fornecedores de GPU / CPU, incluindo Intel, anunciaram
que o eDP substituiria o padrão de interface LVDS atual (na época) e que o suporte
LVDS desapareceria. A motivação era simples: a indústria de chips precisava substituir
a interface LVDS de alta tensão por uma que pudesse impulsionar a integração e o
desempenho da tela. O eDP tornou-se a escolha óbvia porque pode redirecionar a
interface DisplayPort flexível e extensível, o que significa que a mesma porta de vídeo
pode acionar um monitor interno ou externo, permitindo flexibilidade de design e
aplicação de plataforma.

Figura 19: Comparação eDP para LVDS

15- Raid 0, Raid 1, Raid 5, Raid 6, Raid 50, Raid 60: RAID é uma abreviatura de
"Redundant Array of Independent Disks", que significa Redundant Array of
Independent Disks. Tecnologia que combina dois ou mais discos rígidos e/ou memórias
SSD em arranjos para trabalhar em conjunto, em computadores e outros sistemas de
armazenamento de dados.

O RAID 0 usa dois ou mais discos rígidos com o objetivo de aumentar a eficiência no
armazenamento e acesso às informações, é considerado o nível de RAID mais rápido,
mas menos seguro. A lógica do RAID 0 inclui a distribuição dos dados a serem
armazenados no sistema de armazenamento, registrando as informações divididas em
vários discos rígidos ao mesmo tempo. Dessa forma, a escrita (ou leitura) de dados
utiliza todos os discos do sistema, sem a necessidade de nenhuma equação para gerar
paridade.

RAID 1 também conhecido como “disk mirror”, é perfeito para pequenas empresas e
residências, ele funciona em apenas dois discos rígidos. Ao gravar informações
simultaneamente em discos, este programa cria uma cópia em tempo real de
aplicativos e dados, sem intervenção do usuário.

O RAID 5 conhecido como “Strip Set with parity” é muito utilizado em servidores ou
arrays com pelo menos três discos rígidos instalados e cria uma camada de
redundância, sacrificando parte da capacidade de armazenamento do sistema para
proporcionar maior segurança aos dados. No RAID 5, bits de paridade são criados e
adicionados aos dados, gravados alternadamente em todos os discos. Se um dos discos
rígidos falhar enquanto o programa estiver em execução, nenhum dado será perdido.
Paridade é a segurança do sistema que possibilita a reconstrução de dados sem perda
de informações. Recomendado para aplicações diárias em instalações pequenas e
médias (até 8 discos).

O RAID 6 é um sistema com recursos próximos ao RAID 5, mas adiciona uma camada
dupla aos dados gravados. Isso significa que no RAID 6 até dois discos rígidos podem
falhar sem perder dados, mas o dobro do espaço será usado para gravar a paridade e
manter a redundância do sistema. Na implementação de um sistema RAID 6 com oito
discos, a capacidade total disponível será um múltiplo do número de seis discos
rígidos, enquanto os outros dois servirão para reutilização.

O RAID 50 inclui duas configurações: pelo menos dois arranjos RAID 5 executados no
RAID 0. Destinado a instalações com no mínimo dois discos rígidos no mesmo
gabinete, esse array de discos é economicamente eficiente para sistemas com no
mínimo nove discos, com a criação de pequenos grupos de RAID 5.

O RAID 60 também é um híbrido que combina duas configurações de RAID em um pool


de discos: RAID 6 e RAID 0. Requer pelo menos 8 discos rígidos e dois pequenos grupos
de RAID 6 instalados no mesmo pool, este sistema mantém um equilíbrio duplo em
cada grupo. Isso garante que o sistema continuará funcionando mesmo se quatro
discos falharem ao mesmo tempo, sem perda de dados.

16- SAS: Para preencher essa lacuna surgiu o SAS (Serial Attached SCSI), um
barramento serial muito semelhante ao SATA em vários aspectos, que acrescentou
algumas possibilidades interessantes de uso do servidor. Ele mantém o mesmo
conjunto de comandos e, portanto, é compatível com software. Não estou falando do
Windows e dos programas que usamos em desktops aqui, mas de aplicativos
personalizados, complexos e caros usados em grandes servidores.

Assim como os padrões SCSI e IDE coexistem há mais de 20 anos, o SAS está destinado
a competir com o SATA, cada um em seu próprio nicho: SATA em computadores
domésticos e servidores de baixo custo e SAS em servidores e estações de trabalho
maiores.
Figura 20: Gabinete 1U com HDs SAS removíveis

As versões anteriores do SAS suportavam taxas de transferência de 150 e 300 MB/s.


Recentemente, o padrão de 600 MB/s foi introduzido e o próximo padrão, 1,2 GB/s, foi
desenvolvido. A evolução é similar à do padrão SATA (note que as velocidades são as
mesmas), porém o SAS tende a ficar sempre um degrau acima.

Outra pequena vantagem é que o SAS permite cabos de até 6 metros de comprimento,
enquanto o SATA tem apenas 1 metro. A distância máxima é necessária ao conectar
um grande número de extensores porque eles são grandes, que tendem a estar
fisicamente mais distantes do servidor.

Os controladores SAS geralmente incluem 4 ou 8 portas e são instalados em slots PCI-X


ou PCI Express. Se você precisar de mais portas, nada impede que você tenha dois ou
até três controladores no mesmo servidor. Algumas placas-mãe para servidores já vêm
com controladores SAS integrados, reduzindo custos.

Figura 21: Controladora SAS Adaptec


Como a maioria dos controladores SAS, este controlador Adaptec na foto usa um único
conector SFF 8484 em vez de 4 conectores separados. Simplifica um pouco a
instalação, mas não muda muito, pois o conector produz 4 cabos separados da mesma
maneira.

Figura 22: Conector SFF 8484

A maioria dos discos rígidos giratórios de 15.000 RPM de alto desempenho que
anteriormente existiam apenas na versão SCSI também serão lançados na versão SAS.
Nos próximos anos, espera-se que o SAS substitua gradualmente o SCSI, assim como o
SATA substituiu quase completamente o IDE em novos computadores.
Figura 23: Conectores de um HD SAS

Não há nada de diferente que impeça que esses drives de alto desempenho saiam em
versões SATA, é apenas uma questão de demanda. Os discos rígidos de 15.000 RPM
acabaram sendo menos adequados para o público doméstico devido ao seu alto preço
e capacidade reduzida (devido ao uso de discos de 2,5"). Não importa a velocidade de
um disco rígido de 73 GB (como o Seagate Cheetah 15K.4), dificilmente você pagará R$
1.500 por um disco rígido SATA de 300 GB, mas custa menos de R$ 250. Esse
diferencial de custo brutal acaba se justificando apenas no mercado de servidores e
estações de trabalho de alto desempenho onde, literalmente, "tempo é dinheiro".
17- Conclusão

De certa forma, a maioria dos barramentos aqui apresentados marcam a evolução da


tecnologia utilizada nos computadores. Além do PCI Express, sua versatilidade permite
seu uso mesmo em notebooks - como interface para SSDs M.2, por exemplo – sua
grande maioria não é mais utilizados por limitações técnicas ou necessidade de uso de
tecnologia de ponta. Porém notamos a preocupação do mercado para estar cada vez
mais desenvolvendo estas novas tecnologias como o MHL por exemplo.
18- Fontes:

Artigo e Figuras 1,2 acesso dia 25/09/2022 as 19:14hrs:


https://br.ccm.net/contents/407-porta-serial-e-porta-paralela

Artigo acesso dia 23/09/2022 as 18:14hrs:


https://www.infowester.com/barramentos.php#pci

Artigo e Figuras 3,4,5 acesso dia 28/09/2022 as 20:03hrs:


http://uab.ifsul.edu.br/tsiad/conteudo/modulo1/hco/hco_ug/at3/02.html

Artigo acesso dia 29/09/2022 as 21:14hrs: https://support-


pt.wd.com/app/answers/detail/a_id/39804

Artigo e Figura 6 acesso dia 20/09/2022 as 10:14hrs:


https://br.ccm.net/contents/364-barramento-agp

Artigo e Figuras 7,8 acesso dia 24/09/2022 as 18:00hrs:


https://canaltech.com.br/hardware/quais-sao-as-diferencas-entre-o-usb-11-20-e-30-
639/

Artigo acesso dia 19/09/2022 as 15:45hrs:


https://www.hardware.com.br/comunidade/tecnologia-firewire/849391/

Artigo e Figuras 9,10 acesso dia 26/09/2022 as 11:11hrs:


https://www.infowester.com/pci-express.php

Artigo e Figuras 11,12,13,14,15 acesso dia 29/09/2022 as 20:29hrs:


https://www.techtudo.com.br/noticias/2016/05/msata-pcie-m2-nvm-conheca-
diferencas-entre-interfaces-de-ssds.ghtml

Artigo acesso dia 20/09/2022 as 14:15hrs:


https://www.buscape.com.br/celular/conteudo/o-que-e-bluetooth-tipos-para-que-
serve

Artigo e Figura 16 acesso dia 23/09/2022 as 16:00hrs:


https://www.infowester.com/scsi.php

Artigo acesso dia 28/09/2022 as 02:45hrs: https://liggavc.com.br/blog/a-diferenca-


entre-vga-dvi-hdmi-hdmi-2-0-e-displayport/
Artigo e Figura 17 acesso dia 20/09/2022 as 23:14hrs:
https://tecnoblog.net/especiais/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-esse-tal-de-
thunderbolt/

Artigo e Figura 18 acesso dia 23/09/2022 as 18:14hrs:


https://www.tecmundo.com.br/internet/10943-o-que-e-mobile-high-definition-link-
mhl-.htm

Artigo e Figura 19 acesso dia 24/09/2022 as 20:00hrs:


https://www.embedded.com/edp-a-better-embedded-display-ecosystem/

Artigo acesso dia 29/09/2022 as 09:50hrs: https://www.controle.net/faq/qual-o-


melhor-raid-a-ser-usado

Artigo e Figura 20,21,22,23 acesso dia 28/09/2022 as 15:15hrs:


https://www.hardware.com.br/livros/hardware/sas.html

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