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ANDREIA MAIA FERNANDES - ANDCRISTAO@YAHOO.COM.

BR
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024

FRATERNIDADE E
AMIZADE SOCIAL
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024
Tema: Fraternidade e Amizade Social
Lema: "Vós sois todos irmãos e irmãs" (cf. Mt 23,8)

JOVENS NA CF

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)


Direção- Geral:
.
Mons Jamii Alves de Souza
Secretário-Executivo para as Campanhas da CNBB:
Pe. Jean Poul Hansen
Autoria:
Brenda Amarilho
Cleomax Lobato da Silva
Edson Narciso Morais Cruz
Fábio Garcia Pereira Júnior
Gabriel Carios de Souza
Wanessa Freire Almeida
Edição:
João Vítor Gonzaga Moura
Gabriel Neves da Cruz
Revisão:
Vinícius Sales
Haru Pereira
Arte do Cartaz da CF 2024:
Samuel Sales
Wanderley Santana
Projeto Gr áfico e capa:
Henrique Billygran Santos de Jesus
Diagramação:
Keille Lorainne Dourado Silva
Impressão e acabamento:
Foxy Gráfica e Editora
C748c CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil / Campanha da Fraternidade 2024: Jovens na CR Brasília:
Edições CNBB, 2023.

24p.: 14 x 21 cm
ISBN: 978-65-5975-245 4-
1. Campanha da Fraternidade 2024,
2. CNBB;
3 Fraternidade e Amizade Social.
CDU: 264.342

Edições CNBB
SAAN Quadra 3, Lotes 590/600
Zona Industrial - Brasília-DF
CEP: 70.632-350
Fone: 0800 940 3019 / (61) 2193-3019
E-mail: vendas@edicoescnbb.com.br
.
www edicoescnbb.com.br
APRESENTAÇÃO

Juventudes do Brasil,
sa úde e paz!
Vocês t êm em mã os o subsidio Jovens na CF 2024, prepa -
rado com muito carinho e empenho. Sua elaboração se deve a
Jovens de diferentes Expressões Juvenis (as PJs - Pastorais da
Juventude,Grupos Paroquiais,Congregações,Movimentose Novas
Comunidades), cada um, com seu coraçã o jovem,a partir dasiden-
tidades e espiritualidades de seus grupos, colocando neste texto
um pouco de suas preocupa çõ es e esperanças. Olham com critici-
dade para a realidade e a iluminam com a Palavra de Deus.
Agradecemos ao Pe. Jean Poul, Wanessa Freire, Cleomax
Lobato, Layla Kamila, Gabriel Carlos, Edson Narciso e Brenda
Amarilho, que contribuíram na elaboração destes roteiros.
0 tema de que trataremos neste ano é fruto da necessária
reflexã o proposta pelo Papa Francisco, na sua Carta Encíclica
Fratelli Tutti, e produto das tristes e desastrosas realidades que
tantas pessoas t êm experimentado. No contexto da Encíclica, a
Amizade Social é entendida como um la ç o de relacionamento
baseado no respeito mútuo, na compreensão e na busca pelo bem
comum. 0 Papa enfatiza que todos nós, como irmã os e irmãs em
uma mesma humanidade, somos chamados a cultivar a Amizade
Social como um princí pio orientador para nossas interaçõ es com
os outros (FT, n. 6).
A Amizade Social implica superar divis ões e preconceitos,
buscando a união e a inclusã o de todos, independentemente de
sua origem étnica, religiosa, cultural ou de sua condiçã o social. É
uma chamada para reconhecer a dignidade e o valorintrí nseco de
cada pessoa, e para agir em prol do bem - estar de todos, especial-
mente dos mais vulnerá veis e marginalizados.
A partir da Fratelli Tutti, somos inspirados a construir pontes
e promover o diálogo entre as pessoas, mesmo em meio as dife-
renças e divergências, com especial enfoque na importância da
escuta do outro e do aprendizado mútuo, a partir de experiên-
cias e desenvolvimento de relações de confianç a e solidariedade
(FT, n. 198). A Amizade Social nã o se limita e nem deve se limitara

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um círculo íntimo de relacionamentos, mas precisa ser estendida
a todos os â mbitos da sociedade.
Problemas como o individualismo e o consumismo excessivo
sã o enfoques importantes tomados pela carta e que devem ser
ainda mais ampliados sob o contexto da fraternidade (FT, n. 105).
0 Papa Francisco ressalta aimportância de uma aut êntica Amizade
Social, que esteja enraizada na compaixã o, no cuidado mútuo e na
disposiçã o para compartilhar recursos e oportunidades.
Que, a partir das reflexões propostas pelo Santo Padre e
também a partir das experiências vividas por cada um e suas
respectivas comunidades, possamos buscar mais combustí vel e
ferramentas para promover a Amizade Social e colocar em prática
o que o próprio Cristo nos comunicou: "Já não vos chamo servos,
porque o servo não sabe o quefazseu senhor. Eu vos chamo amigos,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai" (Jo 15,15).
Desejamos que estes roteiros de reflexã o nos ajudem a
concretizar os 4 eixos do Projeto “Ao Seu Lado”, da Pastoral
Juvenil,1 em todo Brasil.
Juventudes, somos todos irmãos e irmãs.

Dom Vilsom Basso, SCJ


Bispo de Imperatriz - MA
Presidente da Comissão Episcopal para a Juventude

1 COMISSÃO EPISCOPAL PARA A JUVENTUDE. Plano de Pastoral Juvenil da Igreja no


Brasil: Ao Seu Lado. Jovens Conectados. Brasília, 21 fev. 2023. Disponível em: jovensconec-
tados.org.br/aoseulado. Acesso em: 28 set. 2023.

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1° ENCONTRO
LECTIO DIVINA
Mateus 23,8- 12

Em sintonia com o Eixo 1 - Formaçã o, linha de açã o 4, do projeto


“Ao Seu Lado”: "Investir na forma çã o humana, bí blico-catequética
e espiritual das juventudes para um sadio equilí brio entre fé e vida”
( confira : jovensconectados.org.br/ aoseulado ).

AMBIENTAÇÃO
Promover um ambiente silencioso que favoreç a a ora çã o e
a meditaçã o. Os responsá veis pelo encontro devem orientar para
que todos levem Bíblia, caderno e caneta para anotações .
OBJETIVO DO ENCONTRO
Promover entre os jovens uma experiência de amizade com a
Palavra de Deus, a fim de torná - la viva em seus cora ções e,ilumi-
nados pelo Espírito Santo, “despertar para o valor e a beleza da
fraternidade humana, promovendo e fortalecendo os vinculos da
Amizade Social, para que, em Jesus Cristo, a paz seja realidade
entre todas as pessoas e povos" (Objetivo Geral da CF 2024).

1. ACOLHIDA
A. 0 Papa Francisco nos encoraja a romper com as barreiras
do egoísmo e nos inspira a expandir nossos círculos sociais.
A Campanha da Fraternidade, inspirada pelas palavras do Santo
Padre,na Carta Encíclica FratelliTutti,traz comotema “Fraternidade
e Amizade Social” para nos despertar a consciência do amor ao
próximo.
T. “O amor que rompe as cadeias que nos isolam e separam,
lançando pontes; o amor que nos permite construir uma grande
família na qual todos nó s podemos nos sentir em casa; amor
que sabe de compaixão e dignidade” (FT, n. 62).

5
A. Fazer Lectio Divina ou Leitura Orante da Palavra é meditar
a Palavra de Deus e assumir um compromisso em resposta ao que
Ele fala aos nossos corações. Este encontro inicia um caminho,
um processo de 5 encontros com objetivo de despertar no coraçã o
dos jovens o que nos prop õ e a CF 2024,a Fraternidade e a Amizade
Social.
Para melhor acolhera Palavra de Deus, invocara presença do Espírito Santo,
seja com a oração ou com canto.

.
2 LEITURA
A. Neste momento observemos o que nos diz o texto.
Pode ser escolhida uma pessoa para fazer a leitura da Palavra em voz alta.
A leitura pode ser feita mais de uma vez, em seguida, na meditação, cada
.
pessoa faz sua própria leitura
Evangelho segundo Mateus (23,8 -12): Quanto a vós, não vos
façais chamar de "rabi”, pois um s ó é vosso Mestre e todos vós
sois irmã os. N ão chameis a ningu ém na terra de "pai”, pois um só
é vosso Pai, aquele que está nos c éus. Não vos deixeis chamar de
“guia", pois um só é o vosso Guia, o Cristo. Pelo contrário, o maior
dentre v ós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será
humilhado, e quem se humilhar será exaltado.

3. MEDITAÇÃO
Através da meditação, buscar silenciar o coração para ouvira voz de Deus, se
achar necessário,fazer anotações.

4. ORAÇÃO
Neste momento, respondera Deus com base no que Ele falou ao meu coração .

5. CONTEMPLAÇÃO
.
Agora, silenciando o coração, buscar contemplar a Palavra de Deus Ela traz
luz ao nosso caminhar e nos mostra o verdadeiro sentido da vida, o amor.

6
6. COMPROMISSO
.
A Por fim, devemos assumir um compromisso em resposta
à Palavra de Deus. Esse compromisso deve favorecer "uma frater -
nidade aberta, que permite reconhecer, valorizar e amar todas as
pessoas,independentemente da sua proximidade física" (FT, n.1).

7. MOMENTO FINAL
.
A Para firmar o objetivo do encontro, fa çamos um abra ç o
fraterno, enquanto toca o Hino da CF (ou alguma música que nos
remeta ao tema).
Para a oração final, deforma livre, cada pessoa pode colocar uma intenção.
Encerrando o momento com umaAve-Maria, pedimos a Nossa Senhora que nos
dê um coração cheio de amor e disponibilidade para ir ao encontro do irmão.

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2° ENCONTRO
RODA DE CONVERSA
"Onde quer que permaneças, permanecerei contigo" (Rt 1,16)

-
Em sintonia com o Eixo 2 Voca ção e Missão, linha de açã o
3, do projeto “Ao Seu Lado”: "Fomentar o protagonismo eclesial
e social da juventude mediante uma sólida reflexã o acerca do
papel de cada jovem, discípulo missionário, em seus contextos”
(confira : jovensconectados.org.br / aoseulado ).

AMBIENTAÇÃO
É importante que no ambiente esteja o cartaz da CF 2024 e
a Bíblia.

OBJETIVO DO ENCONTRO
Perceber que o encontro fraterno, através da vivência, é
capaz de nos transformar e de nos fazer acolher o chamado da
missã o, despertando o desejo de pertencera uma comunidade.

1. ACOLHIDA
Iniciar acalmando o coração e entrarem um clima de oração pessoal, suge-
rimos um refrão meditativo para que todas as pessoas se sentem e se sintam
à vontade:
R. 0 Amor que nos une, borda afetos, descostura medos,
distâncias, nos faz unos e diversos.
A. Olhemos uns para os outros, refletindo sobre as diferenças
de nossos rostos e sobre o percurso até chegarmos a este encontro.
Participar e pertencer a uma comunidade/grupo requer doação.
0 propósito da f é é sonhar, desejar transformar uma realidade.
Enquanto os participantes se olham durante a acolhida, canta-se o refrão:
R. Onde reina o amor, fraterno amor, onde reina o amor,
Deusali está.

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Depois, os participantes façam duplas e, ao comando da pessoa que está
conduzindo, abracem a dupla e digam coisas boas como: “ que bom que você
veio", “ficofeliz com sua presença",“ você é muito importante", entre outras.

2. APROFUNDANDO
A. 0 Livro de Rute nos mostra uma realidade em que a
salvaçã o nã o está somente em um lugar. Em Moab, a cultura era
a de adorar vários deuses, Rute era uma moabita e, ao longo do
percurso, Noemi pede que Orfa e Rute voltem ao seu povo. Isso
pode ser simbolizado como o caminho ao qual Deus nos mostra
a seguir, cabendo a nós em qual deles partir. 0 que devemos nos
perguntar é o motivo de Rute ir junto. A resposta está ligada à
compaixã o e à amizade provenientes de um tempo de vivência e
construçã o de uma rela çã o de afeto e cuidado e, claro, o tempo
difí cil para seu povo. Rute nã o deixa Noemi partir sozinha,pois ela
tinha perdido tudo.
Essa passagem do Livro de Rute ressalta a importâ ncia da
compaixã o, da amizade verdadeira e do cuidado mútuo dentro
da comunidade. Ela nos lembra que o amor e a solidariedade
transcendem as diferenças culturais, as fronteiras geográficas
e as dificuldades da vida. Rute escolhe permanecer com Noemi,
apesar das circunstâ ncias adversas, e seu exemplo nos inspira a
ser pessoas compassivas e dispostas a caminhar ao lado daqueles
que amamos,independentemente de onde estejamos.
Assim como Rute, podemos refletir sobre os motivos que nos
levam a permanecer ao lado daqueles que são importantes para
nós, independentemente dos desafios que enfrentamos. Essa
história nos convida a fortalecer nossos la ç os de amizade, solida -
riedade e pertencimento, construindo comunidades onde o amor
e o apoio mútuo são a base para superar as adversidades da vida.

3. ACOLHER A PALAVRA
Música: A comunidade dança alegre e canta,acolhendo agora
a Palavra Santa.
Leitura: Rute 1,12-17 ( Ler o texto bíblico, com calma, duas ou
mais vezes.)
Momento de autorreflexão e partilha ( Refletir sobre aquilo
que nos sensibiliza ao ler o Livro de Rute.)

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4. MÚSICA
CSugestão: Pra Valorizar - Diogo Nogueira )

5. DINÂ MICA
• Sugestã o 1:
Para fortalecer o tema do encontro e promover a interaçã o
entre os participantes, vamos realizar a dinâmica “Rede de
Amor Fraterno”. Para isso, vamos precisar de um novelo de lã ou
barbante colorido.
Passo 1: A pessoa que está segurando o novelo começa
dizendo seu nome e uma palavra que representa a importância da
vivência fraterna em sua vida. Em seguida, ela segura uma ponta
do novelo e o joga para alguém do grupo.
Passo 2: A pessoa que recebeu o novelo deve repetir o
processo: dizendo seu nome, a palavra que representa a viv ência
fraterna e segurando uma ponta do novelo. Em seguida, ela joga o
novelo para outra pessoa, mantendo a conexã o.
Passo 3: Esse processo continua até que todos tenham segu -
rado o novelo e tenham se conectado através da rede. Durante a
dinâmica, podemos refletir sobre como a vivência fraterna nos
une e nos transforma, destacando a importância de permanecer
juntos, mesmo diante das dificuldades.
• Sugestã o 2:
Dinâmica: “Descobrindo nossos dons". Objetivo: Explorar e
valorizar os dons individuais de cada participante, destacando
como esses dons podem contribuir para a construção de uma
comunidade fraterna.
Passo 1: Peça para que cada participante escreva em um
papel três dons ou talentos que acredita possuir. Os dons podem
ser habilidades especificas, qualidades pessoais ou talentos
artísticos, por exemplo.
Passo 2: Em seguida, forme pequenos grupos com três ou
quatro pessoas. Cada pessoa terá a oportunidade de compartilhar
seus dons com o grupo, explicando brevemente o que significam

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para ela e como podem ser usados para contribuir positivamente
em um contexto comunitário.
Passo 3: Após cada pessoa compartilhar, os demais membros
do grupo fazem comentários encorajadores, destacando como
esses dons sã o valiosos e podem ser aplicados na construçã o de
uma comunidade fraterna. A ideia é ressaltar a importância de
reconhecer e valorizar os talentos de cada um.
Passo 4: Em seguida, peç a aos grupos que escolham um
representante para compartilhar com todos os principais dons
e reflexões que surgiram durante a dinâmica. Cada represen-
tante pode apresentar brevemente os dons compartilhados em
seu grupo, destacando a importância de valorizá -los na comuni-
dade. Essa dinâmica permite que os participantes reconheçam
os talentos uns dos outros, criando um ambiente de valoriza çã o
mútua e encorajamento. Al ém disso, ela destaca como a diver-
sidade de dons pode enriquecer e fortalecer a vivência fraterna
dentro de uma comunidade.

6. MATERIALIZANDO
A. Como gesto concreto, cada participante é convidado
a escrever uma “Carta da Comunidade”. Essa carta será uma
expressã o do compromisso em permanecer junto,acolher e trans-
formar a realidade ao redor. Cada pessoa terá a oportunidade de
compartilhar palavras de encorajamento, gratidã o e solidarie -
dade com os demais membros da roda de conversa. As cartas
serã o coletadas e entregues a cada participante posteriormente,
como uma lembrança fraterna do encontro.
Ao finalizar esse gesto concreto, encerramos a roda de
conversa com uma oraçã o final, agradecendo por esse tempo de
partilha, reflexã o e fortalecimento dos la ç os fraternos.
Levemos conosco a mensagem de que onde quer que perma -
neçamos, estaremos juntos na constru çã o de um mundo mais
solidário,fraterno e acolhedor. Vamos,entã o,rezar juntos a oraçã o
final e celebrar o dom da fraternidade em nossas vidas:

li
7. ORAÇÃO FINAL
T. Pai nosso...
T. Ave, Maria...
. .
( Reza-se a Oração da CF 2024 - p 22 )

8. MOMENTO FINAL
( Fazendo uma ciranda )

“Teu sol nã o se apagará, tua lua nã o terá minguante, porque o


Senhor será tua luz, ó povo que Deus conduz!”

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3° ENCONTRO
RODA DE CONVERSA
"Vós sois o sal da terra" (Mt 5,13)
"Vós sois a luz do mundo" (Mt 5,14)

Em sintonia com o Eixo 4 - Casa Comum e Dignidade


Humana, linha de ação 1, do projeto “Ao Seu Lado”: "Conhecer
e acolher a realidade juvenil, em todos os contextos, tendo como
prioridade as juventudes vulnerá veis de cada ambiente, real e
virtual" (confira: jovensconectados.org.br/ aoseulado ).

AMBIENTAÇÃO
Para a ambientaçã o do encontro, precisaremos do cartaz
da CF 2024, Bíblia, sal, velas (luz). Sugerimos que o ambiente
seja iluminado por velas (para haver uma maior possibilidade de
conexã o com o objetivo do encontro). Palavras em destaque: sal,
luz, Fraternidade e Amizade Social.

OBJETIVO DO ENCONTRO
Oportunizar aos jovens uma reflexã o sobre a importância
da sua vida, da vida do outro e da nossa contribuiçã o para com
o próximo. Promover uma reflexã o sobre o seguinte questiona -
mento: em qual momento nossas lutas se encontram? Bem como
dialogar sobre a nossa disposiçã o, enquanto "sal e luz”, em favor
do mundo.

1. ACOLHIDA
Os coordenadores do encontro entregam uma folha pequena e perguntam
aos jovens o seu nome e quem mora com eles? Qual a importância dessas
pessoas na sua vida? O que tem em seus corações? Sentem -se escutados
no lugar onde moram? Em que momento se sentem “sal e luz”? Os coorde-
nadores devem motivá-los a responderem às perguntas na folha que rece-
.
beram Depois, prosseguem com a partilha e escuta. Para este momento, os

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jovens deverão ser divididos em duplas e, para cada dupla, será entregue
uma faixa e uma vela afim de que realizem a partilha do que escreveram.

Dinamizando o momento de partilha:


Neste momento da partilha, um dos jovens será vendado e sua dupla será
convidada a partilhar suas respostas, enquanto aquele que está vendado
pratica a escuta.

Os coordenadores promovem o início das partilhas, dando um tempo esti-


mado de 2 a 3 minutos para a troca das perguntas.Ao término das perguntas,
os jovens trocam a venda. Destaforma, o jovem que estava vendado partilha e
o jovem que estavafalando coloca a venda nos olhos, reiniciando o processo.

Sugestão para o momento das partilhas: música instrumental de fundo, ou


dedilhados de violão.

2. APROFUNDANDO
A. 0 “sal” dá sabor aos alimentos e também é usado para
impedir a putrefaçã o de muitos deles. A “luz” guia, ilumina e
aquece caminhadas e cora çõ es. 0 Evangelho de Mateus,capítulo 5,
versículos 13 e 14, traz presente duas reflexões importantes para
descrever o papel das pessoas no mundo. Somos instigados a
percebermo - nos como sal da terra e luz do mundo. Como sal da
terra, que preserva e dá sabor aos alimentos, os discí pulos de
Jesus têm a missã o de tornar o mundo melhor e mais significa -
tivo. Somos chamados a influenciar positivamente a sociedade,
espalhando o Evangelho e vivendo em harmonia. Ainda como sal,
devemos preservara vida e as pessoas.
Em seguida, Jesus declara que somos luz do mundo. Assim
como a luz dissipa as trevas, ousemos iluminar aqueles que parti-
lham a vida conosco.
Nesses versículos, Jesus enfatiza o papel ativo e transfor-
mador de seus seguidores no mundo. Somos chamados a ser
agentes de mudanç a e de transformaçã o em um mundo que pede
por mais atenção e cuidado. Que n ós ousemos espalhar a Boa - Nova,
principalmente àqueles que, porventura, estejam sem acolhida.
Sejamos fraternos, amigos e irmã os. E,por fim,sejamos sal da terra
e luz do mundo.

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3. ACOLHER A PALAVRA
Música: Tua palavra é lâ mpada para os meus p és.
Leitura: Mateus 5,13-16 ( Ler o texto bí blico, com calma, duas
ou mais vezes.)
Momento de autorreflexã o e partilha: Que luz que sou? Que
luz quero ser nos lugares que vivo?
Leitura do texto: 0 Propósito (Gustavo Balbinot)
Música para contemplar a reflexão: Luz que vem do c éu
(Jorge Trevisol)

4. DINÂMICA
• Sugestã o 1
Convidar os jovens a formarem um círculo e repararem em
quem está segurando sua mã o direita e quem está segurando sua
mã o esquerda. Em seguida, pedir para soltarem as mã os e circu -
larem pela sala. Depois de alguns minutos caminhando, instruir
os jovens para que parem no lugar em que estã o e deem as mã os
às pessoas que estavam ao seu lado no início (a mã o esquerda
para a pessoa que estava na esquerda, e a mã o direita para quem
estava na direita). Formando,assim,um nó humano. A partir disso,
a proposta é que desfa çam o nó sem soltar as mã os e retornem ao
cí rculo inicial.
Reflexã o acerca da dinâmica: A escuta é um dos passos
mais importantes para facilitar o processo de desfazer os n ós que
encontramos em nossa caminhada. 0 ato de ouvir é desconfor-
tá vel, desafiador e necessário.

• Sugestã o 2: Desenho coletivo


Os jovens devem ser divididos em pequenos grupos. Logo em
seguida, devem ser convidados a realizar um desenho coletivo de
um barco. A ideia é que cada membro do grupo contribua com um
traço, o barco precisa ter uma pequena representatividade das
ísticas deste grupo.
caracter
Os coordenadores, no decorrer da dinâmica, devem propor
alguns niveis de dificuldade:

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Io) Um membro do grupo será vendado e receberá orienta -
çõ es para continuar o desenho;
2o) Sem desfazer o passo 1, um membro do grupo precisará
prender as mã os e desenhar com o pé ou com a boca;
3 o) 0 grupo será desafiado a desenhar com os olhosvendados /
fechados, sem receber orienta ções;
4 ) Apenas um membro do grupo será desvendado /abrirá os
°
olhos e orientará os demais colegas.
A partir dessas ideias, poderã o ser criados outros níveis de
dificuldade para a dinâmica.
Reflexão acerca da dinâmica: Como é a experiência de estar
com essas limitações? Como me sinto sendo guiado sem poder
enxergar? Como me sinto tendo que substituir minhas mã os, que
tanto fazem, por outra parte do corpo?

5. MATERIALIZANDO
Entregar aos jovens uma vela, convidando-os a fazer um momento de reto -
.
mada de caminhada Enquanto caminham, pedir que lembrem quem são as
pessoas que iluminam suas vidas. Logo após, motivá-los a realizara entrega
da vela que receberam a essas pessoas, seja para pessoas que estejam no
grupo ou para pessoas de fora.

6. ORAÇÃO FINAL
T. Pai nosso...
T. Ave, Maria...
(Reza -se a Oração da CF 2024 - p. 22 ).

.
7 MOMENTO FINAL
Música: Momento novo2
Deus chama a gente pra um momento novo de caminhar
junto com o seu povo.
É hora de transformar o que nã o dá mais. Sozinho, isolado,
ninguém é capaz.

2 CARDOSO, Ernesto. Momento novo.

16
Por isso, vem, entra na roda com a gente também. Você é
muito importante!
Nã o é possível crer que tudo é fácil. Há muita for ça que produz
a morte, gerando dor, tristeza e desolação. É necessário unir o
cordã o.

17
4° ENCONTRO
AÇÃO COMUNITÁRIA
"Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram a Jerusalém" (Lc 24,33)

Em sintonia com o Eixo 2 - Vocaçã o e Missã o, linha de açã o


5, do projeto “Ao Seu Lado”: “Encorajar os jovens a assumirem
a ções voluntá rias, rumo às periferias existenciais e sociais, a
partir da compaixã o para com os sofredores seguindo o exemplo
de Jesus" (confira: jovensconectados.org.br /aoseulado ).

1. POR ONDE COMEÇ AR ?


Diferente das outras formas de encontros que tivemos at é
aqui, neste, a nossa proposta é que todos possam fazer uma
grande Ação Comunitária. Uma a çã o comunitária é uma atividade
realizada por um grupo de pessoas para promover o bem- estar, a
participaçã o e o desenvolvimento da própria comunidade. Essas
a ções sã o geralmente realizadas de forma colaborativa, envol-
vendo membros da comunidade, organizações locais, institui-
ções e outros interessados.
Para desenvolver essa a çã o, precisamos ser criativos e
perceber, a partir da nossa realidade, o que seria mais proveitoso
e o que renderia mais e melhores frutos em prol da Amizade Social
e da Fraternidade. Assim, propomos que se realize uma cami-
nhada pela cidade ou pelo bairro da comunidade, uma roda de
música, um “panfletasso”, uma visita a um lar de idosos ou a uma
casa de reabilitaçã o, como a Fazenda da Esperança, ou qualquer
outra atividade, que vise ampliar, acolher, escutar e incentivar a
Amizade Social.
Nossainspiraçã o bí blica para esse encontro será:Lc 24,13 -35:

13
Naquele mesmo dia, dois dos discípulos iam para um povoado,
chamado Emaús, a sessenta estádios de Jerusalém. 14Conversavam sobre
todas as coisas que tinham acontecido. 15Enquanto conversavam e discu-
tiam, o próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles. 160s seus

18
olhos, por ém, estavam como impedidos de reconhecê-lo. 17Então Jesus
perguntou: “0 que andais conversando pelo caminho?" Eles pararam, com o
rosto triste, 18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: "És tu o único peregrino
de Jerusalém que nã o sabe o que lá aconteceu nesses dias?" 19Ele perguntou:
"Que foi?” Eles responderam: "0 que aconteceu com Jesus, o nazareno, que
foi um profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo
o povo. 200s chefes dos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para
ser condenado à morte e o crucificaram. 21E nós esperá vamos que fosse ele
quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que essas coisas
aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres dentre nós nos deixaram
espantados. Elas tinham ido, de madrugada, ao túmulo 23e, como não encon-
traram o corpo dele, voltaram dizendo que tinham visto anjos, os quais afir-
maram que ele está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo, e encontraram
a situa çã o como as mulheres tinham dito. A ele, por ém, ninguém viu”. 25Então
ele lhes disse: “Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que
os profetas falaram! 26Nã o era necessá rio que o Cristo sofresse tudoisso, para
entrar em sua gló ria?” Z7E, começando por Moisés e passando por todos os
Profetas, explicou- lhes, em todas as Escrituras, o que se referia a ele. 28Quando
chegaram perto do povoado para onde se encaminhavam, elefez de conta que
ia adiante. 29Eles, por ém, insistiram: "Fica conosco, pois já é tarde e o dia está
declinando!" Ele entrou para ficar com eles. 3°Depois que se p ôs à mesa com
eles, tomou o pã o, pronunciou a bênçã o, partiu- o e deu a eles. 31Entã o os olhos
deles se abriram e o reconheceram. Ele, por ém, desapareceu da vista deles.
32E diziam um para
o outro: “Não estava ardendo o nosso coraçã o, quando ele
nos falava pelo caminho e nos abria as Escrituras?" 33Naquela mesma hora,
levantaram- se e voltaram a Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze
e os outros discipulos. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressus-
citou e apareceu a Simã o!” 35Entã o os dois relataram o que acontecera no
caminho, e como o haviam reconhecido ao partir o pão.

2. REFLEX ÃO
A partir da experiência do encontro, da escuta da Palavra e
da partilha do Pã o com o Ressuscitado, os Discí pulos de Emaús
nã o mais podiam conter á verdadeira alegria que lhes fazia arder
o coraçã o. À medida que Jesus compartilhava suas palavras,
uma nova luz de entendimento e esperanç a come ç ou a iluminar
os coraçõ es dos discípulos. A tristeza foi gradativamente dando
lugar à alegria.

19
A alegria transbordante preencheu seus corações e eles se
apressaram para contar aos outros discípulos sobre o encontro
surpreendente esobre como Jesus lhes fora revelado ao partiropã o.
Esse texto bíblico é um lembrete poderoso da alegria que
pode nascer mesmo nas circunstâncias mais sombrias. Ele
ressalta que, muitas vezes, o Divino pode estar ao nosso lado,
mesmo quando nã o o percebemos. Al ém disso, ensina que a
alegria genuí na pode ser encontrada ao compartilharmos expe -
riências significativas com outras pessoas e ao compreendermos
a verdade mais profunda que permeia a vida. A hist ória dos
Discí pulos de Ema ús nos inspira a buscar a alegria na compre-
ensã o espiritual, na partilha fraterna e no reconhecimento da
presença divina em nosso caminho.
Nessa dimensã o, a partir da experiência transformadora que
confirmou para eles a realidade da ressurreição, compreenderam
que Jesus nã o estava mais morto, mas vivo, e isso mudou comple-
tamente o rumo de suas emoçõ es e convic çõ es. Assim, "naquela
mesma hora, levantaram-se e voltaram a Jerusalém" (Lc 24,33)
para contar aos Apóstolos e aos demais discípulos que Jesus
realmente havia ressuscitado, fortalecendo a f é da comunidade
cristã nascente e unindo os discípulos em torno da verdade da
ressurreiçã o, e para cumprirem missã o inicial de serem testemu-
nhas da ressurreiçã o e proclamarem a mensagem de Jesus como
o Messias, o Salvador.

3. GESTO CONCRETO
Depois destas reflexões, qual a grande A ção Comunitária
que queremos realizar como gesto concreto desta Campanha da
Fraternidade?
.
( Tempo para conversare chegarem um consenso )

A partir da reflexã o e da atividade que iremos desenvolver,


é importante levar as experiências dos encontros adiante, a fim
de que sejam eternizadas ou, pelo menos, recordadas durante
o Tempo Pascal. Assim, poderã o ser confeccionados cartazes,
placas, faixas, adesivos, panfletos e qualquer outro material que
sirvam para ampliar a visualizaçã o do evento a ser realizado.
Se possí vel, que o material seja afixado/publicado em um local
com bastante visibilidade e que, nele,contenha muitos elementos

20
criativos e que deem destaque à experiência do encontro com
o Cristo Ressuscitado na grande açã o comunitária que vamos
realizar: 0 que? Como? Quando?

4. ORAÇÃO FINAL
A. Vamos rezar juntos:
T. Pai nosso...
. .
(Reza-se a Oração da CF 2024 - p 22)

5. SUGESTÃO DE MÚSICA
(Sublime Revelação - Emaús)

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ORAÇÃO DA CF 2024

Fraternidade e Amizade Social


“Vós sois todos irmã os e irmãs" (cf. Mt 23,8)

Deus Pai,
v ós criastes todos os seres humanos
com a mesma dignidade.
Vós os resgatastes pela vida,
morte e ressurreiçã o do vosso Filho, Jesus Cristo,
e os tornastes filhos e filhas, santificados no Espírito.
Ajudai- nos, nesta Quaresma,
a compreender o valor da amizade social
e a viver a beleza da fraternidade humana aberta a todos,
para além dos nossos gostos, afetos e prefer ências,
num caminho de verdadeira penit ência e conversã o.
Inspirai-nos um renovado compromisso
batismal com a construçã o de um mundo novo,
de diálogo, justiça,igualdade e paz,
conforme a Boa -Nova do Evangelho.
Ensinai- nos a construir uma sociedade solidá ria,
sem exclusã o,indiferença, violência e guerras.
E que Maria, vossa Serva e nossa Mã e,
nos eduque, para fazermos vossa santa vontade.
Amém!

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HINO DA CF 2024

Letra: Douglas Diego Palmeira Rocha


Música: David Melo Costa

Tema: Fraternidade e Amizade Social


Lema: “Vó s sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23,8)
1. Conduzidos a este deserto, (cf. Mc 1,13)
.
Deus nos chama à liberta çã o (cf Ex 3,8; 20,2)
da indiferença e divisão:
"Onde está tua irmã, teu irmã o?" (cf. Gn 4,9)
Eis a hora! 0 Reino está perto,
crê na Palavra e na conversã o. (Mc 1,15)
R.:“Vó s sois todos irmãos e irmã s” (cf. Mt 23,8)
é Palavra de Cristo, o Senhor;
pois a fraternidade humana
deve ser conversão e valor.
Seja este um tempo propício (cf. 2Cor 6,2)
para abrir- nos, enfim, ao amor!
2. A Quaresma nos chama a assumir
um amor que supera barreiras,(FT, n.1)
desejando abraçar e acolher, (FT, n. 3)
se estendendo além das fronteiras,(FT, n. 99)
rompendo as cadeias que isolam,
.
construindo relações verdadeiras (FT, n 62) .
3. Miseric órdia, pecamos, Senhor,(SI 50,3)
sem no outro um irmão enxergar.
Mas queremos vencer os conflitos,
.
pela cultura do encontro lutar (FT, n. 30)
Em unidade na pluralidade,
.
um só Corpo queremos formar! (cf ICor 12,12-31)
4.0 Senhor nos propõe Alianç a (Gn 9,8 -15)
e nos trata com terno carinho. (SI 102,4)
Superemos divisões, extremismos;
ninguém vive o chamado sozinho. (FT, n. 32)
Só assim plantaremos a paz:
“Cora ções ardentes e pés a caminho”, (cf. Lc 24,32-33)
.
5. “Alarga o espaç o da tenda" (cf Is 54,2)
e promove a amizade social, (cf. EG, n. 228)
vence as sombras dum mundo fechado,
construindo Igreja sinodal.
Convertidos, renovados veremos
novo céu, nova terra, afinal.(Ap 21,1-7)
23
® ® (§) (g) (8)
www.edicoescnbb.com.br
TEMOS UMA UNHA COMPLETA DE SUBSÍDIOS
PARA APOIÁ-LO NESSA MISSÃO .
Cartaz e Banner (P, M e 6) CF na Catequese com crian ç as e as
Dores de Maria

Cartã o com Oração, Cartaz adesivo


e Adesivo Lema Jovens na CF

Texto -Base CF na Escola - Ensino Fundamental


(1o ao 5o ano)

Manual CF na Escola - Ensino Fundamental


(6o ao 9o ano)

Círculos Bíblicos CF na Escola - Ensino Mé dio

Via -Sacra e Via Lucis CF na Universidade

Retiro Popular Quaresmal CF em Família

Terç o da Amizade Social Fraternidade e Amizade Social na


Economia de Francisco e Clara

Adoração Eucarística, Celebraçã o Fraternidade e Amizade Social


Penitenciai e Celebraçã o Ecuménica na Amazônia

CF na Catequese com adolescentes


e os Passos da Paixã o

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