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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ESCOLA DE MÚSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM MÚSICA

IGOR VASCONCELOS DO ROSÁRIO

CINCO PEÇAS DE PIXINGUINHA ARRANJADAS PARA


VIOLÃO SOLO

Salvador
2018
IGOR VASCONCELOS DO ROSÁRIO

CINCO PEÇAS DE PIXINGUINHA ARRANJADAS PARA


VIOLÃO SOLO

Trabalho de Conclusão Final apresentado ao


Programa de Pós-Graduação Profissional em
Música (PPGPROM) da Escola de Música (EMUS)
da Universidade Federal da Bahia (UFBA),
contemplando o Memorial; o artigo; os relatórios
finais; o produto final, como requisitos para obtenção
do grau de mestre em música na área de criação e
interpretação musical.

Orientador: Prof. Dr. Mario Ulloa

Salvador
2018
Ficha catalográfica elaborada pela
Biblioteca da Escola de Música - UFBA

R822 Rosário, Igor Vasconcelos do


Cinco peças de Pixinguinha arranjadas para violão solo / Igor
Vasconcelos do Rosário.- Salvador, 2018.
74 f. : il.

Orientador: Prof. Dr. Mario Ulloa


Trabalho de Conclusão (mestrado profissional) – Universidade
Federal da Bahia. Escola de Música, 2018.

1. Violão - Arranjo (Música). 2. Música popular brasileira. 3.


Compositores brasileiros. 4. Pixinguinha, 1897-1973. I. Ulloa,
Mario. II. Universidade Federal da Bahia. III. Título.

CDD: 781.63
AGRADECIMENTOS

Agradeço à minha família, em especial aos meus pais: Yolanda e Antônio por
sempre apoiarem as minhas escolhas profissionais.

A minha irmã, Emille, que também me ajudou nessa minha trajetória como
estudante de música.

A minha namorada, Diana, que em diversas vezes leu e corrigiu os meus


textos.

Ao meu orientador Mario Ulloa, pela paciência e orientação.

Ao professor Robson Barreto, por me dar dicas de como usar o software


Finale, programa de edição musical.

A todos os professores do PPGPROM, por toda a atenção e disponibilidade


durante o programa.

E por fim, a Fundação de Amparo a Pesquisa – FAPESB, pelo apoio e


investimento na minha qualificação profissional.
ROSÁRIO, Igor Vasconcelos. Cinco peças de Pixinguinha arranjadas para violão
solo. 74 f. 2018. Trabalho de Conclusão Final (Mestrado Profissional) – Escola de
Música, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018.

RESUMO

Neste Trabalho de Conclusão Final/Memorial apresento o processo da pesquisa e


os resultados obtidos durante o Mestrado Profissional da UFBA, que teve como
objetivo arranjar e editar cinco músicas de Pixinguinha para violão solo. Inicio
contando a minha trajetória até o ingresso no programa. Trato das disciplinas
cursadas e apresento os relatórios das práticas supervisionadas. O arranjo da Valsa
Ignez do compositor Pixinguinha é o objeto de estudo do artigo, em que discuto
questões referentes à harmonia, contraponto e condução de vozes. Ao final faço
breves comentários acerca dos cinco arranjos produzidos, trazendo em seguida o
produto final, isto é, a minha edição das partituras.

Palavras-chave: Violão. Arranjo. Pixinguinha. Ignez.


ROSÁRIO, Igor Vasconcelos. Five Pixinguinha Pieces Arranged for Solo Guitar. 74 f.
2018. Final Conclusion Work (Professional Master´s) – School of Music, Federal
University of Bahia, Salvador, 2018.

ABSTRACT

In this Final / Memorial Conclusion Paper I present the research process and the
results obtained during the UFBA Professional Master's Degree, which aimed to
arrange and edit five songs by Pixinguinha for solo guitar. Start counting my path
until joining the program. I deal with the subjects studied and present the reports of
supervised practices. The arrangement of Ignez’s waltz by composer Pixinguinha is
the object of study of the article, in which I discuss issues related to harmony,
counterpoint and conduction of voices. At the end I make brief comments about the
five arrangements produced, and then the final product, that is, my edition of the
scores.
Keywords: Guitar. Arrangement. Pixinguinha. Ignez.
LISTA DE EXEMPLOS
Exemplo 1 - Ponte para o novo andamento ..................................................... 20

Exemplo 2 - Acelerando ao andamento inicial ................................................. 20

Exemplo 3 - Trecho da edição do IMS. ............................................................ 21

Exemplo 4 - Trecho com as vozes. .................................................................. 21

Exemplo 5 - Versão original ............................................................................. 22

Exemplo 6 - Versão do arranjo ........................................................................ 22

Exemplo 7 - Harmonia do interlúdio ................................................................. 23

Exemplo 8 - Abordagem homofônica ............................................................... 24

Exemplo 9 - Tratamento homofônico, com baixo arpejado. ............................. 24

Exemplo 10 - Original do IMS .......................................................................... 25

Exemplo 11 - Tratamento polifônico (comp. 64 ao 68)..................................... 25

Exemplo 12 - Padrão semelhante .................................................................... 26

Exemplo 13 - Imitação a Oitava ....................................................................... 26

Exemplo 14 - Imitação livre .............................................................................. 27


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 9

1.2 O MESTRADO PROFISSIONAL ....................................................................... 10


1.2.1 Semestre 2016.1 ........................................................................................ 10
1.2.2 Semestre 2016.2 ........................................................................................ 11
1.2.3 Semestre 2017.1 ........................................................................................ 12
1.2.4 Semestre 2017.2 ........................................................................................ 13

2 ARTIGO - PROCESSOS DE ARRANJO PARA VIOLÃO NA VALSA IGNEZ DE


PIXINGUINHA ..................................................................................................................... 14

2.1 PIXINGUINHA E O CHORO ............................................................................. 15

2.2 INÉDITAS E REDESCOBERTAS ..................................................................... 17

2.3 CONCEITO DE ARRANJO ............................................................................... 18

2.4 ELABORAÇÃO DO ARRANJO ......................................................................... 19


2.4.1 Tonalidade ................................................................................................. 19
2.4.2 Estrutura formal .......................................................................................... 19
2.4.3 Harmonia ................................................................................................... 20
2.4.4 Texturas abordadas no arranjo................................................................... 23

2.5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 28

3 RELATÓRIOS DAS PRÁTICAS SUPERVISIONADAS .................................................... 30

4 PRODUTO FINAL - OS CINCO ARRANJOS ................................................................... 47

4.1 IGNEZ ............................................................................................................... 47

4.2 PASSINHA ........................................................................................................ 47

4.3 NOSTALGIA AO LUAR ..................................................................................... 48

4.4 O VIVAS BRINCANDO ..................................................................................... 48

4.5 RECORDAÇÕES .............................................................................................. 49

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 50

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 51

ANEXO A - Partituras dos Arranjos .................................................................................. 52


9

MEMORIAL

1 INTRODUÇÃO
Meu primeiro contato com o violão se deu aos 12 anos de idade. Meu pai tinha
acabado de comprá-lo para ele próprio aprender, mas, vendo o meu interesse pelo
instrumento, me pôs logo aos cuidados da professora Neire Bento, uma amiga da
família. Com ela tive aulas de teoria e violão durante três anos. O conteúdo inicial
era canções de bandas de rock nacional e internacional. Aos poucos, ela me
introduziu a alguns compositores do violão, como Francisco Tárrega (1852 – 1909),
Agustín Barrios (1885 – 1944), João Pernambuco (1883 – 1947), Dilermando Reis
(1916 – 1977).

Aos 16 anos me aproximei das músicas de Xangai, Elomar, Geraldo Azevedo e


Vital Farias, através do disco intitulado “Cantoria”. Ouvi também João Bosco, Djavan,
Edu Lobo, Tom Jobim, Gilberto Gil, Caetano Veloso, todos eles tratando o violão
com bastantes sutilezas musicais. Esses autores despertaram meu interesse em
tentar arranjar, ainda que de forma muito elementar, algumas das suas canções.
Naquela época, empenhei-me em arranjar a canção “Oceano” de Djavan, sem nem
mesmo saber por onde começar, tocando um acorde e tentando inserir a melodia –
uma tentativa não muito bem sucedida.

A música fazia parte integral do meu dia a dia, então, foi natural o meu
interesse em fazer um curso superior nessa área, o que ocorreu em 2009, aos 23
anos, quando ingressei na Universidade Federal da Bahia (UFBA) no curso de
instrumento, classe do Prof. Dr. Mario Ulloa. Novos padrões me foram apresentados,
um novo repertório, uma nova consciência sobre a técnica do instrumento, postura,
unhas, sonoridade, leitura à primeira vista, estratégias de estudo, além de outras
disciplinas inerentes ao curso como Harmonia, Contraponto, Percepção. Com tanto
assunto para absorver, aquele interesse inicial em arranjar (e compor) ficou em
segundo plano; apenas em 2015, já com o diploma de bacharel e com mais tempo
disponível, minha vontade em arranjar retornou.

Ainda depois de formado, frequentei – como aluno especial – as disciplinas


Introdução à Instrumentação musical, Composição I e Arranjo, ministradas pelo Prof.
Dr. Wellington Gomes. Nessas aulas estudei distintos aspectos sobre tessituras dos
10

instrumentos, suas qualidades sonoras, possíveis combinações timbrísticas entre


eles, bem como algumas técnicas composicionais. Fiz minha primeira composição
para uma grande formação instrumental que foi lida pela Orquestra Sinfônica da
UFBA (OSUFBA), juntamente com o meu arranjo da música “Baby”, de Caetano
Veloso. Utilizando os conhecimentos adquiridos nessas disciplinas, dei início aos
meus primeiros arranjos para violão solo.

Posteriormente, tive conhecimento do Programa de Pós-Graduação


Profissional em Música da UFBA (PPGPROM) e da sua linha de pesquisa,
enfatizando a prática de performance musical. Em 2016, ingressei no PPGPROM,
sob a orientação do Prof. Dr. Mario Ulloa. Por ter sido aprovado em primeiro lugar no
processo seletivo, fui contemplado com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado da Bahia (FAPESB).

1.2 O MESTRADO PROFISSIONAL


1.2.1 Semestre 2016.1

No primeiro semestre do curso defini os rumos do meu projeto de pesquisa.


Desenvolvi também as bases teóricas para a feitura deste memorial e do artigo
acadêmico como requisitos para o Trabalho de Conclusão Final. Com o meu
orientador, estudei aspectos técnico-interpretativos de cada uma das peças
escolhidas para os recitais do curso: “Sonatina” de Moreno Torroba (1891 - 1982);
“Quatre Pièces Brèves” de Frank Martin (1890 – 1974); “Aquarelle” de Sergio Assad
(1952 -).

Nesse semestre cursei as seguintes disciplinas:

“Estudos Bibliográficos e Metodológicos I”, ministrada pelo Prof. Dr. Pedro


Amorim Filho. Nessa disciplina tive acesso a diversos formatos de textos relativos à
pesquisa em música, e.g. artigos, resumos, traduções. As tarefas foram realizadas
com o intuito de desenvolver a construção dos elementos pré-textuais (Capas,
Resumos, Listas, Sumário), textuais (Introdução, Desenvolvimento, Conclusão) e os
Pós-textuais (Referências, Glossário, Anexo). Houve também o incentivo à leitura de
publicações e artigos em inglês, que foram interpretados em sala de aula.

Na disciplina “Estudos Especiais em Interpretação”, lecionada pelo Prof. Dr.


Lucas Robatto, foi debatido o papel do músico na sociedade e no mercado de
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trabalho, com leituras de textos de outras áreas como sociologia, psicologia e


filosofia. Dentre os diversos textos trabalhados, os do sociólogo francês Pierre
Bourdieu foram os mais influentes na elaboração de uma estrutura de tópicos (para
um eventual artigo) que foi apresentada no fim do semestre. Essa estrutura teria que
abordar aspectos – tratados por Bourdieu – como a construção, mapeamento e
identificação de distintos públicos interessados em diversos gêneros musicais. Essa
prática foi essencial para a construção do artigo intitulado “Processos de arranjo
para violão na valsa ´Ignez` de Pixinguinha”, inserido neste Trabalho de Conclusão
Final. Além disso, o Prof. Robatto propôs uma produção coletiva da turma sobre os
campos de atuação profissional em música, baseada na experiência de cada aluno.
Por meio de um pôster intitulado “Músico trabalha com o quê?” o produto foi
apresentado no Primeiro Festival de Pesquisa em Música da UFBA, o PARALAXE,
que ocorreu entre os dias 5 a 7 de dezembro de 2016.

Com o meu orientador Prof. Dr. Mario Ulloa, cursei as disciplinas “Oficina de
Prática Técnico-Interpretativa” e “Preparação de Recital/Concerto Solístico”. A
primeira disciplina foi uma continuação do trabalho já iniciado na graduação, que
envolveu a prática diária do instrumento, abordando sonoridade, relaxamento
consciente, postura e estudos técnicos avançados aliados a questões da
interpretação musical como: possibilidades de digitação, que favoreceriam a fluidez
do fraseado; análise da partitura; clareza entre as vozes; desenvolvimento de um
pensar musical mais colorido (timbre, “pensamento orquestral”) e outras ideias com
o objetivo de alcançar uma interpretação mais consistente. Já a disciplina
“Preparação de Recital/Concerto Solístico” envolveu também estratégias para a
condução do recital, a segurança na performance em público, a relação com a
plateia, informações sobre as músicas e compositores apresentados.

1.2.2 Semestre 2016.2

Na disciplina “Métodos de Pesquisa em Execução Musical”, ministrada pelos


Profs. Dr. Lucas Robatto e Dra. Diana Santiago Fonseca, a discussão foi sobre a
decodificação da obra musical do intérprete, a percepção do ouvinte e a relação de
ambos no ato da performance/escuta. Deu-se continuidade à leitura de textos nas
áreas de música, filosofia, sociologia, abordando os modelos atuais de pesquisa em
música com ênfase na execução musical e, como tarefa final, foi solicitado um
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projeto de artigo com um assunto que tivesse relação com o projeto de pesquisa de
cada aluno.

Em “Estudos Especiais em Educação Musical”, ministrada pelo Prof. Dr. Pedro


Filho Amorim, a proposta foi ensinar a compor na prática e mostrar que cada ato de
compor é, em si, um aprendizado, uma evolução. Foram discutidos assuntos
relativos à criação musical, abordando temas controversos como “autenticidade” e
“inspiração”. No fim da disciplina, cada aluno entregou uma peça com sua respectiva
descrição do processo composicional, porém, os distintos parâmetros para a
construção delas (instrumentação, escalas maiores, menores, tons inteiros, estilo...)
foram escolhidos por sorteio entre todos os colegas, gerando assim diversas peças
– um exercício enriquecedor de composição musical coletivo.

Na disciplina “Pesquisa Orientada I”, meu orientador sugeriu restringir o


número de arranjos, cinco no total. Esse número foi o ideal, pois se trata de um
trabalho árduo que envolve distintos aspectos: criação dos arranjos, edição das
partituras, inclusão de digitações, dedilhados e outros detalhes não menos
importantes como Layout da página, espaçamento entre os pentagramas, dentre
outros - aspectos esses que foram supervisionados pelo meu orientador. Ele
também sugeriu pesquisar no Instituto Moreira Salles (IMS) – atual detentor do
acervo de Pixinguinha – que lançou uma série de songbooks com peças do mestre
do choro, dentre eles o songbook com o título, autoexplicativo, “Pixinguinha Inéditas
e Redescobertas”. Desse álbum, selecionei as cinco peças “Ignez”, “Nostalgia ao
Luar”, “Passinha”, “O Vivas Brincando” e “Recordações”.

1.2.3 Semestre 2017.1

Na “Pesquisa Orientada II”, dei continuidade ao trabalho supracitado de


arranjar e editar as cinco peças selecionadas. Cada arranjo feito eu o apresentava
ao meu orientador para ele fazer comentários e corrigir eventuais equívocos na
melodia, na harmonização, etc. Um caso exemplificativo foi o do arranjo de “O Vivas
Brincando”: o Prof. Mario comentou que a melodia estava concentrada na região
média do violão; eu deveria explorar outras regiões do instrumento trazendo maior
interesse musical.
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Participei do Festival de Música de Santa Catarina – FEMUSC, que ocorreu


entre os dias 26 de janeiro e 4 de fevereiro de 2017. Nesse festival tive aulas com o
violonista argentino Eduardo Isaac e pude me apresentar várias vezes no palco
Violão Plus, um espaço reservado aos violonistas participantes do evento. Além
disso, tive contato com outros músicos de diversas nacionalidades e formamos uma
camerata de violões, sob a regência do Prof. Isaac, que se apresentou em uns dos
palcos principais do festival. Fiz parte também do coro, formado entre os alunos do
festival, que cantou a segunda sinfonia de Gustav Mahler junto com a orquestra
formada igualmente por alunos, sob a regência do maestro Alex Klein. Essas
experiências foram muito enriquecedoras e contribuíram para o aprimoramento dos
meus conhecimentos violonístico-musicais.

Participei também da Mostra de Cordas Dedilhadas, um sarau organizado pelo


violonista paulista Rafael Altro, que aconteceu no Museu de Arte da Bahia – MAB.
Nessa ocasião pude testar dois dos novos arranjos em andamento (“Ignez” e
“Nostalgia ao luar”), ocasião essa que muito contribuiu para melhor perceber quais
detalhes dos arranjos funcionavam e quais não.

1.2.4 Semestre 2017.2

No semestre 2017.2 intensifiquei a produção dos arranjos, a edição e


finalização, bem como a conclusão dos produtos apresentados ao fim do curso, que
são o memorial juntamente com o artigo. Participei do projeto “Sextas musicais” no
Museu de Arte da Bahia – MAB, ocasião essa em que apresentei um recital solo,
com peças da minha autoria, arranjos de Pixinguinha e a “Aquarelle” de Sergio
Assad. Ao término desse semestre, solicitei a dilatação do prazo de conclusão de
curso, para corrigir eventuais erros na edição das partituras - ou até mesmo
acrescentar algo nelas - e também para ter mais tempo na produção do Trabalho de
Conclusão Final.
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2 ARTIGO - PROCESSOS DE ARRANJO PARA VIOLÃO NA


VALSA IGNEZ DE PIXINGUINHA
Igor Vasconcelos do Rosário
Universidade Federal da Bahia - PPGPROM
Orientador: Dr. Mario Ulloa

Resumo

Este artigo apresenta um recorte da minha pesquisa, no Programa de Pós-


Graduação de Mestrado Profissional em Música (PPGPROM) da Universidade
Federal da Bahia (UFBA), em que elaborei cinco arranjos de músicas inéditas e
redescobertas de Pixinguinha para violão solo. Selecionei uma peça, a Valsa
“Ignez”, para comentar acerca do processo criativo e sobre as escolhas feitas, em se
tratando da harmonia, condução de vozes e contraponto. Este trabalho visa
contribuir com o repertório violonístico e a divulgação de músicas de Pixinguinha
ainda desconhecida do grande público.

Palavras-chave: Violão. Arranjo. Pixinguinha. Ignez.

Processes of arrangement for guitar in the waltz Ignez de


Pixinguinha
Abstract

This article presents a review of my research in the Postgraduate Program of


Professional Master in Music (PPGPROM) of the Federal University of Bahia (UFBA),
in which I made five arrangements of unpublished and rediscovered songs by
Pixinguinha for solo guitar. I selected a piece, the Waltz "Ignez", to comment on the
creative process and the choices made, in the case of harmony, conduction of voices
and counterpoint. This work aims to contribute with the guitar repertoire and the
divulgation of somes works of Pixinguinha still unknown to the general public.

Keywords: Guitar. Arrangement. Pixinguinha. Ignez.


15

2.1 PIXINGUINHA E O CHORO


O Choro e Pixinguinha são dois monumentos da música brasileira e não tem
como falar de um sem mencionar o outro. Alfredo da Rocha Viana Filho, o
Pixinguinha, nasceu em 23 de abril de 1897. Filho do funcionário público e flautista
amador Alfredo Viana, Pixinguinha viveu em um ambiente musical propício, a
“Pensão Viana”, na qual o pai costumava receber os chorões da época, como o
violonista Quincas Laranjeiras e até mesmo o compositor Heitor Villa-Lobos. Além
disso, o pai do compositor ajudava músicos com dificuldades financeiras, oferecendo
moradia, como foi o caso de Sinhô1 e Irineu de Almeida2. O próprio Irineu foi um dos
professores de Pixinguinha e o primeiro a perceber o talento do garoto (CAZES,
2010).

Antes de completar 14 anos, Pixinguinha já tocava profissionalmente em bares


do Rio de Janeiro e foi levado pelo violonista Tute, com quem ele já tocava, para
substituir o flautista Antônio Maria dos Passos, o “Passinha”, na orquestra do Teatro
do Rio Branco. Passos era um músico de bastante prestígio na época, fez parte da
famosa banda do corpo de bombeiros regida por Anacleto de Medeiros, além de ser
líder do grupo “Os Passos no choro”. O estilo de Pixinguinha era diferente dos
flautistas da época, um estilo mais ritmado, sem vibrato e apesar de ter causado
certo espanto pela sua tenra idade, surpreendeu, inclusive fazendo improvisações e
contrapontos não escritos na partitura (CAZES, 2010).

Já maior de idade, em 1919, Pixinguinha formou o grupo Os Oitos Batutas que


tinha os seguintes integrantes: Donga, China (Irmão de Pixinguinha), Nelson Alves,
Raul Palmieri, Luís Pinto da Silva, Jacob Palmieri e José Alves da Lima. O grupo “Os
Oito Batutas” foi o primeiro conjunto a fazer fama no cenário musical brasileiro e,
financiados pelo mecenas Arnaldo Guinle fizeram uma turnê Internacional na França
e depois na Argentina (CABRAL, 2007).

1
José Barbosa da Silva (1888 – 1930), o “Sinhô”, compositor e sambista carioca.
2
Irineu Gomes de Almeida (1873 – 1916), compositor, oficlidista, trombonista e executante de
bombardino. Foi amigo de Alfredo da Rocha Viana, pai de Pixinguinha, tendo frequentado com
assiduidade a chamada "Pensão Viana", situada no Catumbi.
16

No final da década de 20, Pixinguinha gravou duas composições que hoje são
consideradas as mais conhecidas do compositor: Lamentos e Carinhoso. Apesar de
atualmente terem esse prestígio, na época foram bastante criticadas por ter
influência da música Norte-Americana. Carinhoso, por exemplo, só tinha duas
partes, quebrando o padrão de três partes da época e, por esse motivo, foi mantida
na gaveta pelo compositor. Depois que foi adicionada a letra, em 1937, por João de
Barro, o Braguinha, e gravada por Orlando Silva, Carinhoso se tornou um clássico
da música brasileira (CAZES, 2007).

Na década de 30, a gravadora Victor o contrata para ser seu arranjador e


regente da Orquestra Victor Brasileira, na qual ele redefiniu o modo de arranjar a
música brasileira, dando ênfase aos instrumentos de percussão. Como atesta Cabral
(2007):

Nesse período, as orquestras das gravadoras ainda dependiam


muito de maestros e músicos estrangeiros que nem sempre
possuíam a necessária vivência e intimidade com os ritmos
brasileiros. Essa deficiência é perceptível em gravações da época,
nas quais os pesados e “quadrados” arranjos orquestrais não
conseguiam captar as nuances de nossa riqueza rítmica (CABRAL,
2007).

No fim dos anos 30 e início dos 40, Pixinguinha passou por dificuldades
financeiras e problemas com alcoolismo. Sabendo disso, o flautista Benedito
Lacerda apresentou-lhe uma proposta inusitada: gravariam uma série de discos com
a obra de Pixinguinha, e Lacerda assinaria os créditos junto com o mesmo, ainda
que nas possíveis regravações. Além disso, Pixinguinha deveria ter o papel de
coadjuvante, tocando sax tenor e Lacerda, flauta. Apesar dessa situação,
Pixinguinha mostrou toda a sua genialidade nas gravações, fazendo contrapontos,
que muitas vezes era difícil de distinguir qual era o instrumento principal, o sax ou a
flauta (ALMADA, 2010).

No início de 1947 o radialista da Rádio Tupi, Almirante, convida-o para ser


arranjador e regente do programa “O pessoal da Velha Guarda”, nesta que pode ser
considerada a fase final da carreira do mestre do Choro. Tendo em mãos a
Orquestra da Velha Guarda, formada por músicos contratados, Pixinguinha arranjou
músicas já consideradas antigas, de compositores como Chiquinha Gonzaga,
17

Ernesto Nazareth e dele próprio. O programa fez bastante sucesso pelo seu caráter
nostálgico (CABRAL, 2007).

Pixinguinha morreu em 1973, mas seus Choros, Valsas e Sambas ficaram


imortalizados. Hoje são considerados clássicos e, já naquela época, sua obra era
reconhecida por maestros como Heitor Villa-lobos e Radamés Gnatalli. O próprio
Radamés afirmava: “Choro tem muitos por aí, mas bons mesmo são os do
Pixinguinha, e não é porque são mais elaborados, é porque ele era um gênio”
(CAZES, 2010).

2.2 INÉDITAS E REDESCOBERTAS


Lançado em 2012 pelo Instituto Moreira Salles (IMS) e pela editora imprensa
Oficial de São Paulo, o songbook “Pixinguinha inéditas e redescobertas” faz parte de
um conjunto de lançamentos centrados na obra de Pixinguinha. O acervo do
compositor está sob a guarda do IMS desde 2000 e a partir de então o instituto tem
se debruçado na tarefa de lançar edições criticamente confiáveis. O livro é composto
por 20 peças, parte delas totalmente inéditas e outras que já estavam fora de
catálogo há muito tempo, contendo apenas a melodia e harmonia cifrada de gêneros
diversos como Choros, Valsas, Polcas, Tangos e até mesmo um Fox-Trot, ritmo
característico norte-americano.

Algumas dessas músicas foram encontradas em acervos de outros


compositores, entre eles, Jacob do Bandolim. Como era comum na prática dos
chorões daquela época, muitas músicas foram feitas de forma improvisada,
divulgada oralmente e difundida nas rodas de Choro. Por isto, a dificuldade de
encontrar partituras autógrafas, ou seja, originais dos compositores do período, visto
que algumas, ou se perderam, ou nunca existiram. Aliado a isso tinham também os
músicos ligados à tradição de bandas que detinham o conhecimento da pauta
musical. Estes então transcreviam os temas dos chorões, formando uma compilação
das músicas.

A Valsa “Ignez” se encaixa na categoria de obras inéditas do compositor, e


apresenta, segundo Aragão (2012), um Pixinguinha em plena maturidade “por sua
genial invenção melódica e coesão entre as partes”. Segundo ele, é uma pena a
música não ter tido uma sorte semelhante a outras Valsas de Pixinguinha como
18

“Rosa”, que logo após receber letra se tornou um grande sucesso na voz de Orlando
Silva.

2.3 CONCEITO DE ARRANJO


Pereira (2011) cita em seu trabalho seis práticas de reelaboração musical:
orquestração, paráfrase, adaptação, redução, transcrição e arranjo. É muito comum
achar que arranjo e transcrição são sinônimos, mas trata-se de práticas
completamente distintas e a definição do conceito de ambas tem que ser levada em
consideração para evitar equívocos. No The study of orchestration, de Samuel Adler,
encontra-se tal distinção:

Transcrição é a transferência de uma obra previamente composta de


um meio musical para outro. O Arranjo envolve mais do processo
composicional, pois o material pré-existente pode ser apenas uma
melodia ou mesmo parte de uma melodia, para a qual o arranjador
deve fornecer uma harmonia, contrapontos e, às vezes até o ritmo,
antes de pensar na orquestração (ADLER, 1989, p.512).

Lima Júnior (2003) complementa:

Transcrever implica [...] em adaptar um original ao novo meio fônico


sem modificar-lhe a essência. Quando ocorrem modificações em que
partes diferentes são escritas (compostas), criadas para compensar
de alguma maneira a ausência de outro instrumento, por exemplo, aí
se manifesta a atividade do arranjador e não mais a do transcritor
(LIMA JÚNIOR, 2003, p. 23).

Observa-se que a transcrição é somente a transferência de um meio musical


para outro, nesse caso, uma nova instrumentação. É importante entender que na
transcrição não é correto adicionar algo que não esteja na obra original, mas é
possível omitir alguns trechos para melhor se adaptar ao novo meio. Por exemplo,
em uma obra para grande orquestra transcrita para o violão solo, seria impossível
que todas as vozes fossem incluídas no novo instrumental, devido à tessitura
limitada do instrumento. O arranjo, então, se assemelha mais com a composição,
pois ambos fazem uso do processo criativo. O arranjador, a partir de um esboço
musical, seja ele uma melodia ou harmonia, desenvolve algo novo para compor esse
esboço. Diferentemente da transcrição, pode-se sempre agregar novos materiais,
até mesmo modificar aquela melodia pré-estabelecida.
19

2.4 ELABORAÇÃO DO ARRANJO


2.4.1 Tonalidade

A escolha da tonalidade é um fator importante, pois cada instrumento tem


características peculiares que podem dificultar ou facilitar a vida do arranjador
dependendo do tom escolhido. A essas características dá-se o nome de
idiomatismo.

Scarduelli (2007) aborda dois tipos de idiomatismo, o implícito e o explícito. O


implícito, segundo ele, seria “a escolha de centros, modos e tonalidades que
favoreçam um amplo uso de cordas soltas no instrumento e, consequentemente, a
exequibilidade da peça”. O violão é afinado em 4ª justas, com exceção da 3ª para 2ª
que é uma 3ªM e por isso em determinadas tonalidades haverá mais cordas soltas
que em outras. Por exemplo, na tonalidade de Mi maior temos a possibilidade de
quatro cordas soltas (mi, si, lá, mi), em Lá maior há cinco possibilidades (mi, si, ré,
lá, mi). Já o idiomatismo explícito são os efeitos peculiares do instrumento, como
acordes arpejados ou rasgueados.

Escolhi a mesma tonalidade encontrada no songbook do IMS, Fá maior. Pode-


se pensar que seja uma tonalidade desfavorável ao arranjador, porém, na valsa
“Ignez” há três partes, na segunda parte a tonalidade é Ré menor, tendo cinco
cordas soltas (mi, sol, ré, lá, mi) e na terceira parte, Ré Maior, com seis cordas soltas
(mi, si, sol, ré, lá, mi).

2.4.2 Estrutura formal

A forma musical utilizada por Pixinguinha é a “Rondó”, bastante empregada na


música brasileira, sobretudo no choro, e é estruturada em três partes: AA’-BB’-A’-
CC’-A’. A parte “A” está na tonalidade de Fá Maior, a parte “B” na relativa Ré menor
e a “C” em Ré Maior. Em relação ao arranjo, a forma é basicamente a mesma,
somente com um acréscimo de um interlúdio entre C’ e A’ e pequenas pontes que
não chegam a ser um interlúdio, servindo mais como uma junção entre as partes. A
forma final ficou da seguinte maneira: AA’ - BB’ - CC’ - INTERLÚDIO - A’.

No songbook há uma indicação metronômica de semínima igual a 120 bpm que


eu optei por usar nas partes A e B. Na parte C, há uma mudança de pulso para
semínima igual a 180 bpm que não é indicada na partitura, mas que julguei ser
20

cabível no momento, devido à apreciação de diversas obras do estilo e para criar um


contraste entre as seções. Para isso, utilizei uma ponte em acelerando para se
chegar ao novo andamento gradativamente, como mostra o exemplo a seguir:

Exemplo 1 - Ponte para o novo andamento.

Da mesma forma, para retornar ao andamento inicial, utilizei uma ponte com
um caráter mais de interlúdio, por ter mais compassos e ter uma progressão
harmônica que faz a transição entre a parte C’ e A’. Há um ritardando no final da
parte C’ preparando para o interlúdio no andamento moderato em semínima igual a
108, com um acelerando até 120 bpm, retornando à parte A’.

Exemplo 2 - Acelerando ao andamento inicial.

2.4.3 Harmonia

No quesito harmonia é necessário salientar que as cifras contidas no songbook


não foram tiradas dos manuscritos e sim introduzidas na edição por especialistas em
Pixinguinha com base em caminhos harmônicos mais recorrentes da sua escrita.
Nesse caso privilegiei a harmonia contida no songbook, sem uso de rearmonizações
que pudessem descaracterizar a obra, já que se trata de uma peça ainda
desconhecida do público. Com isso, o trabalho foi mais de distribuição e condução
das vozes de acordo com regras da estruturação musical.
21

Do primeiro ao nono compasso há a possibilidade de ilustrar os procedimentos


que utilizei em todo o arranjo, no que compreende a distribuição das notas de cada
acorde. O exemplo a seguir representa o trecho encontrado na edição do IMS. Nele,
há somente a melodia e a cifra representando um acorde por compasso e em
seguida o mesmo trecho com o preenchimento das vozes.

Exemplo 3 – Trecho da edição do IMS.

Exemplo 4 - Trecho com as vozes.

Os três primeiros acordes estão sob um pedal no primeiro grau de Fá maior e a


melodia estática no sexto grau (ré). Nesse caso completei as vozes intermediárias
com notas dos respectivos acordes. Em Bb/F acrescentei a fundamental e a quinta
(mesmo ela estando no baixo); em C7/F, a sétima e terça; e no acorde de Fá maior,
a fundamental e terça. No acorde de C7/F não adicionei a fundamental (dó) já que a
presença do trítono (sí/fá) já traz consigo a característica de função dominante. No
quarto compasso acrescentei somente o baixo (lá) já que a melodia nesse trecho se
baseia em notas do acorde de Fá Maior.

Nos compassos 5 ao 7 há um processo semelhante aos três primeiros


compassos, uma melodia com uma nota estática, porém com um baixo caminhando
cromaticamente em movimento descendente - lá bemol, sol e sol bemol. Novamente
aqui o trabalho foi de inserir notas para completar cada acorde. Em seguida, no
compasso 8, a melodia também se baseia em notas do acorde (D7/F#), portanto,
criei também um baixo com notas pertencentes ao mesmo, ré, lá e fá#, movendo-se
22

descendentemente. O fá#, sensível de Sol menor, resolve na fundamental do acorde


seguinte.

Na parte C do arranjo utilizo os mesmos procedimentos relatados


anteriormente. Nos exemplos 5 e 6 respectivamente a melodia e cifra tal qual
encontrado no songbook em paralelo com a versão do arranjo, do compasso 162 a
169.

Exemplo 5 - Versão original.

Exemplo 6 – Versão do arranjo.

No acorde de Ré Maior seguido da sua segunda inversão D/A utilizei terças e


quartas para dar um maior movimento no trecho e de certa forma obedecer à
indicação da cifra. Logo adiante, no acorde de Fá sustenido com sétima acrescentei
a fundamental no baixo no primeiro tempo e a terça (lá#) no segundo tempo junto
com a quinta (dó#). No terceiro tempo criei um baixo movimentando-se em direção à
terça do mesmo acorde no compasso 163. Apesar da cifra estar indicando a quinta
no baixo, a modifiquei por achar mais coerente com a progressão criada a partir
desse trecho em diante. É o que ocorre também no compasso 166 em que temos na
cifra a terça no baixo, mas optei por colocar a fundamental e criar esse movimento
cromático do lá sustenido e lá natural. No terceiro tempo do mesmo compasso
coloquei a terça do acorde na primeira colcheia e na segunda o lá sustenido com a
função de apogiatura do baixo do compasso seguinte. Na melodia do compasso
167 acrescentei intervalos de sexta até o primeiro tempo do compasso 168 e no
baixo houve um salto de terça maior do si para o ré# sendo que o ré# é a sensível
do acorde posterior, Mi menor. Do segundo tempo do compasso 168 ao 169 há um
23

intervalo de décima entre o baixo e a melodia, finalizando com terças no segundo


tempo do último compasso.

Como comentei anteriormente, não houve necessidade de rearmonização


devido ao risco de descaracterizar o estilo. Entretanto, o interlúdio acrescentado no
arranjo deu-me a oportunidade de criar outras harmonias sem que com isso
houvesse um distanciamento da que foi empregada até o momento.

Exemplo 7 - Harmonia do interlúdio.

Essa passagem se dá entre o final da parte C e o retorno da parte A e é uma


transição entre os tons de Ré maior e Fá maior. O interlúdio baseia-se na mesma
ideia inicial da música: uma melodia sustentada pelo baixo pedal em que o
movimento das vozes intermediárias caracteriza cada acorde. A transição se inicia
com a preparação da tonalidade de Sol menor no compasso 195 onde o movimento
do baixo apresenta as notas da armadura dessa tonalidade (sib/ mib). No entanto
essa tonalidade é momentânea, o que importa é o acorde de Sol menor servindo de
pivô para o restabelecimento da tonalidade inicial, já que ele é o segundo grau do
campo harmônico de Fá Maior. Então, nos compassos 198 e 199 acontece o que se
convém chamar, na harmonia funcional, de II SubV primário. O Gm6, segundo grau
de Fá maior seguido do substituto do quinto grau, F#7/13, procedendo meio tom
descendente ao acorde alvo no compasso 200, Bb/F.

2.4.4 Texturas abordadas no arranjo

Em se tratando de textura musical, foram aplicadas no arranjo duas delas, a


homofônica e a polifônica. Por textura homofônica e polifônica compreende-se o
conceito feito por COPLAND (2014) que diz que a homofonia “consiste de uma
melodia principal e de um acompanhamento em acordes” e polifonia seria aquela em
que as vozes “se movem em planos melódicos separados e independentes”. O
24

emprego delas ocorreu em partes distintas da peça. A parte A, por exemplo, utilizei
somente a textura homofônica em oposição à parte B que se beneficia quase
totalmente da técnica polifônica.

Nos compassos 12 ao 16, ilustrado no exemplo 8, há uma abordagem


homofônica, onde uma melodia é sustentada por acordes. Tais acordes estão
arpejados ou formados em blocos, como no compasso 12 onde utilizei o acorde de
Fá maior com a terça no baixo e a melodia caminhando ascendentemente do dó ao
fá do próximo compasso. Nos compassos 13 e 14 os acordes de Si meio diminuto e
Mi Maior com sétima e nona menor são arpejados enquanto a melodia se sustenta
no fá#. Em seguida, há um movimento em bloco, pois ambas caminham no mesmo
ritmo e direção. E, finalmente, no compasso 16 emprego novamente um acorde em
bloco, de Dó maior com a terça no baixo, e a melodia em movimento descendente.

Exemplo 8 – Abordagem homofônica.

No exemplo 9, apesar do acompanhamento estar se movimentando em


colcheias, ainda assim se trata de textura homofônica. As colcheias formam os
arpejos dos acordes e não uma melodia independente contraposta à melodia
superior. São acordes que ao invés de tocá-los em bloco, são tocados arpejados.

Exemplo 9 – Tratamento homofônico, com baixo arpejado.

Na parte B do arranjo a textura predominante foi à polifônica. No exemplo 10


apresento a parte encontrada no songbook para ficar mais claro o trecho.
25

Exemplo 10 – Original do IMS.

A melodia acima é formada de sequências, padrões melódicos que se repetem.


A ligadura de frase define bem esse procedimento. Abaixo a primeira frase já com
um tratamento polifônico.

Exemplo 11 – Tratamento polifônico (comp. 64 ao 68).

Nesse trecho predomina o contraponto a três vozes. A voz principal começa


com o motivo (sib-sib-mi), como uma pergunta ou antecedente e no compasso 66
temos a resposta ou consequente (lá-lá-ré-mi-fá), enquanto que o baixo caminha em
movimento descendente. É interessante notar a alternância do ritmo entre as vozes -
enquanto a segunda voz está fazendo uma semínima por tempo (compasso 66), a
primeira voz está fazendo uma mínima mais uma semínima. O contrário também se
aplica no compasso 67, dessa forma há um movimento contínuo no arranjo. No
restante do trecho esse padrão é repetido, pois como já havia sido explicado, se
trata de uma sequência melódica, portanto, aplico também o mesmo procedimento
no exemplo abaixo.
26

Exemplo 12 - Padrão semelhante.

Quando esse mesmo trecho é repetido (Ex.13) apresento algumas variações e


utilizo uma técnica muito comum na escrita polifônica: a imitação. Na primeira frase,
logo após a apresentação do motivo (sib-sib-mi) o mesmo é repetido na íntegra uma
oitava acima, o que convém chamar de imitação a oitava ascendente. Teoricamente,
se trata de um contraponto a três vozes, pois, além do motivo principal e sua
imitação, o baixo também é uma voz independente. Na segunda frase acontece o
mesmo, o motivo é exposto (ré-ré-fá#) e imitado à oitava com o baixo descendente.

Exemplo 13 – Imitação à Oitava

Já na terceira frase (Ex.14) há uma imitação livre, pois, o motivo (mi-mi-sol#) é


imitado sem repetir os mesmos intervalos, que são: uníssono, uníssono e sexta
descendente. A imitação acontece uma quarta abaixo (si-si) e uma terça menor
acima (ré). Para se configurar uma imitação à quarta, a nota do terceiro tempo da
imitação teria que ser uma sexta descendente, ou seja, uma oitava abaixo do que foi
escrito.
27

Exemplo 14 – Imitação livre.


28

2.5 CONCLUSÃO
Este artigo é um recorte do meu projeto de mestrado que tem como fim a
elaboração de cinco arranjos de músicas de Pixinguinha. Dessas cinco, escolhi a
Valsa Ignez para fazer comentários acerca dos procedimentos escolhidos no que diz
respeito à harmonia, contraponto e condução de vozes. A Valsa faz parte songbook
“Pixinguinha Inéditas e Redescobertas” lançado pelo Instituto Moreira Salles, atual
detentor do acervo de Pixinguinha e que vem lançando álbuns com as músicas do
compositor.

Procurei também trazer uma definição do termo arranjo, muito confundido com
transcrição, para evitar equívocos conceituais e a perpetuação do termo de forma
errônea. Não busquei, neste artigo, encerrar o assunto sobre o que é arranjo ou
transcrição, mas somente trazer uma distinção entre ambas.

A intenção de fazer esse tipo de trabalho foi a de divulgar obras do compositor,


ainda desconhecida e também por gosto pessoal, já que se trata de peças com
atestada qualidade musical. Acredito também que os comentários acerca da
elaboração do arranjo possam vir a ajudar outros violonistas dispostos a arranjar
outras peças do songbook de Pixinguinha ou outras tantas do cancioneiro brasileiro,
mas que ainda não saibam por onde começar. Talvez aqui eles encontrem uma
oportunidade de iniciarem suas atividades como arranjadores.
29

REFERÊNCIAS

ADLER, S. The study of orchestration. 2 ed., New York: W.W. Norton and
Company, 1989.

CABRAL, S. Pixinguinha: vida e obra. Ed. Funarte, 4 ed. Rio de Janeiro, 2007.

CARRASQUEIRA, J. M. O melhor de Pixinguinha: melodias e cifras. Ed. Irmãos


Vitale, São Paulo, 1997.

CALADO, C. Pixinguinha. Coleção Folha Raízes da Música Popular Brasileira,


v.4. Ed. Mediafashion, São Paulo, 2010.

CAZES, H. Choro: do quintal ao municipal. Ed. 34, São Paulo, 2010.

COPLAND, A. Como ouvir e entender música. Ed. É Realizações, São Paulo,


2014.

LIMA JÚNIOR, F. M. A elaboração de arranjos de canções populares para violão


solo. 2003. 200 f. Dissertação (Mestrado em Música) – Instituto de Artes da
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.

Organização Leme, B. P.; Aragão, Pedro; Aragão, Paulo. Pixinguinha: inéditas e


redescobertas. Imprensa oficial do Estado de São Paulo: Instituto Moreira Salles,
São Paulo, 2012.

PEREIRA, F. V. As práticas de reelaboração musical. 2011. 308 f. Tese


(Doutorado em musicologia) – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2011.

SCARDUELLI, Fabio. A obra para violão solo de Almeida Prado. Campinas, 2007.
Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes.
30

3 RELATÓRIOS DAS PRÁTICAS SUPERVISIONADAS


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MÚSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM MÚSICA –
PPGPROM

FORMULÁRIO DE REGISTRO DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS


ORIENTADAS
Aluno: IGOR VASCONCELOS DO ROSÁRIO Matrícula: 216123415

Área: CRIAÇÃO MUSICAL/INTERPRETAÇÃO Ingresso: 2016.1

Código Nome da Prática

MUS D48 Oficina de Prática técnico-interpretativa

Orientador da Prática: Professor Dr. MARIO ULLOA

Descrição da Prática

1) Título da Prática: Aperfeiçoamento técnico-musical violonístico

2) Carga Horária Total: 102h

3) Locais de Realização: Escola de Música da UFBA

4) Período de Realização: 21/07 a 31/10 de 2016

5) Detalhamento das Atividades (incluindo cronograma):

As atividades foram realizadas no formato master class nas quais apresentei


semanalmente ao orientador as obras estudadas, e pude ouvir dele sugestões para
uma melhor interpretação.

a) Levantamento do repertório a ser estudado:

1- Sonatina – Frederico Torroba

2- Aquarelle – Sergio Assad

b) Trabalhei aspectos técnico-interpretativos do 1° e 3° movimento da Sonatina de


Frederico Torroba, durante o primeiro semestre, com a orientação do Professor
Mario Ulloa.
31

c) Estudos individuais/Orientação

Mês Julho Agosto Setembro Outubro

Estudos Segunda a Segunda a Segunda a Segunda a


individuais sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h
por dia em por dia em por dia em por dia em
média média média média

Orientação 1° Mov. 1° Mov. 3° Mov. 3° Mov.


Sonatina Sonatina Sonatina Sonatina

Com a média de 1 hora por dia, no período descrito, o tempo destinado a essa
Prática em três meses foi de 60 horas.

6) Objetivos a serem alcançados com a Prática:

a) Solução de problemas técnico-musical nas obras estudadas

b) Desenvolver segurança para tocar em público

c) Criar independência ao estudar uma nova peça

7) Possíveis produtos Resultantes da Prática

a) Relatório/Memorial da prática

b) Apresentações solo

8) Orientação:

8.1) Carga horária da Orientação: 5h em média

8.2) Formato da Orientação:

Foram 8 encontros na EMUS com duração média de 30 minutos.

8.3) Cronograma das Orientações - Encontros presenciais:

21/07/16 - Junto com o orientador discutimos o repertório a ser trabalhado durante o


mestrado profissional.

28/07/16 - Toquei o 1° Mov. da Sonatina de Torroba. O orientador gostou e sugeriu


algumas digitações diferentes.

04/08/16 - Apresentei o 1° mov. da Sonatina. O orientador falou sobre questões


musicais. Perguntou onde uma parte da música terminava e onde iniciava a nova
parte. Pediu para eu tocar com mais intensidade também.
32

18/08/16 - Toquei apenas a primeira parte do 1° mov. da sonatina. O professor


sugeriu novas digitações, com o intuito de ter mais fluência.

08/09/16 - Trabalhei só a ultima página do 1° mov. Sonatina.

13/10/16 - Toquei o 1° mov. da Sonatina de Torroba. O orientador concluiu que eu


deveria pensar mais orquestralmente e ter mais vigor, pois eu estava tocando muito
escolasticamente.

20/10/16 - Mostrei o 3° mov. da Sonatina de Torroba. O orientador observou


algumas notas erradas e pediu para eu corrigi-las. Falou sobre a questão das vozes
internas da harmonia, que tudo tem que ser ouvido. Pediu para tocar com mais
atitude.

27/10/16 – Toquei o 3° mov. da Sonatina de Torroba, com as notas corrigidas da


ultima aula.
33

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MÚSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM MÚSICA –
PPGPROM

FORMULÁRIO DE REGISTRO DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS


ORIENTADAS
Aluno: IGOR VASCONCELOS DO ROSÁRIO Matrícula: 216123415

Área: CRIAÇÃO MUSICAL/INTERPRETAÇÃO Ingresso: 2016.1

Código Nome da Prática

MUSD53 Preparação de Recital/Concerto Solístico

Orientador da Prática: Professor Dr. MARIO ULLOA

Descrição da Prática

1) Título da Prática: Preparação de recital

2) Carga Horária Total: 102h

3) Locais de Realização: ESCOLA DE MÚSICA DA UFBA/EMUS e Santa Catarina.

4) Período de Realização: 21/07 a 31/10 de 2016

5) Detalhamento das Atividades (incluindo cronograma):

a) Levantamento do repertório a ser apresentado.

b) Informações auxiliares sobre o repertório específico.

c) Estudos individuais e apresentação solo.


34

Mês Julho Agosto Setembro Outubro

Estudos Segunda a Segunda a Segunda a Segunda a


individuais sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h
por dia em por dia em por dia em por dia em
média média média média

Orientação Uma fez por Uma fez por Uma fez por Uma fez por
semana. semana. semana. semana.

Durante o Festival de música de Santa Catarina – FEMUSC que ocorreu entre os


dias 26 de janeiro a 4 de fevereiro de 2017, em diversos dias fiz apresentações solo
com o seguinte repertório:

1- Theme Varié et Finale – Manuel María Ponce

2- Cavatina – Alexandre Tansman

3- Julia Barcarola/ Valsa n.4 – Agustín Barrios

Na mostra de cordas dedilhadas que ocorreu em 27 de julho de 2017 apresentei


dois arranjos de Pixinguinha de minha autoria:

1- Nostalgia ao luar

2- Ignez

6) Objetivos a serem alcançados com a Prática:

a) Solução de problemas técnico-musical nas obras estudadas

b) Desenvolver segurança para tocar em público

c) Criar independência ao estudar uma nova peça

7) Possíveis produtos Resultantes da Prática

a) Relatório/memorial da Prática

b) Apresentação solo, que foi realizada durante o festival de musica de Santa


Catarina - FEMUSC e também na mostra de cordas dedilhadas.

8) Orientação:

8.1) Carga horária da Orientação: 5h em média


35

8.2) Formato da Orientação:

Encontros na EMUS com duração média de 30 minutos.

8.3) Cronograma das Orientações - Encontros presenciais:

A Prática de Preparação de Recital tem correlação com a oficina de Prática Técnico-


Interpretativa.

26 a 4 de Janeiro de 2017 – Festival internacional de música de Santa Catarina –


FEMUSC. Apresentação solo e masterclass com o professor Eduardo Isaac.

27/07/2017 – Apresentação solo na mostra de cordas dedilhadas.


36

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MÚSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM MÚSICA –
PPGPROM

FORMULÁRIO DE REGISTRO DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS


ORIENTADAS
Aluno: IGOR VASCONCELOS DO ROSÁRIO Matrícula: 216123415

Área: CRIAÇÃO MUSICAL/INTERPRETAÇÃO Ingresso: 2016.1

Código Nome da Prática

MUS D48 Oficina de Prática Técnico-Interpretativa

Orientador da Prática: Professor Dr. MARIO ULLOA

Descrição da Prática

1) Título da Prática: Aperfeiçoamento técnico-musical violonístico

2) Carga Horária Total: 102h

3) Locais de Realização: ESCOLA DE MÚSICA DA UFBA/EMUS

4) Período de Realização: 15/08 a 03/11 de 2016.2

5) Detalhamento das Atividades (incluindo cronograma):

a) Levantamento do repertório a ser estudado ao longo do curso:

1- Aquarelle – Sergio Assad

2- 4 pièces brèves – Frank Martin

b) Trabalhei aspectos técnico-interpretativos do 1° e 2° movimento da Aquarelle de


Sergio Assad e o primeiro e segundo movimentos das 4 pièces brèves de Frank
Martin, durante o segundo semestre, com a orientação do Professor Mario Ulloa.
37

c) Estudos individuais/Orientação.

Mês Julho Agosto Setembro Outubro

Estudos Segunda a Segunda a Segunda a Segunda a


individuais sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h
por dia em por dia em por dia em por dia em
média média média média

Orientação 1° Mov. 2° Mov. 1° Mov. Frank 2° Mov. Frank


Aquarelle Aquarelle Martin Martin

6) Objetivos a serem alcançados com a Prática:

a) Solução de problemas técnico-musical nas obras estudadas.

b) Desenvolver segurança para tocar em público.

c) Criar independência ao estudar uma nova peça.

7) Possíveis produtos Resultantes da Prática

a) Relatório/memorial da Prática.

b) Apresentação solo.

8) Orientação:

8.1) Carga horária da Orientação: 5h em média

8.2) Formato da Orientação:

Encontros presenciais na escola de música da UFBA com duração média de 30


minutos.

8.3) Cronograma das Orientações - Encontros presenciais:

Os encontros ocorreram na Escola de Música da UFBA as segundas, quartas e


quintas não mantendo uma regularidade semanal por conta da disponibilidade do
aluno, do professor e das outras disciplinas, por isso não foi elaborado um
cronograma nesse período.
38

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MÚSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM MÚSICA –
PPGPROM
FORMULÁRIO DE REGISTRO DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS
ORIENTADAS
Aluno: IGOR VASCONCELOS DO ROSÁRIO Matrícula: 216123415

Área: CRIAÇÃO MUSICAL/INTERPRETAÇÃO Ingresso: 2016.1

Código Nome da Prática

MUSD53 Preparação de Recital/Concerto Solístico

Orientador da Prática: Professor Dr. MARIO ULLOA

Descrição da Prática

1) Título da Prática: Preparação de recital

2) Carga Horária Total: 102h

3) Locais de Realização: ESCOLA DE MÚSICA DA UFBA/EMUS

4) Período de Realização: 23/09 de 2017 a 23/02 de 2018

5) Detalhamento das Atividades (incluindo cronograma):

a) Levantamento do repertório a ser apresentado.

b) Informações auxiliares sobre o repertório específico.

c) Estudos individuais e apresentação solo.


39

Mês Julho Agosto Setembro Outubro

Estudos Segunda a Segunda a Segunda a Segunda a


individuais sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h
por dia em por dia em por dia em por dia em
média média média média

Orientação Uma fez por Uma fez por Uma fez por Uma fez por
semana. semana. semana. semana.

Participei do projeto sextas musicais, no museu de arte da Bahia no dia 18/08/2017,


onde apresentei composições minhas, arranjos de obras de Pixinguinha e a
Aquarelle de Sergio Assad.

PROGRAMA

IGOR ROSÁRIO

 Preludio
 Águas do porto
 Impromptu

PIXINGUINHA

 Nostalgia ao luar (arr. Igor Rosário)


 Carinhoso (Arr. Igor Rosário)

SERGIO ASSAD

 Valseana
 Preludio e Toccatina

6) Objetivos a serem alcançados com a Prática:

a) Solução de problemas técnico-musical nas obras estudadas.

b) Desenvolver segurança para tocar em público.

c) Criar independência ao estudar uma nova peça.

7) Possíveis produtos Resultantes da Prática

a) Relatório/memorial da Prática

b) Apresentação solo, que foi realizado durante o festival de musica de Santa


Catarina - FEMUSC e também na mostra de cordas dedilhadas.
40

8) Orientação:

8.1) Carga horária da Orientação: 5h em média

8.2) Formato da Orientação:

Encontros na EMUS com duração média de 30 minutos.

8.3) Cronograma das Orientações - Encontros presenciais:

Os encontros ocorreram na Escola de Música da UFBA as segundas, quartas e


quintas não mantendo uma regularidade mensal por conta da disponibilidade do
aluno, do professor e das outras disciplinas, por isso não foi elaborado um
cronograma nesse período.
41

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MÚSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM MÚSICA –
PPGPROM

FORMULÁRIO DE REGISTRO DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS


ORIENTADAS
Aluno: IGOR VASCONCELOS DO ROSÁRIO Matrícula: 216123415

Área: CRIAÇÃO MUSICAL/INTERPRETAÇÃO Ingresso: 2016.1

Código Nome da Prática

MUS D50 Prática Camerística

Orientador da Prática: Professor Dr. MARIO ULLOA

Descrição da Prática

1) Título da Prática: Aperfeiçoamento técnico-musical violonístico e prática conjunta

2) Carga Horária Total: 102h

3) Locais de Realização: ESCOLA DE MÚSICA DA UFBA/EMUS

4) Período de Realização: 15/08 a 03/11 de 2016

5) Detalhamento das Atividades (incluindo cronograma):

a) Atividades:

Escolha do repertório para violão e clarineta a ser praticado em duo com a


clarinetista Geisiane Rocha.

Encontramos uma transcrição para violão e flauta da Sonata Arpeggione do


compositor Schubert, e partir desta transcrição adaptamos, para clarineta, a parte da
flauta onde alguns decisões foram tomadas a respeito de determinadas notas que
eram difíceis de reproduzir na clarineta. Houve ensaios semanais para a montagem
da peça.

b) Sobre o cronograma, houve ensaios semanais onde, além da montagem da peça,


foi também deliberado sobre decisões a serem tomadas. Os ensaios ocorreram na
EMUS sempre as sextas feiras pela manhã.
42

6) Objetivos a serem alcançados com a Prática:

a) Solução de problemas técnico-musical nas obras estudadas.

b) Desenvolver segurança para tocar em público.

c) Criar independência ao estudar uma nova peça.

d) Desenvolver a prática camerística.

7) Possíveis produtos Resultantes da Prática

a) Relatório/memorial da Prática.

8) Orientação:

8.1) Carga horária da Orientação: 5h em média

8.2) Formato da Orientação:

Encontros presenciais na escola de música da UFBA com duração média de 30


minutos.

8.3) Cronograma das Orientações - Encontros presenciais:

Os encontros ocorreram na Escola de Música da UFBA as segundas, quartas e


quintas não mantendo uma regularidade mensal por conta da disponibilidade do
aluno, do professor e das outras disciplinas, por isso não foi elaborado um
cronograma nesse período.
43

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MÚSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM MÚSICA –
PPGPROM

FORMULÁRIO DE REGISTRO DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS


ORIENTADAS
Aluno: IGOR VASCONCELOS DO ROSÁRIO Matrícula: 216123415

Área: CRIAÇÃO MUSICAL/INTERPRETAÇÃO Ingresso: 2016.1

Código Nome da Prática

MUS D48 Oficina de Prática Técnico-Interpretativa

Orientador da Prática: Professor Dr. Mario Ulloa

Descrição da Prática

1) Título da Prática: Aperfeiçoamento técnico-musical violonístico

2) Carga Horária Total: 102h

3) Locais de Realização: ESCOLA DE MÚSICA DA UFBA/EMUS

4) Período de Realização: 08/05/2016 a 09/09/2017

5) Detalhamento das Atividades (incluindo cronograma):

As atividades foram realizadas no formato master class nos quais apresentei


semanalmente ao orientador as obras estudadas, além dos arranjos feitos até
aquele momento e pude ouvir dele sugestões referentes ao arranjo em si e também
sobre formatação e edição do mesmo.

a) Apresentação de parte dos arranjos.

b) Estudos técnicos-interpretativos das obras Aquarelle, 4 Pièces Brèves.

c) Estudos individuais/Orientação.
44

Mês Julho Agosto Setembro Outubro

Estudos Segunda a Segunda a Segunda a Segunda a


individuais sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h
por dia em por dia em por dia em por dia em
média média média média

Orientação 1° Mov. 2° Mov. 1° Mov. Frank 2° Mov. Frank


Aquarelle Aquarelle Martin Martin

6) Objetivos a serem alcançados com a Prática:

a) Solução de problemas técnico-musical nas obras estudadas.

b) Desenvolver segurança para tocar em público.

c) Criar independência ao estudar uma nova peça.

7) Possíveis produtos Resultantes da Prática

a) Relatório/memorial da Prática.

b) Apresentação solo.

8) Orientação:

8.1) Carga horária da Orientação: 5h em média

8.2) Formato da Orientação:

Encontros presenciais na escola de música da UFBA com duração média de 30


minutos.

8.3) Cronograma das Orientações - Encontros presenciais:

Os encontros ocorreram na Escola de Música da UFBA as segundas, quartas e


quintas não mantendo uma regularidade mensal por conta da disponibilidade do
aluno, do professor e das outras disciplinas, por isso não foi elaborado um
cronograma nesse período.
45

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA DE MÚSICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM MÚSICA –
PPGPROM

FORMULÁRIO DE REGISTRO DE PRÁTICAS PROFISSIONAIS


ORIENTADAS
Aluno: IGOR VASCONCELOS DO ROSÁRIO Matrícula: 216123415

Área: CRIAÇÃO MUSICAL/INTERPRETAÇÃO Ingresso: 2016.1

Código Nome da Prática

MUS D48 Oficina de Prática Técnico-Interpretativa

Orientador da Prática: Professor Dr. Mario Ulloa

Descrição da Prática

1) Título da Prática: Aperfeiçoamento técnico-musical violonístico

2) Carga Horária Total: 102h

3) Locais de Realização: ESCOLA DE MÚSICA DA UFBA/EMUS

4) Período de Realização: 23/09 de 2017 a 23/02 de 2018

5) Detalhamento das Atividades (incluindo cronograma):

a) Apresentação dos últimos arranjos produzidos.

b) Estudos técnicos-interpretativos dos mesmos.

c) Edição das partituras.

d) Estudos individuais/Orientação.
46

Mês Julho Agosto Setembro Outubro

Estudos Segunda a Segunda a Segunda a Segunda a


individuais sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h sábado/ 2h
por dia em por dia em por dia em por dia em
média média média média

Orientação Apresentação Apresentação Apresentação Apresentação


e edição dos e edição dos e edição dos e edição dos
arranjos. arranjos. arranjos. arranjos.

6) Objetivos a serem alcançados com a Prática:

a) Solução de problemas técnico-musical nas obras estudadas.

b) Desenvolver segurança para tocar em público.

c) Criar independência ao estudar uma nova peça.

d) Aprimoramento dos arranjos.

7) Possíveis produtos Resultantes da Prática

a) Relatório/memorial da Prática.

b) Apresentação solo.

c) Arranjos editados.

8) Orientação:

8.1) Carga horária da Orientação: 5h em média

8.2) Formato da Orientação:

Encontros presenciais na escola de música da UFBA com duração média de 30


minutos.

8.3) Cronograma das Orientações - Encontros presenciais:

Os encontros ocorreram na Escola de Música da UFBA as segundas, quartas e


quintas não mantendo uma regularidade mensal por conta da disponibilidade do
aluno, do professor e das outras disciplinas, por isso não foi elaborado um
cronograma nesse período.
47

4 PRODUTO FINAL - OS CINCO ARRANJOS


Lançado em 2012 pelo Instituto Moreira Salles (IMS) e a Editora Imprensa
Oficial de São Paulo, o songbook “Pixinguinha Inéditas e Redescobertas” faz parte
de um conjunto de lançamentos centrados na obra Pixinguinha. Nesse álbum há
Choros, Valsas e Polcas e até mesmo um Foxtrot, ritmo de origem Norte-Americano.
Das vinte peças contidas nele, escolhi cinco para este trabalho: Ignez, Passinha,
Nostalgia ao luar, O Vivas Brincando e Recordações. Selecionei essas cinco peças
de acordo com minhas afinidades musicais e com as possibilidades delas em ser
(soar) idiomáticas ao violão. Apenas em Vivas Brincando foi necessário transpor
para uma tonalidade mais adequada ao instrumento. Todas as peças escolhidas
possuem a forma tradicional do Choro, isto é, A-B-A-C-A com os seus respectivos
ritornelos.

Além da produção dos arranjos, gravei os mesmos em um home Studio do meu


colega Jamison Sampaio. A gravação serviu para dar vida ao produto final, saindo
de um formato limitado (partitura), para o formato de áudio. Com isso, ao se analisar
as partituras juntamente com a música, a apreciação se tornará mais convincente.

4.1 IGNEZ
A valsa “Ignez” faz parte das peças inéditas e é intrigante observar que uma
música tão bem elaborada, com uma riqueza melódica, harmônica e um grande
senso formal, tenha sido esquecida durante tanto tempo e não obteve o mesmo
sucesso que “Rosa”, outra valsa do autor. A respeito do arranjo, há três aspectos
contrastantes que claramente o caracterizam. Na parte A utilizei um tratamento
homofônico, com blocos de acordes e melodia acompanhada. Na segunda B
empreguei elementos contrapontísticos, como a imitação. Na parte C da música o
arranjo ganhou um caráter mais virtuosístico, com o uso mais constante de arpejos,
ligados e escalas em um andamento rápido. Como o leitor observou anteriormente,
no artigo deste TCF que tem como objeto de estudo justamente esta peça.

4.2 PASSINHA
Passinha é um choro dedicado ao flautista Antônio Maria Passos, que apesar
de ser muito lembrado como o músico substituído por um Pixinguinha ainda jovem -
em uma apresentação no Teatro Rio Branco - também teve sua importância no meio
48

musical do Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX, gravando na casa
Edson e integrando o conjunto de Chiquinha Gonzaga (CAZES, 2010).

A característica principal desse arranjo é a variação, principalmente da parte A,


que se repete três vezes: na primeira vez, enfatizei o contraponto a duas vozes – a
melodia escrita na região média do violão dialoga com o baixo. No ritornelo utilizei
arpejos, cordas soltas, mudança de posição, inversão de acordes. Na terceira
repetição, inseri a célula rítmica do choro-canção no acompanhamento, com
contornos melódicos na voz inferior – em alusão ao violão de sete cordas.

4.3 NOSTALGIA AO LUAR


Essa é uma das belas Valsas composta e gravada pelo próprio Pixinguinha em
1919, e teve uma única edição em 1940. Por conta disso, permaneceu esquecida
até os dias de hoje (IMS, 2012). Eu considero esse arranjo simples, mas com alguns
momentos de exigência técnica, devido também ao andamento relativamente rápido,
semínima = 180. Criei uma pequena introdução melódica com elementos do tema
sustentada por uma progressão harmônica também criada por mim. Nas Partes A e
B a escrita é bem clara, tratando-se de uma melodia acompanhada por um baixo
com função harmônica. Na parte C do arranjo utilizei a técnica de escrita coral a
quatro vozes, com pouca movimentação melódica, priorizando a condução
harmônica.

4.4 O VIVAS BRINCANDO


O Choro “O Vivas brincando”, foi dedicado ao maestro Bernardino Vivas em
1915. Vivas trabalhou na gravadora “Victor” e lá teria conhecido e trabalhado com
Pixinguinha (IMS, 2012). Neste arranjo, alterei a tonalidade original de Fá Maior para
Sol Maior. De fato, eu havia apresentado uma primeira versão em Fá Maior, contudo
o meu orientador argumentou ser essa tonalidade imprópria à exploração das
riquezas do violão, além disso, o arranjo explorava apenas a região médio-grave. Ao
transpô-la para Sol Maior – devido também às cordas soltas – a peça ficou bem
mais fluída, brilhante e idiomática. Neste arranjo, utilizei técnicas comuns ao violão
como arpejos, escalas e ligados, que aparentam ser de dificuldade elevada, mas,
como dito no linguajar violonístico, “está tudo no dedo”. Na parte B, coloquei a
49

melodia na região médio-grave do violão, enquanto o acompanhamento acontece na


região aguda, em uma clara alusão ao prelúdio n.1 de Villa Lobos.

4.5 RECORDAÇÕES
A Polca “Recordações” de Pixinguinha encontrava-se inédita até o lançamento
do songbook, mas os manuscritos encontrados datam de 1918, ou seja, é uma obra
da juventude do compositor, talvez por isso remete-se a linguagem do choro do
século XIX (IMS, 2012). Em relação aos outros arranjos, este é o mais “simples”, no
sentido de ter menos variações e menos recursos virtuosísticos. Por se tratar de
uma música do período inicial do compositor, não quis descaracterizá-la, portanto, a
melodia e harmonia originais tiveram pouquíssimas alterações.
50

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante esses dois anos de mestrado profissional, pude perceber a minha
evolução enquanto músico e também em conhecimentos teórico-acadêmicos. Dei
continuidade aos estudos técnico-musicais do violão, com o meu orientador Prof. Dr.
Mario Ulloa, participei de festivais, congressos e apresentações artísticas. Produzi
cinco arranjos de obras inéditas e redescobertas, o que tornou o meu trabalho mais
relevante, diante da possibilidade de estar divulgando músicas ainda desconhecidas
do compositor, e de ampliar o repertório violonístico. Toquei alguns desses arranjos
em apresentações artísticas e tive a noção da funcionalidade de cada um.

Nas aulas teóricas entendi o papel do músico na sociedade, refleti sobre o


mercado de trabalho e quais os nossos campos de atuação. Pratiquei e desenvolvi a
forma usual de escrita acadêmica - com a análise de textos referentes à pesquisa
em música - o que me auxiliou na feitura deste Trabalho de Conclusão Final.

No desenvolvimento do produto final, após o termino da produção dos arranjos,


a edição das partituras foi sem dúvida a parte mais laboriosa, devido aos detalhes
de digitação (mão esquerda) e dedilhados (mão direita) e outras representações
gráficas referentes ao instrumento, além da formatação da página - tomei como base
partituras de diversas editoras, para me auxiliar nas escolhas. Quero destacar que,
em cada um dos arranjos, coloquei indicações de dinâmicas e timbres, por
considerar que, apesar de não haver tais indicações nos originais, esses parâmetros
podem ser de grande valia para os futuros interessados em estudá-los e executá-
los.

Finalmente, em mídia áudio/visual divulgarei os cinco arranjos em plataformas


como Youtube, Facebook, bem como em outras plataformas digitais possíveis.
51

REFERÊNCIAS
CABRAL, S. Pixinguinha: vida e obra. Ed. Funarte, 4 ed. Rio de Janeiro, 2007.

CARRASQUEIRA, J. M. O melhor de Pixinguinha: melodias e cifras. Ed. Irmãos


Vitale, São Paulo, 1997.

CALADO, C. Pixinguinha. Coleção Folha Raízes da Música Popular Brasileira,


v.4. Ed. Mediafashion, São Paulo, 2010.

CAZES, H. Choro: do quintal ao municipal. Ed. 34, São Paulo, 2010.

COPLAND, A. Como ouvir e entender música. Ed. É Realizações, São Paulo,


2014.

LEME, B.P, ARAGÂO, PEDRO, ARAGÂO PAULO (org.). Pixinguinha: inéditas e


redescobertas. Imprensa oficial do Estado de São Paulo: Instituto Moreira Salles,
São Paulo, 2012.
52

ANEXO A - Partituras dos Arranjos


53
Arranjo: Igor Rosário Ignez Pixinguinha
10/01/2017 (Valsa) (1897 - 1973)

q = 120

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˙ 4 2 ∀1˙ −
m 3
3 2 3 1 2
0 0
accel. 1

œœ œ œ œ œ œ
m i

∀∀ œ4 µ 1˙ œ 4œ œ m 4œi
œ œ 3œ ˙ ˙ œ œ α˙ α œ 2œ
p 1 4

˙ œ
166 4 a

% 0œ

2 œ 3
0

3˙ œ Œ ˙ 1 œ
0
i m

˙ 2 µ œ ∀ œ 2˙ ∀1œ α œ
2 0 3

˙− 2 ˙ œ 3œ ˙−
0

œ 1œ
0 4
2 4
0 4 0
2 0 3 1
p

˙4 −
œ ∀ œœ œœ ˙ ∀ œœ œ3 œ 1œ 4œ 3œ
m

œ œ Œ
i m C2

∀∀ œ œ œ2 œ œ1 œ3 œi µ œ œ0 2 1 ˙ 2œœ
i m

œ ∀ œ µ œ0 ˙ − 21 œœ œœ
4 1

Œ Œ Œ
m i

œ
173

% ˙− œ 3˙˙
3
0

˙− 0œ 4
2

˙− ˙−
1
0 3
0 0

∀ œ œ œ µ ˙4 Œ œ4 œ 0œ œ µ œ1 œ2 4
C2

œ œ2 œ4
% ∀ Œ̇ ∀ ˙˙ ˙˙ œ
œ ∀ ˙ − 0 3œ 20œœ 0œ œ
œ œ
180

∀1œ
œ 4˙
0

Œ œ µ œ
2 0

− œ− œ œ 1œ ˙− ∀˙ − ˙−
3


3 0 1
1 0 3 3

C7 -------------- C7

œ−
C2

˙ œœ ˙ œ4 œ ˙4 œœ 3 4œ
C2

∀∀ œ œœ œ œ œ−
1.4

2œ œ œ 1œ −
4

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œ ι œ1 −
188

% œ 1 œ Œ0œ œŒ3 −
1

‰ ∀1œ 2 œ Œ
3

˙− ˙− Ι ˙ Ι œ œ 0œ
2

Ι 2 ˙ −
3
0
0 0
0 2 1

C3 Moderato {q = c 108} q = 120


C1
∀∀ ˙ − µ µ 4˙ −
C3 C2

˙1 −α ˙ µ ˙1 − α 4˙ ˙ −α3˙ ∀ ˙4 −∀ ˙2 ˙4 − ˙ ˙ − 2˙
2.

α Œ̇ 3˙˙
195

% 2œ̇ −α œ œ
µ œ α œ œ Œ̇ − 2 ˙ Œ̇ α ˙ Œ̇ 1˙ Œ̇ ˙ Œ̇ ˙ Œ̇ 3˙
4 4

3 4 3 −1 − − −
2
− −
π
1 4 3 3 2
1 accel. 1 1 1 1
rit.
Ignez
57

Œ
C3
œ1
a

% α œ œ2 œ3 œ0m3 i ˙ Œ− ˙˙ ˙ − ˙ − œ œ œ2 œ4 µ œ0
m i

Œ α ˙˙ œ œ ∀ œ4 œ0 œ ˙0 −Œ ˙˙ α ˙ 3 œ œœ
203 m i a a
m i

Œ ∀ ˙˙
1 3 4

œ α˙− ˙−
2 4 2

˙− œ ∀œ ˙ −
0

0 2 2
˙− α˙− 0
0 3
4 1 3
2 p 1
p

C8
C6 C8 a

i m ˙− 3˙ œœ œ1
œ 4œ œ 4œ
m i i

œ œ œ œ œ œ œ œ œ
m
ι
œ œ œ œ œ œ1 µ œ0 œ3 1 µ œ0 œ œ œ œ œ œ2 ‰̇2 ‰̇2œ œ 2 œ
3

% α œ˙˙ −− ∀ œ œ œ 01 œœœ
œ
2

Ι
211

∀œ −Ι
0 42 2 4


4 1 0 4 0 1 4
1

˙ − µ ˙ − ˙ − ˙ −
˙−
3
2
1 1
0 0 3
2
0

˙− 3œ œ œ œ4 œ1 2 i m
m

˙4 œ4 œ3 ˙4 −
i m C3

œ œ œ œ œ4 œ2 1 1 œ α œ œ α1œ œ
4

‰̇ œ α œ
%α −Ι œ 3 1œ 1œ
218

œ
4

∀ œ œ
α˙ œ Œ ‰ 2Ι Œ ‰ 2Ι
2

˙−
1
3 3

1
0 2

ι
a a

‰ œ ∀ 4œ 3 œ œ ˙4 − ˙3 œ3
i a

˙
a i

˙ œ1 2œ œ
a i

œ œ − œ4 œ œ
m

%α ˙ 3˙
1 2

œ
223 4 4

p ∀œ
0

œ 0œ œ œ µ œ œi 3œ 1 Œ ‰ œ2 Œ ‰ 0œ
3

œ
i 1 4

œ œ
2

0
2
1
3 0
1
2
0
3Ι Ι
m i i p
p p

C3
C1

œ ˙3 œ −m ˙˙ −−
rit.

œ1 œ0 œ 0œ 3œœ
a

% α 2µ œ˙ − α2œ œ ‰̇ 4œΙ 1œi 4mœ 2œi 0mœ œ 0 œ œ2 œ1


4

œ 2˙
228

˙−
1

œ œ 4 ˙ −−
1 1

œ œ œ ˙−
2
2
3 0 3
0 1 1 3
0
1
58

Arranjo: Igor Rosário Passinha Pixinguinha


24/04/2017 (Choro) (1897 - 1973)

αα α 1 m0 œ ‰
œ œ µ œ − ι
m i m m

% 3 œ≈ œ œ œ œ œ 0œ ∀ œ4 µ œ ∀ œ œ œ œ œ œ0 œ4 œ1 0 œ4 œ1 0 4œ œ1 œ œ
i m i m
3 i m i mi m

œ œ ‰œ œ œ œ œ 0
1 0

œ µ œ
4 2 2 1

µ ˙
2 2

œ
1 4

1 0 4
1 0 Ι 3 4 1

Ο
p 0 3 2 3
im i
p i m

C3 C4

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am i
i a m i
œ
ima m i am

αα 1œ œ
% α ≈ œ œ œ œ 3œ œ1 œ3 œ4 ιœ œ œ 3 œ œ 4œ œ1 1œ 4œ 0œ µ 0œ 1œ 4œ œ0 2 0œ≈ œ œ œ4 œ‰1 0œ
5 a m i m
mi p
1 4 m i m p m

œ 13 œ œ αœ ˙ µœ œ4 µœ αœ

Θ
p 4 1 3
4 3 1

ε Ο
1 p 2 3 3 2
p p marcato
cresc.

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i m i

αα 4 i
C2

œ − 4œ α œ
a m

1œ 0œ −
i m

α µ
m m i m i i m im 4

µ œ œ
10 m i

% œœ œ œ1 œ0 œœ µ œ œ œ œ œi œ œ3
m

∀œ− œ
2 2 1

œ
3

µ 0œ 1 0œ œ ∀ œ œ ∀ œ œ µ2 œ 0 Ι ‰
4 2 0

œ
1 0 4
1 3 0 0
2 2 4 3
1 1
p p

‰ œι œ2 4 œ 2œœ œ œ œ
m i m
C3 6 p i m a m 6 p a

ααα œ œ
p i m

œ œ œ2 4 0 œ
œ −µ œ œ 3 œ œ ∀ œ œ œ œ œ ≈ µ œ œ 3œ
i i p
14 i 4 2 1

% 0œ˙ ∀ 2 œ
œ œ œ
2 1 3 4 1

œ ∀œ œ 4 œ ˙3
m i m i

œ
3

˙ œ 1
0 0 2

œ
4 0 1 3 3 4 0
4 1

ο
1 p
1 4

1
a
C8 i m i

4 2 4 œ
a C7 C6 a C3 a

4 œ− œœœœ

i m

αα ≈ œ œ ≈ ≈ œ ≈ µ œ≈ −œ3œ ≈œ œ3œœ œ3 µ œœ œ
a m

µ œ œ
a i i m i p 6 im a m

1œ − œ
a i a

∀ œ œ 3œ
m i m

œ œ1 2œœ 4œ œ
4 i 4

% α œ4 2 ∀ œ2 œ 2œ 2µ œ œ
18 4 4

4 ∀ 3œ œ
4 3 2 1

œ œ˙ œ Ι ‰3
3 4

0 i m 1 i m 2 µœ œ ≈ œ
œ2 1
1

1
2 3 4
1
p p
6
Passinha
59

œ œ
C10 a a
6 i

œ i 4œ œ œ œ
m m

1 œ
a m m

œ
C8 C11

µ œ œ 1œ œ1œ 4 1 œ α œ 1œ4 œ œ œ œ œ 4œ1œ œ 3 œ 3µ œ


œ œ
4 a m a i a i
2 m 4 4

αα α
m a i 4 4

2œ 4 œœ
2

œ µ 23 œœ 30œ 0 œ 0 œ
1


22 3

% 0œ ≈ 3œ

p i m a a p i 6m a m 6
6

œ 4mœ 1a
C7

œ µ œi mœ œ
6

œ œ µ 4œ œ 3 α œ2
6

α œ0˜ œ1œ3mœ µ œi 1œ 3 œ 3 œ4 2 œ œ ∀ œ 4 œ2 œ 1œ œ œ
4

%αα ≈ µ œ œ œœ œ
2 1 4

µ œ α œ
25 mi m p 2
i a 1

œ ∀ 3œ
1


3 4 1

p
4
µ1œ 1œ 3
1
œ µœ 1

C8 C7 C10

œ 2œ 1œ 4œ
C3
α œ
6

µ œ − œ4œ 4œ œ2 4 4 4 œ œ
œ œ α œ 0 œ2 µ œ0 4œ œ œ3 œ œ2 œ œ3 œ œ3 œ œ3 œ 3œ 1œ3 œ œ œ
4 6 4

α œ
4 4 4

α µ œ
3

% α 1œ
29 2 2 1 2

œœ 3œœ0 µ œ3 œ œ 1œ 3 œ
0 µœ œ 1 1 0
1 1

C11 C3
œ œ3 1œ 1
C8 C6

œ
3− œ 3œ œœ ≈ 2 œ1 œ1 2 ≈ œ1 1œ 4œ œ2
a m i m

α œ−
4 i ma m i m i mi

µ œœœ ∀ œ œ 2 3œœœ1 œ1 µ 2 œœ1 œ1 4 œ œ


4 i

α
% α 1œ œ œ ∀1œ ˙ 0œ œ1 µ œ0
32

Œ Œ 3œ
œ œ œ µ œ 3˙
4

œ
2 3
2 3
4 4 3
6 p
6 p
p

C3 C1 a m i m im 3 2

αα α œ1 œ2 1 œ4 œ1 − œ2 3œ œ1 œ3 4œ œœœ œ4 œ3 œ1 œ3 œ1 4 µ 2œ 1œ 4œ œ œ1 œ4 œ1 œ3 œ4 œ4 œ2 œ4 œ1 ∀ 4œ
m i6 m i m m 6 i m am i m i m
am i a m i m im i m i

œ
37 3

% ˙ œ œ ∀ œ œ œ0 œ1 ∀œ
œ œ ‰ ≈ œ œ ‰
3

3 0 2 1Ι 3
µ œ
0 2

œ 1
p 2
p
Passinha
60

œ œ œ
i m a i a i

µ œ
1 œ α 1œ œ 2œ 4
i a a i

œ œ œ œ2 α œ1 4 3 œ1 œ2 œ1 œ4 œ3 œ1 œ4
m

αα œ3
i m i

2œ œ2 ∀ œ2 œ µ œ œ
i m p

α µ œ
2 1

œ µœ αœ œ αœ
41

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4

œ µ 3œ α 3œ
1
2

œ
0
4
3 3 2
0
p 3 p
p

C1

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4

% α œ œ 0 œœ µœ
45 4 4

œ œ µ œ2 œ
œ µ œ œ œ ∀œ
µœ
2
3
3 2
1
0
C8 C11 C11
C8

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œ œ œ2 µ 2œ
1

œ œ
C3
2 µœ α œ œ ≈ œ
4 2

α œ µœ œ œ œ œ 1 œ2 4
4 6

% α α œ œ œ œ µ œ 02œœ µ œ3 3œ
α œ µ œ 2œ µ œ
49 1 3

˙ œ
∀ œ œ0 œ 0œ
œ
0 3 2
1

œ œ µœ ‰
0 1

œ 1Ι
3
1 2 0
1
0
0 5
6
C6 C6

œ 4 œ œ
6

œœ1 œ4 œ1 œ4 œ œ1 œ4 2œ 1œ ∀ 4œ µ œ2 œ1 œ œ 4œ œ2 œ4 œ4 œ4 4 2 4 œ1 ∀ 4œ
6

œ4 œ4 3 1 œ4 − µ 3œ
4 2 4 2

αα ˙ œ œ
1

α 2œ 2 œ œœœ
œ
53

% 1 œ œ œ 3
∀œ
1
0 3
2
œ
6

4 œ œ œ
i m a i a i

µ œ
1 œ α 1œ œ 1 2œ 4 ≈
i a a i C3

α œ3 œ œ œ œ œ2 œ1 1 4 1 œ2 œ1 œ œ œ œ2 œ4
2œ œ
3

α ∀ œ œ µ œ œ µ 0œ œ αœ œ œ œ αœ
2 1

α
57

% 1œ œ
4

œ
1 3 3

µ œ α œ œ
2 2 2

3 3 3
0
0
4
œ 3 2
αœ
p p 3
1
6
C7 C8 ----- 6C5 ------

œ œ α œ
C2 -----
µœ œ œ œ œ œ2 µ œ3 œ œ œ α œ 3 œ2 œ4 3œ œ1 œ4 1 1
αα α µ œ0 0 0œ œ4 œ œ œ 31œœ œ
6
4 4

œ œ ∀ œµ œ œ œ0 œ œ œ œ3 œ
61

% œ œ ˙
˙ µ œ 1œ ∀ œ
1
2

1
0 2
Passinha
61
C3 C5

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œ
œ œ œ 2œ µ œ 3œ œ 2 œ
αα œ œ2 œ œ µ œœ α œœ 3 œ1 œ œœ ≈ œ1 4
4

œ œ2 œ3 4
4

œ œœ2
4 4

œ
2 4 2 4

α µ 3œ œ œ œ œ0
65 2 1 2

% œ œ ∀ œ œœ 4
1 4

µœ Ι ‰ Œ œ
œ
2 3
1
1 0
1 3
1 0

‰ ι Œ ≈ ≈ ≈2œ œ œ2 œ1 4œ
C3 -------- C3 -------------------

αα
% α ∀ œ3 µ 1œœ œœ3 œœ 0µ œœœ œ œ 4œ − œœ3 œ œ µ œœ2
œœ œ œ œœ œ 1œ
œ œœ œœ œœ œ œ
69

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4
4 2

œ
1

µ œ 3 ∀ œ 0 0 œ µœ0 4
0

0 3 2
1
4 1 4 2
− 1œ − 4 0
2

αα œ≈ 3œ œµ œ≈ œ œ 3œœ œ1 œ3 µ 4œ 1 œœ2 œœ ≈ œ1 4 4 œ 2−
œ −
≈ 1
œœ œœ
4 4 4

% α ˙ ∀ œ œ œ œ 0œ ‰ œŒ œ3 œ0 2 œœ3 4 œ œ0 ∀ 3œ
74

4œ œ
µ œ œ œ µ œ œ µ œ α œ œ α œ

3
1 2
1 3 3
0 2 1 0 2

C1

αα ≈ µ œ0 œ1 ≈ ∀ œ2 4œ ≈ α 2œœ œ1 œ ≈ œœ œ4 œ œœ
C3 ------------------

œœ œ œœ œœ œœ2 œœ œ œ µ œœ œœ œ œ
% α 3œ œ œ 3œ4
78

0œœ µ œ œ œ œ œ œ œœ œ 2 œ œ œ œœ
œ µœ œ œ ˙ ˙
4

œ
4

µœ
3
1 2 4 3
3
2 1 4 1 1
1
0

α ≈ µ − œ0 œ œ4 œ2 œ0 œ2 œ4 œ œ4 œ 1 œ
0œ œ ∀ œ œ ∀ ˙ µ œ œ œ œ œ µ
3

α α œ µ µ œ
83

% −
˙ 0œ œ1 œ ≈ 2œœ œœ œœ œœ œœ œ3 œ œ œ 3œ ∀˙
1 1 2 3 4
0 3
3
3 2 3 0
1

C4 C2

œ4 œ2 ∀ œ1 œ4 œ2 œ4 œ1 œ2 ∀ 3œ
3

œ
œ œ œ œ0 œ œ1 1œ
œ œ ∀ œœ œ ∀ œ4 œ1 œ2 œ0 3œ œ1
4 2

0œ 0œ
87

% 0œœ œ 0œ 0œ 0œ
3


∀œ
4 1 4 0

3 0 œ œ ≈ œ Œ œ
2 0 œ œ ∀œ œ
1
3
3 0 1
1 0
Passinha
62
C7

œ4 2œ œ4 1 0 1 œ4 3 1œ œ4 œ4 œ4 œ œ3 1œ 4œ 4œ
œ4 α œ1 œ4 2
6

∀ œœ œ œ œ1 œ0 œ œ 3œ
œ 2œ œ œ ∀ œ œ œ œ œ 4 œ
1 œ œ
œ œ 00œœ α3œ
91

% œ ∀œ œ ∀ œ œ œ
0 2

≈2 Œ œ œ αœ
1 1 1 0
1 3 3
0
2 0
0 3 0 2 3 1

œ4 œ œ œ œ œ œ œ œ œ ≈ 1 œ
3 ∀ 4œ
1œ œ œ œ œ œ
œ µ œ œ0 œ2 0œœ œ œ œ0 ∀ œ3 œ œœœ œ 0 œ
2 œ −−
1.

% 2œ œ œ21œœ œœ α œ œ3 0 œ
96

œ
1

œ
0 4 1 0 4 1 0 3 1

œ 0œ2
4 1
0 0 0

œ 34 œ
1 2 2 2 0

0
œ ∀ œ 3
œ 2
œ 0 3
œ œ œ œ 4
1 0 1 0 3
2

αα
C1
œ œ
% œ œœ œ α œœ œ0 œ α ˙˙˙ œ −
α 0œ œ œ œ œ œ ∀ œ4 µ œ ∀ œ œ œ4 œ µ œ œ œ0 œ4 œ1 0
101 2. m i m m i
m i m i m
3

≈1 0œ4œ œ µ œ0œ œΙ ‰ œ
1 2 1 4 1 4 2 0 1
2 1

µ˙
2 1 2

œ œ 1 3œ 3 œ
0

Ο
p 0 3 2
0 im i

C3 C4

‰ ≈ œ œ œ4 œ2 i ‰ œœ
am i
i a m i
œ1 œ4 0 1m i m p
ima m i am

αα ι ι œ
a

% α œœ4 œ1 œ0 4œ œ1 œ œ œ ≈ œ œ œ œ 3œ œ œ3 œ4 œ œ œ 3 œ
1œ œ œ 1 4œ 0œ µ œ œ 4œ 0
106 mi p
m i mi m

œ œ œ µ2œ
1 4

œ
1

œ œ α œ ˙
Θ
0 1 3 4 1 3
1 3 p
3 4 4 1

ε
3 1 p 2 3
m p p marcato
p i cresc.

αα
C2

œ −
a

1œ 0œ −
i

œ µ
m i m m

% α 0œ≈ œ œ œ‰ 0œ ∀ œ − µœ 1 œ 0œ œ
111 m i m im

œ œ œ‰ œ0
3

µ œ α œ œ µ œ
4 1

µ œ œ
4

œ œ ∀ œ œ ∀ œ œ Ι
4 1


0
4 1 0
3 2

Ο
3 2 0 2 2 4
1
p p

œ − œ
œœ ∀ œ œ œœµ œœ ˙˙1
C8
rit.

αα 4 0 4œ α œ2 − œ 4œ œ2 0 œ2 œœ 2œ 1œ œ3 œœ∀ œ œ œ µ œœ œ 1˙˙ 1˙
im i C5
2œ 1 3
œœ 2
m m

α
114 m imi i m i m4

% œœ µ2œ œ œ œ œi œ œ3 œ
0˙ ∀ œ
2œ œ 4 0 4 0 œ
œ œ ∀ œ œ 2˙
˙˙
˙
0

œ 0 œ
3
1 3 0 4

ο
1 4
1
1
63
Nostalgia ao Luar Pixinguinha
Arranjo: Igor Rosário (1897 - 1973)
(Valsa)
12/03/2017

Τ
q = 180

œ 2œ 3
a

α ˙ œ 4 −
m rit. a tempo

2 œ œ ∀œ œ ˙ ˙
i m

% α 3 ˙− œ œ α œ1 œ0 œ3
i


œ0 œ œ ˙ 3œ
1 m i
4 0

œ
i

˙− Œ
˙ − 0 2˙ − ˙−
3
1 3 3 2

Ε
0

Ο
0
1

œ 2œ 3i Œ ˙−
a C2

∀ œ œ 0œ
m i a

œ − i Œ 4 œœ œœ
% α −− ˙ − œ œ 4˙ œœ µ œœ0 Œ 2 œ œœ
8 1 p m 4
a

œ Œ̇ œ 0œ 2˙˙ −− 0 ˙−
œ œ 3
3

− ˙−
1

˙− 4 3 1
˙− 0
ο
0 0
3 1 0 2

Ε
1 1

˙ 4œ œ 2œ 3œ
1 −
˙1 − ------------
a

œœ ∀ œœ µ œœ0 œ0
m

3 4œ
i

% α Œ̇ 32œœ œ ˙ − œ3 œ œ3 µ œ0 œ µ œ
15 1

œ 2œ Œ ∀œ
œ µœ µ˙−
1

− ˙− 0
1

˙− 0 ˙− 4 2 ˙−
2

Ο
0
0 0 2
1 0
cresc.

œ 2œ 3i Œ Œ
a

˙ −
m

œ 2œœ œœ
% α ∀ œΙ œ0 œ œp œ − ˙ − œœ µ œœ0
a

œ œ
22 1
m i a

‰ ∀ œ̇ œ µ œ œ 0 ˙ − œ Œ œ 0œi 1 ˙ − 4
˙−
3

˙− ∀˙−
4 1

ε
0
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˙− 0 3 0
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Nostalgia ao Luar
64

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3 1
Nostalgia ao Luar
65

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Maestoso
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Nostalgia ao Luar
66

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Nostalgia ao Luar

67

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0 2
1 1 3 0 2 3
0
0 0
2 0
2 1
68
Arranjo: Igor Rosário O Vivas Brincando Pixinguinha
01/12/2017 (Choro) (1897 - 1973)

C5 ---------------------- Τ
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i p im a m i

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4

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C5

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C5

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1. 6 6 C7

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2 1 2

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19

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3 2 1 0
69

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µ 3 ∀œ
œ 1 œ
a mi

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23 1

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4

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0

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C2 C5
œ
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œ œ2 ∀ 1œ œ
œ
4

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28 4

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1 4

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4

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2 1

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3 3 1

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C5 ------------------ C2
œ4 ∀ œ1 œ4 œ1
C2

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3 1

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33 4

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˙ ‰ œ œ œ œ
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4

0 1 1 0
0

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3

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œ œ 3 œ œ
4 œ
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% ∀ œ1 œ2 œ0 œ0 0œ
37

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2 1

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2 3 1 1

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Œ œ 1 0 2 œ 0
œ
}
0 0 0

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3

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4 ∀œ
41 4

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1

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C5

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2

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45

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4

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2

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2 2
1 2
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0 0

C5------------------ C2
œ4 4
C2

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3

œ ∀œ
49

% ‰ œ œ
˙ 2Ι
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œ
4

0 1 1 0
0
70


∀ ∀ œ œ œ0 œ 1œ œ0 µ 3œ
œ
∀ 2œ µ œ1 œ0 − œ œ œ0 − 3œ œ œœµ œ œ œ œ0 ∀ 1œ œ2 œ≈2−œ1œ œ≈ œ≈ −∀ œ0œ œ≈
% ∀ 1œ œ2 0œ œ0
53 2
2 2 0 4 0
2 3

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0

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3
0 0
3 0
0 2 0

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œ
∀ œ0 œ œ ≈ œ œ 1 œ
œ œ 4œ
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œ
œ œ œ3 3 αœ
œ 2 œ
œ œ œ ≈ ≈ ∀œ 4 ≈
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0 2

œ
2 0 0


2
2 1 0
1 0

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C7 a i m

≈ 2 ≈ ≈ 2 1 ≈ ≈ 2 œ
œ ∀ œ ∀œ œ
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∀ œ œ µ œ 0œ œ œ œ
i m

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4

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œ ˙
2 3 1
p
------------------------
4 0

C5 C7

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∀ ≈œ − œ2 4œ ≈ Œ ≈ œ3 α œ2 ‰ ≈ œ œ4 2 œ0 ∀ 3œ œ œœ œ
4 3 2

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œ œ
4

œ œ ∀ œ
3 1 1

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65

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1

α œ œ ‰ œ œ
4

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2
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œ −− œ0 œ 1 œ
% 00œœ œœ œ œ œ2 œ0 µ œ − œ0 œ œ œ0 œ 0œ œ 3 œ
69

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1 0 0 0
3
3 2 0 3
3 2 2

œ4 œ3 0 ι ‰ ≈ œ4 œ1
œ œ œ3 0 ∀ 2œ œ1 œ0 œ1 0 3œ ∀ 4œ œ2 œ3 œ2 œ4 œ0 œ1 œ3 ∀ œ3 œ0 œ1 2 œ4 œ œ0 1 ∀ œ2 œ œ


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73

% œ œ0 œ œ∀œ œ 2 ∀ œ2 œ œ
0


œ ‰ Œ ≈ œ ‰
2Ι Ι
1 3
2 0 0 0
1 4 3
C7 -------- C10 --------- 71

œ œ œ œ œ ∀ œ 4œ
1œ 2 œ
a

4œ 2 1œ œ œ
œ 3œ œ œ œ ∀ œ1 œ2 mœ œi m
i ma i ma

∀ œ œ ∀ œ
i i

œ 1 œ
4

œ ∀ œ
2 4 m 2 i

œ œ œ œ œ
4 4

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1

Ι ‰ Œ œ0 œ2 œ0 œ œ œ0 2œ œ0 1 œ
78 3
0 0 3 2 3 1
1 1
1 3 2
3 2 3
p ------------------------------------

œ œ4 œ1 œ
C8

C5 -------------------------

œ œ ∀ 2 œ
œ œ4 œ3 1œ œ1 œ4 2
1.

œ α œ œ œ
4

œ œ œ œœ œœ œ œ œ 3 œ œ 3 œ œ œ
4

3 œ œœ1 œ
œ 1œ
4

α œ
1

œ œœ
82 1 4

% œ œ
2 1 2 3
0

œ α œ œ
3 2 1

˙ œ
3
3 --------------------- 0
1 0
2 0 0

œ4 œ3 œ1 œ1 œ4 2
2.

œœ œ 2œ 4 3 Œ
œ œ œ2œ ∀ œ2œ 3 0œ
œ − œ œ œ ∀ œ0 − œ œ0 − œ
œ œ œ œ ≈ ∀ œ3œ
87


4

% 0 1 0œ œ
œ œ ∀ œ1œ œ œ Œ ∀ œ œ2 œ œ ≈ œ

1

0 2 œ œ
1 1 2

œ0 0 œ 1
1 1 1 0 4
2 0
0 3 0
6 1 0
6 3 2

œ œ4 4œ œ œ4 0 3
C5

∀ 0 µ œ œ œ4 0 œ ‰ ≈ œ œ
3

œ œ œ
≈ − œ œ
≈ œ
≈ − œ œ
≈ 0œ
œ œ œ α œ œ œ œ œ œ0
3 1 3

% 3œœ ∀ 1œ œ2 2œ ∀ œ0 2œ œ œ2 α œ0œ1œ
92

0œ œ0 2œ ∀1œ µ 0œ
2 0 0 1 2 3 3

œ Œ 0œ Œ
1

œ 2 œ œ
1 1 3

µœ œ
0

1
1
30
1
0
0
0
C7

œ4 −
œ œ3 œ4 3œ ≈ 4œ
œ − œ œ≈4 − œ
∀ ≈ 2 œ ≈ œ≈ − ∀ œ 1œ≈ 0œ œ4 2œ 0œ œ œ œ œ œ2 1œ œ ≈ œ ∀ œ
4

œ 0œ ≈ œ œ≈
97 3 2

% ∀ œ 0œ œ œ œ 3

1 0
œ 0
0
œ 0
0
œ 1
1

µ œ
m

œ
m i m i m

œ
∀ œœœ
4 i p m i m i m i m

µ œ1 œ0 œ4 œ1 0 3 3 0œ µ œ œ
i m a

œ µ œ œ ∀ œ2 œ0 œ1 2 0œ œ œ4 œ0 œ4
3 1

œ œ œ œ ∀ œ œ
101

% µœ ∀ œ œ0 œ2 œ ∀œ
1 0 4 0 3 0

‰ Œ œ
0

Ι œ
1 1

0
˙ 0 2

C8

4 œ
C7
œ4 µ œ3 œ2 œ4 3 1
3

œ α œ4 œ1
œ œ 1 œ œ
3œ œ
1 œ
œœ œ œ œ 2œ œ1 2œ œ ∀ œ œ œ2 œ
C5 6

œ ≈ ≈ œ
4

∀ 01œœ œ œ1 3 œ α œ œ œ ∀ œ3 œ0
œ ∀2œœ
4 4 1

œ 0œ
œ œœ 3œ 0 œ
3 1 1 2 2 2

% 2œ œ œ2 α œ
104 1

œ0 œ1 0œœ
1 1 0

œ Œ 1Ι
‰ Œ 0 œ œ
œ
0
3 0
0
0
72

Arranjo: Igor Rosário Recordações Pixinguinha


10/01/2018 (Polca) (1897 - 1973)

q = 75

1 −− ≈œ1œ œœ ∀œ23œœ œœ 02œœœ − ∀ œ3 œ0 œ4 œ0 œ0 4 0œ œ2 ∀ 4œ œ0 œ0 œ0 œ0 4œ − œ œ1 œ0 œ1 œ0 2


i m

œ1 − œ0
i p a

% 3 0œœ œ
4 i p i m

œ ‰ 02 œ Œ œ 0œ œ3 2œ ≈ œ ∀ œ ≈
4

œ ≈ α1œ œ 0œ œ
œ œ Ι Œ
0
2 0
2 3 1 0
œ 2 4
p

œ4 œ2 œ4 1
C3 C2
4œ 1 ≈ œ œœ4 œ ∀ œ1 αœ œ 1œœ −− œ0 œ4 œ1 0
a

œ œ4 œ0
m im i C1 C2

0 œ
œ œ œ œ ≈ 3 œ ≈ œ œ 42œ − œ œ3
% œ≈ − œ œ ≈ 1 œ œ
6

œ0 œ≈4 œ3 œ œ
m 0

œ œ
0

œ
2 4

œ œ 2œ 0 œ 0 œ œ œ− ‰
2 0

3 1 1 3
0 2 2 2
3
p i m

C2

4−
≈ 0 œ œ
1 œ œ0 ∀ œ œ4 2 œ œ0 œ0 œ4
œ 1œ œ œ
% ∀ œ1 œ3 ∀ œ1 œ2 ∀ œ œ œ œ 3 œ ∀ œ 3œœ Œ œ1 ∀ œ3 œ α1œ ∀ œ4 œ2 œ œ3 œ0 œ œ3 œ œ0
11 4 1
1

œ2 œ œ œ2 1 2œ
2 0 0

œ ∀ œ 3œ œ œ œ œ
4 1

0 0 0
0 2 1 3
2

œ 2 ∀
≈ 3 œœ 0 œ
1. 2.

œ œ œ œ œ − œ œ œ œ ∀ œ − œ œ œ 0 œ
œ œ ∀ œ œ
0 2 œ ∀ œ 4 œ
1 œ
% Œ œ2 œ œ0 œ − 2œ œ œ œœ − œ ∀ œ2 œ œ3 œ4 2 0œ 0œ ∀œ
16
4 2 0 1
4 1 4

œ Œ œ
1 1 1 1

˙
0

˙
3 0 1 0

3
0
œ 0
1 0

∀ œ4 − 4œ œ œ4 − ∀ œ œ0 œ1 − œ œ œ0 œ4 ≈ 2
3 ∀œ
œ0 œœ4 œ3 œ2 œ4
% ≈ ∀ œ 0œ 0œœ œœœ œ œ ≈ 0œ 3 ≈ ≈ 0œ4 ≈ 0œœ œ œ 2 ∀ œ
21

0œ œ 0œ
œ2 œ αœ− µœ ∀œ œ œ2 œ ∀œ
1
2 0
3 2
1 2 2
0 Œ 3 œ 1
1
Recordações 73

∀ 2 µœ
œ 0œ 4 3 µœ
1 œ
œ œœ 4 œ
1 œ œ œ œ œ œ 3 0 œœ 0 œ
œ œ œ œ œ2 œ0 œ1
4

œ œ œ
25

% 0œ 3œ œ œ œ0 3œ œ ‰ œ µ 3œ œ œœ œŒ ∀ œ œ3 œ
2

œœœœ
1 0 4 1
1 0

0œ 4 1œ œ œ
0 0

Ι œ
3 0 3 1

œ
1 2 2
1 4 3
0 2 0 0 2
0

C3

∀ œ α œ2 œ4 œ œ 0œ ∀ 4œ œ3 œ1 œ1 µ 4œ œ2 1œ œ1 3œ 1œ ≈ 0œ œ œ œ4
1. 2.

3 œ œ
œ œ
0œ œ œ œ4 0œœ ∀ 3œ œ0 −− œ œ 0œ
30 2

% œ3 α œ 2œ
1 3

≈0œ −− œ œ ≈ 0œ α œ
1 1

œ œ− Œ
2 0

1
4 0 0 œ 1
2

a tempo

∀ Œ ≈ 4œ 0œ 4 œ œ
C1 -------------------------------------------------

µ œ1 3 œ œ
rit.

α œ3 3 œ αœ α 2œ œ œ œ œ œ µœ œ œ œ œœ0 œ4 œ1 µ 0œ α œ
35

% œ œ0 œ2 3œ
4 1

œ 2œ
4 1

α œ œ 0 1œ ≈ 4 3œ œ 0 œ
œ 0 2µ œ œ œ Œ
0

œ1 3œ
4

0 2
3 1
1 1

C5 C5

≈ œ3 2 1 1 œ
œ œ œ 3 œ1 œ 2œ ∀ œ
3 4 œ
œ 1 µœ
3 œ ∀œ 2 œ œœ 4œ µ œ3 α œœ2 4œ œ1 1
C1
4−
% α œ3 œ α1œ 03œœœ Œ œ ∀ œ œ≈ œ2 œ3 œ0 œœŒ œ2 œ œ ∀œ œ œœ œ
4

œ
40 1 1 1 1
2 0 4

µ œ α1œ œ 3 œ ˙ œ œ œ 1

2 0 0
1 0 0 0

C5 C6 C7

4œ œ
œ4 4œ œ1 œ 2 œ 3 œ 2 œ œ4 2 3 œœ2 Œ ≈ œ2 1œ œ0 4œ
αœ œ œ ∀ 1œœ œ
œ ∀ œ µ œ ∀ œ ∀ œ α œ 4œ
4 4

α œ µ œ
4

% 2œœ œ œ α œ œ œ
45

− 3œ
4 1 4

∀ œ
2

≈0œ œ ≈ œ œ 0œ ∀ œ 0œ 1 1 1 1 ≈ œ œ µœ
4

œ ∀œ
2 2

3 2 2 1
1 0
1 0
2
3

œ œ4 1 0 1œ œ4 4œ œ1 œ 1
C1 -------------------------------------------------


C1
4 1œ 0
œ œ œ œ 1œ 3
œ œ œ 1œ œ œ œ œ œ œ œœ œ4 œ1 µ 0œ α œ
4

α œ 4œ 13œœ œ œ œ œ µ œ œ
50

% œ œ œ0 œ2 3
‰ 0œ 2œ3œ0 2 3œ ≈2 4œ3 œ 2œ
4 4 1

0 œ
4

œ 0 ‰ œ Œ œ
1

µ œ
2 0

∀œ Ι œ œ œ 0 2 œ 3œ
4


3
1 1 1
Recordações 74
C5 C5

≈ 1 œ 2œ ∀ œ
3 4 œ 1 µœ
3 œ ∀œ 2 œ œœ 4œ µ œ3 α œœ2 4œ œ1 1
œ− 2 œ œ 2 1 œ œ œ œ œ3 œ1 œ œ
C1

∀œ
% α 3 œ α1œ 03œœœ Œ ∀ œ œ≈ œ2 œ3 œ0 œœŒ œ2 œ œ œœ œ
56 1 1 1 4 1
4 0 3 4

µ œ α1œ œ 3 œ ˙ œ
œ œ
1

2 0 0
1 0 0 0

C5 C6

œ4 4œ œ1
C3

œ ∀ 4œ œ Œ ≈ ∀ œ2 41œœ ≈ ≈ 1 œ1 Œ ≈ 2 1œ œ0 4
α œ œ 1œœ œ
œ 1 œ œ
α
% 2œœ œ œ α œ œ œ œ œ œ µ œ4 œ œ
61

− œ
4 1 4

∀ œ µ
≈0œ œ ≈ œ œ 2œ ∀ œ2œ 2 1 2 œ ∀ œ 3 ≈ œ
œ œ ∀œ µœ
2 2 4 3
5
3 4
3 2 2
1
2
6 3

C1

œ œ4 1 0 1œ œ4 4œ œ1 œ 3 0 œ1 œ4 ∀œ4 2œ −
œ œ œ œ 1œ 3 œ
œ œ œ œ 1 œœ
œ 1œ œ 2œ œ ∀ 3 œœ 0
œ œ0 œ0
4

α œ œ œ œ µ ≈ œ œ œ œ 2 4 œ
œ ∀ œ
66

% œ 0œœ œœ ≈ α31œ œ 0 œœ œ œ œ œ œ
œ œ 03œ ‰ ‰ 0œ 2œ3œ0 2 3 œ 2
4 4 1 0 4
1 0
2

œ
1 0 0 0 0

∀œ Ι œ œ
4 4


2 0
3 2
1 3 1

œ4 œ2 œ4 1œ 1
C3 C2

œ œ œ4 œ0 ≈ 4 œ ∀œ αœ œ
C1 C2

0 œ œœ œ œ
4 − 1
œ œ œ0 œ1 0 œ − œ œ
% ‰ 02 œœ Œ œ œ2 0œ œ3 2œ œ0 ≈ œ ∀ œ ≈ œ≈ −œ œ ≈ œ0 œ≈4 œ œ œ œ œœ œ œ œ œ 3 œ œ≈ œ œ
œ ≈
72 1
4 0
1 0 4 1

œ œ 2œ0 3
0 2 1

Ι
0

œ Œ 2 4 0
3
2
3
2
2
0
1 2
0

œœ −− œ0 œ4 œ1 œ0 2 œ4−

œ 1œ 2 œ œ
% œ˙ − œ ∀ œ1 œ3 1 œ2 ∀ œ4 œ1 œ œ œ 4 œ œ3
78

∀ œ œ ∀ œ 3œ ∀ œ œ α œ ∀ œ
1

œ 1 2œ Œ
1

œ
0 0

œ
4 2 1
3

œ œ ∀œ
2 1
3
3 2 2 0 0
0 2

œ œ4 0
C2 C2

0 œ œ
œ œ œ 0œ œ œ ˙˙4
∀ œ œ œ 3 œ2 œ œ0 œ0 œ œ 2 3œ œ0 œ œ œ œ1
4

% œ0 œ ˙˙
82 4 2

1 œ
4 1

œ œ œ
0 4 0 4 1

Œ 2 œ ˙
1 1 3

œ œ œ œ œ œ
0 1
3 2
3 0 2 3
1 0

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