“curtir” a tristeza dando lugar à depressão, ao desespero, ou vamos nos refugiar
DEUS LEVANTA OS ABATIDOS no Senhor.
Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, ele sara os de
espírito oprimido. (Sl 34. 18.)
Todos nós passamos por momentos difíceis. Há dias em que o céu parece
estar nublado. Há dias em que nossa alegria parece murchar. São momentos de
dor, de perda, de saudade. São perseguições, injustiças temores. São ansiedades,
inseguranças, enfim, situações que tentam nos abater.
A Bíblia diz que Deus está perto dos quem têm o coração quebrantado.
Ele nos salva quando nos sentimos oprimidos. Diz também que o Senhor é o
nosso refugio e fortaleza. Ele é o nosso socorro bem presente na hora da angustia
(Sl 46.1). Ele e também é alto refugio para o oprimido, refugio nas horas de
tribulação (Sl. 9.9).
Mas para que serve a fortaleza, senão para a guerra? Para que serve o
refugio, senão para o momento de perigo? Para que serve o socorro, senão para a
hora da necessidade?
Ou seja, estamos no mundo, sujeitos a passar por situações difíceis. Não
há como fugir dessa realidade. Foi o próprio Jesus quem afirmou que no mundo
teríamos aflições. Mas podemos ter bom ânimo porque ele venceu este mundo
(Jo 16.33). Podemos correr para o nosso Deus. Ele nos guarda, nos livra, nos
protege. Ele cuida de nós.
Escolhendo certo
Tão logo o dia amanhece, já temos duas escolhas a fazer. É bem simples.
Mas na hora de escolher, precisamos tomar a decisão certa. Ou vamos escolher
Se alguém escolher a primeira opção. É um “prato cheio” para Satanás,
que sempre tenta nos oprimir para que não vivamos a alegria do Senhor. Quando
perdemos essa alegria, ficamos cada vez mais fracos, pois a alegria do Senhor é a
nossa força (Ne 8. 10).
Por outro lado, quando entendemos que o Senhor é o nosso refúgio,
vamos correr para ele, que nos acolherá. Os braços do nosso Pai celestial estão
estendidos para nos, seus filhos.
Podemos chorar em seu colo. Podemos contar para ele o que está nos
afligindo, abri o nosso coração e receber seu consolo e sua paz. Podemos nos
refugiar à sombra de suas asas. É o que o salmista declara no Salmo 57. 1:
Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha
alma se refugia; pois à sombra de tuas asas me abrigo, até que passem as
calamidades.
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Os braços do nosso Pai celestial estão estendidos para nós, seus
filhos. Podemos chorar em seu colo.
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Que palavras poderosas! Debaixo das asas do Senhor, o salmista encontra
abrigo, esperando pelo fim das calamidades. No senhor ele encontra a cobertura e
a proteção de que tanto precisa.
Deus quer que o invoquemos
É interessante meditar sobre o que agrada a Deus, o que ele deseja
receber de nós. Já compartilhamos um pouco a adoração que toca o coração do
Senhor. É essa adoração que queremos lhe oferecer.
Em Salmos 50. 14-15, Deus fala a Israel, mais uma vez, que não está
interessado em receber seus sacrifícios e ofertas. Deus afirma que todos os
animais do campo, todas as aves do céu, enfim, tudo o que existe pertence a ele.
Portanto, o melhor do gado, das ovelhas, das primícias de seu povo, não comovia
o coração do Senhor. É queria a vida deles.
Enfim, Deus diz que deseja receber apenas três coisas: a oferta de ação de
graças, ou seja, um coração grato; o cumprimento de nossos votos para com ele,
ou seja, que sejamos fiéis em nossos compromissos com ele; e que o invoquemos
no dia da angustia (Sl 50. 14-15). Esta terceira afirmação me tocou
profundamente. Deus deseja que o invoquemos na hora da aflição. Ele quer que
clamemos por ele. Ele deseja estar conosco, ficar bem perto de nós. Ele quer que
confiemos nele.
Infelizmente, muitas vezes não é assim que agimos. No momento da
nossa adversidade, ao invés de corrermos para o Senhor, nos voltamos contra ele,
que é a única solução para nossos problemas, o único que pode realmente nos
ajudar.
Deus sabe que neste mundo estamos sujeitos a muitas situações difíceis.
Mas, se aprendemos a invocá-lo, a contar com ele como nosso melhor amigo, ele
nos dará todo o livramento de que precisamos (Sl 34. 19).
O Senhor tem colocado amigos preciosos em minha vida. Na verdade,
meus melhores amigos são do Diante do Trono. É tão bom poder contar com o
carinho deles nas horas difíceis de minha vida! Eles sempre querem saber o que
se passa comigo. Nos momentos de luta, trazem palavras de conforto e me
abençoam como podem. Sei que posso contar com eles, e não hesito em lhes pedir
ajuda quando preciso.
Assim também o Senhor deseja ser o primeiro com quem você vá chorar.
Ele quer que você o invoque na hora da angustia. Ele não quer ficar de for. Ele
quer estar bem perto de você quando você precisar.
Correndo para os braços do Pai
Um das maneiras de correr para o refúgio de Deus é por intermédio de
nossos louvores. Às vezes, nos faltam até mesmo as palavras para orar. Mas, com
o auxílio de uma música, de um CD, começamos a falar para o Pai que precisamos
dele, que confiamos em sua fidelidade, que queremos o aconchego de sua
companhia, do seu amor.
Eu mesma, por diversas vezes, corri para os braços do Pai em momentos
de aflição. Ele que me tomou no colo e me levantou para um lugar mais alto que
meus problemas e minhas ansiedades.
É isso que acontece sempre que um filho pede ao pai para que o levante.
Tommy Tenney tem uma ilustração hilariante sobre verdade. Ele descreve um
momento que viveu com uma de suas filhas, ainda bem pequena, e que o ensinou
sobre como o Pai celestial também faz conosco.
Eles estavam dentro de um elevador, que logo começou a se encher. Sua
filha, estendendo os bracinhos, pediu: “Papai, me levante. Eu não consigo ver
daqui de baixo”.
Realmente, a visão que ela tinha era bastante estranha. Ele estava ficando
sufocada dentro daquele elevador apertado, e tudo o que enxergava eram as
pernas compridas das pessoas.
Mas quando seu pai a tomou nos braços, ela viu o mesmo elevador sobre
outra perspectiva. ela o mesmo elevador apertado. Era a mesma situação de
antes. Porém agora ela a via como seu pai. Ela recebeu uma nova visão daquela
situação. Nos braços do pai, ela se sentiu segura e percebeu que tudo estava bem.
Uma rocha bem alta e segura
A nossa adoração nos leva para um lugar mais alto. É o que Davi disse no
Salmo 61. 2-4:
Desde os confins da terra clamo por ti, no abatimento do meu coração.
Leva-me para a rocha que é alta demais para mim. Pois tu me tens sido refúgio
e torre forte contra o inimigo. Assista eu no teu tabernáculo, para sempre; no
esconderijo de tuas asas, eu me abrigo.
Davi pede a Deus para estar em sua tabernáculo. O tabernáculo fala de
adoração. Quando o adoramos, o Senhor nos eleva até uma rocha bem alta, na
qual, sozinhos, não conseguiríamos subir.
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A nossa adoração nos leva para um lugar mais alto... Lá de cima,
vemos todas as circunstancias que nos cercam de maneira bem
diferente.
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Lá em cima, vemos todas as circunstancias que nos cercam de maneira
bem diferente. As mais altas montanhas de problemas e dificuldades são
pequenas diante da grandeza do nosso Deus!
Quando nos reunimos para adorar, muitas pessoas chegam abatidas e
oprimidas. Mas, à medida que declaramos os louvores do Senhor suas
perspectivas mudam. Elas sobem para outro nível, acima do abatimento que as
cerca. Deixam de olhar para os problemas, passam a olhar para o Senhor, a
enxergar quem é Deus.
Ele é o Todo-Poderoso. Ele é justo, misericordioso, fiel, um Pai amoroso.
O nosso refúgio! Ele é o nosso melhor amigo. Quem levanta a nossa cabeça
quando estamos abatidos. (Sl 3. 3).
Adorando em meio à dor
Darlene Zschech é autora de Aclame ao Senhor, uma das músicas mais
conhecidas dos nossos dias, que foi traduzida para muitos idiomas e tem feito
parte da adoração do povo de Deus ao redor do mundo.
Darlene conta em seu livro, Extravagant Worship, que passou por
momentos muito dolorosos. Ela e seu esposo Mark tinham duas filhas, mas ela
queria engravidar novamente, e quando finalmente aconteceu ficaram muito
contentes.
Eles tinham uma viagem marcada para os Estados Unidos, onde iram
ministrar por três semanas. Como a gravidez estava no princípio, não haveria
problemas. Alguns dias antes da viagem, eles foram ao médico fazer um ultra-
som. Infelizmente, o bebê havia morrido, e ela precisou passar por todo o
processo de limpeza do útero.
Ela havia ido para a clínica em um carro, e seu esposo foi encontrá-la
diretamente. Por isso, ela teve de dirigir sozinha de volta para casa. Mark a
seguia, para certificar-se de que ela estaria bem.
Sozinha no carro, ela estava em estado de choque. Ela descreve que, sem
saber como, uma música fluiu de seus lábios. Ela cantou o velho hino Quão
Grande és Tu, o mesmo hino que ela cantou na morte de sua pai.
Darlene sabia que somente o Espírito Santo poderia ter colocado um hino
de louvor em seus lábios. Ela conta que o consolo e a paz de Deus invadiram o
carro e envolveram seu coração.
Ela viajou assim mesmo. Durante a turnê. Quando se sentia fraca e
incapaz de subir no púlpito e ministrar, ela encontrava forças na presença de
Deus, à medida que o adorava.
Eu mesma posso testemunhar que jamais deixei de ministrar porque
estava triste, abatida, mesmo nos momentos mais difíceis de minha vida (Sl
40.9). Adorando o Senhor é que encontramos o consolo e o renovo de que tanto
precisamos nas horas de dor.
BESSA, Ana Paula Valadão. Adoração Diante do Trono. Diante do Trono
Publicações, 2003. Pgs. 187 à 197.