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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE HUMANIDADES
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA BRASILEIRA – 04 Créditos, 60 h/a
PROFESSORA: ELIZABETH CHRISTINA DE ANDRADE LIMA
ALUNO: Márcio Daniel Ramos da Silva MAT: 108230171

REPOSIÇÃO - 1º ESTÁGIO

1) Explique como Roberto da Matta constrói as noções de “Jeitinho Brasileiro” e


do “Você sabe com quem está falando?” e exemplifique, através de situações
concretas, como se operam essas noções.

O grande estado brasileira, em tese responsável pela maior parte dos


serviços necessários à população, se caracteriza no entanto pelo seu alto
aparato burocrático. Ao ser comparado com estados como a França e os
Estados Unidos, nota-se que nesse últimos as leis são relativamente
cumpridas. No entanto, o Brasil tem até nas leis instituídos aparatos
burocráticos difíceis de serem cumpridos. Seno assim, descumprir regras se
torna praticamente uma regra social, uma vez que quando se observa que não
há punição para aquele que infringe regras colocadas pelo estado, logo o
cumprimento de tal regra muitas vezes burocrática se torna inócuo. Chega-se
ao ponto de no Brasil existirem leis que praticamente existem para não serem
cumpridas, repartições públicas que existem para não funcionar, porque existe
alguém que está se beneficiando do aparato burocrático. Dai se observa
esquemas quase que institucionalizados de corrupção no poder público, reflexo
claro da cultura do povo brasileiro em sempre tentar se beneficiar
particularmente de forma ilícita, quando se consegue de alguma maneira burlar
o aparato burocrático. Muitas vezes os cidadãos usam poder coercitivo e
discursivo para executarem o chamado jeitinho brasileiro, é o chamado “você
sabe com quem está falando?” Usado por muitos na tentativa de justificar a
corriqueira prática do jeitinho.
2) Aprendemos com Roberto DaMatta que temos uma visão altamente negativa do
trabalho. Para nós o que significa o trabalho? E quais as suas implicações para
uma boa convivência e relação, entre, por exemplo, o patrão e o empregado?

3) Em seu artigo Navegando em águas Brasileiras: O Mapa Social do Jeitinho, a


antropóloga Lívia Barbosa nos relata sobre os vários “idiomas do jeitinho”.
Explique como são acionados tais idiomas exemplificando-os com exemplos
concretos.

4) Em se livro “Fé em Deus e Pé a Tábua”, Roberto DaMatta discute sobre o nosso


comportamento no trânsito brasileiro; explique, de forma geral, como nos
comportamos no trânsito e por que, nesse espaço, comumente também
acionamos o “jeitinho brasileiro” e o “você sabe com quem está falando?”.

O transito é um dos lugares onde mais se aciona mecanismo como o


“jeitinho brasileiro”. Existe geralmente no povo brasileiro uma percepção de que
as leis de transito são excessivamente rígidas. Essa ideia deve ser levada em
consideração no sentido de que o estado que cria as leis é o mesmo cujos
agentes muitas vezes se beneficiam da rigidez dessa mesma lei para fins
particulares. As leis são rígidas porque o estado não confia no povo. Essas
mesmas leis são negligenciadas porque o povo não confia no estado, e
naturaliza os meios para se burlar o aparato burocrático estatal. Por exemplo,
quando o cidadão parado em blits com infrações de transito não consegue
subornar o guarda, ele muitas vezes afirma algum poder ou conhecer algum
individuo poderoso o suficiente para o livrar da situação de ser punido pela
infração de transito. É o chamado “você sabe com quem está falando?”

Dentre as quatro questões, escolha duas para resposta.

BOA SORTE!

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