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E. E.

ADELAIDE PATROCÍNIO DOS SANTOS - COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIA – INSTRUÇÕES

Faltar muito às aulas compromete o desenvolvimento progressivo das aprendizagens. Um estudante que falta à aula
perde a oportunidade de interação com os próprios colegas, interação essa importantíssima para a aprendizagem e
perde, principalmente, a sequência dos conteúdos.

É de conhecimento comum que, conforme a LEI Nº 13.068, de 10 de junho de 2008, a escola tem obrigação legal de
contatar os pais ou responsáveis do aluno e o conselho tutelar quando o aluno atinge 20% de faltas. No entanto,
algumas medidas podem ser tomadas antes mesmo que esse número seja alcançado.

No caso de frequências abaixo do mínimo exigido, o estudante poderá compensar suas ausências por atividades
programadas ao longo do ano letivo, com a finalidade de suprir as faltas e sanar as lacunas de aprendizagem
provocadas pelas mesmas.

Para fazer um bom trabalho de compensação de ausência não é importante somente fazer uma boa pesquisa e escrever
uma boa redação, a estrutura e organização do trabalho também contam muito para se obter a validação deles. Por
isso, a seguir, daremos instruções de como fazer um trabalho manuscrito capaz de compensar o que você, estudante,
necessita.

A primeira coisa que você precisa é garantir que sabe estruturá-lo, ou seja, saber quais são as suas partes e o que cada
uma delas precisa conter.

 Onde os trabalhos serão disponibilizados?


 A partir de 14/08/2023 toda ausência dia (09 faltas/aula) será compensada da forma descrita neste documento.
 Diariamente serão disponibilizados aos estudantes o controle de ausências, onde constará o número de
chamada e classe dos estudantes que necessitam compensar ausência;
 Os trabalhos deverão ser manuscritos;
 Google Drive Acadêmico: link nas salas de aula;
 Todas as atividades envolvem a metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). A
Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é uma metodologia de ensino-aprendizagem em que a aquisição
do conhecimento e o desenvolvimento das habilidades dos alunos estão interligados. Logo, os estudantes irão
aprimorar a habilidade de pesquisar e refletir sobre determinada temática;
 Prazo de realização: 07 dias corridos;
 Cada trabalho, desde que realizado dentro das regras acadêmicas aqui descritas, compensará 01 dia de
ausência na unidade escolar;
 O trabalho deverá ser entregue na Coordenação Pedagógica Geral;
 Na ausência das atividades, o responsável pelo estudante será convocado pela gestão da Unidade Escolar,
acompanhada pelo Tutor Acadêmico de Classe e/ou Tutor Acadêmico Pessoal, para esclarecer sobre as
ausências e ser conscientizado da importância da manutenção da assiduidade do estudante;
 O não comparecimento do responsável culminará na comunicação do fato os órgãos e instituições da rede de
proteção ao jovem (Conselho Tutelar e Ministério Público).

 Para iniciar separe o material básico a ser utilizado:


 Para um trabalho manuscrito o ideal é utilizar PAPEL ALMAÇO;
 A escrita dever ser feita com caneta de cor AZUL ou PRETA;
 Evite o uso de muitas cores e enfeites, utilize no máximo uma segunda cor para destaque dos títulos;
 Observe o lado correto da folha de papel almaço, normalmente a parte de cima é alguns centímetros maior que
a de baixo;
 Respeite as margens da folha.

1. O trabalho de Compensação de Ausência tem 6 partes essenciais :


 Cabeçalho;
 Índice ou sumário;
 Introdução;
 Desenvolvimento;
 Conclusão;
 Referências de Pesquisa.
1. Cabeçalho: identificação
O cabeçalho é a identificação do trabalho. Ela deve conter:
 nome da escola
 nome do estudante
 número de chamada
 ano/série
 título/tema do trabalho
 dia que será compensado
 data da entrega

2. Sumário: estrutura
O sumário mostra como o trabalho foi estruturado, indicando as páginas de cada uma das suas partes.
Apesar de algumas pessoas usarem o índice para fazer isso e confundir ambos, o índice é, na verdade, a lista de temas
abordados no trabalho. Esses temas são listados em ordem alfabética e são acompanhados com o número da página
onde o tema se encontra.
Por isso, num trabalho escolar, o que usamos para localizar uma parte específica do trabalho é o sumário.

3. Introdução: definição dos objetivos


A introdução é um texto curto que deve indicar qual o assunto abordado no trabalho, bem como explicar o seu
objetivo.
Apesar de ser uma das partes iniciais do trabalho, a introdução deve ser escrita depois da sua finalização, porque só
assim você garantirá que não esqueceu de inserir nada do que contemplou no seu desenvolvimento.
Deixar para escrever a introdução no final também evita o erro de mencionar algo sobre o qual você decidiu não
escrever depois.

4. Desenvolvimento: o trabalho em si
O desenvolvimento contém o trabalho em si. É nessa parte que você deve escrever o que aprendeu com as pesquisas
que realizou para atender à proposta de trabalho solicitada pelo professor.
Antes de começar, pense bem no tema, faça pesquisas, leia e planeje a estrutura do seu trabalho. Só depois de montar
a estrutura, comece a escrever.
Não faça cópias de livros ou outras fontes consultadas. Com base nas pesquisas que realizou escreva o seu próprio
texto. Esteja atento para a redação de um texto coeso, coerente e sem erros de português.

5. Conclusão: resultado
A conclusão finaliza o trabalho, devendo destacar as suas ideias principais. Ela deve indicar quais as considerações
tiradas como resultado da pesquisa que foi realizada.
Breve como o texto da introdução, nessa parte, o objetivo do trabalho deve ser retomado, indicando se o mesmo foi
alcançado, o que foi aprendido, se o tema é abrangente e que outras pesquisas poderiam ser feitas.

6. Referências de Pesquisa: fontes pesquisadas


A bibliografia contém a lista do material consultado para a elaboração do trabalho - livros, jornais, revistas, sites.

TÍTULOS/TEMAS– ENSINO FUNDAMENTAL

1. TÍTULO: Os submarinos podem ser considerados um meio de transporte seguro?


2. TÍTULO: Como o universo pode ser infinito?
3. TÍTULO: Por que o Sol é tão grande e não há humanos vivendo ali?
4. TÍTULO: Quem inventou os computadores?
5. TÍPULO: Como surgiu a vida na Terra?
6. TÍTULO: O Planeta resistirá à superexploração humana?
7. TÍTULO: O que aconteceria com um corpo humano sem cérebro?
8. TÍTULO: Por que mariposas e outros insetos são atraídos pela luz da lâmpada?
9. TÍTULO: O que é a espuma? Para que ela serve?
10. TÍTULO: Quando e onde os cães passaram a viver junto dos humanos?
11. TÍTULO: Os vírus estão vivos ou não?
12. TÍTULO: Por que envelhecemos (e em velocidades diferentes)?
13. TÍTULO: Por que temos enxaqueca?
14. TÍTULO: Por que as alergias vão e vêm?
15. TÍTULO: Como nascem as estrelas?
16. TÍTULO: Por que os camaleões mudam de cor?
17. TÍTULO: O que são os buracos negros?
18. TÍTULO: Existem alienígenas?
19. TÍTULO: Por que não sentimos a Terra rodar?
20. TÍTULO: Como os daltônicos enxergam?
21. TÍTULO: Os animais entendem o que falamos?
22. TÍTULO: O que são alimentos transgênicos?
23. TÍTULO: Quais são as provas mais antigas das Olimpíadas?
24. TÍTULO: Quem criou a primeira moeda? E a primeira nota?
25. TÍTULO: Por que pagamos imposto de renda?
26. TÍTULO: Como foi criado o cinema?
27. TÍTULO: O que aconteceria se o planeta Terra parasse de girar?
28. TÍTULO: Qual a doença que mais mata no mundo? Por quê?
29. TÍTULO: Como foi criado o transplante de órgãos?
30. TÍTULO: Por que algumas pessoas tem cor de olhos diferentes?
25 perguntas principais

1. De que o Universo é feito?


2. Qual é a base biológica da consciência?
3. Por que os humanos têm tão poucos genes?
4. Até que ponto há um elo entre variação genética e saúde?
5. As leis da física podem ser unificadas?
6. Quanto a vida humana pode ser aumentada?
7. O que controla a regeneração de órgãos?
8. Uma célula de pele pode virar um neurônio?
9. Como uma única célula "adulta" pode gerar uma planta inteira?
10. Como o interior da Terra funciona?
11. Estamos sozinhos no Universo?
12. Como e onde a vida na Terra surgiu?
13. O que determina a diversidade das espécies?
14. Que mudanças genéticas nos tornaram humanos?
15. Como as memórias são gravadas e recuperadas?
16. Como o comportamento cooperativo evoluiu?
17. Como dar abrangência às descobertas da biologia molecular?
18. Até onde podemos levar a automontagem química?
19. Quais são os limites da computação convencional?
20. Podemos desligar seletivamente respostas imunológicas?
21. A incerteza quântica tem fundações mais profundas?
22. É possível criar uma vacina contra o HIV?
23. Quão quente será o mundo-estufa?
24 O que pode substituir o petróleo, e quando?
25. Malthus continuará errando?

Veja lista das 125 perguntas da ciência do futuro na revista "Science"

A revista científica norte-americana "Science" comemorou seus 125 anos com a publicação de 125 grandes perguntas
sem resposta para os cientistas do século 21, das quais destacou 25 por sua importância.
Confira a lista completa.

Mais cem perguntas

- O nosso é o único Universo?


- O que causou a inflação do cosmos?
- Quando a como as primeiras estrelas e galáxias se formaram?
- De onde vêm os raios cósmicos de energia ultra alta?
- O que dá energia aos quasares?
- Qual é a natureza dos buracos negros?
- Por que há mais matéria do que antimatéria?
- O próton decai?
- Qual é a natureza da gravidade?
- Por que o tempo é diferente das outras dimensões?
- Há partículas menores do que os quarks?
- Os neutrinos são sua própria antipartícula?
- Há uma teoria unificada que explica todos os sistemas eletrônicos correlacionados?
- Qual é o laser mais poderoso que os cientistas podem construir?
- Os pesquisadores podem fazer uma lente óptica perfeita?
- É possível criar semicondutores magnéticos que trabalham em temperatura ambiente?
- Qual é o mecanismo de pareamento por trás da supercondutividade de alta temperatura?
- Podemos desenvolver uma teoria geral da dinâmica de fluxos turbulentos e do movimento de materiais granulares?
- Existem elementos atômicos estáveis mais pesados?
- A superfluidez é possível num sólido? Se sim, como?
- Qual é a estrutura da água?
- Qual é a natureza do estado do vidro?
- Há limites para a síntese química racional?
- Qual é a eficiência máxima das células fotovoltaicas?
- A fusão será sempre a fonte de energia do futuro?
- O que conduz o ciclo magnético solar?
- Como os planetas se formam?
- O que causa as eras glaciais?
- O que provoca as inversões do polo magnético da Terra?
- Há precursores de terremoto que podem levar a previsões úteis?
- Há -- ou houve -- vida em alguma outra parte do Sistema Solar?
- Qual é a origem da homoquiralidade na natureza?
- Podemos prever como proteínas se dobram?
- Quantas proteínas há nos seres humanos?
- Como as proteínas encontram suas parceiras?
- Quantas formas de morte celular existem?
- O que mantém o tráfego intracelular coordenado?
- O que permite que componentes celulares se repliquem sem auxílio do DNA?
- Que papéis as diferentes formas de RNA cumprem na função do genoma?
- Que papéis os telômeros e centrômeros cumprem na função do genoma?
- Por que alguns genomas são realmente grandes e outros bem compactos?
- O que é todo o "lixo" presente nos nosso genomas?
- Quanto as novas tecnologias irão reduzir o custo do seqüenciamento?
- Como órgãos e organismos inteiros sabem quando parar de crescer?
- Como o genoma pode mudar, além de pôr mutações herdadas?
- Como a assimetria é determinada num embrião?
- Como membros e faces se desenvolvem e evoluem?
- O que inicia a puberdade?
- As células-tronco estão ligadas a todos os cânceres?
- O câncer é suscetível ao controle imunológico?
- Os cânceres podem ser controlados, em vez de curados?
- A inflamação é um grande fator em todas as doenças crônicas?
- Como as doenças de príon funcionam?
- Quanto os vertebrados dependem do sistema imune para combater infecções?
- A memória imunológica exige exposição crônica aos antígenos?
- Por que uma mulher grávida não tem rejeição ao feto?
- O que sincroniza o relógio circadiano do organismo?
- Como os organismos migratórios se localizam?
- Por que nós dormimos?
- Por que nós sonhamos?
- Por que há períodos críticos para o aprendizado da linguagem?
- Os feromônios influenciam o comportamento humano?
- Como anestésicos gerais funcionam?
- O que causa esquizofrenia?
- O que causa autismo?
- Até que ponto podemos conter o mal de Alzheimer?
- Qual é a base biológica do vício?
- A moralidade está gravada na configuração do cérebro?
- Quais são os limites de aprendizado para as máquinas?
- Quanto da personalidade é genético?
- Qual é a raiz biológica da orientação sexual?
- Por que sempre haverá discordância em árvores genealógicas da vida?
- Quantas espécies há na Terra?
- O que é uma espécie?
- Por que a transferência lateral ocorre em tantas espécies e como?
- Quem era LUCA (o último ancestral universal comum, na sigla em inglês)?
- Como as flores evoluíram?
- Como as plantas fazem as paredes celulares?
- Como o crescimento de plantas é controlado?
- Por que todas as plantas não são imunes a todas as doenças?
- Qual é a base para a variação em tolerância a estresse em plantas?
- O que causou as extinções em massa?
- Podemos evitar extinções?
- Por que alguns dinossauros eram tão grandes?
- Como os ecossistemas reagirão ao aquecimento global?
- Quantos tipos de humanos coexistiram no passado recente e como eles se relacionavam?
- O que deu à luz o comportamento humano moderno?
- Quais são as raízes da cultura humana?
- Quais são as raízes evolutivas da linguagem e da música?
- O que são as raças humanas e como se desenvolveram?
- Por que alguns países crescem e outros param?
- Que impacto grandes déficits governamentais têm nas taxas de juros e de crescimento econômico dos países?
- As liberdades política e econômica estão intimamente ligadas?
- Por que a pobreza aumentou e a expectativa de vida diminuiu na África subsaariana?
- Há um teste simples para determinar se uma curva elíptica tem um número infinito de soluções racionais?
- Pode um ciclo de Hodge ser escrito como uma soma de ciclos algébricos?
- Os matemáticos conseguirão libertar os poderes das equações de Navier-Stokes?
- O teste de Poincaré identifica esferas no espaço quadridimensional?
- Soluções de valor zero matematicamente interessantes da função zeta de Riemann todas tem uma forma a + bi?
- O Modelo Padrão da física de partículas repousa sobre sólidas fundações matemáticas?

Para que um trabalho de pesquisa seja completo, antes de tudo, deve ser feita uma pesquisa em diversas fontes
(livros, revistas, jornais, enciclopédias, internet e outros), nas quais o aluno anotará as informações mais importantes
sobre o assunto. Tais anotações são conhecidas como fichamento, que serão a base do trabalho. É importante
ressaltar que o aluno deve sempre anotar a fonte de onde retirou as informações, ou seja, fazer referência de todos
os materiais que utilizou para elaborar o trabalho. Outra dica importante é que o aluno deve ler as informações
encontradas, compreendê-las e formular o trabalho com suas palavras, e não somente copiar para o papel aquilo que
encontrou. Esse processo ajudará muito no seu aprendizado.

Após a etapa de pesquisa do assunto, segue-se para a montagem do trabalho. Um bom trabalho escolar/acadêmico
deve conter os seguintes elementos:

 capa;
 sumário;
 introdução;
 desenvolvimento do assunto;
 conclusão;
 bibliografia consultada.

Capa: geralmente contém elementos como o nome da escola, o título do trabalho, o nome do aluno ou alunos (caso
seja um trabalho em grupo), número e série, nome do professor e da disciplina, nome da cidade e data. Uma capa
bem feita valoriza muito o trabalho.

Sumário ou Índice: é uma relação das divisões do trabalho (introdução, desenvolvimento, conclusão, bibliografia
etc.) e o respectivo número da página onde esses itens estão. Deve-se tomar cuidado para não errar a numeração,
pois isso prejudica o trabalho.

Introdução: Na introdução deve-se abordar claramente o assunto do trabalho, o objetivo, bem como fornecer alguns
detalhes da sua elaboração, de como a pesquisa foi feita, entre outras. Pode-se também dar uma breve descrição
sobre os tópicos do trabalho. Não se deve colocar conclusões na introdução.

Desenvolvimento do trabalho: é o trabalho propriamente dito. Deve conter um texto claro e objetivo, abordando
completamente o assunto, levantando problemas e soluções, e também as argumentações do aluno. É importante
que o texto não contenha erros de gramática e tenha coerência, ou seja, começo, meio e fim.

Conclusão: é onde o aluno finaliza o trabalho, escrevendo seu ponto de vista sobre o assunto e as conclusões que
tirou com a pesquisa realizada.

Bibliografia: é a relação de todos os materiais que foram usados na pesquisa (livros, sites, revistas e outros
materiais). Deve ser feita em ordem alfabética e de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) – NBR-6023/2002.

Abaixo estão listados alguns sites que oferecem informações e orientações sobre como fazer uma pesquisa
e trabalhos escolares e acadêmicos.

Sua Pesquisa - Textos didáticos para pesquisas escolares! - http://www.suapesquisa.com


Infoescola - http://www.infoescola.com

Daniel Walker - Como Elaborar Trabalhos Escolares (pdf.)


Metodologia de pesquisa na escola - Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/aprofundamentos/192-

Como fazer um trabalho escolar


https://www.todamateria.com.br/como-fazer-um-trabalho-escolar/

Trabalho Escolar
Dicas para elaborar um trabalho escolar e sugestões de desenvolvimento
https://www.suapesquisa.com/trabalho_escolar.htm
Normas-trabalhos-academicos.pdf
https://www.simonsen.br/pdf/normas-trabalhos-academicos.pdf
Manual de Metodologia para Elaboração de Trabalhos Acadêmicos. pdf
https://www.academia.edu/15492337/MANUAL_DE_METODOLOGIA_PARA_ELABORA
%C3%87%C3%83O_DE_TRABALHOS_ACAD%C3%8AMICOS
Veja também - Fontes de pesquisa on-line

Metodologia de pesquisa na escola


Área(s): Linguagens; Matemática; Ciências Humanas; Ciências da Natureza.
O planejamento de uma boa ação pedagógica com metodologia de pesquisa na Educação Básica engloba
múltiplos aspectos. Entre eles, um trabalho sistemático e interdisciplinar de orientação de estudo com vistas
ao ensino de diferentes procedimentos de estudo que sirvam de apoio ao aprofundamento das leituras
realizadas no percurso de uma pesquisa. Procedimentos como grifo, anotação de texto oral e escrito, resumo,
esquema, fichamento, paráfrase, resenha e mapa conceitual, entre muitos outros.
Em geral, ao recorrermos às nossas lembranças acerca de como aprendemos a pesquisar, salvo raras
exceções, a primeira lembrança que nos vem à mente é a cópia. Com o avanço tecnológico, os comandos
“recortar e colar” acabou substituindo-a. De todo modo, na esfera escolar, os estudantes seguem
pesquisando sem, todavia, aprender a pesquisar.

Ensinar o “comportamento pesquisador” implica o desenvolvimento da própria intelectualidade, de um


exercício crítico-reflexivo que demanda uma aprendizagem ativa e, assim, exige daquele que pesquisa as
capacidades de analisar, comparar, refletir, levantar hipóteses, estabelecer relações, sintetizar, generalizar
etc.

Nessa perspectiva, é preciso que o ato de pesquisar seja compreendido também como uma aprendizagem a
ser desenvolvida. Isso demanda, dos professores, investimento e planejamento de situações de aprendizagem
que fomentem nos estudantes o desenvolvimento, entre muitas outras, das habilidades de:

 localizar;
 selecionar e compartilhar informações;
 ler, compreender e interpretar textos com maior grau de complexidade;
 consultar, de forma crítica, fontes de informação diferentes e confiáveis;
 formar e defender opiniões;
 argumentar de forma respeitosa;
 sintetizar;
 expor oralmente o que aprendeu apoiando-se em diferentes recursos;
 generalizar conhecimentos;
 produzir gêneros acadêmicos.

Todas essas habilidades favorecerão o avanço no processo de aprendizagem de diferentes naturezas e em


diferentes campos do conhecimento. O mais importante é que os estudantes se reconheçam não como meros
consumidores de conhecimento, mas como sujeitos capazes de produzi-los também.
Quando passamos a trabalhar com orientações e procedimentos de estudo, investimos no aprimoramento da
expressão oral, da leitura, da escrita e da escuta ativa dos estudantes, pois, ao produzir um resumo, uma
anotação, um esquema, uma resenha, um verbete ou uma nota de rodapé, por exemplo, eles desenvolvem
suas competências leitora e escritora. Elaborar procedimentos de estudo variados também se configura em
produção textual.

Nesse sentido, reiteramos que cabe à escola criar estratégias didático-metodológicas para que o ensino da
pesquisa inclua a orientação de estudo de forma mais ampla, bem como seus procedimentos exemplificados
acima. Tais procedimentos precisam ser compreendidos como recursos de apoio à leitura, na perspectiva de
“ler para estudar”, e devem ser ensinados aos estudantes antes de serem cobrados deles.

[...] cabe à escola criar estratégias didático-metodológicas para que o ensino da pesquisa inclua a orientação
de estudo de forma mais ampla, bem como seus procedimentos [...]
Aprender a pesquisar é indissociável de aprender a estudar. Portanto, é condição fundamental para a
ampliação do grau de autonomia dos estudantes, pois favorece o desenvolvimento do artesanato intelectual,
impulsionando a construção de novos conhecimentos em qualquer área. Dessa forma, tanto a escrita quanto
a leitura precisam ser compreendidas como pano de fundo para o desenvolvimento de diferentes formas de
estudar.

Assim, contribuir para que os estudantes desenvolvam o hábito de estudo pressupõe, além de práticas de
leituras e escritas diversificadas, boas situações de aprendizagem em sala de aula nas quais, contando com a
intervenção de professores e colegas, tenham oportunidade, por exemplo, de:

 localizar informações em textos, em função dos seus objetivos de leitura;


 diferenciar as informações relevantes das periféricas e sintetizá-las;
 criar novos registros a partir das várias leituras realizadas durante a pesquisa;
 organizar diários de pesquisa, fichamentos, resenhas, sinopses etc., por meio dos quais expressem, de
diferentes maneiras, aquilo que compreenderam nas leituras realizadas, reorganizando as
informações para compartilhá-las em debates, seminários, colóquios etc.

Não podemos esquecer que aprender a pesquisar também envolve diferentes práticas de linguagem, que
precisam ser desenvolvidas como conteúdo de ensino. É então que se instaura o objetivo principal da
orientação de estudo, que precisa ser definido a partir de sua característica de assegurar momentos
específicos em que aprender a estudar ganhe centralidade nas práticas de ensino das diferentes disciplinas.
Por conseguinte, é necessário ter clareza dos objetivos dessa atividade e planejar quais procedimentos de
estudo serão trabalhados em cada bimestre do ano letivo.

O início do ano letivo é um bom momento para a elaboração de um plano de trabalho nesse sentido, que
pode ser realizado em conjunto por professores de diferentes áreas do conhecimento, haja vista que as
orientações de estudo desenvolvidas nessa atividade repercutirão favoravelmente em todos os componentes
curriculares. Assim, garante-se uma progressão no ensino desses procedimentos de estudo, que poderão ser
retomados e/ou aprofundados nos anos subsequentes.

A colaboração entre os professores dos diferentes componentes curriculares pode se dar também na seleção
dos textos a serem estudados nas aulas, ressaltando-se que o foco não estará somente no ensino do conteúdo
dos textos, mas também nos procedimentos de estudo trabalhados. Oferecer aos estudantes a oportunidade
de se apropriar de diferentes estratégias de estudo aumenta a chance de eles, aos poucos, desenvolverem o
hábito e o gosto pelo ato de estudar.
No caso da pesquisa, é importante começar o trabalho priorizando os procedimentos de estudo mais
comumente utilizados pelos estudantes, por exemplo, exposição oral, seminário, apresentação de entrevista,
participação em debate regrado. Trabalhos com procedimentos de estudo mais usuais podem ser propostos
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, com gradativa complexificação ao longo dos Anos Finais e do
Ensino Médio.

Ao propor uma pesquisa aos estudantes, é essencial que o primeiro passo seja compartilhar com eles por que
a pesquisa será feita, que relação ela terá com o que estão aprendendo ou aprenderão e qual será o tempo
estipulado para sua realização, entre outras informações que ajudem a contextualizar e problematizar a
temática a ser investigada. Esse compartilhamento tem por objetivo criar nos estudantes expectativas que os
ajudem a atribuir significado e sentido ao ato de pesquisar.

É necessário explicitar didaticamente os passos que constituem uma pesquisa, desde o levantamento inicial
das informações, a seleção de diversas fontes, a leitura de todo o material selecionado, a utilização dos
procedimentos de estudo para aprofundamento das leituras e os registros das aprendizagens construídas, até
a apresentação dos resultados obtidos [...]
O planejamento coletivo da pesquisa favorece, inclusive, a organização dos próprios estudantes em função
da atividade que realizarão. A elaboração de um roteiro de pesquisa pode ser um importante instrumento de
fomento à disciplina de estudo. É necessário explicitar didaticamente os passos que constituem uma
pesquisa, desde o levantamento inicial das informações, a seleção de diversas fontes, a leitura de todo o
material selecionado, a utilização dos procedimentos de estudo para aprofundamento das leituras e os
registros das aprendizagens construídas, até a apresentação dos resultados obtidos, garantindo que existam
ao longo desse processo, sobretudo, momentos de compartilhamento do que se aprendeu.
Nessa perspectiva, a estratégia de avaliação da pesquisa realizada também pode considerar cada passo da
pesquisa, e pode ser utilizada também a autoavaliação. Assim, os estudantes podem se avaliar em cada etapa
da realização da pesquisa, identificando suas dificuldades, os desafios do ato de pesquisar e, principalmente,
seus avanços. Com essa estratégia de avaliação, é possível observar, por exemplo, que um estudante se saiu
muito bem na seleção de material, porém não teve o mesmo êxito ao apresentar oralmente seus resultados;
ou que teve sucesso na apresentação dos resultados, mas selecionou fontes não confiáveis. Nesse contexto, a
avaliação final consideraria todas as etapas da produção da pesquisa, sem focar apenas um quesito.
Como fazer a bibliografia?
Para fazer a bibliografia, você deve indicar os elementos necessários para a sua identificação da seguinte forma:
Último sobrenome do autor em letras maiúsculas, nome e outros sobrenomes. Título em negrito, grifo ou itálico.
Edição (se houver). Cidade da publicação: Editora, data.
Exemplo: BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. 38. ed. São Paulo: Cultrix, 1994.
Lembrando que depois de identificar as fontes consultadas, as mesmas devem ser inseridas na bibliografia em ordem
alfabética.
Para saber mais sobre cada elemento da bibliografia, leia Bibliografia: o que é e como fazer?
Como fazer um trabalho escolar (manuscrito)
⇒ Estrutura básica

- CAPA;
- ÍNDICE ou SUMÁRIO;
- INTRODUÇÃO;
- DESENVOLVIMENTO;
- CONCLUSÃO;
- BIBLIOGRAFIA.
⇒ CAPA

- Pode ser feita diretamente no PAPEL AMAÇO ou numa FOLHA DE SULFITE A4 BRANCA;
- Deve ser limpa, clara e sem muitas cores e enfeites;
- Contendo:
1 - o nome completo da escola - na parte superior central da folha;
2 - o título/tema do trabalho, no centro da folha, bem grande, com destaque;
3 - o nome completo do aluno, o número de chamada, a série, a matéria e o nome do(a) professor(a) - na parte inferior
direita da folha;
4 - a data em que o trabalho foi realizado - na parte inferior central da folha.

OBS.: Muitas pessoas tem me perguntado se pode escrever TRABALHO DE ... no lugar do tema. Como costumo
explicar aos meus alunos, em sala de aula, quando comprarmos um livro não encontramos LIVRO escrito na capa,
justamente porque todos sabemos que aquele objeto é um livro, e funciona da mesma forma com o trabalho, o
professor que pediu o trabalho sabe que é um trabalho, e você também, portanto coloque o TEMA pesquisado no
centro da capa.

⇒ ÍNDICE ou SUMÁRIO
- Indicação da localização (através dos números de página) de cada título, tema ou subtitulo;
⇒ INTRODUÇÃO

- Introdução ou apresentação é aonde você diz de maneira breve, e causando a curiosidade do leitor, todos os assuntos
que serão tratados em sua pesquisa.

⇒ DESENVOLVIMENTO

- Esta é a parte mais importante do trabalho; é aqui que você vai expor sua pesquisa;
- Primeiramente, para um bom trabalho, você deve pesquisar em mais de um "lugar"; busque pesquisar o assunto que
seu professor solicitou em vários sites diferentes, em livros, revistas, jornais, entre outros, quanto mais fontes melhor.
Leia tudo com atenção e faça uma seleção do que achar mais interessante ao seu trabalho;
- É importante lembrar que você não deve fazer uma simples cópia daquilo que encontrar, mas uma redação com o
apanhado das partes mais relevantes.
- Também é importante organizar esta parte do trabalho;
- Separe os assuntos por títulos de acordo com os assuntos solicitados;
⇒ CONCLUSÃO

- Aqui é a parte para se finalizar o trabalho, conclui-lo.


- Nos trabalhos escolares é comum que os alunos utilizem este espaço para resumir todo o assunto já escrito no
trabalho, porém não é isso que esperamos, queremos saber, de fato, o que o aluno realmente compreendeu com toda a
pesquisa realizada.
- O ideal portanto é escrever tudo o que ficou gravado em sua mente, de uma maneira rápida e simples.

⇒ BIBLIOGRAFIA

- Aqui você fará uma lista de todas as suas fontes de pesquisa.


O que é uma instrução de tarefa ou trabalho? Como criá-la?
O que é uma IT ou Instrução de Tarefa?

A instrução de tarefa é a base para o desenvolvimento do talento. O método de instrução de trabalho pode ser usado
para ensinar qualquer tarefa a qualquer pessoa, fazer uma cirurgia, amarrar o sapato, fazer um produto, dar uma aula,
chutar uma bola. A ideia de se ter uma receita na cozinha, surgiu diante a falta de padronização e da necessidade de
garantir a consistência do produto final.

E como fazer uma instrução de tarefa?

Comece identificado passo a passo o que fazer na atividade a ser ensinada;

Depois, caracterize o que é importante sobre a execução de cada um desses passos.

Se concluir esses dois elementos com sucesso, os resultados do treinamento certamente melhorarão. Qualquer tarefa
pode ser metodicamente dividida nesses elementos, e as informações relativas a cada um podem ser compartilhadas.
Há outras técnicas empregadas para auxiliar no esforço, mas a identificação dos elementos constituintes da atividade e
de seus pontos-chave estão no núcleo do método.

Divida as atividades em duas categorias: a tarefa física que é completada e o conhecimento relativo à atividade. A
tarefa física é o processo de inspeção em si. Ela inclui os movimentos específicos relacionados ao ponto e à maneira
de efetuar a inspeção – um percurso visual para os olhos e/ou mãos. O objeto da inspeção – os defeitos ou critérios
específicos – é a parte do conhecimento da atividade. Este conhecimento inclui o desenvolvimento da habilidade de
distinguir as variações no produto, a definição dos níveis aceitáveis e talvez, a estipulação das ações corretivas
cabíveis.

Qual é a aplicação do método da instrução de tarefa?

É mais adequado ao ensino do elemento da tarefa da atividade, mas os princípios também podem ser aplicados no
aumento do conhecimento da atividade. Não cometa o erro de supor que o método é adequado apenas para tarefas
repetitivas. Pode ser aplicado em tudo, pois incluímos os critérios de julgamento. Existem indicadores visuais ou
sensoriais que diferenciam os limites físicos do nível de qualidade aceitável.
Quais são os conceitos chave da Instrução de tarefa?

Em primeiro lugar, a análise da atividade oferece um método de análise para determinar o que é importante e
descobrir como alguns aspectos desta atividade podem ser executados. Esse processo que norteia a Toyota no estudo
cuidadoso do trabalho. Essa análise, também é parte integral do processo padronizado de trabalho.

Em segundo lugar, o método de treinamento da instrução de tarefa também é conhecido como método das quatro
etapas, que são:

A preparação do aprendiz

A apresentação da operação

O teste de desempenho

O acompanhamento

Por fim, é necessário um plano de treinamento, que considere o conceito de funcionário multifunção. A Toyota usa
esta ferramenta para avaliar as deficiências na capacitação do funcionário e para construir uma linha do tempo que
ajudará a acompanhar a evolução de seu talento.

Quais os conceitos por trás do aprendizado?

As pessoas aprendem gradualmente ao longo do tempo, em partes, executando a atividade sob orientação e
aprendendo pequenas parcelas do processo, passo a passo.

A reunião destas partes para formar um todo requer mais tempo, além do necessário para aprender como executar cada
parte separadamente, e exige também orientações adicionais à medida que a atividade é executada.

As partes precisam ser definidas e reunidas em um processo padronizado para serem ensinadas com eficiência aos
alunos.

O treinamento e o desenvolvimento de talentos são processos contínuos no local de trabalho, e geram um


relacionamento harmônico entre o supervisor e o funcionário.

O papel-chave do supervisor é de professor e orientador, para desenvolver as pessoas durante a execução da atividade.

Em síntese, qualidade e produtividade são os resultados deste longo processo de desenvolvimento.

Por onde começar a desenvolver sua equipe?

Calma. Você precisa de um plano abrangente para a preparação de sua organização. Antes de iniciar qualquer jornada,
é importante saber onde você está agora e onde você quer chegar. O ponto de partida está em um processo que é
essencialmente idêntico ao adotado para a solução de problemas. O primeiro passo do processo de solução de
problemas é a definição da situação existente e a avaliação do quadro de informações disponíveis.
A Toyota ficou conhecida por planejamento meticuloso e a preparação. Imite a Toyota um pouco nestes dois aspectos.
É melhor passar um pouco mais de tempo no planejamento e preparação, evitando as dificuldades inerentes à correção
de erros no futuro. Sabemos que isso não é divertido e que há uma fonte de tendência a “deixar o barco navegar”, mas
você precisa ajustar suas lentes para poder enxergar as exigências que encontrará no caminho.

Você pode ignorar muitas das questões, como “quanto tempo levará até atingir o nível desejado?”, “Quais são os
recursos necessários para atingir estes objetivos?”, e “De que forma estes recursos serão treinados?”.

Treinar e capacitar as pessoas não é algo rápido ou fácil. Exigirá boa dose de preparação. Para garantirmos a
Excelência em nossos treinamentos Green Belt, Black Belt e nos demais, tivemos de dividi-los em inúmeros pedaços.
Cada aula é uma instrução de tarefa diferente, interligada.

instrução de tarefa
Virgilio Marques Dos Santos
Virgilio Marques Dos Santos
Sócio-fundador da FM2S, formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp (2006), com mestrado e doutorado na
Engenharia de Processos de Fabricação na FEM/UNICAMP (2007 a 2013) e Master Black Belt pela UNICAMP
(2011). Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da
UNICAMP, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e
melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

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