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MANUAL DE FORMAÇÃO

UFCD 0766 – Internet - Evolução

Carga horária: 25h

Formadora: Soraia Ferreira

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MANUAL DE FORMAÇÃO

Índice:

Objetivos gerais................................................................................ 3
Objetivos específicos ......................................................................... 3
Modalidade de formação ..................................................................... 3
Benefícios e condições de utilização ....................................................... 4
Conteúdos Programáticos .................................................................... 4
1. Introdução ................................................................................... 5
Terminologia ...................................................................................... 7
Génese da internet .............................................................................. 8
Expansão da Internet ............................................................................ 9
2. Internet Service Providers ............................................................. 11
Servidores e utilizadores ...................................................................... 12
Contas de utilizadores ......................................................................... 15
3. World Wide Web (WWW) ............................................................... 16
Génese da WWW ............................................................................... 16
Browsers ......................................................................................... 20
HTML como linguagem multiplataforma .................................................... 22
4. Protocolos ................................................................................. 23
TCP/IP ........................................................................................... 23
GOPHER .......................................................................................... 24
HTTP ............................................................................................. 25
MAIL .............................................................................................. 26
5. Software para Internet.................................................................. 27
Browsers ......................................................................................... 27
Clientes de e-mail.............................................................................. 29
Clientes de FTP ................................................................................. 31
Bibliografia ..................................................................................... 33

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Enquadramento
O manual da UFCD 0766 – Internet - Evolução, está inserido no âmbito da medida
Formação Emprego + Digital, integrada no Programa Emprego + Digital 2025,
aprovado pela Portaria nº246/2022, de 27 de setembro. A UFCD terá a duração de
25h e visa a formação e requalificação na área digital de trabalhadores e empresas e
de entidades da economia social, contribuindo para fomentar a respetiva
transformação digital destas entidades empregadoras, bem como para a melhoria das
competências e das qualificações individuais de cada um dos envolvidos nos projetos
de formação profissional.

Objetivos gerais

• Descrever os principais marcos históricos da evolução da internet;

• Instalar e configurar conexões à internet

Objetivos específicos

• Compreender a génese da Internet e do seu processo de expansão;

• Dominar a utilização de browsers;

• Conhecer os diferentes protocolos de rede;

• Capacitar para o software de internet;

Modalidade de formação
• Formação modular inserida no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ).

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Benefícios e condições de utilização

Este manual é um apoio ao módulo “Internet – Evolução”, nele estão incluídas as


matérias que serão abordadas ao longo das aulas.

No manual podemos encontrar as várias etapas de evolução da internet, assim como


procedimentos a adotar para a configuração de conexão à rede internet.

Conteúdos Programáticos

• Introdução

o Génese da Internet

o Expansão da Internet

• Internet Service Providers

o Servidores e utilizadores

o Contas de utilizadores

• World Wide Web (WWW)

o Génese da WWW

o Browsers

o HTML como linguagem multiplataforma

• Protocolos

o TCP/IP

o GOPHER

o HTTP

o MAIL

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• Software para Internet

o Browsers

o Clientes de mail

o Clientes de FTP

1. Introdução

A Internet é um sistema global de


redes de computadores interligadas
que utilizam um conjunto próprio de
protocolos (Internet Protocol Suite
ou TCP/IP) com o propósito de servir
progressivamente os utilizadores no
mundo inteiro. É uma rede de várias
outras redes, que no fundo
consistem em milhões de empresas
privadas, públicas, académicas e do
governo, com um alcance local e
global e que está ligada através de
uma ampla variedade de tecnologias
de rede eletrónica, sem fios e óticas.

A internet apresenta uma extensa gama de recursos de informação e serviços, tais


como os documentos inter-relacionados de hipertextos da World Wide Web (WWW),
redes ponto-a-ponto (peer-to-peer) e infraestrutura de apoio a correio eletrônico (e-
mails). As origens da internet remontam a uma pesquisa encomendada pelo governo
dos Estados Unidos na década de 1960 para construir uma forma de comunicação
robusta e sem falhas através de redes de computadores. Embora este trabalho,
juntamente com projetos no Reino Unido e na França, tenha levado a criação de
redes precursoras importantes, não criou a internet. Não há um consenso sobre a

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data exata em que a internet moderna surgiu, mas existem estudos que apontam
para o período temporal de meados da década de 1980.

O financiamento de uma nova estrutura principal de informática (dita backbone),


para os Estados Unidos pela Fundação Nacional da Ciência nos anos 1980, bem como
o financiamento privado para outros similares backbones comerciais, levou à
participação mundial no desenvolvimento de novas tecnologias de rede e da fusão de
muitas redes distintas. Embora a internet seja amplamente utilizada pela no âmbito
escolar desde os anos 1980, a comercialização da tecnologia na década de 1990
resultou na sua divulgação e incorporação da rede internacional em praticamente
todos os aspetos da vida humana moderna. Em junho de 2012, mais de 2,4 bilhões de
pessoas - mais de um terço da população mundial — que utilizou os serviços da
internet; cerca de 100 vezes mais do que em 1995. O uso da internet cresceu
rapidamente no Ocidente entre da década de 1990 a início dos anos 2000 e desde a
década de 1990 no mundo em desenvolvimento. Em 1994, apenas 3% das salas de
aula estadunidenses tinham internet, enquanto em 2002 esse índice saltou para 92%.

A maioria das comunicações tradicionais dos meios de comunicação (ou mídia), como
telefone, música, cinema e televisão estão a ser remodeladas ou redefinidas pela
internet, dando origem a novos serviços, como o protocolo de internet de voz (VoIP)
e o protocolo de internet de televisão (IPTV).

No caso dos Jornais, livros e outras publicações impressas estão a adaptar-se à


tecnologia web ou têm vindo a ser reformulados para blogs e feeds. A internet
permitiu e acelerou a criação de novas formas de interações humanas através de
mensagens instantâneas, fóruns de discussão e redes sociais. O comércio on-line tem
crescido tanto para grandes lojas como para pequenos negócios locais e
comerciantes. Business-to-business e os serviços financeiros na internet afetam
outras cadeias de abastecimento através de indústrias inteiras. A essa agregação de
funcionalidades através de um núcleo comum (Internet, no caso), tem-se usado
chamar convergência tecnológica ou, simplesmente, quando não for ambíguo,
convergência.

A internet não possui uma gestão centralizada aplicável a qualquer aplicação


tecnológica ou políticas de acesso e uso; isto é, cada rede define as suas próprias

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políticas. Sendo que, apenas as definições de excesso dos dois principais espaços de
nomes na internet — o espaço de endereçamento Protocolo de Internet e Domain
Name System — são dirigidos por uma organização mantenedora, a Corporação da
Internet para Atribuição de Nomes e Números (ICANN). A sustentação técnica e a
padronização dos protocolos de núcleo (IPv4 e IPv6) é uma atividade do Internet
Engineering Task Force (IETF), uma organização sem fins lucrativos de participantes
internacionais vagamente filiados, sendo que qualquer pessoa pode se associar
contribuindo com a perícia técnica.

Terminologia

O termo internet, como um sistema global específico de redes de IPs


interconectados, é um nome próprio. A Internet também é muitas vezes referida
como Net. A palavra "internet" foi utilizada historicamente, com uma inicial
minúscula, em 1883, apresentando-se como um verbo e adjetivo para se referir a
movimentos interligados.

No início dos anos 1970, o termo internet começou a ser usado como uma forma
abreviada do conjunto de redes técnicas, o resultado da interligação de redes de
computadores com gateways especiais ou roteadores. Foi também foi utilizado como
um verbo que significa "conectar", especialmente redes.

Os termos internet e World Wide Web são frequentemente usados como sinónimos na
linguagem corrente. É comum falar-se de "navegar na internet", em referências ao
navegador web para exibir páginas web. No entanto, a internet é uma rede mundial
de computadores especial conectando milhões de dispositivos de computação,
enquanto a World Wide Web é apenas um dos muitos serviços que funcionam dentro
da internet. A Web é uma coleção de documentos interligados (páginas web) e outros
recursos da internet, ligadas por hiperlinks e URLs.

Além da web, muitos outros serviços são implementados através da internet, como e-
mail, transferência de arquivos, controlo remoto de computador, grupos de notícias e
jogos online. Todos esses serviços podem ser implementados em qualquer intranet,
acessível para os utilizadores da rede.

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Génese da internet

A pesquisa sobre a comutação de pacotes começou na década de 1960 e redes de


comutação de pacotes, como Mark I, no NPL no Reino Unido, ARPANET, CYCLADES,
Merit Network, Tymnet e Telenet, foram desenvolvidas em final dos anos 1960 e
início dos anos 1970, usando uma variedade de protocolos.

A ARPANET, em particular, levou ao desenvolvimento de protocolos para


internetworking, onde várias redes separadas poderiam ser unidas numa rede de
redes. Os dois primeiros nós do que viria a ser a ARPANET foram interconectados
entre o Network Measurement Center de Leonard Kleinrock na Escola de Engenharia
e Ciências Aplicadas da UCLA e o sistema NLS de Douglas Engelbart no SRI
International (SRI), em Menlo Park, Califórnia, em 29 de outubro de 1969. O terceiro
nó da ARPANET era o Culler-Fried Interactive Mathematics Center da Universidade da
Califórnia em Santa Bárbara e o quarto era o Departamento Gráfico da Universidade
de Utah. Considerado como um sinal precoce de crescimento futuro, já havia quinze
sites conectados à jovem ARPANET até o final de 1971.

Em Dezembro de 1974, o RFC 675 - Specification of Internet Transmission Control


Program, de Vinton Cerf, Yogen Dalal e Carl Sunshine usou o termo internet como

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uma abreviação para internetworking e RFCs posteriores repetiram esse termo. O


acesso à ARPANET foi ampliado em 1981, quando a Fundação Nacional da Ciência
(NSF), desenvolvido a Computer Science Network (CSNET). Em 1982, o Internet
Protocol Suite (TCP/IP) foi padronizado e o conceito de uma rede mundial de redes
TCP/IP totalmente interligadas chamado de internet foi introduzido.

O acesso à rede TCP/IP expandiu-se novamente em 1986, quando o National Science


Foundation Network (NSFNET) potenciou o acesso a sites de supercomputadores nos
Estados Unidos a partir de organizações de pesquisa e de educação, o primeiro a 56
kbit/s e, mais tarde, 1,5 Mbit/s e 45 Mbit/s.

Os primeiros fornecedores de acesso à internet (ISPs) comerciais começaram a surgir


no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. A ARPANET foi desmantelada em 1990.
A internet foi totalmente comercializada nos Estados Unidos em 1995, quando a
NSFNET foi desmantelada, removendo as últimas restrições sobre o uso da internet
para transportar o tráfego comercial. A internet começou a ter uma rápida expansão
para a Europa e Austrália em meados da década de 1980 e para a Ásia no final dos
anos 1980 e início dos anos 1990.

Expansão da Internet

Desde meados da década de 1990 a internet teve um enorme impacto sobre a cultura
e o comércio mundial, seja pelo aumento da comunicação instantânea através de e-
mails, mensagens instantâneas, "telefonemas" VoIP, chamadas de vídeo interativas,
com a World Wide Web como dos fóruns de discussão, blogs, redes sociais e sites de
compras online. As quantidades crescentes de dados são transmitidos a velocidades
cada vez mais elevadas em redes de fibra óptica operando a 1 Gbit/s, 10 Gbit/s, ou
mais.

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A internet continua a crescer, impulsionando quantidades cada vez maiores de


informações on-line e de conhecimento, comércio, entretenimento e redes sociais.
Durante a década de 1990, estimou-se que o tráfego na internet pública cresceu
cerca 100% ao ano, enquanto o crescimento estimado anual do número de
utilizadores seja entre 20% e 50%. Este crescimento é muitas vezes atribuído à falta
de uma administração central, que permita o crescimento orgânico da rede, bem
como pela natureza não-proprietária e aberta dos protocolos de internet, o que
incentiva o fornecedor de interoperabilidade e impede qualquer empresa de exercer
muito controlo sobre a rede.

A 31 de março de 2011, o número total estimado de usuários da internet foi de cerca


de 2 bilhões de pessoas (ou seja cerca de 30% da população mundial). Estima-se que
em 1993 a internet realizou apenas 1% do fluxo de informações através de duas vias
de telecomunicações; em 2000 este valor tinha aumentado para 51% e, até 2007,
mais do que 97% de todas as informações telecomunicadas foi realizada através da
rede mundial.

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2. Internet Service Providers

Um Fornecedor de Acesso à Internet ou Provedor de Serviço Internet (em inglês


Internet Service Provider, ISP), é qualquer organização que ofereça serviços de
acesso, participação ou utilização da Internet. Os Provedores podem ser organizados
de várias maneiras: comercialmente, sem fins lucrativos ou em comunidades. Além
de oferecer acesso a Internet, os provedores geralmente também oferecem serviços
de "e-mail", "hospedagem de sites" ou blogs, entre outros.

O Fornecedor de acesso à Internet é a tradução para IAP (Internet Access Provider).


IAP é uma outra maneira pela qual nos referimos ao ISP (Internet Service Provider)
cuja tradução é "Provedor de Serviço de Internet".

Opções de conexão dos ISP

Geralmente, um ISP cobra uma taxa mensal ao consumidor que tem acesso à Internet
embora a velocidade de transferência dos dados varie largamente.

O termo formal para velocidade de Internet é banda larga— ou seja quanto maior for
a banda, mais alta é a sua velocidade.

A velocidade de ligação à Internet pode ser dividida em duas categorias:

o Dial-Up: As ligações dial-up requerem a utilização de linhas


telefônicas, e habitualmente têm ligações de 56 kbps ou menores.

o Banda larga: As ligações de banda larga podem ser RDIS, acessos de


banda larga sem fios, cable modem, DSL, ligação por satélite ou
Ethernet. A conexão de banda larga está sempre ligada (exceto o RDIS)
e a velocidade varia entre os 64 kbps, 24+ Mbps (ADSL 2+) e 100+ Mbps
(Fibra).

A velocidade de download de arquivos, considerando o melhor cenário para fazê-lo,


nunca será igual ao que é sincronizado pelo modem ADSL (Line Rate –

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Downstream(kbps)), embora as operadoras geralmente tentem convencer os


utilizadores do contrário. Os dados que são requisitados no download são
encapsulados dentro de um pacote de controlo, esse pacote de controlo confere à
rede ADSL uma perda de cerca de 16 %.

Com a crescente popularidade do compartilhamento de arquivos, o download de


músicas, vídeos e outros arquivos complexos e a procura geral por carregamentos de
página mais rápidos, as ligações de largura de banda superior estão a tornar-se mais
populares.

A responsabilidade dos ISPs sobre os direitos de autor

Um aspeto comum a todos os sistemas jurídicos é o princípio de que o ISP não pode
ser responsabilizado pela hospedagem/armazenamento de materiais que violam os
direitos de autor, se o ISP não tem conhecimento da violação. A principal diferença
consiste na ação legal tomada após o ISP for informado de que o material hospedado
é uma violação de direitos autorais. Os EUA e a legislação da UE emprega o
procedimento de aviso -Take-Down, que solicita ao ISP para remover o material que
constitui determinada violação, com a finalidade de evitar de ser processado. A lei
japonesa tem uma abordagem mais equilibrada, através da comunicação -Take-Down
é um procedimento, que proporciona ao utilizador do material o direito de reclamar
sobre o pedido de remoção.

Servidores e utilizadores

Em informática, um servidor é um software ou computador, com um sistema de


computação centralizada que fornece serviços a uma rede de computadores,
chamada de cliente.

Esses serviços podem ser de naturezas distintas, como por exemplo, arquivos e
correio eletrónico.

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Arquitetura cliente- servidor

Esta arquitetura chamada de modelo cliente-servidor, é utilizada em redes de médio


e grande porte (com muitas máquinas) e em redes onde a questão da segurança
desempenha um papel de grande importância. O termo servidor é amplamente
aplicado a computadores considerados completos, embora um servidor possa
equivaler a um software ou a partes de um sistema computacional, ou até mesmo a
uma máquina que não seja necessariamente um computador.

Servidores

Os servidores podem oferecer várias funcionalidades, muitas vezes chamados de


"serviços", tais como a partilha de dados ou de recursos do sistema entre vários
clientes, ou a computação desempenho para um cliente. Um único servidor pode
servir vários clientes, e um único cliente pode usar vários servidores. Um processo de
um cliente pode ser executado no mesmo dispositivo ou pode ser conectado através
de uma rede para um servidor em um dispositivo diferente.

Tipos de servidores:

Existem diversos tipos de servidores, os mais conhecidos são:

• Servidor de Fax: É um servidor para transmissão e receção


automatizada de fax pela Internet, disponibilizando também a
capacidade de enviar, receber e distribuir fax em todas as estações da
internet.

• Servidor de arquivos: É um servidor que armazena arquivos de diversos


utilizadores.

• Servidor web: O Servidor responsável pelo armazenamento de páginas


de um determinado site, requisitados pelos clientes através de
browsers.

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• Servidor de e-mail: Servidor publicitário responsável pelo


armazenamento, envio e recebimento de mensagens de correio
eletrónico.

• Servidor de impressão: Servidor responsável por controlar pedidos de


impressão de arquivos dos diversos clientes.

• Servidor de banco de dados: Servidor que possui e manipula/gere


informações contidas num determinado banco de dados.

• Servidor DNS: Servidores responsáveis pela conversão de endereços de


sites em endereços IP e vice-versa.

• Servidor proxy: Servidor que atua como um “cache”, armazena as


páginas da internet que foram recém-visitadas pelo utilizador, e
aumenta a velocidade de carregamento das páginas para quando forem
acedidas novamente.

• Servidor de imagens: É um tipo especial de servidor de banco de


dados, especializado em armazenar imagens digitais.

• Servidor FTP: Permite o acesso de outros utilizadores a um disco rígido


ou servidor. Este tipo de servidor armazena arquivos para dar acesso a
eles pela internet.

• Servidor webmail: É um servidor para criar emails na web.

• Servidor de virtualização: permite a criação de máquinas virtuais


(servidores isolados no mesmo equipamento) mais conhecidas como
VPS que servem para armazenamento de aplicações, mediante o
compartilhamento de hardware, isto é, aumenta a eficiência
energética, sem prejudicar as aplicações e sem risco de conflitos de
uma consolidação real.

• Servidor de sistema operacional: permite compartilhar o sistema


operacional de uma máquina com outras, interligadas na mesma rede,

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sem que essas precisem de ter um sistema operacional instalado, nem


mesmo um HD próprio.

• Servidor de Aplicações (em inglês Applications Server): é um servidor


que disponibiliza um ambiente para a instalação e execução de
determinadas aplicações, centralizando e dispensando a instalação nos
computadores de clientes. Os servidores de aplicação também são
conhecidos por middleware.

Servidores na internet

A Internet é a maior rede de computadores do mundo, que utiliza o modelo cliente-


servidor. É de referir que, muitos servidores a nível mundial são interligados e
processam informações simultaneamente.

Alguns dos serviços oferecidos por servidores de internet são: páginas web, correio
eletrónico, transferência de arquivos, acesso remoto, mensagens instantâneas entre
outros. É interessante notar que qualquer ação efetuada por um utilizador envolve o
trabalho de diversos servidores espalhados pelo mundo.

Contas de utilizadores

O "Cliente" é um termo utilizado em computação que representa uma entidade que


consome os serviços de uma outra entidade servidora, geralmente através do uso de
uma rede de computadores numa arquitetura cliente-servidor.

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3. World Wide Web (WWW)

A World Wide Web (em inglês: WWW, A Web) designa um sistema de documentos em
hipermídia (ou hipermédia) que são interligados e executados na Internet.

Os documentos podem estar na forma de vídeos, sons, hipertextos e imagens. Para


consultar a informação, pode utilizar-se um programa de computador chamado
navegador (como é o exemplo da Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla Firefox,
Microsoft Edge, Opera, etc.), e para descarregar informações (chamados
“documentos” ou "páginas") de servidores web (ou "sítios") e mostrá-los na tela do
usuário (ecrã do utilizador).

O usuário (utilizador) pode então seguir as hiperligações na página para outros


documentos ou mesmo enviar informações de volta para o servidor para interagir
com ele. O ato de seguir hiperligações é, comumente, chamado "navegar" na Web.

Génese da WWW

As ideias por trás da Web podem ser identificadas ainda em 1980, no CERN-
Organização Europeia para a Investigação Nuclear (Suíça), quando Tim Berners-Lee
construiu o ENQUIRE. Ainda que diferente da Web atual (2007), o projeto continha
algumas das mesmas ideias primordiais, e também algumas ideias da Web semântica.
A ideia original do sistema foi tornar mais fácil o compartilhamento de documentos
de pesquisas entre os colegas.

Em 1989, Tim Berners-Lee escreveu uma proposta de gestão da informação, que


referenciava o ENQUIRE e descrevia um sistema de informação mais elaborado. Com
a ajuda de Robert Cailliau, ele publicou uma proposta mais formal para a World Wide
Web no final de 1990.

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Um computador NeXTcube foi


usado por Berners-Lee como
primeiro servidor web e também
para escrever o primeiro
navegador, o WorldWideWeb, em
1990. No final do mesmo ano,
Berners-Lee já tinha construído
todas as ferramentas necessárias
para o sistema: o navegador, o
servidor e as primeiras páginas
web, que descreviam o próprio
projeto. Em 6 de agosto de 1991, ele publicou um resumo no grupo de notícias
alt.hypertext. Essa data marca a estreia da web como um serviço publicado na
Internet.

O conceito crucial do hipertexto originou-se em projetos da década de 1960, como o


projeto Xanadu e o NLS. A ideia revolucionária de Tim foi unir o hipertexto e a
Internet. No seu livro Weaving The Web, o autor explica que sugeriu repetidamente o
casamento das tecnologias para membros de ambas as comunidades de
desenvolvedores. No entanto, como ninguém implementou a sua ideia, ele decidiu
implementar o seu projeto por conta própria. No processo, desenvolveu um sistema
de identificação global e único de recursos, o Uniform Resource Identifier (URI).

Os sistemas anteriores diferenciavam-se da Web em alguns aspetos. A Web, é uma


hiperligação é unidirecional, enquanto os trabalhos anteriores apenas tratavam de
ligações bidirecionais. Neste sentido, tornou-se possível criar uma hiperligação sem
qualquer ação do autor do documento ser ligado, reduzindo significativamente a
dificuldade em implementar um servidor Web e um navegador. Por outro lado, o
sistema unidirecional é responsável pelo que atualmente (2007) se chama
hiperligação quebrada, isto é, uma hiperligação que aponta para uma página não
disponível devido à evolução contínua dos recursos da Internet com o tempo.

Divergindo dos sistemas anteriores como o HyperCard, a World Wide Web não era um
software proprietário, tornando possível a criação de outros sistemas e extensões

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sem a preocupação de licenciamento. Em 30 de abril de 1993, a CERN anunciou que a


World Wide Web teria um domínio livre para todos os utilizadores, sem custos.

Nos dois meses após o anúncio de que o gopher já não seria livre, produziu-se uma
mudança para a web. Um antigo navegador popular era o ViolaWWW, que era
baseado no HyperCard.

Considera-se que a grande viragem da WWW começou com a introdução do


navegador Mosaic em 1993, através de um navegador gráfico desenvolvido por uma
equipa de desenvolvedores universitários da Universidade de Illinois em Urbana-
Champaign. Antes do seu lançamento, os gráficos não eram frequentemente
misturados com texto nas páginas web. A World Wide Web Consortium foi fundada
em Outubro de 1994, após Tim Berners-Lee sair do instituto CERN.

Funcionamento

Para visualizar uma página com outro recurso que tenha sido disponibilizado
normalmente inicia ao utilizador digitar um URL no navegador ou através de carregar
numa hiperligação.

Numa primeira instância, a parte da URL diz respeito ao servidor de rede que é
separada e transformada num endereço IP, através de um banco de dados da Internet
chamado Domain Name System (DNS). O navegador estabelece, então, uma conexão
TCP-IP com o servidor web localizado no endereço IP retornado.

O próximo passo é o navegador enviar uma requisição HTTP ao servidor para obter o
recurso indicado pela parte restante da URL (retirando-se a parte do servidor). No
caso de uma página web típica, o texto em HTML é recebido e interpretado pelo
navegador, que realiza então requisições adicionais para figuras, arquivos de
formatação, arquivos de script e outros recursos que fazem parte da página.

O navegador, então, reconstitui a página na tela do utilizador, assim como descreve


os arquivos que a compõe.

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Padrões

A funcionalidade da web é baseada em três padrões:

• URL, um sistema que especifica como cada página de informação que recebe
um "endereço" único onde pode ser encontrada. Esse padrão é definido em
RFC 1738 (URL, em dezembro de 1994) e RFC 3986 (URL, em janeiro de 2005).

• HTTP, um protocolo que especifica como o navegador e servidor web


comunicam entre si. Esse padrão é definido em RFC 1945 (HTTP/1.0, maio de
1996), RFC 2616 (HTTP/1.1, junho de 1999) e RFC 2617 (autenticação HTTP).

• HTML, é uma linguagem de marcação para codificar a informação de modo


que possa ser exibida numa grande quantidade de dispositivos. Esse padrão é
definido em HTML 1, RFC 1866 (HTML 2.0), HTML 3.2, HTML 4.01, HTML 5 e
XHTML.

Evolução do código

A Web é todo o conteúdo que o usuário/utilizador final pode aceder na rede. Sendo
que, a web já passou por transformações evolutivas - evolução do código e dentro
elas existem a: web 1.0, web 2.0 e web 3.0.

• Web 1.0 - web 1.0 é considerada como estática, sendo que os seus conteúdos
não podem ser alterados pelos utilizadores finais. Todo o conteúdo da página
é somente de leitura, por isso o termo estático. Na web 1.0, não existia a
interatividade do usuário com a página, onde somente o webmaster ou o
programador pode realizar alterações ou atualizações da página.

• Web 2.0 - A web 2.0 destaca-se por ser dinâmica, ao contrário da web 1.0
que é estática. Referindo-se à web 2.0, dinâmica indica a interatividade e
participação do utilizador final com a estrutura e conteúdo da página. Nela, o
usuário final pode publicar comentários, enviar imagens, compartilhar
arquivos e fazer milhares de outras coisas que a web 1.0 não permitia. Outra
grande mudança entre a web 1.0 e a web 2.0 foi que o utilizador diminuiu a
taxa de carregamento (download) e aumentou a de envio (upload), o que

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indica que o usuário está a interagir mais com a web e a trocar mais
informações por compartilhamento. A web 2 é chamada de participativa ou
colaborativa.

• Web 3.0 - A web 3.0 é uma evolução da 2.0, pois tem o intuito de mudar as
formas de pesquisas para facilitar a vida do utilizador comparativamente à
web 2.0, com a finalidade de que possam suprir as necessidades de hoje que
são consideradas como o extravasamento de dados, ou seja, o utilizador está
a partilhar/postar muitos dados aleatoriamente e isso dificulta a localização
destes. A web 3.0 também vem incrementar a interatividade entre o homem e
a máquina, melhorando as linguagens de programação para que o homem e a
máquina falem a mesma língua. Como exemplo, podemos utilizar o Google
que inovou o seu site como nova forma de pesquisa interativa: o usuário pode
encontrar informações sobre o arquivo que adicionou na barra de pesquisa do
site do Google. Essa é uma das formas que podemos apresentar a web 3.0 que
ainda é só um conceito que está a chegar à fase final e a entrar em aplicação.
A Web 3 é chamada de semântica ou marketing.

Browsers

Um navegador de rede/navegador web/ navegador da internet ou simplesmente


navegador (em inglês: Web browser, browser), é um programa que habilita os seus
utilizadores a interagirem com documentos HTML armazenados num servidor da rede.

Tim Berners-Lee, que foi um dos pioneiros no uso do hipertexto como forma de
compartilhar informações, criou o primeiro navegador, chamado World Wide Web
(www), em 1990. Mais tarde, para não se confundir com a própria rede, trocou de
nome para Nexus. A web, entretanto, só explodiu realmente em popularidade com a
introdução do NCSA 'Mosaic, que era um navegador gráfico (em oposição a
navegadores de modo texto) rodando originalmente no Unix, mas que foi também
portado para o Macintosh e Microsoft Windows logo depois. A versão 1.0 foi libertada
em setembro de 1993. Marc Andreesen, o líder do projeto Mosaic na NCSA, demitiu-

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se para formar a companhia que seria conhecida mais tarde como Netscape
Communications Corporation.

Características

Os principais navegadores possuem características em comum na interface tais como:


voltar para a página anterior, ir para página posterior, recarregar (refresh) a página
atual, espaço para digitar a URL, estratégias para escolher sites favoritos, entre
outros. Uma outra característica comum entre eles é apresentar um histórico dos
sites navegados ao longo do tempo.

Os diferentes navegadores podem ser distinguidos entre si pelas características que


apresentam. Navegadores modernos e páginas Web criadas mais recentemente
tendem a utilizar muitas técnicas que não existiam nos primórdios da Web. Como
notado anteriormente, as disputas entre os navegadores causaram uma rápida e
caótica expansão dos próprios navegadores e padrões da World Wide Web.

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MANUAL DE FORMAÇÃO

Legenda:

1- Separador (CTRL+T Abre novo separador).


2- Setas para avançar e retroceder nas páginas WEB.
3- Atualizar a janela (F5).
4- Barra de endereço.
5- Conta de utilizador.
6- Menu de opções do browser.

HTML como linguagem multiplataforma

HTML (abreviação para a expressão inglesa HyperText Markup Language, que


significa: "Linguagem de Marcação de Hipertexto" é uma linguagem de marcação
utilizada na construção de páginas na Web. Documentos HTML podem ser
interpretados por navegadores. A tecnologia é fruto da junção entre os padrões
HyTime e SGML.

As primeiras versões do HTML foram definidas com regras sintáticas flexíveis, o que
ajudou aqueles sem familiaridade com a publicação na Web. Através do tempo, a
utilização de ferramentas para autoria de HTML aumentou, assim como a tendência
em tornar a sintaxe cada vez mais rígida. Apesar disso, por questões históricas
(retrocompatibilidade), os navegadores ainda hoje conseguem interpretar páginas
web que estão longe de ser um código HTML válido.

Várias versões HTML foram publicadas:

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MANUAL DE FORMAÇÃO

4. Protocolos

O Protocolo é a palavra que denomina “as regras” que organizam e regem a


sincronização da comunicação entre dois sistemas computacionais. Ou seja, controla
e possibilita a transferência de dados. Também conhecidos como Protocolos de
Internet, os Protocolos de Rede são regras que permitem a comunicação entre
computadores conectados na internet. Os Protocolos de rede são um conjunto de
normas que permitem que qualquer máquina conectada à internet possa se
comunicar com outra também já conectada na rede. É através desta conexão que
qualquer utilizador consegue enviar e receber mensagens instantâneas, fazer
download e guardar arquivos no seu site e aceder a qualquer tipo de domínio na web.

No caso de o utilizador necessitar de aprender uma língua estrangeira para se


comunicar com pessoas de outros países, e pressupondo que o português fosse o
único idioma existente, em que todos pudessem interagir e trocar informações sem
problemas. Os protocolos de internet funcionam dessa forma, como uma espécie de
“língua universal” entre computadores. Independente do fabricante e do sistema
operacional instalado, essa linguagem é interpretada por todas as máquinas
igualmente.

Assim, não é necessário usar qualquer tipo de software extra para que um
computador possa entender os protocolos de rede. É desta forma que ele se
comunica com outro computador ligado à rede mundial de computadores sem
qualquer problema ou interferência.

TCP/IP
O TCP/IP (também chamado de pilha de protocolos TCP/IP) é um conjunto de
protocolos de comunicação entre computadores em rede. A sua denominação vem de
dois protocolos: o TCP (Transmission Control Protocol - Protocolo de Controle de
Transmissão) e o IP (Internet Protocol - Protocolo de Internet, ou ainda, protocolo de
interconexão). O conjunto de protocolos pode ser visto como um modelo de camadas
(Modelo OSI), em que a cada camada é responsável por um grupo de tarefas,
fornecendo um conjunto de serviços bem definidos para o protocolo da camada

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superior. As camadas mais altas, estão logicamente mais perto do utilizador


(chamada camada de aplicação) e lidam com dados mais abstratos, confiando em
protocolos de camadas mais baixas para tarefas de menor nível de abstração.

GOPHER
O Gopher é um protocolo de redes de computadores que foi desenhado para
distribuir, procurar e aceder a documentos na Internet, criado na Universidade de
Minesota. Foi especificado em 1991 por Paul Lindner e Mark McCahill da Universidade
de Minesota. Atualmente perdeu popularidade com o crescimento da WWW, devido à
sua falta de flexibilidade quando comparado com o HTML e à decisão da Universidade
de Minesota de vender licenças para uso comercial, que foi entendida por alguns
como uma obrigação de pagar para usar o protocolo em si, em vez de se aplicar
apenas ao software servidor da Universidade.

As informações acedidas através do Gopher ficam localizadas em servidores


apropriados nos quais circula um programa que as organiza consoante o assunto, e
disponibiliza organizadas por uma estrutura hierárquica na forma de menus
(diretórios), semelhante àquela do seu gerenciador de arquivos. Cada vez que o
utilizador clica sobre uma pasta o Gopher este mostra as outras pastas e/ou arquivos
que se encontram dentro desta (navega para um nível mais interno na hierarquia).

Para usar os recursos do Gopher é necessário conectar-se a um servidor Gopher e


navegar através dos menus que apresenta até encontrar um arquivo que contenha as
informações desejadas. Ao clicar sobre o arquivo desejado ele será aberto para que o
utilizador tenha acesso ao seu conteúdo, se estiver em forma de texto ou noutro
formato suportado pelo navegador. Os outros arquivos estão disponíveis para o
utilizador trazer para o seu próprio computador. Neste caso haverá uma indicação da
disponibilidade do mesmo para "download", e bastará clicar sobre o mesmo para
iniciar a transferência para o computador. Os servidores Gopher mantém conexões
entre si formando o que é conhecido como Gopherspace.

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HTTP
O Hypertext Transfer Protocol, sigla HTTP (em português Protocolo de Transferência
de Hipertexto) é um protocolo de comunicação (na camada de aplicação segundo o
Modelo OSI) utilizado para sistemas de informação de hipermídia, distribuídos e
colaborativos. Este é a base para a comunicação de dados da World Wide Web.

O Hipertexto é o texto estruturado que utiliza ligações lógicas (hiperlinks) entre nós
contendo texto. O HTTP é o protocolo para a troca ou transferência de hipertexto.

Coordenado pela World Wide Web Consortium e a Internet Engineering Task Force,
culminou na publicação de uma série de Requests for Comments; mais notavelmente
o RFC 2616, de junho de 1999, que definiu o HTTP/1.1. Em Junho de 2014 foram
publicados 6 RFC's para maior clareza do protocolo HTTP/1.1. Em Março de 2015, foi
divulgado o lançamento do HTTP/2. A atualização deixou o navegador com um tempo
de resposta melhor e mais seguro e melhorou na navegação em telemóveis. Os
trabalhos no HTTP/3 já foram desenvolvidos construindo assim uma nova beta que
foram testadas por grandes empresas.

Para aceder a outro documento a partir de uma palavra presente no documento atual
podemos utilizar hiperligações (ou âncoras). Estes documentos encontram-se no sítio
com um endereço de página da Internet – e para aceder deve digitar-se o respetivo
endereço, denominado URI (Universal Resource Identifier ou Identificador Universal
de Recurso), que não deve ser confundido com URL (Universal Resource Locator ou
Localizador Universal de Recurso), um tipo de URI que pode ser diretamente
localizado.

Protocolo HTTPS

O HTTPS é a sigla para Hyper Text Transfer Secure, que significa Protocolo de
Transferência de Hipertexto Seguro. O protocolo HTTPS é e funciona de forma
exatamente igual ao HTTP. A diferença da letra “S” na sigla é uma camada extra de
proteção, indicando que sites e domínios que possuem esse protocolo estarão mais
seguros para o utilizador aceder.

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O protocolo HTTPS é muito utilizado por sites com sistemas de pagamentos que
dependem da proteção para assegurar dados, informações de conta e cartão de
créditos dos utilizadores. Essa proteção é feita por certificação digital, que cria uma
criptografia para impedir que ameaças e ataques na internet tenham acesso indevido
às informações dos utilizadores.

O HTTPS aparece num navegador quando o site acedido possui um Certificado SSL
instalado. O SSL cria um canal de proteção entre o cliente e o servidor, adicionando
a letra “S” ao HTTP e reforçando uma camada extra de segurança.

MAIL

O Email é uma forma de compor, enviar e receber mensagens através de meios


eletrónicos, seja através de computadores, tablets, smartphones ou qualquer outro
meio que permita essa comunicação eletrónica.

• SMPT - O servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol – protocolo de


Transferência de Correio Simples) é o protocolo responsável pelo envio dos
emails. É utilizado para a entrega de um email a partir de um cliente de email
ou de um servidor de email diretamente para outro servidor de email.

• POP3 - O termo POP (Post Office Protocol – Protocolo dos Correios) é um


servidor de recebimento de emails. Ele permite através de um acesso remoto
aceder à caixa de entrada de um correio eletrónico e transferir todas as
mensagens para um dispositivo local (computadores, smartphones ou tablets).

Quando as mensagens são descarregadas para o acesso local, elas são apagadas do
servidor, assim como estas mesmas mensagens não poderão ser acedidas noutro
lugar, somente através deste acesso local. Para que as mensagens possam ser vistas
de outro local é necessário configurar o acesso via POP3 e que seja mantida uma
cópia no servidor após a transferência das mensagens, assim estas permanecerão no
servidor podendo ser acedidas de qualquer outro local via webmail.

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• IMAP - IMAP (Internet Message Access Protocol – Protocolo de Acesso a


Mensagem da Internet) é um gestor de recebimento de mensagens de email
ligeiramente superior ao protocolo POP3, isso porque as mensagens
permanecem no servidor por padrão, sendo apenas acedido pelo software
escolhido através deste protocolo, assim sendo é possível aceder às
mensagens de qualquer outro dispositivo.

Além da vantagem de visualizar as mensagens iguais de qualquer local de acesso, pois


estão armazenadas no servidor, é possível compartilhar as caixas postais dos
utilizadores, membros do mesmo grupo de trabalho e procura por palavras-chave.

5. Software para Internet

Browsers

O navegador é um programa de computador usado para visualizar recursos da WWW,


como páginas web, imagens e vídeos. Com ele também é possível comunicar com o
servidor web com a finalidade de receber ou enviar informações.

Protocolos e padrões

Eles comunicam-se geralmente com servidores da rede (podendo atualmente


comunicar com vários tipos de servidores), usando principalmente o protocolo de
transferência de hipertexto HTTP para efetuar pedidos a ficheiros (português
europeu) ou arquivos (português brasileiro), e processar respostas vindas do servidor.
Estes arquivos, são por sua vez identificados por um URL.

O navegador, tem a capacidade de ler vários tipos de arquivos, sendo nativo o


processamento dos mais comuns (HTML, XML, JPEG, GIF, PNG, etc.), e os restantes
possíveis através de plugins (Flash, Java, etc.).

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Os navegadores têm a capacidade de trabalhar também com vários outros protocolos


de transferência.

A principal finalidade do navegador é fazer o pedido de um determinado conteúdo da


Web e providenciar a exibição do mesmo. Geralmente, quando o processamento do
ficheiro não é possível através deste, apenas transfere o ficheiro localmente. Quando
se trata de texto (Markup Language e/ou texto simples) e/ou imagens bitmaps, o
navegador tenta exibir o conteúdo.

Os primeiros navegadores
suportavam somente uma
versão mais simples de
HTML. O rápido
desenvolvimento do
mercado de navegadores
levou à criação de
dialetos não padronizados
do HTML, causando
problemas de
interoperabilidade na
Web. Os Navegadores mais modernos (tais como o Mozilla Firefox, Opera, Google
Chrome, Apple Safari e Microsoft Internet Explorer) suportam versões padronizadas
das linguagens HTML e XHTML (começando com o HTML 4.01), e mostram páginas de
uma maneira uniforme através das plataformas em que rodam.

Segurança

Atualmente, a maioria suporta o protocolo de transferência de hipertexto seguro


(HTTPS) [identificado no browser por um cadeado fechado] e oferecem uma forma
rápida e fácil para apagar informações da web, como os cookies e histórico.

No entanto, com o crescimento e as inovações das técnicas de invasões e infeções


que existem na Internet, torna-se cada vez mais necessária a segurança nos
navegadores. Há mais de uma década que os navegadores são "obrigados" a possuir

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proteções contra scripts maliciosos, entre outros conteúdos maliciosos que possam
existir em páginas web acedidas.

Podemos destacar a W3C (principal organização de padronização da rede mundial de


computadores) com o CSP - Content Security Policy (em inglês ou "Política de
Segurança do Conteúdo" tradução livre). O CSP destina-se a ajudar os criadores da
Web ou os administradores de servidores a especificar como o conteúdo interage nos
seus sites.

Clientes de e-mail

Um cliente de correio eletrónico (em inglês, e-mail client), “gerenciador de email”


ou “cliente de email” é um programa informático que permite enviar, receber e
personalizar mensagens de correio eletrónico.

Os mais usados e conhecidos são: Microsoft Outlook, Apple Mail, Kmail, IncrediMail,
Mailbird, Thunderbird, Opera Mail, Live Mail Gmail, entre outros.

Vantagens:

• Ler e escrever mensagens de correio eletrónico offline;

• Armazenar as mensagens no disco rígido;

• Utilizar múltiplas contas de correio eletrónico ao mesmo tempo;

• Criar uma lista de contactos detalhada;

• Enviar e receber mensagens encriptadas;

• Travar o SPAM;

• Configurar os grupos de notícias facilmente;

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• Enviar mensagens de correio eletrónico em formato HTML (que permite criar


mensagens mais práticas e visualmente aprazíveis).

Desvantagens:

• Ocupam algum espaço no disco rígido (embora atualmente já não seja um


grande problema);

• As mensagens recebidas também ocupam espaço no disco;

• Alguns clientes de correio eletrónico cobram;

• Nem sempre são compatíveis com todos servidores de correio eletrónico.

Conta de e-mail, cliente de e-mail e provedor de e-mail

Dadas as similaridades entre estes três conceitos, é de referir:

• Uma conta de e-mail é o um endereço específico — exemplo@email.com —


que o utilizador utiliza para aceder utilizando as suas credenciais de login de
seu cliente de e-mail.

• Um cliente de e-mail é o programa específico utilizado para aceder à sua


conta. Em alguns cenários, pode-se tratar do mesmo provedor de e-mail, mas
nem sempre isso ocorre. Um cliente de e-mail pode ter regras ou
comportamentos específicos sobre exclusões, arquivamento ou
encadeamento.

• Um provedor de e-mail é a empresa específica que fornece os esforços


técnicos por trás do envio e do recebimento de seus e-mails. O provedor de
e-mail geralmente tem regras ou comportamentos específicos sobre
exclusões, arquivamento ou encadeamento de e-mails. Esses geralmente têm

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precedência sobre quaisquer outras regras que seu cliente de e-mail possa
ter.

Muitos clientes podem usar um provedor específico de e-mail mas um cliente de e-


mail diferente para aceder a este provedor. Um exemplo é ter um e-mail do tipo
“nome”@hotmail.com e usar o Outlook para gerenciar. Outro exemplo comum é
quando a empresa tem um provedor de e-mail específico para o domínio do e-mail
porém usa o Gmail para aceder a este provedor. Para muitos, o Gmail é um provedor
de e-mail mas, neste exemplo, o Gmail é usado como cliente e está sujeito às regras
ou comportamentos do provedor de e-mail.

Clientes de FTP

FTP é a sigla para File Transfer Protocol, um termo que, traduzido para o português,
significa Protocolo de Transferência de Arquivos. Basicamente diz respeito a um tipo
de conexão que permite a troca de arquivos entre dois computadores conectados à
internet. Com isso, o utilizador pode enviar qualquer coisa para uma outra máquina
ou armazená-los num servidor FTP, ficando sempre disponível para o utilizador
aceder.

Como ocorre a transferência de arquivos

A transferência de arquivos dá-se entre um computador chamado "cliente" (aquele


que solicita a conexão para a transferência de dados) e um servidor (aquele que
recebe a solicitação de transferência). O utilizador, através de software específico,
pode selecionar quais arquivos enviar ou receber do servidor. Para existir uma
conexão ao servidor, caso o servidor exija, o utilizador informa um nome de
utilizador (ou username, em inglês) e uma senha password, bem como o nome
correto do servidor ou o seu endereço IP. Se os dados foram informados
corretamente, a conexão pode ser estabelecida.

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Vantagens e benefícios de usar FTP

1. Grande volume de transferência de dados por uma rede;

2. Envio de vários diretórios ao mesmo tempo;

3. Progresso sempre guardado;

4. Gerenciamento facilitado/gestão facilitada;

5. Configurar tudo de uma única vez;

6. Simplicidade de uso;

7. Segurança;

8. Compatibilidade com as ferramentas de versionamento;

Como usar FTP?

A melhor forma de se conectar e utilizar um servidor de FTP é através de um cliente


FTP com interface gráfica. Através do cliente de FTP, apenas será necessário indicar
o IP do servidor ou domínio do seu site, o username da sua conta e a password para
se ligar. Ao ligar-se ao servidor irá encontrar várias pastas e vários ficheiros, como
por exemplo a pasta “public_html” que é onde deverá colocar todos os ficheiros do
seu site para acesso público.

Clientes FTP

Existem vários clientes FTP com interface gráfica, abaixo seguem algumas
recomendações:
– FileZilla (macOSx, Windows e Linux)
– SmartFTP (Windows)
– Cyberduck (macOSx)
– Transmit (macOSx)
– FireFTP (extensão Firefox)

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Bibliografia

https://www.forma-te.com/mediateca/viewdownload/27-tic-informatica/42348-
internet-evolucao

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