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SESSÃO DE DISCUSSÃO PÚBLICA

DO PROGRAMA NACIONAL DA POLÍTICA DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO


SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA

PROGRAMA

19 de Julho | Quarta-feira

09.30 Paínel de debate sobre o objectivo estratégico 5 e 6


Moderadora – Prof.ª Doutora Teresa Sá Marques (FLUP)
Dr. Manuel Dias (Univ.Aveiro)
Arq. João Mourato (UCL)
Dr. Aristides Leitão (CNADS)

14.30 Paínel de debate sobre o objectivo estratégico 2


Moderador – Prof. Doutor Manuel Brandão Alves (ISEG)
Dr. Manuel Dias (CTP)
Dr. Paulo Areosa Feio (Obs. QCAIII)
Dr. Félix Ribeiro (DPP)

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Sessão de Abertura – Início 9.30

Intervenção dos convidados no painel de debate sobre o Objectivo


Estratégico 5:

Prof. Doutor Eduardo Anselmo de Castro (U. Aveiro), apresentou os


seguintes comentários:

− Gerais:
 Risco da reconversão económica portuguesa
 Emprego e alta tecnologia nos serviços e por isso necessidade de
qualificação dos recursos humanos como potencial científico
 A utilização das TIC´s não são alternativas são complementares

− Relativamente ao Objectivo Estratégico 5:


 Passar para a economia do conhecimento
 Desenvolvimento das TIC nas regiões periféricas do País
 Promover as TIC como factor de coesão social e territorial é algo
difícil e voluntarista1 pois não é fácil e exige grandes
investimentos. Contudo tem de ser feita e bem feita.
 Medidas dos objectivos específicos:
• Ob. Especifico 5.1.:
o cepticismo face à sua implementação e
operacionalização
o …”não se acede ao conhecimento”, acede-se à
informação e a dados e a fricção da distância não
pode ser reduzida apenas com a generalização do
acesso físico
o O fundamental deste país não é a instalação física
o Relativamente à medida (…) desenvolvimento da
banda larga nas regiões menos desenvolvidas – a
dúvida é e fora destas regiões? Nota: em muitos
subúrbios de cidades litorais não existe serviço de
ADSL é um objectivo interessante mas ainda temos
muito até lá chegar.
o Relativamente à medida reduzir dos custos de acesso
à Internet(…): depende das tendências de mercado e
da concorrência que ainda é muito reduzida em
Portugal mas terá de ser através de regulamentação
forte mas com que instrumentos legais e de
investigação? Aplicar uma regulamentação forte face
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Pq a capaciade de as ussarestão concentradas nas áreas urbanas e tirar partido disso- ter utilidadade – capaciddae de
tirar partido que é uma capacidade social , sendo nas áreas urbanas onde existem essas características – onde as redes
sociais são mais densas, estão mais ligadas e existem resdes sociais à escala global; a capacidade de usar a inforação e
tranformá-la em conhcimento é maior.

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às TIC, definindo os instrumentos legais, os
instrumentos de fiscalização e como aplicar essa
regulamentação a nível local e quais os seus
responsáveis. Quem deve garantir a qualidade de
serviços das TIC fora das grandes áreas
metropolitanas. É difícil fiscalizar os princípios que
levem a esta redução de custos. Não é PNPOT que
compete realizar mas deve deixar expresso quem o
deverá fazer.
o Promover infra-estruturas no âmbito das operações
urbanísticas - como garantir a assistência técnica e
nas zonas urbanas já existentes?
o Relativamente à medida Promover pontos de acesso
nos lugares públicos (…) óptima medida mas esses
locais devem ser também centros de aprendizagem
ao uso e centros de experimentação de novos usos;

• Ob. Especifico 5.2. : para o cumprir será necessário


complementar o acesso físico e generalizar o uso das TIC;
tal implica alteração de comportamentos; alteração do
funcionamento das organizações e desenvolvimento de uma
cultura de cooperação e como fazer? Pode o PNPOT lançar
pistas?
• A disponibilização de informação necessita de pré-requisitos:
o tratamento dessa informação, a ultrapassagem de
barreiras comportamentais, nomeadamente os interesses
individuais e as culturas organizacionais; é necessário
também estimular a interacção.
• Relativamente à medida incentivar…regiões digitais:Como
fazer? – Financiar ou apoiar de outras formas, os melhores
projectos propostos pelos agentes económicos e sociais …
mas os projectos tem de ser bem definidos. É aconselhável
começar com projectos-piloto bem desenvolvidos,
desenhamos e executados, bem monitorizados e avaliados.
• Relativamente à medida medida sobre os portais regionais:
qual o modelo de gestão? A promoção turística exige
atitudes pró-activas e a produção da indústria de conteúdos
ao nível regional tem todo o sentido
• A Medida “Alargar a gama de oferta de serviços colectivos e
de interesse público suportados na Internet e na utilização
das TIC, por exemplo nos domínios da saúde ou da
educação, garantindo o seu acesso nos espaços de baixa
densidade (2006-2013)” é importante mas deve haver
racionalização com a oferta de serviços básicos
(ex.Telemedicina…)

− Comentário adicional: como territorializar as medidas de carácter geral?


Deveriam haver indicações mais explícitas nos IGT de nível inferior ao
PNPOT.

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Intervenção dos convidados no painel de debate sobre o Objectivo
Estratégico 6:

Dr. Aristides Leitão (CNADS), apresentou os seguintes comentários:

− Exercício exemplar de articulação das politicas públicas (ex. plano


tecnológico, ENDS – instrumentos de racionalidade de articulação de
politicas – apela para 3 questões chave: ????, clareza e objectividade na
execução das políticas.
− A importância dos 24 problemas para o OT para a validade das medidas;
deste elenco destacam-se desde o problema 21 a 24 sobre o domínio da
cultura cívica, planeamento e gestão territorial.
− Após um exercício de cruzamento entre os 4 problemas e os 4 objectivos
específicos do OE 6, concluiu que é nas esferas institucionais e dos
procedimentos que subsiste um défice de medidas e de acções.
− Comentários sobre as medidas e os objectivos específicos:
 Considera o observatório do OT um voluntarismo;
 Apostar na simplificação da base jurídica é fundamental (6.2)
 Existe algum défice no Obj. Específico 6.3. e 6.4:
• Necessidade de maior envolvimento da sociedade civil –
medida com a co-responsabilização é uma boa medida (6.3)
• As agendas 21 locais não funcionam apesar de constituírem
um instrumento importante (6.3)
• Relativamente ao objectivo especifico 6.4: é difícil que o
programa possa ser mais especifico que as medidas
prioritárias apresentadas – necessidade de alteração de
comportamentos e atitudes; receio da existência de
dirigismos na participação cívica
− Em termos gerais apresentou dúvidas quanto à institucionalização deste
programa - deveria haver um modelo prévio de governação, como será o
funcionamento deste programa?

Arq João Mourato (UCL), apresentou os seguintes comentários:

− “Que território Portugal? Relatos de um futuro refém de uma mudança


cultural”, pois defende que se olharmos para todos os objectivos nenhum
funciona sem uma mudança cultural;
− O que se deseja? Uma visão, uma utopia?
− A ausência de participação jovem é um problema
− Como implementar o PNPOT? De Governo a governância… a política de
habitação social na Escócia é única mas not a revolution but a evolution.
− Necessidade de cooperação inter-institucional, concertação de politicas
sectoriais, capacitação dos agentes intervenientes, articulação entre as
estratégias de desenvolvimento espacial e os instrumentos de
financiamento
− Importância do conhecimento e da participação:

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 ao nível do cidadão falta de participação face à linguagem
dissuasora do ordenamento do território…
 ao nível profissional – existe um corporativismo; não há apoio
institucional na investigação em Ordenamento do Território – não é
reconhecida como ciência

DEBATE:

Prof. Doutor Mário Vale (CEG/UL), apresentou os seguintes comentários:

− Relativamente ao objectivo estratégico 5 sobre as TIC: a dinâmica


económica, os custos das telecomunicações são questões importantes.
Contudo, ao nível do PNPOT por vezes é difícil descer de escala. Não
obstante questiona se para as áreas de baixa densidade as redes de banda
larga de livre acesso deveriam ser implementadas?
− Lidamos com problemas graves de ordenamento do território, a partir do
momento que os planos sectoriais passaram a ser temáticos e não sectoriais
e isso implica uma evolução profunda institucional mas certamente as
instituições não estão preparadas.

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Intervenção dos convidados no painel de debate sobre o Objectivo
Estratégico 2:

(…) FALTAM TODOS OS ORADORES – NECESSÁRIO COMPLETAR

Prof. Doutor Brandão Alves (ISEG), apresentou os seguintes comentários:

(…)
− O turismo é essencial para criar competitividade em certos territórios.
Contudo não é apenas o turismo… não se constrói a competitividade do
território sem as outras actividades. Falta uma instância de decisão que
contemple o interesse das várias câmaras - instância de decisão regional.

DEBATE:

Professor ???? na plateia referiu que existe mais pessimismo que optimismo
relativamente ao futuro do PNPOT – necessário estimular à cultura do Ordenamento do
Território.

Prof. Doutora Teresa Sá Marques (FLUP), apresentou os seguintes


comentários:

− Falar em competitividade é falar de territórios urbanos, pois a economia é


feita por pessoas e essas estão nas áreas urbanas; mesmo quando falamos
em turismo falamos de cidades, uma vez que os agentes económicos vivem
com e para as pessoas;
− Necessário apostar nas especificidades e recursos de cada território;
competitividade diferente de coesão; as relações cidade-campo passa por
racionalização dos recursos existentes;

Eng. Hélder Careto (Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do


Ambiente), apresentou os seguintes comentários:
− o valor de bens ambientais (paisagem, biodiversidade…) são apresentados
sem contrapartidas ao nível de negócio, mas constituem mais valias,
sobretudo para a competitividade das paisagens numa óptica de um
desenvolvimento turístico bem orientado

Prof. Doutor Mário Vale (CEG/UL), apresentou os seguintes comentários:

− A referência frequente ao longo das sessões do cepticismo que não


corresponde ao pessimismo;
− A necessidade da competitividade não poder esquecer a equidade e a
coesão territorial;

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− Necessário criar Plataformas territoriais de inovação – as grandes
aglomerações urbanas têm um grau de especialização.

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