Um poema descreve um evento bizarro em que uma mulher deu um peido extremamente fedorento que causou o caos em uma cidade, fazendo com que as pessoas adoecessem, animais ficassem agitados e a própria natureza parecesse se rebelar, com o sol e a lua se movendo. A cidade precisou decretar calamidade pública devido aos efeitos desse peido. A mulher sumiu na mata e a cidade ainda sente os resquícios do cheiro.
Descrição original:
Poesia de cordel de Natanael Cordeiro e Antônio Severo.
Um poema descreve um evento bizarro em que uma mulher deu um peido extremamente fedorento que causou o caos em uma cidade, fazendo com que as pessoas adoecessem, animais ficassem agitados e a própria natureza parecesse se rebelar, com o sol e a lua se movendo. A cidade precisou decretar calamidade pública devido aos efeitos desse peido. A mulher sumiu na mata e a cidade ainda sente os resquícios do cheiro.
Um poema descreve um evento bizarro em que uma mulher deu um peido extremamente fedorento que causou o caos em uma cidade, fazendo com que as pessoas adoecessem, animais ficassem agitados e a própria natureza parecesse se rebelar, com o sol e a lua se movendo. A cidade precisou decretar calamidade pública devido aos efeitos desse peido. A mulher sumiu na mata e a cidade ainda sente os resquícios do cheiro.
Deu um peido tão danado que a balou a cidade Um leão quebrou a grade, saiu da jaula e correu. O sol desapareceu, a lua fez uma pausa Tudo isso só por causa do Peido que doida deu.
O vigário Baltazar tava celebrando a missa
Quando sentiu a carniça abandonou o altar Fecharam a bodega e bar, a cidade apodreceu A prefeitura entendeu que havia necessidade Decretar calamidade do peido que a doida deu
O doutor José Aurora, que era senhor delegado,
Ficou tão agoniado que correu na mesma horta Botou os presos pra fora e depois desapareceu Um sargento adoeceu um cabo e quarto soldados Quase morreram intoxicados do peido que a doida deu
No hospital São Vicente um médico se agoniava
Pois toda hora chegava carro com gente doente E de atender tanta gente o doutor adoeceu A enfermaria encheu e nem injeção dava jeito Para cortar o efeito do peido que a doida deu
A cachorrada latia, os gatos todos miavam
As crianças Desmaiavam, a fedentina cobria A água benta da pia ficou da cor de pneu Teve um cabra que bebeu um litro e meio de pinga Mas não cortou a caatinga do peido que a doida deu.
Formou-se uma nuvem escura, plantas e flores murcharam
As lojas também fecharam por ordem da prefeitura O engenho de rapadura nesse dia nem moeu Uma estátua ainda correu, saiu tapando o nariz Era um mau cheiro infeliz o peido que a doida deu
A cidade ficou cheia com uns cinco mil urubus
Faltou água, faltou luz e a coisa ficou feia Com cinco légua e meias muita gente adoeceu Quem era fraco morreu, foi o maior desespero Ninguém agüentava o mal cheiro do peido que a doida deu
Caçaram a doida danada, para fazer o estudo
Mas ela vendo isto tudo, saiu numa disparada Entrou na mata fechada, nunca mais apareceu, A cidade escureceu, a terra ficou tremendo, Ainda hoje está fedendo O peido que a doida deu.