Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 3 - Análise de Sinais e Sistemas
Aula 3 - Análise de Sinais e Sistemas
AULA 3
5. MODELAGEM MATEMÁTICA DE SISTEMAS DINÂMICOS LIT
EM TEMPO CONTÍNUO
A teoria de sistemas envolve uma grande variedade de sistemas, tais como:
elétricos, mecânicos, hidráulicos, acústicos, eletromecânicos, químicos, sociais,
econômicos, biológicos etc. O primeiro procedimento a ser realizado para a análise
de um sistema é a construção do modelo do sistema (modelagem matemática), o
qual é representado pela expressão matemática ou regra que se aproxima satisfa-
toriamente do comportamento dinâmico do sistema real.
Observação:
Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma função des-
conhecida de uma variável e suas derivadas. Uma equação diferencial é dita
ordinária quando a função desconhecida depende apenas de uma variável in-
dependente.
𝑑𝑖(𝑡)
𝐿 + 𝑅𝑖(𝑡) + 𝑣𝐶 (𝑡) − 𝑥(𝑡) = 0
𝑑𝑡
Como a saída do sistema é a tensão sobre o capacitor, temos que 𝑦(𝑡) =
𝑣𝐶 (𝑡), logo:
𝑑𝑖(𝑡) 𝑑𝑖(𝑡)
𝐿 + 𝑅𝑖(𝑡) + 𝑦(𝑡) − 𝑥(𝑡) = 0 → 𝐿 + 𝑅𝑖(𝑡) + 𝑦(𝑡) = 𝑥(𝑡)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Agora, devemos eliminar a variável 𝑖(𝑡) de forma a relacionar a entrada com a
saída. Pela lei de Kirchhoff das correntes (LKC) em uma associação série a cor-
rente será a mesma em todos os elementos associados, logo, se conhecermos a cor-
rente no capacitor, conheceremos a corrente nos demais elementos. A corrente no
capacitor pode ser dada em função da tensão aplicada sobre ele (que é a tensão de
saída), da seguinte forma:
𝑑𝑦(𝑡)
𝑖(𝑡) = 𝐶
𝑑𝑡
Substituindo na equação anterior, temos:
𝑑 𝑑𝑦(𝑡) 𝑑𝑦(𝑡)
𝐿 [𝐶 ] + 𝑅 [𝐶 ] + 𝑦(𝑡) = 𝑥(𝑡)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Dessa forma, a relação entre o sinal de entrada 𝑥(𝑡) e o sinal de saída 𝑦(𝑡)
será:
𝑑 2 𝑦(𝑡) 𝑑𝑦(𝑡)
𝐿𝐶 2
+ 𝑅𝐶 + 𝑦(𝑡) = 𝑥(𝑡)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑦(𝑡) 𝑑2 𝑦(𝑡)
Se considerarmos 𝑦̇ (𝑡) = e 𝑦̈ (𝑡) = , podemos usar uma notação
𝑑𝑡 𝑑𝑡 2
mais compacta:
𝐿𝐶𝑦̈ (𝑡) + 𝑅𝐶𝑦̇ (𝑡) + 𝑦(𝑡) = 𝑥(𝑡)
velocidade angular
𝜔(𝑡) do rotor. Neste
sistema o corpo gira ao
longo do eixo de rota-
ção sob a ação de um
conjugado externo
𝑀(𝑡), conforme figura Fonte: MAYA, PAULO; LEONARDI, FABRIZIO. Controle Essencial, 2. Ed. São
Paulo: Pearson, 2014. Pág. 19.
ao lado.
seja, existe uma perda de calor para o meio ambiente externo com temperatura 𝑇𝑎 (𝑡).
A condutividade térmica das paredes é representada por uma resistência térmica 𝑅.
O objetivo é encontrar a função que representa a relação entre o fluxo de calor
fornecido 𝑞𝑖 (𝑡) e a temperatura interna do forno 𝑇(𝑡).
Os sistemas térmicos são regidos pelas leis da termodinâmica.
sagem do líquido pela tubulação e pela válvula de escape. O parâmetro 𝐶 está asso-
ciado à área de seção transversal do líquido, ou seja, está associado à capacidade de
armazenamento do tanque. O objetivo é encontrar a função que representa a relação
entre à vazão fornecida na entrada 𝑞𝑖 (𝑡) e o nível do reservatório ℎ(𝑡).
Analisando o sistema podemos perceber que a vazão de entrada 𝑞𝑖(𝑡) será
igual à soma da vazão que será armazenada no reservatório 𝑞𝑎 (𝑡), de área de seção
transversal 𝐶 (fazendo seu nível variar), e da vazão 𝑞𝑜 (𝑡) liberada para fora do sis-
tema. Logo:
𝑞𝑎 (𝑡) + 𝑞𝑜 (𝑡) = 𝑞𝑖 (𝑡)
Para eliminarmos a variável 𝑞𝑎 (𝑡) devemos lembrar que o volume armaze-
nado em função da vazão armazenada 𝑞𝑎 (𝑡) em um reservatório é dado por:
𝑡
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒(𝑡) = ∫ 𝑞𝑎 (𝑡) 𝑑𝑡
−∞
Observação:
LATHI, B. P.. Sinais e Sistemas Lineares, 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.
OPPENHEIM, ALAN V.; WILLSKY, ALAN S.. Sinais e Sistemas, 2. Ed. São Paulo:
Pearson, 2010.
MAYA, PAULO; LEONARDI, FABRIZIO. Controle essencial, 2. Ed. São Paulo: Pe-
arson, 2014.
SOUZA, ANTONIO CALOS ZAMBRONI DE; [et. al]. Projetos, simulações e experi-
ências de laboratório em sistemas de controle, 1. Ed. Rio de Janeiro: Interciên-
cia, 2014.
DISTEFANO III, JOSEPH J.; STUBBERUD, ALLEN R.; WILLIAMS, IVAN J.. Sistemas
de controle, 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
NAGLE, R. KENT; SAFF, EDWARD B.; SNIDER, ARTHUR DAVID. Equações dife-
renciais, 8. Ed. São Paulo: Pearson, 2012.