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EMEF “ANÁLIA QUEIROZ DA SILVA”

ALUNO: __________________________________________________________ .
TURMA: __________
PROFESSOR (A): GRAZIELA C. SANTANA DATA: _____/______/______.
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA

PROJETO LITERÁRIO – Consciência Negra

Eu apareço disfarçada de todas as coisas . . . Eu posso até voar!


Posso ser vista no pôr-do-sol ou no nascer dele. Por isso que me veem no céu, nas estrelas, nos
Eu posso estar através da janela, planetas
Posso ser vista na asa da gaivota E nas conversas das crianças.
Ou pelo ar que passa por ela. Quem anda comigo tem muita esperança.
Muitos me veem no mar, Todo mundo que me tem
Outros na comida da panela. Pode me usar e me espalhar por aí.
Posso aparecer para qualquer ser, Quem gosta muito de mim,
Desde ele pequenininho; Depois que me conhece,
Ficar com ele direitinho, Junta gente em volta como se eu fosse uma festa.
Se tratar de mim como eu merecer. Me usam até em palestra!
Uns me pegam pra criar em livro, Me acordam lá do papel.
Outros me botam num vestido lindo, Ih! Eu tinha esquecido de dizer
Cheio de notas musicais: Que, quando a pessoa começa a me escrever,
Fico morando dentro da música. Eu fico morando no papel.
Tenho muitas mães e digo mais: Toda vez que alguém me lê para dentro eu passo
Sou uma criança com muitos pais. para dentro dele.
Tem gente que diz que eu nasço dentro da Toda vez que alguém me lê para fora, em voz
pessoa, alta,
E faço ela olhar diferente, Como se eu fosse uma música,
Pra tudo que todos olham, Eu passo para dentro de todo mundo que me vê;
Mas não notam. Eu posso trazer alento a todo mundo que me
Ás vezes apareço tão transparente e de mansinho escuta.
Que mais pareço um Gasparzinho. Tem gente que me pega só numa fase,
Tem gente que nunca percebe que estou ali, Como se eu fosse uma gripe boa,
Não cuida de mim, E como se dessa boa gripe ficasse gripada.
Não me exercita. Quero dizer . . .
Eu fico como um laço de fita Eu dou muito no coração de gente apaixonada.
Que nunca teve um rabo de cavalo dentro. Minha palavra é do sexo feminino,
Eu fico como uma planta de dentro da casa Brinco com menino e com menina,
Que ninguém molha, conversa nem nada. Fico com a pessoa até ela ficar velhinha,
Quem me adivinha logo dentro dele, Inclusive de bengala;
Quem percebe que estou ali diariamente, E depois que ela morre,
Quem anda comigo e com o meu gingado, Faço ela ficar viva
Fica com o coração inteligente Toda vez que por mim é lembrada.
E com o pensamento emocionado. Ás vezes eu sou sapeca,
A esse que eu dou a mão, Ás vezes eu fico quieta,
E vou com esse para todo lado: Mas todo mundo que olha através de mim é
Aniversários, passeios, sono, cama, biblioteca, poeta.
casa, escola; Veja se eu sou esta que fala dentro de você.
Estou com esse a toda hora. Eu não posso escrever porque não sou poeta:
Tem gente que me vê muito na beleza da flor, Sou a poesia!
No mato, na primavera e no calor. Tente agora fazer um verso.
É que ando muito mesmo. Se eu fosse você, faria.
1. Qual é o tema principal do poema "A Menina Transparente"?
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2. Quem ou o que é a "Menina Transparente" no poema?


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3. O que significa a afirmação "Eu apareço disfarçada de todas as coisas"? Como isso se relaciona com a
ideia central do poema?
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4. Quais são algumas das maneiras pelas quais a "Menina Transparente" pode ser vista ou percebida?
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5. O que o poema sugere sobre a importância de prestar atenção aos detalhes e à beleza que muitas
vezes passam despercebidos?
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6. Como o poema descreve a relação entre a "Menina Transparente" e as pessoas? Como ela afeta
aqueles que a reconhecem?
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7. Qual é o papel da poesia no poema? Como a poesia é personificada e relacionada à "Menina


Transparente"?
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8. O que o poema sugere sobre a importância da criatividade e da expressão artística na vida das
pessoas?
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9. Qual é o significado da afirmação "Eu não posso escrever porque não sou poeta: Sou a poesia!"?
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10. Como o poema termina? Qual é a mensagem final que o autor quer transmitir aos leitores?
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11. O que você acha que o autor quer que os leitores façam depois de ler o poema?
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12. Como o poema pode inspirar ações ou reflexões?


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