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OPRESIDENTEDAREPÚBLICA,usandodasatribuiçõesquelheconfereo§1ºdoartigo
2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968,
DECRETA:
Art.3º-InstituídasparaamanutençãodaordempúblicaesegurançainternanosEstados,
nos Territórios e no Distrito Federal, compete às Polícias Militares, no âmbito de suas
respectivas jurisdições: (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983)
a) executar com exclusividade, ressalvas as missões peculiares das Forças Armadas, o
policiamentoostensivo,fardado,planejadopelaautoridadecompetente,afimdeassegurar
o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes
constituídos; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983)
b)atuardemaneirapreventiva,comoforçadedissuasão,emlocaisouáreasespecíficas,
ondesepresumaserpossívelaperturbaçãodaordem; (RedaçãodadapeloDelnº2010,
de 12.1.1983)
c)atuardemaneirarepressiva,emcasodeperturbaçãodaordem,precedendooeventual
emprego das Forças Armadas; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983)
Art. 4º -(Revogado pela Lei nº 14.751, de 2023)
CAPÍTULO II
Estrutura e Organização
CAPÍTULO VI
Da competência do Estado-Maior do Exército, através da Inspetoria-Geral das
Polícias Militares
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a
seguinte Lei Complementar:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art.1ºAPolíciaMilitardoPará-PMPAéinstituiçãopermanente,forçaauxiliarereservado
Exército, organizada com base na hierarquia e disciplina militares, subordinada ao
GovernadordoEstado,cabendo-lheapolíciaostensivaeapreservaçãodaordempública,
atividade-fim da corporação, para a incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Art. 2º A Polícia Militar do Pará compõe o Sistema de Segurança Pública do Estado, é
vinculada à Secretaria Especial de Estado de Defesa Social, nos termos da legislação
estadual em vigor, atua de forma integrada com os demais órgãos de defesa social do
Estado,emparceriacomosdemaisórgãospúblicos,privadoseacomunidade,demaneira
a garantir a eficiência de suas atividades. Parágrafo único. A PMPA é órgão da
administração direta do Estado, com dotação orçamentária própria, autonomia
administrativa e funcional.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA POLÍCIA MILITAR
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA GERAL
Art.5ºAorganizaçãobásicadaPolíciaMilitardoParáteráaseguinteestrutura,conforme
Anexo
III:
I- órgãos de direção; (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
II- órgãos de apoio; (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
III- órgãos de execução. (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de
2014)
§ 1º Os órgãos de direção subdividem-se em órgãos de direção geral e órgãos de direção
intermediária e setorial. (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
§2ºOComandoGeraldaPolíciaMilitar,constituídopelosórgãosdedireçãogeral,realiza
ocomando,agestão,oplanejamentoestratégicoeacorreição,visandoàorganizaçãoeo
emprego da corporação para o cumprimento de suas missões, acionando, por meio de
diretrizeseordens,osórgãosdedireçãointermediáriaousetorial,deapoioedeexecução,
supervisionando,
coordenando, controlando e fiscalizando a atuação desses órgãos. (Alterado pela Lei
Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
§ 3º Os órgãosdedireçãointermediáriasãoosComandosOperacionaisIntermediáriose
os órgãosdedireçãosetorialsãoasDiretoriaseoCorpoMilitardeSaúde.(Alteradopela
Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
§ 4º Os órgãos de direção intermediária ou setorial estão no mesmo nível hierárquico e
destinam se à realização das atividades de gestão setorizada de polícia ostensiva, de
logística, de finanças, de licitação, de telemática, de projetos e convênios, de polícia
comunitáriaedireitoshumanosedesaúde,dirigindoecontrolando,pormeiodediretrizes
e ordens emanadas dos órgãos de direção geral, a atuação dos órgãos de apoio e
execução subordinados. (Alterado pela Lei Complementar nº 153, de 1º de julho de 2022)
§ 5º Os órgãos de apoio destinam-se ao atendimento das necessidades de pessoal,
logística,educação,cultura,patrimônio,políciacomunitáriaesaúde,executando,pormeio
de diretrizes e ordens, as atividades-meio da Corporação para cumprimento de suas
missões e de sua destinação. (AlteradopelaLeiComplementarnº153,de1ºdejulhode
2022)
§ 6º Os órgãos de execução são as unidades operacionais de polícia ostensiva, que
executam, por
meio de diretrizes e ordens, a atividade-fim da corporação para cumprimento de suas
missões e destinação. (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
§ 7º Os órgãos de direção, de apoio e de execução são subordinados ao Comandante
Geral da corporação. (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
§8º As funções dosórgãosdedireção,deapoioedeexecuçãosãoinerentesaopessoal
da ativa da corporação. (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO GERAL
Seção I
Da Constituição e Atribuições dos Órgãos de Direção Geral
Art. 6º Os órgãos de direção geral integram o comando-geral da corporação, que
compreende: (Os incisos VIIaXVdoArtigo6ºforamalteradospelaLeiComplementarnº
126, de 13 de janeiro de 2020)
I- Comandante-geral; (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
II- Alto Comando da Polícia Militar; (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de
janeiro
de 2014)
III- Estado-Maior Geral; (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
IV- Corregedoria Geral; (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
V- Departamento GeraldeAdministração;(AlteradopelaLeiComplementarnº093,de15
de janeiro de 2014)
VI-DepartamentoGeraldeOperações;(AlteradopelaLeiComplementarnº093,de15de
janeiro de 2014)
VII- Departamento-Geral de Pessoal; (Alterado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de
janeiro de 2020)
VIII-Departamento-GeraldeEducaçãoeCultura;(AlteradopelaLeiComplementarnº126,
de 13 de janeiro de 2020)
IX- Centro de Inteligência; (Alterado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de janeiro de
2020)
X- Gabinete do Comandante-Geral; (Alterado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de
janeiro de 2020)
XI- Ajudância-Geral; (Alterado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de janeiro de 2020)
XII- Consultoria Jurídica; (Alterado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de janeiro de
2020)
XIII- Controladoria Interna; (Alterado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de janeirode
2020)
Art. 7º O Comandante Geral é equiparado a Secretários de Estado, fazendo jus às
prerrogativas e honras de cargo de Secretário de Estado, sendo nomeado pelo
Governador do Estado dentre os oficiais da ativa da Corporação, do último posto do
Quadro de Oficiais Policiais MilitaresCombatentes,nãoconvocadodareserva,possuidor
do Curso Superior de Polícia, nos termos da legislação vigente. (Alterado pela Lei
Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
Parágrafo único. Sempre que a escolha não recair no oficial maisantigodaCorporação,
terá o Comandante-Geral precedência hierárquica e funcional sobre os demais oficiais.
Art. 8º Compete ao Comandante-geral:
I- o comando, a gestão, o emprego, a supervisão e a coordenação geral das atividades da
corporação, assessorado pelos órgãos de direção e de execução;
II-apresidênciadoAltoComandodaPolíciaMilitar,daComissãodePromoçãodeOficiais
e do
Conselho do Mérito Policial-Militar; (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de
janeiro
de 2014)
III- encaminhar, ao órgão competente, o projeto de orçamento anual referente à Polícia
Militar e participar no que couber, da elaboração do plano plurianual;
IV-celebrarconvêniosecontratosdeinteressedaPolíciaMilitarcomentidadesdedireito
público ou privado, nos termos da lei;
V- nomear e exonerar policiais militares no exercício das funções de direção, comando e
assessoramento, nos termos desta lei Complementar;
VI- autorizar policiais militares e servidores civis da corporação a se afastarem do Estado;
VII- ordenar o emprego de verbas orçamentárias ou de créditos abertos em favor da
PolíciaMilitaredeoutrosrecursosqueestavenhaareceber,oriundosdequaisquerfontes
de receitas;
VIII- expedir os atos necessários para a administração da Polícia Militar;
IX- incorporar praças e praças especiais; (Alterado pelaLeiComplementarnº093,de15
de janeiro de 2014)
X- promover praças e declarar aspirantes-a-oficial;
XI- conceder férias, licenças ou afastamentos de qualquer natureza;
XII- instaurar e solucionar procedimentos e processos administrativos, disciplinares ou não,
aplicandoaspenalidadesprevistasnalegislaçãovigente;(AlteradopelaLeiComplementar
nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
XIII- criar, desenvolver e gerenciar programas de prevenção da violência e criminalidade
que
visem à melhoria da qualidade de vida do cidadão. (Alterado pela Lei Complementar nº
093, de 15 de janeiro de 2014)
§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
§ 2º O Comandante-geral poderá delegar competência para a expedição de atos
administrativos, visando à agilização da gestão da corporação.
§ 3º Nos impedimentos ou ausências do Comandante Geral, responderá pelo Comando
Geral o Chefe do Estado-Maior Geral e, no impedimento ou ausência deste, seguirá a
seguinte ordem de prioridade: o Corregedor Geral, o Chefe do Departamento Geral de
Administração, o Chefe do Departamento Geral de Operações e o Comandante de
Policiamento Regional mais antigo na Região Metropolitana de Belém.(AlteradopelaLei
Complementar nº 093, de 15 de janeiro de
2014)
§4ºParaefeitodoprevistono§3ºnãoseráconsideradooOficialqueestiverrespondendo
pela função. (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
TÍTULO III
DO PESSOAL
CAPÍTULO I
DO PESSOAL DA POLÍCIA MILITAR
Art.43.OefetivodaPolíciaMilitardoEstadodoPará(PMPA)éfixadoem32.500(trintae
dois mil e quinhentos) policiais militares, distribuídos nos Quadros, categorias, postos e
graduações constantes no Anexo I desta Lei Complementar. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 165, de 2023)
§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de janeiro de 2020)
§ 2º (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de janeiro de 2020)
§ 3º (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de janeiro de 2020)
§ 4º (Revogado pela Lei Complementar nº 126, de 13 de janeiro de 2020)
§5ºAmatrizdedistribuiçãodoefetivofixadonocaputdesteartigoseráregulamentadapor
ato do Poder Executivo para atender às necessidades dos órgãos que compõem a
estrutura
organizacional da Corporaçãonocumprimentodesuamissãoinstitucional.(Alteradopela
Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
Art. 44. O efetivo de oficiais e praças da Casa Militar da Governadoria do Estado, da
Coordenadoria Militar do Tribunal de Justiça, do Gabinete Militar do Ministério Público, do
Gabinete Militar da Assembleia Legislativa do Estado e do Gabinete Militar do Tribunal de
Contas do Estado estão incluídos no Quadro de Oficiais Policiais-Militares e Quadro de
Praças Policiais-Militares, respectivamente, previstos nesta Lei Complementar. (Alterado
pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
Art. 45. No Quadro de Oficiais de Saúde (QOSPM), constituído por oficiais da área de
saúde
com a responsabilidade de prevenção,manutençãoerestauraçãodasaúdedosmilitares
estaduais e seusdependentes,alémdeassistênciasanitáriaaosanimaisdaCorporação,
há duas vagasnoPostodeCoronel,sendoumadestinadaàcategoriademédicoeoutra
àsdemaiscategoriaspertencentesaorespectivoquadro.(AlteradopelaLeiComplementar
nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
Art. 46. O Quadro Complementar de Oficiais Policiais Militares (QCOPM) é constituído de
oficiaispossuidoresdeespecializaçõesdenívelsuperiornecessáriasaoapoiopsicossocial
dos integrantes da Corporação e seus dependentes, aodesenvolvimentofuncionaledas
missões da Polícia Militar, estando prevista quatro vagas no Posto de Tenente Coronel
paraserpreenchidaporoficialdequalquerumadascategoriaspertencentesaorespectivo
quadro. (Alterado pela Lei Complementar nº 093, de 15 de janeiro de 2014)
Art. 47. O Quadro de Oficiais Bombeiros-Militares (QOBM) e o Quadro Complementar de
Praças Policiais-Militares (QCPPM) existentes na Corporação são considerados em
extinção.
Art.48.OpreenchimentodasvagasexistentesnoefetivofixadonestaLeiComplementare
as promoções nos quadros de oficiais e praças serão realizados de modo progressivo,
mediante a autorização do Chefe do Poder Executivo Estadual e de acordo com a
disponibilidade orçamentária e financeira do Estado para atender àsdemandassociaise
estratégicas da defesa social e de segurança pública, e à medida que forem criadas,
ativadas, transformadas ou extintas as organizações policiais-militares e as funções
definidas na presente Lei Complementar, quanto à organização básica da Polícia Militar.
UNIDADE III
LEI Nº 5.251 DE 31 DE JULHO DE 1985 Dispõe sobre o Estatuto dos Militares do
Estado do Pará e dá outras providências. (Alterado pela Lei n° 9.387, de 16 de
dezembro de 2021)
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ, estatui e eu sanciono seguinte
Lei:
TÍTULO I
GENERALIDADE
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art.1°OpresenteEstatutoregulaasituação,obrigações,deveres,direitoseprerrogativas
dos militares do Estado do Pará. (Alterado pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
Parágrafo único. São militares do Estado do Pará os membrosdaPolíciaMilitardoPará
(PMPA)edoCorpodeBombeirosMilitardoPará(CBMPA).(IncluídopelaLein°9.387,de
16 de dezembro de 2021)
Art. 2° A Polícia Militar do Pará é instituição permanente, força auxiliar e reserva do
Exército, organizada com base na hierarquia e disciplina,subordinadaaoGovernadordo
Estado,cabendo-lheapolíciaostensivaeapreservaçãodaordempública,atividade-fimm
da Corporação, visando proteger a incolumidade das pessoas e dopatrimônio.(Alterado
pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
Parágrafo único. A Polícia Militar do Pará (PMPA) vincula-se operacionalmente à
Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP) e subordina-se
administrativamente ao Governador do Estado. (Alterado pela Lei n° 9.387, de 16 de
dezembro de 2021)
Art. 2°-A O Corpo de Bombeiros MilitardoPará(CBMPA)éinstituiçãopermanente,força
auxiliar e reserva do Exército, organizado com base na hierarquia e disciplina,
subordinando-se ao Governador do Estado, cabendo, além das atribuições definidas em
lei, a execução de atividades de defesa civil. (Incluído pela Lei n° 9.387, de 16 de
dezembro de 2021)
Parágrafo único. O Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) vincula-se
operacionalmenteàSecretariadeEstadodeSegurançaPúblicaeDefesaSocial(SEGUP)
e subordina-se administrativamente ao Governador do Estado.
Art. 2°-B O disposto neste Estatuto e nas leis específicas que regulem situação,
obrigações, deveres, direitos e prerrogativa dos policiais militares, aplicam-se aos
membros do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, em razão da condição de militar
estadual, naquilo que forem compatíveis. (Incluído pela Lein°9.387,de16dedezembro
de 2021)
§ 1° As expressões “policial militar” ou “policiais militares” equivalem às de “bombeiro
militar” ou“bombeirosmilitares”paraefeitodaaplicaçãodesteEstatuto.(IncluídopelaLei
n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§2°OdispostonesteEstatuto,aosereferiràinstituição“PolíciaMilitardoPará”equivale
referir-seàinstituição“CorpodeBombeirosMilitardoPará”.(IncluídopelaLein°9.387,de
16 de dezembro de 2021)
§ 3° Policiais militares e bombeiros militares constituemumaúnicacategoria,qualsejaa
demilitaresestaduais,conformedispõeoart.42daConstituiçãoFederal.(IncluídopelaLei
n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
Art.3°OsmembrosdaPolíciaMilitardoPará(PMPA)edoCorpodeBombeirosMilitardo
Pará (CBMPA) são militares do Estado do Pará e constituem uma categoria especial,
regidos por leis específicas em razão da destinação constitucional das Corporações.
(Alterado pela LEI N° 9.387, de 16 de dezembro DE 2021)
§ 1º - Os Policiais-Militares encontram-se em uma das seguintes situações:
I- NA ATIVA:
a)os Policiais-Militares de Carreira;
b)os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente, durante os prazos que se obrigam a
servir;
c)os componentes da reserva remunerada da Polícia Militar, quando convocados para o
serviço ativo;
d)os alunos de órgão de formação de Policiais-Militares da ativa.
II- NA INATIVIDADE:
a)na reserva remunerada, quando pertencem à Reserva da Corporação e percebem
remuneração do Estado, estando sujeitos, ainda, à prestação de serviços na atividade,
mediante convocação;
b)os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores, estiverem
dispensados definitivamente da prestação de serviço na ativa, continuando,entretanto,a
perceber remuneração do Estado.
§ 2º - Os Policiais-Militares de carreira são os que no desempenho voluntário e
permanente do serviço Policial-Militar tem vitaliciedade assegurada ou presumida.
Art. 4° O serviço policial-militar e bombeiro-militar consiste no exercício de atividades
inerentes às respectivas Corporações e compreende todos os encargos previstos na
legislação específica. (Alterado pela LEI N° 9.387, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2021)
Art. 5º-AcarreiraPolicial-Militarécaracterizadapelaatividadecontinuadaeinteiramente
devotada às finalidades precípuas da Polícia Militar, denominada atividade Policial-Militar.
§1º-AcarreiradePolicial-Militaréprivativadopessoaldaativa.Inicia-secomoingresso
na Polícia Militar e obedece a sequência de graus hierárquicos.
§ 2° É privativo de brasileiro a carreira de Oficial das Corporações Militares Estaduais.
(Alterado pela LEI N° 9.387, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2021)
Art. 6º - Os Policiais-Militares da reserva remunerada poderão, mediante aceitação
voluntária, ser designados para o serviço ativo, em caráter transitório, por proposta do
Comandante Geral e ato do Governador do Estado.
Art. 7º - São equivalentes às expressões "na ativa", "da ativa", "em serviço ativo", "em
serviço na ativa", "em serviço", "em atividade" e"ematividadePolicialMilitar",conferidas
aos Policiais- Militares no desempenho de cargo, comissão, encargo, incumbência ou
missão,serviçoouatividadePolicial-MilitarouconsideradadenaturezaPolicial-Militar,nas
OrganizaçõesPoliciais-MilitaresdaPolíciaMilitar,bemcomoemoutrosórgãosdoGoverno
do Estado ou da União, quando previstos em Lei ou Regulamento.
Art. 8º - A condição jurídica dos Policiais-Militares da Polícia MilitardoEstadodoParáé
definida pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicáveis, por este Estatuto,
pelasLeisepelosRegulamentosquelhesoutorgamdireitoseprerrogativaselhesimpõem
deveres e obrigações.
Art. 9º - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber, aos Policiais-Militares
reformados e aos da reserva remunerada.
TÍTULO II
DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES
CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES POLICIAIS-MILITARES
SEÇÃO I
DO VALOR POLICIAL-MILITAR
SEÇÃO II
DA ÉTICA POLICIAL-MILITAR
Art.30-Osentimentododever,opundonorPolicial-Militareodecorodaclasseimpõem,a
cada um dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral e profissional, irrepreensíveis,
com observância dos seguintes preceitos da ética Policial-Militar:
I-amar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade pessoal;
II-exercer, com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em
decorrência do cargo;
III-respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV-acatar as autoridades civis;
V-cumprir e fazer cumprir as Leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das
autoridades competentes;
VI-ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos e na apreciação do mérito dos
subordinados;
VII-zelar pelo preparo moral, intelectual e físico, próprio e dos subordinados, tendo em
vista o cumprimento da missão comum;
VIII-praticar a camaradagem e desenvolver, permanentemente, o espírito de cooperação;
IX-empregar todas as suas energias em benefício do serviço;
X-ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada;
XI-abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza;
XII-cumprir seus deveres de cidadão;
XIII-proceder de maneira ilibada na vida pública e na particular;
XIV-observar as normas da boa educação;
XV-garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família
modelar;
XVI-conduzir-se, mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo a que não sejam
prejudicados os princípios da disciplina do respeito e do decoro Policial-Militar;
XVII-abster-se de fazer uso do posto ou graduação para obter facilidades pessoais de
qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
XVIII-abster-se o Policial Militar, na inatividade, do uso das designações hierárquicas
quando:
a)em atividade político-partidária;
b)em atividades comerciais ou industriais;
c)paradiscutirouprovocardiscussõespelaimprensaarespeitodosassuntospolíticosou
Policiais Militares, excetuando-seosdenaturezaexclusivamentetécnica,sedevidamente
autorizado;
d)no exercício de cargooudefunçãodenaturezacivilmesmoquesejadaadministração
pública;
XIX-zelarpelobomnomedaPolíciaMilitaredecadaumdeseusintegrantes,obedecendo
e fazendo obedecer aos preceitos da ética Policial-Militar.
Art.31-AoPolicialMilitardaativaévedadocomerciaroutomarpartenaadministraçãoou
gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar,excetocomoacionistaouquotista
em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
§1º-OsPoliciaisMilitaresdareservaremunerada,quandoconvocadosficamproibidosde
tratar,nasOrganizaçõesPoliciais-Militaresenasrepartiçõespúblicascivis,deinteressede
organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
§ 2º-OsPoliciaisMilitaresdaativa,podemexercer,diretamente,agestãodeseusbens,
desde que não infrinjam o disposto no presente artigo.
Art. 32 - O Comandante Geral da Polícia MilitarpoderádeterminaraosPoliciaisMilitares
da ativa que, no interesse da salvaguarda da dignidade dos mesmos, informem sobre a
origem e natureza dos seus bens, sempre que houver razões que recomendem tal medida.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES POLICIAIS-MILITARES
SEÇÃO I
DA CONCEITUAÇÃO
Art.33-OsdeveresPoliciais-Militaresemanamdevínculosracionaisemoraisqueligamo
Policial Militar a sua Corporação e ao serviço que a mesma presta à comunidade, e
compreendem:
I-a dedicação integral ao serviço Policial-Militar e a fidelidade à instituição a que
pertencem, mesmo com o sacrifício da própria vida;
II-o Culto aos símbolos nacionais;
III-a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias;
IV-a disciplina e o respeito à hierarquia;
V-o rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;
VI-a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade;
VII-o trato urbano, cordial e educado para com os cidadãos;
VIII-a manutenção da ordem pública;
IX-a segurança da comunidade.
CAPÍTULO II
DAS PRERROGATIVAS
Seção I
Da Constituição e Enumeração
Art.81-AsprerrogativasdosPoliciaisMilitaressãoconstituídaspelashonras,dignidadee
distinções devidas aos graus hierárquicos e cargos.
Parágrafo único. São prerrogativas dos Policiais Militares:
a)o uso de títulos, uniformes, distintivos,insígniaseemblemasdaPolíciaMilitardoPará,
correspondente ao posto ou graduação;
b)honras, tratamento e sinais de respeito que lhes sejam assegurados em Leis e
Regulamentos;
c)cumprimentodepenadeprisãooudetençãosomenteemOrganizaçãoPolicial-Militarda
Corporação cujo Comandante, Chefe ou Diretor tenha precedência hierárquica sobre o
preso;
d)julgamento, em foro especial, dos crimes militares.
Art. 82 - Somente em casos de flagrante delito, o Policial Militar poderá ser preso por
autoridade policial civil, ficando esta obrigada a entregá-lo, imediatamente, à autoridade
Policial-Militarmaispróxima,sópodendoretê-lo,naDelegaciaouPostoPolicial,duranteo
tempo necessário à lavratura do flagrante.
§1º-CabeaoComandoGeraldaCorporaçãoainiciativaderesponsabilizaraautoridade
policial que não cumprir o disposto neste artigo e que maltratar ou consentir que seja
maltratadoqualquerPolicialMilitarpresoounãolhederotratamentodevidoaoseuposto
ou graduação.
§ 2º - Se, durante o processo e julgamento no foro civil, houver perigo de vida para
qualquer preso Policial Militar, o Comandante Geral da Corporação providenciará os
entendimentoscomaautoridadejudiciária,visandoaguardadospretóriosoutribunaispor
força Policial-Militar.
Art. 83 - Os Policiais Militares da ativa, no exercício de funções Policiais-Militares, são
dispensados do serviço de júri na Justiça Civil e do serviço na Justiça Eleitoral.
Seção II
Do Uso dos Uniformes da Polícia Militar
Art. 84 - Os uniformes da Polícia Militar com seus distintivos, insígniaseemblemas,são
privativosdosPoliciaisMilitareserepresentamosímbolodaautoridadePolicialMilitar,com
as prerrogativas a ela inerentes.
Parágrafo único. Constituemcrimes,previstosnalegislaçãoespecífica,odesrespeitoaos
uniformes, distintivos, insígnias e emblemas Policiais-Militares, bem como, seu uso por
parte de quem a eles não tiver direito.
Art. 85 - O uso dos uniformes com seus distintivos,insígniaseemblemas,bemcomoos
modelos, descrições, composição e peças acessórias, são estabelecidas em legislação
específica da Polícia Militar do Pará.
§ 1º - É proibido ao Policial Militar o uso dos uniformes:
a)em manifestação de caráter político-partidária;
b)no estrangeiro, quando em atividade não relacionada com a missão do Policial Militar,
salvo quando expressamente determinado ou autorizado;
c)na inatividade, salvoparacompareceràssolenidadePoliciais-Militares,cerimôniacívico
comemorativas das grandes datas nacionais ou a atos sociais solenes, quando
devidamente autorizado.
§ 2º - Os Policiais Militares na inatividade, cuja conduta passa ser considerada como
ofensiva à dignidade da classe, poderão ser definitivamente proibidos de usar uniformes
por decisão do Comandante Geral da Polícia Militar.
Art.86-OPolicialMilitarfardadotemasobrigaçõescorrespondentesaouniformequeuse
e aos distintivos, insígnias ou emblemas que ostente.
Art. 87 - É vedado a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou
ostentardistintivos,insígniasouemblemasquepossamserconfundidoscomosadotados
na Polícia Militar.
Parágrafo único. São responsáveis pela infração das disposições deste artigo, além dos
indivíduosqueatenhamcometido,osDiretoresouChefesderepartições,organizaçõesde
qualquer natureza, firmas ou empregadores, empresas, institutos ou departamentos que
tenhamadotadoouconsentidosejamusadosuniformesouostentadodistintivos,insígnias
ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados na Polícia Militar.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS
CAPÍTULO I
DAS SITUAÇÕES ESPECIAIS
Seção I
Da Agregação
Art.88-AagregaçãoéasituaçãonaqualoPolicialMilitardaativadeixadeocuparvaga
na Escala Hierárquica do seu Quadro, nela permanecendo sem número.
§ 1º - O Policial Militar deve ser agregado quando:
I-for nomeado para cargo Policial-Militar ou considerado de natureza Policial Militar,
estabelecido em Lei, não previstos nos Quadros de Organização da Polícia Militar (QO);
II-aguardar transferência ex-offício para reservaremunerada,portersidoenquadradoem
quaisquer dos requisitos que a motivaram;
III-for afastado, temporariamente, do serviço ativo por motivo de:
a)ter sido julgado, temporariamente, após 01 (um) ano contínuo de tratamento desaúde
própria;
b)ter sido julgado incapaz, definitivamente, enquanto tramita o processo de reforma;
c)haver ultrapassado 01 (um) ano contínuo de licença para tratamento de saúde própria;
d)haver ultrapassado 06 (seis) meses contínuos em licença para tratar de interesse
particular;
e)haverultrapassado06(seis)mesescontínuosemlicençaparatratardesaúdedepessoa
da família;
f)ter sido considerado oficialmente extraviado;
g)haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção previsto no Código
Penal Militar, se Oficial ou Praça com estabilidade assegurada;
h)como desertor, ter-se apresentado voluntariamente ou tersidocapturadoereincluídoa
fim de ser processar;
i)se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição da Justiça Comum;
j)tersidocondenadoàpenarestritivadaliberdadesuperiora06(seis)meses,emsentença
passada em julgado, enquanto durar a execução, excluído o período de sua suspensão
condicional ou até ser declarado indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela
incompatível;
l)terpassadoàdisposiçãodeSecretariadeEstadooudeoutroórgãodoEstado,daUnião,
dos Estados ou dos Territórios para exercer função de natureza civil;
m)ter sido nomeado para qualquer cargo públicociviltemporário,nãoeletivoinclusiveda
administração indireta;
n)tersecandidatadoacargoeletivo,destequecontecom10(dez)oumaisanosdeefetivo
serviço; (Alterado pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
o)ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou
função, previsto no Código Penal Militar.
§ 2ºOPolicialMilitaragregado,deconformidadecomosincisosIeIIdo§1º,continuaa
ser considerado, para todos os efeitos, como em serviço ativo.
§3ºAagregaçãodoPolicialMilitaraqueserefereoincisoIeasletras"l"e"m"doinciso
IIIdo§1º,écontadaapartirdadatadapossenonovocargoatéoregressoàcorporação
ou transferência ex- offício para a reserva remunerada.
§4ºAagregaçãodoPolicialMilitar,aquesereferemasletras"a","c","d"e"e"doincisoIII
do§1º,écontadaapartirdoprimeirodiaapósosrespectivosprazoseenquantoduraro
evento.
§5ºAagregaçãodoPolicialMilitar,aquesereferemoincisoIIeasletras"b","f","g","h",
"i","j"e"o"doincisoIIIdo§1º,écontadaapartirdadataindicadanoatoquetornapúblico
o respectivo evento.
§ 6º A agregação do Policial Militar, a que se refere a letra "n" do inciso III do § 1º, é
contada a partir do registro como candidato, até sua diplomação ou seu regresso à
Corporação, se não houver sido eleito.
§ 7º O Policial Militar agregado fica sujeito às obrigações disciplinares concernentes às
suas relações com outros Policiais Militares e autoridades civis militares, salvo quando
ocupar cargo que lhe dê precedência funcional sobre os outros Policiais Militares mais
graduados ou mais antigos.
§8ºCaracterizaapossenonovocargoreguladopelo§3º,aentradaemexercícionocargo
ou respectiva função.
§ 9° A nomeação ou admissão do militar para cargo, emprego ou função pública,
temporáriosoupermanentes,nãoeletivos,inclusivedaadministraçãoindiretaeestranhos
à Corporação, será feita: (Incluído pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
I- quando a nomeação ou admissão for da alçada de outro ente federativo, mediante
requisição do respectivo Chefe do Executivo; ou (Incluído pela Lei n° 9.387, de 16 de
dezembro de 2021)
II- pelo Governador do Estado ou mediante delegação, nos demais casos.(Incluídopela
Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§ 10. Enquanto o militar permanecer no cargopermanecernocargo,empregooufunção
pública civil temporária não eletiva, inclusive da administração indireta, e estranho à
carreira, obedecerá ao seguinte: (Incluído pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
I- poderá optar entre a remuneração do cargo, emprego ou função e a do posto ou
graduação; (Incluído pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
II- somente poderá ser promovido por antiguidade; (Incluído pela Lei n° 9.387, de 16 de
dezembro de 2021)
III- o tempo de serviço será contado apenas para a promoção por antiguidade e para
transferênciaparareservaremunerada.(IncluídopelaLein°9.387,de16dedezembrode
2021)
Art. 88-A. Considera-se incapaz temporariamente para o serviço ativo o militar estadual
que estiverfísicaoumentalmenteinaptoparaoexercíciodecargos,funçõeseatividades
militares, durante determinado tempo. (Incluído pela Lei n°9.387,de16dedezembrode
2021)
Art.89-OPolicialMilitaragregadoficaráadido,paraefeitodealteraçõeseremuneração,
no Órgão de Pessoal da Polícia Militar, que lhe for designado, continuando a figurar no
lugar que então ocupava no Almanaque ou escala Numérica, com abreviatura "Ag" e
anotações esclarecedoras de sua situação.
Art. 90 - A agregação se faz por ato do Governador do Estado, para oficiais e do
Comandante Geral, para praças.
SEÇÃO VI
DO LICENCIAMENTO
Art. 120 - O licenciamento do serviço ativo, aplicado somente às praças, se efetua: I- a
pedido;
II- ex-offício.
§1ºOlicenciamentoapedidopoderáserconcedidoàspraçasdeacordocomasnormas
baixadas pelo Comandante Geral.
§ 2º O licenciamento ex-offício será aplicado às praças:
I- por conveniência do serviço;
II- a bem da disciplina;
III- por conclusão de tempo de serviço.
IV–Poroutroscasosprevistosemlei.(AcrescidopelaLei9.387/2021,de16dedezembro
de 2021)
§ 3° O militar licenciado não temdireitoaqualquerremuneraçãoouindenizaçãoeteráa
suasituaçãomilitardefinidapelaLeiFederaln°4.375,de17deagostode1964.(Alterado
pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§ 4º - O licenciado ex-offício a bem da disciplina receberá o certificado de isenção do
serviço militar, previsto na Lei do Serviço Militar.
Art. 121 – (Revogado pela Lei 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
Art.122-Odireitoaolicenciamentoapedidopoderásersuspensonavigênciadoestado
de guerra, calamidade pública, perturbação da ordem interna, estado de sítio, estadode
emergência, em caso de mobilização ou, ainda, quando a legislação específica regular.
SEÇÃO VII
DA EXCLUSÃO DAS PRAÇAS A BEM DA DISCIPLINA
Art. 123 - A exclusão a bem da disciplina será aplicada ex-offício ao aspirante a oficial
PM/BM ou às praças com estabilidade assegurada:
I-sobre osquaishouverpronunciadotalsentençaoConselhoPermanentedeJustiça,por
haverem sido condenados em sentença transitada em julgado por aquele Conselho ou
Tribunal Civil, à pena restritiva da liberdade individual superior a 02 (dois) anos ou nos
crimes previstos na legislação concernente à segurança do Estado à pena de qualquer
duração;
II-sobreosquaishouverpronunciadotalsentençaoConselhoPermanentedeJustiça,por
haverem perdido a nacionalidade brasileira;
III-que incidirem nos casos que motivarem o julgamento pelo Conselho de Disciplina,
previsto no artigo 51 e, neste, forem considerados culpados.
Parágrafoúnico.OaspiranteaoficialPM/BMouapraçacomestabilidadeasseguradaque
houver sido excluído a bem da disciplina só poderá readquirir a situação Policial Militar
anterior:
a)por outra sentença do Conselho Permanente de Justiça e nas condições nela
estabelecidas, se a exclusão for consequência de sentença daquele Conselho;
b)por decisãodoComandanteGeraldaPolíciaMilitar,seaexclusãoforconsequênciade
ter sido julgado culpado em Conselho de Disciplina.
Art.124-ÉdacompetênciadoComandanteGeral,oatodeexclusãoabemdadisciplina
do aspirante a oficial PM/BM, bem como das praças com estabilidade assegurada.
Art. 125 - A exclusão da praça a bem da disciplina, acarreta a perda de seu grau
hierárquicoenãoaisentadaindenizaçãodosprejuízoscausadosàFazendaEstadualou
a terceiros, nem das pensões decorrentes de sentença judicial.
Parágrafo único. A praça excluída a bem da disciplina não terá direito a qualquer
indenização ou remuneração e a sua situação militar será definida pela Lei do Serviço
Militar.
UNIDADE IV
LEI COMPLEMENTAR Nº 142, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2021.
Art. 1° Esta Lei Complementar cria o Sistema de Proteção Social dos Militares do
Estado Pará, ao qual estão sujeitos os Policiais Militares e Bombeiros Militares do
Estado do Pará, ativos, inativos e seus pensionistas, estabelecido pelos arts. 24-A a 24-J
do Decreto-Lei n° 667, de 02 de julho de 1969, regulamentando o inciso XXI do art. 22
da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional n° 103, de 12
de novembro de 2019.
Parágrafo único. O regime jurídico dos militares temporários será regulado em lei.
Art. 2° O Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado Pará é o conjunto
integrado de direitos, serviços e ações permanentes e interativos, de remuneração,
pensão militar, saúde e assistência, de caráter retributivo, nos termos desta Lei
Complementar e das regulamentações específicas e de acordo com as seguintes
finalidades:
I - proporcionar benefício de inatividade ao militar e de pensão militar para os
beneficiários previstos nesta Lei Complementar;
II - garantir o pagamento da remuneração da inatividade decorrente de ato de concessão
praticado pelas autoridades competentes;
III - dar cobertura aos eventos de incapacidade definitiva para o serviço ativo, invalidez,
morte e idade avançada; e
IV - suprir as necessidades de saúde e assistência aos militares estaduais e seus
dependentes.
Parágrafo único. São princípios básicos do Sistema de Proteção Social dos Militares do
Estado Pará:
I - custeio dos benefícios de inatividade e pensão militar mediante contribuições
obrigatórias dos militares estaduais, ativos e inativos, e dos pensionistas; e
II - cobertura de eventuais insuficiências financeiras decorrentes do pagamento da
remuneração da inatividade e da pensão militar, sem natureza contributiva, pelo
Tesouro Estadual.
TÍTULO II
DA ASSISTÊNCIA AOS MILITARES, A SEUS DEPENDENTES E AOS BENEFICIÁRIOS
DE PENSÃO MILITAR ESPECIAL
CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 11. As ações prioritárias da assistência social aos militares e seus dependentes
destinam-se ao atendimento de programas de assistência à educação, ao lazer, à
habitação e ao funeral, na forma do regulamento.
Parágrafo único. O regulamento poderá prever ações complementares às ações
prioritárias previstas no caput deste artigo, com vistas a oferecer outros benefícios
assistenciais aos contribuintes do Fundo de Assistência Social da Polícia Militar
(FASPM).
Art. 12. As despesas decorrentes dos serviços de assistência social prestados aos
militares e seus dependentes serão providas pelo Fundo de Assistência Social da Polícia
Militar (FASPM), cujos recursos são provenientes do Tesouro Estadual, de
contribuições dos militares, de transferências federais e de convênios e serão alocados
no Orçamento Geral do Estado, em unidade orçamentária criada especificamente para
esse fim.
Parágrafo único. O montante dos recursos do Tesouro Estadual que constituírem receita
do Fundo de Assistência Social da Polícia Militar (FASPM), será definido pela lei
orçamentária de cada exercício.
Seção I
Do Funeral
Art. 22. A gestão dos benefícios referentes à inatividade e pensão militares compete ao
Instituto de Gestão Previdenciária e de Proteção Social do Estado do Pará (IGEPPS),
sob a orientação superior do Conselho Estadual do Sistema de Proteção Social dos
Militares, compreendendo:
I - quanto ao segurado:
a) reserva; e
b) reforma.
c) auxílio-acidente; (Incluído pela Lei Complementar nº 149, de 20 de maio de 2022)
II - quanto aos beneficiários:
a) pensão militar por morte;
b) pensão militar por extravio; e
c) pensão militar especial.
§ 1° Benefícios são prestações de caráter pecuniário a que faz jus o segurado ou seus
beneficiários, conforme a respectiva titularidade.
§ 2° Os benefícios serão concedidos nos termos da Constituição Federal, da
Constituição Estadual e da legislação infraconstitucional em vigor aplicáveis aos
militares, observados os regramentos introduzidos por esta Lei Complementar.
CAPÍTULO II
DOS SEGURADOS
Art. 36. As contribuições devidas ao Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado
do Pará para custeio da inatividade e pensão militares são:
I - contribuição dos segurados ativos, inativos e dos beneficiários de pensão militar à
razão de 10,5% (dez inteiros e cinco décimos por cento) sobre a totalidade da base de
contribuição;
II - contribuição mensal do Estado, à razão de 18% (dezoito por cento), incidente sobre
a mesma base de cálculo das contribuições dos segurados; e
III - contribuição complementar do Estado, para cobertura de eventual diferença entre o
valor das contribuições, relacionadas nos incisos I e II, arrecadadas no mês anterior, e o
valor necessário ao pagamento dos benefícios.
§ 1° O 13° (décimo terceiro) salário será considerado para fins de incidência da
contribuição a que se refere esta Lei Complementar.
§ 2° Compete ao ente federativo a cobertura de eventuais insuficiências financeiras
decorrentes do pagamento das pensões militares e da remuneração da inatividade, que
não tem natureza contributiva.
Art. 37. Para fins da contribuição prevista no inciso I do caput do art. 36 desta Lei
Complementar, considera-se base de cálculo:
I - quanto ao segurado ativo, o soldo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei, excluído o seguinte:
a) diárias para viagens;
b) ajuda de custo em razão de mudança de sede;
c) indenização de transporte;
d) salário-família;
e) auxílio-alimentação;
f) auxílio-fardamento;
g) auxílio-transporte;
h) gratificação de complementação de jornada operacional; e
i) parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou função de
confiança.
II - quanto ao segurado inativo e aos beneficiários de pensão militar, o valor integral do
benefício.
Parágrafo único. Quando o segurado inativo ou o beneficiário da pensão militar for
portador de doença incapacitante prevista no regulamento a que se refere o inciso V do
art. 89 desta Lei Complementar, a contribuição incidirá apenas sobre as parcelas de
remuneração de reserva e de reforma e de pensões que superem o dobro do limite
máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
TÍTULO IV
DA INATIVIDADE, DO AUXÍLIO-ACIDENTE E DA PENSÃO MILITAR
(Redação dada pela Lei Complementar nº 149, de 20 de maio de 2022)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DA REMUNERAÇÃO NA INATIVIDADE
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 59. Remuneração na inatividade é a retribuição pecuniária que o militar percebe na
inatividade, quer na reserva remunerada, quer na situação de reformado, também
designada de proventos.
Parágrafo único. O soldo constitui a parcela básica da remuneração a que faz jus o
militar na inatividade, sendo o seu valor igual ao estabelecido para o soldo do militar da
ativa do mesmo posto ou graduação.
Art. 60. A remuneração na inatividade, calculada com base na remuneração do posto ou
da graduação que o militar possuir por ocasião da transferência para a inatividade
remunerada, a pedido, pode ser:
I - integral, desde que cumprido o tempo mínimo de 35 (trinta e cinco) anos de serviço,
dos quais no mínimo 30 (trinta) anos de exercício de atividade de natureza militar; ou
II - proporcional, com base em tantas cotas de remuneração do posto ou da graduação
quantos forem os anos de serviço, se transferido para a inatividade sem atingir o
referido tempo mínimo.
§ 1° O tempo de serviço a ser cumprido pelos militares que ingressaram no serviço ativo
até o dia 31 de dezembro de 2021, para ter direito à remuneração integral, será de 30
(trinta) anos, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, devendo cumprir o tempo
de serviço faltante para atingir os referidos tempos, acrescido do percentual previsto no
art. 24-G do Decreto-Lei n° 667, de 1969.
§ 2° É assegurado o direito adquirido na concessão de inatividade remunerada aos
militares e de pensão militar aos seus beneficiários, a qualquer tempo, desde que tenham
sido cumpridos, até 31 de dezembro de 2021, os requisitos exigidos pela lei vigente do
ente federativo para obtenção desses benefícios, observados os critérios de concessão e
de cálculo em vigor na data de atendimento dos requisitos.
Art. 61. A remuneração do militar reformado por incapacidade permanente decorrente
do exercício da função ou em razão dela é integral, calculada com base na remuneração
do posto ou da graduação que possuir por ocasião da transferência para a inatividade
remunerada.
Art. 62. A remuneração na inatividade é irredutível e deve ser revista automaticamente
na mesma data da revisão da remuneração dos militares da ativa, para preservar o valor
equivalente à remuneração do militar da ativa do correspondente posto ou graduação.
Art. 63. A remuneração na inatividade é devida aos militares quando forem desligados
da ativa em virtude de:
I - reserva remunerada;
II - reforma; e
III - retorno à inatividade, inclusive após ter sido convocado para o serviço ativo,
quando já se encontrava na reserva remunerada.
Parágrafo único. O militar de que trata o caput deste artigo continuará a perceber a sua
remuneração até o mês anterior ao da publicação da portaria de transferência para a
inatividade, excluídas as parcelas e benefícios cujo recebimento está condicionado ao
efetivo exercício da atividade de natureza militar, na forma da lei.
Art. 64. No caso de retorno à atividade por meio da convocação, nos termos dos arts.
72, 73 e 78 desta Lei Complementar, o militar poderá optar entre a remuneração da
ativa ou inatividade.
Art. 65. Cessa o direito à percepção da remuneração na inatividade na data:
I - do falecimento;
II - do ato de demissão, para o Oficial militar; e
III - do ato de exclusão ou licenciamento a bem da disciplina da Corporação Militar, para
o Praça.
Seção II
Do Regime Remuneratório da Inatividade
Art. 66. O regime remuneratório do militar inativo é composto das seguintes parcelas:
I - soldo integral ou cotas de soldo;
II - gratificações, nos percentuais previstos em lei:
a) gratificação de risco de vida;
b) gratificação de habilitação militar;
c) gratificação de tempo de serviço;
d) gratificação de serviço ativo;
e) gratificação de localidade especial;
f) gratificação de representação por graduação; e
g) gratificação de tropa.
§ 1° VETADO.
§ 2° As parcelas de que trata o caput deste artigo integrarão a remuneração na
inatividade de acordo com a hipótese de passagem à inatividade, previstas neste Título.
§ 3° Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o militar tem direito a tantas cotas
de soldo quantos forem os anos de serviço, computáveis para a inatividade, até o
máximo de:
I - 35 (trinta e cinco) anos, para os militares estaduais de carreira do serviço ativo, que
tenham ingressado a partir de 1° de janeiro de 2022;
II - 30 (trinta) anos, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, para os militares
que tenham ingressado até 16 de dezembro de 2019, e tenham direito adquirido na
concessão de transferência para a reserva remunerada, desde que tenham sido
cumpridos os referidos tempos de serviço, até 31 de dezembro de 2021; e
III - 30 (trinta) anos, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se mulher, acrescido do
percentual de que trata o art. 24-G do Decreto-Lei n° 667, de 1969, para os militares de
carreira do serviço ativo que tenham ingressado até 31 de dezembro de 2021, e que não
tenham cumprido os requisitos do inciso II deste parágrafo.
§ 4° Para efeito de contagem dessas cotas, a fração de tempo igual ou superior a 180
(cento e oitenta) dias será considerada 1 (um) ano.
§ 5° A remuneração dos militares integrantes da reserva remunerada e reformados pelo
atingimento dos limites etários de permanência respectivos não sofrem qualquer tipo de
acréscimo ou redução de vantagem pecuniária.
§ 6° Para efeito de cálculo o soldo será dividido em cotas de soldo, correspondendo
cada uma a 1/35 (um trinta e cinco avos) de seu valor para os militares de carreira do
serviço ativo que ingressem a partir de 1° de janeiro de 2022.
§ 7° Para efeito de cálculo o soldo será dividido em cotas de soldo, correspondendo
cada uma a 1/30 (um trinta avos) de seu valor, se homem e 1/25 (um vinte e cinco
avos), se mulher, para os militares de carreira do serviço ativo que tenham ingressado
até 31 de dezembro de 2021.
CAPÍTULO III
DA RESERVA REMUNERADA
Art. 86. A passagem do militar à situação de inatividade, mediante reforma, será sempre
de ofício, e ocorrerá nas seguintes hipóteses:
I - atingir as seguintes idades limites de permanência na reserva remunerada:
a) para Oficiais superiores: 72 anos;
b) para Capitães e Oficiais subalternos: 68 anos;
c) para Subtenentes, 1° Sargento e 2° Sargento: 68 anos; ou
d) para 3° Sargento, Cabo e Soldado: 68 anos.
II - ser julgado incapaz definitivamente para o serviço da respectiva Corporação Militar;
III - estar agregado há mais de 2 (dois) anos, por ter sido julgado incapaz,
temporariamente, mediante homologação de Junta Militar de Saúde, conforme
regulamentação, mesmo que se trate de moléstia curável;
IV - ser condenado à pena de reforma prevista no Código Penal Militar, por sentença
transitada em julgado; e
V - ser punido com a reforma administrativa disciplinar.
Parágrafo único. O ato de reforma não terá efeitos retroativos, salvo nas hipóteses dos
incisos I e III do caput deste artigo, que terá eficácia a partir da data de aniversário do
militar ou da data da declaração de incapacidade definitiva por Junta Militar de Saúde,
na forma do regulamento.
Art. 87. No caso do inciso I do caput do art. 86 desta Lei Complementar, deverá ser
observado o seguinte:
I - o Instituto de Gestão Previdenciária e de Proteção Social do Estado do Pará
(IGEPPS), mensalmente, organizará a relação de militares que atingiram o limite de
permanência na reserva remunerada;
II - a reforma será automática e declarada por ato, com vigência a partir da data em que
o militar tiver completado o limite de permanência na reserva remunerada; e
III - a situação de inatividade do militar da reserva remunerada não sofrerá solução de
continuidade, exceto quanto às condições de mobilização estabelecidas em lei.
Art. 88. O militar reformado na forma do inciso V do caput do art. 86 desta Lei
Complementar não terá alterado o fundamento de sua reforma, salvo decisão
administrativa ou judicial que modifique a pena disciplinar, na forma da lei.
Art. 89. A incapacidade definitiva pode sobrevir em consequência de:
I - ferimento recebido em operações militares ou manutenção da ordem pública;
II - enfermidade contraída em operações militares ou na manutenção da ordem pública,
ou enfermidade cuja causa eficiente decorra de uma dessas situações;
III - acidente em serviço;
IV - doença, moléstia ou enfermidade adquirida em tempo de paz, com relação de causa
e efeito às condições inerentes ao serviço;
V - doenças que incapacitem definitiva, total e permanentemente para qualquer
atividade remunerada, conforme previsto em regulamento; ou
VI - acidente ou doença, moléstia ou enfermidade, sem relação de causa e efeito com o
serviço.
§ 1° Os casos de que tratam os incisos I a IV do caput deste artigo serão objeto de
apuração administrativa, na forma do regulamento, observando-se os seguintes prazos:
I - 1 (um) dia útil para comunicar o acidente; e
II - 90 (noventa) dias úteis para requerer a instauração de apuração.
§ 2° O militar julgado incapaz por um dos motivos constantes nos incisos I ao VI do
caput deste artigo somente poderá ser reformado após a homologação, por Junta Militar
de Saúde, da inspeção de saúde que concluir pela incapacidade definitiva, na forma do
regulamento.
Art. 90. O militar da ativa julgado incapaz definitivamente por um dos motivos
constantes dos incisos I a V do caput do art. 89 desta Lei Complementar será reformado
com qualquer tempo de serviço.
Art. 91. O militar que, em inspeção de saúde, for julgado incapaz definitivamente para o
serviço e vier a falecer antes da efetivação de sua reforma, será considerado reformado
para todos os efeitos legais, a contar da data do óbito.
Art. 92. O militar reformado por incapacidade definitiva e que ainda não atingiu o limite
de idade de permanência no serviço ativo será submetido, periodicamente, à inspeção de
saúde por Junta Militar de Saúde, na forma do regulamento, e, se julgado apto, será
revertido ao serviço ativo e empregado na atividade-meio.
Parágrafo único. Realizada a inspeção de saúde referida no caput deste artigo e
constatado o agravamento da incapacidade, o militar fará jus ao reenquadramento legal
da reforma e à revisão da respectiva remuneração, desde que comprovada relação com a
causa originária.
Art. 93. O militar julgado incapaz definitivamente por doença mental por Junta Militar
de Saúde, nos casos em que necessária a curatela e enquanto não ocorrer a designação
judicial do curador, poderá ser representado por dependente indicado no art. 4° desta
Lei Complementar, desde que este comprove a responsabilidade pelos cuidados com o
militar.
§ 1° Quando não houver dependentes, outros parentes ou responsáveis, a respectiva
Corporação Militar poderá adotar as providências necessárias junto às instituições
competentes para a interdição judicial do militar e/ou a garantia de seu tratamento em
instituição apropriada.
§ 2° Na hipótese do caput deste artigo, deverá ser observado o seguinte:
I - somente após a interdição judicial o processo de reforma deverá ser encaminhado ao
Instituto de Gestão Previdenciária e de Proteção Social do Estado do Pará (IGEPPS); e
II - o ato de reforma não poderá ser revisto em razão do reestabelecimento da saúde do
militar.
Art. 94. Concedida a reforma, será o ato publicado, implantado na folha de pagamento e
apreciado, para fins de registro, pelo Tribunal de Contas do Estado.
Parágrafo único. Caso seja denegado o registro do ato pelo Tribunal de Contas do
Estado, o benefício será cancelado até a folha de pagamento do mês subsequente à data
de publicação da decisão no Diário Oficial do Estado.
Art. 95. A remuneração do militar reformado por uma das situações previstas nos
incisos I a V do caput do art. 89 desta Lei Complementar é composta da seguinte forma:
I - soldo integral do posto ou graduação ocupado quando da transferência para a
inatividade; e
II - gratificações, nos percentuais previstos em lei:
a) gratificação de risco de vida;
b) gratificação de habilitação militar;
c) gratificação de tempo de serviço;
d) gratificação de serviço ativo;
e) gratificação de localidade especial;
f) gratificação de representação por graduação; e
g) gratificação de tropa.
Art. 96. A remuneração do militar reformado por uma das situações previstas no inciso
VI do caput do art. 89 desta Lei Complementar é composta da seguinte forma:
I - quando julgado incapaz para o serviço militar, podendo prover meios para sua
subsistência:
a) soldo proporcional ao tempo de serviço referente ao posto ou graduação ocupado na
ativa; e
b) gratificações, nos percentuais previstos em lei:
1. gratificação de risco de vida;
2. gratificação de habilitação militar; e
3. gratificação de tempo de serviço.
II - quando julgado inválido, impossibilitado total e permanentemente para qualquer
trabalho, não podendo prover meios para sua subsistência:
a) soldo integral do posto ou graduação ocupado quando da transferência para
inatividade; e
b) gratificações, nos percentuais fixados em lei:
1. gratificação de risco de vida;
2. gratificação de habilitação militar;
3. gratificação de serviço ativo;
4. gratificação de localidade especial;
5. gratificação de tempo de serviço;
6. gratificação de representação por graduação; e
7. gratificação de tropa.
Art. 97. A remuneração do militar punido com a reforma administrativa disciplinar é
composta da seguinte forma:
I - soldo proporcional ao tempo de serviço referente ao posto ou graduação ocupado na
ativa; e
II - gratificações, nos percentuais previstos em lei:
a) gratificação de risco de vida;
b) gratificação de habilitação militar; e
c) gratificação de tempo de serviço.
Seção Única
Da Readaptação
Art. 98. O militar declarado incapaz definitivamente poderá requerer a permanência no
serviço ativo, com emprego na atividade-meio, no mesmo posto ou graduação, hipótese
em que será readaptado, na forma prevista em regulamento.
§ 1° O disposto no caput deste artigo somente se aplica em caso de incapacidade física.
§ 2° O militar deverá ser readaptado em atividade compatível com a sua capacidade
física, desde que julgado apto, por Junta Militar de Saúde, para o exercício da nova
atividade, atendida a conveniência do serviço.
§ 3° O readaptado poderá ser reavaliado a qualquer tempo pela Junta Militar de Saúde,
por solicitação do Chefe de Departamento-Geral ou Diretor de Pessoal ou por
manifestação fundamentada do Comandante, Chefe ou Diretor do militar.
§ 4° Não sendo possível a manutenção da readaptação, o militar será reformado, a
qualquer tempo, por meio de avaliação de Junta Militar de Saúde.
§ 5° O militar, uma vez readaptado, ficará sujeito à reforma, caso incorra em outra
hipótese de passagem à situação de inatividade.
CAPÍTULO IV-A
DO AUXÍLIO-ACIDENTE
Art. 99. O falecimento do militar, ativo ou inativo, implica a concessão do benefício de
pensão militar por morte, que será igual à remuneração integral do militar, excluída a
parcela de auxílio-invalidez.
§ 1° Até o esgotamento do prazo previsto no inciso I do caput do art. 100, a
remuneração do militar falecido será paga, de modo provisório, aos beneficiários do rol
do inciso I do art. 30 desta Lei Complementar e que tenham sido inscritos em vida pelo
militar, na forma desta Lei Complementar e do regulamento.
§ 2° Não efetuado o requerimento de pensão no prazo do estipulado no inciso I do caput
do art. 100 desta Lei Complementar, os beneficiários ficam sujeitos à obrigação de
devolução dos valores recebidos, na forma do regulamento.
Art. 100. A pensão militar por morte será devida ao conjunto de beneficiários de acordo
com o rol definido no art. 30 desta Lei Complementar, a contar:
I - do óbito, quando requerida em até 90 (noventa) dias;
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso I;
III - da data do cancelamento de benefício inacumulável, quando houver.
§ 1° Se o beneficiário for absolutamente incapaz à data do óbito, não tem início a
contagem do prazo previsto no inciso I do caput deste artigo, enquanto perdurar essa
condição jurídica.
§ 2° Na hipótese do § 1° deste artigo, o prazo somente começará a ser contado quando
cessada a causa impeditiva da prescrição, retroagindo-se os efeitos financeiros da
pensão à data do óbito ou à do requerimento, conforme o caso.
§ 3° Os valores recebidos na forma do § 1° do art. 99 desta Lei Complementar são
considerados como adiantamento da pensão militar.
§ 4° A pensão militar poderá ser requerida a qualquer tempo, porém as prestações
mensais se sujeitam ao prazo de prescrição quinquenal.
Art. 101. O benefício da pensão militar por morte é irredutível e deve ser revisto
automaticamente, na mesma data da revisão das remunerações dos militares da ativa,
para preservar o valor equivalente à remuneração do militar da ativa do posto ou
graduação que lhe deu origem.
§ 1° A perda da qualidade de um dos beneficiários não implicará a reversão da sua
respectiva cota aos demais.
§ 2° Com a extinção da cota do último beneficiário, extingue-se a pensão.
Art. 102. A concessão da pensão militar por morte não será protelada pela falta de
habilitação de outro possível beneficiário.
§ 1° Qualquer inscrição ou habilitação posterior, que importe em exclusão ou inclusão de
beneficiário, só produzirá efeito a contar da data da respectiva inscrição ou
requerimento.
§ 2° O cônjuge ausente, nos termos da Lei Federal n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002,
não exclui do direito à pensão militar por morte o companheiro ou companheira, que
somente fará jus ao benefício, a partir da data de sua efetiva inscrição ou requerimento.
§ 3° Protocolado requerimento para inclusão no rateio de pensão militar por morte, o
Instituto de Gestão Previdenciária e de Proteção Social do Estado do Pará (IGEPPS),
procederá de ofício à habilitação provisória do requerente, exclusivamente para fins de
rateio dos valores com outros beneficiários, vedado o pagamento da respectiva cota até
conclusão do processo administrativo.
Art. 103. Ajuizada a ação para reconhecimento da condição de beneficiário, este poderá
requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão militar por morte,
exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros beneficiários, vedado o
pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a
existência de decisão judicial em contrário.
§ 1° Nas ações em que o Instituto de Gestão Previdenciária e de Proteção Social do
Estado do Pará (IGEPPS), for parte, este poderá proceder de ofício à habilitação
provisória da referida pensão, exclusivamente para efeitos de rateio, descontando-se os
valores referentes a esta habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da
respectiva cota até o trânsito em julgado da respectiva ação, ressalvada a existência de
decisão judicial em contrário.
§ 2° Julgada improcedente a ação prevista no caput ou no § 1° deste artigo, o valor
retido será corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou por outro índice que
venha a substituí-lo para reajustamento de benefícios e será pago de forma proporcional
aos demais beneficiários, de acordo com as suas cotas e o tempo de duração de seus
benefícios.
§ 3° Em qualquer caso, fica assegurada ao Instituto de Gestão Previdenciária e de
Proteção Social do Estado do Pará (IGEPPS), a cobrança dos valores indevidamente
pagos em função de nova habilitação.
Art. 104. Concedida a pensão militar por morte, será o ato publicado, implantado na
folha de pagamento e apreciado, para fins de registro, pelo Tribunal de Contas do
Estado.
Parágrafo único. Caso seja denegado o registro do ato pelo Tribunal de Contas do
Estado, o benefício será cancelado até a folha de pagamento do mês subsequente à data
de publicação da decisão no Diário Oficial do Estado.
Seção II
Da Pensão Militar por Extravio
Art. 105. A pensão militar por extravio será devida uma vez comprovado o estado de
extraviado ou de morte presumida em virtude de catástrofe, acidente ou desastre, na
forma das leis aplicáveis aos militares.
§ 1° No caso de desaparecimento do militar por motivo de catástrofe, acidente ou
desastre, a pensão será devida, mediante o processamento da justificação, nos termos da
lei federal.
§ 2° Decorridos 6 (seis) meses do primeiro dia do desaparecimento ou extravio, terá
início a habilitação dos beneficiários à pensão militar e será cessado o pagamento da
remuneração, quando se iniciará o pagamento da pensão militar, na forma do
regulamento.
§ 3° Na hipótese de reaparecimento do militar, assim apurado na forma da lei, deverá
ser efetuado o pagamento da diferença entre a remuneração a que faria jus e a pensão
paga a seus beneficiários, se for o caso.
§ 4° Exceto na hipótese de desaparecimento, extravio ou deserção, a concessão da
pensão aos beneficiários do militar ficará condicionada à declaração judicial de morte
presumida, nos termos do disposto na Lei Federal n° 10.406, de 2002.
Art. 106. À pensão militar por extravio aplica-se o disposto na Seção I deste Capítulo,
no que for compatível.
Seção III
Da Pensão Militar Especial
Art. 107. A pensão militar especial será devida ao conjunto de beneficiários, de acordo
com o rol definido no art. 30 desta Lei Complementar, do militar morto em uma das
seguintes hipóteses:
I - em campanha ou em ato de serviço;
II - em decorrência de ferimentos ou doenças derivados das condições inerentes ao
serviço, assim reconhecidos por Junta Militar de Saúde; ou
III - por acidente em serviço.
§ 1° Para efeito de concessão de pensão militar especial, considera-se acidente em
serviço o estritamente ocorrido nas seguintes circunstâncias:
I - por fato relacionado, mediata ou imediatamente, com as atribuições militares, ainda
que ocorrido em horário ou local diverso daquele determinado para o exercício de suas
funções;
II - em decorrência de agressão sofrida e não provocada pelo militar, no exercício
regular de suas atribuições funcionais;
III - por situação ocorrida no percurso da residência para o trabalho e vice-versa, desde
que ligada diretamente à atividade exercida;
IV - em treinamento; e/ou
V - em represália, por sua condição de militar.
§ 2° Não se aplica o disposto neste artigo quando o acidente for resultado de crime,
transgressão disciplinar, imprudência, imperícia, negligência ou desídia imputados ao
militar morto.
§ 3° As circunstâncias do óbito do militar deverão ser apuradas pela respectiva
Corporação, que se pronunciará sobre a efetiva ocorrência de uma das hipóteses
previstas no caput deste artigo.
Art. 108. A pensão militar especial é acumulável com as demais pensões militares
previstas nesta Lei Complementar.
Parágrafo único. A pensão militar especial é inacumulável com qualquer benefício
previdenciário.
Art. 109. A pensão militar especial é composta das seguintes parcelas:
I - soldo integral ou cotas de soldo; e
II - gratificações, nos percentuais previstos em lei:
a) gratificação de risco de vida;
b) gratificação habilitação militar; e
c) gratificação de tempo de serviço.
§ 1° Se ocorrer a promoção post mortem do militar, o valor do soldo será o do novo
posto ou graduação.
§ 2° As parcelas que compõem a pensão especial militar devem considerar os valores
previstos na norma que vigorava na data do óbito do militar.
§ 3° Os percentuais e os valores obedecerão à legislação própria de cada parcela.
§ 4° Excluem-se da composição da pensão militar especial as vantagens de natureza
indenizatória, bem como as vantagens que decorrem especificamente da atividade, na
forma da lei.
Art. 110. A pensão militar especial será reajustada pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), ou por outro índice que venha a substituí-lo.
Art. 111. A pensão militar por morte será devida ao conjunto de beneficiários de acordo
com o rol definido no art. 30 desta Lei Complementar, a contar:
I - do óbito, quando requerida em até 90 (noventa) dias;
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso I; e
III - da data do cancelamento de benefício inacumulável, quando houver.
§ 1° Se o beneficiário for absolutamente incapaz à data do óbito, não tem início a
contagem do prazo previsto no inciso I do caput deste artigo, enquanto perdurar essa
condição jurídica.
§ 2° Na hipótese do § 1° deste artigo, o prazo somente começará a ser contado quando
cessada a causa impeditiva da prescrição, retroagindo-se os efeitos financeiros da
pensão à data do óbito ou à do requerimento, conforme o caso.
§ 3° O direito de requerer a pensão militar especial prescreve em 5 (cinco) anos.
Art. 112. Farão jus à pensão militar especial os beneficiários do militar da reserva
remunerada convocado, nos termos desta Lei Complementar, que venha a falecer em
serviço.
Art. 113. A pensão militar especial será concedida por ato do Chefe do Poder
Executivo, que será publicado no Diário Oficial do Estado.
§ 1° Uma vez publicado o ato concessivo, a pensão militar especial será implantada na
folha de pagamento e apreciada pelo Tribunal de Contas do Estado, para fins de
registro.
§ 2° Caso seja denegado o registro do ato pelo Tribunal de Contas do Estado, o
benefício será cancelado até a folha de pagamento do mês subsequente à data de
publicação da decisão no Diário Oficial do Estado.
Art. 114. À pensão militar especial aplica-se o disposto na Seção I deste Capítulo, no
que for compatível.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS À RESERVA REMUNERADA, REFORMA E PENSÕES
MILITARES
Art. 115. Os benefícios serão modificados ou extintos, de acordo com a lei vigente ao
tempo da ocorrência do fato modificativo ou extintivo, ressalvado o direito adquirido.
Art. 116. Os benefícios serão pagos diretamente ao titular ou beneficiário, salvo em caso
de extravio, moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, quando serão pagos
a procurador com instrumento público, cujo mandato não terá prazo superior a 6 (seis)
meses.
Art. 117. O pagamento devido ao beneficiário civilmente incapaz será feito ao seu
representante legal, admitindo-se, na falta deste e por período não superior a 6 (seis)
meses, o pagamento a herdeiro legítimo, civilmente capaz, mediante termo de
compromisso firmado no ato do recebimento.
Parágrafo único. O procurador se sujeita à responsabilidade civil e criminal pelo
recebimento indevido do benefício, bem como pela falta de comunicação de qualquer
ato que invalide o seu instrumento ou o próprio falecimento do representado.
Art. 118. O militar inativo e o beneficiário de pensão militar deverão fazer, anualmente,
a prova de vida perante o Instituto de Gestão Previdenciária e de Proteção Social do
Estado do Pará (IGEPPS), na forma do que dispuser o regulamento.
Art. 119. O 13° (décimo terceiro) salário será devido aos militares da reserva
remunerada, reformados e beneficiários de pensão militar e equivalerá ao valor da
respectiva remuneração ou da pensão referente ao mês de dezembro de cada ano.
Parágrafo único. No ano da ocorrência do fato gerador ou extintivo do benefício de
proteção social, o cálculo da prestação obedecerá à proporcionalidade da manutenção do
benefício no correspondente exercício, equivalendo cada mês decorrido, ou fração de
dias superior a 15 (quinze), a 1/12 (um doze avos).
Art. 120. Serão descontados dos benefícios:
I - as contribuições ao Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado do Pará;
II - as restituições dos valores de benefícios recebidos indevidamente;
III - o imposto de renda retido na fonte, ressalvadas as disposições legais;
IV - a pensão de alimentos decretada em decisão judicial ou na forma do art. 733 da Lei
Federal n° 13.105, de 16 de março de 2015;
V - as contribuições facultativas devidas pelo segurado às respectivas associações e
entidades sociais instituídas por militares, na forma da lei;
VI - as consignações facultativas, nos termos das respectivas normas estaduais; e
VII - outros descontos instituídos por lei.
§ 1° Na hipótese do inciso VI do caput deste artigo, o desconto incidente sobre o
benefício de proteção social não poderá ser superior a 30% (trinta por cento) do seu
valor bruto.
§ 1º Na hipótese do inciso VI do caput deste artigo, o desconto incidente sobre o
benefício de proteção social não poderá ser superior a 40% (quarenta por cento) do seu
valor bruto, assim entendido aquele anterior aos descontos previstos nos incisos I a V do
caput deste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 154, de 1º de julho de
2022)
§ 2° Para a cobertura das despesas administrativas das consignações de que tratam os
incisos V e VI do caput deste artigo, deverá ser cobrada a reposição de custos definida
por norma regulamentar.
Art. 121. Para os descontos em folha, a que se refere o art. 120 desta Lei Complementar,
são estabelecidos os seguintes limites:
I - quando determinados por lei ou regulamento, quantia estipulada nesses atos;
II - até 70% (setenta por cento) para os descontos previstos nos incisos I, III e IV do art.
120 desta Lei Complementar; e
III - até 30% (trinta por cento) para os demais não enquadrados nos I e II do caput deste
artigo.
Parágrafo único. Em nenhuma hipótese o consignante poderá receber em folha de
pagamento a quantia líquida inferior a 30% (trinta por cento) da remuneração da
inatividade ou da pensão militar.
Art. 122. Os valores devidos a segurado inativo ou beneficiário da pensão que vier a
falecer antes do seu recebimento serão pagos aos seus sucessores mediante
apresentação
de alvará judicial ou formal de partilha.
Art. 123. O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência ou para o
Regime Geral de Previdência Social poderá ser contado para efeito de reserva e
reforma, salvo se já utilizado para recebimento de outro benefício previdenciário,
devendo ser realizada a devida compensação financeira entre os regimes e o Sistema de
Proteção Social dos Militares do Estado do Pará, na forma prevista em lei.
Art. 124. O tempo de serviço militar efetivamente prestado e não contribuído, anterior a
11 de janeiro de 2002, data da entrada em vigor da Lei Complementar Estadual n° 039,
de 09 de janeiro de 2002, será contado como tempo de contribuição, para fins de
inatividade, no âmbito do Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado do Pará.
Parágrafo único. É expressamente vedada, para efeitos de reforma e reserva remunerada
no âmbito do Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado do Pará, a contagem
de tempo de contribuição fictício a contar de 11 de janeiro de 2002.
Art. 125. Para efeito de concessão de reforma ou reserva remunerada constitui-se em
incumbência do órgão de origem do militar a instrução completa do processo de
inativação, na forma do regulamento.
Art. 126. A perda da condição de militar em decorrência da aplicação de punição
disciplinar implica a perda dos direitos previstos nesta Lei Complementar, sem prejuízo
do aproveitamento do tempo de contribuição em outro regime de proteção social ou
previdenciário.
UNIDADE V
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sancionoaseguinte
Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º Esta Lei estabelece os critérios e as condições que assegurem aos policiais
militaresdoQuadrodePraçasPoliciaisMilitaresemserviçoativonaPolíciaMilitardoPará
o acesso à graduação imediata, mediante promoção de forma seletiva, gradual e
sucessiva.
Art.2ºApromoçãoéumatoadministrativoetemcomofinalidadebásicaopreenchimento
seletivo das vagas pertinentes ao grau hierárquico superior,àmedidaqueforemcriadas,
ativadas, transformadas ou extintas as organizações policiais militares e as funções
definidasnaLeideOrganizaçãoBásicadaCorporação,pormeiodecriteriososprocessos
de escolha disciplinados por esta Lei.
§ 1° Compete ao Comandante Geral da Polícia Militar a edição do ato administrativo de
promoção dos Praças.
§ 2° As promoções previstas nesta Lei obedecerão rigorosamente ao planejamento do
setor de pessoal da Corporação, elaborado com a finalidade de garantir o perfeito
equilíbrio entre o efetivo e as funções existentes.
CAPÍTULO II
DA PROMOÇÃO DOS PRAÇAS
Art.3ºAPromoçãodosPraçasdaPolíciaMilitardoParádeveobservarolimitedoQuadro
de Praças Policiais Militares (QPPM) e Qualificações, nos seguintes termos:
I-QualificaçãoPolicial-MilitarParticulardePraçasCombatentes(QPMP-0):Soldado,Cabo,
3º Sargento, 2º Sargento, 1º Sargento e Subtenente;
II- Qualificação Policial-Militar Particular de Praças Especialistas em Música (QPMP-1):
Soldado, Cabo, 3º Sargento, 2º Sargento, 1º Sargento e Subtenente;
III- Qualificação Policial-Militar Particular de Praças Especialistas de Saúde, (QPMP-2):
Soldado, Cabo, 3º Sargento, 2º Sargento, 1º Sargento e Subtenente.
Art. 3° A promoção dos praças na Polícia Militar do Pará, pelos critérios deantiguidade,
merecimento, bravura, tempo de serviço e post mortem, deve observar o limite dos
respectivos Quadros, nos seguintes termos:(novaredaçãodadapelaLein°9.387,de16
de dezembro de 2021)
I- Quadro de Qualificação Policial-Militar Particular de Praças Combatentes (QPMP-0):
Soldado,Cabo,3°Sargento,2°Sargento,1°SargentoeSubtenente;(novaredaçãodada
pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
II- Quadro de Qualificação Policial-Militar Particular de Praças Especialistas em Música
(QPMP-1):Soldado,Cabo,3°Sargento,2°Sargento,1°SargentoeSubtenente;ou(nova
redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
III- Quadro de Qualificação Policial-Militar Particular de Praças Especialistas de Saúde
(QPMP- 2): Soldado, Cabo, 3° Sargento, 2° Sargento, 1° Sargento e Subtenente. (nova
redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
Parágrafo único. É vedada a promoção pelos critérios de antiguidade, merecimento,
bravura, tempo de serviço e post mortem ao posto que não esteja previsto no seu
respectivo Quadro. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16/12/2021)
Art. 4° O ingresso no Quadro de Praças Policiais Militares (QPPM) e Qualificações
dar-se-á de acordo com o estabelecido na Lei nº 6.626, de 3 de fevereiro de 2004, e
alterações subsequentes.
Art.5°OacessoàsgraduaçõesdoQuadrodePraçasPoliciaisMilitaresocorrerámediante
promoção ao grau hierárquico imediatamente superior, de acordo com os critérios
estabelecidos nesta Lei.
CAPÍTULO III
DOS CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 6° As promoções na Polícia Militar do Pará dar-se-ão de acordo com os seguintes
critérios: I - antiguidade;
II- merecimento;
III- bravura;
IV- tempo de serviço;
V- “post mortem”.
§1ºAspromoçõesporantiguidade,merecimentoetempodeserviçoserãoefetuadasduas
vezes por ano, nos dias 21 de abril e 25 de setembro, para as vagas computadas e
publicadas oficialmente conforme cronograma previsto no Regulamento desta Lei.
§ 1° As promoções por antiguidade e merecimento serãoefetuadasduasvezesporano,
nos dias 21 de abril e 25 de setembro, para as vagas computadas e publicadas
oficialmenteconformecronogramaprevistonoregulamentodestaLei.(novaredaçãodada
pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§ 2º As promoções pelos demais critérios poderão ser realizadas a qualquer tempo,
conforme previsto nesta Lei.
§ 3º Em casos excepcionaispoderáocorreràpromoçãoporressarcimentodepreterição,
na forma disciplinada no art. 32.
§ 4° As promoçõesportempodeserviçoserãoefetuadasnadataemqueaPraçaincidir
nas hipóteses previstas no art. 10. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16/12/2021)
§5°Omilitarquetiveroprocessodetransferênciaparaainatividadedevidamenteiniciado
nãoconcorreráàpromoção,salvonocasodepromoçãoportempodeserviço,obedecidos
os critérios previstos nesta Lei. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16/12/2021)
Seção II
Da Promoção por Antiguidade
Art. 7º A promoção pelo critério de antiguidade é aquela que se baseia na precedência
hierárquica de um graduado sobre os demais de igual graduação, dentro do número de
vagas estabelecidas para cada qualificação particular policial-militar.
Parágrafo único. A antiguidade na graduação é contada a partir da data de promoção,
ressalvados os casos de tempo não computável de acordo com o Estatuto da Polícia
Militar.
Seção III
Da Promoção por Merecimento
Art. 8º A promoção pelo critério de merecimento é aquela que se baseia no conjuntode
qualidades e atributos que distingue o Praça entre seus pares e que, uma vez
quantificados nas fichas de avaliação de desempenho profissional e de potencial e
experiência profissional, passam a traduzir sua capacidade para ascender
hierarquicamente.
Parágrafo único. As fichas de avaliação de desempenho profissional e de potencial e
experiência profissional serão tratadas n o regulamento desta Lei.
Seção IV
Da Promoção por Bravura
Art. 9º A promoção por bravura é efetivada em razão de ato de caráter extraordinário e
comprovadaatitudedeextremacoragemeaudáciaqueultrapassemoslimitesnormaisdo
cumprimento dos deveres naturais do policial militar e que sejam úteis ao conceito da
Corporação pelo exemplo positivo.
§1°ApromoçãodequetrataesteartigoédacompetênciadoGovernadordoEstadopor
proposta do Comandante Geral e será retroativa à data do ato de bravura.
§ 2° A comprovação do ato de bravura será realizada por meio de apuração por um
Conselho Especial, composto de três Oficiais PM, para esse fim designado pelo
Comandante Geral.
§ 2° A comprovação do ato de bravura será realizada por meio de apuração por um
Conselho Especial, composto de 3 (três) Oficiais, sendo um presidente, no mínimo, no
posto de Capitão, além de um relator e um escrivão, para esse fim designados pelo
Comandante-Geral. (nova redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§ 3° Na promoção por bravura não se aplicam as exigências dos outros critérios
estabelecidos nesta Lei.
§ 4° Será proporcionado ao Praça promovido por bravura, quando for o caso, a
oportunidade de satisfazer as condições de acesso àgraduaçãoaquefoipromovido,de
acordo com a regulamentação desta Lei.
§ 5° O ato de bravura deverá resultar de ação consciente e voluntária, realizada com
evidente risco de vida e da qual não se tenha beneficiado agente ou pessoa de seu
parentesco até o 4° grauecujoméritotranscendavalor,audáciaecoragem,aquaisquer
considerações de natureza negativa, quanto à importância ou impulsividade porventura
cometida. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16/12/2021)
§ 6° Oatoquevenhaaserdesempenhadodecorrentedeumaobrigaçãoimpostaporlei,
nos exatos limitesdessaobrigação,nãoseráconsideradocomobravura,porserinerente
às atribuições do cargo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de
2021)
Seção V
Da Promoção por Tempo de Serviço
Art. 10. A Promoção por tempo de serviço é aquela em que o Praça é promovido à
graduação imediata “a pedido” ou “exofficio”,sendoefetivadaapósopreenchimentodas
seguintes condições:
I - “a pedido”, para Praça do sexo masculino:
a) ter, no mínimo, trinta anos de serviço e, pelo menos, vinte e cinco anos de efetivo
serviço;
I-apedido,parapraçasdosexomasculino,queingressarematé31dedezembrode2021:
(nova redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
a) ter, no mínimo, 30 (trinta) anos de serviço e, pelo menos, 25 (vinte e cinco) anos de
efetivoserviço,somadosaosacréscimosprevistosnoart.24-GdoDecreto-Lein°667,de
2 de julho de 1969; (nova redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
b) ter cumprido, no mínimo, a metade dos interstícios previstos para cada graduação,
obedecido os limites previstos no art. 3º desta Lei;
c) após cumprir as exigências previstas nas alíneas “a” e “b” deste inciso, requerer sua
promoção à Comissão de Promoção de Praças;
II- “a pedido”, para Praça do sexo feminino:
a) ter, no mínimo, vinte e cinco anos de serviço e, pelo menos, vinte anos de efetivo
serviço;
II-apedido,parapraçasdosexofeminino,queingressarematé31dedezembrode2021:
(nova redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
a)ter,nomínimo,25(vinteecinco)anosdeserviço,observadaaregraprevistanoincisoI
e parágrafo único do art. 24-G do Decreto-Lein°667,de1969;(novaredaçãodadapela
Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
b) ter cumprido os interstícios previstos para cada graduação, obedecido os limites
previstos no art. 3º desta Lei;
c) após cumprir as exigências previstas nas alíneas “a” e “b” deste inciso, requerer sua
promoção à Comissão de Promoção de Praças;
II-A-apedido,parapraçasdossexosmasculinoefeminino,queingressaremapartirde
1° de janeiro de 2022: (inciso acrescido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
a) ter, no mínimo, 35 (trinta e cinco) anos de serviço e, pelo menos, 30 (trinta) anos de
efetivo serviço; (alínea acrescida pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
b)tercumpridoosinterstíciosprevistosnestaLei;e(alíneaacrescidapelaLeinº9.387,de
16 de dezembro de 2021)
c)apóscumprirasexigênciasdasalíneas“a”e“b”desteinciso,requerersuapromoçãoà
ComissãodePromoçãodePraças;(alíneaacrescidapelaLeinº9.387,de16dedezembro
de 2021)
III-“exofficio”,automaticamenteàgraduaçãoimediata,paraPraçadosexomasculinoque
completar trinta anos de efetivo serviço;
III - ex officio, automaticamente, para o praça PM, masculinooufeminino,quecompletar
35(trintaecinco)anosdeefetivoserviço.(novaredaçãodadapelaLein°9.387,de16de
dezembro de 2021)
IV- “ex officio”, automaticamente à graduação imediata,paraPraçadosexofemininoque
completar vinte e cincoanosdeefetivoserviço.(incisorevogadopelaLeinº9.387,de16
de dezembro de 2021)
§ 1° Os únicos requisitos para a promoção por tempo de serviço são os previstosneste
artigo.
§2ºOsrequerimentosdequetratamosincisosIeIIdesteartigodeverãoserprotocolados
a qualquer tempo na Comissão de Promoção de Praças.
§ 3º Os Praças promovidos com base nos incisos de I a IV deste artigo passarão, “ex
officio”, para a reserva remunerada, retroativa à data do ato da promoção.
§4ºOsPraçaspromovidoscombasenoquedispõeesteartigodeverãoseragregadosno
atodesuasrespectivaspromoçõesatéapublicaçãodoatodetransferênciaparaareserva
remunerada, devendo a Diretoria dePessoal,deimediato,providenciar,necessariamente
nesta ordem, os processos de desaquartelamento e reserva.
§ 5º As promoções previstas nos incisos I e II deste artigo serão processadas pela
Comissão de Promoção de Praças imediatamente após a análise e deferimento do
requerimento.
§6ºAspromoçõesprevistasnosincisosIIIeIVdesteartigoindependemderequerimento,
devendo ser processadas “ex officio”pelaComissãodePromoçãodePraçasnadataem
que o policial militar completar o tempo máximo de permanência no serviço ativo, qual
seja, trinta anos de efetivoserviçoparaPraçadosexomasculinoevinteecincoanosde
efetivo serviço para Praça do sexo feminino.
§7ºParafinsdodispostonos§§5ºe6ºdesteartigo,osComandantes,ChefeseDiretores
dos órgãos da Polícia Militar deverão fiscalizar e controlar o tempo de efetivoserviçode
cada policial militar e informar com a devida antecedência, à Diretoria de Pessoal da
Corporação, para o pronto assessoramento à Comissão de Promoção de Praças.
§ 2° Os requerimentos de que tratam os incisos I,IIeII-Adocaputdesteartigodeverão
ser protocolados na Comissão de Promoção de Praças no prazo de até sessenta dias
antesdasdatasdepromoçãoprevistasnestaLei..(novaredaçãodadapelaLein°9.387,
de 16 de dezembro de 2021)
§3°OspraçaspromovidoscombasenoincisoIIIdocaputdesteartigopassarãoexofficio
para a reserva remunerada, retroativa à data do ato de promoção..(novaredaçãodada
pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§4°Ospraçaspromovidoscombasenoquedispõeesteartigodeverãoseragregadosno
atodesuasrespectivaspromoçõesatéapublicaçãodoatodetransferênciaparaareserva
remunerada, devendo o Departamento-Geral de Pessoal, de imediato, providenciar,
necessariamente nesta ordem, os processos de desaquartelamento e reserva. . (nova
redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§ 5° As promoções previstas nos incisos I, II e II-A do caput deste artigo serão
processadas pela Comissão de Promoção de Praças imediatamente após a análise e
deferimentodorequerimento..(novaredaçãodadapelaLein°9.387,de16dedezembro
de 2021)
§ 6° A promoção prevista no inciso III do caput deste artigo independederequerimento,
devendoserprocessadaexofficiopelaComissãodePromoçãodePraçasnadataemque
o policial militar completar o tempo máximodepermanêncianoserviçoativo,conformeo
caso. . (nova redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§7°Parafinsdodispostonos§§5°e6°desteartigo,osComandantes,ChefeseDiretores
dos órgãos da Polícia Militar deverão fiscalizar e controlar o tempo de efetivoserviçode
cada policial militar e informar, com a devida antecedência, ao Departamento-Geral de
Pessoal da Corporação, para o pronto assessoramento à Comissão de Promoção de
Praças. (nova redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§8ºAsPraçaspromovidascombasenoquedispõeesteartigo,quandotransferidaspara
ainatividade,farãojusaosproventosintegraisdopostoaoqualfoipromovida,mantidosos
vencimentos e vantagens que percebiam no serviço ativo, sem prejuízo aos acréscimos
legais da inatividade, ficando vedado o cálculo dos proventos com base no posto
imediatamente superior (REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 8.388/16).
Seção VI
Da Promoção “Post-Mortem”
Art.11.Apromoção“post-mortem”visaexpressaroreconhecimento,porpartedoEstado,
aoPraçaquefalecernocumprimentododeverouemconsequênciadele,eseráefetivada
na data do falecimento, em uma das seguintes situações:
I - em ação de preservação da ordem pública ou em decorrência dela;
II-em consequência de ferimento recebido na preservação da ordem pública ou doença,
moléstia ou enfermidade contraída nessa situação ou que nela tenham sua causa eficiente;
III-em consequência de acidente em serviço ou dedoença,moléstiaouenfermidadeque
neles tenham sua causa eficiente.
§1°ApromoçãoqueresultardequalquerdassituaçõesestabelecidasnosincisosI,IIeIII
independerá daquela prevista no § 4° deste artigo.
§ 2° Os casos de morte por acidente, doença, moléstia ou enfermidade referidos neste
artigoserãocomprovadosporatestadodeorigem,sendoostermosdoacidente,baixaao
hospital, papeletas de tratamento em casasdesaúdeedemaisregistrosrelacionadosao
infortúnio utilizados como meios subsidiários para esclarecer a situação.
§ 3° No caso de falecimento do Praça, a promoção por bravura exclui a promoção
"post-mortem" que resultaria das consequências de ato de bravura.
§ 4° O Praça serátambémpromovido“post-mortem”senadatadofalecimentosatisfazia
às condições de acesso e integravaosquadrosdeacessoàpromoçãopeloscritériosde
antiguidade e merecimento.
CAPÍTULO IV
DAS VAGAS PARA PROMOÇÃO DE PRAÇAS
Art.12.Serãocomputadasparafinsdepromoção,atéadatadepublicaçãodonúmerode
vagas pela ComissãodePromoçãodePraças,nostermosdoRegulamentodestaLei,as
vagas decorrentes de:
I - promoção às graduações superiores; II - agregação;
III - passagem para a inatividade;
IV-licenciamento, reforma administrativa e exclusão do serviço ativo; V - falecimento;
VI - criação, ativação ou transformação dos órgãos policiais-militares e das funções
definidas na Lei de Organização Básica da Corporação.
§ 1° As vagas são consideradas existentes:
a)nadatadaassinaturadoatoquepromove,agrega,passaàinatividade,licenciaeexclui
abemdadisciplinaereformaadministrativamente,salvosenopróprioatoforestabelecida
outra data;
b)na data oficial do óbito;
c)como dispuser a lei, no caso de aumento de efetivo.
§ 2° A existência de vaga a ser preenchida para determinada graduação implicará o
surgimento de vaga para as graduações inferiores nas promoções futuras, sendo esta
sequência interrompida na graduação em que houver preenchimento por excedente.
§ 3° Não preenche vaga o Praça que, estando agregado, venha a ser promovido e
continue na mesma situação.
CAPÍTULO V
DAS CONDIÇÕES BÁSICAS PARA PROMOÇÃO
Art. 13. Constituem condições indispensáveis para a promoção do Praça à graduação
imediatamente superior, exclusivamente pelos critérios de antiguidade e merecimento:
I- para todas as Qualificações Policiais-Militares Particulares de Praças (QPMP-0,
QPMP-1, QPMP-2), ter completado, até a data de promoção, os seguintes interstícios
mínimos:
a)seisanosnagraduaçãodeSoldado,contadosapartirdadatadeconclusãodoCursode
Formação de Praças, para promoção à graduação de Cabo;
b)seis anos na graduação de Cabo, para promoção à graduação de 3º Sargento;
c)quatro anos na graduação de 3º Sargento, para promoção à graduação de 2º Sargento;
d)quatroanosnagraduaçãode2ºSargento,parapromoçãoàgraduaçãode1ºSargento,
exceto para o 2º Sargento que na data de promulgação desta Lei já se encontrar na
respectiva graduação;
e)três anos na graduação de 1º Sargento, para promoção à graduação de Subtenente.
c)5 (cinco) anos na graduação de 3° Sargento, para promoção à graduação de 2°
Sargento; (nova redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
d)5 (cinco) anos na graduação de 2° Sargento, para promoção à graduação de 1°
Sargento, exceto parao2°SargentoquenadatadepublicaçãodestaLeijáseencontrar
narespectivagraduação;ou(novaredaçãodadapelaLein°9.387,de16dedezembrode
2021)
e)5 (cinco) anos na graduação de 1° Sargento, para promoção à graduação de
Subtenente; (nova redação dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
II- apto em inspeçãodesaúdeprocedidapelaJuntadeSaúdedaCorporação,atéadata
prevista no Regulamento desta Lei;
III-aptoemTestedeAptidãoFísica(TAF)atéadataprevistanoRegulamentodestaLei;IV
- ter sido incluído no Quadro de Acesso de sua respectiva qualificação;
V- ter concluído com aproveitamento, até a data prevista para o encerramento das
alterações, o Curso de Adaptação à graduação de 3º Sargento, para a promoção à
graduação de 2º Sargento;
VI- ter concluído com aproveitamento, até a data prevista para o encerramento das
alterações, o Curso de Aperfeiçoamento deSargento,paraaspromoçõesàsgraduações
de 1º Sargento e Subtenente;
VII-estarclassificado,nomínimo,noComportamento“Bom”;VIII-existênciadevaganos
termos do art.13 desta Lei.
§1ºParaaprovaçãonoTestedeAptidãoFísicaocandidatoàpromoçãodeveráatingir,no
mínimo, o conceito “regular”, conforme dispuserem normas específicas editadas pelo
Comandante Geral da Corporação.
§ 2º As condições de interstícios estabelecidas nesta Lei poderão ser reduzidas até a
metade por ato do Governador do Estado, mediante proposta motivada do Comandante
Geral da Corporação.
§ 3ºOcursodeadaptaçãoàgraduaçãode3ºSargentoeocursodeaperfeiçoamentode
Sargentoterãosuaduração,gradescurricularesecritériosdeseleçãodefinidasporatodo
Comandante Geral da Corporação.
§ 4º A incapacidade física temporária verificada na Inspeção de Saúde não impede o
ingresso em Quadro de Acesso nem a consequente promoção à graduação superior.
§ 5º No caso de incapacidade física definitiva ou de incapacidade temporária por prazo
superior a dois anos, o Praçaseráreformado,conformedispuseroEstatutodosPoliciais
Militares da PMPA.
§ 5°-A Caso o militar esteja afastado por motivo de licença para tratamento de saúde
própria (LTSP) e forconvocadoparaainspeçãodesaúde,deverácompareceràjuntade
saúde, mesmo que tenha sido julgado incapaz temporariamente, salvo dificuldade
insuperável devidamente justificada ao Presidente da Junta, no prazo de 48 (quarenta e
oito) horas após a inspeção de saúde. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16 de
dezembro de 2021)
§ 6º A prestação das informações referentes ao disposto no inciso I deste artigo é de
atribuição da Diretoria de Pessoal da Polícia Militar do Pará.
§6°AprestaçãodasinformaçõesreferentesaodispostonoincisoIdocaputdesteartigoé
deatribuiçãodoDepartamento-GeraldePessoaldaPolíciaMilitardoPará.(novaredação
dada pela Lei n° 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§7°OPraça,incapacitadotemporariamente,promovidonessacondição,deacordocomo
parecer da Junta de Saúde, deverá satisfazer o requisitodeaptidãonoTestedeAptidão
Físicaapósasuapromoção,noperíodocorrespondenteaointerstíciodanovagraduação
até a data da definição doLimiteQuantitativodapróximapromoçãoquevieraconcorrer,
como condição para ingressar no referido Limite Quantitativo à promoção à graduação
imediatamente superior. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de
2021)
§ 8° Os praças que venham a ser revertidos e readaptados para a atividade-meio, na
forma da lei, poderão realizar o Teste de Aptidão Física adaptado à situação em quese
encontrarem. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§9°Operíododecumprimentodaspuniçõesdisciplinaresserácomputadocomotempode
efetivoserviçoparaefeitodacontagemdointerstícionograuhierárquicoaqueserefereo
incisoI,alíneas“a”a“e”,docaputdesteartigo.(ParágrafoacrescidopelaLeinº9.387,de
16 de dezembro de 2021)
CAPÍTULO VI
DO PROCESSAMENTO DAS PROMOÇÕES DOS PRAÇAS PM
Parágrafoúnico.Oprocessamentodaspromoçõesobedeceráocronogramaconstanteno
Regulamento desta Lei, no qual também se especificam atribuiçõeseresponsabilidades.
(Parágrafo revogado pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§ 1° O processamento das promoções obedecerá ao cronograma constante no
regulamento desta Lei, no qual também serão especificadas atribuições e
responsabilidades. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§ 2° O Limite Quantitativo é a relação de policiais militares com interstício completo de
cada graduação, na respectiva qualificação, até a datadapromoção,conformeoart.13,
nos seguintes termos: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
I- para as promoções às graduações de Cabo e 3° Sargento, será organizado Limite
Quantitativo em número de graduados igual a duas vezes o número estimado de vagas
existentesatéasdatasde30dejaneiro,paraaspromoçõesde21deabril,e30dejunho,
para as promoções de 25 de setembro; e (inciso acrescido pela Lei nº 9.387, de 16 de
dezembro de 2021)
II- para as promoções às graduações de 2° Sargento, 1° Sargento e Subtenente, será
organizado Limite Quantitativo em número de graduados iguala3(três)vezesonúmero
estimadodevagasexistentesatéasdatasde30dejaneiro,paraaspromoçõesde21de
abril, e 30 de junho, para aspromoçõesde25desetembro.(incisoacrescidopelaLeinº
9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§ 3° As vagas computadas porocasiãodapublicaçãodoQuadrodeAcessopoderãoser
iguais, menores ou maiores ao número de vagas anteriormenteestimadasnapublicação
do Limite Quantitativo. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de
2021)
Art. 15. As promoções por antiguidade e merecimento serão efetuadas nas seguintes
proporções em relação ao número de vagas:
I-paraasgraduaçõesdeCaboe3ºSargento,serãoefetivadasexclusivamentepelocritério
de antiguidade;
II-para as graduações de 2º Sargento, 1º Sargento e Subtenente, serão efetivadas com
base nos critérios de antiguidade e merecimento, obedecendo àproporçãodeumavaga
por antiguidade seguida de uma vaga por merecimento.
§ 1º A proporçãomencionadanoincisoIIdesteartigoseráretomadaapartirdeondeela
tenha sido interrompida.
§2ºNocasodeoPraçapreencherosrequisitosquelhepermitamserpromovidotantopor
antiguidade quanto por merecimento, este será promovido com base no critério de
merecimento, preenchendo-se a vaga por antiguidade pelo Praça imediatamente mais
moderno que se enquadre nos critérios e condições previstos nesta Lei e não esteja na
situação prevista na primeira parte deste parágrafo.
Art. 16. A promoção por merecimento será feita com base no Quadro de Acesso por
Merecimento obedecida rigorosamente a ordemdeclassificaçãomeritória,nostermosdo
regulamento desta Lei.
Parágrafo único. Para promoção por merecimento às graduações de 2º Sargento, 1º
SargentoeSubtenente,asvagascomputadasserãopreenchidasdeacordocomaordem
de classificação meritória obtida por cada um deles.
Art. 17. O processo referente à promoção com base no critério de antiguidade ou
merecimentoteminíciocomainclusãodocandidatonoQuadrodeAcessorespectivo.art.
18.OatoadministrativoquetenhaporobjetoapromoçãodoPraçaéconsubstanciadosob
a forma de portaria do Comandante Geral e publicado em Boletim Geral da Corporação.
Art. 19. A Comissão de Promoção dos Praças Policiais Militares (CPP) é o órgão
encarregado do processamento das promoções dos praças PM.
CAPÍTULO VII
DOS QUADROS DE ACESSO
Art. 20. Quadros de Acesso são relações nominais dos Praças à promoção, após
satisfeitas as condições básicas, organizadas a partir:
I-domaisantigo,observando-seaordemdeantiguidadeestabelecida,quandosetratarde
Quadro de Acesso por Antiguidade (QAA);
II-do mais bem colocado na apuração das Fichas de Avaliação, quando se tratar de
Quadro de Acesso por Merecimento (QAM).
§1ºHavendoempateentrecandidatosàpromoção,napontuaçãodequetrataoincisoII,
prevalecerá a antiguidade, que determinará entre estes a ordem de classificação.
§ 2º Para promoção pelos critérios de antiguidade e merecimento, é condição
imprescindívelterocandidatooseunomepreviamenteincluídonoQuadrodeAcessopor
Antiguidade (QAA) ou no Quadro de Acesso por Merecimento (QAM), respectivamente.
Art.21.OsQuadrosdeAcessodeverãoserpublicadosemboletim,conformecronograma
previsto nesta Lei.
Art. 22. Não poderá constar de nenhum Quadro de Acesso o Praça:
I - cujo comportamento esteja classificado como “insuficiente” ou “mau”;
II-consideradonãohabilitadoparaoacessoemrazãodenãoteratingido,quandosetratar
de Sargentos, no mínimo:
a)conceito “regular” na avaliação de desempenho profissional, na graduação atual;
b)metade da pontuação máxima possível na avaliação de potencial e experiência
profissional, na graduação atual;
III- preso preventivamente ou em flagrante delito;
IV- condenado à pena privativa da liberdade, mesmo que beneficiado por livramento
condicional ou suspensão condicional da pena;
V- que esteja submetida a Conselho de Disciplina ou ProcessoAdministrativoDisciplinar
Simplificado que possa ensejar o licenciamento a bem da disciplina;
VI- que tenha atingido olimitedeidadeparapermanêncianoserviçoativoouváatingi-lo
até a data da promoção;
VII-emgozodelicençaparatratardeinteresseparticular;VIII-queestejanacondiçãode
desertor;
IX-incapacitadodefinitivamenteparaoserviçopolicial-militar,segundo parecerdaJunta
de Saúde da Corporação;
X - considerado desaparecido ou extraviado.
§ 1º Quando o fato tiver ocorrido em consequência de serviço e não constituir ilícito
infamante, lesivo à honra, aopundonoreaodecorodaclassepolicial-militar,aComissão
de Promoção de Praças poderá, por maioria devotos,decidirpelainclusãonosQuadros
de Acesso do Praça que incidir na hipótese prevista no inciso III do “caput” deste artigo.
§ 2º Considera-se ilícito infamante, lesivo à honra, ao pundonor e ao decoro da classe
policialmilitar,ainobservânciadequaisquerdospreceitosdaéticapolicial-militar,previstos
no Estatuto dos Policiais Militares e no Código de Ética e Disciplina da Corporação.
§3ºOconceitoaqueserefereaalínea“a”doincisoIIdesteartigoresultarádamédiadas
avaliações realizadas por meio de ficha própria para esse fim.
§4ºAcomprovaçãodopotencialedaexperiênciaaqueserefereaalínea“b”doincisoII
deste artigo será atestada pela Comissão de Promoção de Praçasemfichaprópriapara
este fim.
§ 5° Será excluído de qualquer Quadro de Acesso o Praça que incidir em uma das
circunstâncias previstas neste artigo ou ainda:
a)for nele incluído indevidamente;
b)for promovido;
c)em decorrência de falecimento; ou
d)por passar à situação de inatividade.
Art. 23. Será excluído do QuadrodeAcessoporMerecimentojáorganizado,oudelenão
poderá constar, o Praça que agregar ou estiver agregado:
I-pormotivodegozodelicençaparatratamentodesaúdedepessoadafamília,porprazo
superior a seis meses contínuos;
II- em virtude de se encontrar no exercício de cargo público civiltemporário,nãoeletivo,
inclusive da Administração Indireta;
III-por ter passado à disposição de órgão do Governo Federal, do Governo Estadual, de
Território ou do DistritoFederaledoGovernoMunicipal,paraexercerfunçãodenatureza
civil;
IV-em conformidade com o disposto no inciso II do § 8º do art. 14 da Constituição Federal.
Parágrafoúnico.ParaserincluídooureincluídonoQuadrodeAcessoporMerecimento,o
Praça abrangido pelo disposto neste artigo devereverteràCorporaçãopelomenostrinta
dias antes da data de promoção.
Art. 24. O Praça agregado que estiver no efetivo desempenho de cargo ou função
consideradadenaturezapolicial-militar,concorreráàpromoçãopelocritériodeantiguidade
e merecimento previsto nesta Lei, desde que obedecido o § 4º do art. 23 desta Lei.
Art. 25. A composição do Quadro de Acesso eoatodepromoçãodoPraçapoderãoser
objetos de recurso administrativo, a ser apresentado ao Presidente da Comissão de
Promoção dos Praças, nos termos do art. 31 desta Lei.
Art. 26. O Praça que tiver o processo de transferência para a inatividade devidamente
iniciado não concorrerá à promoção prevista nesta Lei, salvo no caso de promoção por
tempo de serviço, obedecida as condições previstas no art. 10 desta Lei.
CAPÍTULO VIII
DA COMISSÃO DE PROMOÇÃO DE PRAÇAS
Art. 27. A Comissão de Promoção dos Praças (CPP) da Corporação tem caráter
permanente e será constituída nos termos da Lei Organização Básica da Corporação.
§1°Àexceçãodosmembrosnatos,nãopoderãofuncionarnaComissãodePromoçãoos
membrosquetenhamcomocandidatosaoQuadrodeAcessoparentesatéoterceirograu
em linha reta, colateral e os afins na mesma situação.
§ 2º São atribuições da Comissão de Promoção de Praças:
I- apresentar proposta dos Quadros de Acesso ao Comandante Geral para fins de
aprovação e publicação;
II- examinar e emitir parecer nos recursos relativos à promoção;
III-apreciarosprocessosepropor,seforocaso,aspromoçõesporatodebravurae“post-
mortem”;
IV- apreciar as fichas de avaliação previstas nesta Lei;
V- avaliar a Ficha Individual de Alterações dos candidatos à promoção para fins de
elaboração do QAM;
VI- elaborar e encaminhar ao Comandante Geral a proposta de promoção;
VII- buscar as informações relativasaoscandidatosàpromoçãoparafinsdecomposição
dos Quadros de Acesso.
§ 3°AregulamentaçãodestaLeipoderápreveroutrasatribuiçõeseresponsabilidadesda
Comissão de Promoção de Praças no tocante ao processamento das promoções.
Art. 28. A Comissão de Promoção de Praças decidirá por maioria de votos de seus
membros, computado o de seu Presidente.
Art. 29. Todas as deliberações da Comissão de Promoção requerem a participação da
totalidadedeseusmembros,podendooComandanteGeralnomearsubstitutonahipótese
de algum membro estar ausente ou impossibilitado de participar dos trabalhos.
Art. 30. O cronograma de eventos da Comissão dePromoçãodePraçasserátratadono
Regulamento desta Lei.
CAPÍTULO IX
DOS RECURSOS
Art.31.DacomposiçãodosQuadrosdeAcessocaberárecursoàComissãodePromoção
de Praças.
§1ºOPraçaquesesentirprejudicadoemrelaçãoàcomposiçãodosQuadrosdeAcesso
ou ao ato de promoçãoterácincodiasúteis,apartirdapublicaçãodoatoemBoletimda
Polícia Militar, para apresentar pedido de reconsideração.
Art.31.DacomposiçãodoLimiteQuantitativoedosQuadrosdeAcessocaberárecursode
reconsideraçãoàComissãodePromoçãodePraças.(caputalteradopelaLeinº9.387,de
16 de dezembro de 2021)
§1°OPraçaquesesentirprejudicadoemrelaçãoàcomposiçãodoLimiteQuantitativoou
do Quadro de Acesso ou ao ato de promoção terá 5 (cinco) dias úteis, a partir da
publicaçãodoatoemBoletimdaPolíciaMilitar,paraapresentarpedidodereconsideração.
(parágrafo alterado pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
§2°AComissãodePromoçãodePraçasteráoitodiasúteisparaanalisaredecidirsobreo
recurso apresentado, devendo a decisão ser publicada em Boletim da Polícia Militar.
CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 32. O Praça, extraordinariamente, será promovido em ressarcimento de preterição,
desde que seja reconhecido o seu direito à promoção quando:
I- cessar sua situação de desaparecido ou extraviado; II - for absolvido em Conselhode
Disciplina;
II-forabsolvidoemConselhodeDisciplinaouemprocessoadministrativoquetenhacomo
objeto olicenciamentoabemdadisciplina,parapraçassemestabilidade;(incisoalterado
pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
III- tiver sido prejudicado por comprovado erro administrativo; IV -tiversoluçãofavorável
ao recurso interposto.
Parágrafoúnico.ApromoçãodoPraçafeitaemressarcimentodepreteriçãoseráefetuada
segundo os critérios de antiguidade ou merecimento, recebendo ele o número que lhe
competir na escala hierárquica como se houvesse sido promovido na época devida,
independentemente da existência de vaga. (Parágrafo revogado pela Leinº9.387,de16
de dezembro de 2021)
§1°ApromoçãodoPraçafeitaemressarcimentodepreteriçãoseráefetuadasegundoos
critérios de antiguidade ou merecimento, recebendo ele o número que lhe competir na
escala hierárquica como se houvesse sido promovido na época devida,
independentemente da existência de vaga. (parágrafo acrescido pela Leinº9.387,de16
de dezembro de 2021)
§ 2° No caso de promoção em ressarcimento de preterição, será exigido o Teste de
Aptidão Física e a inspeção de saúde para sua efetivação, contemporâneos ao
reconhecimentodapreterição.(parágrafoacrescidopelaLeinº9.387,de16dedezembro
de 2021)
Art. 33. A promoção indevidamente não efetivada será objeto de ressarcimento de
preterição desde que requerida pelo interessado ouprovidenciadapelaAdministraçãono
prazo de cinco anos, contados da data em que a respectiva promoção deveria ocorrer.
Art. 34. Fica extinto o Processo Seletivo Interno para os Cursos de Formação deCabos
(CFC) e de Formação de Sargentos PM (CFS).
Art.35.ÉvedadoaoPraçaconcorreràpromoçãoemqualificaçãoouespecialidadediversa
da sua.
Art. 36. Os órgãos integrantes da Polícia Militar do Pará mencionados nesta Lei são
aquelesprevistosnosarts.5º,49e50,eAnexoIII,daLeiComplementarnº053,de7de
fevereiro de 2006.
Art.37.OsPraçasquenadatade15dejaneirode2014tenhamatingidootempodetrinta
anosdeefetivoserviço,sehomem,evinteecincoanosdeefetivoserviço,semulher,não
seaplicaoregramentodosincisosIIIeIVdoart.10destaLeinoqueserefereaoingresso
“ex officio” na Reserva Remunerada.
Art. 37 A. Os interstícios previstos no art. 13 não se aplicam aos praçasquenadatada
publicaçãodestaLeiencontrem-senasrespectivasgraduações,osquaisdeverãocumprir,
respectivamente os seguintes interstícios:(inseridopelaLeinº9.387,de16dedezembro
de 2021)
I-6(seis)anosnagraduaçãodeSoldado,contadosapartirdadatadeconclusãodoCurso
deFormaçãodePraças,parapromoçãoàgraduaçãodeCabo;(incisoinseridopelaLeinº
9.387, de 16 de dezembro de 2021)
II- 6 (seis) anos na graduação de Cabo, para promoção à graduação de 3° Sargento;
(inciso inserido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
III- 4 (quatro) anos na graduação de 3° Sargento, para promoção à graduação de 2°
Sargento; (inciso inserido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
IV- 4 (quatro) anos na graduação de 2° Sargento, para promoção à graduação de 1°
Sargento, exceto parao2°SargentoquenadatadepublicaçãodestaLeijáseencontrar
na respectiva graduação; e (inciso inserido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
V-3(três)anosnagraduaçãode1°Sargento,parapromoçãoàgraduaçãodeSubtenente.
(inciso inserido pela Lei nº 9.387, de 16 de dezembro de 2021)
Parágrafo único. Os militares que forem promovidos às graduações imediatamente
superiores após a publicação desta Lei deverão cumprir osinterstícios,deacordocoma
previsão do inciso I do caput do art. 13. (parágrafo inserido pela Lei nº 9.387, de 16 de
dezembro de 2021)
Art. 38. Aplicam-se, no que couber, as disposições desta Lei ao Corpo de Bombeiros
Militar, sem prejuízo das demais normas aplicáveis àquela Corporação.
Art. 39. Esta Lei deverá ser regulamentada, no que couber, no prazo de cento e oitenta
dias, contado a partir de sua publicação.
Art. 40. Ficam revogadas as Leisnº5.250,de29dejulhode1985,que“dispõesobreas
promoçõesdePraçasdaPolíciaMilitardoParáedáoutrasprovidências”;nº6.669,de27
dejulhode2004,que“dispõesobreascarreirasdeCaboseSoldadosdaPolíciaMilitare
doCorpodeBombeirosMilitardoPará,suaspromoçõesnoquadrodepraças,edáoutras
providências”;nº7.106,de12defevereirode2008,que“alteraeacrescentadispositivosà
Lei nº 5.250, de 29 de julho de 1985, e dá outras providências”; e nº 7.200, de 10 de
setembro de2008,que“alteraeacrescentadispositivosàLeinº6.669,de27dejulhode
2004,quedispõesobreascarreirasdeCaboseSoldadosdaPolíciaMilitaredoCorpode
Bombeiros Militar do Pará, suas promoções no quadro de praças, e dá outras
providências”, e o Decreto nº 4.242, de 22 de janeiro de 1986, que regulamenta para a
Polícia Militar do Pará a Lei nº 5.250, de 29 de julho de 1985.
Art. 41. Esta Lei entraemvigornadatadesuapublicação.PALÁCIODOGOVERNO,13
de julho de 2015.
UNIDADE VI
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 15 - Art. 15. O ingresso nos Quadros de Ofi ciais de Administração (QOA) e de Ofi
ciais Especialistas (QOE) far-se-á mediante promoção do Terceiro Sargento, Segundo
Sargento, Primeiro Sargento e Subtenente ao primeiro posto do ofi cialato, satisfeitasas
exigências da presente Lei e seu regulamento NR Lei n° 8.403/2016).
Art. 16 - São condições essenciais para a inscrição no processo seletivo ao Curso de
HabilitaçãodeOficiais(CHO)eparaoingressonosquadrosdeacessoQOA/QOE(NRLEI
N° 9.387, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2021):
I-ternomínimoquinzeanosdeefetivoserviço,sendodoisanosnagraduação,quandose
tratar de Terceiro Sargento PM/BM;NR Lei n° 8.403/2016
II - ter no máximo 50 anos de idade; NR Lei n° 8.403/2016
III - possuir o Segundo Sargento, Primeiro Sargento e o Subtenente o Curso de
Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS) ou curso superior em nível de graduação, com
diplomaexpedidoporinstituiçãodeensinoreconhecidapeloMinistériodaEducação,além
de outras condições previstas noregulamentodestaLeie/ounasnormaseditalícias.NR
Lei n° 8.403/2016
IV - possuir o Terceiro Sargento curso superior em nível de graduação, com diploma
expedido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação, além de
outrascondiçõesprevistasnoregulamentodestaLeie/ounasnormaseditalícias.NRLein°
8.403/2016
V - Ter sido julgado "apto" em inspeção de Saúde;
VI - Ter sido aprovado em testes de aptidão física;
VII - Estar classificado no mínimo no comportamento "BOM";
VIII - Ter conceito, no mínimo"BOM"deComandante,DiretorouChefe; IX-Terparecer
favoráveldaComissãodePromoçõesdeOficiaisPM/BM; X-Tersidoaprovadonoexame
de suficiência técnica da qualificação policial-militar, se praça especialista;
XI - Não estar enquadrado nos seguintes casos:
a)respondendo a processo no Fórum Civil ou Militar ou submetido a Conselho de
Disciplina;
b)licenciado para tratar de interesse particular;
c)condenadoapenadesuspensãodocargooufunção,previstanoCPM,duranteo prazo
desta suspensão;
d) cumprindo sentença.
Art. 17 - As promoções no QOA/QOE obedecerão aos princípios contidos na Lei da
Promoção de Oficiais PM/BM e seu Regulamento, no tocante ao acesso atéoposto de
Capitão PM/BM.
PARÁGRAFO ÚNICO - As promoções para o ingresso nos Quadros de que trata este
artigo são efetuadas pelo critério de merecimento e para ospostosdePrimeiro Tenente
PM/BM e de Capitão PM/BM pelo critério de antiguidade.
CAPÍTULO I V
DA TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA