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MICROCONTROLADORES

Aula 7 – 25/02/2021
Microcontroladores (uC) e Sistemas Embarcados
O Microcontrolador é um computador ou
sistema completo em um chip ou do inglês
“System on Chip” (SoC). Esse chip possui pelo
menos um processador, uma unidade de memória
e um canal de entrada e/ou saída, mas
comumente possuem periféricos adicionais de
comunicação (Serial, I2C, SPI, UART/USART,
etc), temporização, entre outros.

Sistema Embarcado ou do Inglês “Embedded


System” é um Sistema Microprocessado, que
inclui Hardware1 e Software2, construído para
executar tarefas específicas à um
propósito/finalidade.
1Hardware: qualquer parte física do Sistema.
2Software: conjunto de instruções executadas em
computadores para processamento de dados, como programas,
rotinas, etc...
Microcontroladores: História
1971 – Primeiro Microprocesador (uP) Intel 4004
1971 – Invenção do EPROM1 patente Dov Frohman – Intel 1702
1972- 1974 – Primeiro uC usado internamente na TI (TMS1802NC) (Gary Boone e Michael Cochran)
1974 – A TI iniciou a venda do TMS1000
1976 – Primeiro uC da Intel 8048
1978s – Intel 2816 primeira memória EEPROM2 (apagados eletricamente).
1980 – Lançamento do Intel 8051
1983 – TMS1000 atinge 100 milhões de unidades vendidas
1990s – Surgem os uC’s com EEPROM1

EPROM1 – “Erasable Programmable read-only memory” - (familiares por


uma cobertura transparente de quartzopodiam ser apagados através de
luz ultravioleta).
EEPROM2 – “Electrically Erasable Programmable read-only memory”
Microcontroladores: Fabricantes
Família PIC – 8 a 32 bits

Família AVR e Attiny (Arduino) – 8 a 32 bits

Apenas MCUs1 baseados em ARM-cortex

Família STM - 8 a 32 bits e


baseado em ARM)

1MCUs – “Microcontroller Units” (Unidades Microcontroladoras).


MPUs – “Microprocessor Units” (Unidades Microprocessadoras).
Microcontroladores: Lei de Moore e Transistores
A lei de Moore é uma observação e projeção de uma tendência histórica relacionado a
indústria de microchips e processamento de computadores. Foi observada por Gordon E.
Moore, e consiste no estudo de que o número de transistores dos chips teria um aumento de
100%, pelo mesmo custo, a cada período de 18 meses. Essa profecia tornou-se realidade e
acabou ganhando o nome de Lei de Moore.

Porém a lei de Moore está prestes a ser aposentada, devido a inviabilidade custo versus
desempenho para diminuir-se ainda mais os 7nm (atual menor transistor) dos processadores
atuais. Procuram se novas alternativas como: sistemas que exijam menos dos processadores e
verticalização dos transistores (várias camadas).
Microcontroladores: Lei de Moore e Transistors

59.400.000.000
Microcontroladores: Arquiteturas de Processadores
Von Neumann Harvard

Memória Memória Memória


Dados + Programa Programa Dados

Dados Endereços

CPU CPU
Endereços Endereços
Dados de Instrução de Variáveis

Entrada/Saída Entrada/Saída
Microcontroladores: Arquiteturas
Von Neumann Harvard

• Arquitetura mais simples • Arquitetura mais complexa


• Mais lento pois não permite acesso • Mais rápido pois permite acesso
simultâneo as memórias simultâneo as memórias
• Geralmente CISC1 • Geralmente RISC2
• Computadores • Permite o Pipelining3
• Microcontroladores

1CISC - Complex Instruction Set Computer, ou, em uma tradução literal, "Computador com um Conjunto Complexo de Instruções“
2RISC - Reduced Instruction Set Computer; em português, "Computador com um conjunto reduzido de instruções“
3Pipelining – Execução de instruções em série
Microcontroladores: Processador ou CPU1
• A função da CPU é interpretar as instruções de programa.
CPU
• Unidade lógica e aritmética (ULA ou ALU): executa operações
lógicas e aritméticas; UC
• Unidade de controle (UC): decodifica instruções, busca
operandos, controla o ponto de execução e desvios; ULA
• Memória/Registradores/Cache: armazenar dados para o
processamento. MEM

A ULA realiza uma gama variada de operações aritméticas-lógicas sobre dados.


Tais operações sempre incluem a adição, subtração, as operações lógicas como
o AND, OR, EX-OR, operações de deslocamento, além de operações de
incremento e decremento. Os microprocessadores mais avançados têm uma
ULA que pode fazer multiplicação e divisão

• 1Unidade Central de Processamento do Inglês “Central


Processor Unit” (CPU)
Microcontroladores: Memória
• A Memória tem como objetivo o armazenamento de dados. Que
podem ser de forma: Temporária (Volátil / RAM) ou Íntegra (Não
Volátil / ROM) que diz respeito a capacidade de se manter a
informação após desenergizado.

• Volátil: Perde as informações após desenergizado (RAM)


• A Memória Volátil pode ser caracterizada como Dinâmica ou
Estática no que se refere a tecnologia utilizada para armazenar
os programas e dados.

• Não Volátil: Mantém as informações após desenergizado.


(Transistor de Porta Flutuante1). (ROM).

1(16) Funcionamento de memórias flash - YouTube


Microcontroladores: Memória Volátil
• Dinâmica (DRAM): Composta por células de memórias,
combinação de um transistor e um capacitor, onde o transistor faz
o chaveamento entre 0 e 1 e o capacitor mantém esta informação
ativa enquanto energizado. Porém para que o valor permaneça
corretamente é necessário que esta informação seja atualizada
constantemente.

• Estática (SRAM): Possui um formato de gravação flip-flop


(“latch”). É um dispositivo que ao receber um determinado pulso
de clock muda de posição mantendo a até que um novo pulso
seja recebido. Isto faz com que não seja necessário ficar
atualizando esta informação constantemente.

• OBS: Apesar da memória Estática possuir uma latência (tempo de resposta)


melhor que a memória Dinâmica, a segunda possui a grande vantagem de
suas células de memória serem muito menores que os “dispositivos flip-
flops” das memórias Estáticas, fazendo com que seja possível maior
quantidade de memória em um mesmo chip. (Velocidade x Capacidade)
Microcontroladores: Memória Volátil
• RAM1 - Memória de Armazenamento dos dados.
• SRAM2 – Memória com armazenamento estático dos dados (via
flip-flop).
• DRAM3 – Memória com armazenamento dinâmico dos dados (via
célula de memória / transistor e capacitor).
• MRAM4 – Memória mais recente que utiliza um sistema de placas
ferro magnéticas capazes de reter a magnetização e manter o
transistor energizado.

1RAM - “Random Access Memory” ou Memória de Acesso Aleatório


2SRAM - “Static Random Access Memory” ou Memória de Acesso Aleatório Estático
3SRAM - “Dynamic Random Access Memory” ou Memória de Acesso Aleatório Dinâmico
4MRAM - “Magnetoresitive Random Access Memory” ou Memória de Acesso Aleatório Magneto-

Resistiva
Microcontroladores: Memória Não Volátil
• ROM OU PROM - Pode ser gravado apenas uma vez
• EPROM – Memória ROM capaz de ser apagada através de luz
UV.
• EEPROM – Memória ROM que pode ser eletricamente apagada.
(pronúncia E2PROM).
• EAROM – As informações podem ser parcialmente alteradas
eletricamente.
• FLASH– Memória de armazenamento dos Programas. Tipo
particular de memória EEPROM. Diferentemente da EEPROM
que apaga as informações ao reescrever os dados ao mesmo
tempo, a memória Flash tem a capacidade de apagar os dados
em blocos, o que torna mais viável para aplicações que requerem
atualização mais frequente dos dados.
• CD-ROM, DVD-ROM
ROM – “Read-Only Memory” ou Memória Somente Leitura
EPROM – “Erasable Programable Read-Only Memory” ou Memória Programável Apagável Somente Leitura.
EPROM – “Electrically Erasable Programable Read-Only Memory” ou Memória Eletricamente Programável
Apagável Somente Leitura.
EAROM – “Electrically Alterable Programable Read-Only Memory” ou Memória ou Memória Programável
Alterável Somente Leitura. Programável Apagável Somente Leitura.
Microcontroladores: Entradas e Saídas (I/O1)
• Apesar de Port ser
• Portas ou “Ports” são os meios de
traduzido como porta
comunicação do CPU com o mundo externo.
ele tem o sentido de
Também são conhecidas com GPIOs ou
Porto, ou seja, que
Portas de Entrada e Saída de Proposito Geral.
liga o país/cidade
com o mundo afora.
• As portas podem funcionar como Portas de
Entrada e Saídas Digital ou alternar para
portas com Função.

• I/O – Input / Output = Entrada / Saídas.


• GPIO – General Purpose I/O
Microcontroladores: Entradas e Saídas (I/O1)
• Apesar de Port ser
• Portas ou “Ports” são os meios de
traduzido como porta
comunicação do CPU com o mundo externo.
ele tem o sentido de
Também são conhecidas com GPIOs ou
Porto, ou seja, que
Portas de Entrada e Saída de Proposito Geral.
liga o país/cidade
com o mundo afora.
• As portas podem funcionar como Portas de
Entrada e Saídas Digital ou alternar para
portas com Função.

• I/O – Input / Output = Entrada / Saídas.


• GPIO – General Purpose I/O
Microcontroladores: I/O Digitais
• São portas bidirecionais, ou seja, podem ser configuradas tanto como entrada como saída,
onde alguns microcontroladores possuem resistores de pull-up/down integrados.
• Cada porta consiste de três registradores: DDxn,
PORTxn, and PINxn onde x indica a letra da porta (A,
B, C, etc) e n o numero do pino (0, 2, .. 7).
• DDxn – Configura a direção do pino. Se DDxn é 1 o
pino Pxn (ex. PA1) é configura como output. O inverso é
verdadeiro.
• PORTxn configura o pino como HIGH or LOW.
• PINxn é usado para alternar o valor do PORTxn
independente do valor do DDRxn.

(Atmega328P – pag.85)

• I/O – Input / Output = Entrada / Saídas.


• GPIO – General Purpose I/O
• Resistores Pull-up/down são utilizados para garantir 0 (down) ou 1 (up) no pino
Microcontroladores: I/O Digitais
• As I/O’s são denominadas Digitais pois trabalham apenas com valores discretos, ou seja,
não há valores intermediários entre dois valores. No caso de saídas de microcontroladores
são normalmente 3.3V ou 5V dependendo da alimentação.

• Como SAÍDA ou OUTPUT os pinos somente podem fornecer 0 ou 3.3/5V.

• Como ENTRADA ou INPUT os pinos somente podem receber 0 ou 3.3/5V.

• Qualquer valor intermediário será lido como 0 ou 3.3/5V a depender de um determinado


limiar interno.
Microcontroladores: I/O Funções Alternativas
• A maioria dos pinos de um microcontrolador possuem funções adicionais além da I/O
geral.
• Existe um seletor lógico ligado aos registradores que
alternam as funções do pino. Ver tabela 14-2 (Generic
Description of Overriding Signals for Alternate
Functions) abaixo no datasheet para mais informações.

(Atmega328P – pag.89)
Microcontroladores: I/O Funções Alternativas
• A maioria dos pinos de um microcontrolador possuem funções adicionais além da I/O
geral.
Microcontroladores: Projeto de Sistemas Embarcados
Um projeto que envolve Sistemas Microprocessados pode ser dividido em duas
principais linhas, uma relacionada com o circuito eletrônico (Hardware) e outra
relacionada com a programação (Software).
• Descrição do Funcional: Definir as interações que o sistema terá com o mundo
externo (ex. sensores, atuadores, etc) e os controles/monitoramentos (PID, buffers,
PWM, etc) necessários (Resumo solicitado).
• Descrição do Comportamento: Descrever/detalhar as funcionalidades,
configurabilidade, eventos e tratamentos do sistemas.
• Funcionalidades: Tarefas (funções) que serão executadas (ex. Ler sensor, ascender
Led, atuar motor, etc).
• Configurabilidade: Tudo que terá que ser configurável, desde inicialização até
parâmetros das funções e Classes. (ex. inicializar serial, função do motor tem que ter
variação de velocidade, definir pinos dos leds, etc.)
• Eventos: refere-se mais ao tempo em que as coisas ocorrerão. (ex. a função de ler
sensor deve acontecer a cada 10 segundos, a cada 1 segundo o led ascende e
apaga, etc).
• Tratamentos: o que precisa ser feito após os eventos acontecerem (ex. converter
sensor de mV para metros, converter rotação em mV PWM para o motor, etc.)
Microcontroladores: Projeto de Sistemas Embarcados
Um projeto que envolve Sistemas Microprocessados pode ser dividido em duas
principais linhas, uma relacionada com o circuito eletrônico (Hardware) e outra
relacionada com a programação (Software).
• Descrição Estrutural do Sistema: Descrever como será a estrutura do sistema.
• Blocos Funcionais: Criar blocos que descrevam cada função do sistema.
Normalmente utiliza-se blocos retangulares.
• Relacionamento: Através de setas indicar as e como os blocos se interconectam.

Potenciômetro
Conversor
Ler Entrada
mV para
Analógica Ângulo Conversor
Envia
mV para
Display
Ângulo
Atuar
Motor
Motor

Externo Interno uC
Microcontroladores: Projeto de Sistemas Embarcados
Um projeto que envolve Sistemas Microprocessados pode ser dividido em duas
principais linhas, uma relacionada com o circuito eletrônico (Hardware) e outra
relacionada com a programação (Software).
• Especificação: Descrever todas as funcionalidade e restrições do seu sistema.
Pensando no meio comercial, seria onde você disponibilizaria ao seu cliente todas as
informações sobre seu produto para que o mesmo possa implementá-lo em seu
ambiente. No caso dos Microcontroladores todos os fabricantes disponibilizam o
DataSheet (folha de dados) dos seus produtos.
• Especificação de Algoritmos: Descreve o fluxograma de funcionamento do seu
sistema, com seus estados e ações.
• Especificação de Estrutural: Descrever todo os dispositivos físicos utilizados
(atuadores, sensores, outros), assim como a temporização de cada e suas
características elétricas.
Microcontroladores: Projeto de Sistemas Embarcados
Um projeto que envolve Sistemas Microprocessados pode ser dividido em duas
principais linhas, uma relacionada com o circuito eletrônico (Hardware) e outra
relacionada com a programação (Software).
• Desenvolvimento: Por em prática todo o planejamento de Software e Hardware
descritos anteriormente.
• Captura do Projeto: Projeto do esquemático da parte elétrica, com lista de peças e
conexões. Seguir regras de simbologia.
• Programação: Construção do programa para execução das tarefas. O
desenvolvimento ideal de um algoritmo visa implementar as funções/tarefas/blocos e
testá-las separadamente para então uni-las em um código principal.
• Validação: Testar o sistema nas condições descritas nas especificações e verificar
se o mesmo “funciona” sob diferentes condições.
Microcontroladores: O “DataSheet”
O Datasheet é o material disponibilizado pela fabricante que contém
todas as informações sobre o Microcontrolador e suas
funcionalidades. É possível encontrar o datasheet de um
determinado Microcontrolador no site do seu fabricante.
Datasheet Atmega328P (Utilizado no Arduino UNO)
ATmega328P - 8-bit Microcontrollers (microchip.com)
Microcontroladores: Registradores
Espaço na memória da CPU de n bits de acesso rápido responsável por armazenar a
configuração e o estado de funções. Existem os Registradores de Proposito Geral e os
Registradores de Funções Especiais (SFR).

• Registradores de Funções Especiais são registradores de acesso exclusivo do processador


com nome e funções específicos bem definidas (Registrador de Instrução, Registrador de
Endereço da Memória, etc...).

• Registradores de Proposito Geral são registradores cuja função são determinados pelas
instruções do sistema. (Direção das Portas e/ou Funções Alternativas, configuração de
Clock, etc).

• A lista de registradores é descrita ao longo de todo o datasheet porém existe uma lista
completa sempre ao final do documento. (ex. Atmega328P Register Summary pag. 621).
Microcontroladores: Tamanho de Registradores
Coleção de células individuais chamadas de bits.
O número de bits de um microcontrolador indicam o tamanho das células de um registrador.
Por exemplo: Microcontroladores 8 bits possuem registradores de 8 células. Onde cada célula é
numerada de 0 à 7 da direita para esquerda.

b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0
8 bits 1 1 1 1 1 1 1 1 => 255 (unsigned)
b15 b14 b13 b12 b11 b10 b9 b8 b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0
16 bits

MSB1 LSB2

1MSB - Bit Mais Significativo ou “Most Significant Bit”


2LSB - Bit Menos Significativo ou “Least Significant Bit”
Microcontroladores: Operação com Bits1
Operação com Bits ou Lógica Binária trata-se da operação em mais baixo nível, os bits.

NOT ou Operador Unário: Negação. Utiliza-se normalmente os símbolos ~ ou !


• Bit que é 1 vira 0 e o que é 0 vira 1.

PORTB = PORTB |~ (1<<5);


PORTB |=~ (1<<5);

1Também conhecido como “Bitwise Operation”


Microcontroladores: Operação com Bits
Operação com Bits ou Lógica Binária trata-se da operação em mais baixo nível, os bits.

OU ou Conjunção Binária: E. Utiliza-se símbolos | (binário) e || (booleano)


• Retorna 1 se qualquer um dos dois bits forem verdadeiros (1).

PORTB = PORTB|0b00100000;
PORTB | = 0b00100000;

b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0
8 bits 1 0 0 0 1 1 1 1 ATUAL

0 0 1 0 0 0 0 0 MÁSCARA

1 0 1 0 1 1 1 1 RESULTADO
Microcontroladores: Operação com Bits
Operação com Bits ou Lógica Binária trata-se da operação em mais baixo nível, os bits.

AND ou Conjunção Binária: E. Utiliza-se símbolos & (binário) e & & (booleano)
• Retorna 1 se apenas os dois bits forem verdadeiros (1).

PORTB = PORTB & 0b11011111;


PORTB | = 0b11011111;

b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0
8 bits 1 0 0 0 1 1 1 1 ATUAL

1 1 0 1 1 1 1 1 MÁSCARA

1 0 0 0 1 1 1 1 RESULTADO
Microcontroladores: Operação com Bits
Operação com Bits ou Lógica Binária trata-se da operação em mais baixo nível, os bits.

XOR ou Conjunção Binária: E. Utiliza-se símbolos ^ (binário)


• Retorna 1 se os bits forem diferentes

PORTB = PORTB ^ 0b00100000;


PORTB ^ = 0b11011111;

b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0
8 bits 1 0 1 0 1 1 1 1 ATUAL

0 0 1 0 0 0 0 0 MÁSCARA

1 0 0 0 1 1 1 1 RESULTADO
Microcontroladores: Deslocamento de Bits1
Mudança de posição dos bits.

N >> P Deslocamento para direita2. Desloca os bits N ou valor lógico (0 ou 1) P posições


para direita adicionando P zeros a esquerda.

(1011 >> 1) -> 0101


(1011 >> 3) -> 0001

O deslocamento unitário para esquerda PORTB = PORTB | (1<<5);


divide o número binário por 2. PORTB |= (1<<5);

(1010 >> 1) -> 0101 b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0


1010 = 10 1 0 0 0 1 1 1 1 ATUAL
0101 = 5
0 0 1 0 0 0 0 0 MÁSCARA

1 0 1 0 1 1 1 1 RESULTADO
1Também conhecido como “Bit Shifting”
2Também conhecido como “Shift Right”
Microcontroladores: Deslocamento de Bits1
Mudança de posição dos bits.

N << P Deslocamento para esquerda2. Desloca os bits N ou valor lógico (0 ou 1) P posições


para esquerda adicionando P zeros a direita.

(0010 << 1) -> 0100


(0010 << 2) -> 1000

O deslocamento unitário para esquerda PORTB = PORTB | (1<<5);


multiplica o número binário por 2. PORTB |= (1<<5);

(0010 << 1) -> 0100 b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0


0010 = 2 8 bits 1 0 0 0 1 1 1 1 ATUAL
0100 = 4
0 0 1 0 0 0 0 0 MÁSCARA

1 0 1 0 1 1 1 1 RESULTADO
1Também conhecido como “Bit Shifting”
2Também conhecido como “Shift Left”
Microcontroladores: Lógica Binária em uC
É muito comum aplicar Lógica Binária a programação de uC.

• Operação com Máscara de Bits: Preencher valores em registradores (usá-se OR ou


AND).
• Empacotamento de bits: Mudar tipos de dados (ex. float para int) (utiliza-se OR, AND e
SHIFT)
• Multiplicação por potência de 2 basta fazer << (deslocamento para esquerda)
• Divisão por potência de 2 basta fazer >> (deslocamento para direita)
Microcontroladores: Processador e “Clock”
Todo processador precisa de um circuito de “Clock” para
funcionamento. O “Clock” é um sinal de sincronismo interno do
processador e é especificado em frequência (Hz).

Processadores de Microcontroladores (MHz):


• ESP32 – 240MHz (Clock original de 80MHz com Multiplexação
PLL)
• Atmega328P – até 20MHz (Arduino Uno)
(Atmega328P – pag.36)
Microcontroladores: Processador e “Clock”
Todo processador precisa de um circuito de “Clock” para
funcionamento. O “Clock” é um sinal de sincronismo interno do
processador e é especificado em frequência (Hz).

Processadores de Computador (GHz):


Microcontroladores: Processador e “Clock”
Tipos de Circuito Clock para Microcontroladores:
• Oscilador RC calibrado Interno
• Cristal Oscilador / Baixa Frequência / Baixo Consumo
• Clock Externo CLKIN (RC, Schmitt trigger, 555)
Registrador responsável: CKSEL[3:1]
O registrador CKSEL[0] ou CKSEL0 é responsável por escolher o
“Startup-Mode” em conjunto com o registrador SUT[1:0]

(Atmega328P – pag.37)
(5) TIPOS DE CLOCK | Curso de PIC #018 – YouTube (vídeo com mais informações e simulação no Youtube).
Microcontroladores: Processador e “Clock”
Tipos de Circuito Clock para Microcontroladores:
• Oscilador RC calibrado Interno
• Cristal Oscilador / Baixa Frequência / Baixo Consumo
• Clock Externo CLKIN (RC, Schmitt trigger, 555)

Atualmente muitos processadores vem com um circuito oscilador RC


calibrado interno, assim não se faz necessário de nenhum circuito
externo para funcionamento. Entretanto o mesmo possui precisão
baixa em relação a outras opções e é altamente dependente da
alimentação e temperatura. Isto acarreta em erros de temporização
nos circuitos que pode causar: falha no funcionamento de periféricos
sincronizados, erros no acionamento/execução de funções, problemas
para gerar sinais sensíveis, entre outros.

(Atmega328P – pag.43)
Microcontroladores: Processador e “Clock”
Tipos de Circuito Clock para Microcontroladores:
• Oscilador RC calibrado Interno
• Cristal Oscilador / Baixa Frequência / Baixo Consumo
• Clock Externo CLKIN (RC, Schmitt trigger, 555)

Um oscilador de cristal é um componente eletrônico que utiliza a


ressonância de um cristal em vibração de um material piezoeletrônico,
para criar um sinal elétrico com uma frequência bastante precisa [1].
Os Cristais Osciladores possuem o Clock mais preciso e estável e por
esta razão é o mais utilizado em microcontroladores. Também é
possível utilizar Ressonadores Cerâmicos, porém são bem menos
utilizados na prátcia.

[1] Oscilador de cristal – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)


Microcontroladores: Processador e “Clock”
Tipos de Circuito Clock para Microcontroladores:
• Oscilador RC calibrado Interno
• Cristal Oscilador / Baixa Frequência / Baixo Consumo
• Clock Externo CLKIN (RC, Schmitt trigger, 555)

Configuração para Cristal Oscilador: Liga-se o oscilador em paralelo


com as portas XTAL1 e XTAL2 com dois capacitores (ordem de pF) ao
GND. Normalmente o Datasheet do Microcontrolador especifica
valores padrões para os capacitores de acordo com o modo de
operação.

(Atmega328P – pag.38)

[1] Oscilador de cristal – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)


Microcontroladores: Processador e “Clock”
Tipos de Circuito Clock para Microcontroladores:
• Oscilador RC calibrado Interno
• Cristal Oscilador / Baixa Frequência / Baixo Consumo
• Clock Externo CLKIN (RC, Schmitt trigger, 555)

Modos de Operação Cristal Oscilador “Full Swing”: Funcionamento de


modo completo

(Atmega328P – pag.40)

[1] Oscilador de cristal – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)


Microcontroladores: Processador e “Clock”
Tipos de Circuito Clock para Microcontroladores:
• Oscilador RC calibrado Interno
• Cristal Oscilador / Baixa Frequência / Baixo Consumo
• Clock Externo CLKIN (RC, Schmitt trigger, 555)

Modos de Operação Cristal Oscilador Baixo Consumo:


Funcionamento de em modo baixo consumo de energia

(Atmega328P – pag.39)
Microcontroladores: Processador e “Clock”
Tipos de Circuito Clock para Microcontroladores:
• Oscilador RC calibrado Interno
• Cristal Oscilador / Baixa Frequência / Baixo Consumo
• Clock Externo CLKIN (RC, Schmitt trigger, 555)

Modos de Operação Cristal Oscilador Baixo Frequência:


Funcionamento com osciladores de baixa frequência com o
32.768kHz. Os valores dos capacitores devem ser escolhidos
corretamente para evitar ESR (ver recomendações na pag. 42)

(Atmega328P – pag.42)
Microcontroladores: Processador e “Clock”
Tipos de Circuito Clock para Microcontroladores:
• Oscilador RC calibrado Interno
• Cristal Oscilador / Baixa Frequência / Baixo Consumo
• Clock Externo CLKIN (RC, Schmitt trigger, 555)

Os microcontroladores também suportam circuitos osciladores


externos através da porta CLKIN. Para “Startup-Modes” ver tabela 9-
16 (pag. 44)

(Atmega328P – pag.44)

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