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O MICROPROCESSADOR

O microprocessador, popularmente chamado de processador, é um circuito


integrado que realiza as funções de cálculo e tomada de decisão de um computador. Todos
os computadores e equipamentos eletrônicos baseiam-se nele para executar suas funções.
O microprocessador moderno é um circuito integrado formado por uma camada
chamada de mesa epitaxial de silício, trabalhada de modo a formar um cristal de extrema
pureza, laminada até uma espessura mínima com grande precisão, depois cuidadosamente
mascarada por um processo fotográfico e dopada pela exposição a altas temperaturas em
fornos que contêm misturas gasosas de impurezas. Este processo é repetido tantas vezes
quanto necessário à formação da microarquitetura do componente.
Responsável pela execução das instruções num sistema, o microprocessador,
escolhido entre os disponíveis no mercado, determina, em certa medida a capacidade de
processamento do computador e também o conjunto primário de instruções que ele
compreende.
O próprio microprocessador subdivide-se em várias unidades, trabalhando em altas
freqüências. A ULA (Unidade Lógica Aritmética), unidade responsável pelos cálculos
aritméticos e lógicos e os registradores são parte integrante do microprocessador na família
x86, por exemplo.

História:
O primeiro microprocessador comercial foi inventado pela Intel em 1971 para atender
uma empresa japonesa que precisava de um circuito integrado especial. A Intel projetou o
4004 que era um circuito integrado programável que trabalhava com registradores de 4 bits,
46 instruções, clock de 740Khz e possuía cerca de 2300 transistores. Percebendo a utilidade
desse invento a Intel prosseguiu com o desenvolvimento de novos microprocessadores: 8008
(o primeiro de 8 bits) e a seguir o 8080 e o microprocessador 8085. O 8080 foi um grande
sucesso e tornou-se a base para os primeiros microcomputadores pessoais na década de
1970 graças ao sistema operacional CP/M. Da Intel saíram alguns funcionários que fundaram
a Zilog, que viria a lançar o microprocessador Z80, com instruções compatíveis com o 8080
(embora muito mais poderoso que este) e também de grande sucesso. A Motorola possuía o
68000 e a MOS Technology o 6502. Todos esses microprocessadores de 8 bits foram
usados em muitos computadores pessoais (Bob Sinclair, Apple, TRS, Commodore, etc). Em
1981 a IBM decidiu lançar-se no mercado de computadores pessoais e no seu IBM-PC
utilizou um dos primeiros microprocessadores de 16 bits, o 8088 (derivado do seu irmão 8086
lançado em 1978) que viria a ser o avô dos computadores atuais. A Apple nos seus
computadores Macintosh utilizava os processadores da Motorola, a família 68000 (de 32
bits). Outros fabricantes também tinham os seus microprocessadores de 16 bits, a Zilog tinha
o Z8000, a Texas Instruments o TMS9900, a National Semiconductor tinha o 16032, mas
nenhum fabricante teve tanto sucesso como a Intel, que sucessivamente foi lançando
melhoramentos na sua linha 80X86, tendo surgido assim (por ordem cronológica) o 8086,
8088, 80186, 80188, 80286, 80386, 80486, Pentium, Pentium Pro, Pentium MMX, Pentium II,
Pentium III, Pentium IV, Pentium M, Pentium D, Dual Core, Core 2 Duo, Core 2 Quad, Core
i3, Core i5, Core i7 e Core i7 Extreme. Para o IBM-AT foi utilizado o 80286, depois um grande
salto com o 80386 que podia trabalhar com memória virtual e multitarefa, o 80486 com
coprocessador matemático embutido e finalmente a linha Pentium. Como grande concorrente
da Intel, a AMD aparece inicialmente como fabricante de microprocessadores da linha x86
alternativa mas a partir de um certo momento deixou de correr atrás da Intel e partiu para o
desenvolvimento de sua própria linha de microprocessadores: K6, Athlon, Duron, Turion,
Sempron, etc. Paralelamente à disputa entre Intel e AMD, a IBM possuía a linha PowerPC
utilizada principalmente pelos microcomputadores da Apple.
A evolução tecnológica envolvida é surpreendentemente grande, de
microprocessadores que trabalhavam com clock de dezenas de kHz e que podiam processar
alguns milhares de instruções por segundo, atingiu-se clocks na casa dos 4 GHz e poder de
processamento de dezenas de bilhões de instruções por segundo. A complexidade também
cresceu: de alguns milhares de transistores para centenas de milhões de transistores numa
mesma pastilha.
A CPU tem como função principal unificar todo o sistema, controlar as funções
realizadas por cada unidade funcional, e é também responsável pela execução de todos os
programas do sistema, que deverão estar armazenados na memória principal.

Evolução dos Processadores


Desde o 4004 da Intel, lançado em 1971, os processadores evoluíram
assustadoramente. Os processadores não foram apenas os componentes dos computadores
que mais evoluíram, mas sim o dispositivo que evoluiu mais rápido em toda a história da
humanidade. Não é à toa que o transistor foi considerado a invenção do século.
O grande segredo para esta evolução vertiginosa pode ser contado em uma única
palavra: miniaturização. Foi justamente a miniaturização dos transistores que permitiu criar o
circuito integrado, em seguida o microchip e processadores com cada vez mais transistores e
operando a freqüências cada vez mais altas.
Para você ter uma ideia do quanto as técnicas de construção de processadores
evoluíram, o 8088 possuía apenas 29.000 transistores, e operava a apenas 4.7 MHz,
enquanto o Pentium 4 já tinha tem 42.000.000 de transistores e operava a freqüências acima
de 2.0 GHz.
O primeiro transistor, criado no início da década de 50, foi feito à mão e não era nada
pequeno. Depois de algum tempo, passaram a construir transistores usando silício e
desenvolveram a litografia óptica, técnica utilizada até hoje, que usa luz, máscaras e vários
produtos químicos diferentes para esculpir as camadas do transistor, permitindo alcançar
níveis incríveis de miniaturização.
Veja agora uma tabela com o tamanho dos transistores usados em cada processador:
Modelo / Ano Tamanho
Intel 4004 (1971) 15 mícrons
8088 (1979) 3 mícrons
486 1 mícron
Pentium 60 MHz 0.80 mícron
Pentium 100 MHz 0.60 mícron
Pentium 166 MHz 0.40 mícron
Pentium MMX 0.35 mícron
Pentium III 350 MHz 0.25 mícron
Celeron 366 (soquete) 0.22 mícron
Pentium III Coppermine 0.18 mícron
Athlon Thunderbird 0.18 mícron
Pentium 4 Northwood 0.13 mícron
Athlon Thoroughbred 0.13 mícron
Em 2005 (segundo a Intel) 0.065 mícron
Em 2010 (segundo a Intel) 0.030 mícron
Ano de 2015 0.02 mícron?
Processadores
Ano de 2025 Quânticos?
Ano de 2100 ????
Obs: Um mícron equivale a 1 milésimo de milímetro, ou a 1 milionésimo de metro.

Fonte: Sites da Internet. <Acessado em 04/08/2013>

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