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2. Como preparar o nosso corpo para recebê-los? Digo: receber os seus desejos?
II. Em seguida, a partir de uma dinâmica proposta de que cada aluno relacionasse
uma palavra com a palavra velhice. As palavras mencionadas foram:
- Sabedoria – Jacqueline
- Vida – Natália
- Edificação – Adriana
- Entendimento – Davis
- Longevidade – Sabrina
- Desfrute – Monique
- Tempo – Marquinho
III. Desenvolvimento da aula, a partir das sensações e das pecepções dos alunos:
Muitas vezes, a velhice é definida de forma negativa, como se neste tempo da vida não
houvesse mais possibilidade de desfrutar a vida. A velhice, para muitos, em especial
para a cultura, para a mídia, para o corpo social está, na maioria das vezes, ligada à
doença, ao medo de envelhecer.
A psicomotricidade sendo tão forte na infância ela deveria seguir o percurso de uma
vida inteira. Isto é um fato! No momento em que a psicomotricidade sempre norteou
seus estudos para a infância, não se ouvia falar de psicomotricidade e velhice. As
literaturas em relação à psicomotricidade se voltam muito, até hoje, para a criança. É
um trabalho de muitos anos com idosos e tem pouca literatura sobre a
gerontopsicomotricidade. Mas isso está mudando!
Sempre que começo uma aula faço a pergunta psicomotora: como seu corpo está
chegando? Quando termino a aula faço a pergunta psicomotora: como seu corpo está
saindo?
O maior trabalho clínico com velhos é escutá-los! Eles demandam atenção, cuidados,
afetos. Nunca arranque de um idoso seus afetos! Seja uma pessoa, um objeto de
memória. Quando isso acontece, o corpo vai acabando, decompondo. Porque o afeto
o alimenta, ele é energia.
Num trabalho psicomotor com velhos o importante é a ressonância, onde eles são
afetados e onde eu me afeto com eles. É observar como o corpo chega, para além da
postura, mas com empatia, com acolhimento, compreendendo o que àquele corpo
está sentindo e com quais afetos é possível trabalhar.
É preciso aliviar a carga, os ressentimentos e propor o ato motor! Chega de ser camelo,
encontre o seu leão. Coragem!
(texto composto pela aluna Kelly, a partir das suas sensações e percepções da aula e
ligeiramente completado pela professora Cristie).
O leão, ruge pela vida e a defende do espírito de morte, em seu brado, o sim, onde jaz o
espírito outrora cadáver e que agora vivo, segue leve, indomável, livre!
Adriana Gonçalves
Obrigada,
Cristie.