Você está na página 1de 109

BOMBEIRO CIVIL

CFO
Centro de Formação Operacional
CNPJ: 26.969.843/0002-12
Pará - 2019

SUMÁRIO

1. LESGISLAÇÃO

2. EPI / EPR

3. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

4. APH- ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

5. SALVAMENTO TERRESTRE

6. PRODUTOS PERIGOSOS

7. ANÁLISE DE RISCO
LEGISLAÇÃO
Lei Federal nº 11.901, 12/01/2009 – (Profissão de Bombeiro Civil).

Introdução: A Profissão de Bombeiro Civil existe no País desde os anos 60, difundido pelas grandes
empresas internacionais que trouxeram este conceito, já os Bombeiros voluntários existem desde o início
do País.

Hoje os principais documentos da profissão de Bombeiro Civil são:

- A Lei Federal nº 11.901, de 12 de Janeiro de 2009, comentada nas próximas páginas.

- O CBO Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego, fam.5.171.

- A ABNT-NBR 14.608 Bombeiro Profissional Civil – Requisitos, hoje na 2º edição out.2007.

Lei nº 11.901, de 12 de Janeiro de 2009.

Dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger-se-á pelo disposto nesta Lei.

Art. 2º Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça, em caráter
habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado
contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empresas
especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.

A lei considera Bombeiro Civil, aquele que exerce a atividade remunerada, ou seja, alguém contratado de
forma direta ou indireta para FUNÇÂO EXCLUSIVA de prevenção e combate a incêndio.

Entendo que esteja implícito na Prevenção e Combate à Incêndio toda ação de prevenção e socorro em
emergências e riscos que possam ocorrer no local onde este profissional trabalhe.

Este texto da Lei, bem como o explicito na NBR 14608 Bombeiro Profissional Civil Requisitos da ABNT, e
nas Diretrizes e Resoluções do ICBP, define o profissional como exclusivo para esta função, de forma
alguma o Bombeiro Civil deve exercer atividades de vigilância ou segurança patrimonial, de portaria,
manutenção ou outras fora do contexto de sua atividade explicita.

As empresas que tenham contratado “Vigilante Brigadista” exercendo a função de Bombeiro Civil podem
ser consideradas fora da legalidade, e completamente fora de Normas Técnicas Nacionais.

A prestação e primeiros socorros, mesmo não estando explicita no texto da lei, é implícita na profissão,
em especial o Suporte Básico á Vida e o primeiro atendimento, até chegada de Suporte Avançado e ou
pessoal especializado da área da saúde.

A segunda parte do segundo item deixa ampla a possibilidade de emprego deste profissional.

§ 1º (VETADO)

§ 2º No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros Civis e o Corpo de


Bombeiros Militar, a coordenação e a direção das ações caberão, com exclusividade e em qualquer
hipótese, à corporação militar.

Esta foi à primeira emenda que a lei ainda quando projeto em 1991 recebeu, acredito que se deu pela
responsabilidade do Estado em prestar segurança ao cidadão. Desta forma mesmo que empresas
tenham equipes de Bombeiros atuando em um sinistro, o Estado e o Município ainda são legalmente os
responsáveis de que nada de mal aconteça, e a Policia Militar é representante do Estado.

Por maiores controvérsias e polêmicas que o tema possa gerar, o texto é claro, no caso/de Bombeiros
Voluntários ou Comunitários que atendam municípios sem forças estaduais será necessário um bom
entendimento entre as partes nos sinistros em que precisem atuar em conjunto.

Art. 3º (VETADO)

Art. 4º As funções de Bombeiro Civil são assim classificadas:

I - Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;


II - Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível de
ensino médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho;

III - Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em prevenção e combate a
incêndio, responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio.

Podemos entender que O Bombeiro Civil Básico, é o profissional que fez o curso de formação de
bombeiro nos moldes das Diretrizes 2009 para Curso de Bombeiro Civil do ICBP e da ABNTNBR 14608
Bombeiro Profissional Civil - Requisitos, pelo menos até aconteçam novas publicações e um programa de
curso oficial vindo do Governo. O Bombeiro Civil Básico é o profissional de base que compões as equipes,
estas equipes formam os turnos.

Bombeiro Civil Líder, além da formação de Bombeiro Civil, a partir desta lei precisa ter curso Técnico, o
curso exigido, Técnico em Prevenção e Combate a Incêndio, ainda não existe, e.

Quando existir não será um curso livre, devera seguir grade oficial e outros trâmites governamentais de
cursos técnicos.

Entendemos que nesse tempo o Bombeiro Civil que tenha a função de Líder, dever ter o curso de
Técnico de Segurança do Trabalho e dependendo dos riscos da empresa em que trabalhe Técnico em
Química ou similar ao risco. A formação em Técnico de Segurança do Trabalho é a melhor opção ao
Bombeiro Civil Líder, até novidades governamentais, O Bombeiro Civil Líder é o responsável pela equipe,
cada turno tem seu Líder que é responsável nesse turno, prestando serviço no horário e junto a sua
equipe.

Já o Bombeiro Civil Mestre, é um profissional que, além de recomendado a formação básica de


Bombeiro Civil, tenha curso superior de Engenharia, com especialização, entendemos que enquanto o
curso de especialização em Prevenção e Combate à Incêndio é tão pouco difundido,

O Engenheiro com Especialização em Segurança do Trabalho seja o profissional indicado para ser o
responsável por todas as equipes em todos os turnos, mesmo a distância e fora de seu turno de trabalho.

O Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio foi uma preocupação desde o início da Lei em
associar o Bombeiro Civil a suas atividades, ao departamento de Saúde e Segurança do Trabalho. O
termo hoje seria Departamento de Segurança Contra Incêndio e Emergências. É claro que a gerência e
supervisão dos serviços de Bombeiro Civil deve ser própria e associada ao Departamento de Segurança
do Trabalho e de forma alguma a segurança patrimonial (vigilância) como acontece em algumas
empresas.

Art. 5º A jornada do Bombeiro Civil é de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de
descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas semanais.
Esse excelente artigo cria as condições de trabalho para o profissional que passa a ter tempo para
recuperar-se do turno, descansar, viver, estudar, se aprimorar de forma física e intelectual para melhor
desempenho de suas atividades.

Empresas prestadoras de serviço que vendiam Bombeiros Civis como se fossem vigilantes em escalas de
12 horas diárias em plantões de 4x1, 5x2, e outros absurdos, a partir desta lei precisarão adequar tanto
os turnos quanto a jornada semanal, o texto é claro 12x36 e 36 horas totais por semana.

Empresas de evento que exigiam, do profissional virar mais de 20 horas em um evento NÃO PODEM
MAIS FAZE-LO. Já houve caso de morte em São Paulo de um profissional que virou 24 horas num evento
e dormiu na direção ao voltar do trabalho. Mesmo em eventos o turno do Profissional agora é de 12x36.

Art. 6º É assegurado ao Bombeiro Civil:

I - uniforme especial a expensas do empregador;

Vamos entender o uniforme operacional aquele de uso no dia a dia e os EPI e EPC próprios para situação
de combate a incêndio, socorro e salvamento relacionados à atividade. Entendemos que mesmo
prestadoras de serviço em eventos também são responsáveis por fornecer uniforme e equipamentos aos
seus profissionais durante a prestação do serviço, empresas de evento não estão acima da Lei.

II - seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador;

Não será descontado do profissional, como é estipulado pelo empregador este é responsável por ele.

III - adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) do salário mensal sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;

Agora está bem explicito na Lei, este adicional é sobre o salario que o profissional recebe.

IV - o direito à reciclagem periódica.

A empresa a qual o profissional está contratado é obrigada a arcar com os custos da reciclagem.

Art. 7º (VETADO)

Infelizmente foi vetado o artigo que estipulava o piso de 3 salários mínimos ao profissional, ficando esta
tarefa a cargo dos sindicatos regionais.

Art. 8º As empresas especializadas e os cursos de formação de Bombeiro Civil, bem como os cursos
técnicos de segundo grau de prevenção e combate a incêndio que infringirem as disposições desta Lei,
ficarão sujeitos às seguintes penalidades:

I - advertência;
II – (VETADO)

III - proibição temporária de funcionamento;

IV - cancelamento da autorização e registro para funcionar.

Entendemos que órgãos do Ministério Público serão responsáveis pela fiscalização em suas instâncias,
mas de forma alguma a Policia Militar através dos Corpos de Bombeiro Miliar deve responder por
habilitação ou registro destas entidades, experiências assim no Rio de Janeiro e agora no Espirito Santo
são desastrosas, arruinando a profissão nestes estados.

Entendemos que assim que os Órgãos Governamentais pertinentes estipularem os cursos o profissional
tenha um registro junto ao Ministério do trabalho como hoje acontece ao Técnico de Segurança do
Trabalho, continuamos na expectativa de mudanças. Existe trâmite para um Conselho da classe que deve
aflorar ainda este ano de 2009, enquanto isso os sindicatos regionais são a melhor opção para assegurar
os direitos e desenvolver a profissão, é altamente recomendado que se filiem, e caso não exista criem
um.

Art. 9º As empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de Bombeiros Civis poderão firmar
convênios com os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, para
assistência técnica a seus profissionais.

Vamos esclarecer bem este item. O convênio que se propõe este ponto é relacionado a

Apoio técnico ao serviço, de forma alguma autoriza militares a prestarem serviço de Bombeiro Civil, é
proibido ao Policial Militar fazer “bicos”, o serviço de Bombeiro Civil é de responsabilidade da entidade
onde atuam.

Há uma enorme diferença nas atividades do Bombeiro Civil e do Bombeiro Militar, é tolo dizer que um é
melhor que o outro, ambos são excelentes em sua área de atuação, e ambos estariam deslocados em
outra área, é prudente considerar estas diferenças, um é policial e outro é um cidadão a serviço da
empresa, mudam ainda os meios de ação e situações para o qual estão preparados.

Pela Lei, uma escola ou empresa que preste serviço pode solicitar junto ao Corpo de Bombeiros Militar
da Região uma visita técnica, parecer sobre alguma questão ou similar a fim de melhorar a qualidade do
serviço prestado pelos Bombeiros Civis, o oposto também é benéfico e merece ser considerado.

Art. 10. (VETADO)

Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 12 de janeiro de 2009; 188º da Independência e 121º da República.


LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

A ABNT-NBR 14.608 Bombeiro Profissional Civil – Requisitos, hoje na 2º edição out.2007.

Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
Bombeiro profissional civil:
Elemento pertencente a uma empresa especializada, ou da própria administração do estabelecimento,
com dedicação exclusiva, que presta serviços de prevenção de incêndio e atendimento de emergência
em edificações e eventos, e que tenha sido aprovado no curso de formação, conforme o anexo A.
Bombeiro público (militar ou civil):
Elemento pertencente a uma corporação de atendimento a emergências públicas.
Brigada de incêndio:
Grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção,
abandono e combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma
área pré-estabelecida.
Combate a incêndio:
Conjunto de ações táticas, destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com uso de equipamentos manuais
ou automáticos.
Emergência:
Sinistro ou risco iminente que requeira ação imediata.
Empresa especializada:
Pessoa jurídica devidamente credenciada e autorizada a funcionar pelos órgãos governamentais, tendo
seu funcionamento e condições regularmente fiscalizados e que disponha dos seguintes requisitos:
instalações adequadas, corpo técnico compatível, recursos didáticos específicos e campo para
treinamento em conformidade com a NBR 14277, no nível 3.
Exercício simulado:
Exercício prático realizado periodicamente para manter a brigada e os ocupantes das edificações sem
condições de enfrentar uma situação real de emergência.
Plano de emergência:
Plano estabelecido em função dos riscos da empresa, para definir a melhor utilização dos recursos
materiais e humanos em situação de emergência.
Prevenção de incêndio:
Uma série de medidas destinadas a evitar o aparecimento de um princípio de incêndio ou, no caso de ele
ocorrer, permitir combatê-lo prontamente para evitar sua propagação.
Profissional habilitado:
Profissional com formação em Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho, devidamente registrado
nos Conselhos Regionais competentes ou no Ministério do Trabalho; e os militares das Forças
Armadas, dos Corpos de Bombeiros Militares e das Polícias Militares, com 2º grau completo e que
possuam especialização em Prevenção e Combate a Incêndio (carga horária mínima: 60 h) ou Técnicas
de Emergência Médica (carga horária mínima: 40 h), conforme sua área de especialização.
Risco:
Possibilidade de perda material ou humana.
Condições Gerais-Qualificação:
Os bombeiros profissionais civis devem ter conhecimentos sobre prevenção e combate a incêndios,
abandono de local sinistrado e primeiros-socorros, de forma a poder agir com competência e
objetividade no desempenho das suas atividades.
O curso de reciclagem do bombeiro profissional civil deve ser ministrado por profissionais habilitados de
empresa especializada ou órgão público competente, com carga horária de 100h, anual.
Os profissionais que comprovarem o efetivo exercício das funções compatíveis com a do bombeiro
profissional civil, tais como os bombeiros públicos, militares ou civis, voluntários ou não, em no mínimo
dois anos, até a data da publicação desta Norma, são isentos do curso de qualificação previsto neste
item, não ficando dispensados, entretanto, da reciclagem anual.

Atividades básicas
As atividades básicas do bombeiro profissional civil, durante suas rotinas de trabalho, são as seguintes:
1.
Identificação e avaliação dos riscos existentes.
2.
Inspeção periódica dos equipamentos de combate a incêndio, incluindo seus testes e manutenção básica
(acondicionamento de mangueiras e acessórios, teste de alarmes, motores e bombas, etc.).
3.
Inspeção periódica das rotas de fuga, incluindo a manutenção de sua liberação e sinalização. Cópia não
autorizada
4.
Participação nos exercícios simulados (abandono, combate a incêndios e primeiros-socorros).
5.
Relato formal das irregularidades encontradas, com propostas e medidas corretivas adequadas e
posterior verificação da execução.
6.
Apresentação de eventuais sugestões para melhoria das condições de segurança.
7.
Avaliação, liberação e acompanhamento das atividades de risco.
8.
Participação da integração da empresa ao(s) órgão(s) de bombeiros públicos da área onde estiver
localizada, através de visitas recíprocas e intercâmbio de informações.
9.
Atendimento ao plano de emergência da empresa, elaborado por profissional habilitado ou
empresa especializada.
Registros:
Devem ser registradas todas as atividades operacionais de emergência, bem como os procedimentos
adotados, conforme a NBR 14023.
EPI e EPR

Equipamento de Proteção Individual – EPI

Definição:
De acordo com a Norma Reguladora nº 6 (NR 6) do Ministério do Trabalho, considera-se Equipamento
de Proteção Individual – EPI, todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira,
destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, sendo a empresa obrigada a fornecer
aos empregados, gratuitamente, o EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento.

São todos os dispositivos de uso pessoal e de porte obrigatório durante as operações de bombeiro,
destinados a preservar a incolumidade do mesmo, bem como facilitar suas ações de combate.

O EPI deve essencialmente proteger:


• A cabeça;
• Os olhos;
• O tronco e membros inferiores e superiores;
• O sistema respiratório;

Tipos de EPI
Proteção da cabeça

Capacete: Proteção do crânio contra


impactos, choques elétricos e no
combate a incêndios.
Capuz:
Proteção do crânio contra riscos de origem térmica, respingos de produtos químicos e contato com partes
móveis de máquinas.
Proteção dos Olhos e Face

Óculos: -Proteção contra


Partículas, luz intensa,
radiação, respingos de
produtos químicos; -Protetor
facial: Proteção do rosto

Proteção da Pele
Proteção da pele contra a ação de produtos químicos em geral; - Grupo 1 - creme água resistente - Grupo 2
- creme óleo resistente - Grupo 3 - cremes especiais.
Proteção de membros superiores

- Luvas de Segurança
-
-
-
- Luvas de proteção
- Mangas
- Mangotes
- Dedeiras Proteção de mãos, dedos e braços de riscos mecânicos, térmicos e
químicos.
Proteção dos membros inferiores

-Calçados de segurança
-Botas e botinas -Proteção de
pés, dedos dos pés e pernas.
Contra riscos de origem
térmica, umidade, produtos
químicos, quedas.

Proteção contra quedas com diferença de nível

Proteção Respiratória
- Cintos de segurança Tipo
paraquedista e com
talabarte; - Trava quedas;
Cadeiras suspensas. -Uso em
trabalhos acima de 2 metros.

-Proteção do sistema
respiratório contra gases, vapores,
névoas, poeiras. Máscaras de
proteção
Respiratória

-Calças-Conjuntos de calça e
blusão -Aventais -Capas
Proteção contra calor, frio,
produtos químicos,
umidade, intempéries.

Proteção Auditiva
-Protetores Auriculares -
Abafadores de Ruídos
Proteção contra ruídos

Equipamento de Proteção Coletiva

EPC EPR – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


- Fitas de Sinalização
- Cones
Sinalizações em geral

EPI (equipamento de proteção individual) completo, incluindo balaclava e luvas de bombeiros;

EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO AUTONOMA

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
É regra primordial que ninguém, no combate a incêndio, entre em ambiente saturado de gases, fumaça
e temperatura elevada, sem estar com equipamento de proteção respiratória. O fato de deixar este tipo
de material de lado nestas operações pode acarretar não só no fracasso do socorro como também em
consequências sérias, inclusive a morte. Isto porque o sistema respiratório humano é mais vulnerável às
agressões ambientais do que qualquer outra área do corpo.
Podemos falar também da necessidade de usamos um equipamento de respiração autônoma nos locais
de diferentes índices de pressões atmosféricas (poços, túneis, cavernas) e no mergulho, atividade
existente no CBMERJ (GBS, Gmar).
É muito importante salientarmos que nos incêndios encontramos quatro tipos distintos de riscos no
tocante a respiração: falta de oxigênio, temperatura elevada, fumaça e gases tóxicos.

PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO NO AR SINTOMAS

21% Condução normal


17% Alguma perda de coordenação e
Aumento da frequência respiratória
12% Vertigem, dor de cabeça e fadiga.
09% Inconsciência
06% Morte em poucos minutos por parada
Respiratória e concorrência de parada
cardíaca
Obs.: Estes dados não podem ser considerados como absolutos, pois não levam em consideração o
tempo de exposição e as diferentes capacidades respiratórias.

CO (partes por CO no AR SINTOMAS


milhão)
100 0,01 Nenhum sintoma
200 0,02 Leve dor de cabeça, podendo ocorrer outros sintomas.
400 0,04 Dor de cabeça após 1 ou 2 horas
800 0,08 Dor de cabeça após 45 min. Náuseas, colapso e
inconsciência, após 2 h.
1000 0,10 Risco de ocorrer inconsciência após 1 h
1600 0,16 Dor de cabeça, tontura, náuseas, após 20 min.
3200 0,32 Dor de cabeça e tontura, náuseas após 5 ou 10 min.
Inconsciência após 30 min.
6400 0,64 Dor de cabeça e tontura após 1ou2 min.
Inconsciência após 10 ou 10 min.
12800 1,28 Inconsciência imediata perigo de morte entre 1 e 3 min.

Obs.: Não se trata de dados absolutos, porque não mostra a variação da frequência ou do tempo de
exposição.

Riscos de Exposição a Gases Asfixiantes

Os asfixiantes gasosos são substâncias que interferem com o suprimento de oxigênio ao organismo.
Os asfixiantes simples são substâncias fisiologicamente inertes que reduzem o fornecimento de oxigênio
ao organismo pela diluição do oxigênio na atmosfera abaixo de concentrações necessárias para
sustentar a respiração interna. Os asfixiantes simples devem estar presentes no ar em pressão parcial
considerável antes de exercerem influência apreciável na respiração. Exemplos de asfixiantes simples
são: nitrogênio, hidrogênio, hélio, metano e etano.

Os asfixiantes químicos impedem que o sangue transporte oxigênio dos pulmões às células ou impedem
que as células utilizem o oxigênio para liberar energia necessária à vida. Os asfixiantes químicos podem
ser perigosos mesmo se suas concentrações forem baixas. Exemplos de asfixiantes químicos são:
monóxido de carbono (que se combina com a hemoglobina do sangue impedindo a oxigenação das
células), o gás cianídrico, o cianogênio, as nitrilas (que inibem a utilização do oxigênio pelos tecidos e
células interferindo com as ações catalíticas das enzimas que normalmente regulam as reações do
oxigênio com as substâncias alimentícias nas células para produzir energia).

Máscaras e Filtros

Máscaras são equipamentos de proteção respiratória que visam à proteção do usuário contra a inalação
de contaminantes sejam eles sólidos gases ou vapores. Neste trabalho, vamos estudar:

• Peças Semi faciais Filtrantes


• Filtros de Baixa Capacidade
• Peças Semi faciais
• Peças Faciais Inteiras
• Filtros Mecânicos
• Filtros Químicos, e.
• Filtros Combinados.
PEÇAS SEMI-FACIAIS FILTRANTES

Peça Facial Filtrante Nível P1 Peça Facial Filtrante Nível P3

Definição: As Peças Faciais Filtrantes, também conhecidas como Máscaras Descartáveis, são
equipamentos de proteção respiratória previstos para retenção de aerodispersóides, constituídas, total
ou parcialmente, de material filtrante, tirantes e, podendo ou não possuir válvulas. Devem cobrir, no
mínimo, o nariz e a boca e proporcionar vedação adequada sobre a face, estando à pele úmida ou seca e
o usuário executando movimentos com a cabeça ou conversando. O ar entra através do material
filtrante e passa diretamente para o nariz ou boca do usuário através do material filtrante ou da válvula
de exalação, se existir, para a atmosfera ambiente. Os filtros de baixa capacidade também têm esta
definição, porém, referem-se a peças destinadas à retenção de gases/vapores e serão estudados
adiante.

O material geralmente utilizado para a confecção de uma máscara descartável é uma combinação de
duas ou mais camadas de manta de polipropileno. A camada filtrante pode ser feita de manta de fibra de
polipropileno à qual, posteriormente, deu-se uma carga eletrostática para melhorar a eficiência da
filtragem.
Após cortarem-se as peças faciais, estas recebem uma solda por ultra-som para dar-lhes forma. Em
seguida, recebem uma costura ou fixação dos tirantes para então serem finalizadas e embaladas.
As máscaras descartáveis podem ou não conter válvula de exalação.
O ar a ser filtrado passa pela totalidade da peça semi-facial filtrante, que retém os aerodispersóides
conforme sua origem, diâmetro médio de partículas e outras características. Restrições ao uso das
peças faciais filtrantes:
• O ar ambiente não pode conter gases ou vapores.
• O ar ambiente não deve conter menos de 18% de oxigênio.
• A concentração dos aerodispersóides deve se encontrar abaixo dos limites indicados pelos fabricantes.

O processo de lavagem e desinfecção (higienização) dos respiradores


Lavagem: pode ser executada de diversas formas. Se os respiradores forem limpos à mão, as peças
devem ser lavadas com uma escova macia em água morna com temperatura máxima 43ºC com um
detergente neutro como sabão de coco ou outros. Nesta fase se removem resíduos como suor, poeiras e
outros. Após essa operação, as peças são enxaguadas com água abundante para retirar todo excesso do
detergente.
Desinfecção: A desinfecção pode ser executada utilizando-se imersão das peças por dois minutos numa
das seguintes soluções:
1) Dissolva 2 ml (uma colher de sopa) de água sanitária comum por litro de água, num recipiente
adequado para conter as peças a desinfetar. Esta solução conterá aproximadamente 50 ppm de
Cloro.
2) Dissolva 0,8 ml (uma colher de sobremesa) de solução iodo encontrado em farmácias, por litro de
água, num recipiente adequado para conter as peças. Esta solução conterá aproximadamente 50 ppm
de Iodo.

Os respiradores a serem utilizados pelas mesmas pessoas após a lavagem, não precisam ser
desinfetados.
Os respiradores já lavados e desinfetados devem ser enxaguados exaustivamente em água a uma
temperatura máxima de 43º C para remover todos os resíduos de detergente e desinfetante. Isto é
muito importante para evitar dermatites.

Secagem
Pode-se deixar secar os respiradores ou suas partes num ambiente numa superfície limpa. Também
podem ser pendurados horizontalmente num arame, mas deve-se ter o cuidado para não danificar ou
distorcer as peças faciais. Outro método a ser empregado e secar numa estufa elétrica com ventilador
para circulação do ar e com bandejas de malha de aço em lugar de placas. Importante é ajustar a
temperatura para um máximo de 43º C.

Montagem após lavagem/desinfecção

As peças faciais limpas e desinfetadas devem então ser montadas e inspecionadas, substituindo-se as
partes danificadas pelo uso. Se forem guardadas, devem ser embaladas individualmente em sacos
plásticos e guardadas ao abrigo da luz solar, sujeiras ou outros agentes agressivos.

EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA


Existem dois meios de se equipar:


1) Verificar a pressão no manômetro do cilindro;
2) O equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto aberto, as alças de transporte alargadas e
colocadas para o lado de fora do suporte, para não atrapalhar o BM no momento da colocação;
3) Agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposto ao registro do cilindro;
4) Segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de fora;
5) Levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e deixando que as alças de transporte passem
dos cotovelos;
6) Inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro ficar nas costas, deixando as alças caírem
naturalmente sobre os ombros;
7) Puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças não estejam torcidas;
8) Ergue o corpo, fechar e ajustar o cinto e peitoral de forma que o equipamento acomode-se
confortavelmente; e.
9) Lembrar que a falta de ajuste da alça e do cinto provoca uma distribuição de peso.
a. Método de vestir:
1) Verificar a pressão no manômetro do cilindro
2) Vestir o equipamento, passando um braço por vez através das alças, colocando no solo, com as alças
alargadas e o cinto aberto;
3) Agachar-se próximo à extremidade do registro do cilindro;
4) Com a mão direita, segurar a alça que será colocada sobre o ombro direito (ou, com, à esquerda, a
que será colocada sobre o ombro esquerdo);
5) Levantar-se, colocando a correia no ombro, Durante este movimento, o cotovelo deve passar por
dentro da alça; e.
6) Ajustar as alças e o cinto como descrito no método anterior.

Colocação da peça facial:


1) Alargar ao máximo os tirantes da máscara;
2) Colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, com as duas mãos, colocar
os tirantes por sobre a cabeça;
3) Puxar simultaneamente e na mesma sequencia os tirantes laterais interiores, o tirante único superior
e os dois temporais, para trás, ajustando-os com cuidado para não danificados;
4) Verificar a vedação da peça facial inspirando e tampando a entrada de ar. “Não pode ocorrer entrada
de ar“;
5) (Certificar-se de que a válvula de demanda de ar está fechada; 6) abrir o registro do cilindro;
7) Efetuar a conexão da válvula de demanda da máscara; e.
8) Deve-se observar o funcionamento da válvula de exalação. Para tanto inspirar e expirar. Com as
costas das mãos sentir o ar sair pela válvula de exalação. Caso não ocorra a saída do ar, expirar com
força isto deverá liberar a válvula.

Principais cuidados Observar:


1) Conexão do cilindro ao redutor de pressão;
2) Cinta que liga o cilindro ao suporte;
3) Alças de transporte, cinto tirante peitoral (confeccionados em NOMEX, para aumentar a resistência
ao calor);
4) Placa de suporte;
5) Conexão das mangueiras;
6) Tirantes e peças facial;
7) (Pressão (do cilindro; 8) vedação a alta pressão; e 9) alarme sonoro.

TIPOS DE TRABALHO CONSUMO MÉDIO P/CADA 100PSI


Inspeção e 03 min.
Reconhecimento....................... 1,5 min.
Operação (c/ esforço físico)
Exemplificando:
1º caso
Pressão no cilindro ............................................................ 1500PSI
tempo de caminhada (ida) .............................................. 8 min. tempo
de caminhada (volta) ......................................... 8 min. tempo de
inspeção e reconhecimento ........................... ? Solução:
100 PSI ..........................................................3 min. X = 15000 x 3
1500 PSI .......................................................x 100
X= 45 min. De ar
Deduzindo-se os 16 minutos de caminhada (8 de ida e 8 de volta), temos 45 – 16 =
29min. De inspeção e reconhecimento.

2º caso
Pressão do cilindro...................................................... 1500 PSI tempo
de caminhada (ida) ........................................ 8 min. tempo de
caminhada (volta) ..................................... 8 min. Tempo de trabalho
de operação ................................. ? Solução:
100 PSI ......................... 15 min. X= 15000 x 1,5
1500 PSI ....................... X 100
X= 22,5 min. de ar
Deduzindo-se os 16 min. De caminhada (8de ida e 8de volta), temos; 22,5 –.
16 = 06,5 de min. De trabalho de
operação.

Equipamentos de Proteção Respiratória

(EPR)

Equipamento de Respiração Autônoma


Equipamento que visa suprir o operador com ar em uma liberação gradual e direta,
Independente, assim da situação atmosférica existente no ambiente. São utilizados em ambientes onde
a taxa de oxigênio ou a presença de agentes agressivos tornem a atmosfera imprópria para o ser
humano respirar adequadamente e de forma segura.
Fisiologia
Quando as concentrações de oxigênio estão abaixo de 18%, o corpo humano reage com aumento da
frequência respiratória, como se estivesse sendo submetido a um esforço físico maior. Nas operações de
Bombeiro, geralmente haverá aumento da frequência respiratória devido a fatores Físicos e psicológicos.

Princípio de funcionamento
O cilindro é preso por uma braçadeira à placa de seu suporte e contém ar respirável altamente
comprimido. O ar armazenado em cilindros é conduzido ao operador através de um circuito intercalado
com dispositivos reguladores e marcadores. Abrindo-se o registro do cilindro, o ar comprimido passa
pelo redutor de pressão, onde se expande a uma pressão intermediária de 6 bar (6 Kgf/cm2). A esta, o ar
chega até a válvula de demanda, que, automaticamente, libera a quantidade de ar necessária para os
pulmões.

Autonomia
O tempo de autonomia da máscara de ar comprimido é condicionado à pressão do ar, ao volume do
cilindro e a atividade (consumo de ar).
Tempo (min) = Volume(l) x Pressão (bar) / Consumo (l/min).

Partes do Equipamento
Cilindro / Regulador de pressão (1ºEstágio) /Regulador de demanda (2º estágio) /
Manômetro de operação / Manômetro do Cilindro / Sistema de alarme sonoro / Sistema
Duplo.

Cilindro
Os cilindros de ar comprimido podem ser feitos de aço, aço leve ou composite. Os cilindros de composite
permitem ao operador maior mobilidade devido ao seu comprimido a uma pressão de 3000 a 5000 PSI.
Reguladores
Juntos, os reguladores de 1º e 2º estágio reduzem a pressão do ar cilindro para ligeiramente acima da
pressão atmosférica. O regulador de 1º estágio permite que a pressão de saída de ar no 2º estágio
permaneça constante, mesmo que a pressão interna do cilindro caia , mantendo a pressão positiva
dentro da máscara facial, mesmo em condições que exijam alto grau de respiração e de demanda de
fluxo de ar. O regulador de 2 ° estágio também é conhecido como regulador de demanda.

Manômetro
O manômetro permite verificar a pressão do ar no cilindro a qualquer tempo, o que é muito importante
durante a utilização, pois permite ao operador, verificações periódicas do tempo de uso que lhe resta,
aumentando sua segurança, em alguns modelos ainda existe um alarme que é acionado quando a
pressão atinge 500 PSI.
Procedimento operacional
1. Expor todo o equipamento de respiração autônoma.
2. Verificar a pressão no manômetro do cilindro.
3. Colocar o equipamento no solo com: (a) O cinto aberto.
(b) As alças de transporte alargadas.
(c) Os tirantes da máscara facial alargados.
4. Agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposta ao registro do cilindro.
5. Segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de fora.
6. Erguer o cilindro por sobre a cabeça e deixar que as alças de transporte passem dos cotovelos.
7. Ajustar a Correia peitoral, certificando-se de que ela não se encontra torcida.
8. Levantar-se puxando os tirantes de ajuste, certificando que as alças não estejam torcidas.
9. Fechar e ajustar a correia da cintura de forma que passe por sobre os tirantes e que não fique
torcida.
10. Prender a válvula de BY-pass na cintura.
11. Colocar a alça de segurança da máscara facial no pescoço.
12. Colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, comas duas mãos
colocar os tirantes por sobre a cabeça.
13. Certificar-se de que não permaneçam cabelos entre a testa e a máscara.
14. Puxar simultaneamente os tirantes, dois a dois, começando dos inferiores, ajustando com cuidado
para não danificá-los.
15. Ajustar o tirante de cima.
16. Realizar teste de exalação.
17. Realizar teste de vedação.
18. Abrir o registro do cilindro.
19. Concluir a conexão da peça facial ao cilindro.
20. Inspirar fortemente para liberar a válvula de demanda

Sistema Duplo
Permite que outra máscara facial seja acoplada ao seu equipamento de respiração autônoma,
possibilitando assim que duas pessoas respirem ao mesmo tempo, usando o mesmo cilindro de ar. O
sistema duplo também é conhecido como “carona”. Deve-se atentar que nessa maneira o tempo de uso
e permanência no local sinistrado diminuirá sensivelmente.
FÓRMULA PARA CALCULO DE CONSUMO DE EPR
PREVENÇÃO

EC O M B A T EA I N C Ê N D I O
O fogo é a reação química de onde há liberação calor, luze produtos de reação, tais como o carbono e a
água.

Há fogo quando há combustão. Combustão nada mais é do que uma reação química das mais
elementares, geralmente uma oxigenação.
O triângulo do fogo é a representação dos três elementos necessários para iniciar uma combustão.
Esses elementos são o combustível que fornece energia para a queima, o comburente que é a substância
que reage quimicamente com o combustível e o calor que é necessário para iniciar a reação entre
combustível e o comburente.
Combustível: É tudo que é suscetível de entrar em combustão (madeira, papel, pano, estopa, tinta,
alguns metais, etc.).
Comburente: É todo elemento que, associando-se quimicamente ao combustível, é capaz de fazê-lo
entrar em combustão (o oxigênio é o principal comburente).
Classificação dos Combustíveis

Quanto ao Estado Físico


Sólidos: carvão, madeira, pólvora, etc.
Líquidos: gasolina, álcool, éter, óleo, etc. Gasosos:
metano, etano, etileno, etc.

Quanto à Volatilidade
Voláteis: São aqueles que, à temperatura ambiente, são capazes de se inflamar (álcool, éter, benzina e
etc.).
Não Voláteis: São aqueles que, para desprenderem vapores capazes de se inflamar, necessitam
aquecimento acima da temperatura ambiente (óleo combustível, óleo lubrificante, etc.).
Ponto de Fulgor: É a temperatura (uma para cada combustível), na qual um combustível desprende
vapores suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor, mas não em quantidade
suficiente para manter a combustão.
Ponto de Combustão: É a temperatura do combustível acima da qual ele desprende vapores em
quantidade suficiente para serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuarem queimando,
mesmo quando retirada esta fonte de calor.
Ponto de Ignição: É a temperatura necessária para inflamar os vapores que estejam se desprendendo de
um combustível.
Um Incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, que pode ser extremamente perigosa para os
seres vivos e as estruturas. A exposição a um incêndio pode produzir a morte, geralmente pela inalação
dos gases, ou pelo desmaio causado por eles, ou posteriormente pelas queimaduras graves.

Início do fogo

Os incêndios em edifícios podem começar através de falhas na instalação, na cozinha, com velas de
cera, ou pontas de cigarro. O fogo pode propagar-se rapidamente para outras estruturas, especialmente
se elas não estiverem de acordo com as normas de segurança.
Formas de Propagação de Incêndios Os
incêndios propagam-se de quatro formas:

 Irradiação, onde acontece transporte de energia de forma onidirecional através do ar suportada por
infravermelhos e ondas eletromagnéticas;
 Convecção, onde a energia é transportada pela movimentação do ar aquecido pela combustão;
 Condução, onde a energia é transportada através de um corpo bom condutor de calor;
 Projeção de partículas inflamadas que pode ocorrer na presença de explosões e fagulhas
transportadas pelo vento.

Métodos de Extinção
Resfriamento ou Arrefecimento;
Neste método, a água é o meio mais utilizado para arrefecer o sistema. É necessário que a temperatura
do combustível seja inferior à temperatura da combustão ou queima, retirando desta forma o calor da
reação.

Abafamento;
Este método consiste na retirada momentânea do comburente ou na redução substancial deste no
ambiente do sistema.
Isolamento;
Separação do combustível da fonte de energia ou do ambiente do incêndio. Queima
Total

Os extintores são carregados com agentes extintores que ajudam a combater um incêndio. Diferentes
agentes combatem incêndios usando suas diferentes propriedades, podendo ser mais ou menos eficazes
dependendo do material que está em combustão.

• Água pressurizada, que extingue o fogo por resfriamento. Utilizada em materiais sólidos como
madeira, papel, tecidos e borracha.
• Bicarbonato de sódio, também chamado de Pó Químico BC, é usado para apagar incêndios de
líquidos, gases e equipamentos elétricos.
• Fosfato monoamônio, também chamado de Pó ABC, extigue incêndios de sólidos, líquidos, gases
e eletricidade.
• Dióxido de Carbono, também chamado de Gás Carbônico, que extingue o fogo por retirar o
oxigênio. Utilizado em líquidos e gases (como a gasolina, o álcool e o GLP) e materiais condutores
que estejam potencialmente conduzindo corrente elétricas.
• Espuma, usada em incêndios de líquidos e sólidos.
• Halon, utilizado em equipamentos elétricos por apagar incêndios sem deixar resíduos. Foi banido
pelo Montreal por ser nocivo a camada de ozônio.
• NAF, indicado para extinção em áreas ocupadas ou que possuam equipamentos eletrônicos. É
considerado um Agente Limpo, pois não é residual, possui baixa toxicidade e não prejudica a
camada de ozônio. Também não conduz eletricidade e é eficaz, substituindo o uso do Halon.

Classes de incêndios

O agente extintor mais apropriado para cada tipo de incêndio depende do material que está em
combustão. Em alguns casos, alguns agentes extintores não devem ser utilizados pois colocam em risco
a vida do operador do equipamento. Os extintores trazem em seu corpo as classes de incêndio para as
quais é mais eficiente, ou as classes para as quais não devem ser utilizados:

Classe Pictograma Uso

Classe A Sólidos, como madeira e papel.

Classe B Líquidos e gases inflamáveis


Classe C Incêndios de equipamentos elétricos

Classe D Metais combustíveis

Classe K Óleos e gorduras

Incêndios de progresso rápido - (do inglês, rapid fire progress) são todos os incêndios que se
desenvolvem de forma mais rápida que a esperada, a partir da ocorrência de fenômenos conhecidos,
tais como uma ignição súbita generalizada (flashover), uma ignição explosiva (backdraft) ou outros
eventos similares.

Flashover - A teoria do flashover diz que durante o crescimento do incêndio, o calor da combustão
poderá aquecer gradualmente todos os materiais combustíveis presentes no ambiente e fazer com que
eles alcancem, simultaneamente, seu ponto de ignição, produzindo a queima instantânea e
concomitante desses materiais (dita, ignição súbita generalizada ou inflamação generalizada). Isso
acontece porque a camada de gases do incêndio (gases aquecidos) que se cria no teto da edificação
durante a fase de crescimento do fogo irradia calor para os materiais combustíveis situados longe da
origem do fogo (zona de pressão positiva). Esse calor irradiado produz a pirólise dos materiais
combustíveis do ambiente. Os gases que se produzem durante este período se aquecem até a
temperatura de ignição e ocorre o flashover, ficando toda a área envolvida pelas chamas.

Backdraft - A diminuição da oferta de oxigênio (limitação da ventilação) poderá gerar o acúmulo de


significativas proporções de gases inflamáveis, produtos parciais da combustão e das partículas de
carbono particulado ainda não queimadas. Se estes gases acumulados forem oxigenados por uma
corrente de ar proveniente de alguma abertura no compartimento produzirão uma deflagração
repentina. Esta explosão que se move através do ambiente e para fora da abertura é denominada de
ignição explosiva, termo que em inglês é denominada de backdraft ou backdraught.

Comparação entre flashovers e backdrafts


Existem quatro diferenças principais entre flashovers e backdrafts:

• Os backdrafts não ocorrem muito frequentemente em incêndios. Já os flashovers acontecem com


maior frequência.
• Um backdraft é um fenômeno explosivo (com a liberação de ondas de choque que podem romper e
lançar estruturas) e o flashover não. O flashover é apenas o desenvolvimento acelerado do fogo, ou seja,
um fenômeno que resulta numa transição repentina e sustentada de um fogo crescente para um
incêndio totalmente desenvolvido.
• O termo backdraft é usado por bombeiros para descrever um evento onde o ar (oxigênio) entra
repentinamente num espaço que contém um incêndio controlado pela falta de ventilação e acaba
provocando uma ignição explosiva ou explosão por fluxo reverso, portanto a causa principal do
backdraft está ligada a uma abertura e a repentina oferta de ar (oxigênio). Já o efeito disparador ou a
causa de um flashover é o calor e não o ar.
• As ignições explosivas tipo backdraft ocorrem nos estágios do incêndio onde existe muito calor e
ventilação limitada, seguida de nova ventilação. Já os flashovers ocorrem nos estágios onde surge um
calor crescente com ventilação permanente.

Consequência no combate ao incêndio - Até pouco tempo atrás, as fases do incêndio eram estudadas a
partir de três etapas – a fase inicial, a fase da queima livre e a fase da queima lenta. Atualmente, a
maioria das organizações de bombeiro e programas de treinamento estão sofrendo alterações e
passando a estudar o processo a partir de cinco fases distintas, a saber: ignição, crescimento, flashover,
desenvolvimento completo e diminuição. No entanto, convém observar que a ignição e o
desenvolvimento de um incêndio interior é algo complexo, que depende de uma série de numerosas
variáveis, por isso, pode ser que nem todos os incêndios se desenvolvam seguindo cada uma das fases
descritas a seguir. As únicas proteções reais para uma explosão do tipo backdraft ou mesmo para um
flashover são o uso constante de roupas de proteção completas (incluindo capacete, capa e calça de
aproximação, luvas, botas, balaclavas e proteção respiratória tipo pressão positiva), o estudo sistemático
desses fenômenos e treinamento, muito treinamento.

Boil Over - Fenômeno que ocorre devido ao armazenamento de água no fundo e um recipiente, sob
combustíveis inflamáveis, sendo que a água empurra o combustível quente para cima, durante um
incêndio, espalhando-o e arremessando-o a grandes distâncias.

Bleve - É um acrônimo para a expressão em língua inglesa boilingliquidexpanding vapor explosion


(explosão do vapor de expansão de um líquido sob pressão), utilizado por bombeiros para se referirem a
um tipo de explosão que pode ocorrer quando um recipiente contendo um líquido pressurizado se
rompe durante um incêndio.

1. EQUIPAMENTOS PORTÁTEIS

São os extintores de incêndio portáteis ou transportados em carreta, classificados conforme o agente


extintor.
EXTINTOR DE ÁGUA GÁS (AG)
Tem a capacidade mínima de 10 litros, nesta modalidade, a água é expelida por um gás inerte (gás
carbônico ou nitrogênio), que é mantido sob pressão de uma ampola acoplada á parte externa do
cilindro maior, que contém a água, nesse sistema, o extintor não tem gatilho, mais depois de aberta a
válvula da ampola, o jato d’água pode ser interrompido virando-se o extintor de cabeça para baixo,
havendo apenas perda do gás propelente.

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSORIZADA (AP)

Tem a capacidade mínima de 10 litros, nesta modalidade, o gás ou ar comprimido e a água


ficam ambos no mesmo recipiente, nesse sistema, o extintor tem gatilho e o jato pode ser
interrompido.

Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe "A". Contraindicado para as classes
"B" e "C".

Modo de usar: Pressurizado: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a.
Base do fogo. Água-gás: Abra o registro da ampola de gás e dirija o jato para a base do fogo.

O Pressurizado é como o da figura acima. O de Água-gás possui uma pequena ampola de ar comprimido.

Processo de extinção: Resfriamento.

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2)

Tem a capacidade mínima de 06 kg. contém gás carbônico sob pressão que, ao ser liberado, produz uma
nuvem que age por abafamento e resfriamento. O jato de gás, acionado por meio de um gatilho, pode
ser interrompido e reiniciado a vontade, permitindo um aproveitamento mais eficiente do agente
extintor, esse é o tipo de extintor adequado aos princípios de incêndios em eletricidade.

Indicado para incêndios de classe "C" e sem grande eficiência para a classe "A”. Não possui
contraindicação.

Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o difusor para a base do fogo. Não toque no
difusor, poderá gelar e "colar" na pele causando lesões.

Processo de extinção: Abafamento.

Incêndios de classe "D" requerem extintores específicos, podendo em alguns casos serem utilizados o de
Gás Carbônico (CO²) ou o Pó Químico Seco (PQS).

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO (PQ)


Tem a capacidade mínima de 01 kg. pode ser encontrado sob as formas de pressão injetáveis ou
pressurizadas, funcionando da mesma forma. O flux de pó pode ser interrompido à vontade, através do
acionamento de um gatilho, e é utilizado em áreas da empresa que contenha líquidos inflamáveis, tais
como tanques de óleo diesel.

Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe "C" e sem grande eficiência para
a classe "A”. Não possui contraindicação.

Modo de usar:

Pressurizado: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo.

A pressurizar: Abra o registro da ampola de gás e dirija o jato para a base do fogo.

O "a pressurizar" é como o da figura ao lado. O pressurizado é igual o da primeira figura "água
pressurizada".

Processo de extinção: Abafamento

– MANEJO DOS EXTINTORES

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA

1 - Retirar o aparelho do suporte e transporta-lo até as proximidades do fogo.

2 – Soltar a trava de segurança.

3 – Apontar a mangueira para a base do fogo e apertar o gatilho localizado na válvula de saída.

EXTINTOR DE ÁGUA DE PRESSÃO INJETADA

1 – Retirar o aparelho do seu suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo.

2 – Abrir a válvula da ampola de co2

3 – Retirar a mangueira do suporte e dirigir o jato contra a base do fogo.

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS

1 – Não tentar reparar defeitos no aparelho, encaminha-lo a uma firma especializada.

2 - Não recolocar o aparelho no suporte sem antes recarregá-lo.


EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2)

1 – Retirar a aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo.

2 – Retire o pino de segurança


3 – Apontar o difusor para a base da chama e apertar a gatilho, movimentar o difusor de um lado para
outro.

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS

1 – Não tentar reparar aparelhos defeituosos.

2 – Não recolocar no suporte aparelho usado, sem antes recarregá-lo.

3 – Não conservá-lo em locais de alta temperatura (acima de 40º c).

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO

APARELHO DE PRESSÃO INJETADA:

1 – Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo (figuras 49 e 50) 2 – Abrir

a válvula da ampola de pressurização.

3 – Apontar o difusor ou esguicho para a base do fogo e apertar o gatilho da válvula, fazer movimentos

de um lado a outro para melhorar o rendimento durante o combate.

APARELHO PRESSURIZADO

1 – Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo.

2 – Soltar a trava de segurança.

3 – Apontar o difusor para base do fogo e apertar a gatilho da válvula.

4 – Fazer movimentos com o difusor para melhorar o rendimento durante o combate.

CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS

1 – Não tentar reparar defeitos do aparelho, encaminhá-lo a uma firma especializada.


2 – Não recolocar o aparelho no local costumeiro sem recarregá-lo.

3 – Manutenções dos extintores

EQUIPAMENTOS FIXOS

São os equipamentos integrados á estrutura do prédio, o assunto é regulado por disposições legais, mas
cabe à empresa decidir sobre a adoção de medidas que, ultrapassando os níveis de segurança previstos
por lei, sejam mais adequados à defesa do pessoal, do patrimônio e da continuidade operacional em
uma determinada instalação, os principais equipamentos fixos utilizados são:

A) SISTEMA DE HIDRANTES

Consiste na canalização preventiva de ferro, iniciando no fundo de um reservatório superior com reserva
técnica de
incêndio em
torno de 30º de
sua capacidade.

3.4.5 Hidrantes – São


de modo que toda a área
utilizada em instalações
1. Abrigos – são caixas metálicas destinas a guardar e
diâmetro mínimo de 63
proteger mangueiras.

Tomadas de água, distribuídas estrategicamente a


ser protegida seja atingida, a tubulação hidráulicas
para combate a incêndios, deve ser milímetros (2!/2) e
pressão de saída no hidrante de 1.2 kgt/cm2 (12 mga).
A altura máxima do hidrante é de
1.30m.
Mangueiras – são tubos flexíveis de tecido com revestimento interno de borracha, são fabricadas de
algodão, rama, linho, cânhamo e náilon. Nas suas extremidades, as juntas permitem o acoplamento
sucessivo de várias mangueiras ou de outros dispositivos usados para o combate a incêndios.

As juntas de união são do tipo rosca macho


e fêmea ou
Tipo “stroz” - engate rápido e são
fabricadas de latão, bronze ou alumínio.
Destinam-se a unir seções de mangueiras
ao hidrante e ao esguicho, e servem
também para ligar os lances de mangueiras
aos carros do corpo.

De bombeiros. A
união tipo engate
rápido é a melhor, pois, além Da.

Facilidade e rapidez em conectar e desconectar mangueiras, não sofre tanto


desgaste como as do tipo roscado. A fixação das uniões nas mangueiras é feita
por equipamento especial, através de um anel de bronze que aperta a
extremidade da mangueira contra a parte interna da união.

Derivantes – são dispositivos destinados a desdobrar uma linha em duas linhas de ataque.

Chave de mangueiras – Servem para auxiliar o engate ou desengate das juntas de união. As mangueiras,
no trabalho de combate a incêndios, levam.

O nome de linhas; linhas adutoras quando empregadas para


transporte de água ate as proximidades do incêndio, e linhas
de ataque quando empregadas para o combate a chamas,
isto é, utilizando em sua extremidade dispositivos como.
Esguicho comum, especial etc.
Os danos causados às mangueiras são provocados por calor, mofo, ferrugem, ácidos, gasolina, óleos e
principalmente por arrastamento, o arrastamento frequente é desnecessário, pois desgasta-lhes o
tecido, enfraquecendo-o.

Mangotinhos – são mangueiras de borracha, de alta resistência, de diâmetro menor que os das
mangueiras comuns, geralmente de 19 mm e 25 mm (3\4 a “1”). São empregadas em instalações leves
ou em princípios de incêndios.

Os seguintes cuidados devem ser observados para a conservação de mangueiras.

1 – Evitar arrastamento desnecessário;

2 – Conservar as mangueiras secas em local ventilado;

3 – Após o uso suspendê-las ou descansá-las em planos inclinados, a fim de que a água escorra
totalmente e guardá-las somente quando secas;

4 - Se necessário, lavar as mangueiras com água e sabão, enxaguando-as bem;

5 – Utilizar as mangueiras somente em casos de incêndios ou de exercícios (pelo menos duas vezes ao
ano);

6 - Testá-las hidraulicamente segundo a pressão indicada para trabalho, uma vez ao ano;
7 - Examiná-las visualmente quanto à corte, desgastes, etc.;

8 - Encaminhá-las para teste de pressão hidrostática após dez anos de serviço e, posteriormente, cada
dois anos.

Manobras – as mangueiras adicionadas nas caixas de incêndios para uso imediato devem ser dobradas
de tal forma que ao puxar uma de suas extremidades, o lance fique esticado, sem torção, pronto para
uso;

Esguichos – são peças de latão ou bronze adaptadas a extremidade das mangueiras, destinadas a dar
forma, dirigir e controlar o jato d’água.

Os tipos mais comuns de esguichos são:

1. Esguicho agulheta;
2. Esguicho com requinte ou regulável;

Esguicho agulheta – tipo mais simples, constituído de um cone onde uma das extremidades é ligada a
mangueira, e a outra, destinada a dar o jato sólido.
Esguicho com requinte – este tipo
de esguicho possui um dispositivo
especial capaz de produzir jatos ou
neblina, conforme a necessidade.

Sprinkler

O sistema de chuveiros automáticos é composto por um suprimento d'água em uma rede hidráulica
sob pressão, onde são instalados em diversos pontos estratégicos, dispositivos de aspersão d'água
(chuveiros automáticos), que contém um elemento termo sensível, que se rompe por ação do calor
proveniente do foco de incêndio, permitindo a descarga d'água sobre os materiais em chamas.
O sistema de chuveiros automáticos para extinção a incêndios possui grande confiabilidade, e se
destina a proteger diversos tipos de edifícios.
Deve ser utilizado em situações:
• Quando a evacuação rápida e total do edifício é impraticável e o combate ao incêndio
é difícil;
• Quando se deseja projetar edifícios com pavimentos com grandes áreas sem
compartimentação.
Pode-se dizer que, via de regra, o sistema de chuveiros automáticos é a medida de
proteção contra incêndio mais eficaz quanto à água for o agente extintor mais adequado.
De sua performance, espera-se que: 
atue com rapidez;
• Extingua o incêndio em seu início;
• Controle o incêndio no seu ambiente de origem, permitindo aos bombeiros a extinção do
incêndio com relativa facilidade.
O dimensionamento do sistema é feito:
• De acordo com a severidade do incêndio que se espera;
• De forma a garantir em toda a rede níveis de pressão e vazão em todos os chuveiros automáticos,
a fim de atender a um valor mínimo estipulado;
• Para que a distribuição de água seja suficientemente homogênea, dentro de uma área de
influência predeterminada.

APH - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR


1. INTRODUÇÃO
O APH é uma forma de atendimento praticada desde o século passado, principalmente
durante os conflitos armados, porém de forma aleatória e desorganizada, consistia em prestar os
primeiros socorros às vítimas, de forma empírica, ou seja, sem bases científicas ou sistematização.

2. PERFIL DO SOCORRISTA
A profissão de Socorrista é pouco semelhante a outras ocupações no mundo. São necessárias
decisões críticas imediatas baseadas em conhecimentos e avaliações, já que o socorrista não tem a
oportunidade de voltar ao manual de estudos para determinar o adequado atendimento á vítima. A
dedicação à continuidade dos estudos é necessária para manter atualizados seus conhecimentos e
aptidões para a assistência.
Ser socorrista é antes de tudo, saber proporcionar os primeiros socorros eficazmente a quem deles
necessite, evitando o agravamento do seu estado. Trata-se de um papel primordial, temporário e
limitado.
Uma das características primordiais de um socorrista é a capacidade de lidar com as pessoas,
este, deve considerar que pessoas doentes ou vítimas de trauma estão vivendo, quem sabe, os piores
momentos de suas vidas, portanto, podem apresentar comportamentos agressivos, impacientes, etc. O
socorrista tem por obrigação ignorar esses momentos e compreender tais atitudes.
È fundamental ser honesto e realista, pois dizer para um ferido que o que está acontecendo com
ele não é nada ou que está tudo bem, é no mínimo absurdo, pois o paciente na maioria das vezes sabe
que não está e é ele que sente as sensações de seu estado. Portanto, a conversa com o paciente deverá
ser no sentido de demonstrar que o socorrista está devidamente treinado para o atendimento no intuito
de ganhar confiança, diminuir o medo e fazê-lo sentir-se mais seguro.
O socorrista deve ter a sensibilidade de saber os limites da informação a ser dada a vítima,
principalmente quando esta questiona a respeito de entes queridos, pois alguém exposto às situações de
ferimentos pode piorar consideravelmente se receber uma carga emocional ao seu estado.
A capacidade de controlar seus próprios sentimentos é uma necessidade fundamental em um
socorrista, por esta razão, deve-se evitar expressar as reações emocionais diante de lesões ou
emergências clínicas graves. A vítima espera do socorrista cuidados técnicos profissionais e não
simpatias ou choros.
Um socorrista não deve esquecer que antes de qualquer atendimento, é necessário estar
adequadamente vestido e asseado, pois ninguém, mesmo gravemente doente ou ferido, teria
dificuldade em depositar confiança em alguém que se apresente sujo ou mal vestido.
Atitude, ética profissional e disciplina são requisitos indispensáveis na cena de um acidente. Para
isto, este profissional jamais deverá comentar sobre o paciente ou o acidente com outros,
principalmente na frente de curiosos. Nada, além das vítimas e a sua atividade profissional, deverão tirar
a atenção do socorrista a cerca do motivo que o traz na cena. Distrações desnecessárias são danosas.
Uma boa condição física é outro fator indispensável para um APH eficiente. Se o indivíduo que
desejar ser socorrista não apresentar condições físicas para tal, de nada adiantará o seu treinamento
teórico - prático.

3. BIOSSEGURANÇA
É o nome dado, ao conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de
riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação
de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos
resultados.
Reduzir a contaminação por microrganismos é uma necessidade imperiosa durante o APH, por
isso adotam-se medidas destinadas à prevenção e controle de infecções.
Os microrganismos que são capazes de provocar doenças recebem o nome de patogênicos. Estes
penetram no corpo humano através das chamadas portas de entrada que podem ser: nasofaringe,
pulmões, uretra, intestino, ferimentos ou outras. Por isso é de extrema importância à prevenção e o
controle de infecções, com conscientização da equipe de trabalho, inspeções periódicas e rigorosas dos
locais de tratamento, dos materiais e equipamentos utilizados, e a realização de assepsia das mãos
(lavagem universal ou aplicação de agentes de limpeza), antes e após o atendimento de vítimas e
controle dos produtos utilizados. As ambulâncias requerem limpeza diária. A desinfecção é
recomendada quando houver contaminação com sangue, pus vômitos, urina, fezes, ou secreções
orgânicas.
Meios de transmissão
Os microrganismos podem estar presentes no sangue, sêmen e secreções das vias aéreas e orais, tais
como tosse espirros, coriza, ou na própria respiração, ou ainda, nas feridas corporais, urinas, fezes do
portador, e podem ser transportados das seguintes formas:
- Pelas mãos até a boca, nariz, olhos ou feridas na pele;

- Por contato sexual;

- Por objetos ou roupas contaminadas, em contato com a boca, nariz, olhos ou ferimentos na pele;

- Pela própria respiração do paciente através do ar;

- Por uso ou acidente de trabalho com agulhas contaminadas.

Equipamentos de proteção individual (EPI)


São dispositivos destinados à proteção da integridade física do socorrista, durante a realização
de atividades onde possam existir riscos potenciais a sua pessoa.

Os EPI´s básicos de um socorrista são:

- Uniforme de mangas longas ou compridas;


- Luvas descartáveis de látex; ·.
- Máscaras faciais; - Óculos de proteção; - Aventais.

4. CINEMÁTICA DO TRAUMA
Denominamos cinemática do trauma o processo de avaliação da cena, para determinar as lesões
resultantes das forças e movimentos envolvidos.
No momento em que a equipe de socorro chega à cena do acidente e observa os danos no
veículo, à distância de frenagem, as posições das vítimas, se usavam cinto de segurança, suas lesões
aparentes etc., está analisando a cinemática do trauma. O conjunto dessas informações permite
identificar lesões inaparentes e estimar a gravidade do estado da vítima.
Cada vítima de trauma aparenta ter próprias e exclusivas lesões, mas muitas possuem
traumatismos semelhantes, conforme as forças envolvidas no acidente. Analisando os mecanismos que
produziram os ferimentos, o Socorrista pode identificar ferimentos ocultos.
Saber onde encontrar lesões é tão importante quanto saber o que fazer após encontrá-las.

Padrões de colisão:

O tipo de acidente será determinante do padrão de lesões produzidas na vítima. Uma maneira
de estimar as lesões sofridas pelos ocupantes de um veículo é observar o veículo e determinar o tipo de
colisão.
Colisão frontal:
Quando o movimento para frente é abruptamente interrompido. Neste tipo de colisão o
ocupante pode apresentar dois padrões de movimentos distintos:
- Para frente e para baixo: Lançado contra o painel e a coluna de direção, sendo o joelho o principal
ponto de impacto;
- Para frente e para cima: O corpo é lançado sobre o volante e a cabeça sofre impacto contra o para-
brisa; tórax e abdome contra o volante.

Colisão traseira:

Ocorre quando o veículo é subitamente acelerado de trás para frente, ou ainda quando o
movimento do veículo para trás é abruptamente interrompido.
- O corpo da vítima se desloca para frente, em decorrência da aceleração do veículo, provocando
uma hiperextensão do pescoço. Se o veículo sofrer uma desaceleração brusca, por um segundo impacto
ou pelo acionamento dos freios, a vitima apresentará também o padrão de movimentos (e lesões)
típicos da colisão frontal.

Colisão lateral:

Ocorre quando o veículo é atingido em um dos seus lados, e pode apresentar dois padrões
diferentes:
- Impacto fora do centro de gravidade: quando o veículo é atingido nas laterais dianteira ou traseira,
sofrendo um movimento de rotação.
= O corpo da vítima é rotacionado, podendo haver impacto da cabeça e outras partes do corpo
contra componentes internos do habitáculo e/ou passageiros;
- Impacto no centro de gravidade do veículo: quando o veículo é atingido na parte central de uma das
alterais, mais ou menos na altura das portas, sofrendo um forte colapsamento estrutural.

= O mecanismo de lesão se dá principalmente pelo contato direto da lataria que invade o


habitáculo e o corpo dos ocupantes.

Capotamento:

Em uma situação de capotamento, o carro sofre uma série de impactos em diferentes ângulos,
assim como os ocupantes do veículo e seus órgãos internos. Assim, todos os tipos de ferimentos
mencionados anteriormente podem ser esperados, além da probabilidade de trauma de coluna
vertebral. Se as vítimas forem ejetadas do veículo (por estarem sem cinto de segurança) a situação é de
grande risco, com maior frequência de vítimas fatais.
Acidente de motocicleta:

Os acidentes de motocicletas são responsáveis por grande número de mortes todos os anos.
Entre os que não morrem, muitos sofrem trauma de crânio e coluna e ficam com graves sequelas. O uso
de capacete previne lesões de face e crânio.
- Em uma colisão frontal, a moto inclina-se para frente e o motociclista é jogado contra o guidom,
esperando-se trauma de cabeça, tórax e abdome. Caso pés e pernas permaneçam fixos no pedal e a
coxa seja lançada contra o guidão, pode ocorrer fratura bilateral de fêmur;
- Na colisão lateral do motociclista, geralmente há compressão de membros inferiores, provocando
fratura de tíbia e fíbula e até avulsão de um membro;
- Nos casos de ejeção do motociclista, o ponto de impacto determina a lesão, e a energia se irradia
para o restante do corpo como nos automobilísticos, as lesões geralmente são muito mais graves nesse
tipo de acidente. O motociclista pode deslizar para baixo do veículo e ser atropelado Por ele ou por
outro veículo.

5. NOÇÕES DE ANATOMIA E FISIOLOGIA

Introdução
A anatomia é a ciência que estuda as estruturas do corpo humano, e a fisiologia, o seu
funcionamento; ambas são essenciais para quem trabalha no atendimento a vítimas de trauma ou
problemas clínicos. O conhecimento de anatomia é utilizado para classificar e descrever as lesões de
acordo com sua localização, para prever lesões de órgãos internos baseando-se na localização externa
da lesão e para aplicar corretamente técnicas de exame e de tratamento da vítima.

Posição anatômica
È aquela em que o corpo está de pé, ereto, com a cabeça erguida e olhos voltados para o horizonte,
braços estendidos ao longo do corpo, mãos com as palmas voltadas para frente, calcanhares unidos e
pés voltados paralelamente para o eixo de marcha.
Há vários termos utilizados para se descrever as posições dos elementos anatômicos e que
podem também ser utilizados na descrição da posição de lesões:

- Medial e lateral
Termos utilizados para descrever a relação entre uma estrutura ou lesão com relação à linha
média. Medial significa mais próximo do plano mediano e lateral mais afastado dele.
Exemplos:

Na mão: o polegar é lateral ao dedo mínimo, ou seja, se encontra mais afastado da linha média do que o
dedo mínimo. Poderíamos também dizer que o dedo mínimo é medial ao polegar.

- Proximal e distal
O termo proximal significa mais próximo da raiz do membro ou origem do órgão e distal mais
afastado.
Exemplos: as falanges, a primeira é a proximal e a última é a distal.
Membro superior: o cotovelo é proximal ao punho, ou seja, é mais próximo da raiz do membro superior
do que o punho. Poderíamos também dizer que o punho é distal ao cotovelo, Por outro lado, o cotovelo
é distal ao ombro, oi seja, está mais afastado da raiz do membro do que o ombro. Na mão a articulação
interfalangeana proximal é mais próxima da base do dedo e a interfalangeana distal a mais próxima da
ponta do dedo.

- Superior e inferior
Superior significa mais próximo da extremidade superior, e inferior, mais próximo da
extremidade inferior. Assim, temos o lábio superior e o inferior; a pálpebra superior e a inferior.

SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório é responsável pelas trocas gasosas absorvendo oxigênio para a
manutenção da vida das células e removendo o dióxido de carbono resultante do metabolismo realizado
nestas, este processo é denominado de hematose.
O sistema respiratório é basicamente composto pelas seguintes estruturas:
Fossas nasais; Boca; Faringe; Laringe; Traqueia; Pulmões; Brônquios; Bronquíolos; Alvéolos; O pulmão
direito possui três lobos, já o esquerdo possui apenas dois lobos.

SISTEMA CIRCULATÓRIO
É um conjunto fechado de tubos unidos por uma bomba aspirante-compressora chamada coração.

Para entendermos melhor este sistema, vamos estudar do que é composto o sangue.

O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos, é
composto por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas.

Os principais componentes do sistema circulatório são: coração, vasos sanguíneos, sangue, vasos
linfáticos e linfa.

O coração é um órgão muscular, oco, de dimensões equivalentes a uma mão fechada de um homem,
em, com peso aproximado de 250 gramas, composto de um tecido muscular especial chamado fibra
cardíaca.

O coração é dividido através de septos em quatro câmaras: átrios e ventrículos direitos e


esquerdos. Separando o átrio direito do ventrículo direito encontramos uma válvula chamada tricúspide;
no outro lado encontramos a válvula bicúspide ou mitral.

O átrio direito do coração recebe de todo o organismo através da veia cava o sangue venoso, isto
é, sangue carregado de dióxido de carbono, que bombeado pelo ventrículo direito é levado para os
pulmões pelas artérias pulmonares, para efetuação das trocas gasosas; pelas veias pulmonares o sangue
arterial, rico em oxigênio, vem dos pulmões para o átrio esquerdo onde é bombeado para o ventrículo
esquerdo através da artéria aorta para todo o organismo.
- Circulação cardíaca
A circulação do sangue por todo o organismo é chamada de grande circulação e a circulação
do coração para o pulmão e daí para o coração é chamada de pequena circulação ou circulação
pulmonar.
Quando um ventrículo e contrai, a válvula para a artéria abre-se e a válvula existente entre o átrio e
este ventrículo se fecha, sendo então o sangue impelido sempre no mesmo sentido ao longo de todo o
circuito da circulação.
Chamamos de sístole a contração do músculo cardíaco e é na sístole que o sangue é
impulsionado; chamamos de diástole o relaxamento do mesmo músculo.
Em virtude destes movimentos é que há a pressão sistólica e a pressão diastólica, cuja
normalidade deve estar em torno de 120 e 80 mm Hg.
A frequência cardíaca está em torno de 60 a 100 batimentos por minuto e em cada batimento

ocorre a ejeção de 70 a 80 ml de sangue.

A musculatura cardíaca é irrigada pelas artérias coronárias. Existem duas artérias coronárias: à
direita e esquerda.
Artérias, capilares e veias.

O sistema circulatório é composto do conjunto das artérias, dos capilares e das veias que no seu todo
formam um tubo contínuo, circular e fechado.
O sangue arterial, rico em oxigênio, deixa o coração através de um a grande artéria chamada
aorta que é a principal via de transporte de sangue e nutrientes para todo o organismo, onde as artérias
vão se dividindo, resultando nos capilares.

SISTEMA ESQUELÉTICO
O esqueleto, composto aproximadamente de 208 ossos, forma a estrutura de suporte e
movimentação do corpo humano, além de paralelamente fornecer proteção a determinados órgãos. Os
ossos tomam suas formas e tamanhos após a fase de desenvolvimento do ser humano, seu completo
desenvolvimento se dá após a adolescência.
Os ossos, segundo os seus aspectos morfológicos, classificam-se em: longos, curtos, chatos e
irregulares. Para permitir a movimentação do corpo os diversos ossos articulam-se entre si pelas
articulações movimentadas pela ação da musculatura

- Esqueleto axial
É o esqueleto que se compõe dos ossos da cabeça, da coluna vertebral e os ossos do tórax. O
esqueleto da cabeça compõe-se de 22 ossos assim distribuídos:
Ossos do crânio – frontal, parietal, temporal, ossículos do ouvido, occipital.
Ossos da face – maxilares, palatinos, lacrimais, vômer, nasais, zigomáticos, conchas nasais, mandíbulas e

hióide.
O esqueleto do tórax compõe-se de 58 ossos, a saber:

Ossos da coluna vertebral – 7 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 coccígeas;


Ossos do tórax – 12 pares de costelas e o esterno.

- Esqueleto apendicular
Compreende os ossos integrantes dos membros superiores e inferiores.
Ossos dos membros superiores – são em número de 64:

2 escápulas, 2 clavículas, 2 úmeros, 2 ulnas, 2 rádios, 10 metacárpicos, 10 falanges proximais, 10 falanges


mediais 8 falanges distais.
- Ossos dos membros inferiores – são em numero de 66, sendo os principais.

2 ílios, 2 ísquio, 2 púbis, 2 fêmur, 2 patela, 2 tíbia, 2 fíbula, 10 falanges proximal, 10 falanges média, 8
falanges distal.

SISTEMA MUSCULAR
Os músculos são formados por um tecido especial que possui a capacidade de contraísse quando
estimulado. Todos os movimentos do corpo resultam da atividade dos músculos, quer seja o movimento
voluntário de andar ou correr ou o movimento invisível olho nu da contração de um vaso sanguíneo.
Existem três tipos de músculos no corpo humano: músculos esqueléticos, músculos lisos e músculo
cardíaco. Cada tipo tem características próprias e desempenha funções distintas.

Músculos esqueléticos
São chamados esqueléticos porque são ligados aos ossos do esqueleto. Também são chamados
voluntários por serem responsáveis pelos movimentos voluntários e de estriados porque apresentam
estriações quando vistos ao microscópio. Todo movimento corporal resulta da contração ou
relaxamento dos músculos esqueléticos.
Os músculos estão ligados aos ossos através dos tendões.

Músculos lisos
Os músculos lisos também são chamados músculos involuntários por ser sua atividade
independente de comando central consciente. Estão sob o controle do sistema nervoso autônomo.
Os músculos lisos são encontrados na parede da maioria dos órgãos tubulares do organismo
como os do tubo digestivo, aparelho urinário, vasos sanguíneos e brônquios. O ser humano não possui
qualquer comando voluntário sobre estes músculos. Músculo cardíaco

Tipo de músculos especial que possui estriações à microscopia, mas que é involuntário. Está
presente apenas no coração. A massa muscular cardíaca recebe o nome de miocárdio e é responsável
pela função de bombeamento do coração
6. ABORDAGEM DO PACIENTE
O objetivo do atendimento inicial à vítima de trauma é identificar rapidamente as situações que
coloquem a vida em risco e que demandem atenção imediata pela equipe de socorro. Deve ser rápido,
organizado e eficiente de forma que permita decisões quanto ao atendimento e ao transporte
adequado, assegurando maiores chances de sobrevida.

Controle da cena
Antes de iniciar o atendimento propriamente dito, a equipe de socorro deve garantir sua própria
condição de segurança, a da(s) vítima(s) e a dos demais presentes. De nenhuma forma qualquer
membro da equipe deve se expor a riscos com chance de se transformar em vítima, o que levaria a
deslocar ou dividir recursos de salvamento disponíveis para aquela ocorrência. Enquanto se aproxima da
cena do acidente, o emergêncista examina o mecanismo de trauma, observando e colhendo
informações pertinentes, como, por exemplo: veículos envolvidos, danos nos veículos, número de
vítimas etc. Em seguida, aproxima-se da vítima e imobiliza sua cabeça com uma das mãos (controle
cervical), identificando-se e perguntando-lhe o que aconteceu. Neste momento está iniciando a
abordagem ou avaliação primária. Avaliação primária
O atendimento pré-hospitalar da vítima de trauma tem por objetivo prestar suporte básico e avançado
de vida, iniciando-se com a avaliação de vias aéreas (A), após rápida verificação do mecanismo de
trauma e das condições de segurança no local. Esse processo denominado de avaliação primaria, ou
ABCDE, prioriza a abordagem das vias aéreas que, se estiverem comprometidas, de imediato afetam as
funções vitais.

Exame Primário: ABCDE DO TRAUMA


(A) Vias aéreas com controle da coluna cervical, (B) respiração e ventilação, (C) circulação com
controle de hemorragias, (D) estado neurológico, (E) Exposição.

- NOVO PROTOCOLO PARA ACE´S (Atendimento Cardiovascular de Emergência)


A importância dessa nova diretriz leva em conta que não haverá perda de tempo com abertura de
vias aéreas e insuflações. O ABCDE do trauma contínua dentro do protocolo, orientando os socorristas
nas condutas que envolvem emergências, exceto nos casos de PCR, devendo o socorrista seguir as
diretrizes inerentes ao ACE (Atendimento Cardiovascular de Emergência), protocolo estabelecidos pelo
ILCOR 2010 (InternationalLiaisonCommitteeonResuscitation) e AHA (AmericanHeartAssociation).
Vale salientar que as recomendações desse novo protocolo deverão ser aplicadas apenas em caso de
vítima com PCR.

As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam uma alteração na sequência de
procedimentos de SBV de A-B-C (via aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B(compressões
torácicas, via aérea, respiração) em adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascido).
Avaliação secundária
Só iniciar depois de completada a avaliação primária. Examinar todos os segmentos do corpo,
sempre na mesma ordem (exame segmentar): crânio, face, pescoço, tórax, abdome, quadril, membros
inferiores e superiores e dorso. Finalizar com a verificação de sinais vitais.

7. REANIMAÇÃO CÁRDIO RESPIRATÓRIA (RCR) Parada

cardíaca (PC):

Parada cardiorrespiratória (PCR):

É ausência do batimento cardíaco, pulsação e respiração. Frequentemente estas situações de


emergência ocorrem simultaneamente e, portanto, em função da importância que representam,
necessitam de atuação imediata e eficaz do socorrista.

Reanimação cardiorrespiratória (RCR)


É o conjunto de procedimentos destinados a manter a circulação de sangue oxigenado para o cérebro e
outros órgãos vitais, após uma parada cardíaca.

Sinais comprobatórios da PCR

- Perda súbita da consciência;


- Ausência de movimentos respiratórios;
- Ausência de pulso central (carotídeo e femoral);

Materiais utilizados na PCR

- AMBÚ;

- MÁSCARAS;

- LUVAS; - MÃOS.

- PROTOCOLO ADULTO E CRIANÇA


- Realizar Abordagem Primária
- 30 compressões torácicas para duas insuflações (Ciclos de 05 repetições durante 2 minutos) - Deve-se

reavaliar a vítima.
FIM DO MÉTODO “VOS” (Ver, Ouvir e Sentir).
O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração” foi removido da sequência de RCP. Após a
aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho deverá abrir a via aérea da vítima e aplicar
duas ventilações.
Com a nova sequência “compressões torácicas primeiro”, a RCP será executada se o adulto não estiver
respondendo e nem respirando ou não respirando normalmente.
A sequência da RCP começa com compressões (sequência C-A-B). Logo, a respiração é verificada
rapidamente como parte da verificação quanto à PCR; após a primeira série de compressões torácicas, a
via aérea é aberta e o socorrista aplica duas ventilações.

- As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de
alta qualidade, incluindo:

• Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como


era antes). • Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm), em adultos, em bebês e
crianças (aproximadamente, 1,5 polegadas (4 cm)).

Técnica utilizada no adulto/criança


- Posicionamento: Ajoelhado ao lado da vítima
- Mãos: entrelaçadas e posicionadas dois dedos acima do apêndice xifóide, sobre o osso externo.
- Cotovelos: Rodados e travados
- Compressões Torácicas: 30
- Insuflações: 02
- Boca: envolve toda boca da vítima (vedando)
- Narinas: pinçadas no momento da insuflação
- Ciclos: de cinco repetições por ciclo de dois minutos
- Contagem: 1, 2, 3, 4, 5...30
- Intensidade da Compressão: necessária para comprimir tórax de 5 cm.

Técnica recém-nascido
- Posicionamento: vítima posicionada no antebraço ou em superfície rígida
- Mãos: 2 dedos ao nível da linha mamilar
- Compressões Torácicas: 15
- Insuflações: 02
- Boca: envolve toda boca e a narina da vítima (vedando)
- Narina: envolta pela boca do socorrista (respiração boca a boca nariz)
- Ciclos: 06 ciclos de 15 repetições por minuto
- Contagem: 1, 2, 3... 15
- Intensidade da Compressão: necessária para comprimir tórax, 4 cm.
Relação PCR/RCP
- O potencial de sobrevivência depois de uma PCR, depende do tempo de início do suporte.
Tempo de suporte:
05 Minutos Consciência sem dano Neurológico

10 Minutos Déficit Neurológico

15 Minutos Estado Vegetativo

20 Minutos Morte Encefálica

OBSERVAÇÕES:

- Não transportar vítima que estiver em PCR.


- Os socorristas devem realizar as manobras até a chegada do atendimento médico especializado, ou até
a recuperação da circulação espontânea.

8. HEMORRAGIAS
Hemorragias ou sangramentos significam a mesma coisa, ou seja, sangue que escapa de vasos
sanguíneos. A hemorragia poderá ser interna ou externa e em ambos os casos, representam um risco
que merece atenção imediata por parte do socorrista. As hemorragias graves e o estado de choque são
emergências que ameaçam a vida. O tratamento adequado dessas emergências poderá representar a
diferença entre a vida ou a morte do vitimado.
Classificação:
Local: Externa; Interna.
Espécie: Arterial; venosa; capilar.
Externas: São aquelas que podem ser visualizadas a partir de um ferimento aberto

Sinais e sintomas de hemorragia externa


• Visualização do sangramento pelo ferimento; • Sudorese
intensa;
• Pulso acelerado (acima de 100 bpm.);
• Hipotensão (PA sistólica de 90 mmHg.); • Pele fria;
• Agitação; • Sede e
• Fraqueza.
 Palidez;

Hemorragias Internas
São aquelas que não podem ser visualizadas pelo socorrista, porém são bastante graves, pois podem
provocar choque e levar a pessoa à morte.
Ex.: Ruptura de úlceras; Ruptura ou laceração parcial do baço ou fígado; Hemopneumotórax;
Tamponamento cardíaco; Fraturas fechadas entre outros.

Sinais e Sintomas da Hemorragia Interna


Basicamente os mesmo da hemorragia externa, devendo-se observar que a queda da P.A.
Depende da região que originou o sangramento, sendo:

Perda Sanguínea em Fraturas Fechadas


• Pélvis – 500 a 5.000 ml.  Úmero – 100 a 800 ml.
• Fêmur – 300 a 2.000 ml.  Rádio, ulna – 50 a 400 ml.
• Tíbia – 100 a 1.000 ml.

Técnicas para controle de hemorragias externa


1ª – Compressão direta
2ª - Elevação do membro
3ª - Compressão de pontos arteriais.

Tratamento Pré-Hospitalar
- Abrir VA e vigiar a respiração e a circulação;
- Tratar o choque conforme seu protocolo local;
- Afrouxar roupas apertadas;
- Estar preparado para o vômito;
- Não dar nada de comer ou beber;
- Ministrar oxigênio suplementar; - Transportar a pessoa para o hospital; e - Informar a suspeita de
hemorragia.

9. ESTADO DE CHOQUE
É uma reação do organismo a uma condição onde o sistema circulatório não fornece circulação
suficiente para cada parte vital do organismo, este quadro pode instalar-se lentamente ou rapidamente.
TIPOS DE CHOQUE
O estado de choque pode ser classificado de várias formas porque existem mais de uma causa para ele.
Choque hipovolêmico: Causado pela perda de volume intravascular. A principal causa do choque
hipovolêmico é o trauma, com a perda sanguínea sendo tanto externa como interna.
Sinais: hipotensão; taquicardia; vasoconstricção; palidez. Dispnéia;

- Tratamento de Choque Hipovolêmico


• Posicionar a pessoa deitada (posição supina);
• Elevar os MMII (caso haja fraturas, elevar a pessoa após posicioná-la sobre
uma maca rígida);
• Manter VA, respiração e circulação;

• Controlar hemorragias externas;


• Administrar oxigênio suplementar;
• Imobilizar fraturas, se necessário;
• Prevenir a perda de
calor corporal;
• Não dar nada de comer ou beber; e.
Choque cardiogênico: Causado pela falha da bomba cardíaca ou por qualquer causa que leve à
diminuição do débito cardíaco. A causa mais frequente é o Infarto Agudo do Miocárdio.
Sinais: pele fria; enchimento capilar diminuído; PA sistólica <90mmHg; volume urinário < 20ml/h;
Choque séptico: Síndrome clínica ocasionada pela presença na corrente sanguínea de microorganismos,
que envolve insuficiência circulatória e perfusão tissular inadequada.
Sinais: Febre; calafrios; mal-estar; cefaleia; prostração; mialgia; agitação e anorexia.
Choque anafilático: Definimos o choque anafilático como uma reação
alérgica severa/aguda/tardia a medicamentos, picada de insetos, comidas, etc. Pode ocorrer em
segundos, logo após o contato com a substância a qual a pessoa é alérgica.

Sinais: Prurido na pele; Sensação de queimação na pele; Edema generalizado; Dificuldade para respirar;
Pulso fraco; e Perda da consciência e morte.
Choque neurogênico: Corresponde a um desequilíbrio do tônus vasomotor, com predomínio da
vasodilatação; As causas mais comuns são lesão na medula espinhal, anestesias, e drogas bloqueadoras
autônomas.
Sinais: hipotensão; bradicardia;

10. FERIMENTOS
Ferimento ou Trauma Aberto é aquele onde existe uma perda de continuidade da superfície cutânea, ou
seja, onde a pele está aberta.
Ferimento ou Trauma Fechado é quando a lesão ocorre abaixo da pela, porém não existe perda da
continuidade na superfície, ou seja, a pele continua intacta.
Sinais e Sintomas de Traumas Fechados
• Dor ou contração;
• Respiração rápida e superficial;  Abdome sensível ou rígido.
Tratamentos: Tratamento de um Ferimento Aberto
• Proteção individual do socorrista (E.P.I.s);
• Exponha o local do ferimento (se necessário, corte as vestes);
• Cubra o ferimento com um curativo estéril (curativo = compressa de gaze + atadura) para
controlar sangramentos e prevenir contaminação;  Mantenha a pessoa em repouso e
tranquilize-a; e  Trate o choque.
Tratamento Geral de ferimentos fechados
Estes ferimentos podem variar o grau de lesão abaixo da pele até lesões severas em órgãos internos.
Basicamente o tratamento pré-hospitalar consiste em avaliar o acidentado, identificar a lesão e tratar a
hemorragia interna com imobilização e prevenir o choque.

Tipos de ferimentos e tratamentos específicos: Abrasões ou


Escoriações
São lesões superficiais de sangramento discreto.
Tratamento: Devem ser cobertos com curativo limpo de material
não aderente, bandagens ou ataduras.

Lacerações
São lesões de bordas irregulares, produzidas por objetos
rombos, através de trauma fechado sobre a superfície óssea
ou quando produzido pôr objetos afiados.
Tratamento: Devem ser protegidas com curativo limpo, fixado
com bandagens e ataduras.

- Ferimentos Penetrantes ou Perfurantes


São lesões causadas pela penetração de projéteis ou objetos pontiagudos através da pele e dos tecidos
subjacentes. O orifício de entrada pode não corresponder à profundidade de lesão, devendo-se sempre
procurar um orifício de saída e considerar lesões de órgãos internos, quando o ferimento localizar-se nas
regiões do tórax ou abdômen.

Tratamento: Devem ser cobertas completamente com curativo limpo e examinadas para ver se existem
orifícios de saída.
Entrada Projétil Saída Projétil

- Avulsões
Lesões nas quais todo um pedaço de pele e tecidos são rompidos, ficando pendurados
como um retalho.
Tratamento: Se possível e se a pele estiver ainda presa, deve ser recolocada sobre um
ferimento, controlada a hemorragia e a seguir coberta com curativo limpo e fixada com
bandagens ou ataduras.
- Amputações

São lesões geralmente relacionadas a acidentes


automobilísticos.
Tratamento: Seu tratamento inicial deve ser rápido, pela
gravidade da lesão e pela possibilidade de reimplante. Deve-
se controlar a hemorragia, aplicar curativo limpo e fixá-lo com
bandagens ou ataduras; guardar a parte amputada envolta
em gaze estéril umedecida com soro fisiológico (o soro não
pode escorrer) colocando-a dentro de um saco plástico e colocando este então dentro de um
segundo saco ou caixa de isopor repleto de gelo.

- Ferimentos Abertos no Abdômen (Eviscerações) Lesão na


qual a musculatura do abdômen é rompida em decorrência de
violento impacto ou lesão de objeto perfurante ou cortante,
expondo o interior da região abdominal à contaminação ou
exteriorizando vísceras.

Tratamento: Remover vestes para expor a lesão. Não


Recolocar nenhum órgão eviscerado para dentro do
abdômen, cobrir com plástico ou curativo oclusivo. Não
lavar a lesão.

- Ferimentos Contusos
São lesões muito dolorosas, que caracterizam-se por um trauma fechado, geralmente acompanhado de
um sangramento interno e/ou uma fratura. Apresentam coloração escura (hematoma/equimose).
Tratamento: Devem ser tratadas com imobilização da área afetada e controle da hemorragia.

- Ferimentos nos Olhos

• Não comprimir diretamente sobre os olhos;


• Cobrir o globo ocular lesado com curativo úmido e proteger com copo plástico ou
bandagem triangular em anel e compressas de gaze e esparadrapo;
• Estabilizar objetos cravados e nunca tentar removê-los;
• Tampar os dois olhos; e  Apoio emocional.

- OBJETOS CRAVADOS

Tratamento Pré-Hospitalar
• Não remover corpos estranhos (pedaços de vidro, facas, lascas de madeiras, ferragens,
etc.) As tentativas de remoção poderão causar hemorragia grave ou ainda, lesar nervos e
músculos próximos da lesão.
• Controlar as hemorragias por compressão direta;
• Usar curativos volumosos para estabilizar o objeto empalado, fixando-os com fita adesiva,
e;
• Transportar a pessoa administrando oxigênio suplementar.

12. LESÕES TERMICAS

QUEIMADURAS: é uma lesão produzida nos tecidos de revestimento do organismo e causada por
agentes térmicos, produtos químicos, eletricidade, radiação, etc. As queimaduras podem lesar a pele, os
músculos, os vasos sanguíneos, os nervos e ossos. Além dos danos físicos e da dor, as pessoas de
queimaduras maiores sofrem social e emocionalmente.

CAUSAS
• Térmicas – por calor (fogo, vapores quentes, objetos quentes) e por frio (objetos
congelados, gelo).
• Químicas – inclui vários cáusticos, tais como substâncias ácidas e álcolis.
• Elétricas – materiais energizados e descargas atmosféricas.
• Substâncias Radioativas – materiais radioativos (irídio-192, cobalto-60, césio-137,
promécio-147, criptônio-85, nÍquel-63, amerício-231, polônio-210) e raios
ultravioletas (incluindo a luz solar).
CLASSIFICAÇÃO/SINAIS E SINTOMAS
Queimadura de 1º Grau – Atinge somente a epiderme (camada mais superficial da pele). Caracteriza-se
por dor local e vermelhidão da área atingida.
Queimadura de 2º Grau – Atinge a epiderme e a derme. Caracteriza-se por muita dor, vermelhidão e
formação de bolhas d’água.

Queimadura de 3º Grau – Atinge todas as camadas (tecidos) de revestimento do corpo, incluindo o


tecido gorduroso, os músculos, vasos e nervos, podendo chegar até os ossos. É a mais grave quanto à
profundidade da lesão. Caracteriza-se por pouca dor, devido à destruição das terminações nervosas da
sensibilidade, pele seca, dura e escurecida ou esbranquiçada, ladeada por áreas de eritema
(vermelhidão).
Obs: Uma queimadura de 3º grau não é dolorosa, mas a pessoa geralmente queixa-se da dor nas bordas
da lesão, onde a queimadura é de 2º ou 1º grau.

- Extensão
De acordo com a extensão da queimadura, usamos percentagens através da regra dos nove que
permitem estimar a superfície corporal total queimada (SCTQ). A regra dos nove divide o corpo humano
em doze regiões; onze delas equivalem a 9% cada uma e a última (região genital) equivale a 1%,
conforme segue:
- TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR

- Queimaduras Térmicas
• Inicialmente deter o processo da lesão (se for fogo na roupa, usar a técnica do PARE,
DEITE e ROLE);
• Avaliar a pessoa e manter as VA permeáveis, observando a frequência e qualidade da
respiração;
• Expor o local da lesão e lavar a área queimada com água fria ou usar água corrente por
vários minutos para resfriar o local. O melhor é submergir a área queimada;
• Cobrir o ferimento com um curativo úmido solto (estéril). Usar curativo estéril. Não
obstruir a boca e o nariz. Não aplicar nenhum creme ou pomada;
• Retirar anéis, braceletes, cintos de couro, sapatos, etc.;
• Providenciar cuidados especiais para queimaduras nos olhos, cobrindo-os com curativo
estéril úmido;
• Cuidado para não juntar dedos queimados sem separá-los com curativos estéreis; e 
Prevenir o choque e transportar. - Queimaduras Químicas

• Lavar o local queimado com água limpa corrente por no mínimo 15 minutos. Usar EPIs
apropriados;
• Limpar e remover substâncias químicas da pele da pessoa e das roupas antes de iniciar a
lavação;
• Cobrir com curativo estéril toda a área de lesão;
• Prevenir o choque e transportar;
• Se possível, conduzir amostra da substância em invólucro plástico; e.
• Se a lesão for nos olhos, lavá-los bem (mínimo 15 minutos) com água corrente e depois
cobrir com curativo úmido estéril. Voltar a umedecer o curativo a cada 5 minutos.

- Queimaduras Elétricas
Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada respiratória ou
cardiorrespiratória, dano no SNC e lesões em órgãos internos.
• Reconhecer a cena e acionar, se necessário, socorro especializado;
• Realizar a avaliação primária e iniciar manobras de reanimação, se necessário;
• Identificar o local das queimaduras (no mínimo dois pontos: um de entrada e um de saída
da fonte de energia);
• Aplicar curativo estéril sobre as áreas queimadas; e.
• Prevenir o choque e conduzir com monitoramento constante.

12. ATENDIMENTO A VÍTIMA DE TRAUMA


Além das diversas patologias que podem acometer os ossos e as junturas que podem comprometer o
seu funcionamento, mesmo na condição de rigidez, acidentes também podem ocasionar problemas. Os
acidentes mais comuns envolvendo ossos e as articulações quase sempre estão ligados a traumatismos.
Nem sempre é possível para o socorrista identificar com precisão o tipo de estrutura lesada (músculo,
articulação, osso ou a junção de várias estruturas), ele deve nesses casos observar muito bem o
mecanismo de trauma e associar aos sinais e sintomas encontrados.
FRATURA
É a ruptura total ou parcial de um osso. Perda da continuidade do tecido ósseo. Classificação

Fissura Fratura Cominutiva Fratura Exposta Fratura Fechada

LUXAÇÃO
É o desalinhamento das extremidades ósseas de uma articulação fazendo com que as superfícies
articulares percam o contato entre si.

Sinais e Sintomas
 Geralmente são bastante similares com as fraturas, com exceção de fragmentos expostos.

ENTORSES
É a torção ou distensão brusca de uma articulação, além de seu grau normal de amplitude causando a
sua rompimento parcial ou estiramento.

Sinais e Sintomas
 Também são similares a fraturas, com exceção de fragmentos expostos.
DISTENSÃO É o estiramento excessivo ou torção de
um músculo.

TRATAMENTO GERAL PARA TRAUMAS


• Avaliação inicial;
• Avaliação dirigida;
• Exposição do local da lesão;
• Avaliação da lesão específica;  Se necessário avaliação detalhada; e.
• Imobilizações.
Quaisquer objetos que sejam usados com a finalidade de imobilizar e estabilizar estruturas são
chamados de talas. As talas também ajudam a diminuir as complicações severas dos traumas de
extremidades. Estas complicações incluem:
• Prevenir ou minimizar danos aos tecidos moles;
• Diminuição do fluxo sanguíneo;
• Paralisia das extremidades como resultado de uma lesão da medula espinhal;
• Hemorragias; e
• Traumas fechados que podem tornar-se abertos.

PRIORIDADE DE ATENDIMENTO EM TRAUMAS


Está diretamente relacionada com o ABCDE da vida, sendo que acidentes automobilísticos sempre se
suspeita de trauma na coluna vertebral, especialmente vértebras cervicais, depois cuida-se das seguintes
áreas:

1º. Crânio; 4º. Caixa torácica;


2º. Pelve; 5º. Qualquer trauma nos membros sem pulso distal; e.
3º. Coxa; 6º. Traumas na perna, úmero braço e costelas.
Isoladas.

TRAUMA DE COLUNA VERTEBRAL

Sinais e Sintomas
• Fraqueza; dormência ou sensação de formigamento; insensibilidade ou ainda paralisia
dos membros superiores e/ou inferiores;
• Perda do controle da bexiga e do intestino;
• Dificuldade ou grande esforço para respiração com pequeno ou nenhum movimento
torácico e com movimento leve do abdome;
• Posicionamento característico dos braços. A pessoa poderá ser encontrada em decúbito
dorsal, com os braços estirados para cima da cabeça ou com os braços e mãos enroladas
sobre tórax.
• Priapismo. Tratamento

• Geral
Colocação do Colar Cervical

Pessoa Sentada
• Socorrista 1:
Estabiliza a cabeça, fazendo o alinhamento da mesma com uma leve tração;

• Socorrista 2:
Mensura o tamanho do colar, colocando a mão espalmada (como num golpe de caratê)
sobre o ombro, verificando se o seu polegar ficou na mesma altura da borda inferior
da mandíbula, caso a mão espalmada seja maior que a distância referida, faz-se nova
medição dobrando-se o dedo mínimo, ou seja, diminui-se o número de dedos para
medir, se continuar grande faz-se nova medição dobrando-se mais um dedo,
Assim sucessivamente até achar o tamanho correto;

• Socorrista 2:

De posse da medida correta faz-se a comparação de medida encontrada com os tamanhos disponíveis
de colares

Socorrista 2:

Com a cabeça da pessoa em alinhamento neutro, posiciona se o apoio mentoniano


deslizando o colar para cima do tórax. Tenha certeza de que o mento está bem apoiado pelo
suporte mentoniano.
Obs.: Dificuldades em posicionar o suporte podem indicar a necessidade de um colar menor.

• Socorrista 2:

Revisa novamente a posição da cabeça da pessoa e o colar, certificando-se que o


alinhamento está adequado. Tenha certeza que o queixo da pessoa cobre a fixação central
no suporte mentoniano. Se isso não acontecer aperte o colar até que o suporte apropriado
seja obtido. Selecione um colar cervical menor caso você perceba que apertando muito o
colar poderá levar a uma hiperextensão.

Ajuste Final
Socorrista 2 - uma vez posicionado mantém o colar no lugar segurando o orifício cervical central.

• Obs.: Pode ser evitar torções cervicais usando o orifício central como ponto fixo
enquanto prende e ajusta a fita de velcro.

Pessoa em Decúbito Dorsal


• Socorrista 2:
Coloca primeiro a posição posterior do colar atrás do pescoço da pessoa. Certifica que a tira do
velcro não esteja dobrada.

Ajuste final

• Socorrista 2:

Uma vez posicionado mantêm o colar no lugar segurando o orifício cervical


central.

Obs.: Podem-se evitar torções cervicais usando o orifício central


como ponto fixo enquanto prende e ajusta a fita de velcro.

TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO
As fraturas de crânio são comuns nas pessoas que sofreram impacto na cabeça. A severidade da lesão
depende do dano provocado ao cérebro.
Classificação do TCE
• TCE aberto: São aqueles que permitem a comunicação entre as meninges ou o cérebro e o
meio exterior. Há ruptura do couro cabeludo com exposição do local da fratura.
• TCE fechado: São as que afetam o osso sem, entretanto, expor o conteúdo da caixa
craniana, não existe solução de continuidade da pele.

Classificação Leve – Não causa inconsciência

Suave – Suave enxaqueca após breve


Perda de
consciência

Grave – Inconsciência prolongada,


Alteração de sinais vitais

Sinais e Sintomas de Trauma Crânio-Encefálico (com ou sem fratura)


• Cefaleia e/ou dor no local da lesão;
• Náuseas e vômitos;
• Alteração da visão e/ou audição, às vezes com prejuízo para o equilíbrio;
• Alteração do nível de consciência, podendo chegar à inconsciência;
• Ferimento ou hematoma no couro cabeludo;
• Deformidade do crânio (depressão ou abaulamento);
• Hematoma ao redor dos olhos (olhar de guaxinim) ou atrás das orelhas (sinal de Bakler);
• Pupilas desiguais (anisocoria);
• Sangramentos observados através do nariz ou ouvidos;
• Líquido claro (liquor) que flui pelos ouvidos ou nariz;
• Alteração e/ou deterioração dos sinais vitais;
• Alteração da respiração;
• Paralisia ou hemiparalisia; e.
• Postura de decorticação ou descerebração.
Obs.: Considerando que muitos dos sinais e sintomas de trauma craniano podem ser confundidos nos
casos de abuso de álcool ou drogas, tenha muito cuidado ao avaliar a pessoa. Nunca assuma que ocorreu
abuso de álcool ou drogas e sempre avalie e cuide de possíveis traumas.

Tratamento Pré-Hospitalar do TCE:


• Corrigir os problemas que ameaçam a vida. Manter a permeabilidade das VA, a respiração
e a circulação. Administrar oxigênio (conforme protocolo local);
• Suspeitar de lesão cervical associada nos casos de acidentados e adotar os procedimentos
apropriados;
• Controlar hemorragias (não deter saída de sangue ou liquor pelo ouvidos ou nariz);
• Cobrir e proteger os ferimentos abertos;
• Manter a pessoa em repouso, lateralizada e não deixar que se movimente;
• Proteger a pessoa para a possibilidade de entrar em convulsão;
• Monitorar o estado de consciência, a respiração e o pulso; e.
• Tratar o choque e evitar a ingestão de líquidos ou alimentos.

ESTAR SEMPRE PREPARADO PARA O VÔMITO


Obs. Nunca tentar remover objetos transfixados na cabeça. Não se deve conter sangramento ou impedir
a saída de liquor pelo nariz ou ouvidos nos traumatismos crânio-encefálicos (TCE). Poderá ocorrer
aumento na pressão intracraniana ou infecção no encéfalo.

TRAUMATISMO DE FACE
O perigo principal, nas lesões e fraturas faciais, é os fragmentos ósseos e o sangue que poderão provocar
obstruções nas vias aéreas.

Sinais e Sintomas
• Coágulos de sangue nas vias aéreas;
• Deformidade facial;
• Equimose nos olhos;
• Perda do movimento ou impotência funcional da mandíbula;
• Dentes amolecidos ou quebrados (ou a quebra de próteses dentárias); e  Grandes
hematomas ou qualquer indicação de golpe severo na face.

Tratamento Pré-Hospitalar
É o mesmo tratamento utilizado no cuidado de ferimentos em tecidos moles. Sua atenção deve estar
voltada para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas, controle as hemorragias, cubra com
curativos estéreis os traumas abertos, monitore os sinais vitais e esteja preparado para o choque.

TRAUMAS DE TÓRAX
Sinais e Sintomas
• Depende da extensão, presença de lesões associadas (fratura de esterno, costelas e
vértebras) e comprometimento pulmonar e/ou dos grandes vasos.
• Dor no local do traumatismo;
• Aumento da sensibilidade ou dor no local da fratura que se agrava com os movimentos
respiratórios;
• Respiração superficial (dificuldade de respirar com movimentos respiratórios curtos);
• Eliminação de sangue com a tosse;
• Cianose nos lábios, pontas dos dedos e unhas;
• Postura característica: a pessoa fica inclinada sobre o lado da lesão, com a mão ou o braço
sobre a região lesada. Imóvel; e
• Sinais de choque (pulso rápido e PA baixa).

Tratamento Pré-Hospitalar
Estabilizar o segmento instável que se move paradoxalmente durante as respirações. Usar almofadas
pequenas ou compressas dobradas presas com fitas adesivas largas. O tórax não deverá ser totalmente
enfaixado. Transportar a pessoa deitada sobre a lesão. Ministrar oxigênio suplementar (ver protocolo
local).

Sinais e Sintomas
• Dor na região da fratura; • Crepitação à
• Dor à respiração; palpação.
Movimentos respiratórios curtos; • Respiração paradoxal

LESÕES DO CORAÇÃO, DOS PULMÕES E DOS GRANDES VASOS.
Os traumatismos da caixa torácica podem provocar lesões dos pulmões, do coração e grandes vasos. O
ar que sai do pulmão perfurado leva ao pneumotórax que resulta em colapso pulmonar. As hemorragias
no interior da caixa torácica (hemotórax) provocam compressão do pulmão, levando também à
insuficiência respiratória. O sangue envolvendo a cavidade do pericárdio pode também determinar uma
perigosa compressão no coração.
Todas estas lesões são emergências sérias que requerem pronta intervenção médica.

Pneumotórax
É a presença de ar no espaço pleural, entre a pleura parietal e visceral. A pressão negativa neste espaço
é que possibilita a aderência entre os pulmões e a parede torácica. O pneumotórax impede a expansão
completa do pulmão.
Pneumotórax Simples
Não há lesão aberta no tórax.
Pneumotórax Aberto
É produzido quando um ferimento penetrante, geralmente provocados por objetos que não se
encontram cravados, assim como lesões provocadas por armas brancas, de fogo ou lesões ocorridas nos
acidentes de trânsito conectam o espaço pleural com a atmosfera. Quando o ferimento for maior que
2/3 do diâmetro da traqueia torna a pessoa incapaz de encher os pulmões durante a inspiração, pois o ar
tende a entrar pela ferida e não pelas vias aéreas.

Tratamento Pré-Hospitalar
• Tamponar o local do ferimento usando a própria mão protegida por luvas;
• Fazer um curativo oclusivo de três pontas com plástico grosso ou papel aluminizado, com
extremidade solta direcionada para a parte inferior a fim de drenar o sangue e secreções.
A oclusão completa poderá ocasionar um pneumotórax hipertensivo e grave;
• Ministrar O2 (ver protocolo local) e conduzir com urgência para receber tratamento
médico.

Hemotórax
É o acúmulo de sangue no espaço pleural após traumatismos torácicos fechados ou penetrantes. O
pneumotórax é frequentemente associado ao hemotórax, causando o hemopneumotórax.

Tratamento Pré-Hospitalar:
• O mesmo dispensado ao pneumotórax.
TRAUMA EM MEMBROS SUPERIORES E/OU INFERIORES
• Informar o que está fazendo e o que planeja fazer;
• Imobilizar a região antes de mover a pessoa, exceto quando o ambiente oferece risco à
vida;
• Expor o local lesado. Remover as joias dos membros lesados se saírem com facilidade e
sem dor;
• Controlar toda hemorragia severa, cobrindo o local com um curativo espesso. Não aplicar
compressão direta sobre o local traumatizado;
• Cobrir as feridas abertas. Não empurrar extremidades ósseas para dentro de feridas
abertas. Não remover fragmentos ósseos das feridas;
• Verificar pulso distal, sensibilidade e função motora antes da imobilização;
• Preparar todo o material para as imobilizações. Sempre use talas acolchoadas para
conforto da pessoa, evitando o contato direto entre a parte a ser imobilizada e a tala.
Proteger as talas não acolchoadas, com tecido;
• Tentar delicadamente e apenas uma vez, realinhar o membro com desvio para a posição
anatômica. Se não houver pulso e o membro estiver frio e cianótico, tente reposicionar o
membro para fazer retornar o pulso;
• Aplicar tração manual delicadamente e imobilizar com firmeza à estrutura lesada à tala,
mas sem restringir a circulação;
• Não permitir que a saliência óssea fira a pele;
• Imobilizar a estrutura lesada bem como as articulações acima e abaixo do local afetado;
• Fixar a imobilização com faixas ou rolos de gaze, iniciando pela extremidade distal. Deixar
as pontas dos dedos das mãos e dos pés expostos, permitindo a observação da circulação;
• Revisar a presença de pulso e a função nervosa. Assegurar-se que a imobilização está
adequada e não restringe a circulação
• Elevar a extremidade. Para braço, usar tipoia ou faixa. Para perna, apoiar o pé ou os pés
em um travesseiro ou manta enrolada, se não houver comprometimento da coluna
cervical;
• Prevenir os efeitos do choque, oferecendo a pessoa oxigênio logo que possível e
mantendo a temperatura corporal da mesma.
A tipoia é uma bandagem que apoia o ombro e o braço. Uma vez que o braço esteja colocado em uma
tipoia, o enfaixamento é usado para manter o braço apoiado contra o tórax. A tipoia e o enfaixamento
são eficazes para imobilização, apoio e elevação de membros, nos traumas de:
• Cintura escapular; • Antebraço;
• Braço; • Punho, mão e dedos;
• Cotovelo; e  Costelas.
Técnicas de imobilizações
Os principais tipos de imobilizações são: Talas, bandagens, imobilizações gessadas, imobilizações
improvisadas e imobilizações pré-fabricadas.
Em fraturas: Envolver a articulação imediatamente, proximal e distal em relação ao osso fraturado.
Em caso de luxação: Envolver a articulação envolvida impossibilitando seu movimento.

13. MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMA


O transporte de doentes ou de feridos é de suma importância. Muitas vezes a pessoa pode ter seu
estado agravado por um tratamento feito sem os cuidados necessários. Por isso é necessário saber
transportar um acidentado. Precisamos conhecer o estado geral da pessoa a ser atendida, para depois
transportá-lo.

MOBILIZAÇÃO

Termo usado para descrever qualquer procedimento organizado para reposicionar ou transportar uma
pessoa doente ou ferida, de um local para outro.

SITUAÇÕES EM QUE SE FAZ NECESSÁRIO O TRANSPORTE IMEDIATO


• O local do acidente oferece perigo iminente;  Cuidados que precisam de
reposicionamento; e  Ter acesso a outras pessoas.
Além dos casos citados anteriormente, existem outros que não oferecem perigo imediato à vida da
pessoa, mas se não corrigidos podem causar o agravamento de suas lesões. Tais situações podem ser:
• Fatores climáticos ou alérgicos;
• Queimaduras químicas; e.
• A pessoa insiste em ser transportada.

TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO

O socorrista, além de preservar a integridade da pessoa, deve preservar a sua. Veremos algumas regras
gerais utilizadas para o levantamento de macas e pacientes, evitando assim, lesões de joelho ou costas:

• Planeje o movimento antes de executá-lo;


• Não tente levantar ou abaixar alguém se você não conseguir segurá-lo ou não puder
aguentar o peso;
• Certifique-se de que sua posição está e permanecerá segura e firme;
• Levante a pessoa com o esforço dos músculos de suas pernas, nunca com os das costas.
Flexione ligeiramente as pernas e mantenha um pé mais a frente do outro e
• Fique atento a sua respiração. Lembre-se que quanto maior o esforço maior deverá ser a
oferta de oxigênio para as células.
- RETIRADA DE CAPACETE
A avaliação, a ventilação e o controle das lesões podem ficar dificultados, devido ao acesso limitado que
o capacete de proteção permite a cabeça, face e cervical. Sua remoção deverá ser executada sempre por
dois socorristas. Somente não retire o capacete, quando houver dificuldade para a remoção e a pessoa
merecer transporte para o hospital com prioridade. Os socorristas devem evitar também, a retirada do
capacete em casos de esmagamento ou aumento da dor durante a remoção. Nestes casos imobilize na
maca rígida com o capacete no lugar.

Sequencia para Retirada do Capacete


Primeiro socorrista posiciona-se atrás do motociclista e imobiliza a
cabeça dela com suas mãos posicionadas em cada lado do capacete,
aplicando uma suave tração;
Segundo socorrista deve soltar a fivela que prende o capacete e
Então imobilizar a cabeça do motociclista (polegar de um lado e dedo
indicador do outro na nuca);

Primeiro socorrista retira o capacete, deslizando-o para trás, sem


movimentar a cabeça. O segundo socorrista mantém a imobilização
com a cabeça em posição normal;
Primeiro socorrista após retirar o capacete volta a segurar a
Cabeça do motociclista e o segundo aplica o colar cervical

- Posição Lateral de Segurança


Posição que deve ser colocada à pessoa que esteja inconsciente e que não possua lesões na coluna.
Dessa forma evita-se a obstrução da via aérea pela própria língua e por materiais que possam a ser
regurgitado pela própria pessoa inconsciente.

TÉCNICA DE TRANSPORTE
Há um grande número de técnicas para reposicionar ou transportar pacientes, mas as melhores são
aquelas feitas com o auxílio de outras pessoas. Entretanto nas mobilizações de emergência, o socorrista
poderá ter que mobilizar a pessoa mesmo estando sozinho.
Os transportes em situação de emergência oferecem pouca proteção aos traumas e pode causar grande
dor a pessoa atendida. Deve-se ter o cuidado de imobilizar e proteger muito bem a coluna cervical a fim
de se evitar lesões permanentes. Nas demais ocorrências, onde o atendimento ocorre de forma normal,
à pessoa deve ser colocada corretamente sobre a maca rígida, coberto e seguro com os cintos. Após
realizada a fixação dos cintos, a maca rígida deverá ser mobilizada para cima da maca de rodas da
viatura para posterior deslocamento a um recurso hospitalar apropriado.

Arrastamento com Cobertor


Técnica pela qual a pessoa é removida por 1 socorrista. O cobertor pode ser arrumado de forma a
proteger e suportar a cabeça e o pescoço da pessoa.

Arrastamento pelas Roupas


Utilizado quando não há cobertor disponível ou em
acidentes no meio de vias com trânsito fluindo. Pode ser
realizado por um socorrista;

Transporte de Bombeiro
Possuía desvantagem de não oferecer suporte para a
cabeça e pescoço, porém, se não hou ver outro método
disponível, permite que uma só pessoa remova a
pessoa.

Transporte em Cadeira
A pessoa é posicionada deitada e, debaixo dela, dois socorristas colocam uma cadeira. O transporte é
feito com os socorristas posicionados lateralmente e a pessoa na posição sentada. Técnica utilizada para
retirar pacientes do interior de edifícios.

Transporte pelos Membros


Dois socorristas transportam a pessoa, segurando-a pelos braços e pernas. Para que esta técnica possa
ser empregada, é importante verificarmos a ausência de traumas no crânio, no pescoço, na coluna
vertebral, no ombro, no quadril ou no joelho. A situação ideal, é que a pessoa não tenha qualquer
suspeita e fratura nos membros superiores e inferiores. A pessoa deverá estar deitada em decúbito
dorsal, com os joelhos flexionados. O primeiro socorrista deverá ajoelhar atrás da cabeça da pessoa,
colocando suas mãos embaixo dos ombros dela. O segundo socorrista deverá posicionar-se nos pés da
pessoa e segurá-la pelos punhos. O primeiro socorrista deslizará seus braços por baixo das axilas da
pessoa e passará a segurá-la pelos punhos. Uma vez que a pessoa esteja na posição semi-sentada, o
segundo socorrista agachar-se-á de costas para o primeiro, entre as pernas da pessoa, e posicionará suas
mãos, atrás dos joelhos da pessoa. Ao comando do primeiro, ambos devem levantar e tentar andar no
mesmo passo, para evitar balançar a pessoa.

LEVANTAMENTO DIRETO DO SOLO


É um transporte não emergencial e não recomendado para pacientes com possíveis lesões na medula
espinhal ou região cervical. Para fazer o levantamento, a pessoa deverá estar em decúbito dorsal e com
os braços dobrados, colocados sobre o tórax. Os socorristas devem permanecer alinhados lado a lado,
sendo distribuídos da seguinte forma:

• Socorrista 1 – é o responsável pela estabilização a mobilidade da cabeça. Este deve


posicionar o antebraço por baixo do pescoço da pessoa e segurar o ombro do lado oposto
ao seu. Desta forma o emergencista poderá apoiar a cabeça da pessoa. O outro antebraço
deverá ser posicionado por baixo das costas da pessoa, na linha da cintura.
• Socorrista 2 – deverá posicionar-se na altura do quadril e colocar um antebraço acima e
outro abaixo das nádegas da pessoa.
• Socorrista3 – posicionado nas pernas da pessoa, deverá colocar um antebraço debaixo
dos joelhos e o outro, debaixo dos tornozelos da pessoa.
Todos os socorristas devem permanecer com um joelho flexionado e o outro, de preferência o que
estiver mais próximo aos pés da pessoa, no chão. Isso para favorecer um levantamento uniforme. Sob o
comando do 1º socorrista, todos devem levantar a pessoa do chão até a altura dos joelhos. Novamente,
sob o comando do 1º socorrista, todos devem trazer a pessoa contra o peito. E finalmente, também sob
comando, todos devem ficar em pé. Para baixar a pessoa, inverta o processo de levantamento.
Levantamento Direto do Solo com 6Emergencista

- Levantamento com Dois Socorristas


Técnica geralmente utilizada para mobilizar pacientes de uma cama para a maca ou vice-versa,
utilizando-se de um lençol ou manta.

- Rolamento e Imobilização Sobre Maca Rígida (Paciente com Lesão na Coluna)


Técnica utilizada para posicionar a pessoa com lesão na coluna, do solo para cima da maca rígida. Esta
manobra de ser realizada por três socorristas.
• A pessoa permanece deitada no solo em posição alinhada e em decúbito dorsal;
• Colocar o colar cervical;
• O socorrista nº 1 posiciona-se atrás da cabeça da pessoa mantendo a distância de um
palmo. Com ambas as mãos protegidas por luvas, segure lateralmente a cabeça da pessoa,
mantendo-a alinhada com a coluna e imóvel;
• Os socorrista 2 e 3 posicionam-se ajoelhados ao lado da pessoa, um na altura do tórax e o
outro na bacia. Antes o nº 3 posiciona a maca rígida no lado oposto da pessoa;
• O socorrista nº 2 afasta lateralmente membro superior da pessoa, do lado em que será
efetuado o rolamento, deixando-o paralelo ao tronco. O outro braço é posicionado por
sobre o tórax da pessoa.
• Os socorristas 2 e 3 apoiam suas mãos ao longo do corpo da pessoa, no lado oposto de
onde estão posicionados. O socorrista 2 posiciona um de seus braços no ombro da pessoa
e o outro na coxa, logo abaixo da nádega. O socorrista 3 coloca uma mão na linha da
cintura e a outra na perna;
• Ao comando de 1, 2, 3 do socorrista 1, a pessoa deverá ser rolado 90º em monobloco. O
socorrista 2, utilizando a mão esquerda puxa a maca rígida posicionando-a o mais próximo
possível da pessoa;
• Com movimento inverso, o líder comanda 1, 2, 3 e a pessoa lentamente é posicionado
sobre a maca rígida. Esta deverá ficar posicionada cerca de 20 cm acima da cabeça;
• A pessoa é posicionado na maca, transferindo a posição dos socorrista 2 e 3 sobre a
pessoa, posicionando suas mãos na linha da cintura escapular e região pélvica.
Novamente a contar de 3, realizar um único movimento em monobloco no sentido
diagonal, centralizando a pessoa sobre a maca;
• Durante todo o tempo, o líder permanece imobilizando manualmente a cabeça.
Finalmente os socorristas fixam a pessoa na maca utilizando os tirantes e fitas adesivas.
Fixação dos Tirantes
• Tirante Superior - deve englobar a maca e o tórax da pessoa, logo abaixo dos ombros. Nas
pacientes femininas, o tirante deve ser posicionado acima ou abaixo dos seios;
• Tirante do Meio - deve ser colocado sobre a região pélvica envolvendo os braços que
devem ficar ao longo do corpo.
• Tirante Inferior - tem que ser posicionado englobando a maca e a pessoa logo acima dos
joelhos. Se a pessoa estiver posicionada em decúbito ventral, o tirante deve ser colocado
logo abaixo do joelho. Isto evita que as pernas a pessoa escorreguem para fora da maca
rígida.

14. PSICOLOGIA EM EMERGÊNCIA

Esta Psicologia envolve estudar o comportamento das pessoas que estão expostas a esses tipos de
riscos, desde a ação preventiva até o pós-trauma, observando as questões de experiência pessoal do
trauma.

O trauma estagna as pessoas de modo a deixá-las com desorganização corporal, perda de sentidos e
paralisa a consciência temporal pode abalar a criatividade e motivação da pessoa para vida toda. Os
principais objetivos de auxílio são o de aliviar as manifestações sintomáticas e o sofrimento, fazendo
com que o sentimento de anormalidade e enfermidade seja reduzido. A fase de impacto corresponde ao
intervalo de tempo, durante o qual o evento manifesta-se em toda a sua plenitude. Caracteriza-se pela
desordem, é um momento caótico, de choque que pode durar segundo ou minutos, o afetado têm a
sensação de um “vácuo no tempo”, ou seja, é observado um longo silêncio seguido de ruídos e de muita
confusão.
REAÇÕES OBSERVADAS:

- Medo; Confusão mental; Passividade; Negação do risco; Resistência à mudança;


Invulnerabilidade.

REAÇÕES OBSERVADAS (Estas reações podem durar horas ou dias).

- Ansiedade; Medo; Preocupação; Vergonha; Culpa; Desorientação; Lentidão de raciocínio; Dificuldade


de compreensão sobre o que lhe dizem; Indecisão; Confusão com relação ao tempo; Dependência,
gratidão, docilidade com relação aos socorristas e autoridades; Rebeldia, culpando autoridades e
exigindo atenção prioritária para suas necessidades;

Apoio pré-hospitalar
• Tranquilizar a vítima e sua família;
• Manter a vítima/família informada a respeito das condições de saúde/doença;  Ter ética;
• Respeitar o momento;
• Prestar solidariedade sem perder o foco profissional;

15. EMERGÊNCIAS CLÍNICAS


É a situação crítica apresentada por uma pessoa em decorrência de uma série de fatores mórbidos,
quer sejam germes patogênicos, alterações de funções em órgãos e sistemas ou por substâncias
estranhas ao organismo como medicamentos, venenos ou substâncias tóxicas. Não necessariamente
uma emergência clínica é produzida por um trauma ou mesmo por causas externas.
Ao socorrista cabe a incumbência de efetuar as avaliações iniciais, dirigida e física detalhada cercando-se
do cuidado de detectar todas as variáveis possíveis.

EMERGÊNCIAS CLÍNICAS CARDIOVASCULARES

Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)


É a morte de uma região do músculo cardíaco em virtude da obstrução aguda da artéria coronária.
Sinais e Sintomas
• Dor ou sensação de opressão no peito.
Em algumas oportunidades essa dor é irradiada para mandíbula ou para o braço esquerdo. Em alguns
casos essa dor pode não ser no peito, porém, nos braços, na mandíbula ou mesmo nas costas. Pode
prolongar-se por mais de 30 minutos não cedendo à ação dos coronário-dilatadores;
Pode haver a presença de dores semelhantes que alternam-se em pioras ou melhoras por horas ou
dias antes que ocorra o IAM:

• Náuseas;  Fraqueza;
• Falta de ar;  Inquietude e agitação; e  Intensa sudorese;  Parada cardíaca.
Obs.: Na hipótese do aparecimento de qualquer um destes sinais ou sintomas tenha sempre em mente
que a pessoa ou está tendo ou está prestes a ter um infarto agudo do miocárdio.
Tratamento Pré-Hospitalar
• Não abandonando a pessoa que pode apresentar parada cardiorrespiratória, determine o
acionamento do Serviço de Emergência Médica;
• A pessoa deve ser colocada em posição de repouso e que lhe de a confortabilidade na
respiração. Há casos em que a posição semi-sentado é a melhor;
• Faça administração suplementar de oxigênio;
• Complemente o conforto afrouxando as roupas apertadas;
• Sem aquecer em excesso mantenha o calor corporal;
• Faça monitoração dos sinais vitais;  Faça promoção de suporte emocional; e  Efetue e
transporte.

Angina de Peito
Dor resultante do aporte insuficiente de fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco.
Sinais e Sintomas
Há ocorrência de dor no peito, com sensação de opressão aumentada ou ocasionada pelo exercício ou
pelo esforço físico de uma maneira geral e aliviada pelo repouso ou medicação. A dor pode irradiar-se
para o braço esquerdo e mandíbula.
Obs.: Tenha sempre em mente que toda a dor no peito sem outra causa inexplicável é indicativa de
possibilidade de angina de peito.
Tratamento Pré-Hospitalar
• Acionar o Serviço Médico de Emergência; os pacientes nestas condições geralmente já
fazem uso de medicamentos para alívio da dor. Nestes casos o socorrista deve pedir que a
pessoa faça de acordo com a orientação médica;
• O protocolo de tratamento para estes casos é o mesmo utilizado para os casos de infarto do
miocárdio;
• Providenciar transporte para hospital.

Insuficiência Cardíaca Congestiva


Deficiência na circulação por falha no bombeamento do coração. O sangue procedente dos pulmões
acumula-se na própria circulação resultando saída de líquido para os alvéolos com o surgimento de
dificuldades nas trocas gasosas.
Sinais e Sintomas

• Insuficiência respiratória;  Edema nos tornozelos;


• Respiração ofegante e  Edema no abdome; ruidosa;
• Cianose; e
• Agitação e ansiedade  Insistência em ficar sentado ou de
• Aceleração da pulsação; pé.
Obs.: Nem sempre a dor torácica acompanha a insuficiência cardíaca congestiva.
Tratamento Pré-Hospitalar

• Acionar o Serviço de Emergência Médica;  Manter a permeabilidade das vias aéreas;


• Dar possibilidade de mais conforto na respiração mantendo a pessoa em repouso;
• Administrar oxigênio;
• Manter suporte emocional; e.
• Transportar monitorado para o hospital.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)


Lesão no tecido cerebral causado por falha na irrigação sanguínea pôr trombose cerebral ou hemorragia
cerebral. No primeiro caso é a presença de um trombo ou êmbolo que obstrui uma artéria impedindo a
irrigação da parte do cérebro correspondente; no segundo é quando ocorre a ruptura de uma artéria que
além de deixar a parte correspondente sem nutrição ainda provoca hemorragia aumentando a pressão
intracraniana e alternado as funções cerebrais. É também chamado derrame cerebral.
Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas são variados de acordo com a extensão da lesão e da sua localização. Todavia, de uma
maneira geral, são os seguintes:
• Dor de cabeça - Pode ser o primeiro e o único sintoma presente;
• Desmaio;
• Pressão arterial alta;
• Variações do nível de consciência;
• Formigamento, dormência e paralisia, geralmente das extremidades e da face;
• Dificuldade para falar;
Dificuldade para respirar;
• Alteração da visão;
• Convulsão;
• Anisocoria (pupilas desiguais); e.
• Perda do controle urinário ou intestinal.
Obs.: Na hipótese de presença de qualquer um destes sinais ou sintomas tenha em mente que a pessoa
pode estar tendo ou estar a ponto de sofrer um AVC.
O risco de AVC aumenta com a idade
Tratamento Pré-Hospitalar
• Acionar o Serviço de Emergência Médica;
• Preparar-se para ventilação ou operação de manobras de reanimação cardiorrespiratória,
caso haja necessidade;
• Fazer suplementação de oxigênio;
• Manter repouso;
• Dar proteção às áreas paralisadas ao mobilizar a pessoa;
• Manter suporte emocional;
• Manter a pessoa aquecida para evitar o resfriamento, mas evitar o superaquecimento;
• Manter a permeabilidade das vias aéreas;  Colocar a pessoa em posição de recuperação; 
Não administrar nada por via oral.
• Efetuar monitoramento permanente;
• Fazer prevenção de choque; e.
• Efetuar o transporte da pessoa para o hospital.

Hipertensão Arterial
É a presença de pressão arterial mantendo-se constantemente acima dos padrões de normalidade.
Sinais e Sintomas
Na presença de Hipertensão a pessoa pode apresentar:

Faces e extremidades.  Rubor;

• Cefaléia; • Sensação de calor;


• Náuseas; • Hemorragia nasal;
• Ansiedade; • Pressão arterial diastólica acima de 90
• Zumbido nos ouvidos; mmHg; e.

• Escotomas; • Sensação de formigamento nas

Tratamento Pré-Hospitalar
• Acionar o Serviço de Emergência Médica;
Manter a permeabilidade das vias aéreas;
• Colocar a pessoa em posição de repouso. Sentada ou semi-sentada;
• Dar suporte emocional e tranquilidade à pessoa;
• Dar tratamento à hemorragia se houver;
• Orientar a pessoa para que faça uso da medicação habitual; e  Providenciar transporte
para o hospital.
RESPIRATÓRIAS
Constituem emergências clínicas respiratórias as anormalidades do sistema respiratório com manifestação
principal de dispnéia. Dispnéia é a dificuldade para respirar. Tem como característica a falta de ar,
angústia, respirações superficiais rápidas e curtas. Pode aparecer cianose que é a coloração arroxeada da
pele e mucosas provocada por deficiência de oxigenação.
O socorrista deve está atento as seguintes anormalidades nos sinais e sintomas apresentado pelo paciente:

• Dispneia;
• Estertores, sibilos e roncos durante a respiração;
• Anormalidade de ritmo e frequência cardíaca;
• Cianose;
• Tosse;
• Angústia e sensação de falta de ar; e.
• Alteração dos movimentos respiratórios com amplitude curta e frequência rápida.

Tratamento Pré-Hospitalar
• Acionar o Serviço de Emergência Médica;
• Na hipótese da causa da dispneia for por aspiração de gases ou outros inalantes, remover a
pessoa da área contaminada;
• Assegurar a permeabilidade das vias aéreas;
• Examinar as vias aéreas para verificar presença de corpos estranhos;
• Remover os corpos estranhos caso existam;
• Administrar oxigênio suplementar;
• Manter a pessoa em repouso;
• Dar suporte emocional tranquilizando a pessoa;
• Colocar a pessoa em posição semi-sentada ou sentada;
• Manter a temperatura corporal, todavia evitando o aquecimento; e.
• Providenciar transporte para hospital com monitoramento permanente e com a pessoa na
posição sentada.
NEUROLÓGICA E ENDOCRINOMETABÓLICA

Convulsão
Fortes contrações incoordenadas e involuntárias de parte ou da totalidade da musculatura do corpo.
Diversas doenças neurológicas e não neurológicas ou traumatismos crânio-encefálico, podem provocar.
Constituem doenças orgânicas e não doenças mentais.
São causadas pela epilepsia, tanto o grande como o pequeno mal epiléptico, pôr febre alta em crianças
menores que 6 anos (convulsões febris), traumatismo craniano, doenças infecciosas, doenças
inflamatórias, tumores cerebrais, acidentes vasculares cerebrais e intoxicações.

Diabetes
Constituem doenças causadas por insuficiência de insulina.
A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, é indispensável para utilização da glicose pelas
células, que é a principal fonte de energia para o organismo funcionar.
Insuficiente Coma diabético = Coma hiperglicêmica

INSULINA

Excessiva Choque insulínico

No diabético a produção de insulina é insuficiente e a glicose não é absorvida pelas células,


acumulando-se no sangue, e consequentemente produzindo os sinais e sintomas da diabetes.
O diabético apresenta sede, fome e diurese exageradas, perda de peso e fraqueza.
Tanto a deficiência, quanto o excesso de insulina circulante produzir efeitos danosos.
Coma Diabético ou Coma Hiperglicêmico É
sujeito a acontecer nos seguintes casos:
• Diabéticos com a doença diagnosticada ou não, quando expostos a traumatismos,
cirurgias, diálise peritoneal, gravidez, situações de grave estresse ou uso de corticoides; e.
• Diabéticos com tratamento inadequado. Sinais e Sintomas

• Tosse;
• Angústia e sensação de falta de ar; e.
• Alteração dos movimentos respiratórios com amplitude curta e frequência rápida.
• Boca seca e hálito cetônico;
• Graduação de alteração no nível de consciência; e.
• Coma.
Na medida do possível deve ser feito um bom interrogatório para averiguação se a pessoa é diabética,
se está em dia com o tratamento, se recebeu insulina e principalmente o que têm ingerido.
Tratamento Pré-Hospitalar
• Acionar o Serviço de Emergência Médica;
• Manter a pessoa em repouso; e.
• Providenciar transporte para hospital.

SALVAMENTO TERRESTRE

Espeleologia (do latim spelaeum, do grego πήλαιον, "caverna", da mesma raiz da palavra "espelunca") é
a ciência que estuda as naturais e outros fenómenos cársticos, nas vertentes da sua formação,
constituição, características físicas, formas de vida, e sua evolução ao longo do tempo.

Rapel (em francês: rappel) é uma atividade vertical praticada com uso de cordas e equipamentos
adequados para a descida de paredões e vãos livres bem como outras edificações.
Trata-se de uma atividade criada a partir das técnicas do alpinismo o que significa que requer
preocupação com a segurança do praticante. Este deve ter instruções básicas e acompanhamento de
especialistas. Cursos preparatórios são indispensáveis.
Rappel é uma palavra que em francês quer dizer "chamar" ou "recuperar" e foi usada para batizar a
técnica de descida por cordas. O termo veio da explicação do "criador" do rappel, Jean Charlet Stranton,
por volta de 1879, quando explicava a técnica: "je tirais vivement par sesboutslacordequi, on se
lerappelle...." que quer dizer em tradução livre "Quando chegava perto de meus companheiros eu
puxava fortemente a corda por uma de suas pontas e assim a trazia de volta para mim...", ou seja, ele
chamava a corda de volta ao terminar a escalada e a descida de uma montanha ou pico.
Nós, Voltas e Amarrações.

Nó de Azelha Nó de Azelha em oito


Volta do Fiel

Nó Direito

Lais de Guia
Nó de Pescador

Nó de Prussik

RESGATE EM ALTURA
Resgate e Salvamento é uma atividade de alto risco, tanto para a vítima quanto para o profissional
caso este não esteja devidamente qualificado.
Essas técnicas e equipamentos são utilizados nas mais adversas situações como busca salvamento e
remoção de vítimas de acidentes que se encontram confinadas ou presas em locais de difícil acesso (Ex.:
matas, poços, edificações, torres de transmissão, ambiente de baixa luminosidade e etc.).
Pessoas em situações de risco geralmente estão envolvidas pelo stress do momento e chegam a
apresentar sintomas como falta de ar, tontura, calor ou frio excessivo, náusea, vômito, ou até mesmo
desmaio. No procedimento de resgate é necessário agilidade na imobilização, retirada e
atendimento da vítima, buscando sempre amenizar as sequelas físicas e emocionais.
Portanto, participar de grupos de Resgate e Salvamento não é tarefa fácil, envolve riscos e
responsabilidades, requerem técnicas, equipamentos e um profissional treinado para que a operação
seja realizada com sucesso.
Deslocamento vertical com cordas (rapel)
É uma das técnicas mais populares utilizadas em operações em altura. O rapel é o deslocamento vertical
(descida) por corda. É aplicadas em diversas áreas, como espeleologia, alpinismo, forças armadas,
resgate e em trabalhos em altura. A difusão do rapel se deve à sua praticidade, agilidade e segurança
para execução de movimentos, permitindo rápido acesso e evacuação em casos de emergência.
Tipos de Rapel.
Inclinado: Vertical
É praticado normalmente em parede ou pedra com menos 90° de inclinação.

Vertical
É praticado normalmente em parede ou pedra com mais ou menos 90° de inclinação, tem um maior
grau de dificuldade na saída, pois dependendo do ponto de ancoragem da corda, pode ter um alto nível
de força no baldrier (cadeirinha) na passagem do plano horizontal para o vertical, e outro fator é uma
maior pressão no freio.

Negativo
Este tipo de rapel é um dos mais praticados, pois é feito em “livre”, ou seja, sem o contato dos membros
inferiores com qualquer tipo de “meio” (pedra, parede, etc.), na saída há um nível muito alto de pressão
no baldrier e no freio, deve se ter grande atenção na velocidade de descida, pois ela aumenta fácil e
rapidamente.

Invertido Negativo É feito como no Negativo,


após a saída, toma-se a posição invertida (cabeça para
baixo).
De Frente: Praticado nas modalidades Inclinado ou Vertical, a descida é feita com.
O apoio dos membros inferiores, o oito é colocado na parte de trás do cinto.

Canyoning: Modalidade praticada em cachoeiras, grande grau de dificuldade devido às adversidades


(meio escorregadio, visibilidade prejudicada, equipamento encharcado, detritos trazidos pela água,
etc.).

Técnicas de ancoragens

Denomina-se “ANCORAGEM” o ponto de fixação que prende o socorrista à estrutura, este ponto pode
ser o próprio cinto (através do talabarte ou tirante) ou um sistema independente onde é fixado as
cordas de segurança. Recomenda-se que sempre sejam utilizados dois pontos (ou mais)
independentes um do outro (back-up).
Na montagem do sistema de ancoragem o socorrista deve prever também situações inseguras, tais
como: movimentos pendulares, atrito da corda com a estrutura e esforços nos mosquetões...

EQUIPAMENTOS
•Baldrier: Cadeira de segurança, com fixação peitoral, ventral, dorsal e lateral, para trabalhos e
resgates em alturas. De fácil colocação e regulagem. Para trabalhos em torres em geral,
indústria, árvores e espaços confinados. Ideal para trabalhos em cordas.
Corda estática
• Construída por uma combinação de poliamida e poliéster, onde a alma da corda é composta
somente de poliamida que lhe confere maior resistência à tração e flexibilidade e é protegida
por uma capa de poliéster.

Ascenssores: Blocante de mão, para ascensão em corda fixa ou


tracionamento de
cordas. Seu punho de desenho ergonômico é emborrachado para maior
conforto, comodidade e eficiência no momento de tração.
Descenssores

• Freio Oito: Utilizado para descidas por corda (rapel).

Grigri: Utilizado para realizar


descidas e controle de progressão em
cordas com diâmetro mínimo de 10 mm e
máximo 11 mm.

Basic: Blocante compacto, para uso geral com cargas moderadas em cordas. Pode ser
utilizado para tração ou retenção em sistema de polias

Mosquetão: equipamento em aço inox, ferro ou alumínio, oval com trava de rosca ou.
Trava rápida.
Polia Fixe: Designada para cargas moderadas, a Fixe é uma polia extremamente versátil,
podendo ser utilizada em sistemas de redução de carga ou movimentação de cargas em geral.

Polia ALTISEG: Polia para cordas de até Ø13mm, com placas oscilantes em aço inox e.
Rolamento. Pode ser utilizado com o Prussik.

Fitas de Ancoragem
• Fita de conexão: Fita para fixação direta na estrutura e ancoragens que não possuam arestas
cortantes. Confeccionada em fita plana de 50 mm com duas argolas em aço inox.
• Anel de ancoragem: Confeccionado em fita tubular de 25 mm utilizado para ancoragens. De alta
flexibilidade, pode ser torcido e/ou amarrado.

Cuidados que se deve ter

Toda prática de rapel deve ser executada em grupo, pois um integrante é sempre responsável
pela vida de outro. Toda descida deve ter no mínimo três participantes:
• O que aborda: Quem é o responsável por colocar o praticante na corda, conferir se seu
equipamento está correto e orientá-lo no momento da abordagem.
• O que desce: Quem é o praticante atual, ou seja, quem vai fazer a descida.
• O que faz a segurança: Quem é a pessoa que vai estar lá em baixo, segurando a corda, atento a
qualquer vacilo de quem desce, possa dar.

PLANO DE ABANDONO DE ÁREA

• 1-Objetivo:
• Orientar a brigada de emergência e colaboradores a abandonar as áreas supostamente
sinistradas de maneira rápida e seguras em
• Situações de emergências.
• 2-Situações de emergência:
• É toda e qualquer ocorrência que venha por em risco a integridade Física dos
colaboradores, instalações e o patrimônio, como:
• Incêndios, explosões, vazamentos de gases ou de líquidos inflamáveis, desabamentos,
vendavais, tempestades ou atentados de terceiros.
• 3-Procedimentos em casos de Sinistros:
• Localizar a caixa ou botão de alarme mais próxima da área sinistrada;
• •Quebrar o vidro;
• • Posicionar todos os elevadores no térreo do prédio;
• •Desligar máquinas e equipamentos;
• •Retirar todos os objetos que possam obstruir as passagens;
• •Seguir sempre as orientações transmitidas pelos Brigadistas e
• Técnicos em Segurança;
• •Abandonar o local sinistrado com calma, pelas saídas de.
• Emergências, dirigindo-se ao ponto de encontro externo;
• •Se você é Brigadista, dirija-se ao ponto de encontro da brigada de.
• Emergência;
• •Jamais obstrua saídas, porta e plataformas de via de escape;
• •Relate a brigada de emergência o que está acontecendo:

• Tipo de sinistro (Incêndio, Vazamento, Explosão, etc..);
• Local exato;
• Se há vítima impossibilitada de se locomover sozinha ou;
• Outro tipo de risco ainda não conhecido;
• •Após serem dadas as informações, junte-se ao seu grupo;
• •Jamais retorne ao local sinistrado para reaver objetos ou observar operações, etc.;
• •Evite tumultos e só retorne ao posto de trabalho, quando.
• Autorizado.
• 4-Considerações finais:
• Conheça seu local de trabalho;
• Conheça onde ficam localizada as caixas ou botões de alarme de incêndio;
• Conheça as saídas de emergência;
• Conheça as saídas alternativas para abandono de áreas.
• Obs.:
• Só faça alguma coisa se tiver certeza de que não estará pondo em risco a sua vida ou a de outra
pessoa.
O que é preciso saber quando chegar ao local do sinistro?

• Onde esta ocorrendo o incêndio?


• Onde fica a central de energia elétrica, e se já está desligada?
• Existem ainda pessoas dentro do prédio (sim ou não)?
• Todos já foram evacuados do prédio (sim, não ou não tem certeza)?
• Que tipo de material está queimando?
• O prédio possui sistema de prevenção contra incêndio (extintores, mangueiras, caixa de
incêndio)?
• Onde fica a caixa de hidrante de fachada mais próximo?  Alguém conhece os acessos de todo o
prédio?

HELIPONTO E HELIPORTO

Um heliponto é uma área nivelada ao solo ou geralmente situada no topo de uma edificação, utilizada
unicamente para pousos e decolagens de helicópteros.
Heliporto é um heliponto dotado de instalações e facilidades para operação dos helicópteros,
embarque e desembarque de pessoas e cargas. O Heliponto difere dos heliportos, uma vez que
consistem unicamente em um ponto para operações de pouso e decolagem, sem a existência de
espaços secundários, tais como áreas de reabastecimento, pátios de manobras e hangares para
manutenção das aeronaves.

Quando um heliponto possui instalações e facilidades para o embarque e desembarque de passageiros,


um controle, oficinas, pontos de abastecimento e hangares para guarda de aeronaves é chamado de
heliporto.

Os elementos componentes de um heliponto são:

• Área de Toque (AT) ouTouchdown and Lift-Off area (TLOF)


• Área de Pouso ou Decolagem (APD) ou Final Approach andTake-Offarea (FATO) 
Área de Segurança (AS) ou Periférica

O dimensionamento de cada elemento é determinado pelo porte do helicóptero que se espera faça uso
do heliponto e do nível de atividade do mesmo.

Tipos: Os helipontos podem ser:

Elevados: Quando construídos sobre edificações.

Privados: Só podem ser utilizado com permissão de seu proprietário.

Públicos: Destinados ao tráfego de helicópteros em geral.

Militares: Destinados ao uso de aeronaves militares somente.


ELEVADORES

O resgate de pessoas detidas no interior da cabina de um elevador só deve ser realizado por
Bombeiro Civil em caráter emergencial ou Técnico responsável pela manutenção do elevador.
Equipamentos à disposição do Bombeiro Civil para a execução do RESGATE dependerá da Marca, do
Tipo, Tempo de Vida e Conservação do Elevador, pois cada marca e tipo têm a sua particularidade, veja
a seguir:
Comunicação emergencial instantânea com a recepção
HT - Rádio Comunicador para
transmissão da ocorrência

Chaves diversas utilizadas na abertura de portas

O botão STOP desliga o motor do elevador


E está localizado encima do elevador O botão desliga o motor do elevador está localizado no poço do
elevador
O disjuntor desliga o motor do elevador e está localizado na casa de máquinas do elevador

Aí torna-se bem óbvio que não há necessidade alguma em derrubar a chave geral do prédio e deixar
todo mundo no escuro, como reza a cartilha.

As quatro situações mostradas a seguir, o resgate não deve ser realizado em hipótese alguma,
A fim de resguardar a integridade física e psicológica do passageiro.

O resgate só deve ser feito com a cabina do elevador nivelada com a soleira da porta do andar, só aí
sim, as portas devem ser abertas e o passageiro libertado.

Espaço confinado

È qualquer área não projetada para ocupação humana contínua e que possua meios limitados de
entrada e saída. A ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e ou tem
deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolverem.

Conforme a Nr 33(Publicação D.O.U. Portaria SIT n.º 202, 22 de dezembro de 2006 27/12/06), Espaço
Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua; que possua
meios limitados de entrada e saída; cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes
ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

(Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: Tem como objetivo estabelecer os requisitos
mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e
controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos
trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.).

Os trabalhos em áreas confinadas são uma das maiores causas de acidentes graves em funcionários.
Seja por ocorrência de explosão, por incêndio ou asfixia, estes acidentes em muitos casos têm
consequências fatais. Pesquisas realizadas pela OSHA (Norm Americana) revela que 90% dos acidentes
são causados por falta de oxigênio, ou seja, por riscos atmosféricos.

A fim de minimizar e, se possível, eliminar tais acidentes, o trabalho em áreas confinadas foi
normatizado através da ABNT14.787 que, entre outras providências, exige a adequada ventilação dos
espaços confinados. A exaustão e/ou insuflamento dos ambientes confinados tem como objetivo
principal reduzir a concentração de substâncias tóxicas e/ou perigosas presentes na atmosfera do
ambiente confinado seja antes do início dos trabalhos seja no decorrer destes. Vale salientar que a
ventilação é mais eficiente do que a exaustão, no caso deste segundo deve-se aplicar na fonte geradora,
por exemplo, em um serviço com solda, enquanto isso a ventilação fará a retirada de um todo no
espaço, para este caso chamamos de sistemas combinados.

Outras definições de Espaço confinado, porém a titulo de conhecimento, por não constar da nossa
norma em vigência, segue abaixo:

a) Seja grande o suficiente e configurado de forma que o empregado possa entrar e executar um
trabalho;
b) Possua meios limitados ou restritos para entrada ou saída (por exemplo, tanques atmosféricos, vasos
de pressão, torres de processo, reatores, silos, caixas de passagem, tanques de carga e lastro, fornos,
entre outros);

c) Não seja projetado para a permanência contínua de pessoas.

d) Contém, conteve, ou tem o potencial armazenado para desencadear um risco, entre eles, o mais
grave, é o risco atmosférico.

Os Riscos Atmosféricos dividem-se em atmosferas tóxicas, inflamáveis, deficiente de O2 e enriquecida


de O2.
Tabela do Código Q

QAP Permanecer na frequência (escuta)


QRA Nome do operador / nome da estação
QRB Qual a sua distância?
QRD Qual a sua localização?

QRG Frequência ou faixa de operação


QRH Variação de frequência na estação
QRI Tonalidade de transmissão ( 1 a 5 )
QRK Inteligibilidade dos sinais (1 a 5)
QRL Estou ocupado não interfira
QRM Interferência de outra estação
QRN Interferência estática ou atmosférica
QRO Aumentar a potência da estação
QRP Diminuir potência da estação
QRQ Manipular mais rapidamente
QRR S.O.S. terrestre
QRS Manipular mais lentamente, devagar.
QRT Parar de transmitir
QRU Você tem algo para mim?
QRV Estarei a sua disposição
QRW A estação "X" me chama em "X" khz/s (canal)
QRX Aguarde um pouco na frequência (sua vez de transmitir)
QRY Quando será minha vez de transmitir?
QRZ Quem está chamando?
QSA Intensidade de sinais (1 a 5)
QSB Há fading em seus sinais - ou nos meus (esta variando)
QSD Sua transmissão é defeituosa
QSJ Taxa Dinheiro
QSL Confirmado - tudo entendido
QSM Repita o último câmbio (câmbio)
QSN Você me escutou?
QSO Comunicado direto ou indireto
QSP Retransmissão de mensagem de outra Estação
QST Comunicado de interesse geral
QSU Transmita ou responda em "X" Khz/s (canal)
QSV Transmita uma série de "V"
QSW Transmitirei nesta ou em outra frequência
QSX Escutarei sua chamada em "X" Khz/s (canal)
QSY Vou transmitir em outra frequência ou canal
QSZ Devo transmitir cada palavra ou grupo?
QTA Anule a mensagem anterior
QTB Concordo com a sua contagem de palavras
QTC Mensagem, notícia
QTH Local da estação - endereço do operador
QTI Qual o seu destino?
QTJ Qual a sua velocidade?
QTR Horas
QTS Queira transmitir seu indicativo
QTU Horário de funcionamento da estação
QTX Sairei por tempo indeterminado
QTY A caminho do local do acidente
QUD Recebi seu sinal de urgência
QUF Recebi seu sinal de perigo
OBS: De QAA a QAZ, é de uso exclusivo do serviço Internacional
Aeronáutica.

Tabela Números/Algarismos
1 – Primo
2 – Segundo
3 – Terceiro
4 – Quarto
5 – Quinto
6 – Sexto
7 – Sétimo
8 – Oitavo
9 – Nono
0 – Negativo
Tabela do Código Alfabeto Internacional
A – Alfa N – November
B – Bravo O – Oscar
C – Charlie P – Papa
D – Delta Q – Quebec
E – Eco R – Romeo
F –Foxtrote S – Sierra
G – Golf T – Tango
H – Hotel U – Uniform
I – Índia V – Victor
J –Juliet W – Whisk
K
X - Ex-Ray
–Kilo
L – Lima Y – Yankey
M –Myke Z – Zulu
P R O D U T O SP E R I G O S O S
O QUE SÃO?
São todos os produtos que possuem a capacidade de causar danos ás pessoas, aos bens e ao meio
ambiente. (Glossário de Termos SEDEC/MI – adotado no Brasil- Decreto nº 96.044/1998)
Todo agente químico, biológico ou radiológico, quem tem propriedade de provocar algum tipo de
dano ás pessoas, aos bens ou ao meio ambiente. (REPP/OFDA)
Qualquer substância que possui risco de causar danos severos à saúde humana, durante uma
exposição de curto espaço de tempo em um acidente químico ou em outra emergência. (US.EPA-
1989)
A legislação brasileira que trata sobre transporte terrestre de produtos perigosos é uma legislação bastante
complexa, e está baseada nas legislações internacionais tais como:

• Orange Book, 14th edition, UN, New York, 2005

• ADR 2005, UN, Geneva, 2004.

• IMDG-Code, amdt 31-04, IMO, London, 2004.

• DGR, 47th edition, IATA, Montreal, 2006


As exigências aplicáveis à atividade de transporte de produtos perigosos visam agregar o maior nível de
segurança possível tanto para a população como para o meio ambiente. Assim, é necessário que os envolvidos
neste setor adquiram a consciência da necessidade de cumprimento da legislação.

Documentação: Trens e veículos transportando produtos perigosos somente podem circular portando os
documentos exigidos.

Embalagens e Volumes: Produtos perigosos devem ser acondicionados em embalagens e volumes de boa qualidade
e resistentes para suportar os choques e as operações do transporte.

Análise de Risco

Definição de Riscos Ambientais no Trabalho


Consideram-se riscos ambientais os agentes químicos, físicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos ou
de acidentes existentes nos ambientes de trabalho. Em alguns casos significativos utilizamos também
referenciar os agentes ergonômicos e os riscos de acidentes como riscos ambientais para este efeito. Os
riscos ambientais são capazes de causar danos à saúde e a integridade física do trabalhador devido a sua
natureza, concentração, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição. Os riscos ambientais ou
profissionais estão divididos em cinco grupos principais.
1) Riscos Físicos (verde)
Os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas características do
local do trabalho, que podem causar prejuízos à saúde do trabalhador.
2) Riscos Químicos (vermelho)
Estes riscos são representados pelas substancias químicas que encontram nas formas líquidas, solidas e
gasosas. Quando absorvidos pelo organismo, podem produzir reações toxicas e danos à saúde. Ha três
vias de penetração no organismo: via respiratória: inalação pelas vias aéreas, via cutânea: absorção pela
pele, via digestiva: ingestão.
3) Riscos Biológicos (marrom)
Os riscos biológicos são causados por microrganismos invisíveis a olho nu, como bactérias, fungos, vírus,
bacilos e outros. São capazes de desencadear doenças devido à contaminação a pela própria natureza
do trabalho. (Quatro) Riscos Ergonômicos (amarelo)
Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que propõem que os ambientes de trabalhos se
adaptem ao homem propiciando bem estar físico e psicológico. Os riscos ergonômicos estão ligados
também a fatores externos- do ambiente- e a fatores internos- do plano emocional. Em síntese:
ocorrem quando há disfunção entre o individuo, seu posto de trabalho e seus equipamentos.
5) Riscos mecânicos ou de acidentes (azul)
Riscos de acidentes ocorrem em funções das condições físicas- de ambiente físico e do processo de
trabalho e tecnológicas impróprias capazes de provocar lesões à integridade física do trabalhador.

Ciclo completo das inspeções de segurança


Observação. É importante observar tanto os trabalhadores quanto os equipamentos e materiais
utilizados. O lado material e o lado humano merecem grande atenção.
Informação. O inspetor deve informar imediatamente ao supervisor qualquer irregularidade tomando
providencias imediatas para sanar quaisquer riscos existentes.
A informação imediata, mesmo verbal, pode abreviar o processo de solução de um problema.
Registro. Os riscos observados nas inspeções devem ser anotados em formulários especiais. Constando
a observação ou irregularidade e a recomendação da providencia a ser tomada.
Encaminhamento. Utilizado para encaminhar pedidos de reparo, solicitações de compra, ordens de
serviços pedidos de modificações, etc.
Acompanhamento. O inspetor de segurança deve acompanhar todo o processo de inspeção.
Relatório de inspeção.

A inspeção de segurança como já disse, basicamente, destinam-se a descobrir problemas e situações de


riscos que deverão ser solucionadas.
Após cada inspeção, deve ser feito um relatório pormenorizado, principalmente se forem descobertos
riscos potenciais, isto é que poderão transforma-se em causa de acidentes.
Este relatório deve ser estudado pelos técnicos de segurança e pela direção da empresa, quando por
acaso, para que sejam tomadas as medidas preventivas cabíveis, pelos próprios técnicos ou pelos
serviços engenharia e manutenção.
Existem formulários especiais que podem se utilizados para confecções destes relatórios.
Os próprios relatórios podem servir de roteiro para futuras inspeções, pois favorecem a solução dos
problemas apontados e facilitam a elaboração de estatística, que quando estudadas, oferecem dados
importantes para os encarregados da segurança do trabalho.
Operadores de maquinas, supervisores de produção, membros da CIPA membros do serviço
especializado em segurança do trabalho, podem ser os agentes das inspeções.
Os relatórios devem apontar com clareza, o tipo de risco a ser corrigido. Por vezes, essa correção pode
ser feita durante a própria inspeção.
Riscos que podem causar acidentes imediatos devem ter recomendações de soluções sem qualquer
espera.
O relatório e uma das etapas mencionadas no ciclo completo das inspeções de segurança.
Nenhum relatório dever ser arquivado enquanto não houver sido dada solução ao problema levantado.
Os supervisores de produção devem recorrer aos chefes imediatos, aos gerentes e, em seguida, aos
serviços especializados e a CIPA quando a solução fugir ao seu alcance.
Da inspeção de segurança pode resultar a necessidade de um estudo mais aprofundado de determinada
operação. Deve ser feita então, uma análise de risco e para realiza-lo interessado deve decompor, ou
seja, separar as fases de3 uma operação, verificando se as preocupações necessárias estão presentes
em cada fase.
Objetivos: Conhecer um pouco sobre o que é percepção de riscos. Saber que a nossa consciência
interfere na capacidade de nos protegermos dos perigos. Refletir na forma e como nos relacionamos
com os riscos presente no dia a dia.

ANÁLISE DE RISCO DO TRABALHADOR: DATA___/____/_____

FUNÇÃO: PÁG. ___/__________

ETAPAS DE POTENCIAIS ACIDENTES DE PROCEDIMENTO SEGURO


TRABALHO: EPIs
ELABORADO APROVADO
POR: POR:

“SEJA FORTE, NUNCA PARE, CRESÇA SEMPRE, MULTIPLIQUE SEUS CONHECIMENTOS,


“APRIMORE SUAS TÉCNICAS, ALCANCE NOVOS PROCEDIMENTOS, PORQUE ALGUÉM VAI
PRECISAR DE VOCÊ: BOMBEIROS SALVAR”.

EDEILTON J. FERREIRA
BC FERREIRA
COORDENADOR GERAL
CFO – CENTRO DE FORMAÇÃO OPERACIONAL

Você também pode gostar