Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO
QUEM SOMOS
O bombeiro Civil é o profissional exclusivo de Segurança Contra Incêndio (SCI) que presta
serviço em uma planta industrial, uma edificação ou em um evento, podendo ser pública ou
privada. Na maior parte das empresas será dele a visão técnica dos pontos críticos e a
orientação para minimizar ou inibir os riscos relacionados à segurança contra incêndio.
O bombeiro civil irá atuar no momento da ocupação da edificação, para isso é necessário
um bom conhecimento da gestão dos equipamentos e dos sistemas de segurança contra
incêndio.
Os principais sistemas que devem fazer parte de vistorias internas e rotineiras são:
1
O bombeiro civil tem função muito diferente da função do bombeiro público, a atuação
desses dois profissionais deve ser complementar em caso de incêndio. O Bombeiro Civil
deve saber o momento de acionar o Bombeiro Público, tendo em mente o tempo de
resposta (tempo entre o acionamento do bombeiro público e a chegada no local da
emergência) e os equipamentos que o bombeiro deverá fazer uso para atender aquela
emergência
Obs.: O tempo de resposta necessário é aquele em que a ajuda externa, neste caso do
bombeiro público, chegará com os equipamentos adequados à sua edificação.
O bombeiro civil assim como a brigada voluntária deve ter pleno conhecimento do
plano de emergência. O profissional deve ter bem definido o passo-a-passo para
ação no momento da emergência. Não é competência do profissional bombeiro civil
implementar o plano de emergência, contudo, ele deve gerar informações que
resultem num plano bem contextualizado.
Identificar perigos é um exercício fundamental para antecipar suas ações quando for
acionado. Relatar os riscos é muito importante para gerar informações específicas
para a confecção do plano de emergência.
2
4 - Registrar Suas Atividades Diárias e Relatar Formalmente as Irregularidades
Encontradas, Com Propostas e Medidas Corretivas Adequadas e Posterior
Medida De Execução
O Bombeiro Profissional Civil deve ter sua formação Básica de no mínimo 210h/aula em
Instituição Credenciada em SP, pelo CBPMESP, ter um ótimo condicionamento físico,
equilíbrio emocional para resolver todo tipo de situação e desejo de servir a população
salvando vidas. Além disso, este profissional deve ter raciocínio rápido; resistência física;
disciplina; coragem; liderança; boa saúde; capacidade de trabalhar em equipe, de trabalhar sob
pressão, de não se abalar quando se depara com pessoas acidentadas e de decidir e de
cumprir ordens. Dentre as principais atividades do BPC, podemos citar: - Cooperar com a
defesa civil. - Fazer salvamentos e buscas em todo tipo de ambiente. - Realizar perícias de
incêndios. - Socorrer pessoas em risco de morte em inundações, catástrofes e desabamentos.
- Educar a população, através de palestras em escolas, por exemplo, para conscientizá-la
sobre a prevenção de incêndios. - Orientar as pessoas sobre os riscos oferecidos por piscinas,
balões, insetos, fogos de artifício, etc. Há estados onde o Bombeiro Civil está associado à
Polícia Militar, neste caso, o recrutamento é feito através de concurso público, para cargos
subordinados na hierarquia Militar.
A história desses bravos homens do fogo remonta dois séculos onde homens e mulheres com
o espírito de comunhão partiam de suas casas em direção ao incêndio com seus baldes sob o
braço, formavam-se grandes filas de pessoas e assim a água ia sendo conduzida em direção
ao fogo para extinção. Em meados de 1850 um pequeno grupo, agora mais organizado
denominados bombeiros da corte, é formado a fim de dar maior suporte e combater incêndios
com maior eficiência, isso é feito em 2 de julho de 1852, que é inclusive o do bombeiro . O
bombeiro a partir daí, vem evoluindo e melhorando suas técnicas e organização para o
trabalho. Em 1875 há uma primeira tentativa de formar um serviço de Bombeiros agregado a
guarda civil. Com um efetivo de apenas 10 homens, eles são chamados de turma de
bombeiros. Então podemos dizer que o termo bombeiro civil nasce desta primeira organização
bombeiro x guarda civil. Em 1882 o Bombeiro começa a compor nas províncias do Brasil o
efetivo das polícias militares surge aí o Corpo de Bombeiros Militar. Mais ainda assim aquelas
pessoas de bom coração cuja vontade era ajudar o próximo continuaram a desenvolver um
trabalho junto à comunidade, protegendo e atuando em incêndios de forma a fornecer uma
rápida resposta a população, os processos no decorrer do tempo vem evoluindo assim como a
3
organização e os procedimentos. A associação brasileira de normas técnicas ABNT, vendo
uma necessidade de padronização na formação do bombeiro civil, bem como uma
regulamentação de como e onde poderiam ser alocados para um trabalho mais efetivo no
combate a sinistro cria-se uma série de procedimentos para a formação e o dimensionamento
do bombeiro civil, a partir da ABNT 14608, o bombeiro passa a ter um currículo mínimo de
competências necessárias para o trabalho profissional de bombeiro civil.
"Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça, em
caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio,
como empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas,
sociedades de economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços
de prevenção e combate a incêndio." Consolidando com esta lei, os direitos e deveres
do bombeiro civil.
4
200
Comércio
Outros 4
Serviço Profissional 59
Local de Reunião 74
(Pública/igreja/estádio/clube/restaurante)
Indústria 137
Depósito 83
Fonte: https://sprinklerbrasil.org.br/instituto-sprinkler-brasil/estatisticas/estatiticas-
2017-an ual/
Aspectos legais:
artigos que compõem esta Lei o artigo 2º define muito claramente o que é bombeiro civil.
5
dezembro de 1987, no que tange ao uso de brasão, armas, medalha, bandeira, emblema,
distintivos, títulos, insígnias e uniformes privativos dos órgãos públicos e das Organizações
Militares do Estado e da União, no uso das suas atribuições legais;
6
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO:
TEORIA DO FOGO
O Fogo uma reação química de oxidação com desprendimento de luz e calor, esta reação é
denominada de combustão. Para que isso ocorra é necessário
a união de quatro elementos essenciais do fogo, que são:
→ FORMAS DE COMBUSTÃO
Combustão: ação de queimar ou arder. Estado de um corpo que queima, produzindo calor e luz.
Oxidação forte com produção de calor e normalmente de chama (não obrigatoriamente). Reação
química que resulta da combinação de um elemento combustível com o oxigênio (comburente),
com intensa produção de energia calorífica e, não obrigatoriamente, de chama.
7
e se processa em ambiente pobre em oxigênio.
• Combustão Espontânea: é aquela gerada de maneira natural, podendo ser pela ação de
bactérias que fermentam materiais orgânicos, produzindo calor e liberando gases. Alguns materiais
entram em combustão sem fonte externa de calor. Ocorre, também, na mistura de determinadas
substâncias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases.
{2} A deflagração: que se dá a uma velocidade muito rápida mas que fica aquém da
velocidade do som — difere da detonação, que é um processo de combustão supersônico e
se propaga através de uma onda de choque
→ FORMAS DE PROPAGAÇÃO
8
Irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objeto com
temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois
objetos absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.
→ Temperaturas do Fogo.
9
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO
Efeitos do calor: eleva a temperatura; aumenta o volume; muda o estado físico da matéria;
muda o estado químico da matéria. Efeitos fisiológicos do calor sobre o ser humano. O calor é
a causa direta da queima e de outras formas de danos pessoais. Danos causados pelo calor
incluem desidratação, insolação, fadiga e problemas para o aparelho respiratório, além de
queimaduras, que nos casos mais graves (1º, 2º, 3º graus) podem levar até a morte.
10
QUANTO ÀS PROPORÇÕES
Os incêndios são classificados em proporções, tendo em vista a sua intensidade, evolução e
outros fatores técnicos.
PEQUENA PROPORÇÃO
Considera-se de pequena proporção o incêndio restrito ao seu foco e cuja propagação atinge
apenas um cômodo, um compartimento interno, etc. os quais exigem uma quantidade maior de
agentes extintores do que seria necessário em um princípio.
Neste caso, a tática a ser posta em prática, em princípio, deverá ser o combate direto ao foco,
por meio de linhas manuais de mangueiras, quando a extensão do fogo estiver assim restrita.
Na fase inicial de incêndio a guarnição deve priorizar as linhas adutoras com mangueiras de
2,5 polegadas (63 mm diâmetro) para abastecimento das linhas de ataque montadas no
derivante com mangueiras de 1,5 polegadas (38 mm) acopladas a esguichos reguláveis, pois,
assim, o poder de resfriamento será obtido de forma rápida e homogênea.
A guarnição deve adotar todo o rigor na manutenção da segurança individual e coletiva ao
iniciar a penetração no interior das edificações; o uso de cabo guia é indispensável , em
locais onde a fumaça está concentrada e durante o período noturno, pois as construções
que não contam com estruturas adequadas, podem desabar ou serem consumidas pelo fogo
rapidamente, fechando as vias internas de saída.
As linhas de ataque poderão partir de adutoras, quando o incêndio ainda estiver na fase inicial
ou for de pequena proporção; porém deve-se tomar cuidado com as manobras indesejáveis
das linhas nos pontos de derivação. O ideal é montar linhas diretas de ataque diretamente da
expedição da bomba da viatura ou do hidrante mais próximo.
Paralelamente, devem ser previstas, na medida do possível, tantas linhas reservas de
mangueiras (segurança) quanto forem necessárias para a proteção de bombeiros e de outras
moradias não tomadas pelo fogo (isolamento e confinamento)
Incêndios de médias proporções, são aqueles que envolvem um andar, uma casa residencial,
uma oficina, entre outros. Já os de grande proporções, são aqueles que envolvem um edifício
inteiro, grandes lojas, barracões, uma fábrica, etc.
Em caso de incêndio de média ou grande proporção, cuja extensão generalizou-se para mais
de quatro compartimentações ou residências, a guarnição de 1º socorro deverá evitar o ataque
direto e dar prioridade ao isolamento e confinamento, evitando a propagação do fogo. Neste
caso, muitas vezes o combate ao fogo será externo, sendo executado em conjunto com o
apoio solicitado. O uso de canhões monitores das viaturas de ataque aéreo deverá ser objeto
de análise do comandante, em função da disponibilidade de água, da conveniência e
oportunidade nesse tipo de técnica.
11
FORA DE CONTROLE
São considerados fora de controle, aqueles incêndios que envolvem diversas indústrias,
diversos quarteirões, cidades inteiras, grandes incêndios florestais, etc.
No caso de incêndio sem controle, o Comandante das Operações deverá avaliar a existência
de pessoas no interior das edificações e ordenar exclusivamente o ataque externo com
canhões monitores. Uma vez controlado o fogo, as guarnições atuarão internamente através de
linhas manuais. Em caso de combate externo, todos os Comandantes de Guarnição deverão
ser orientados no Posto de Comando e o pedido de cortar água será feito em caso de:
CLASSES DE INCÊNDIO
Nós já sabemos que os materiais combustíveis possuem características diferentes uns dos
outros, e que, portanto, queimam de maneiras distintas.
Conforme o tipo de material gerador do fogo podem existir diferentes de classes de
incêndios. Tão importante quanto saber identificá- las é saber quais os motivos que levam à
esses incêndios e, principalmente, quais tipos de extintores são recomendados, para cada
um deles.
Incêndios Classe “A”, determinada por incêndios em materiais sólidos combustíveis, que
queimam em profundidade e extensão, deixando resíduos, como o papel, tecido,
algodão, borracha e a madeira, entre outros. Para combater esse tipo de fogo, o agente
extintor mais adequado é a água, que tem a capacidade de penetrar e resfriar o ambiente.
Para isso, deve-se fazer uso dos extintores de incêndio portáteis carregados com:
ÁGUA PRESSURIZADA = ”SÃO OS MAIS EFICIENTES”
12
base de bicarbonato de sódio ou potássio, (BC) ou fosfato monomaníaco (ABC), e ainda
com extintores de incêndio portáteis carregados com:
CO2 = “SÃO OS MAIS EFICIENTES”
Incêndios Classe “D” Constituído de metais pirofóricos, que inflamam facilmente, quando
fundidos, divididos ou em forma de lâminas, como o potássio, o magnésio, o titânio, o
lítio e o sódio, entre outros, os fogos de classe “D” tendem a apresentar comportamento
diferente dos demais fogos, uma vez que os materiais que os provocam formam uma
espécie de reação em cadeia durante a combustão, dificultando a sua extinção por métodos
convencionais. Para estes riscos devem ser utilizados extintores de incêndio portáteis
especiais carregados com:
PÓ QUÍMICO CLASSE D = SÃO OS MAIS EFICIENTES,
Incêndios de Classe “K” representam uma classificação recente de tipos de fogos, mas,
nem por isso, requerem menos atenção. Fazem menção aos incêndios em cozinhas
industriais e comerciais, que envolvem produtos e meios de cozinhar, como banha gordura
e óleo e são uma das principais causas de danos materiais e vítimas, fatais ou não, por
serem um dos tipos mais resistentes de fogos já registrados, para combate a incêndios em
cozinhas industriais, o equipamento mais indicado, nessas ocasiões seria um sistema fixo
Veloz de agente saponificante. Para estes riscos devem ser utilizados extintores de incêndio
portáteis especiais carregados com:
AGENTE EXTINTOR CLASSE K SÃO OS MAIS EFICIENTES
AGENTE EXTINTOR
Entende-se por agentes extintores, certas substâncias químicas (sólidas, líquidas, gasosas
ou outros materiais) que são utilizados na extinção de um incêndio, quer abafando, quer
resfriando ou, ainda, acumulando esses dois processos o que, aliás, é o mais comum. Os
principais agentes extintores são os seguintes: água; espuma; dióxido de carbono; pó
químico seco; agentes halogenados e agentes umectantes.
Os agentes extintores de incêndio na prática são armazenados e utilizados por
equipamentos e instalações de combate a incêndio, ou seja: unidades extintoras (extintores)
ou carretas; unidades estacionárias; viaturas de combate a incêndio; e, instalações fixas
automáticas ou sob comando de combate a incêndio.
Agentes extintores à base de água: a água é a substância mais difundida na natureza, pois
3⁄4 de nosso planeta é constituído de água salgada e doce. É o agente extintor de incêndio
mais antigo e utilizado. Extinguimos os incêndios pelos métodos de resfriamento, abafamento,
13
emulsificação e diluição. Empregamos também a água para extinguir incêndio: como água
molhada; borrifo de água; névoa de água; e, vapor de água.
Sua atuação baseia-se na criação de uma capa de cobertura sobre a superfície livre dos
líquidos, com a finalidade de:
a. separar combustível e comburente;
A espuma é gerada pelo batimento (LGE – líquido gerador de espuma mecânica) que que
produz película formada de espuma aquosa (AFFF ou Aqueous Film Forming Foam), para
combustíveis líquidos polares e uma película formada de (LGE) espuma aquosa (FFFP ou Film
Forming Fluor Protein Foam), para combustíveis líquidos apolares e fluxo carregado (à base de
água aditivada com sal de metal de álcali como redutor de ponto de congelamento).
Os extintores portáteis do tipo AFFF e FFFP são indicados para uso em princípios de
incêndios que envolvam líquidos inflamáveis polares e/ou apolares, devido à habilidade do
agente extintor flutuar e selar/ocupar a superfície líquida do combustível inflamável,
impossibilitando a entrada do O2 e consequentemente a reignição. Extintores portáteis de
espuma mecânica não são satisfatórios para o uso onde a temperatura estiver abaixo do ponto
de congelamento, o que raramente pode acontecer em nosso país.
Dióxido de Carbono, CO2 ou Gás Carbono: vem sendo utilizado há muitos anos para
extinção de incêndios em líquidos inflamáveis, gases e em equipamentos elétricos
energizados. O gás carbônico deve ser usado para extinção de incêndios especiais, onde é
exigido um meio extintor não condutor de eletricidade ou que não deixe resíduo, ou que não
tenha ação prejudicial sobre o equipamento elétrico/eletrônico ou sobre o pessoal. O agente
CO2 é recomendado para combater incêndios de Classe B – líquidos ou gases inflamáveis e
incêndios de Classe C – combustíveis energizados/elétricos. Vantajoso, também, para
proteção em áreas onde se processa comida, laboratórios e áreas de impressão. Não devem
ser usados ao ar livre ou em áreas com correntes de ar, visto que o agente se dissipará
rapidamente.
14
combustíveis energizados/elétricos. O cloreto de sódio ou pó seco à base de cobre é muito
utilizado em incêndios que envolvam metais combustíveis.
Substância química úmida: são agentes extintores à base de ácido cítrico ou lácteo que
transformam o óleo de cozinha em uma substância saponácea, abafando o incêndio. São
aplicados em sistemas de supressão de incêndio em cozinhas e em locais onde existam óleo
de cozinha, gorduras e graxa.
Existe uma diferença fundamental entre estes conceitos quando um projeto para combate a
princípio de incêndio estiver sendo planejado. É considerada uma unidade extintora o extintor
com determinada quantidade de agente extintor, assim, extintor de 9 L de espuma mecânica,
extintor de 4 kg de gás carbônico, extintor de 10 L de água pressurizada e extintor de 4 kg de
pó para extinção de incêndio são considerados uma unidade extintora, e isto não garante maior
eficiência do extintor em combater o incêndio.
A capacidade extintora por sua vez mede o volume (quantidade) de fogo que o extintor é capaz
de extinguir, assim, por exemplo, um extintor de 9 l de espuma mecânica pode ter classificação
diferenciada em função da tecnologia embutida na sua fabricação.
Em termos práticos pode-se verificar que o projeto dimensionado com unidade extintora não irá
garantir que o sistema realmente será eficiente no combate a princípio de incêndio, enquanto o
projeto dimensionado com capacidade extintora é de maior confiança pois o extintor antes de
ser instalado deve comprovar seu desempenho extinguindo um determinado volume de fogo,
verificado através de ensaio em laboratório.
15
1. aviso; 2. partida; 3. deslocamento; 4. reconhecimento; 5. estabelecimento; 6. combate
a incêndio e/ou salvamento; 7. rescaldo; 8. inspeção final; 9. regresso.
Busca e Salvamento: são as atividades que devem ser realizadas em todas as áreas
expostas ou ameaçadas pelo incêndio onde há possibilidade de existência de vítimas. Devem
ser consideradas como ações de maior prioridade, levando o comandante de socorro a iniciar
os trabalhos de controle do fogo o mais rápido possível, a fim de permitir ou garantir as ações
de busca e resgate, ou ainda, para garantir que o incêndio se mantenha distante de suas
possíveis vítimas.
16
Há, em raras ocasiões, ações de salvamento que precedem até mesmo as ações de
reconhecimento. Entretanto, todo o cuidado possível deve ser tomado nessas situações, a fim
de não expor os bombeiros a risco desnecessário. Considerando o ataque ao fogo, em primeiro
lugar; ou, simultaneamente, ao salvamento, o comandante de socorro ordena o
estabelecimento do material (meios de ação), que corresponde ao desenvolvimento do trabalho
de cada uma das guarnições, em função do plano tático definido. Feito o estabelecimento dos
equipamentos e viaturas, inicia-se a proteção ou o ataque, que tem por objetivo circundar,
dominar e extinguir o fogo.
Conservação da propriedade: são ações que visam à diminuição dos danos causados pelo
fogo, pela água e pela fumaça. São desenvolvidas tanto durante quanto depois do combate ao
17
incêndio e envolvem, normalmente, atividades relacionadas ao escoamento da água, ao
transporte e à cobertura de bens (retirada de material e salvatagem, respectivamente).
Inspeção final e rescaldo: são as atividades finais, necessárias para se assegurar que a
extinção do incêndio foi realmente completa. Destinam-se à revisão geral da operação
efetuada e, sobretudo, a assegurar as condições relacionadas à perícia de incêndio.
Geralmente, essa ação necessita de um tempo maior ou igual ao tempo utilizado para
combater as chamas, além de cuidados com o local.
FASES DO FOGO
Fase inicial
Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido.
Nesta fase, todo o local está em chamas e o fogo alcança a sua maior temperatura. É uma
fase de grande extensão, indo da fase inicial até a fase de queima lenta, sendo que sua
duração dependerá principalmente da quantidade de material combustível existente no
ambiente. O ar rico em oxigênio é atraído pelas chamas, enquanto os gases quentes levam
o calor até o teto, forçando o ar fresco a procurar níveis mais baixos, entrando em contato
com as chamas, participando da combustão.
18
Fase de Queima Lenta
Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um ponto onde
o comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as chamas podem
deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las ( na faixa de 8% a 0% de
oxigênio). O fogo é normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamente
ocupado por fumaça densa e os gases se expandem. Devido a pressão interna ser maior
que a externa, os gases saem por todas as fendas em forma de lufadas, que podem ser
observadas em todos os pontos do ambiente. E esse calor intenso reduz os combustíveis a
seus componentes básicos, liberando, assim, vapores combustíveis.
Insuportável: é a etapa onde a queima livre aqueceu o ambiente tais que impossibilitarão
a entrada dos bombeiros, mesmo utilizando EPI (equipamento de proteção individual) e
EPR ( equipamento de proteção respiratória).
19
No flashover, as superfícies expostas ao calor atingem a temperatura de ignição mais
ou menos simultaneamente; e o fogo se espalha rapidamente pelo ambiente. O calor,
que é irradiado do teto e das paredes altas dentro do compartimento em chamas,
conduz os gases e a mobília presente no ambiente a uma temperatura de auto-ignição,
a qual culmina no flashover.
20
É a deflagração rápida e violenta da fumaça aquecida e acumulada no ambiente pobre
em oxigênio, em forma de explosão, no momento em que essa massa gasosa entra em
contato com o oxigênio.
Essa inserção errada de ar no ambiente pode ocorrer tanto pela entrada dos bombeiros
antes de providenciarem um escoamento eficiente da fumaça quanto pela quebra de
uma janela decorrente da pressão exercida pela própria fumaça sobre os vidros.
Um backdraft é, portanto, um tipo de explosão química que ocorre em incêndios
estruturais, em forma de uma bola de fogo. E como já foi visto, uma explosão é o efeito
de uma expansão violenta e repentina dos gases. No backdraft, a fumaça é o gás
combustível, pois contém monóxido de carbono, o qual, por sua vez, possui uma faixa
de explosividade de 12 a 74% quando misturado ao ar, o que é considerável, como já
visto.
Para que ocorra um backdraft é necessário que, inicialmente, haja uma concentração
decrescente de oxigênio em um ambiente fechado durante a ocorrência de um incêndio,
o que caracteriza os incêndios estruturais. Em um ambiente sem janelas, ou com janelas
fechadas, a concentração de oxigênio irá diminuir ao longo do desenvolvimento da
combustão e a
21
1- fumaça densa e escura, rolando pelo ambiente, saindo em forma pulsante por meio
de frestas ou qualquer outra abertura — como o incêndio está pouco ventilado, a fumaça
tende a sair por qualquer abertura que lhe possibilite o fornecimento de ar. A forma
pulsante ocorre pela expansão dos gases combustíveis, produzida pelas combustões
rápidas e de pequeno porte que estão ocorrendo no interior do ambiente sinistrado,
enquanto a concentração de oxigênio ainda permite tal processo.
BLEVE
Sigla de “Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion”, acerca de um fenômeno que ocorre em
recipientes com líquidos inflamáveis sob pressão, explodindo devido a queda de resistência
das paredes do cilindro.
BOIL OVER
Fenômeno que ocorre devido ao armazenamento de água no fundo de um recipiente, sob
combustíveis inflamáveis, sendo que a água empurra o combustível quente para cima, durante
um incêndio, espalhando-o e arremessando-o a grandes distâncias.
22
CAUSAS DE INCÊNDIO
Causas da Natureza
Causas Acidentais
Causas Propositais
23
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
Toda edificação por força legal deve ser dotada de medidas de segurança contra incêndio
visando os seguintes objetivos:
As medidas de segurança contra incêndio nas edificações devem ser utilizadas inicialmente
pelos ocupantes do prédio e secundariamente pelas guarnições externas do socorro
público. Noções de Proteção Passiva e Ativa... As exigências quanto às medidas de
segurança contra incêndio a serem instaladas em cada edificação variam quanto a sua
ocupação, área construída, altura e risco, sendo este conjunto de medidas dividido
basicamente em grupos de Proteção Passiva e Proteção Ativa segundo o Regulamento de
Segurança Contra Incêndio em sua Instrução Técnica no 2:
Proteção Passiva: característica construtiva do edifício que tem por objetivo evitar ou
retardar propagação do fogo. Esta proteção está incorporada à construção física do edifício.
24
Didaticamente podemos analisar o risco da edificação sob quatro aspectos principais:
a) quanto a ocupação: o uso do edifício quanto a sua ocupação influenciará diretamente nas
exigências. Uma edificação destinada a local de reunião de público deve ser projetada
principalmente quanto às rotas de fuga (saídas) que devem ser dimensionadas para o
abandono rápido e seguro do ambiente
b) quanto a área: o tamanho do edifício (área total construída) é considerado para a exigência
ou não de determinada medida de segurança (exemplos: para edifícios com área inferior a
750m2 não é exigido o sistema de hidrante e alarme de incêndio
25
Compartimentação vertical: medida de proteção constituída de elementos construtivos
resistentes ao fogo separando pavimentos consecutivos, de tal modo que o incêndio fique
contido no local de origem e dificulte a sua propagação no plano vertical. Incluem-se nesse
conceito os elementos de vedação abaixo descritos:
26
Estrutura de madeira: A resistência ao fogo da madeira varia conforme a qualidade da
mesma e a sua robustez, sendo certo que madeiras de lei têm demonstrado na prática e em
ensaios, uma boa resistência ao fogo, pois a parte superficial da madeira (atingida pelas
chamas e calor) cria uma película carbonizada protegendo o seu miolo, que é o responsável
pela resistência mecânica da peça. Aspectos operacionais:
As estruturas antes de entrar em colapso apresentam alguns sinais característicos que são
fundamentais para se tomar uma medida durante o combate ao fogo. Abaixo listamos
alguns destes sinais: a) estalos;
b) lascamento do concreto e exposição da armadura (“efeito spalling”) – semelhante a uma
pequena explosão na face da peça estrutural; c) deformação da peça (flexão e
flambagem);
d) trincas e rachaduras acentuadas;
e) aumento significativo das juntas de dilatação.
27
- ART + Atestado de pressurização das escadas
- ART + Atestado das instalações de gás (Natural ou GLP)
- ART + Atestado do CMAR (Controle dos Materiais de Acabamento e Revestimento)
- ART + Atestado de abrangência do GMG (Grupo Motor Gerador)
- Recolhimento da taxa do FEPOM
SPRINKLER (SPK)
28
Saída de Emergência: definição e conceito Estrutura integrante da edificação, possuindo
requisitos à prova de fogo e fumaça para permitir o escape das pessoas em segurança, em
situações de emergência.
Finalidade Garantir o abandono da edificação pelos ocupantes, para local seguro, a fim de
preservar a vida humana e permitir o acesso do Corpo de Bombeiros para as operações de
busca, salvamento, resgate e combate a incêndios.
Descrição geral
As saídas de emergência são compostas por portas, acessos e escadas, que podem ser
dos seguintes tipos:
Escadas de Segurança:
a) escada simples - é destinada ao deslocamento das pessoas, sem que haja proteção ao
fogo.
29
e) escada enclausurada pressurizada com antecâmaras (à prova de fumaça) - é
composta pela somatória dos tipos de proteção descritos nas letras “c” e“d”.
Elevador de Segurança
A seguir, descrevemos alguns itens da norma que mais influenciam quando o assunto é
SEGURANÇA:
Luz de emergência: nas cabinas devem existir fontes de emergência e interligação com os
Guarda corpo: as cabinas devem possuir balaústres (guarda corpo) no topo. Equipamento
de segurança exigível quando o espaço livre no plano horizontal (topo da cabina), exceder
30 cm, conforme NBR NM 207.
Aterramento: todas as partes metálicas do elevador devem estar aterradas e ter chaves
blindadas tipo NH, conforme NBR 5410 e NBR NM 207 - item 13.5.5.
30
Escada marinheiro: no poço do elevador, deve existir escada do tipo marinheiro, para
Chave PAP: no poço do elevador, deve existir uma chave PAP (parada de acesso ao poço),
sendo este recurso indispensável para o acesso seguro ao local mencionado, conforme
NBR 207 - item 5.7.2.4.
Aba de proteção: todos os elevadores deverão possuir este dispositivo, para evitar quedas
Protetor de ilhós: todas as portas devem ter dispositivo de proteção, que impede a
abertura sem autorização, conforme NBR 7.192 e NM 207. Para o caso de edifícios altos,
adicionalmente a escada, é necessária a disposição de elevadores de emergência,
alimentada por circuito próprio e concebida de forma a não sofrer interrupção de
funcionamento durante o incêndio.
31
Iluminação de Emergência
A iluminação de emergência para fins de segurança contra incêndio pode ser de dois tipos:
1) de balizamento;
2) de aclaramento.
Seu posicionamento, distanciamento entre pontos e sua potência são determinados nas
Normas Técnicas Oficiais.
32
O sistema de detecção e alarme pode ser dividido basicamente em cinco partes:
33
Acionadores Manuais
Devem ser instalados em todos os tipos de edifício, exceto nos de pequeno porte onde o
reconhecimento de um princípio de incêndio pode ser feito simultaneamente por todos os
ocupantes, não comprometendo a fuga dos mesmas ou possíveis tentativas de extensão.
Os acionadores manuais devem ser instalados mesmo em edificações dotadas de sistema
de detecção automática e/ou extinção automática, já que o incêndio pode ser percebido
pelos ocupantes antes de seus efeitos sensibilizarem os detectores ou os chuveiros
automáticos. A partir daí, os ocupantes que em primeiro lugar detectarem o incêndio, devem
ter rápido acesso a um dispositivo de acionamento do alarme, que deve ser devidamente
sinalizado a propiciar facilidade de acionamento.
Os acionadores manuais devem ser instalados nas rotas de fuga, de preferência nas
proximidades das saídas (nas proximidades das escadas de segurança, no caso de
edifícios de múltiplos pavimentos).
Tais dispositivos devem transmitir um sinal de uma estação de controle, que faz parte
integrante do sistema, a partir do qual as necessárias providências devem ser tomadas.
SINALIZAÇÃO
A sinalização de emergência deve ser dividida de acordo com suas funções em seis
categorias:
1) sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial de risco;
2) sinalização de comando, cuja função é requerer ações que condições adequadas para a
utilização das rotas de fuga;
3) sinalização de proibição, cuja função é proibir ações capazes de conduzir ao início do
incêndio;
34
4) sinalização de condições de orientação e salvamento, cuja função é indicar as rotas de
saída e ações necessárias para o seu acesso;
5) sinalização dos equipamentos de combate, cuja função é indicar a localização e os tipos
dos equipamentos de combate.
Abordagem da Edificação
A edificação deverá ser abordada pela face que propicie a melhor entrada e saída
emergencial de bombeiros, segundo os critérios da segurança e rapidez.
Atentar para as condições de vento, uma vez que efetuada a abertura para entrada, os
gases começarão a se movimentar no sentido da ventilação.
Antes de efetuar qualquer abertura, verificar a temperatura da porta e de seus
componentes, bem como os sinais indicativos de iminência de “Backdraft”.
Uma vez retirada do ambiente confinado, onde inalou fumaça e outros gases aquecidos,
necessariamente as vítimas devem ser entregues em segurança às equipes de APH
(Atendimento Pré-Hospitalar), para serem analisadas quanto aos efeitos fisiológicos do calor
e da fumaça sobre os seus organismos.
35
Posição de caminhamento no interior da edificação
Em razão do aquecimento provocado pelas chamas, têm-se dentro do ambiente duas (02)
camadas distintas de ar, sendo a camada mais aquecida no alto, contendo calor e fumaça
junto ao teto, e a menos aquecida na porção inferior do compartimento, com o ar em
melhores condições para a respiração. Esta disposição da atmosfera interior por camadas
pode impedir a entrada e visão das equipes de busca e salvamento, pois o deslocamento
rápido em pé das equipes em ambientes com pé direito baixo ou com a linha de calor e
fumaça baixa, provocará o emulsionamento da fumaça e do calor em todas as camadas da
atmosfera no interior do compartimento. Desta forma, verifica-se que a melhor posição de
deslocamento nestes casos, em razão do conforto térmico e da visibilidade para as
atividades de busca e salvamento, é, sem dúvida, a posição agachada, com a cabeça
abaixo da linha da fumaça, deslocando-se cautelosamente evitando a diluição da fumaça
em todo o ambiente, o que fatalmente prejudicará a visão e as atividades de salvamento.
Durante este caminhamento, as equipes ficarão tentadas a extinguirem os focos de incêndio
encontrados no caminho. Isto pode consubstanciar-se em um erro tático fatal para os
bombeiros e para as supostas vítimas, pois a expansão da água aplicada no interior do
ambiente provocará, sem dúvidas, a diminuição abrupta da visibilidade e do conforto, pois
as partículas de água sequestraram o calor e o vapor se expandirá por todos os cantos,
embaçando máscaras e levando calor e outros aerodispersóides agregados em áreas onde
as vítimas se encontram refugiadas. Para se evitar “áreas de sombra” na busca de
salvamento no interior de edificações, é necessário que as guarnições explorem o ambiente
todo, inclusive dentro de armários, guarda- roupas, debaixo de pias, de camas, etc.,
considerando a reação instintiva das pessoas procurarem abrigos fechados, onde podem ter
a falsa sensação de segurança em razão da clausura.
a porta ou parede, sendo que, quando sair do ambiente já explorado, deverá fazer um outro
traço ( \ ), completando o “X”.
Busca positiva
36
Vítima encontrada. Uma vez que a equipe de salvamento obteve sucesso na localização de
vítimas no interior da edificação sinistrada, o próximo passo a ser adotado será a retirá-las
da mesma em segurança da edificação para um local onde receberá assistência. Para a
retirada das vítimas, nem sempre a rota de entrada é o melhor caminho para o salvamento,
pois muitas vezes encontra-se comprometida com fogo ou fumaça em excesso, ou porque o
compartimento possui outra abertura (porta ou janela) que ofereça melhores condições de
acesso para o exterior.
Fases Táticas
Isolamento: nesta operação o bombeiro deverá ter em mente que o objetivo é impedir a
propagação do fogo, calor e fumaça do ambiente atingido para ambientes adjacentes, seja
durante a exploração ou durante as ações efetivas de combate a incêndios. Fechamento de
portas, aberturas de janelas, retirada de material, etc., devem ser efetuadas de forma a
diminuir a propagação do fogo e seus subprodutos para outros ambientes, evitando-se que
a edificação fique comprometida em sua totalidade, aumentando as áreas de intervenções.
37
• Proteger os bens no local onde se encontram, cobrindo-os com lonas (técnica mais
empregada).
• Afastar a atmosfera prejudicial da área onde estão os bens, por meio de ventilador ou
exaustor.
• Interromper o fluxo de água dos chuveiros automáticos (sprinklers) acionados em área não
atingidas pelo incêndio ou onde já houve a extinção.
• Acumular itens para cobrir todos juntos (cobri-los em forma de “pilha” ao invés de cobrir
material por material).
• Direcionar a água da extinção para os ralos da edificação. Problemas durante o combate
que podem exigir o emprego de salvatagem:
• Água que cai sobre objetos no pavimento abaixo da operação.
• Risco de queda de forro por acúmulo de água proveniente das ações de combate a
incêndio no andar superior. As guarnições de combate a incêndio devem ser informadas
sobre a presença da equipe de salvatagem.
Deve-se também mover o material apenas o necessário, evitando longos deslocamentos,
bem como verificar se é mais rápido ou mais viável cobrir do que retirar, uma vez que esta
ação demanda mais tempo e mais esforço.
A água pode ser utilizada sob três tipos de jatos: jato compacto; Jato Neblinado e Jato
Cone de Força ou Atomizado.
38
APLICAÇÃO DE ESPUMA TÉCNICAS DE EMPREGO DE ESPUMA MECÂNICA.
O emprego de espuma mecânica deve ser feito de maneira mais suave possível, o que
possibilitará maior rapidez na extinção.
Para evitar sua saturação e consequente destruição, a espuma não deverá ser mergulhada
no líquido incendiado.
O jato de espuma deve ser dirigido, preferencialmente, contra a parede interna do
reservatório ou contra um anteparo ou, no caso de um vazamento, à frente deste e contra o
solo.
INCÊNDIO EM TANQUES
Antes de iniciar o combate ao incêndio, verificar a direção do vento, pois o combate deve
ser feito no mesmo sentido, de forma a não reduzir a eficiência e o alcance do jato de
espuma a ser aplicado.
A pressão do esguicho deve ser suficiente para que o alcance do jato possa combater o
incêndio, lembrando que a qualidade da espuma é prejudicada quando submetida a altas
pressões, porém o seu alcance diminui, tornando-se ineficiente se a pressão de trabalho for
muito baixa. Identificar os meios existentes no local, como: reserva de água, disponibilidade
de canhões monitores e quantidade de LGE.
39
Ao mesmo tempo em que se combate o incêndio no tanque em chamas, deve-se proceder
ao resfriamento dos tanques vizinhos.
São as atividades finais, necessárias para se assegurar que a extinção do incêndio foi
realmente completa. Destinam-se à revisão geral da operação efetuada e, sobretudo, a
assegurar as condições relacionadas à perícia de incêndio. Geralmente, essa ação
necessita de um tempo maior ou igual ao tempo utilizado para combater as chamas, além
de cuidados com o local.
Montagem de uma linha direta de combate a incêndio, a partir de um hidrante e/ou viatura,
linha adutora e linha siamesa. Tem por finalidade aproveitar o sistema hidráulico de
combate a incêndio da edificação e pode ser empregada em prédios de um ou mais
pavimentos, bastando, para isto, acoplar a expedição do AB ao registro de recalque ou
hidrante mais próximo.
Com isso, toda a rede ficará pressurizada, podendo o bombeiro utilizar qualquer hidrante
interno.
Posições de combate: são posturas que o chefe e o ajudante de linha devem realizar
durante as ações de combate.
VENTILAÇÃO
A ventilação em um local de sinistro deve ser considerada como um fator importante para o
sucesso de uma operação de combate a incêndio, pois a presença da fumaça dificulta
40
sobremaneira as ações dos bombeiros, ou mesmo, dos moradores dos locais que estão
sendo atingidos.
Existem basicamente três situações em que o bombeiro pode executar a ventilação,
podendo ocorrer em várias fases do incêndio:
Quando a ventilação é usada antes da extinção do incêndio, isto pode afetar a propagação
do fogo e gerar benefícios ou dificuldades, dependendo da avaliação e da habilidade dos
bombeiros.
Em alguns países europeus são feitas três distinções sobre a ventilação em combate a
incêndio, a saber:
Iremos falar sobre ventilação tática, porém, muitos dos seus efeitos, que estão descritos,
também ocorrem com as outras formas de ventilação mencionadas anteriormente. A
ventilação tática somente ocorre quando as guarnições de bombeiros atendem a ocorrência
de incêndio.
De forma similar às outras opções táticas disponíveis para os bombeiros, a ventilação tática
pode agravar a situação, se for incorretamente aplicada, porém, usada adequadamente,
será de significante benefício no combate ao incêndio pois visa, entre outras coisas,
proteger as saídas, restringindo a propagação da fumaça; propiciar visibilidade e aumento
do tempo de saída; ajudar na operação de resgate, reduzindo a fumaça e os gases tóxicos
para trabalhos de pesquisa em que haja o risco de pessoas retidas na edificação.
41
Basicamente, podemos diferenciar dois tipos de ventilação, por meio dos meios
empregados. São eles: - Ventilação natural; e - Ventilação forçada.
VENTILAÇÃO NATURAL
A ventilação natural utiliza o fluxo natural do ar para retirar a fumaça do ambiente sinistrado.
O fluxo natural da fumaça no interior da edificação pode ser produzido pelo vento ou pelo
efeito chaminé. Para fazer a ventilação natural, o bombeiro retira as obstruções que
impedem o fluxo natural do ar. Estas obstruções podem ser portas, janelas, alçapões
fechados, paredes e tetos (coberturas ou telhados), conforme exemplo das figuras 01 e 02,
adiante.
VENTILAÇÃO FORÇADA
A ventilação forçada é realizada por meio de equipamentos mecânicos, como por exemplo,
exaustores, ventiladores ou aplicação de água com esguichos reguláveis , para forçar a
saída da fumaça da edificação.
A ventilação forçada permite criar ou aumentar a velocidade do fluxo de ar no interior da
edificação, para promover a sua extração da fumaça para o meio exterior.
Na ventilação natural, o bombeiro depende da velocidade do vento e das aberturas em
tamanho suficientes para efetuar a ventilação. Quando as aberturas naturais forem
impróprias, tais como quando desalinhadas ou pequenas, o bombeiro pode efetuar a
ventilação forçada antes de criar aberturas adicionais.
42
Ao quebrar paredes e telhados, o bombeiro pode provocar um transtorno para o proprietário
da edificação, devido aos danos que pode causar, pois, além do fogo, as ações dos
bombeiros também podem destruir seu patrimônio.
A ventilação forçada é uma operação rápida que produz um aumento da velocidade do
fluxo de ar e fumaça pelas aberturas existentes, que geralmente é suficiente para retirar a
fumaça da edificação, permitindo uma boa visualização do local sinistrado. Com o auxílio de
ventiladores, pode-se fazer a (VPP) ventilação por pressão positiva. Este tipo de ventilação
utiliza equipamentos destinados a produzir um fluxo de ar no ambiente, os quais podem ser
movidos por motores elétricos ou à explosão.
TÉCNICAS DE VENTILAÇÃO
43
aberturas, ficando a abertura mais baixa para a entrada do ar fresco e, a abertura mais alta,
para a saída da fumaça
VENTILAÇÃO TÁTICA
44
uma tática indispensável a se obter os resultados desejados nas ações de combate ao
incêndio e salvamento. Portanto, denomina-se essa ação como ventilação tática, onde pode
ser adotada qualquer uma das técnicas de ventilação de acordo com o momento e o
desenvolvimento das ações do combate no local do incêndio.
Aconselha-se que a ventilação tática não deva ser usada enquanto o foco do incêndio não
tenha sido localizado e, em todos os casos, uma avaliação deve ser feita sobre os efeitos de
sua aplicação.
Normalmente a identificação do foco do incêndio pode ser feita de fora da edificação,
porém, há ocasiões em que a ventilação tática pode ser feita para remoção da fumaça e
localização do fogo.
Na maioria dos casos, a ventilação é uma tática adequada, sendo o que há de mais
eficiente a ser usado nos primeiros momentos do combate. De qualquer forma, o
deslocamento de gases quentes dentro da edificação é a principal causa de propagação do
fogo, sendo assim, a decisão de iniciar a ventilação tática deve ser parte da estratégia
global do controle de movimento de ar na edificação.
A força e a direção do vento geralmente são os fatores dominantes na Ventilação tática,
pois, determinam a velocidade e a direção que a fumaça e os gases quentes tomam no
interior da edificação.
Nos incêndios em edificações não é aconselhável o combate ao fogo em posição contrária à
direção do vento, bem como a utilização de ventiladores para forçar o ar para dentro da
edificação, pois a eficiência desta tática dependerá da capacidade dos ventiladores, quando
comparado com a força contrária do vento e, se o vento for muito forte, este pode anular ou
prevalecer sobre a ação dos ventiladores.
VPN (ventilação por pressão negativa): trata-se da extração de fumaça e gases quentes
de uma abertura e saída. Isto terá o efeito de reduzir a pressão interna da edificação em
relação da pressão atmosférica. Pode ser executada por meio de exaustores ou jatos de
água;
45
Abordaremos a seguir algumas formas de realizar uma ventilação por pressão negativa.
Cabe ressaltar que apesar do nome pressão negativa ser reconhecido internacionalmente,
tecnicamente não existe a chamada pressão negativa, pois a “pseuda” pressão negativa
seria o vácuo, porém, para padronizar uma linguagem já estabelecida e aceita, vamos
considerar esta nomenclatura.
Exaustores
46
É o efeito provocado pelo arrastamento do ar pela abertura de saída, mediante o uso de
uma linha de mangueira por meio de jato de água cônico.
O jato cônico deverá ser direcionado para fora por intermédio da abertura de saída do
prédio. Para proteger o bombeiro de permanecer em um ambiente quente, a linha de
mangueira pode ser presa na posição ou amarrada em um cavalete.
O jato deve ser formar um cone de ângulo aproximado de 60º e a mangueira colocada de
maneira que cubra de 85% a 90% de saída de fumaça para executar a máxima corrente de
ar.
O mesmo efeito pode ser usado na abertura de entrada, mas a perda de água do lado de
dentro da edificação será aumentada e o bombeiro segurando a mangueira terá que estar
ciente do risco de “backdraft” nas operações ofensivas de ventilação.
Esta técnica pode ser muito eficiente na dispersão de fumaça no foco de incêndio no
compartimento para capacitar a investigação do cenário e reduzir danos.
47
Fumaça retirada do ambiente com a ventilação por esguicho
Sistemas de exaustão
48
• Não sobrecarregar as instalações elétricas com a utilização do PLUG T, lembrando que o
mesmo oferece riscos de curto-circuito e outros;
• Verificar antes da saída do trabalho, se não há nenhum equipamento elétrico ligado;
• Observar as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos;
• Manter os materiais inflamáveis em local resguardado e à prova de fogo;
• Não cobrir fios elétricos com o tapete;
• Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os
sempre na posição vertical e na embalagem;
• Não utilize equipamentos que produzam chamas ou aparelho de solda perto de materiais
inflamáveis.
49
EM CASO DE ABANDONO DE LOCAL
Recomenda -se:
• Seja qual for a emergência, nunca utilizar os elevadores; salvo quando for para esta
finalidade (elevador de emergência).
• Ao abandonar um compartimento, fechar a porta atrás de si (sem trancar) e não voltar ao
local;
• Ande, não corra;
• Facilitar a operação dos membros da Equipe de Emergência para o abandono, seguindo à
risca as suas orientações;
• Ajudar o pessoal incapacitado a sair, dispensando especial atenção àqueles que, por
qualquer motivo, não estiverem em condições de acompanhar o ritmo de saída
(deficientes físicos, mulheres grávidas e outros);
• Levar junto com você visitantes;
• Sair da frente de grupos em pânico, quando não puder controlá-los;
• Dirigir-se aos pontos de encontros.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES
DEVERES E OBRIGAÇÕES
• Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de trabalho, inclusive as
rotas de fuga;
• Participe ativamente dos treinamentos teóricos, práticos e reciclagens que lhe forem
ministrados;
• Conheça e pratique as Normas de Proteção e Combate ao Princípio de Incêndio, quando
necessário e possível, adotadas na Empresa;
• Comunique imediatamente aos membros da Equipe de Emergência, qualquer tipo de
irregularidade.
50