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OBJETIVOS:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
- Entender as atribuições da Brigada Comunitária;
- Conceituar trabalho em equipe.
1.1.1 Diagnóstico
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina atende um número considerável de
incêndio em edificação por dia, sendo que boa parte desses sinistros acontecem em
comunidades de difícil acesso, geralmente provocando perda total das residências,
causando impactos catastróficos às famílias vitimadas. A resposta do Corpo de Bombeiros
a tais incêndios é prejudicada devido à dificuldade de deslocamento, pois, devido a grande
concentração de pequenas residências, as ruas são estreitas e os aclives são acentuados,
dificultando a manobra de viaturas pesadas, diminuindo significativamente a velocidade
dos veículos de emergência e consequentemente a resposta do socorro adequado.
Somando-se ainda a constatação de que o conhecimento da população brasileira
sobre combate de incêndio e primeiros socorros é fragmentado, construído muitas vezes
na experiência prática de forma difusa e distorcida, como é o caso de moradores destes
tipos de habitações.
Por experiência, os profissionais bombeiros constatam que no caso de sinistros, o
problema só ocorreu, ou suas consequências foram ampliadas, porque no início da sua
constatação não havia ninguém devidamente orientado para tomar uma atitude certa e
oportuna, ou seja, a falta de informação da população contribui bastante para evitar
sinistros ou reduzir suas consequências.
Diante disto e baseado na noção de segurança global dos fundamentos de direito
natural à vida, à segurança, à propriedade e a incolumidade das pessoas e do patrimônio
em todas as condições o Corpo de Bombeiros Militar implementou o projeto Brigada
Comunitária.
A idéia de criação de Brigadas Comunitárias tem como objetivo capacitar pessoas
da própria comunidade na área de prevenção e intervenção nos casos de incêndios,
acidentes domésticos ou outras emergências, através de cursos ministrados por
profissionais e voluntários do Corpo de Bombeiros de Florianópolis e Defesa Civil Estadual,
e ao final do curso, cada aluno receberá dois extintores portáteis de incêndios, e uma bolsa
contendo materiais de primeiros socorros. Esses brigadistas, além de serem capacitados,
também realizarão vistorias, coordenadas pelo Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil,
nas residências da comunidade, a fim de orientar pessoas e corrigir situações incorretas
nas casas vistoriadas.
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O interesse no projeto nasceu em função de um conjunto de fatores:
- A inexistência de um programa de gerenciamento de riscos de incêndio em locais
de concentração de população menos favorecida de Florianópolis;
- Os perigos comuns existentes nessas habitações e a aceitabilidade social do risco
pela população e pela sociedade;
- Por contemplar três grandes ações de redução de desastres e atendimento à
emergências: prevenção, preparação e resposta;
- Por contemplar a interação entre desenvolvimento sustentável, redução de
desastres, proteção ambiental e bem-estar social;
- Por possuir identificação com a importância relevância social de garantir
sustentabilidade do projeto.
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1.1.3 Objetivo geral
- Resultados Finalísticos
Reduzir em 90% as conseqüências desastrosas provocadas por incêndio nas
áreas de abrangência do Projeto, bem como minimizar significativamente as
conseqüências de acidentes, através de um atendimento rápido e qualificado pelos
componentes das Brigadas
- Resultados Intermediários
Educar toda a comunidade para a percepção de situações de risco, bem como
fazer possíveis correções para aumentar a segurança no que se refere a
incêndios e acidentes domésticos
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1.1.6 Mensuração dos resultados
Reciclagem – dispensa prova teórica prática desde que o brigadista obtenha 70%
do aproveitamento em pré-avaliação
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1.2.2 Características pessoais de um brigadista
Responsabilidade;
Sociabilidade;
Honestidade;
Disciplina;
Estabilidade emocional;
Boa condição física;
Apresentação adequada à atividade (bom aspecto pessoal, uniformizado, asseado).
Ações de prevenção:
avaliação dos riscos existentes;
inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio e primeiros-socorros;
inspeção geral das rotas de fuga;
orientação à população fixa e flutuante;
participar de exercícios simulados.
Ações de emergência:
identificação da situação;
alarme/abandono de área;
corte de energia;
acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;
primeiros socorros;
combate ao princípio de incêndio;
recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;
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Observar e corrigir posteriormente possíveis pontos a melhorar referente ao
desempenho dos membros da brigada e demais funcionários e visitantes
Puxa-fila:
Iniciar o trabalho de escape das pessoas, posicionando-se na via de escape,
indicando a saída e organizando o ingresso e passagem na escada;
Se possível, o puxa-fila deve contar o número de pessoas e informar ao líder.
Fecha-fila:
Ir a todos os recintos chamando as pessoas e depois se posicionar ao final da
fila;
Auxiliar nas tarefas de primeiros socorros, remoção de pessoas e organização
da fila.
Vistoriador:
Enviar o elevador ao térreo;
Desligar o sistema elétrico do andar;
Fechar as portas e janelas sem as travar;
Checar as dependências do pavimentos;
Auxiliar nas tarefas de primeiros socorros e na remoção de retardatários.
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levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;
ao sentir cheiro de gás, não acender ou apagar as luzes;
deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal de
socorro médico;
encaminhar-se ao ponto de encontro e aguardar novas instruções.
Em situações extremas:
evitar retirar as roupas e, se possível, molha-las;
se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o corpo,
roupas, sapatos e cabelo;
proteger a respiração com um lenço molhado junto a boca e nariz e manter-se
sempre o mais próximo do chão, já que é o local com menor concentração de
fumaça;
antes de abrir uma porta, verificar se ela não está quente;
se ficar preso em algum ambiente, aproximar-se da aberturas externas e tentar
de alguma maneira informar sua localização;
nunca saltar.
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mas de indivíduos de diferentes qualidades que, em conjunto, obtêm sucesso. Segue
abaixo dez dicas para o trabalho em equipe:
1. Ser paciente: Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, por isso é importante ser
paciente. Procure expor os seus pontos de vista com moderação e procure ouvir o que os
outros têm a dizer. Respeite sempre os outros, mesmo que não esteja de acordo com as
suas opiniões.
2. Aceite as idéias dos outros: Às vezes é difícil aceitar idéias novas ou admitir que não
temos razão; mas é importante saber reconhecer que a idéia de um colega pode ser
melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais importante do que o nosso orgulho, é o
objetivo comum que o grupo pretende alcançar.
3. Não critique os colegas: Às vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é
muito importante não deixar que isso interfira no trabalho em equipe. Avalie as idéias do
colega, independentemente daquilo que achar dele. Critique as idéias, nunca a pessoa.
4. Saiba dividir: Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do
princípio que é o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa. Compartilhar
responsabilidades e informação é fundamental.
5. Trabalhe: Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações. Dividir
tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente.
6. Seja participativo e solidário: Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus
colegas, sempre que seja necessário. Da mesma forma, não deverá sentir-se constrangido
quando necessitar pedir ajuda.
7. Dialogue: Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha
sido atribuída, é importante que explique o problema, para que seja possível alcançar uma
solução de compromisso, que agrade a todos.
8. Planeje: Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja uma
tendência para se dispersarem; o planejamento e a organização são ferramentas
importantes para que o trabalho em equipe seja eficaz. É importante fazer o balanço entre
as metas a que o grupo se propôs e o que conseguiu alcançar no tempo previsto.
9. Evite cair no "pensamento de grupo": Quando todas as barreiras já foram
ultrapassadas, e um grupo é muito coeso e homogêneo, existe a possibilidade de se tornar
resistente a mudanças e a opiniões discordantes. É importante que o grupo ouça opiniões
externas e que aceite a idéia de que pode errar.
10. Aproveite o trabalho em equipe: O trabalho em equipe, acaba por ser uma
oportunidade de conviver mais perto de seus colegas, e também de aprender com eles.
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Noções de Defesa Civil
04 Horas/Aula
(Principais desastres, como evitá-los e que atitudes tomar)
Combate a Incêndio - Teoria
04 Horas/Aula
(O fogo, classes de incêndio, métodos de extinção)
Combate a Incêndio - Prática
03 Horas/Aula
(Uso de extintores e mangueiras)
Primeiros Socorros - Teoria
04 Horas/Aula
(Avaliação do paciente, RCP, DEA)
Primeiros Socorros - Teoria
04 Horas/Aula (Fraturas, Ferimentos, Hemorragias, Queimaduras,
Emergências Clínicas)
Primeiros Socorros - Prática
03 Horas/Aula
(Curativos e Imobilizações)
03 Horas/Aula Avaliação de Riscos de Incêndio e Perigos Domésticos
Operação Alerta Vermelho
10 Horas/Aula (Visita as famílias da comunidade e orientações sobre o uso do gás
de cozinha e prevenção de acidentes domésticos)
Prevenção Contra Incêndio
03 Horas/Aula
(Sistemas Preventivos de Incêndio: alarme, iluminação..)
Treinamento Operacional:
- Primeiros Socorros - Prática (01h/a)
- Simulado Prático de Primeiros Socorros (05h/a)
30 Horas/Aula - Simulado Prático de Combate a Incêndio (01h/a)
- Proteção Respiratória
- Resgate de Vitimas em espaços confinados
- Resgate de vitimas em altura
12 Horas/Aula Estágio nas viaturas
73 Horas/Aula TOTAL
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2. NOÇÕES DE DEFESA CIVIL
OBJETIVOS:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
1. Conceituar Defesa Civil;
2. Citar as Fases da Defesa Civil;
3. Saber como prevenir e como agir em casos de desastre.
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Estabeleceu o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, criou a obrigatoriedade do
ensino da defesa passiva em todos estabelecimentos de ensino, oficiais ou particulares,
existentes no Brasil.
Em 1943, a denominação de Defesa Passiva Antiaérea foi alterada para Serviço de
Defesa Civil, sob a supervisão da Diretoria Nacional do Serviço da Defesa Civil, do
Ministério da Justiça e Negócios Interiores, extinto em 1946.
Como conseqüência da grande enchente no Sudeste, no ano de 1966, foi criado, no
então Estado da Guanabara, o Grupo de Trabalho com a finalidade de estudar a
mobilização dos diversos órgãos estaduais em casos de catástrofes. Este grupo elaborou o
Plano Diretor de Defesa Civil do Estado da Guanabara, definindo atribuições para cada
órgão componente do Sistema Estadual de Defesa Civil. Em 19.12.1966 é organizada no
Estado da Guanabara, a primeira Defesa Civil Estadual do Brasil.
Foram criadas a partir daí as Diretorias Regionais de Defesa Civil nos Estados,
Territórios e Distrito Federal.
O Sistema Nacional de Defesa Civil tem atualmente um Centro Nacional de
Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), um grupo de apoio a desastres que tem
a finalidade de fortalecer os órgãos de Defesa Civil locais.
Criada através da lei 4841 de 18 de maio de 1973, a Defesa Civil Estadual passa a
ser organizada, sendo esta vinculada ao Gabinete da Casa Civil, com afinidade direta ao
Governador do Estado.
Tal lei, já dispõe do sistema completo de Defesa Civil, incluindo o que existe até os
dias atuais, porém com algumas características modificadas, incluindo sua vinculação.
O Departamento Estadual de Defesa Civil integra a Secretaria Executiva de Justiça
e Cidadania e está organizada em quatro gerências: Prevenção; Minimização de
Desastres, Administração e Apoio Operacional.
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Respostas: é quando se coloca em pratica os procedimentos planejados na fase de
preparação, a atuação tem que ser ágil e rápida, mesmo se deparando com o
imprevisto, isto é, o socorro, é o momento de atender e assistir as vítimas e lugares
atingidos, e suprir suas necessidades básicas.
Plano de evacuação: Se você está morando numa área de risco, tenha com sua
vizinhança um plano de evacuação com um sistema de alarme. É um plano que permite
salvar a sua vida e de seus vizinhos. Caso a localidade onde você mora ainda não tem
esse plano, converse com o Prefeito e o Coordenador de Defesa Civil.
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incrementar o senso de percepção de risco e o comprometimento por parte das
comunidades e autoridades públicas teremos a redução de ocorrência de desastre no
Brasil.
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b) INUNDAÇÃO: Há vários tipos de inundações:
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problema. Os alagamentos das cidades normalmente provocam danos materiais e
humanos mais intensos que os das enxurradas.
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O que devemos fazer após a inundação?
- Enterre animais mortos e limpe os escombros e lama deixados pela inundação;
- Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da enchente;
- Retire todo o lixo da casa e do quintal e o coloque para a limpeza pública;
- Veja se sua casa não corre o risco de desabar;
- Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e utensílios;
- Cuidado com aranhas, cobras e ratos, ao movimentar objetos, móveis e utensílios. Tenha
cuidado com cobras e outros animais venenosos, pois eles procuram refúgio em lugares
secos.
- Nunca beba água de enchente ou inundação;
- Não beba água ou coma alimentos que estavam em contato com as águas da inundação.
- Ferva a água ou use 1 gota de hipoclorito para 1 litro de água;
- Lave os alimentos com água e hipoclorito.
Água para Consumo Humano: pode ser fervida ou tratada com água sanitária, na
proporção de 2 gotas de água sanitária para 1 litro de água ou tratada com hipoclorito de
sódio, na proporção de 1 gota de hipoclorito para 1 litro de água. Nos dois casos, deixar
em repouso por 30 minutos para desinfetar.
Água para limpeza e desinfecção das casas, prédios ou rua deve ter a seguinte
dosagem: 1 litro de hipoclorito de sódio para 20 litros de água ou 1 litro de água sanitária
para 5 litros de água.
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chuvas;
- Você pode fazer junto com a sua comunidade um plano de evacuação.
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Posso ajudar os bombeiros?
- Somente se solicitado, caso contrário, vários equipamentos e pessoas especializadas em
salvamento precisarão do local desimpedido;
- Não se arrisque sem necessidade, não entre no local do deslizamento, somente pessoas
especializadas em salvamento podem entrar;
- Não permita que crianças e parentes entrem no local do deslizamento;
- Não conteste as orientações do Corpo de Bombeiros.
Danos: A corrente do raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração,
pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através do aquecimento e uma
variedade de reações eletroquímicas.
A extensão do dano depende da intensidade da corrente, das partes do corpo
afetadas, das condições físicas da vítima e das condições específicas do incidente.
Cerca de 20 a 30% das vítimas de raios morrem, a maioria delas por parada
cardíaca e respiratória, e cerca de 70% dos sobreviventes sofrem devido às sérias
seqüelas psicológicas e orgânicas, por um longo tempo. As seqüelas mais comuns são
diminuição ou perda de memória, diminuição da capacidade de concentração e distúrbio
do sono. No Brasil, estima-se que aproximadamente 100 pessoas morrem por ano
atingidas pelos raios.
Se eu estiver na rua o que devo fazer para não ser atingindo por um raio?
- Evite lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra raios tais como:
pequenas construções não protegidas como celeiros, tendas ou barracos ou veículos sem
capota como tratores, motocicletas ou bicicletas;
- Evite estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica;
- Evite estruturas altas tais como torres, de linhas telefônicas e de energia elétrica;
- Alguns lugares são extremamente perigosos durante uma tempestade. Por isso:
NÃO permaneça em áreas abertas como campos de futebol, quadras de tênis e
estacionamentos;
NÃO fique no alto de morros ou no topo de prédios
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NÃO se aproxime de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos;
NUNCA se abrigue debaixo de árvores isoladas.
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- redução das oportunidades de trabalho relacionada com o manejo florestal.
Danos
O granizo causa grandes prejuízos à agricultura. No Brasil, as culturas de frutas de
clima temperado, como maçã, pêra, pêssego, kiwi, e a fumicultura são as mais vulneráveis
ao granizo. Dentre os danos materiais provocados pela saraivada, os mais importantes
correspondem à destruição de telhados, especialmente quando construídos com telhas de
2
amianto ou de barro e aos fruticultores.
Poderão ainda ocorrer: congestionamentos no trânsito devido ao acúmulo de gelo
nas ruas, queda de árvores, destelhamentos, perda de lavoura, alagamentos, danos às
redes elétricas, amassamento de latarias de veículos e quebra de vidros de veículos.
Anotações:
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3. COMBATE E EXTINÇÃO A INCÊNDIO
OBJETIVOS:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
1. Conceituar Combustão;
2. Citar os componentes do tetraedro do fogo;
3. Citar os meios de propagação do calor;
4. Enumerar as 4 classes de incêndio e dar um exemplo de cada uma delas;
5. Explicar diferentes métodos de extinção de um incêndio.
3.1.1 Combustão
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O efetivo controle e extinção de um incêndio requerem um entendimento da
natureza química e física do fogo. E isso inclui informações sobre fontes de calor,
composição e características dos combustíveis e as condições necessárias da combustão.
3.1.2 Calor
Pode ser descrito como uma condição da matéria em movimento, isto é,
movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. As moléculas estão
constantemente em movimento. Quando um corpo é aquecido, a velocidade das moléculas
aumenta e o calor (demonstrado pela variação da temperatura) também aumenta.
O calor é gerado pela transformação de outras formas de energia, como por
exemplo:
Energia química: é a ruptura e formação de ligações químicas entre os átomos das
moléculas, que absorvem ou liberam energia. Exemplo: processo de combustão
(fogo);
Energia física ou mecânica: gerado com o atrito entre dois corpos;
Energia nuclear: gerado na quebra ou fusão de átomos;
Energia Elétrica: gerado pela passagem de eletricidade através de um condutor,
como um fio elétrico ou um aparelho eletro-eletrônico.
Efeitos do Calor
O calor é uma forma de energia que produz:
Efeitos Físicos e Químicos do Calor: Em consequência do aumento da intensidade
do calor, os corpos apresentarão sucessivas modificações, inicialmente físicas e depois
químicas.
Elevação da temperatura;
Aumento do Volume;
Mudança dos Estados físicos da Matéria;
Mudança do Estado químico da matéria.
Ex: Ao aquecermos um pedaço de ferro, este, inicialmente aumenta sua temperatura e, a
seguir, o seu volume. Mantido o processo de aquecimento, o ferro muda de cor, perde a
forma, até atingir o seu ponto de fusão, quando se transforma de sólido em líquido. Sendo
ainda aquecido, gaseifica-se e queima em contato com o oxigênio, transformando-se em
outra substância.
Efeitos Fisiológicos do Calor: O calor é a causa direta de queima e de outras formas
de danos pessoais. Danos causados pelo calor incluem desidratação, insolação, fadiga e
problemas para o aparelho respiratório, além de queimaduras, que nos casos mais graves
podem levar a morte.
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Convecção: É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de
gases ou de líquidos dentro de si próprios. Ex: Quando a água é aquecida num
recipiente de vidro, pode-se observar um movimento, dentro do próprio líquido, de baixo
para cima. Da mesma forma, o ar aquecido se expande e tende a subir para as partes
mais altas do ambiente, enquanto o ar frio toma lugar nos níveis mais baixos. Em
incêndios de edifícios, essa é a principal forma de propagação de calor para andares
superiores (fig 3), quando os gases aquecidos encontram caminho através de escadas,
poços de elevadores, etc.
Figura 2 - Propagação de calor por Condução Figura 3 - Propagação de calor por Convecção
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Ponto de fulgor: Com o aquecimento, chega-se a uma temperatura em que o material
começa a liberar vapores, que se incendeiam se houver uma fonte de calor. Nesse
ponto as chamas não se mantêm, devido a pequena quantidade de vapores.
Ponto de Combustão: Prosseguindo no aquecimento, atinge-se uma temperatura em
que os gases desprendidos do material, ao entrarem em contato com uma fonte de
calor externa iniciam a combustão e continuam a queimar sem o auxílio daquela fonte.
Ponto de Ignição: Continuando o aquecimento atinge-se um ponto no qual o
combustível, exposto ao ar entra em combustão sem que haja uma fonte externa de
calor. É o ponto de maior temperatura antes do início espontâneo da combustão, sem o
contato externo comum fonte ígnea.
3.1.3 Combustível
3.1.4 Comburente
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A Reação em Cadeia é o que torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das
chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combina
com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um
ciclo constante.
A reação química em cadeia e a propagação relativamente rápida são os fatores
que distinguem o fogo das reações de oxidação mais lentas. As reações de oxidação
lentas não produzem calor suficientemente rápido para chegar a uma ignição e nunca
geram calor suficiente para uma reação em cadeia. A ferrugem em metais e o amarelado
em papéis velhos são alguns exemplos de oxidação lenta.
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3.1.7.3 Fase da ignição súbita generalizada
Esta fase é uma etapa de transição entre a fase do crescimento e o
desenvolvimento completo do incêndio. Essa fase poderá desenvolver-se normalmente
mediante um crescimento gradual ou manifestar-se por dois fenômenos distintos, variando
conforme o nível de oxigenação do ambiente.
Havendo uma oxigenação adequada com semelhante elevação de temperatura, o
incêndio poderá progredir para uma ignição súbita generalizada (em inglês, flashover), se
do contrário, a oxigenação é inadequada (incêndio controlado pela falta de ventilação) e a
temperatura permanece em elevação, poderemos progredir para uma ignição explosiva
(em inglês, backdraft), ambos, fenômenos que serão melhor estudados a seguir.
Se a oxigenação é adequada, as condições do ambiente alteram-se muito
rapidamente à medida que o calor radiado atinge todas as superfícies combustíveis
expostas. Isso acontece porque a capa de gás aquecido que se cria no teto da edificação
durante a fase de crescimento irradia calor para os materiais situados longe da origem do
fogo. Esse calor radiado produz a queima dos materiais combustíveis do ambiente. Os
gases que se produzem durante este período se aquecem até a temperatura de ignição e
poderá ocorrer um fenômeno denominado de ignição súbita generalizada, ficando toda a
área envolvida pelas chamas.
Se ao contrário a oxigenação é inadequada, a queima se torna mais lenta e a
combustão incompleta porque não há oxigênio suficiente para sustentar o fogo. Grandes
quantidades de calor e gases não queimados podem se acumular nos espaços não
ventilados. Estes gases podem até atingir a temperatura de ignição, mas carecem de
oxigênio suficiente para se inflamar. Contudo, o calor interior permanece e as partículas de
carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão)
estão prontas para incendiar-se rapidamente assim que o aporte de ar (oxigênio) for
suficiente e, na presença de ar fresco, esse ambiente explodirá. A essa explosão
chamamos ignição explosiva.
PLANO NEUTRO
2
3.1.7.5 Fase da diminuição
À medida que o incêndio consome todos os combustíveis disponíveis do ambiente,
a taxa de liberação de calor começa a diminuir. Uma vez mais o incêndio se converte em
um incêndio controlado, agora por falta de material combustível. A quantidade de fogo
diminui e as temperaturas do ambiente começam a reduzir, entretanto, as brasas podem
manter temperaturas ainda elevadas durante algum tempo. Esta fase representa a
decadência do fogo, ou seja, a redução progressiva das chamas até o seu completo
desaparecimento, quer seja por exaustão dos materiais combustíveis que tiveram todo seu
gás combustível emanado e consumido, pela carência de oxigênio ou mesmo pela
supressão do fogo pela eficaz atuação de uma equipe de bombeiros combatentes.
A fase da diminuição do incêndio é freqüentemente identificada como o estágio no
qual o fogo tem sua temperatura média caindo cerca de 80% abaixo do seu valor máximo.
IGNIÇÃO SÚBITA
GENERALIZADA
TEM PERATURA
TEMPO
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lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque não há oxigênio suficiente para
sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas de carbono
não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão) estão
prontas para incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio for suficiente. Na presença de
oxigênio, esse ambiente explodirá. A essa explosão chamamos “backdraft”. A ventilação
adequada permite que a fumaça e os gases combustíveis superaquecidos sejam retirados
do ambiente. Uma ventilação inadequada suprirá abundante e perigosamente o local com
o elemento que faltava (oxigênio), provocando uma explosão ambiental.
A seguir relacionaremos as principais condições que indicam uma situação de backdraft:
Fumaça sob pressão, num ambiente fechado;
Fumaça escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e saindo do
ambiente em forma de lufadas;
Calor excessivo (nota-se pela temperatura na porta);
Pequenas chamas ou inexistência destas;
Resíduos da fumaça impregnando o vidro das janelas;
Pouco ruído;
Movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura é feita (em alguns
casos ouve-se o ar assoviando ao passar pelas frestas).
Incêndio classe ”A”: Incêndio envolvendo combustíveis sólidos comuns, tais como
papel, madeira, tecido, borracha, plásticos, etc. É caracterizado pelas cinzas e brasas
que deixam como resíduos e por queimar em razão do volume, isto é, a queima se dá
na superfície e em profundidade. O método mais utilizado para extinguir incêndios de
classe A é o uso de resfriamento com água, mas também se admite o uso de pós
químicos secos de alta capacidade extintora ou espuma.
2
Incêndio classe “B”: Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, graxas e gases
combustíveis. É caracterizado por não deixarem resíduos e por queimar apenas na
superfície exposta e não em profundidade. Os métodos mais utilizados para extinguir
incêndios de classe B são o abafamento (uso de espuma), a quebra da reação em
cadeia (uso de pós químicos) ou ainda o resfriamento com cautela.
D
MAGNÉSIO SÓDIO
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Resfriamento: É o método utilizado mais freqüentemente por bombeiros combatentes.
Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando,
diminuindo, conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A água é
o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser
facilmente encontrada na natureza. A redução da temperatura está ligada à quantidade
e a forma de aplicação da água (jatos), de modo que ela absorva mais calor que o
incêndio é capaz de produzir. É inútil o emprego de água onde queimam combustíveis
com baixo ponto de combustão (menos de 20ºC), pois a água resfria até a temperatura
ambiente e o material continuará produzindo gases combustíveis. Ex: aplicação de
jatos diretos de água (jatos sólidos) dirigidos diretamente à base do fogo (ataque
direto), aplicação de jatos de água ajustado num ângulo médio (jato neblinado) dirigidos
a parte superior e próxima ao fogo (ataque indireto), etc.
Agente extintor é todo material que aplicado ao incêndio interfere em sua reação
química, provocando uma descontinuidade, e alterando as condições para que haja fogo.
Estes agentes podem ser encontrados nos estados sólidos, líquidos e gasosos, como por
exemplo: água, espuma, areia, cobertor, tampa de vasilhame, etc.
Nos extintores deve conter uma carga de agente extintor em seu interior, essa carga é
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chamada de unidade extintora e é especificada em norma. Os mais comuns são:
2
Extintores portáteis: São aparelhos de fácil manuseio, destinados a combater
princípios de incêndio. Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu
interior (por exemplo: extintor de água, porque contém água em seu interior).
Extintor de água;
Extintor de halogenado;
Extintor de espuma.
Tipos de inspeções:
2
a pressão de trabalho é de 14 Kgf/cm², a pressão de prova será de 35 Kgf/cm². Este
teste é precedido por uma minuciosa observação do aparelho, para verificar a
existência de danos físicos.
Agente Extintor
Incêndio Espuma Espuma
Água PQS CO² Halon
Química Mecânica
PQS**
Classe “D” Não Não Não Não Não
Especial
Unidade
10 l 4 Kg 6 KG 2 Kg*** 10 l 9l
Extintora
Alcance
médio do 10 m 5m 2,5 m 3,5 m 7,5 m 5m
jato
Tempo de
60 s 15 s 25 s 15 s 60 s 60 s
descarga
Quebra da
Método de reação em Abafam. Químico e Abafam. Abafam.
Resfriam
extinção cadeia e Resfriam Abafam. Resfriam. Resfriam.
Abafamento
OBSERVAÇÕES:
2
3.3 - TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIO
3.3.3 Isolamento:
3.3.4 Confinamento:
3.3.5 Extinção:
3.3.6 Ventilação:
2
3.3.8 Revisão geral ou rescaldo:
Fogo em
04 Ataque interior cauteloso
desenvolvimento
Fonte: Manual Básico de Estratégias e Táticas de Comando – Ten Cel BM Marcos de Oliveira/2001
Fonte: Mando em Incêndios. Allan Brunacini/1985 – Adaptado por José Gamba Júnior
2
3.3.10 SEGURANÇA NA EXTINÇÃO
Não utilizando EPI - O não emprego dos EPIs, constitui erro que pode trazer graves
conseqüências para o bombeiro, uma vez que os EPIs, são necessários para reduzir a
incidência de ferimentos durante os trabalhos e ainda para permitir uma maior
aproximação do fogo, visando sua extinção.
Contaminação com produtos perigosos - O bombeiro deverá estar atento para não
entrar em contato, nem permanecer sobre poças de líquidos inflamáveis, ou ainda água
que contenha resíduos de líquidos inflamáveis. De igual maneira deve estar atento o
bombeiro para o atendimento de ocorrências que envolvam ácidos e outras substâncias
perigosas, minimizando o contato com o referido produto, a fim de garantir sua
integridade física.
2
O Bombeiro de serviço em atendimento de ocorrências poderá estar ainda exposto
aos seguintes riscos:
Cair durante o desabamento de estruturas;
Inalar gases tóxicos;
Cortar-se;
Receber choque elétrico;
Torcer o pé ou joelho;
Escorregar e cair;
Tropeçar e cair;
Queimar-se;
Ficar preso sob objetos pesados, tendo partes do corpo esmagadas;
Contaminar-se produtos químicos perigosos;
Ser atingido por objetos que caem;
Ser atropelado.
A destruição das matas por incêndio além de causar danos materiais, prejudica o
sistema ecológico e o clima. Geralmente os incêndios ocorrem pela ação humana de forma
inadvertida ou dolosa, provoca a devastação da natureza, aliadas a ação do homem, as
situações meteorológicas adversas também contribuem para a ocorrência de incêndios,
principalmente no período de julho a outubro, devido à estiagem e as geadas.
Ataque aéreo: Feito por avião com tanques especiais ou com helicópteros com bolsa
de água.
2
Ataque indireto: Combater o fogo a uma distância do seu perímetro. Método utilizado
quando o fogo é de grande intensidade ou se move rapidamente. Neste método de
combate, faz-se o aceiro ou se utiliza de uma barreira natural, e, a partir da linha
construída faz-se o fogo de encontro. O aceiro visa extinguir o incêndio pela retirada do
material e deve ser suficientemente largo para evitar que o fogo se propague para outro
lado. Aceiros mais largos que o necessário, porém, significam desperdício de tempo e
esforços que podem ser vitais em outras frentes. O aceiro é composto de duas áreas:
raspada e tombada.
a) Área raspada: Consiste em remover a vegetação até que a terra viva seja exposta.
Utiliza-se ferramentas manuais como enxadas, enxadões e ancinhos ou máquinas como
trator pá ou com rastelo. A vegetação retirada da área raspada que não esteja queimada,
deve ser removida em direção à área a preservar, para mais tarde, evitar uma grande
carga de incêndio pela utilização do fogo de encontro.
Caminhar por todo o perímetro onde se deu o incêndio e ter certeza de que foi extinto;
Eliminar toda fonte de calor do perímetro do incêndio;
Se o rescaldo for trabalhoso permitir que o combustível queime sob controle;
Ter certeza de que o aceiro está limpo;
Cortar ou apagar com água troncos que possam soltar faíscas além do aceiro;
Extinguir focos esparsos;
Espalhar todo o material incandescente que não puder ser extinto com água para
dentro do perímetro (se for o caso enterrá-lo);
Colocar todo o combustível roliço em posição que não possa rolar e ultrapassar o
aceiro.
2
4. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
OBJETIVOS:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
1. Executar RCP de forma correta;
2. Reconhecer e controlar Hemorragia
3. Reconhecer e prevenir Estado de Choque;
4. Reconhecer e estabilizar uma Fratura
5. Reconhecer e tratar Ferimentos e Queimaduras.
Cabeça
Pescoço
Tórax
Membro Inferior
Esquerdo
Abdômen
Membro Inferior Direito
Região pélvica
2
4.1.3 Cavidades corporais
c) Torácica
b) Abdominal
c) Pélvica
2
Sistema Reprodutor: Dispõe das estruturas e hormônios necessários para a
reprodução sexual. Algumas vezes, é classificado dentro do sistema urinário ou
ainda do sistema geniturinário (sistema que inclui todos os órgãos relacionados com
a reprodução da espécie e na formação e eliminação da urina).
2
O oxigênio, que está presente na atmosfera em uma concentração de cerca de
21%, é essencial para a vida de todas as células. O cérebro, o órgão principal para a vida
consciente, começa a morrer se for privado de oxigênio por até cerca de quatro minutos.
Na liberação de oxigênio da atmosfera para as células nervosas, existem dois
componentes necessários:
- A respiração: recebe oxigênio através da vias aéreas do corpo
- A circulação de sangue: enriquecido com oxigênio o transporta pelo corpo
Qualquer distúrbio das vias aéreas, da respiração, ou da circulação pode produzir
imediatamente morte cerebral.
O TEMPO É ESSENCIAL
Obstruída Desobstruída
2
4.2.2 Parada cardíaca
Eles são relativamente simples de operar e o ensino do seu manuseio está lentamente
2
sendo incorporado nos cursos de formação e treinamentos de atualização do pessoal da
saúde e dos serviços de emergência.
Os DEA são programados para reconhecer um ritmo anormal do coração que requer um
choque, carregar e transmitir o choque (modelo automático) ou aconselhar ao socorrrista o
acionamento do dispositivo que transmite o choque (modelo semi-automático).
Ritmo organizado, porém o coração bate muito lentamente, atividade elétrica sem pulso:
Nesses casos, também conhecidos por dissociação eletro-mecânica, a atividade elétrica
do coração está dentro do normal, mas o músculo cardíaco está muito fraco para bombear
sangue. Assim a atividade elétrica do coração está dissociada da ação mecânica de
bombear. Estes não podem ser ajudados pela desfibrilação.
2
OBSERVAÇÃO:
As várias marcas e modelos de DEA's apresentam algumas diferenças em suas
características e controles.
Os operadores devem estar habilitados para compreender as variações de cada marca e
modelo para os quatro medidas a serem tomadas.
4.4 - Hemorragia
Tratamento
- Pressão direta no ferimento;
- Elevação do membro;
- Compressão arterial;
- Colocar a vítima na posição deitada com a cabeça virada para o lado;
- Afrouxar a roupa;
- Manter temperatura corporal;
- Se necessário, aplicar respiração artificial.
2
Tratamento
- Posicione a vítima deitada, pernas elevadas (30cm), com a cabeça virada para o
lado;
- Afrouxe suas vestes (melhora a circulação)
- Mantenha a vítima aquecida (temperatura corpórea);
- Ministrar oxigênio ou respiração artificial.
4.6 - Fratura
Tratamento
a) Fratura fechada:
- Manter o membro na posição mais natural;
- Imobilizar com talas rígidas ou improvisadas (deve atingir uma articulação acima e
outra abaixo da lesão), não amarre no local da fratura;
- Usar maca para remoção.
b) Fratura exposta:
- Não tente colocar o osso no lugar;
- Curativo com gases, ou pano limpo no local do rompimento;
- Colocar a tala para imobilização
(uma articulação acima e abaixo);
- Remover a vítima com maca.
4.7 - Ferimentos
2
dolorosa e causar lesão e contaminação dos tecidos.
O socorrista não deverá tocar no ferimento, caso a ferida estiver suja, ou ainda, se
for provocada por um objeto sujo, deverá ser limpa com o uso de água e sabão. Diminua a
probabilidade de contaminação de uma ferida, utilizando materiais limpos e esterilizados
para fazer o curativo inicial. Todos os ferimentos devem ser cobertos por uma compressa
(curativo universal), preparada com um pedaço de pano bem limpo ou gaze esterilizada.
Esta compressa dever ser posicionada sobre a ferida e fixada firmemente com uma
atadura ou bandagem. Antes de utilizar uma bandagem, o socorrista deverá proteger o
ferimento com compressas limpas e de tamanho adequado. Deixe sempre as
extremidades descobertas para observar a circulação e evite o uso de bandagens muito
apertadas que dificultam a circulação sangüínea, ou ainda, as muito frouxas, pois soltam.
Não devemos remover corpos estranhos (facas, lascas de madeira, pedaços de
vidro ou ferragens) que estejam fixados em ferimentos. As tentativas de remoção do corpo
estranho (objeto empalado) podem causar hemorragia grave ou lesar ainda mais nervos e
músculos próximos a ele. Controle as hemorragias por compressão e use curativos
volumosos para estabilizar o objeto cravado. Aplique ataduras ao redor do objeto, a fim de
estabiliza-lo e manter a compressão, enquanto a vítima é transportada para o hospital,
onde o objeto será removido.
Se o ferimento provocar uma ferida aberta no tórax da vítima (ferida aspirante) e, for
possível perceber o ar entrando e saindo pelo orifício, o socorrista deverá imediatamente
providenciar seu tamponamento, para tal, deverá usar simplesmente a mão (protegida por
uma luva descartável) sobre a ferida ou fazer um curativo oclusivo com material plástico ou
papel alumínio (curativo de três pontas). Após fechar o ferimento no tórax, conduza a
vítima com urgência para um hospital.
Se o ferimento for na região abdominal da vítima e houver a saída de órgãos
(evisceração abdominal), o socorrista deverá cobrir as vísceras com um curativo úmido e
não tentar recolocá-las para dentro do abdome. Fixe o curativo com esparadrapo ou uma
atadura não muito apertada. Em seguida, transporte a vítima para um hospital. Não dê
alimentos ou líquidos para o vitimado.
Em alguns casos, partes do corpo da vítima poderão ser parcialmente ou
completamente amputadas. Às vezes, é possível, por meio de técnicas microcirúrgicas, o
reimplante de partes amputadas. Quanto mais cedo a vítima, junto com sua parte
amputada, chegar no hospital, melhor. Conduza a parte amputada protegida dentro de um
saco plástico com gelo moído. O frio ajudará a preservar o membro. Não deixe a parte
amputada entrar em contato direto com o gelo. Não lave a parte amputada e não ponha
algodão em nenhuma superfície em carne viva.
Em casos de esmagamento (normalmente encontrados nos acidentes de trânsito,
acidentes de trabalho, desabamentos e colapsos estruturais), se a vítima ficar presa por
qualquer período de tempo, duas complicações muito sérias poderão ocorrer. Primeiro, a
compressão prolongada poderá causar grandes danos nos tecidos (especialmente nos
músculos). Logo que essa pressão deixa de ser exercida, a vítima poderá desenvolver um
estado de choque, à medida que o fluido dos tecidos vá penetrando na área lesada. Em
segundo lugar, as substâncias tóxicas que se acumularam nos músculos são liberadas e
entram na circulação, podendo causar um colapso nos rins (processo grave que poderá
2
ser fatal).
O tratamento merecido por uma vítima com parte do corpo esmagado é o seguinte:
1. Evite puxar a vítima tentando liberá-la. Solicite socorro especializado para proceder o
resgate (emergência fone 193);
2. Controle qualquer sangramento externo;
3. Imobilize qualquer suspeita de fratura;
4. Trate o estado de choque e promova suporte emocional à vítima;
5. Conduza a vítima com urgência para um hospital.
4.8 - Queimaduras
Tipos de Queimadura
a) Queimaduras térmicas: Por calor (fogo, objetos e vapores quentes) e frio (gelo, objetos
congelados);
b) Queimaduras elétricas: causada pela corrente elétrica;
c) Queimaduras químicas: Ácidos, Álcalis (corrosivos), substâncias desconhecidas;
d) Luz e radiação: Luz muito intensa, raios ultravioletas (inclusive luz solar) e materiais
radioativos.
Queimaduras Menores:
São aquelas de 1º e 2º graus que afetam uma pequena área do corpo, sem dano ao
sistema respiratório, a face, as mãos e pés, aos genitais e as nádegas.
2
2. Cobrir o ferimento com um curativo úmido, frouxo e estéril. O curativo não precisa ser
umidificado se a queimadura for superior a 9% da superfície da pele.
3. Retirar anéis, braceletes, cintos de couro, sapatos, etc.
4. Conduzir o paciente e oferecer suporte emocional.
Queimaduras Maiores:
Qualquer queimadura de 3º grau, de 2º grau que cubra toda a área corporal ou áreas
críticas, ou ainda de 1º grau que cubra todo o corpo ou o sistema respiratório.
Exemplos:
Queimaduras complicadas por lesões no sistema respiratório ou por outras lesões do
tipo fraturas.
Queimaduras de 2º ou 3º graus na face, mãos, pés, genitais ou nádegas.
Queimaduras que circundem todo o corpo.
Queimaduras Químicas:
1. Lavar o local queimado com água limpa corrente por no mínimo 15 minutos. Usar EPIs
apropriados.
2. Limpar e remover substâncias químicas da pele do paciente e das roupas antes de
iniciar a lavação.
3. Cobrir com curativo estéril toda a área de lesão.
4. Prevenir o choque e transportar oferecendo suporte emocional.
5. Se possível, conduzir amostra da substância em invólucro plástico.
6. Se a lesão for nos olhos, lavá-los bem (mínimo 15 minutos) com água corrente e depois
cobrir com curativo úmido estéril. Voltar a umedecer o curativo a cada 5 minutos.
Queimaduras Elétricas:
2
Os problemas mais graves produzidos por uma descarga elétrica são: parada
respiratória ou cardiorespiratória, dano no SNC e lesões em órgãos internos.
1. Reconhecer a cena e acionar, se necessário, socorro especializado.
2. Realizar a avaliação inicial e iniciar manobras de ressuscitação, se necessário.
3. Identificar o local das queimaduras, no mínimo dois pontos (um de entrada e um de
saída da fonte de energia).
4. Aplicar curativo estéril sobre as áreas queimadas.
5. Prevenir o choque e conduzir com monitoramento constante e apoio emocional.
2
4.9 - Intoxicações
Sinais e sintomas:
Queimaduras ou manchas ao redor da boca.
Odor inusitado no ambiente, no corpo ou nas vestes do paciente.
Respiração anormal, pulso alterado na freqüência e ritmo.
Sudorese e alteração do diâmetro das pupilas.
Formação excessiva de saliva ou espuma na boca.
Alteração do diâmetro das pupilas (miose ou midríase).
Dor abdominal severa, náuseas, vômito e diarréia podem ocorrer.
Alteração do estado de consciência, incluindo convulsões e até inconsciência.
2
Tratamento Pré-Hospitalar:
1. Acionar o SEM.
2. Manter as VA permeáveis.
3. Pedir orientação ao Centro de Informações Toxicológicas.
4. Diluir a substância tóxica oferecendo 1 ou 2 copos de água (contra indicado na
ingestão de inseticidas ou álcalis fortes pois favorece sua absorção pelo organismo).
5. Caso tiver disponível, oferecer carvão ativado (25g para crianças e 50g para
adultos) .
6. Se o paciente apresentar vômitos, posiciona-lo lateralizado para evitar a aspiração.
7. Recolher em saco plástico toda a substância vomitada.
8. Conduzir lateralizado e recebendo oxigênio suplementar.
Obs. Frente aos venenos em geral, os socorristas ficam limitados e necessitam
antídotos específicos, portanto o transporte do paciente deverá ser feito rapidamente.
São aquelas provocadas por gases ou vapores tóxicos (ex. gases produzidos por
motores a gasolina, solventes, gases industriais, aerosóis, etc.).
Inicie o atendimento somente após certificar-se de que a cena está segura.
Não entre em locais onde a atmosfera é suspeita de estar contaminada sem o EPI
adequado.
Sinais e Sintomas:
Respirações superficiais e rápidas;
Tosse;
Pulso normalmente muito rápido ou muito lento;
Dificuldade visual e irritação nos olhos;
Secreção nas vias aéreas.
Obs. A absorção da substância tóxica por essa via poderá também produzir os
sinais e sintomas descritos nas intoxicações por ingestão.
Tratamento Pré-Hospitalar:
1. Remover o paciente para um local seguro. Se necessário, remover suas as roupas;
2. Acionar o SEM;
3. Manter as VA permeáveis;
4. Avaliar e se necessário, realizar manobras de reanimação (Não fazer respiração
boca a boca, utilizar sempre máscara de proteção);
5. Administrar oxigênio suplementar e transportar na posição semi-sentada.
4.9.3 Intoxicações por Contato:
São causadas por substâncias tóxicas que penetram através da pele e das
mucosas, por meio de absorção/contato.
Algumas vezes estas intoxicações provocam lesões importantes na superfície da
pele, outras, o veneno é absorvido sem dano algum.
2
Sinais e Sintomas:
Reações na pele, que podem variar de irritação leve até o enrijecimento e
queimaduras químicas;
Coceiras (pruridos) e ardência na pele;
Irritação nos olhos;
Dor de cabeça (cefaléia);
Aumento da temperatura da pele;
Choque alérgico.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Remover o paciente para um local seguro, caso houver condições seguras para tal;
2. Acionar o SEM;
3. Remover as roupas e calçados contaminados;
4. Lavar bem a área de contato com água corrente (mínimo de 15 minutos, inclusive os
olhos, se for o caso);
5. Guardar as vestes e adornos em sacos plásticos próprios;
6. Administrar oxigênio suplementar e transportar.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Acionar o SEM;
2. Prevenir o choque anafilático (alérgico);
3. Nas picadas de inseto (com ferrão preso na pele) raspar no sentido contrário para
evitar a injeção do veneno no corpo;
4. Monitorar nível de consciência e sinais vitais ininterruptamente;
5. Estar preparado para iniciar manobras de ressuscitação; e
6. Oferecer oxigênio suplementar e transportar sem demora.
Picadas de Serpentes:
2
Ocorrência bastante comum, principalmente na zona rural, tem sinais e sintomas
que variam bastante de acordo com o gênero do animal (serpente).
Sinais e Sintomas:
Marca dos dentes na pele;
Dor local e inflamação;
Pulso acelerado e respiração dificultosa;
Debilidade física;
Problemas de visão;
Náuseas e vômito;
Hemorragias.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Manter o paciente calmo e imóvel (preferencialmente deitado), removendo-a do
local do acidente;
2. Lavar com água e sabão o local da picada;
3. Retirar anéis, braceletes e outros materiais que restrinjam a circulação na
extremidade afetada;
4. Manter o local da picada elevado;
5. Prevenir o choque;
6. Transportar com monitoramento constante, e caso necessário, realizar manobras de
reanimação.
Somente o soro cura intoxicação provocada por picada de cobra, quando aplicada
de acordo com as seguintes normas:
Soro específico;
Dentro do menor tempo possível;
Em quantidade suficiente.
Não fazer curativo ou qualquer tratamento caseiro; não cortar, nem furar no local da
picada; não dar nada para beber ou comer; não fazer torniquete.
Se for treinado para tal e houver tempo e condições, conduzir o espécime que
provocou a lesão para avaliação e identificação da espécie.
Sinais e Sintomas:
Odor de álcool (verificar se o paciente não é diabético);
Apresenta-se cambaleante;
Má articulação da fala;
2
Visão alterada (dupla);
Náuseas e vômitos;
Expressão facial característica;
Alteração de conduta.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Assegurar-se que se trata isoladamente de um caso de abuso de álcool;
2. Monitorar os sinais vitais do paciente;
3. Proteger os pacientes, sem usar ilegalmente meio restritivos.
4. Transportar para o hospital indicado pelo centro de operações do SEM.
Sinais e Sintomas:
Inquietação e confusão;
Conduta atípica (loucura);
Alucinações (visão de bichos e animais);
Tremor nas mãos;
Delirium tremens.
Tratamento pré-hospitalar:
1. O tratamento pré-hospitalar consiste em proteger o paciente de si mesmo, pois
ele poderá facilmente se auto lesar;
2. Transportar para atendimento médico.
2
c) Analgésicos Narcóticos (derivados do ópio) – o abuso dessas drogas produz intenso
estado de relaxamento. Pertencem ao grupo a morfina, a heroína, o demerol, a metadona
e a meperidina. Podem diminuir a temperatura, a respiração e a pulsação, relaxar
músculos, provocar miose (contração pupilar), adormecimento, etc.
2
Tratamento pré-hospitalar:
1. Acionar o SEM;
2. Induzir o vômito se a droga foi ministrada via oral e nos últimos 30 minutos;
3. Proteger as vítimas hiper-ativas;
4. Conversar para ganhar a confiança do paciente e mantê-lo consciente;
5. Tentar identificar o tipo de droga;
6. Transportar com monitoramento constante;
7. Prevenir o choque.
Atenção!
Uma emergência médica pode produzir um trauma e ficar mascarada pelas lesões.
Ex: Um paciente com AVC perde a consciência, sofre uma queda de nível e sofre lesões.
Um trauma pode produzir uma emergência médica.
Ex: O estresse de um acidente automobilístico poderá produzir um IAM.
2
Sensação de febre (calor);
Mal estar gástrico, náuseas, atividade anormal dos intestinos e da bexiga;
Tontura, sensação de desmaio ou sensação de morte;
Falta de ar, dificuldade para respirar;
Opressão no tórax ou no abdômen;
Sede, sabor estranho na boca.
Sensação de queimação.
Sinais e Sintomas:
Dor ou sensação de opressão no peito (freqüentemente a dor se irradia do peito
para o pescoço e braços e estende-se preferencialmente para o braço esquerdo);
Pode apresentar dores torácicas que melhoram e pioram (intermitentes), por horas
ou dias antes do IAM.
Náuseas;
Respiração rápida;
Sudorese intensa;
Fraqueza;
Agitação, inquietude.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Assegure-se que o SEM seja chamado. Não abandone o paciente, que pode
desenvolver parada cardiopulmonar;
2. Coloque o paciente em repouso (geralmente se sentem mais confortáveis na
posição sentada ou semi-sentada);
3. Administre oxigênio suplementar;
4. Afrouxe roupas apertadas;
5. Promova apoio emocional;
6. Mantenha o calor corporal, mas cuidado para não aquecer em excesso;
7. Monitore os sinais vitais e transportar o paciente na posição semi-sentada.
Sinais e Sintomas:
2
O paciente sente dor no peito, sensação de opressão, que aparece e aumenta com
o esforço físico. A dor pode irradiar-se para a mandíbula e os braços.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Acionar o SEM.
2. Os pacientes conscientes de sua condição, geralmente, tomam medicamentos
(nitroglicerina) para aliviar a dor. O socorrista deve orientar para que tomem a
medicação conforme a prescrição médica.
3. O tratamento pré-hospitalar para estes pacientes é o mesmo do Infarto Agudo do
Miocárdio.
4. A dor poderá aliviar com o repouso (aproximadamente após cerca de 10 min.).
Sinais e Sintomas:
Os sinais são muito variados dependendo da localização e extensão do dano.
De forma geral incluem:
Dor de cabeça – talvez o único sintoma;
Desmaio ou síncope;
Alterações do nível de consciência;
Formigamento ou paralisia, usualmente das
extremidades e/ou da face;
Dificuldade para falar e respirar;
Alteração visual;
Convulsão;
Pupilas desiguais (anisocoria);
Perda do controle urinário ou intestinal;
Hipertensão.
Infelizmente muitos sinais de AVC podem ser vagos ou ignorados pelo paciente.
Como socorrista, você poderá procurar identificar um AVC a partir de alguma das três
técnicas/sinais que seguem:
2
1. Queda facial: Este é o sinal mais evidente se o paciente sorri ou faz careta. Se um dos
lados da face estiver caído ou o rosto não se mexer, pode haver um AVC;
2. Fraqueza no braço: Isto se torna muito evidente se o paciente estender os braços para
frente com os olhos fechados. Se um braço pender para baixo ou se os braços não
puderem se movimentar, isto pode indicar um AVC; e
3. Dificuldades na fala: Isto é mais evidente se o paciente não consegue falar ou se a
fala sai arrastada. Peça ao paciente para dizer uma frase (o rato roeu a roupa do rei de
Roma, por exemplo). Se o paciente não puder repetir a frase com precisão e clareza,
pode ter ocorrido um AVC.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Acionar o SEM;
2. Manter via aérea permeável e estar preparado para ventilar ou realizar manobras de
RCP, se necessário;
3. Administrar oxigênio suplementar;
4. Manter o paciente em repouso;
5. Proteger áreas paralisadas ao mobilizar;
6. Oferecer suporte emocional;
7. Colocar o paciente em posição de recuperação;
8. Não permitir que o paciente superaqueça ou esfrie;
9. Não dar nada por via oral;
10. Monitoramento constante e prevenir o choque;
11. Transportar para o hospital.
4.10.4 Hipertensão Arterial
Sinais e Sintomas:
Dor de cabeça (cefaléia);
Náuseas;
Ansiedade;
Zumbido nos ouvidos;
Escotomas (pontos de luz);
Hemorragia nasal;
Pressão arterial elevada;
Formigamento na face e extremidades.
Tratamento pré-hospitalar:
1. Acionar o SEM;
2. Manter a via aérea permeável;
3. Colocar o paciente na posição sentada ou semi-sentada;
4. Manter o paciente em repouso;
5. Oferecer suporte emocional;
2
6. Tratar a hemorragia, se houver;
7. Orientar para que tome a medicação habitual;
8. Transportar o paciente (posicionar o paciente com a cabeça, pescoço e ombros
ligeiramente elevados e a cabeça lateralizada).
4.10.5 Convulsões
4.10.6 Epilepsia
Convulsões febris:
Ocorrem somente em crianças menores de 6 anos. Normalmente
desencadeadas durante hipertermias (febre alta). É rara entre 2 a 6 meses e não ocorre
abaixo dos 2 meses. É importante lembrar que poderá repetir-se (antecedentes).
O tratamento pré-hospitalar consiste em baixar a temperatura com banhos
mornos ou com a aplicação de panos molhados frios e condução para atendimento
médico pediátrico. Essa situação sempre requer avaliação médica.
Traumatismo Craniano:
Os traumatismos crânio-encefálicos podem produzir convulsões no momento do
trauma ou horas após ao evento por desenvolvimento de hematomas ou edema
2
cerebral. É muito importante uma boa entrevista para averiguar antecedentes de
traumas na cabeça ou quedas.
2
energia, quase exclusiva, a glicose; podendo conduzir ao choque insulínico (coma
hipoglicêmico – baixo nível de açúcar disponível no sangue).
Sinais e sintomas:
Dificuldade respiratória, as respirações são rápidas e profundas.
Pele quente e seca (desidratada).
Pulso rápido e débil.
Hálito cetônico e boca seca.
Diferentes graus de alteração do nível de consciência, até o coma.
Obs. O socorrista deve fazer uma boa entrevista para averiguar se o paciente é diabético,
se está em tratamento, se recebeu insulina e o que ingeriu recentemente.
Tratamento Pré-Hospitalar:
1. Acionar o SEM;
2. Manter o paciente em repouso;
3. Oferecer açúcar (através de sucos adocicados ou refrigerantes) se o paciente estiver
acordado e orientado;
4. Prevenir o choque e ofertar oxigênio suplementar;
5. Transportar para um hospital.
Sinais e sintomas:
Respiração superficial;
Pele pálida e úmida, freqüentemente sudorese fria;
Pulso rápido e forte;
Hálito sem odor característico;
Cefaléia e náuseas;
Sensação de fome exagerada;
Desmaio, convulsões, desorientação ou coma.
Tratamento Pré-Hospitalar:
2
1. Acionar o SEM;
2. Manter o paciente em repouso;
3. Oferecer açúcar (através de cubos de açúcar, mel, sucos adocicados ou refrigerantes)
se o paciente estiver acordado e orientado;
4. Prevenir o choque e ofertar oxigênio suplementar;
5. Manter vias aéreas abertas e estar prevenido para ocorrências de vômito;
6. Transportar o paciente para um hospital.
2
Após o término do tratamento do paciente na cena da emergência, este deverá ser
removido de sua posição inicial para cima de uma prancha rígida a fim de imobilizá-lo e
iniciar o seu transporte. A prancha (maca rígida) deve ser colocada sobre a maca de rodas
(maca articulada) do veículo de transporte. Na chegada ao ambiente hospitalar, o paciente
é transferido para receber tratamento definitivo.
Transporte de bombeiro:
Essa técnica possui a desvantagem de não oferecer suporte para a cabeça e pescoço;
porém, se não houver outro método disponível, permite que uma só pessoa remova o
paciente. Muito usado em ambientes com fumaça (incêndios);
2
paciente de uma cama para uma maca;
Use sempre a regra: Leve a maca até o paciente e não o paciente até a maca!
Anotações:
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2
5. PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO
OBJETIVOS:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
Identificar os sistemas Preventivos de Incêndio
a) Reconhecimento do sistema
b) Inspeção geral do SHP
2
c) Verificar os componentes (Mangueiras, Esguichos, Hidrante de recalque, Parede e RTI).
d) Referências:
NBR 12779: Mangueiras de incêndio. Rio de Janeiro, 1998.
NBR 13206: tubulações. Rio de Janeiro, 1994b.
Inspeção periódica das rotas de fuga bem como nos sistemas instalado nas mesmas,
como, corrimão, pisos, luminárias, barras anti-pânico, portas, dutos, telas.
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c) Inspeção nos sistemas
d) Referências:
Normas de Segurança Contra Incêndio – NSCI, editadas pelo Decreto 4909, de 18
de outubro de 1994;
NBR 9441/98 “Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio”
NBR 11836/92 “Detectores automáticos de fumaça para proteção contra incêndio”
NBR 13848/97 “Acionador manual para utilização em sistemas de detecção e
alarme de
incêndio”
a) Reconhecimento do sistema
b) Inspeção no sistema
c) Referências:
NBR 6135 - Chuveiros automáticos para extinção de incêndio – especificação
NBR 6125 - Chuveiros automáticos para extinção de incêndio - método de ensaio
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incêndio com gás carbônico (CO2) por inundação total para transformadores e
reatores de potência contendo óleo isolante.
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6. AVALIAÇÃO DE RISCOS E PERIGOS DOMÉSTICOS
OBJETIVOS:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
1. Definir Sistema de Comando em incidentes
2. Citar os tipos de Perigos Domésticos
3. Aplicar a Operação Alerta Vermelho na sua comunidade
0s 09 princípios do SCI:
1. Terminologia Comum - linguagem única padronizada para os meios de
comunicação, recursos e instalações;
2. Comunicações Integradas – um mesmo canal e mesma freqüência;
3. Comando Unificado - múltiplas instituições e um só comando;
4. Alcance de controle - 5 a 7 pessoas sob supervisão de um chefe;
5. Plano de ação no incidente - planejamento específico para o incidente com
objetivos, estratégias e táticas;
6. Instalações padronizadas – localização precisa, denominação comum e estar
bem sinalizadas e em locais seguros;
7. Organização modular – permite a expansão ou contração da estrutura
organizacional;
8. Cadeia de Comando – cada pessoa responde e informa somente a uma pessoa
designada dentro do sistema;
9. Manejo integral dos recursos – otimização, controle e contabilidade dos
recursos.
Operacionalização do SCI
Instalar o SCI;
Assumir o Comando;
Designar um Posto de Comando;
Designar uma Área de Reunião e um Controlador;
Reunir informações;
Elaborar Plano Operacional;
Etapas do Plano Operacional;
Elaborar Plano de Desmobilização;
Etapas do Plano de Desmobilização.
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6.2 - Perigos Domésticos
6.2.1 Na Cozinha
Remova todos os materiais sobre ou próximo ao seu fogão que poderia incendiar,
tais como: guardanapos, pano de louça, toalhas de enfeite, cortinas, ou outro material de
decoração, que poderia propagar o fogo, ou alimentar a combustão. Nunca coloque panos
de pratos ou toalhas na tampa do fogão para secar, essa também é causa freqüente de
incêndios.
Para sua maior segurança, coloque dispositivos que detecte vazamentos de gás,
esse material você encontra nas casas do ramo. É prudente que a sua cozinha seja
equipada com um extintor portátil de 4 Kg. Esse equipamento é de fácil uso e muito
eficiente em princípios de incêndios.
A mangueira que canaliza o gás até o fogão não deve passar por trás do forno, pois
o calor do forno pode romper a mangueira e isso estatisticamente tem sido uma das
causas de incêndio doméstico. Não se esqueça: O botijão de gás deve ser instalado no
lado externo da edificação e num lugar bem arejado.
Os cabos das panelas devem estar sempre virados para o lado interno do fogão,
isto evita acidentes com as crianças, pois desperta curiosidade, e até mesmo com os
próprios adultos, que por descuido pode esbarrar nos cabos e virar o conteúdo no corpo.
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Construa uma cabina de proteção em alvenaria ou concreto, em um local ventilado e
de fácil acesso. É importante que fique situado em cota igual ou superior ao nível do
piso onde o mesmo estiver situado e a porta do referido abrigo, deve possuir área para
ventilação;
Nunca instale o botijão próximo a ralos ou grades de escoamento de água. Por ser
mais pesado que o ar, o gás pode se infiltrar em seu interior e explodir se tiver contato
com uma centelha. Nunca deite o botijão para aproveitar até o final, pois assim o gás
passará na forma líquida pela válvula comprometendo sua segurança.
6.2.2 Eletricidade
Remova os fios elétricos expostos na parte inferior da residência, ou aqueles
pregados na parede, sem calhas de proteção. Verifique se há tomadas
sobrecarregadas/danificadas ou fios velhos ou desgastados pelo uso. Esclarecemos que
os metais dos fios onde passa energia elétrica, ao serem freqüentemente dobrados,
especialmente de plug/tomadas, partem-se causando um fenômeno chamado desconexão
parcial, aumentando a resistência e a temperatura seguido de curto-circuito e principio de
incêndio.
As grades de ventilação dos eletrodomésticos (como TV, vídeo e forno de
microondas) nunca devem ser vedadas por panos decorativos, cobertas, etc. Efetue
limpeza interna anual nesses eletrodomésticos em oficinas especializadas, a poeira
acumulada internamente é elemento propagador de incêndio.
Instale o aterramento da instalação elétrica de sua residência evitando desta forma,
choque elétrico, fuga de corrente e princípios de incêndio.
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6.2.3 Emergências químicas
Materiais Perigosos
Inflamável
Qualquer material que possa provocar a ameaça de fogo durante o uso rotineiro é
considerado uma substância inflamável.
As latas do aerossol estão entre os artigos, os mais comuns que podem ser perigosas se
usadas perto de uma fonte de calor ou de uma chama. Devem ser mantidas fora do
alcance das crianças e também devem ser armazenadas distante dos fogões, das
fornalhas e dos calefadores de água quente.
O armazenamento de combustíveis tais como a gasolina, querosene e o álcool, é crítico.
Devem ser mantidos em recipientes projetados especificamente para contê-los, para
impedir que os derramamentos perigosos gerem vapores que poderão inflamarem. O
Corpo de Bombeiros não recomenda o armazenamento dos materiais acima, mas se isso
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for realmente necessário, devem ser armazenados fora das residências em um local que
não permita o acesso de crianças, protegidos do sol e bem ventilados.
Sempre que você usar os produtos inflamáveis ou que possam liberar vapores
inflamáveis, certifique-se de que você está em uma área bem ventilada, com acesso fácil
a uma saída.
Tenha muito cuidado sobre o armazenamento de líquidos inflamáveis, tais como
lustradores e removedores de tintas, algumas ceras para assoalhos e produtos à base de
álcool ou panos usados nas limpezas, os quais ficam com resíduos desses produtos
podendo inclusive provocarem incêndi se forem armazenados inadequadamente.
Nunca coloque roupas ou panos impregnados de líquido ou cera inflamável nas
secadoras de roupa. O aquecimento poderia inflamá-lo.
Explosivo
Corrosivo
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Alguns corrosivos podem liberar vapores prejudiciais, por isso mantenha-os afastado das
vias aéreas e olhos, e não misture - os com outros produtos químicos, pois poderão
reagir e emitir gases venenosos, como a água sanitária (hipoclorito de sódio) que contém
em sua formulação o cloro produz um gás tóxico se posto em contato com a amônia do
amoníaco.
Um corrosivo pode corroer o próprio recipiente, se este não for adequado, por isso nunca
armazene um produto químico corrosivo em outro recipiente senão aquele original.
Alguns plásticos não são apropriados para o armazenamento de diluidores de pintura ou
de outros corrosivos.
Venenoso
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Se você tem curso de Ressucitação Cárdio- pulmonar orientado pelo Corpo de
Bombeiros, acompanhe os sinais vitais, intervindo no caso de parada. Se você não tem o
Curso, faça-o.
Haja com cautela para não se intoxicar com o produto que contaminou a vítima.
6.2.4 No trânsito
- Usar sempre cinto de segurança.
- Não utilizar drogas ou bebidas alcoólicas antes de dirigir.
- Crianças sempre transportadas no banco de trás do veículo, e de preferência em
assento apropriado.
- Pedestre atravessa as vias públicas sempre na faixa de pedestre.
- Crianças somente devem andar com suas bicicletas em áreas seguras. Os
adolescentes só devem pedalar pelas ruas depois que aprendem as regras de
trânsito, mesmo assim deve ter em mente dos riscos que corre e nunca deve
abusar da sorte, pois a maioria de nossas ruas não permite o trânsito de
bicicletas.
6.2.5 No Lazer
- Empinar pipas “sempre” longe de fios elétricos.
- Ao andar de bicicleta, patins ou skate usar sempre capacete e outros
equipamentos de proteção.
- Nunca mergulhar de cabeça em lugar desconhecido.
- Não solte balões. Eles são lindos quando sobem; quando descem, podem espalhar
destruição.
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acabar e causa grandes incêndios.
- Não deixar sacolas plásticas e cordão ao alcance das crianças, pois pode causar
sufocamento.
- Ao utilizar o forno, primeiro acenda o fósforo, depois abra a tampa e em seguida
o gás;
- Verifique se o registro de gás está bem fechado, quando o botijão não está
sendo utilizado;
- Caso sinta o cheiro de gás no ambiente tome cuidado; não risque fósforos e nem
acenda a luz. Abra imediatamente as porta e janelas, para que ventile;
ROTINA DA VISITA:
Apresente-se e explique rapidamente o objetivo da Operação Alerta Vermelho;
Solicite permissão para realizar a vistoria, peça para alguém da casa acompanhá-lo;
Após a vistoria, preencha o questionário da operação Alerta Vermelho (Anexo 1);
Ao término das vistorias, informe os resultados ao oficial responsável.
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10. A fiação apresenta emendas aparentes?