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CAPÍTULO 13
ATUAÇÃO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA,
DESASTRE E NO GRUPO EMBARCADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
13.1 - PROPÓSITO
Apresentar as diretrizes para atuação da Assistência Social da Marinha do Brasil (MB)
em situações de emergência, desastre e estabelecer a atuação no Grupo Embarcado de
Assistência Social (GEAS), como Equipe de Pronto Emprego (EPE), considerando a
intervenção dos profissionais do Sistema de Assistência Social da Marinha (SiASM) na gestão
integral de riscos, de modo a contribuir para a efetividade das ações socioeducativas e
socioassistenciais.
13.2 - APRESENTAÇÃO
Situações de emergência e desastre têm sido cada vez mais frequentes no mundo atual.
As referências bibliográficas, relativas à atuação profissional nessas situações, denotam a
inexistência de consenso nas definições de alguns termos utilizados na gestão integral de
riscos, como acidentes, crises, emergências, desastres, catástrofes e/ou calamidades. De
maneira geral, as definições variam em função da magnitude desses eventos adversos e,
especialmente, do impacto na população atingida e na sociedade, bem como na urgência de
apoio a essas populações. De modo a unificar os conhecimentos, considera-se, neste capítulo,
para emprego da Assistência Social da MB, a emergência como um evento adverso de grande
vulto que excede a capacidade dos atingidos de lidar com a situação, exigindo uma resposta
rápida de apoio; já o desastre, entende-se como o resultado negativo desses eventos, no que se
refere à interrupção no funcionamento da vida de um conjunto de pessoas, bem como a
ocorrência de mortes e/ou significativas perdas materiais e ambientais. Sob este aspecto,
vislumbra-se a atuação da Assistência Social da MB em diferentes situações de emergência,
como no caso de enchentes, alagamentos, deslizamentos de terra, terremotos, acidentes,
incêndios, situações relacionadas à saúde pública e sinistros em Organização Militar (OM),
especialmente as do setor operativo, entre outros. Diante disso, identifica-se a necessidade de
organização institucional para nortear a atuação de profissionais de diversas áreas no que se
refere à gestão integral de riscos, com vistas a minimizar as consequências dessas situações.
Com relação a esse aspecto, é importante destacar a concepção social do desastre,
considerando esse como uma combinação entre riscos, ameaças e vulnerabilidades, bem como
sinalizar que a magnitude da destruição provocada é sempre proporcional à vulnerabilidade
13.3 - OBJETIVOS
13.3.1 - Atuação da Assistência Social em emergência, desastre e Grupo Embarcado de
Assistência Social (GEAS)
O GEAS visa:
a) contribuir para que a atuação da Assistência Social da MB na gestão integral de
riscos seja realizada de forma padronizada, ética, eficiente e eficaz;
b) viabilizar o atendimento das pessoas afetadas por situações de emergência,
desastre, calamidades públicas e demais missões humanitárias e de paz;
c) contribuir para ampliação dos conhecimentos sobre situações de risco eminente; e
d) promover a realização de ações socioeducativas e socioassistenciais em situações
de emergência, desastre e em operações de ajuda humanitária, de Paz, em apoio ao Governo
Federal (calamidades públicas, etc) e em exercícios da Esquadra.
13.4 - PÚBLICO-ALVO
Militares e servidores civis, da ativa e veteranos, pensionistas e seus dependentes.
Destaca-se, também, como público desta atuação, a população civil afetada por uma
situação de emergência e/ou desastre, quando determinado pela Administração Naval.
13.4.1 – Quanto à classificação das vítimas, há que se considerar o abaixo:
a) vítimas de primeiro grau: aquelas que sofrem os impactos diretos das situações de
emergência ou desastre, com perdas materiais e/ou danos físicos;
b) vítimas de segundo grau: familiares e amigos das vítimas de primeiro grau; e
c) vítimas de terceiro grau: integrantes das equipes que prestam atendimento inicial.