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INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) define-se desastre como uma grave
ruptura no funcionamento de uma comunidade ou sociedade, que causa perdas humanas, matérias,
econômicas e ambientais, que excedem a capacidade da comunidade afetada de lidar utilizando
seus próprios recursos. Já na perspectiva médica é uma situação na qual o número de pacientes
que necessitam de assistência médica em tempo e local determinados supera a capacidade dos
provedores de atendimento médico e recursos disponíveis, requerendo assistência adicional, por
vezes extensas.
Essa situação é muitas vezes chamada de evento com vítimas em massa (EMV), é
importante não confundir com incidentes com múltiplas vitimas que consiste em duas ou mais
vítimas, mas que nesse caso podem ser tratadas com recursos da comunidade. No desastre, há
independência do número de vítimas e excede os recursos disponíveis para a resposta médica. O
principio do atendimento médico ao desastre é fazer o melhor possível pelo maior numero de
pacientes com os recursos disponíveis. O objetivo de conhecer e compreender o EMV é reduzir a
morbidade e mortalidade causadas pelo desastre.
1.1-Desastres súbitos ou de evolução aguda: Caracterizados pela rapidez com que evoluem e,
normalmente, pela violência dos fenômenos que os causam.
2.1-Desastres de nível I: São de pequeno porte, com danos facilmente suportáveis e superáveis
pelas próprias comunidades afetadas.
2.2- Desastres de nível II: São de médio porte, com danos e prejuízos que podem ser superados
com recursos da própria comunidade, desde que haja uma mobilização para tal.
2.3- Desastres de nível III: São de grande porte e exigem ações complementares e auxílio externo.
2.4- Desastres de nível IV: São de muito grande porte e nesses casos, os danos e prejuízos não são
superáveis e suportáveis pelas comunidades sem ajuda de fora da área afetada.
3.2-Desastres humanos: caracterizam por serem provocados por ações ou omissões humanas.
3.3- Desastres mistos: caracterizam por ocorrerem quando as ações ou omissões humanas
contribuem para intensificar, complicar e/ou agravar desastres naturais
CICLO DO DESASTRE
A duração de cada fase do ciclo de vida do desastre vai variar de acordo com a frequência
com que incidentes ocorrem em dada comunidade.
b) Fase de pródromo (pré-desastre): Nesse momento um evento foi identificado como inevitável,
durante este período passos específicos podem ser tomados para mitigar os efeitos do evento
subsequente, como ações para fortificar estruturas físicas, iniciar planos de evacuação e mobilizar
recursos na resposta pós-evento.
c)Fase de impacto: Corresponde a ocorrência do evento propriamente dito, durante esse período
pouco pode ser para alterar o resultado do que está acontecendo.
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d)Fase de resgate: É o momento logo após o impacto, durante a qual a resposta ocorre e as
intervenções apropriadas pode salvar vidas.
e) Fase de recuperação: Durante o qual os recursos são requisitados para enfrentar os danos
causados pelo desastre, por meio de esforços combinados em várias áreas.
2. Preparação: Essa etapa envolve identificação, antes do desastre, dos suprimentos, equipamentos
e pessoal, assim como plano de ação específico a ser adotado na ocorrência de um incidente.
3. Resposta: Fase envolve a ativação e implantação dos diversos recursos avaliados na fase de
preparação, com objetivo de administrar um incidente que já aconteceu.
PREPARAÇÃO PESSOAL
Cada socorrista deve se preparar individualmente para enfrentar os diversos problemas que
um desastre pode apresentar. Conhecimentos sobre queda de edificações, incidentes com materiais
perigosos, equipamentos de proteção pessoal e gerenciamento geral de incidentes. Além de
preparar as suas famílias sobre possíveis períodos de distância, já que muitos desastres vão durar
por longos períodos de tempo.
Ademais, preparar a população do que deve ser feito e para onde se deve ir durante tais
eventos desastrosos, além de sempre garantir que os suprimentos adequados estejam disponíveis
em casa para suprir as necessidades das famílias, principalmente dos familiares dos próprios
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socorristas, já que durante o seu trabalho nos desastres, saber que sua família está segura e
confortável aumenta o desempenho deles no combate aos desastres.
É um método criado para permitir que diversos órgãos e instituições similares, de múltiplas
jurisdições trabalhem juntas, eficientemente, usando uma estrutura organizacional para melhor
gerenciar a resposta a um desastre ou a outros grandes incidentes. Esse sistema deve ser ativado
precocemente, já na chegada dos socorristas ao local, antes que o gerenciamento do incidente fuja
do controle. O uso do SCI permite a integração da resposta médica com a resposta geral do
incidente.
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Esse sistema pode ter comando único, coordenado pelo comandante de incidente e o
comandado unificados representados por um conjunto de representantes de diferentes setores em
um plano de trabalho que assegura que todas as ações estão coordenadas. O termo comando único
é usado quando apenas uma pessoa, representando sua organização, assume formalmente o
comando da operação como um todo, sendo o responsável pelo gerenciamento de todas as
atividades relativas à situação crítica. O uso desse modelo ocorre quando apenas uma organização
conduz as ações de resposta ou quando a organização é a principal responsável pela resposta e as
outras organizações atuam apenas apoiando e colaborando com suas ações.
GERAL
Sabe-se que o gerenciamento de desastres é, por natureza, complexo e dinâmico, logo, tal
ferramenta precisa ser concebida a partir de uma visão sistêmica e contingencial, que permita ao
seu usuário um modelo: Adaptável a qualquer tipo de emergência ou situação crítica; Utilizável em
qualquer tamanho de emergência ou situação crítica; Utilizável em qualquer combinação de
organizações e jurisdições; • Simples para novos usuários; De baixo custo; e Adaptável a novas
tecnologias.
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REFERÊNCIAS
1. NAEMT et al. PHTLS American College of Surgeons. 8. ed. Burlington: Jones &
Bartlett, 2017.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de
Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Brasília: Ministério da Saúde, 2a edição, 2016.
3. OLIVEIRA, Marcos de. Manual de gerenciamento de Desastres. Florianópolis:
Editora Atheneu, 2009.
4. BERGERON, J. David et al. Primeiros socorros. 2. ed. São Paulo: Atheneu Editora,
2007. 608p
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