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– 23/12/2020 –

Intervenção na Crise

Publicado por

 WeCareOn
O que é a Intervenção na Crise?

Qualquer acontecimento ou situação stressante poderá ter o potencial para


desencadear uma crise e em muitos casos é necessário realizar
intervenção na crise.

É certo que este acontecimento pode se tratar de um evento com o qual o


indivíduo consegue lidar por isso não é uma crise.

Deste modo, a crise é um período que resulta da não utilização das


ferramentas de coping da pessoa.
Assim, a crise resulta deste desequilíbrio entre o significado que é
atribuído a um determinado acontecimento (e.g., uma perda) e as
estratégias de coping de um indivíduo, família ou comunidade que são
desadequadas para lidar com o que está a acontecer, isto é, acabam por
não permitir ir ao encontro das exigências do acontecimento/situação que
está a ocorrer.

Segundo diversos autores, o termo crise deriva do grego e significa


decisão ou ponto de viragem que pode apresentar, tanto perigo como
oportunidade. Esta definição da palavra, foi utilizada até hoje e forneceu o
quadro para o desenvolvimento da teoria e prática da intervenção na crise.

Se um indivíduo (família ou comunidade) se vê perante uma situação de


crise e é capaz de convocar as suas estratégias de coping, então sairá da
situação de crise em que se encontra e ficará mais apto para ultrapassar
crises futuras.

Assim, a crise só ocorre quando enfrenta determinado problema ou


obstáculo, perante o qual o indivíduo parece não ter uma solução imediata,
o que resulta numa incapacidade (que poderá ser temporária) para lidar
com a situação por meio das ferramentas/estratégias que usualmente
utiliza para solucionar os seus problemas.
A crise é, portanto, despoletada por uma situação/acontecimento que
perturba o indivíduo/família/comunidade e vai requerer novas respostas,
apresentando-se como um desafio, uma vez que exige que haja alterações
súbitas na sua conduta para se poder adaptar ao que está a acontecer.
Três tipos de crises

Falemos, portanto, de três tipos de crises, sendo estas: 1) Crise de


desenvolvimento ou maturacional; 2) Crise situacional; 3) Crise acidental.

A primeira ocorre durante qualquer período transacional ao longo do


desenvolvimento e crescimento normal do ser humano. Quando um
indivíduo passa para um estágio seguinte, este processo de transição
pode gerar algum “desequilíbrio”, pois os indivíduos irão passar por
mudanças, quer a nível cognitivo, emocional e/ou comportamental, que
acompanham o desenvolvimento e são necessárias para essa nova etapa
como acontece, por exemplo, na transição para a adolescência, para a
vida conjunta do casal, para o nascimento de um filho, para a fase da
reforma e etc.

A segunda diz respeito a uma resposta a um evento traumático repentino e


inevitável que afeta amplamente a identidade e os papéis desempenhados
por um indivíduo. São, portanto, acontecimentos inesperados como, por
exemplo, um acidente de carro grave, a perda súbita do emprego, o
falecimento inesperado do cônjuge, o nascimento de um(a) filho(a) com
diagnóstico de doença grave ou crónica, e entre outros que vão afetar de
algum modo a forma como a pessoa se perceciona.

A terceira é referente a um tipo de crise que é pouco comum, imprevisível


e resulta em diversas perdas ou mudanças ambientais drásticas. Esta
crise pode resultar de um acontecimento/evento que é inesperado como,
por exemplo, um incêndio, um desastre natural, uma inundação, uma
guerra, e etc. Esta crise pode causar um elevado stress ou mesmo
sintomas de stress pós-traumático, sendo que difere dos dois tipos de crise
anteriormente referidos, pois não é comum acontecer na vida de todo e
qualquer indivíduo.

De notar que a incapacidade de um indivíduo para lidar com uma situação


de crise pode manifestar-se através dos seguintes sinais: 1) irritabilidade;
2) raiva; 3) ansiedade; 4) apatia; 5) desesperança; 6) negação; 7) reduzida
capacidade de concentração; 8) experiência de luto/perda; 9) tendência a
entrar em conflito com outros; 10) alterações a nível do sono ou apetite;
11) depressão; 12) evitamento de interações sociais; 13) aumento do
consumo de álcool e/ou abuso de outras substâncias.

Que profissionais podem fazer a Intervenção na Crise? Qual a


duração da intervenção?

A intervenção na crise trata-se então de uma forma de terapia breve, que


tem como foco o problema a ser resolvido no momento presente,
centrando-se na solução imediata, sendo o objetivo desta intervenção o da
recuperação do indivíduo que se encontra em situação de crise,
auxiliando-o a retomar um funcionamento o mais ajustado e adaptado
possível, bem como a recuperar um sentido de controlo sobre a sua vida.

Esta intervenção poderá (ou não) envolver diversos profissionais,


nomeadamente, psicólogos, psiquiatras, bombeiros, policiais, equipa
médica de emergência, enfermeiros, médicos e profissionais que prestam
apoio/aconselhamento via telefone.
A intervenção pode variar de 20 minutos a algumas horas. Sendo que a
duração destas irá depender da gravidade da crise e/ou do estado de
saúde mental da pessoa.

Quais os objetivos da Intervenção na Crise?

Alguns autores definiram os objetivos gerais que se pretendem alcançar


quando é feita uma intervenção de crise, sendo estes:

1) Intervir imediatamente, isto é, por definição, as crises são situações que


apresentam certos perigos, por isso mesmo, põem as pessoas em alto
risco de não conseguirem lidar com as estas situações;

2) Estabilizar, ou seja, para melhor ajudar as pessoas ou a comunidade


que se encontram a vivenciar uma situação de crise, é necessário
mobilizar ativamente recursos e redes de apoio para restituir alguma da
sua ordem e rotina prévias. Essa mobilização implica facultar as
ferramentas necessárias para que as vítimas comecem a funcionar de
forma independente e autónoma;

3) Facilitar o entendimento, isto é, outro passo imprescindível é o facilitar a


compreensão sobre o que aconteceu, ou seja, reunir os factos relativos ao
ocorrido, escutar e as pessoas quando quiserem falar sobre os eventos
que ocorreram, e incentivar a expressarem emoções difíceis, auxiliando na
compreensão do impacto do acontecimento/evento em causa;

4) Foco na solução do problema, ou seja, implica ajudar ativamente as


pessoas/comunidade a utilizarem os recursos disponíveis para
conseguirem recuperar o controlo, tal como auxiliá-las na resolução de
problemas que sentem como sendo possível trabalhar, a fim de contribuir
para a sua autonomia;

5) Incentivar à autoconfiança, isto é, resolução ativa dos problemas como


uma forma de trabalhar as consequências provenientes dos
acontecimentos traumáticos.

Conclusão:

Em suma, a intervenção na crise é o ato de facultar atendimento


psicológico de emergência aos indivíduos que assim necessitem.

Apresenta como intuito auxiliar a retornarem a um nível de funcionamento


adaptado e a prevenir o potencial impacto negativo do trauma psicológico
nos mesmos.

As situações de crise não só são frequentes, como ninguém está


salvaguardado de poder vir a passar por tal acontecimento. Poderá causar
diversos problemas tanto para quem vivencia, como para quem
testemunha.

Assim, surge a necessidade de intervenções na crise adequadas às


necessidades dos indivíduos em causa. De modo a auxiliá-los na
superação das sequelas e no desenvolvimento de ferramentas para
poderem vir a lidar melhor com futuras situações adversas.

A situação pandémica trouxe efetivamente uma necessidade acrescida de


respostas ao nível da intervenção na Crise. Neste sentido a equipa da
WeCareOn apresenta uma equipa especializada em intervenção nesta
área

Maria Ferreira– Psicóloga, Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses

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