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ATIVIDADE COMPLEMENTAR AVALIAÇÃO N2 – 2023.

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DISCIPLINA: PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS E DESASTRES
NOME: Nathalia dos Santos Reis
RA: 20191000286
TURMA: 09º Periodo - Noturno

1) Defina a Psicologia das emergências e desastres e o conceito de Gestão Integral de Riscos.

R: A Psicologia das Emergências e Desastres é uma área de estudo que se dedica a compreender e
intervir no impacto psicológico causado por situações de emergência e desastres. Ela busca
compreender como as pessoas lidam com essas situações, os fatores que influenciam sua resiliência e
as estratégias de intervenção que podem ajudá-las a lidar com o impacto.

Já a Gestão Integral de Riscos é um conceito que envolve a identificação, análise e gerenciamento de


riscos em todas as áreas de uma organização ou comunidade, visando minimizar os impactos
negativos de eventos adversos. Essa abordagem envolve a implementação de medidas preventivas, a
preparação para situações de emergência e desastres, a resposta imediata em caso de ocorrência e a
recuperação posterior. A gestão integral de riscos é uma abordagem holística, que envolve não apenas
a gestão dos riscos em si, mas também a promoção da resiliência e da capacidade de adaptação da
organização ou comunidade frente a eventos adversos.

2) Qual a diferença entre Emergência e desastre? Cite e descreva quais são os tipos de
desastres.

R: Emergência é uma situação imprevista que requer ação imediata para evitar perdas ou danos. Por
exemplo, uma enchente ou um incêndio em um edifício são situações de emergência.

Já desastre é um evento que causa grandes danos e prejuízos, afetando uma grande quantidade de
pessoas e/ou o meio ambiente. Um desastre pode ser resultado de uma série de eventos de emergência
que se acumulam e se tornam incontroláveis. Um exemplo de desastre seria um terremoto ou um
tsunami.

Existem vários tipos de desastres, alguns deles são:

1. Desastres naturais: causados por fenômenos naturais como terremotos, furacões, inundações, secas,
entre outros.

2. Desastres tecnológicos: causados por acidentes industriais, vazamentos de produtos químicos,


explosões, entre outros.

3. Desastres sanitários: causados por epidemias, pandemias, contaminação de água ou alimentos, entre
outros.
4. Desastres sociais: causados por conflitos armados, terrorismo, migrações em massa, entre outros.

5. Desastres ambientais: causados por atividades humanas que afetam o meio ambiente, como
poluição, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros.

3) Em uma situação de crise, como a psicologia das emergências pode produzir intervenções?
Quais são as suas principais ações práticas?

R: A psicologia das emergências pode produzir intervenções em situações de crise por meio de
diferentes abordagens, dependendo das necessidades e características da situação. Algumas das
principais ações práticas que podem ser realizadas incluem:

1. Avaliação das necessidades psicológicas: a psicologia das emergências pode avaliar as necessidades
psicológicas da população afetada pela crise, identificando os grupos mais vulneráveis e as
especificidades da situação.

2. Intervenção psicológica: a psicologia das emergências pode oferecer intervenções psicológicas para
ajudar as pessoas a lidar com o impacto emocional da crise, como terapia individual ou em grupo,
intervenções de apoio psicológico, entre outras.

3. Treinamento de equipes de resposta: a psicologia das emergências pode treinar equipes de resposta
para lidar com a dimensão psicológica da crise, preparando-as para prestar apoio psicológico às
vítimas.

4. Desenvolvimento de protocolos de atendimento: a psicologia das emergências pode desenvolver


protocolos de atendimento para orientar as equipes de resposta sobre as melhores práticas para lidar
com a dimensão psicológica da crise.

5. Participação em planos de contingência: a psicologia das emergências pode participar no


desenvolvimento de planos de contingência para situações de crise, contribuindo com as estratégias
para lidar com os impactos psicológicos das emergências.

Essas são algumas das principais ações práticas que a psicologia das emergências pode realizar para
ajudar as pessoas a lidar com o impacto emocional de situações de crise. É importante destacar que
essas intervenções devem ser realizadas em conjunto com outras medidas de apoio à população, como
assistência médica, alimentação, abrigo, entre outras.

4) Qual a importância do psicólogo no contexto de intervenção nas emergências edesastres?

R: O psicólogo desempenha um papel fundamental no contexto de intervenção em emergências e


desastres, pois é responsável por lidar com os impactos psicológicos das situações de crise na
população afetada. Entre as principais razões que destacam a importância do psicólogo nesse
contexto, podemos citar:

1. Identificação das necessidades psicológicas: o psicólogo é capaz de avaliar as necessidades


psicológicas da população afetada pela emergência ou desastre, identificando os grupos mais
vulneráveis e as especificidades da situação. Isso permite que as intervenções sejam mais adequadas e
eficazes.

2. Prevenção de problemas de saúde mental: as emergências e desastres podem levar a graves


problemas de saúde mental, como transtornos de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. Com
a intervenção adequada do psicólogo, é possível prevenir ou minimizar esses problemas.

3. Promoção da resiliência: o psicólogo também pode ajudar a população afetada a desenvolver


resiliência emocional, ou seja, a capacidade de lidar com situações adversas e se recuperar delas. Isso
é importante para reduzir os impactos de longo prazo da crise.

4. Apoio à tomada de decisões: em situações de emergência ou desastre, é comum que as pessoas


estejam sob forte estresse emocional, o que pode dificultar a tomada de decisões. O psicólogo pode
oferecer apoio nesse processo, ajudando as pessoas a lidar com as emoções e a tomar decisões mais
adequadas.

5. Suporte às equipes de resposta: por fim, o psicólogo também pode oferecer suporte às equipes de
resposta, que muitas vezes estão expostas a situações estressantes e traumáticas. O suporte
psicológico é fundamental para manter a saúde mental desses profissionais e garantir que possam
continuar prestando assistência à população afetada.

Esses são apenas alguns dos motivos que destacam a importância do psicólogo no contexto de
intervenção em emergências e desastres. É importante que esses profissionais estejam capacitados
para atuar nesse contexto e que sejam incluídos nos planos de contingência das autoridades
competentes.

5) Caracterize a atuação de profissionais da psicologia em situações de emergências e desastres


e ponte as orientações do Conselho Federal de psicologia para a sua adequada atuação?

R: A atuação dos profissionais da psicologia em situações de emergências e desastres é de extrema


importância para promover a saúde mental e emocional das pessoas afetadas. Esses profissionais
podem atuar em diferentes etapas do processo, desde a prevenção até a recuperação.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP), a atuação dos psicólogos em situações de


emergências e desastres deve seguir algumas orientações, como:

1. Intervir de forma ética e responsável, respeitando os direitos humanos e a privacidade das pessoas
afetadas;

2. Identificar as necessidades psicológicas da população afetada, a partir de uma avaliação sistemática


e criteriosa;

3. Desenvolver estratégias de intervenção adequadas, que considerem as especificidades da situação e


as características dos grupos atendidos;

4. Trabalhar em equipe, em parceria com outros profissionais e instituições envolvidas na resposta à


emergência ou desastre;

5. Promover o autocuidado e a saúde mental dos próprios profissionais envolvidos na intervenção.

Entre as principais atividades que os psicólogos podem desenvolver em situações de emergências e


desastres, podemos citar:

Acolhimento e escuta qualificada das pessoas afetadas;

Apoio emocional e psicológico, incluindo intervenções individuais ou em grupo;


Identificação de grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com necessidades
especiais;

Desenvolvimento de estratégias de prevenção e promoção da resiliência emocional;

Capacitação de profissionais e voluntários envolvidos na resposta à emergência ou desastre;

Avaliação dos impactos psicológicos da crise e monitoramento das necessidades da população


afetada.

Em resumo, a atuação dos psicólogos em situações de emergências e desastres é fundamental para


garantir a saúde mental e emocional das pessoas afetadas. Para isso, é importante seguir as
orientações do CFP e desenvolver estratégias de intervenção adequadas, que considerem as
especificidades da situação e as necessidades dos grupos atendidos.

6) Quanto a intervenção psicológica em situações de emergências, podemos apontar 05


elementos nucleares dos primeiros socorros, quais são eles e o modo como são realizados?

R: Sim, podemos apontar cinco elementos nucleares dos primeiros socorros psicológicos em situações
de emergência:

1. Proteção: o primeiro passo é garantir a segurança das pessoas afetadas, bem como dos profissionais
envolvidos na intervenção. Isso pode ser feito criando um ambiente seguro e protegido, removendo as
pessoas de áreas de risco, identificando e isolando possíveis ameaças, entre outras medidas.

2. Assistência: em seguida, é importante prestar assistência às pessoas afetadas, oferecendo apoio


emocional, escuta qualificada e informações claras e precisas sobre a situação. Isso pode ser feito por
meio de técnicas como a escuta ativa, a empatia, a validação de sentimentos e a orientação para a
resolução de problemas.

3. Conexão: é fundamental estabelecer uma conexão com as pessoas afetadas, criando vínculos de
confiança e empatia. Isso pode ser feito por meio da comunicação efetiva, da demonstração de
interesse e preocupação, da oferta de ajuda e do respeito à privacidade e autonomia das pessoas.

4. Informação: é importante fornecer informações claras e precisas sobre a situação, incluindo aspectos
como os riscos envolvidos, as medidas de proteção e assistência disponíveis, os recursos de apoio e as
perspectivas futuras. Essas informações devem ser transmitidas de forma clara e acessível, adaptadas
ao nível de compreensão e à cultura das pessoas afetadas.

5. Orientação: por fim, é importante oferecer orientação para ações futuras, incluindo recomendações
de cuidados com a saúde mental e física, encaminhamento para serviços especializados, indicação de
fontes de apoio e suporte, entre outras medidas. Essa orientação deve ser personalizada e adaptada às
necessidades individuais das pessoas afetadas.

Esses cinco elementos nucleares dos primeiros socorros psicológicos em situações de emergência são
realizados por meio de técnicas e estratégias específicas, que incluem desde a escuta ativa e a empatia
até a utilização de protocolos de intervenção padronizados. O objetivo é garantir uma intervenção
rápida, efetiva e humanizada, capaz de minimizar os impactos emocionais e psicológicos das pessoas
afetadas pela emergência ou desastre.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
- Camargo, B. V., & Dell'Aglio, D. D. (2010). Psicologia em situações de emergência e desastre:
revisão da literatura nacional e internacional. Estudos de Psicologia (Campinas), 27(3), 317-327.

- Foa, E. B., & Rauch, S. A. (2004). Cognitive changes during prolonged exposure versus prolonged
exposure plus cognitive restructuring in female assault survivors with posttraumatic stress disorder.
Journal of Consulting and Clinical Psychology, 72(5), 879-884.

- Guimarães, L. A. M., & Dell'Aglio, D. D. (2017). Intervenção psicológica em situações de


emergência e desastres: revisão sistemática. Psicologia em Estudo, 22(2), 277-288.

- Ministério da Saúde, Conselho Federal de Psicologia. Nota técnica sobre atuação da psicologia na
gestão integral de riscos e de desastres, relacionadas com a política de proteção e defesa civil. Brasília:
Ministério da Saúde, 2012.

- Conselho Federal de Psicologia. (2015). TEXTO CREPOP: Atuação do psicólogo em situações de


desastres naturais e/ou antropogênicos. Brasília: Conselho Federal de Psicologia.

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