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UP CURSOS 2023

Síndrome de X Frágil

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A Síndrome do X Frágil (SXF) é uma síndrome genética que
acomete, principalmente, meninos. Estima-se que a cada mil
nascimentos de meninos, 1 tenha a síndrome. Apesar de também
atingir meninas, a doença geralmente se manifesta de maneira
mais leve e em uma indecência muito menor. Sua principal
característica é insuficiência intelectual, que varia de pessoa para
pessoa.

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Entre os principais sinais que podem indicar a síndrome estão:

 Deficiência intelectual ou dificuldades no aprendizado;


 Déficit de atenção com ou sem hiperatividade;
 Atraso para começar a caminhar/engatinhar;
 Atraso para começar a falar e ao falar, repete e confunde as
informações;
 Dificuldade em manter o olhar ao falar com alguém;
 Face alongada e mandíbula proeminente;
 Orelhas grandes e em forma de abano;
 Articulações mais flexíveis que o normal (Hiperextensibilidade);
 Mania de morder as mãos (a ponto de causar ferimentos)
 Hábito de agitar as mãos.

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O tratamento é baseado nos sintomas individualmente e, por isso,
exige uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir
medicamentos para ansiedade, comportamentos obsessivo-
compulsivos, antipsicóticos, terapia da fala, terapia de integração
sensorial ocupacional, planos educacionais individualizados e
intervenções comportamentais.

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Conhecida também como síndrome de Martin-Bell, a síndrome do X
Frágil é uma condição genética que causa debilidades intelectuais,
problemas de aprendizado e de comportamento, além de diversas
características físicas peculiares. Ainda que ocorra em ambos os
gêneros, afeta mais frequentemente os meninos e geralmente com
grande severidade. A Síndrome do X Frágil é a forma herdável mais
comum de deficiência intelectual moderado a grave, sendo a síndrome de
down a primeira entre todas as causas, porém a síndrome de Down não é
herdada e sim uma fatalidade na maioria das vezes. A síndrome do X
Frágil é tão comum que requer consideração no diagnóstico diferencial de
deficiência intelectual e está entre as indicações mais frequentes para a
análise de DNA, a consulta genética e diagnóstico pré-natal. Estima-se
que a incidência da síndrome ocorra em 1 em cada 4.000 nascimentos
masculinos e em 1 em 8.000 meninas. O nome “X-frágil” refere-se a um
marcador citogenético no cromossomo X, um sítio frágil no qual a
cromatina não se condensa apropriadamente durante a mitose.

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No caso da espécie humana, o total de cromossomos é de
23 pares, sendo 22 pares de autossomos e um par de
cromossomos sexuais (XX ou XY).

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As anomalias cromossômicas causam variadas disfunções. As que
afetam os autossomos (os 22 pares de cromossomos que são iguais em
homens e mulheres) são mais comuns do que as que afetam os
cromossomos sexuais (X e Y).
As anomalias cromossômicas podem ser classificadas em diversas
categorias, mas, de um modo geral, podem ser consideradas numéricas
ou estruturais.

As anomalias númericas incluem:

 Trissomia (um cromossomo extra)


 Monossomia (um cromossomo ausente)

As anormalidades estruturais incluem:

 Translocações (anomalias nas quais um cromossomo inteiro ou um


segmento de cromossomos se ligam inapropriadamente a outros
cromossomos)
 Deleções e duplicações de várias partes cromossômicas

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Métodos de triagem pré-natal não invasiva (TPNI) estão atualmente
disponíveis. Para TPNI, sequências do DNA fetal livre de células
obtidas de uma amostra de sangue materno são utilizadas para o
rastreamento pré-natal principalmente da trissomia do 21 (síndrome
de Down), trissomia do 13, trissomia do 18 e aneuploidia do
cromossomo sexual. Embora a TPNI tenha boa sensibilidade e
especificidade para algumas anomalias cromossômicas, os resultados
precisam ser confirmados usando um teste diagnóstico. A TPNI foi
utilizada como um teste de triagem para as síndromes de
microdeleção comuns (p. ex., deleção 22q11); entretanto, a
sensibilidade e a especificidade continuam relativamente baixas.

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Síndrome do X frágil (SXF) é uma doença genética caracterizada por
deficiência intelectual ligeira a moderada. O quociente de inteligência
médio nos homens é inferior a 55 e cerca de 2/3 das mulheres
apresentam deficiência intelectual.

Entre as características físicas mais comuns estão orelhas grandes


e salientes, queixo e testa proeminentes, articulações flexíveis e
testículos grandes.

Cerca de um terço das pessoas afetadas apresenta características


de autismo, como dificuldades de interação social e atraso na fala. A
hiperatividade é comum e em cerca de 10% dos casos ocorrem
crises epilépticas.

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É uma síndrome causada pela mutação do gene FMR1 no
cromossoma X, um gene ligado à formação dos dendritos nos
neurônios, uma mutação encontrada em 1 de cada 2000 homens e 1
em cada 4000 mulheres. Normalmente, o gene FMR1 contem entre
6 e 54 repetições do códon CGG (repetições de trinucleotídeos).
Portadores do gene, mas com intelecto normal, possuem entre 55 e
200 repetições. Pessoas com a síndrome do X frágil, o alelo FMR1
tem mais de 200 repetições deste códon CGG. Uma expansão desta
magnitude resulta na metilação dessa porção do DNA, silenciando a
expressão da proteína FMR1. A metilação do locus FMR1 resulta
numa constrição e fragilidade do cromossoma X nesse ponto, um
fenômeno que deu o nome à síndrome (quanto mais largo um gene
mais fácil é rompê-lo).

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Homens XY com a síndrome nao aumentam o número de tripletes
nas próximas gerações e não passa o gene X para seus filhos, mas
suas filhas são sempre portadoras. Mulheres XX, tem metade da
chance de ter sintomas, porém seus óvulos podem aumentar o
número de tripletes CGG para mais de 200 e podem passar o gene
tanto para seus filhos como para suas filhas.

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As características físicas mais proeminentes da síndrome incluem:

 Face mais alongada;


 Testa larga;
 Orelhas grandes e salientes;
 Palatino mais arqueado;
 Pele mais sensível;
 Articulações mais flexíveis;
 Testículos grandes pós-puberdade (macroorquidismo);
 Menos tônus muscular;
 Pés chatos.

Há um maior risco de desenvolver convulsões, tremores e estrabismo

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Comportamentalmente podem observar-se:

 Ansiedade social;
 Evitar contato visual;
 Atraso para aprender a engatinhar, andar e dar volta;
 Atraso em aprender a falar e escrever;
 Dificuldade em se expressar bem;
 Dificuldade em se lembrar;
 Abanar, torcer ou morder as mãos;
 Impulsividade, impaciência e irritabilidade;
 Maior vulnerabilidade a transtornos do humor e transtornos de
ansiedade.

Costumam levar em média 50% mais para aprender


conhecimentos escolares como matemática e linguística. O autismo
ocorre em 5% desses indivíduos, o que já é responsável por cerca de 15
a 60% do espectro autista dependendo dos critérios diagnósticos
usados.
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Quando uma pessoa é diagnosticada com X Frágil, o aconselhamento
genético para esclarecer sobre a síndrome é recomendado. Devido a uma
maior prevalência de transtornos psicológicos os medicamentos mais
utilizados são os psiquiátricos como:

Estimulantes do SNC como ritalina para hiperatividade, impulsividade e


problemas de atenção.
Antidepressivos ISRS ou ISRSN para ansiedade, TOC e perturbações do
humor.
Neurolépticos como risperidona são usados ​para tratar comportamentos
auto-agressivos, agressivo e incomuns;
Estabilizantes de humor são usados para controlar mudanças bruscas de
humor e convulsões.
Medicamentos visando o mGluR5 (receptores de glutamato
metabotrópicos) que estão relacionados com a plasticidade sináptica são
especialmente benéficas para os sintomas-alvo de X frágil. Sal de lítio
também está sendo utilizado em ensaios clínicos com seres humanos,
mostrando melhorias significativas no funcionamento comportamental,
comportamento adaptativo, e memória verbal.
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Entre tratamentos não farmacológicos estão:

Terapia comportamental
Terapia cognitiva
Terapia da fala
Educação especial e
Terapia ocupacional
Psicomotricidade.

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As doenças genéticas determinadas por um único gene (doenças
mendelianas) são as de análise mais fácil e as mais completamente
compreendidas. Se a expressão de um traço requer apenas uma
cópia do gene (um alelo), este traço é considerado dominante. Se a
expressão de um traço requer 2 cópias de um gene (2 alelos), este
traço é considerado recessivo. Uma exceção são as doenças ligadas
ao X. Como os homens geralmente não têm alelos pareados para
contrabalançar a maioria dos alelos no cromossomo X, o alelo do
cromossomo X se expressa em homens mesmo se o traço for
recessivo. Também existem outras exceções, como as doenças
mitocondriais. Os genes mitocondriais tipicamente só são herdados
do óvulo materno. As proteínas ativas na estrutura e função
mitocondrial se originam de genes mitocondriais e também de genes
nucleares.

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Apenas um alelo anormal do gene é necessário para expressar um traço
autossômico dominante, por exemplo, heterozigotos e homozigotos para o
gene anormal são afetados. Um heredograma típico de um traço
autossômico dominante é mostrado na figura Herânça autossômica
dominante.

Em geral, aplicam-se as seguintes regras:

 Um indivíduo afetado tem um dos pais afetado.


 Um pai heterozigoto afetado e um pai não afetado têm, em média, um
número igual de filhos afetados e não afetados; isto é, o risco de
ocorrência para cada filho de um indivíduo afetado é de 50%.
 Uma criança não afetada de um pai afetado não transmite o traço a
seus descendentes.
 Homens e mulheres são igualmente afetados.

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Traços dominantes ligados ao X são transportados no cromossomo X.
A maioria é rara. Em geral, os homens são mais gravemente afetados;
algumas doenças dominantes ligadas ao X costumam ser fatais nos
homens. Mulheres que possuem apenas um alelo anormal são
afetadas, mas em menor intensidade. Um heredograma típico é
mostrado na figura Herança dominante ligada ao X.

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Em geral, aplicam-se as seguintes regras de herança:

Homens afetados transmitem o traço a todas as suas filhas, mas não


a seus filhos.
As mulheres heterozigotas afetadas transmitem o traço à metade de
seus filhos, independente do sexo.
Mulheres afetadas homozigotas transmitem o traço a todos os seus
filhos.
Por conta das mulheres serem possivelmente heterozigotas ou
homozigotas, mais mulheres apresentam traços do que os homens. A
diferença entre os sexos é ainda maior se a doença for letal para
homens.

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Os traços recessivos ligados ao X estão no cromossomo X. Assim
quase todos os indivíduos afetados são homens, devido a maioria das
mulheres ter uma cópia normal do gene envolvido (serem
heterozigotas). Um heredograma típico é mostrado na figura Herança
recessiva ligada ao X.

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Em geral, aplicam-se as seguintes regras de herança:

Quase todos os indivíduos afetados são homens.


Mulheres heterozigotas são, em geral, fenotipicamente normais, mas
como portadoras podem transmitir o traço a metade de seus filhos.
Metade dos filhos de uma mulher portadora são afetados e metade
das filhas são portadoras.
Um homem afetado nunca transmite o traço a seus filhos.
Todas as filhas de homens afetados são portadoras.
Nenhuma filha de mulher portadora apresenta o traço, mas metade é
portadora.

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Autossômico:

Dizemos que os cromossomos são autossômicos quando não são


sexuais, ou seja, todos os cromossomos, exceto o X e o Y. No total,
temos 22 pares de cromossomos autossômicos. Cariótipo: É a
constituição cromossômica de um indivíduo.

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Referências Bibliográficas

Muitos Somos Raros. Síndrome do X Frágil.


Disponível em;
https://muitossomosraros.com.br/doencas-raras/geneticas/erros-inatos-do-metabolismo/sindrome-do-x-fragil/

Redação Minha Vida. Sindrome do X frágil: sintomas, tratamentos e causas.


Disponível em:
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/sindrome-do-x-fragil

Wikipédia, a enciclopédia livre.Cromossomo sexual.


Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomo_sexual

Nina N. Powell-Hamilton , MD, Sidney Kimmel Medical College at Thomas Jefferson University.Visão geral das
anomalias cromossômicas.
Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/pediatria/anomalias-gen%C3%A9ticas-e-
cromoss%C3%B4micas/vis%C3%A3o-geral-das-anomalias-cromoss%C3%B4micas

Wikipédia, a enciclopédia livre.Síndrome do X frágil.


Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_do_X_fr%C3%A1gil

David N. Finegold , MD, University of Pittsburgh. Defeitos de um único gene.


Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/t%C3%B3picos-especiais/princ%C3%ADpios-gerais-da-
gen%C3%A9tica-m%C3%A9dica/defeitos-de-um-%C3%BAnico-gene

Design instrucional e pesquisa em: 30/10/2020


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