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Sistema nervoso: Sistema nervoso

autônomo

Apresentação
O sistema nervoso autônomo é uma das divisões funcionais do sistema nervoso e tem essa
denominação por gerar respostas autônomas, isto é, independentemente da nossa vontade. Ele
envolve respostas como o controle da temperatura e as funções cardiovasculares e respiratórias e
atua através do sistema nervoso simpático e parassimpático.

Nesta unidade de aprendizagem você irá conhecer mais sobre a anatomia do sistema nervoso e
suas ações, sendo capaz de relacionar os nervos e gânglios estão relacionados à inervação de cada
órgão.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar a anatomia dos sistemas nervoso simpático e parassimpático e suas relações com a
medula espinal e os nervos espinais;
• Identificar através de quais gânglios e nervos dos sistemas simpático e parassimpático os
órgãos são inervados;
• Descrever as ações do sistema nervoso autônomo.
Desafio
Você é um profissional da área da saúde e foi convidado a escrever um capítulo de um livro sobre
anatomia clínica. Os capítulos sempre partem de um caso clínico, seguido de algumas perguntas e
revisão anatômica relacionada ao caso relatado. O capítulo é sobre sistema nervoso autônomo e o
caso clínico é o seguinte:

Um jovem de 14 anos é trazido à emergência com dificuldade de respirar; ao ser examinado,


verificou-se dispneia com chiados audíveis. O diagnóstico foi caso agudo de asma e administrou-se
ao paciente albuterol, que provoca alívio imediato dos sintomas de falta de ar e dispneia através da
broncodilatação. As perguntas são as seguintes:

1. O medicamento albuterol age simulando os efeitos de qual sistema, simpático ou


parassimpático?

2. Dependendo da resposta, cite o nome dos gânglios plexos e nervos simpáticos ou


parassimpáticos que inervam os pulmões.

3. O efeito desse medicamento será nos brônquios do paciente. Qual o efeito esperado,
broncoconstrição ou broncodilatação?

4. Os sistemas simpático e parassimpático possuem neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares.


Cite as principais diferenças desses neurônios nos dois sistemas, incluindo os neurotransmissores
liberados por eles.
Infográfico
O sistema nervoso autônomo é o responsável por controlar algumas funções do corpo sem que
haja uma ação consciente da pessoa, ou seja, de forma autônoma. Este sistema responde por
órgãos internos que necessitam de ação constante e coordenada, e é controlado por células
nervosas. Assim que o sistema nervoso autônomo recebe as informações do corpo ou do ambiente,
são disparando ou inibindo processos corporais através do sistema simpático ou parassimpático.

Acompanhe no infográfico a estrutura envolvida no sistema nervoso autônomo através das partes
simpática e parassimpática.
Conteúdo do livro
O sistema nervoso autônomo é parte do nosso sistema nervoso que comanda uma infinidade
funções que fogem ao nosso controle racional e a nossa vontade. É através dele, que a nossa
digestãoé controlada, que a nossa pressão é alterada, que os nossos batimentos cardíacos
diminuem, e que conseguimos agir perante a uma situação de perigo iminente.

No capítulo "Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo", você irá aprender o que de fato é o
sistema nervoso autônomo, de que forma ele é subdividido, como se comunicam os gânglios e
nervos com os órgãos efetores, e quais são as ações do sistema nervoso autônomo simpático e
parassimpático.

Bons estudos!
ANATOMIA GERAL
Sistema nervoso:
sistema nervoso
autônomo
Francine Luciano Rahmeier

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Identificar a anatomia dos sistemas nervoso simpático e parassimpático


e suas relações com a medula espinal e os nervos espinais.
> Identificar através de quais gânglios e nervos dos sistemas simpático e
parassimpático os órgãos são inervados.
> Descrever as ações do sistema nervoso autônomo.

Introdução
O sistema nervoso é a parte do nosso organismo que comanda todas as nossas
funções, inclusive aquelas sobre as quais não temos controle consciente. Seria
impossível um ser humano se manter atento o tempo todo a funções básicas
de respiração, batimentos cardíacos, ajuste de pressão sanguínea e secreção
de glândulas. Por esse motivo, existe uma parte do nosso sistema nervoso,
chamada sistema nervoso autônomo, que é quem domina todas as funções
que independem da nossa vontade, recebendo estímulos do ambiente para
que esse controle seja feito de forma equilibrada para o nosso bem-estar.
2 Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo

Neste capítulo, você vai descobrir como funciona o sistema nervoso autô-
nomo, de que forma ele é distribuído anatomicamente em sistemas nervosos
simpático e parassimpático, como os gânglios e nervos se comunicam com os
órgãos efetores e quais são as ações que estes dois sistemas provocam nos
órgãos-alvo.

Sistemas simpático e parassimpático


O sistema nervoso periférico é basicamente constituído por um sistema ner-
voso somático e um sistema nervoso autônomo. Enquanto o sistema nervoso
somático controla a maior parte das funções voluntárias e conscientes, como
mastigar e movimentar um músculo esquelético, a atuação do sistema nervoso
autônomo independe da nossa vontade e da nossa consciência. É graças ao
sistema nervoso autônomo que não precisamos nos preocupar em controlar
funções cardiorrespiratórias, a pressão sanguínea nem nossa digestão, pois
em condições adequadas esse sistema fará tudo sozinho (MARTINI, 2009;
NOURELDINE, 2019).
O sistema nervoso autônomo é formado por dois sistemas que atuam
simultaneamente, inervando os mesmos órgãos, mas atuando de forma an-
tagônica: o sistema nervoso autônomo simpático (SNAS) e o sistema nervoso
autônomo parassimpático (SNAP). Ambos estão envolvidos com três com-
ponentes básicos para seu funcionamento: os neurônios pré-ganglionares
mielinizados, os gânglios e os neurônios pós-ganglionares não mielinizados.
Contudo, o SNAS e o SNAP apresentam algumas peculiaridades na sua orga-
nização anatômica, que serão examinadas a seguir (TORTORA; DERRICKSON,
2016; NOURELDINE, 2019).
Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo 3

SNAS
O SNAS é uma rede nervosa responsável por movimentos e ações mais esti-
mulantes, que provocam a mobilização de energia, deixando o indivíduo em
estado de alerta e pronto para “luta e fuga”. Esse sistema tem origem nos cor-
nos laterais da substância cinzenta da medula espinal, mais precisamente nos
12 segmentos torácicos (T1 até T12) e nos três primeiros segmentos lombares
(L1 até L3), onde estão situados os corpos celulares dos neurônios pré-gan-
glionares. Por esse motivo, o SNAS é também conhecido como sistema toraco-
lombar, enquanto os axônios dos neurônios pré-ganglionares são chamados
de efluxo toracolombar (TORTORA; DERRICKSON, 2016; NOURELDINE, 2019).
Os axônios pré-sinápticos simpáticos saem da medula através de fibras
dos ramos comunicantes brancos (fibras mielinizadas) até os gânglios pa-
ravertebrais do tronco simpático, que se dispõem numa fileira vertical per-
pendicularmente à coluna vertebral, de ambos os lados, e se estendem da
coluna cervical até o cóccix (MARTINI, 2009; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Ao todo, são cerca de três gânglios cervicais, 11 a 12 torácicos, dois a cinco
lombares e quatro a cinco sacrais, sempre aos pares (saindo de ambos os
lados da coluna), e um último gânglio coccígeno no final do tronco simpático,
onde as extremidades de cada lado se fundem para formar um único gânglio.
Esses gânglios situados na coluna cervical levam o nome de gânglios cervicais
superior, médio e inferior, enquanto o restante dos gânglios não recebe no-
menclatura. Pela proximidade dos gânglios com a coluna vertebral, os axônios
pré-sinápticos que fazem sinapse com a cadeia paravertebral geralmente são
curtos (Figura 1) (MARIEB, 2008; TORTORA; DERRICKSON, 2016).
4 Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo

PARTE SIMPÁTICA Distribuídos especialmente em


(toracolombar) Legenda: músculos lisos de vasos sanguíneos
Neurônios pré-ganglionares destes órgãos:
Neurônios pós-ganglionares

Olho Glândula pineal


Glândula lacrimal
Túnica mucosa do
Encéfalo Glândulas nariz e do palato
sublingual e
Glândula parótida
submandibular

Fibras musculares
Coração atriais
Medula Nós SA e AV
espinal C1 Fibras musculares
Gânglio
cervical ventriculares
C2
superior
C3 Traqueia
Plexo cardíaco
C4 Gânglio
cervical Brônquios
C5
médio
C6
Gânglio Pulmões
C7
cervical
C8 inferior
Plexo
Pele T1 Fígado, vesícula
pulmonar
T2 biliar e ductos
T3 biliares
Nervo
T4 esplâncnico
T5 maior Estômago
Gânglio Colo Baço
T6 celíaco transverso
Pâncreas
T7 Gânglio
Glândula sudorífera
T8 aorticorrenal
Músculo liso do
folículo capilar T9 Nervo
esplâncnico Colo
T10 descendente
Vasos sanguíneos menor Colo
(cada tronco T11 Nervo ascendenteColo
esplâncnico
simpático T12 imo sigmoide
inerva a pele e Gânglio Reto
L1 Glândula
as vísceras) mesentérico suprarrenal
L2 superior
Rim
L3
L4 Gânglio Ureter
L5 renal
S1
Gânglios do Nervo
tronco simpático
S2 esplâncnico Gânglio
lombar mesentérico
(em ambos os lados) S3 inferior
S4
S5 Gânglios
pré-vertebrais
Coccígeos (fusionados)
Bexiga urinária Órgãos genitais Útero
externos
Plexo
hopogástrico

Figura 1. Sistema nervoso simpático e sua organização nervosa e ganglionar, bem como os
órgãos que são inervados por eles.
Fonte: Adaptada de Tortora e Derrickson (2016).

Os neurônios pré-sinápticos, quando atingem a cadeia ganglionar paraver-


tebral, podem se distribuir por três vias (MARTINI, 2009; TORTORA; DERRICKSON,
2016; SPLITTGERBER, 2021):

„ Através de sinapses mediadas por acetilcolina (Ach) no mesmo nível


vertebral que os gânglios paravertebrais (níveis torácico e superior
Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo 5

da lombar) com os neurônios pós-sinápticos, que emitem fibras junto


aos nervos espinais para os sistemas vascular e glandular e alguns
músculos presentes na pele.
„ Através de fibras neuronais que ascendem ou descendem dentro da
cadeia de gânglios paravertebrais, comunicando-se com gânglios na
cervical, lombar inferior, sacral e coccígena, estabelecendo sinapses
com neurônios pós-ganglionares que emitem fibras para os nervos
espinais destes locais.
„ Deixando a medula e penetrando a cadeia ganglionar paravertebral
sem fazer sinapse alguma. Nesse caso, ao atravessar a cadeia para-
vertebral, são formados os nervos esplâncnicos (maior, menor, imo e
lombar) (Figura 1), que seguem até a cadeia de gânglios pré-vertebrais,
também conhecidos como gânglios colaterais, que se localizam próximo
às artérias abdominais. É nos gânglios colaterais, divididos em gânglio
celíaco, mesentérico superior, mesentérico inferior, renal e suprarrenal
(Figura 1), que os nervos pré-sinápticos fazem conexão com os neurô-
nios pós-sinápticos, também através de Ach, que irão enviar os sinais
nervosos para os órgãos efetores envolvidos.

Por fim, os neurônios pré-sinápticos também podem atravessar os gânglios


sem fazer sinapse e se projetar para a medula das glândulas suprarrenais,
estabelecendo conexão com as células cromafins.
A partir dessa organização anatômica, o SNAS consegue se conectar com
diversas partes do corpo humano, emitindo uma série de respostas fisiológicas
em conjunto, para colocar o indivíduo a postos e pronto para desempenhar
alguma atividade intensa e abrupta quando for necessário. Isso se deve à
proporção de fibras pós-sinápticas, em quantidade 10 vezes maior que de
fibras pré-sinápticas, o que torna o SNAS um sistema extremamente eficiente
(MARTINI, 2009; TORTORA; DERRICKSON, 2016; SPLITTGERBER, 2021).

SNAP
O SNAP desempenha um papel mais inibitório, no intuito de preservar energia
e preparar o sistema para “descansar e digerir”. Esse sistema se origina entre
o segundo e o quarto segmentos sacrais (entre S2 e S4) da substância cinzenta
da medula espinal, formando os nervos esplâncnicos pélvicos, e também nos
núcleos de quatro nervos cranianos: núcleo de Edinger-Westphal do nervo
craniano oculomotor (N III na Figura 2); núcleo salivatório superior do nervo
facial (N VII na Figura 2); núcleo salivatório inferior do nervo glossofaríngeo
6 Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo

(N IX na Figura 2) e núcleo posterior do nervo vago (N X na Figura 2) (que dá


origem à 75% dos neurônios parassimpáticos), todos localizados no tronco
encefálico. São nesses locais que são encontrados os corpos dos neurônios
pré-ganglionares do SNAP, também conhecido como sistema craniosacral,
enquanto os axônios dos neurônios pré-ganglionares são chamados de efluxo
craniosacral (SILVERTHORN, 2017; MARIEB, 2008; NOURELDINE, 2019).

Gânglio pterigopalatino

N III Gândula
lacrimal
Olho

PONTE Gânglio ciliar


N VII
Glândulas
Gânglio salivares
submandibular
N IX

Gânglio ótico

N X (vago) Coração

Pulmões

Plexos viscerais Fígado e


vesícula
biliar
Estômago

Baço

Pâncreas

Intestino
grosso
Nervos Intestino
pélvicos delgado
Reto

Medula Rim
espinal

LEGENDA Útero Ovário Pênis Escroto Bexiga urinária


Neurônios pré-ganglionares
Neurônios ganglionares

Figura 2. Sistema nervoso parassimpático e sua organização nervosa e ganglionar, bem como
os órgãos que são inervados por eles.
Fonte: Adaptada de Martini (2009).
Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo 7

Os neurônios pré-ganglionares fazem sinapse com os neurônios pós-gan-


glionares presentes nos gânglios terminais que se localizam nos arredores
ou dentro dos órgãos efetores (intramurais). Por esse motivo, as fibras dos
neurônios pré-ganglionares do sistema parassimpático são muito mais longas
que as do sistema simpático. É interessante também ressaltar que a proporção
de neurônios pré e pós-sinápticos é de 1:3, consideravelmente menor que no
sistema simpático.
Os gânglios do sistema parassimpático são divididos em ciliar, pterigo-
palatino, submandibular e ótico, levando as sinapses nervosas à cabeça e
ao pescoço. Os gânglios que fazem conexão com as demais partes do corpo
estão muitas vezes dispostos dentro do próprio órgão, nos gânglios terminais,
ou também chamados de intramurais (MARTINI, 2009; TORTORA; DERRICKSON,
2016; SPLITTGERBER, 2021).
Outra estrutura bastante importante presente no sistema nervoso au-
tônomo são os plexos, que reúnem as diversas fibras nervosas simpáticas,
parassimpáticas, sensórias e também os gânglios que fazem conexão com
as mesmas estruturas, situando-se sempre próximos às grandes artérias.
Os principais plexos presentes no tórax são o plexo cardíaco (coração) e o
plexo pulmonar (pulmões). Já no abdome, encontramos o plexo celíaco (estô-
mago, baço, pâncreas, fígado, vesícula, rins, testículos, ovários e medula da
suprarrenal), mesentérico superior (intestino delgado e grosso), mesentérico
inferior (intestino grosso), hipogástrico (bexiga, genitais externos, útero)
e renal (artérias renais e ureteres) (MARIEB, 2008; Silversthorn, 2017; TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
Além do SNAS e do SNAP, podemos considerar uma terceira subdivisão
do sistema nervoso autônomo, inervado por fibras simpáticas e parassim-
páticas, conhecido como sistema nervoso entérico (também chamado de
sistema nervoso intrínseco gastrointestinal). É esse sistema que controla
especialmente o peristaltismo (regulado pelo plexo mioentérico) e a secreção
de glândulas (controlada pelo plexo submucoso) dos órgãos que compõem o
trato gastrointestinal, do esôfago até o canal anal. O sistema nervoso entérico
conta com a presença de células da neuroglia e é inervado pelo nervo vago
e segmentos espinais entre T5 e T12.
O comando efetivo do sistema nervoso autônomo é sempre feito pela
condução sináptica dos axônios eferentes, que saem do hipotálamo em direção
aos órgãos, estabelecendo conexões entre neurônios pré e pós-ganglionares,
passando pelos gânglios. Entretanto, esse sistema também percorre trajetos
aferentes, que não são subdivididos e fazem conexão direta dos órgãos de
8 Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo

volta para o sistema nervoso central, enviando sinais sensoriais e relativos


à dor visceral (SPLITTGERBER, 2021; NOURELDINE, 2019; MARIEB, 2008).

Você sabe por que quando comemos demais sentimos dores no


peito ou quando alguém tem uma isquemia do miocárdio sente do-
res no braço esquerdo e até na garganta? Isso ocorre porque algumas fibras
nervosas aferentes oriundas das vísceras penetram um segmento espinal onde
também se encontra um dermátomo. Dessa forma, um estímulo doloroso nas
vísceras também pode afetar esse dermátomo, causando dores em áreas que
são inervadas por ele. Assim, a percepção da dor muitas vezes é relacionada
equivocadamente com uma região somática, quando na verdade ela está vindo
de algum órgão interno (MARIEB, 2008; NOURELDINE, 2019).

Nervos e gânglios do SNAS e do SNAP e a


relação com órgãos efetores
Por definição, os nervos são conjuntos de axônios de neurônios. Já os gânglios
são estruturas formadas por um emaranhado de células nervosas envol-
tas numa cápsula de tecido conjuntivo, em que as fibras pré-ganglionares
adentram, as fibras pós-ganglionares se originam em seu interior e as fibras
nervosas apenas cruzam sem estabelecer sinapse alguma.
Dessa forma, os gânglios são peças fundamentais no mecanismo de cone-
xão e transmissão sináptica pré-ganglionar e pós-ganglionar, já que os sinais
nervosos são conduzidos através desse sistema para os órgãos efetores,
o que, dependendo do tipo de inervação, irá desencadear ações específicas
(SILVERTHORN, 2017; SPLITTGERBER, 2021).

Gânglios e nervos do SNAS


Os gânglios do SNAS recebem referências de axônios mielinizados pré-gan-
glionares, que emergem do hipotálamo, e fazem sinapses com neurônios
pós-sinápticos não mielinizados (neurônios colinérgicos) através da Ach, que se
liga aos receptores muscarínicos e nicotínicos, sendo em seguida hidrolisada
pela acetilcolinesterase na fenda sináptica. Por sua vez, os neurônios pós-
-ganglionares (neurônios adrenérgicos) levam seus axônios até os receptores
alfa e beta-adrenérgicos nos órgãos efetores, estabelecendo sinapses através
do neurotransmissor norepinefrina, com exceção das glândulas sudoríparas,
Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo 9

que possuem receptores colinérgicos (Figura 3) (NOURELDINE, 2019; SPLITT-


GERBER, 2021; MARIEB, 2008; SILVERTHORN, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2016).

Acetilcolina Noradrenalina

Músculo
liso (p.
Gânglio ex., no
Divisão
intestino)
simpática Acetilcolina Adrenalina e
Sistema noradrenalina
nervoso Vaso Glândulas
autônomo sanguíneo
Medula adrenal
Acetilcolina Músculo
Divisão cardíaco
parassimpática
Gânglio

Legenda:

Axônios pré- Axônios pós- Mielinização Axônios pré- Axônios pós-


ganglionares ganglionares ganglionares ganglionares
(simpáticos) (simpáticos) (parassimpáticos) (parassimpáticos)

Figura 3. Exemplificação das fibras nervosas dos sistemas simpático e parassimpático quanto
a suas estruturas, características e neurotransmissores envolvidos.
Fonte: Adaptada de Marieb (2008).

As fibras nervosas que deixam os segmentos vertebrais a partir dos gân-


glios paravertebrais entre T1-T4 terminam seus trajetos na cabeça (passando
pelo gânglio cervical superior), pescoço e tórax (traqueia, brônquios e pul-
mões). As fibras que saem dos segmentos entre T5-T12 terminam nos órgãos
abdominais (nervos esplâncnicos), enquanto as fibras que partem entre T10
e L-3 inervam os órgãos pélvicos e também os abdominais (MARTINI, 2009;
NOURELDINE, 2019).
Por sua vez, nas fibras que irrigam a pele cada gânglio que recebe eferên-
cias, assim como os nervos, envia fibras para órgãos específicos (TORTORA;
DERRICKSON, 2016; MARTINI, 2009):

„ Gânglio cervical superior: recebe eferências dos nervos periarteriais


cefálicos e envia axônios efetores para os músculos lisos dos olhos,
glândulas sudoríferas, lacrimais, salivares e pineal, vasos sanguíneos
que irrigam o rosto, túnica mucosa nasal e coração (nós sinoatriais e
atrioventriculares, musculatura ventricular e atrial).
„ Gânglio cervical médio e inferior: emite eferências para o coração e
vasos sanguíneos dos membros superiores, ombros e pescoço, também
sob a influência dos nervos periarteriais cefálicos.
10 Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo

„ Gânglio celíaco: recebe o nervo esplâncnico maior e emite fibras pós-


-ganglionares para os pulmões, fígado, vesícula e ductos biliares,
estômago, baço e pâncreas.
„ Gânglio aorticorrenal: recebe fibras do nervo esplâncnico menor e
leva axônios para os rins e ureteres.
„ Gânglio mesentérico superior: recebe eferências nervosas que inervam
o intestino delgado e o colo.
„ Gânglio mesentérico inferior: inervado pelo nervo esplâncnico lombar,
este gânglio envia fibras nervosas para a porção distal do colo intestinal
e reto, e algumas fibras ainda inervam os rins, a bexiga e órgãos genitais.
„ Gânglio renal: envia axônios para as arteríolas e ureteres através da
inervação pré-sináptica pelo nervo esplâncnico imo (quando presente).
„ Nervos esplâncnicos para a medula suprarrenal: passam direto pelo
tronco simpático e pelo gânglio celíaco, estabelecendo conexão direta
com a medula da glândula suprarrenal, especificamente nas células
cromafins, que se assemelham a neurônios pós-ganglionares simpáticos
e liberam hormônios para a corrente sanguínea.

Por fim, algumas fibras pós-ganglionares dos segmentos lombar e sacral


passam pelo plexo hipogástrico para fazer conexão com órgão genitais ex-
ternos, útero e bexiga (TORTORA; DERRICKSON, 2016; MARTINI, 2009; SPLIT-
TGERBER, 2021).

Gânglios e nervos do SNAP


Assim como no SNAS, as fibras pré-ganglionares que se direcionam para os
gânglios do sistema parassimpático fazem a transmissão sináptica mediada
pela Ach (Figura 3). Porém, no SNAP a Ach também é utilizada pelos neurônios
na membrana pós-sináptica, que interagem com os receptores nicotínicos
e muscarínicos. Os receptores muscarínicos causam excitação neuronal ou
muscular pela abertura dos canais iônicos da membrana plasmática, enquanto
os receptores muscarínicos provocam ativação ou inativação de enzimas, com
um efeito mais prolongado.
Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo 11

Os gânglios e nervos que estão envolvidos no SNAP são (MARTINI, 2009,


SILVERTHORN, 2017; NOURELDINE, 2019):

„ Gânglio ciliar: recebe as fibras do nervo oculomotor, que processa as


sinapses em seu interior e envia os sinais nervosos para o músculo
ciliar e o esfíncter da pupila ocular.
„ Gânglio pterigopalatino: recebe as fibras pré-ganglionares do nervo
facial e envia sinapses para a mucosa da cavidade nasal e para as
glândulas lacrimais.
„ Gânglio submandibular: recebe também eferências do nervo facial
e projeta axônios pós-ganglionares para as glândulas sublingual e
submandiular.
„ Gânglio ótico: recebe fibras nervosas do nervo glossofaríngeo e envia as
sinapses pelas fibras pós-ganglionares para atuar na glândula parótida.
„ Gânglios intramurais: na porção torácica e abdominal, os gânglios
intramurais recebem eferências do nervo vago. Estes gânglios estão
presentes em vários órgãos nesses locais, como coração, pulmões,
vesícula biliar, estômago, intestinos, pâncreas e baço. Já na porção
pélvica, estes gânglios recebem as fibras pré-ganglionares dos nervos
pélvicos, e a inervação é feita na bexiga, intestino grosso, genitália
externa e útero.

Pode-se perceber que os sistemas simpático e parassimpático apresentam


diferenças entre si, mas ambos são muito importantes para a nossa sobre-
vivência. A seguir, o Quadro 1 resume as principais diferenças entre ambos.

Quadro 1. Características diferenciais entre os sistemas nervosos simpático


e parassimpático

Sistema
Sistema simpático
parassimpático

Função Resposta de “luta ou Resposta de “descansar


fuga” e digerir”

Origem/localização Toracolombar: Craniossacral: N


segmentos espinais III, N VII, N IX e N X;
T1-L3 segmentos espinais
S2-S4
(Continua)
12 Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo

(Continuação)

Sistema
Sistema simpático
parassimpático

Localização dos Mais próximos ao Mais próximos aos


gânglios sistema nervoso central órgãos efetores

Fibras pré-ganglionares Mielinizadas e curtas Mielinizadas e longas

Fibras pós-ganglionares Não mielinizadas e Não mielinizadas e


longas curtas

Neurotransmissor Acetilcolina Acetilcolina


pré-ganglionar

Neurotransmissor Noradrenalina (maioria) Acetilcolina


pós-ganglionar

Fonte: Adaptada de Noureldine (2019).

Quais são as ações esperadas do sistema


nervoso autônomo?
Grande parte daquilo que foge ao nosso controle racional é de responsabi-
lidade do sistema nervoso autônomo. Na maior parte do tempo, muitas das
ações desse sistema sobre o nosso corpo não são percebidas, como quando
nossa pressão se autorregula ou quando os nossos olhos se acomodam melhor
para enxergar mais de perto. Apesar disso, este não deve ser considerado um
sistema isolado e independente, pois atua em diversas situações juntamente
com o sistema nervoso somático, como na expressão de emoções, e junto a
algumas funções como a micção, em que podemos ter controle consciente.
Em associação com o sistema endócrino, o sistema nervoso autônomo
ajuda a regular a homeostase, e ambos estão integrados dentro do hipo-
tálamo. Suas duas subdivisões, o SNAS e o SNAP, fazem dupla inervação na
maioria dos órgãos, mas agindo de formas antagonistas. Enquanto o SNAS
prepara o organismo para a ação e o movimento em situações de emergên-
cia, exercício intenso, medo, raiva, fuga e combate, o SNAP desempenha um
papel fundamental para a economia e armazenamento de energia, para que
o organismo possa digerir os alimentos e absorver nutrientes (MARIEB, 2008;
SILVERTHORN, 2017; SPLITTGERBER, 2021).
Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo 13

A ação antagonista dos sistemas simpático e parassimpático im-


plica que, naqueles órgãos em que eles fazem dupla inervação, cada
sistema agirá de forma apenas diferente, e outras vezes tendo ações opostas.
Sobre o coração, por exemplo, o sistema simpático age aumentando a frequência
cardíaca, enquanto o parassimpático atua diminuindo esta frequência. Enquanto
o simpático atua sobre os vasos sanguíneos causando vasoconstrição e aumento
da pressão sanguínea, o parassimpático provoca o oposto, estimulando vaso-
dilatação e redução da pressão sanguínea. Há algumas exceções em que uma
ação é ativada somente por estímulos simpáticos, como os músculos eretores
dos pelos, que fazem com que a gente se arrepie frente a uma situação de medo
(SILVERTHORN, 2017; SPLITTGERBER, 2021).

Sendo assim, vamos conhecer nas próximas subseções quais são as prin-
cipais ações que cada um desses sistemas provoca no nosso corpo.

Sistema simpático
Mediante estímulo do sistema ativador reticular ascendente, a ativação sim-
pática provoca elevação do estado de alerta, sentimentos de ansiedade,
energia e euforia, diminuição da sensibilidade a estímulos dolorosos e re-
dução da percepção de perigo. Sobre os órgãos, esse sistema desencadeia
(MARIEB, 2008; MARTINI, 2009; TORTORA; DERRICKSON, 2016; NOURELDINE,
2019; SPLITTGERBER, 2021):

„ vasos sanguíneos — vasoconstrição;


„ olhos — dilatação das pupilas (midríase);
„ glândulas lacrimais e salivares — diminuição na produção e secreção;
„ coração — aumento da frequência e dos batimentos cardíacos;
„ pulmões — broncodilatação, redução das secreções;
„ órgãos genitais — perda da ereção peniana e da ejaculação;
„ útero— contração uterina;
„ pele — arrepios, vasoconstrição, sudorese;
„ sistema digestório — redução do peristaltismo, da vasoconstrição e
da contração do esfíncter anal;
„ produção de energia mediante liberação e conversão de glicogênio
em glicose;
14 Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo

„ suprarrenal — liberação de adrenalina (epinefrina), noradrenalina (no-


repinefrina) e dopamina na corrente sanguínea, substâncias que iniciam
a cascata de eventos de ativação do sistema simpático.

Sistema parassimpático
A ativação do sistema parassimpático, que contém todos os neurônios colinér-
gicos, provoca uma série de eventos que irão reduzir a atividade motora e o
estado de alerta do indivíduo, a fim de que ele comece a produzir mais ener-
gia, para repor tudo aquilo que é gasto. Para isso, o sistema parassimpático
ativa um modo de repouso para que a absorção de nutrientes e a digestão
sejam feitas adequadamente. Os principais efeitos desse sistema incluem
(MARIEB, 2008; MARTINI, 2009; SILVERTHORN, 2017; TORTORA; DERRICKSON,
2016; NOURELDINE, 2019; SPLITTGERBER, 2021; MARTINI, 2009):

„ vasos sanguíneos — vasodilatação;


„ olhos — constrição das pupilas (miose), alteração do formato da lente
ocular durante a acomodação para focar melhor;
„ coração — redução da frequência e dos batimentos cardíacos;
„ pulmões — broncoconstrição e aumento de secreções pulmonares;
„ bexiga — relaxamento dos músculos da bexiga e esfíncter da uretra
para a micção;
„ órgãos genitais — ereção peniana, estimulação clitoriana, impulso
sexual;
„ útero — relaxamento uterino;
„ intestino — estimulação para a defecação;
„ sistema digestório — aumento da atividade dos músculos lisos, secreção
de enzimas digestivas pelas glândulas salivares, gástricas, duodenais,
pancreática, hepáticas e intestinais e secreção de hormônios essenciais
para a absorção de nutrientes.

Como pudemos ver, o sistema nervoso autônomo apresenta subdivisões


muito bem estruturadas com os sistemas simpático e parassimpático, que,
apesar de possuírem funções antagonistas, precisam sempre agir em conjunto
para manter o bom funcionamento do nosso organismo e das nossas funções
vitais. São esses dois sistemas que nos colocam em posição de alerta para
salvar a nossa vida frente a uma situação de perigo e que depois nos fazem
descansar e repousar para economizar energia e absorver nutrientes, o que
também é crucial para a nossa sobrevivência. Com conexões perfeitas entre
Sistema nervoso: sistema nervoso autônomo 15

neurônios, nervos, gânglios e neurotransmissores, esses dois sistemas agem


sobre o nosso organismo mantendo a homeostasia ideal para que levemos
a nossa vida com muito mais qualidade.

Referências
MARIEB, E. N. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
MARTINI, F. H. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
NOURELDINE, M. Neuroanatomia básica e clínica: um guia clínico. São Paulo: Grupo
GEN, 2019.
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2017.
SPLITTGERBER, R. Snell neuroanatomia clínica. 8. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2021.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 16. ed. São Paulo:
Grupo GEN, 2016.

Leitura recomendada
SILVERTHORN, D. U. Divisão eferente do sistema nervoso: controle motor e somático. In:
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2017. p. 358-371.
Dica do professor
O sistema nervoso simpático é responsável por ações involuntárias dos organismos como os
batimentos cardíacos, motilidade intestinal, constrição de vasos, dentre outros. Em situações de
estresse, há uma ativação intensa do sistema nervoso simpático, causando por exemplo, aumento
da frequência cardíaca. No contraponto está o sistema nervoso parassimpático, que após uma
situação de estresse, acalma o organismo, como por exemplo, diminuindo frequência cardíaca.

No vídeo da Dica do Professor, explica a organização dos dois sistemas que fazem parte do sistema
nervoso autônomo: o simpático e o parassimpático.

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Exercícios

1) Indique a alternativa que tem relação somente com o sistema nervoso simpático:

A) Possui neurônios pré-ganglionares no tronco encefálico.

B) Todas as fibras liberam acetilcolina nas junções neuroefetuadoras.

C) Possui neurônios pré-ganglionares na coluna lateral dos segmentos espinais T1-L3.

D) Efetua respostas de repouso e digestão.

E) É também denominado craniossacral.

2) A maioria dos órgãos ou estruturas do corpo sofrem inervação tanto do sistema nervoso
simpático quanto do parassimpático. Indique a alternativa que contém uma estrutura que
sofre inervação simpática, mas não parassimpática.

A) Pulmões.

B) Rins.

C) Bexiga.

D) Glândulas sudoríparas.

E) Glândulas salivares.

3) A imagem abaixo representa os plexos viscerais da cavidade torácica e da cavidade


abdominopélvica.
Sobre a imagem acima, qual a estrutura está sendo indicada pela letra A?

A) Plexo esofágico.

B) Plexo cardíaco.

C) Plexo pulmonar.

D) Gânglio mesentérico superior.

E) Plexo mesentérico inferior.

4) Os sistemas nervosos simpático e parassimpático agem através de determinados gânglios,


plexos e nervos. Indique a alternativa relacionada ao sistema nervoso parassimpático.

A) Gânglios colaterais.

B) Coluna lateral dos segmentos espinais T1 a L2.

C) Medula suprarrenal.

D) Gânglios coccígeos.

E) Gânglios intramurais e gânglio óptico.


5) Enquanto fígado, estômago, pâncreas, baço e intestino delgado são inervados pelo sistema
simpático através do gânglio celíaco e do gânglio mesentérico superior, os mesmos órgãos
são inervados pelo sistema parassimpático através de qual estrutura?

A) Nervo trigêmio.

B) Gânglio mesentérico inferior.

C) Nervo esplâncnico maior.

D) Gânglio celíaco.

E) Nervo vago.
Na prática

Tente lembrar-se das reações que você tem quando leva um susto.

Se você lembrou que ficou pálido e o coração disparou, você está certo. Quando algo nos ameaça, a
forma como o sistema nervoso responde é acionando o sistema nervoso simpático, que irá preparar
o corpo para lutar ou fugir da ameaça.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:

Com esse vídeo, Sistema Nervoso: divisão anatômica, você


poderá aprender um pouco mais sobre a divisão do sistema
nervoso onde são utilizados modelos sintéticos em laboratório.

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O que é o sistema nervoso simpático e o parassimpático?


Apresentação: Venha entender o que é o sistema nervoso simpático e o parassimpático de uma
forma divertida e animada, com exemplos práticos, porém as vezes, não muito reais.

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Músculo Cardíaco e Músculo Esquelético Conectados pelo


Sistema Nervoso Autônomo
Venha ler este breve editorial que aborda um pouco sobre o Músculo Cardíaco e Músculo
Esquelético Conectados pelo Sistema Nervoso Autônomo. Referência: Araujo CG, Laukkanen JÁ.
Músculo Cardíaco e Músculo Esquelético Conectados pelo Sistema Nervoso Autônomo. Arq. Bras.
Cardiol. 2019: 112 (6). DOI:
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