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Ele
É
Meu
Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas
ou mortas é mera coincidência.
ÍNDICE
MENSAGEM
Prólogo
Um
Dois
Três
Quatro
Cinco
Seis
Sete
Oito
Nove
Dez
Onze
Doze
Treze
Quatorze
Quinze
Dezesseis
Dezessete
Dezoito
Dezenove
Vinte
Vinte e um
Vinte e dois
Vinte e três
Vinte e quatro
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PRÓXIMO CONTO
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MENSAGEM
Vencerás
Não desanimes.
Persiste mais um tanto.
Não cultives pessimismo.
Centraliza-te no bem a fazer.
Esquece as sugestões do medo destrutivo.
Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros.
(Emmanuel)
Prólogo
***
Meu pai diz que a minha teimosia vem de berço, pois quase
não nasci.
Fui criada pelo amor do meu pai e dos meus irmãos. Nunca
senti falta da presença feminina. Sim, eu posso dizer isso, pois meu
pai fez perfeitamente bem o papel de mãe, e os meus irmãos foram
o complemento.
Desde cedo, meu pai ensinou a mim e aos meus irmãos como
uma mulher deve ser tratada e cuidada. Dizia que homem que é
homem, deve em primeiro lugar respeitar, cuidar, mimar e amar uma
mulher. Hoje, os meus irmãos são disputados à tapas pela
mulherada da minha cidade, todas querem levar para o altar um
Lafaiete. E, com isso, cresci sabendo como é um verdadeiro
homem.
Quando conheci Cadu, só tinha dez anos de idade, e assim
que coloquei os meus olhinhos inocentes de criança nele, encantei-
me. Ele tinha 20 anos, já era um homem, já fazia faculdade, e nem
imaginava que um dia ficaria louco de paixão por mim... Bem, eu o
ajudei nessa parte.
Aquele beijo marcou minha vida, e foi a partir daí que eu tive a
certeza... Um dia ele seria meu.
Sou uma mulher. Uma mulher que não desistiu do que é seu,
uma mulher determinada e bem resolvida, e é o que diz a imagem
refletida no grande espelho a minha frente... Olhos de felicidade,
pele macia, cabelos sedosos... Em meu corpo está um espartilho
branco todo em renda, cinta-liga, meias sete oitavos brancas,
rendadas nas extremidades. Ao meu lado, está o meu vestido
branco brilhante, pendurado em um cabide, o véu esparramado à
cama, e uma linda grinalda de flores brancas. Não pensem vocês
que foi fácil chegar à data de hoje. Meu futuro marido deu-me muito
trabalho, pois nem ele sabia o quanto um dia iria me amar...
Um
— Merda!
Por que fui dormir tão tarde? Poderia ter me lembrado de que
hoje seria a minha festa de dezoito anos... Mas não, preferi, como
sempre, desde os meus dez anos de idade, correr atrás do senhor
“tesudo”.
De toda forma, a ideia de uma festa não foi de todo mal, Cadu
será meu por uma porção de horas, só assim conseguirei afastá-lo
da sem graça da Marcela, a insuportável “loira de farmácia”.
~~~
Sei que o Tadeu tem uma queda por mim, sempre soube,
como ele também sabe que o meu coração só tem um dono... Cadu.
Por isso, ele nunca tentou nada comigo, além só, da nossa
amizade.
Não poderia abrir minha boca para falar nada, pois se fizesse
isso, ele reconheceria minha voz, e tudo estaria perdido. Então,
cheguei bem perto e sorri indecentemente. Ele coçou a testa...
Descarado filho da puta! Quando você for meu, te capo se sorrir
assim para outra mulher.
Aqueles olhos lindos sorriram para mim, era tudo o que queria.
Incendiar não só o seu pau, mas todo o seu corpo.
Seu dedo explorou minha boceta com desespero, tudo nela foi
bolinado, até o meu segundo buraco foi atiçado. Quando ele colocou
um dedo lá e outro em minha abertura, começou a penetrar-me
lentamente.
Enlouqueci.
— Sinto, moça safada, mas nossa foda vai ficar para próxima
oportunidade... — Riu torto, arqueando a sobrancelha esquerda —
sem camisinha, não tem fodinha.
— Não vai abrir! Pois bem, vou atrás de alguém para abrir esta
porra, e me aguarde, seu galinha da porra.
— Ela vai voltar, acho melhor deixarmos para outro dia o nosso
enrosca, enrosca. Passe-me o seu número de telefone?
— Mais que porra é essa... Você está cega? Não me viu, sua
imbecil!
— Qual é o problema?
— Oh, sua iludida, o Cadu nem sabia que era você. Estava
certo de ser uma mulher qualquer da festa. Para ele, você ou
qualquer outra era a mesma coisa... Acorda, sua trouxa, o Cadu
nunca vai prestar atenção em você; para ele, você é só a irmãzinha
dos melhores amigos dele, desperta para vida, Sabrina.
— Pega leve, Tadeu, não precisa exagerar. — Lana tenta
acalmar os ânimos.
— Pegar leve com essa aí!? Não dá, Lana, estou cansado de
vê-la correndo atrás de um cara que não está nem aí nem chegando
para ela, enquanto tem uma porção de rapazes loucos por uma
oportunidade, mas a cega da sua amiga não enxerga.
— Você é bem pior do que uma idiota. Quer ficar dando murro
na parede, então fique. Enquanto isso, o Cadu vai vivendo a vida
dele e você deixando a vida passar.
Ela jogou o seu longo cabelo loiro para o lado, não chegou a
erguer os olhos, mas fez um gesto com a boca. Como eu já
conhecia aquele sinal, fiquei na expectativa.
— Ok, eu vou, agora depois não diga que não te avisei. Até
mais tarde.
~~~
Não sei como fui parar na cama, mas o quarto ao que me
parece foi pego por um furacão. Comecei a guardar algumas coisas,
e jogar outras fora, não poderia deixar essa bagunça, pois, com
certeza, a Júlia reclamaria com o meu pai. Olhei por baixo da cama
e encontrei a arma do crime... As garrafas de bebidas. Rapidamente
as peguei e as escondi dentro do meu armário bem lá no fundo.
Ele olhou-me por cima dos olhos, aquele olhar inquisidor, que
eu tanto conheço. Baixei os olhos. Ele estendeu minha xícara com
café, eu a peguei e pus a apreciar o líquido quente.
Papai ficou me olhando por um tempo precioso, depois levou a
mão ao bolso e tirou algo de lá.
— Onde ele está, onde ele está! — Gritei, e sai correndo para
o jardim de casa...
Seis
Soltei beijos por todo o seu rosto e, por último, dei-lhe um beijo
rápido nos lábios, ele não teve como desviar a boca, ficou surpreso
olhando-me com os olhos saltados, nem dei ibope, puxei-o pela mão
e o levei até o carro.
— Volte para seu lugar, Sabrina. — Ele disse, seus olhos não
se desviaram dos meus.
Cadu não resistiu. Sua mão foi direto para minha nuca e a
pressionou, forçando nosso beijo. Ele foi bruto, voraz, gostoso,
dominador, devorador. Queimou meu corpo, cada célula dele gritava
por Cadu. Aquela língua sabia o caminho a percorrer.
Não pensei duas vezes, peguei Cadu pela mão e o guiei sem
contestação. Ele ainda tentou retroceder, mas era tarde demais,
entrei em um dos camarins do clube. Puxei-o com força e tranquei a
porta. Para que perder tempo, voei em seu pescoço... Minha boca
tomou a sua. Não o deixei nem pensar, e quando ele menos
percebeu, minha língua serpenteou em sua boca.
—Humm! Quer dizer que não posso visitar meu príncipe para
bebericar um suco com ele?
O beijo foi lento. Ele deixou ser beijado, e aos poucos o beijo
foi se intensificando. Em menos de dois segundos já estava
gemendo em sua boca e minhas mãos explorando o seu corpo. E as
mãos dele passeando timidamente por minhas curvas, seus dedos
traçavam a curva dos meus seios, sem ousar, o que era lamentável.
— Cad..
Foi a única frase que ele disse. Cadu afastou-se de mim e foi
até o quarto. Decerto, foi acalmar as suas duas cabeças.
— Não fiz nada! Por que vocês sempre acham que estou
aprontando alguma contra o Cadu?
Não sei o porquê que a Lana disse aquilo, mas não gostei nem
um pouco da resposta do Matheus.
Tadeu ficou todo sem graça. Pediu licença a Talita e veio até
mim. Nem o deixei abrir a boca.
— Não! Vá embora.
— Não. — Gritei. — Por que você foi embora da festa, por que
você fugiu de mim... Por que você vai morar com a Marcela?
Ele me apertou com mais força. Meu tronco foi para trás, puxei
o ar para os meus pulmões. Desgraçado, filha da mãe, isso não vai
ficar assim... Parei de esmurrá-lo, minhas duas mãos pousaram em
seus ombros, fiz pressão com elas, e o cabeceei. Senti estrelinhas
ladeando minha cabeça. Ele me soltou, levou a mão à testa. Fiquei
tonta e minha cabeça doía.
Ele veio em minha direção, mesmo zonza corri. Fui direto para
o quarto. Tentei fechar a porta, mas ele enfiou o pé e avançou em
minha direção.
— Não era isso que você queria, “fadinha”? Hein! Então estou
lhe dando o que quer...
Ele falou com tristeza. Algo estava errado, o Cadu queria dizer-
me algo com aquele discurso todo, mas minha raiva não estava me
deixando raciocinar.
Cadu ficou estagnado ao ver o meu vestido descer feito uma pluma
pelo meu corpo. Ele não esperava por isso, talvez pensasse que eu
correria como uma garotinha amedrontada, no entanto estava de pé,
feito um poste, inerte, olhando-me com escabroso espanto, seus
olhos nem piscavam, engoliu em seco e começou a balançar a
perna esquerda nervosamente.
— Não. E por que você vai morar junto com a Marcela? Você
não a ama.
— Justamente por isso... Eu não a amo, se der, deu, se não
der, vai cada um para um lado diferente. Eu e a Marcela nos damos
muito bem na cama e para mim é o suficiente.
— Ela sabe disso, sabe que você não a ama, ela sabe do seu
amor por mim?
— Aonde pensa que vai? Agora você não irá a lugar algum,
não enquanto me explicar sobre o baile de máscara.
— Ah, ah, ah! — Ele ralhou. Suas mãos apertaram tanto meus
pulsos que eu contorci o corpo para o lado esquerdo. — O que eu
faço com você, Sabrina, diz pra mim, o que faço como você?
— Sim, mas você gostou, não gostou? Foi bom pra cacete,
não foi? Surpreendi você, né!?
Ele me puxou. Caí por cima dele, ele soltou o meu rosto e
agarrou minha bunda. Ela foi apertada, beliscada, seus dedos a
exploraram totalmente. O rego foi acariciado com o dedo,
escorregou lento até o buraco central, ele começou a brincar com
minhas pequenas pregas, circulava-o com o indicador, depois com o
polegar.
Vou ser fodida, deusinho eu vou ser fodida, enfim Cadu vai
tirar o meu cabaço, oh gloria!
Veio até mim. Puxou o lençol, ele tentou não olhar para o meu
corpo, nem para o meu rosto. Seus olhos estavam vermelhos... Ele
havia chorado. Mas, por quê?
Quem ela pensa ser. Que moral ela tem para me acusar de
qualquer coisa. Puxei meu braço da sua mão e a encarei com
escárnio.
Enfiei a mão na cara dela. Ela não esperava por isso, a marca
da minha unha ficou desenhada no lado esquerdo do seu rosto, bem
próximo à orelha; o sangue se formou no lugar. Marcela levou a mão
ao lugar, e suas feições mudaram, seus olhos saltaram e ela veio
com tudo para cima de mim.
Não sei aonde arrumei forças, mas consegui soltar uma das
minhas mãos e lhe dei um murro bem no olho direito. Ela caiu do
lado.
— Sim, eu sei, meu amigo... — Sorri para ele, foi um riso meio
forçado, pois, na verdade, estava com uma louca vontade chorar. —
Mas não se preocupe, vou ficar bem, eu só preciso de um banho e
de uma boa noite de sono.
— Entre Júlia.
— Por que minha menina está triste? A festa não estava boa?
Alguém magoou você? Foi o senhor Cadu?
~~~
Ela reclamou, disse que não faria isso, pois o Cadu saberia
imediatamente ser eu a mandante da ligação. Depois de muita
implorar, aceitou.
— Você sabe algo sobre o Cadu? Você sabe onde ele está?
Matheus olhou-me com indulgência. Pediu licença a Lana e
levou-me até o seu escritório no andar de cima.
Dez meses depois, ele começou a sair com Talita. Fiquei feliz
por ele, pois a Talita sempre foi apaixonada por ele, e o Tadeu
merece toda a felicidade do mundo.
Hoje está fazendo seis anos que o Cadu foi embora de Sant
Lorenzo. Seis anos sem ter notícias dele, a única notícia que tive
durante esse tempo todo foi sobre o seu noivado, seu filho e seu
futuro casamento. A esta altura do campeonato, o filho já deve estar
com uns dois anos de idade.
— Por que você não vem com nós dois até o meu carro. Você
já foi fodida por dois homens nos dois buracos? Estamos doidos
para fodê-la, garanto que você nunca mais vai esquecer esta foda.
Topa?
— Isso, bebê, lute, quanto mais você luta mais nos deixa
excitados. Cadê a gostosa do bar, a provocadora, a oferecida, não
quer mais nos deixar loucos de tesão por você... — Ele mordeu
minha orelha, tentei virar o rosto para mordê-lo. — Não precisa
mais, bebê, já estamos e vamos nos divertir até deixá-la molinha.
— Nem pense que vai dirigir nesse estado alcoólico. Vou levá-
la para casa — ele tentou levar-me com ele até o carro.
~~~
Ele veio até mim, nossos corpos ficaram tão próximos, cheguei
a sentir as batidas fortes do seu coração.
— Pois é, até hoje espero os rapazes nos quais você disse por
quem eu iria me apaixonar, nunca me interessei por nenhum deles.
— Sabrina até dois meses atrás, eu não podia ter filhos. Por
isso fui embora, eu descobri, cinco dias antes do seu aniversário de
18 anos que sofria de uma doença rara. Em minha cabeça, não era
um homem inteiro, não podia fazer isso com você, não tinha o
direito de colocá-la em um casamento sem filhos. Quando quase
fizemos amor naquela noite, percebi o quanto seria difícil ficar longe
de você, por isso fui embora. Quatro anos depois, conheci uma
pessoa e contei nossa história de amor, e os motivos pelos quais
nos separamos. Graça a Deus, ela conhecia um médico que estava
fazendo um novo teste para reverter o quadro de pacientes com o
meu problema, como eu não tinha nada a perder, resolvi virar
cobaia. Hoje, estou curado e por isso voltei. Se você quiser
acreditar, acredite, mas essa é a verdade.
Vinte e três
Cadu virou às costas e foi embora. Não fiz nada para impedi-lo. Só
escutei a batida forte da porta, até tomei um susto com a pancada.
Estava tão perdida, foram seis anos odiando o Cadu, seis anos
pensando que ele fugiu de mim por covardia, por não gostar de mim
de verdade.
Sabrina, sua anta, você precisa tirar isso a limpo e tem que ser
agora.
— Por que você mentiu para Cadu, por que você não disse o
quanto fiquei doente por ele ter ido embora. Esse tempo todo você
deixou-me pensar que ele não se importava comigo. Por que,
Matheus? Eu o odiei por seis anos, pensei coisas horríveis ao seu
respeito. É verdade, Matheus?
— Por que, Matheus? Por que nunca me disse sobre isso, por
que não contou ao Cadu como fiquei após ele ter ido embora?
~~~
— Alô.
— Sabrina...
Ele desligou.
Fui até ele e ele veio até mim. Ficamos frente à frente, coração
batendo um perto do outro, ao mesmo ritmo, respirações ofegantes,
e as emoções a flor da pele.
Pela primeira vez não sabia o que fazer. Então não disse nada.
Deitei minha cabeça em seu ombro e me deixei ser guiada até o
Restaurante. Fomos aplaudidos com emoção.
Minha fome por este homem estava adormecida por seis anos,
e não suportei esperar chegar em casa. Assim que o Cadu pisou na
embreagem e trocou a marcha, minhas mãos foram à sua braguilha.
Abri o zíper da calça, e puxei o bicho para fora. Ele estava duro
e com a cabeça melada, se tivesse boca estaria sorrindo.
Minha blusa foi arrancada, ajudei a tirar a dele, meu sutiã virou
dois, e os meus seios foram devorados por uma boca faminta,
dentes afiados e uma língua quente e aveludada. Ele mamava em
meus seios e eu chupava os seus dedos.
Cadu estava muito mais lindo, muito mais másculo, muito mais
definido. Seis anos o transformaram em um homem
extraordinariamente lindo e devasso, pois ele veio com tudo em
mim.
FIM
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ELA É MINHA
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A Viúva
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