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Estudo – 20
A VOLTA DE JACÓ À TERRA PROMETIDA

Gênesis 31.1 – 33.17.

Introdução:

Após passar vinte anos na casa de Labão, Jacó sentiu que era tempo de sair de
Padã-Arã. Nesse tempo ele tinha sido grandemente abençoado por Deus. Vendo que
Jacó era próspero, Labão e seus filhos começaram a sentir inveja e já não eram os
mesmos com Jacó. Deus manifestou sua intervenção ordenando a Jacó que voltasse à
terra prometida. Ao conversar com as esposas, elas deram o consentimento à decisão de
Jacó lembrando que o pai havia exigido 14 anos de trabalho de Jacó como preço para tê-
las como esposas e não havia dado a elas o dote que era de direito das noivas.

I – Observações acerca da fuga de Jacó.

• Raquel furta os ídolos de Labão.

Raquel furtou “pequenos deuses domésticos, ou teraphim, eram usados como


amuletos de proteção e também em práticas de advinhação.(30.27, Ez.21.21)” Quando
Labão afirmou para Jacó: “Tenho experimentado que o Senhor me abençoou por amor de
ti” (Gn. 30.27) A princípio parece que a palavra de Labão foi direcionada por Deus,
contudo, o contexto é outro. Ele afirma a Jacó que tinha “experimentado” ou seja havia
consultado aos seus ídolos e visto que o Senhor o estava abençoando por amor a Jacó.
Labão era idólatra.De forma clara vemos também o envolvimento de Raquel com a
idolatria. Ainda hoje, a idolatria e o misticismo está presente em muitas vidas até mesmo
dentro das igrejas. São crendices que muitos crentes ainda carregam e que trazem
consigo contaminações e maldições. É preciso arrancar tudo o que é anátema do meio do
povo de Deus.

• Labão persegue a Jacó principalmente em razão do furto dos ídolos.

Na perseguição a Jacó Deus em sonhos adverte a Labão de que não fizesse mal
algum ao seu genro. (Gn. 31.24) Vemos de forma grandiosa a proteção e livramento do
Senhor para com seu servo Jacó. Ao vasculhar os pertences da família labão não
encontrou os ídolos, pois Raquel os havia escondido na sela do camelo o qual estava
montada. Ela logra o pai, dizendo que estava nos dias “de suas regras”, para não se
levantar e com isso impediu que o pai olhasse sua bagagem. (31.34,35)

• O pacto de Labão e Jacó.

Um pacto que demonstra que não confiavam um no outro. A pedra que levantaram
serviu de sinal de limite entre os dois. Eles “fizeram um montão que serviria de
testemunho do pacto e invocaram a Deus para que atuasse como sentinela vigiando por
um e por outro enquanto estivessem separados.” ¹
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II – O encontro e reconciliação de Jacó com Esaú

• Deus anima Jacó com uma visão de anjos protetores.

Não havia condições humanas para que Jacó voltasse à terra prometida e assim
pudesse receber as promessas do pacto de seu pai Isaque. Contudo, mesmo diante das
grandes dificuldades a mão do Senhor foi com Jacó. O Senhor o abençoou em seu
caminho. Deus o anima com uma visão de anjos protetores.(Gn. 32.1,2) Diante da visão,
Jacó chama àquele lugar “Maanaim.”, que significa “dois acampamentos”. Um era o
próprio acampamento indefeso de Jacó e o outro o acampamento glorioso do Senhor, que
rodeava o de Jacó com sua maravilhosa presença e poder.

• No caminho da reconciliação.

- Jacó teme o encontro com Esaú.

Ao ouvir de seus servos que Esaú vinha ao seu encontro com 400 homens, Jacó
assustou-se e teve medo. (Gn. 32.6,7) Diante da situação, ele arma uma estratégia para
que em caso de ataque não fossem destruídos.

- Jacó ora ao Senhor.

Ele orou ao Senhor demonstrando humildade de espírito. (Gn. 32.9-12) Ele lançou
mão das promessas de Deus, reconhecendo sua indignidade e fidelidade divina; Nesta
oração não vemos Jacó reconhecendo a causa fundamental de suas dificuldades. Ele
clama ao Senhor para livrá-lo das mãos de Esaú, contudo, seu verdadeiro inimigo era ele
próprio. Ele próprio havia enganado e criado os grandes obstáculos que estava
enfrentando.

- A intervenção do Senhor na vida de Jacó.

Até esse ponto da vida de Jacó, vemos, claramente ele sempre confiando em suas
próprias forças, estratégias, astúcias e armas carnais. Normalmente ele sempre saía
vencedor. Nesta luta que travou com Deus, todos os recursos humanos de nada valeram.
Bastou apenas um toque do Anjo para que ele ficasse coxo e assim incapaz de continuar
lutando. Agora o vemos de forma diferente, não mais pedindo livramento do irmão ou
qualquer outra coisa material, mas somente se lançando nos braços do Senhor e
clamando para ser abençoado. O anjo do Senhor mudou-lhe o nome o que nos mostra
claramente a mudança de caráter ocorrida em sua vida.(João 1.42; Gênesis 17.5 e 15) De
Jacó passou a se chamar Israel que quer dizer: “ele luta, ou persiste, com Deus”. Não era
mais o enganador, suplantador que lutava astuciosamente com os homens, mas aquele
que obtinha vitórias com Deus através da fé. “Seu novo nome foi transmitido a seus
descendentes, os quais foram chamados “israelitas” e “Israel” a nação da aliança.”² Agora
mancava e isto simbolizava a derrota de seu próprio “eu”, era agora um novo homem de
“espírito quebrantado” e “um coração quebrantado e contrito”. (Sl. 51.17). Ele estava
preparado para entrar em Canaã.
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• Um encontro de bênçãos. (Gn. 33.1- 11)

O encontro dos irmãos foi um grande milagre de Deus. Eles se reconciliaram com
lágrimas e toda a ira e ressentimento de Esaú desapareceram. Vê-se nesse epísódio a
grande verdade de Provérbios 16.7: “Sendo os caminhos do homem agradáveis ao
Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele.”

Conclusão:

Os planos do Senhor jamais serão frustrados na vida de seus servos. O Senhor faz
de forma maravilhosa suas promessas se cumprirem em nossas vidas. Mais uma vez
pudemos de forma maravilhosa ver o agir do Senhor de forma sobrenatural na vida de
Jacó. Ele foi transformado pelo poder de Deus que fez dele um de seus grandes servos. A
nação de Israel seria formada e dela viria o Salvador do mundo.

Pastor Waldyr Silva do Carmo

Bibliografia:

BIBLIOGRAFIA:

Referências 1 e 2 – O Pentateuco – HOFF Paul – Editora Vida


O Pentateuco – HOFF Paul – Editora Vida.
A Bíblia de estudo de Genebra.
A Bíblia Anotada

IGREJA CRISTÃ EVANGÉLICA “CASA DE ORAÇÃO”


Rua Avelino Honório de Miranda, 65. B. Cehab. Itaperuna. RJ.

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